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1        Luís de Camões não parece ter gostado das mulheres de Goa. Sobre as
     portuguesas que encontrou por aqui escreveu ele, em carta a um amigo: “todas caem
     de maduras, que não há cabo que lhe tenha os pontos, se lhe quiserem lançar
     pedaço”. Sobre as indianas escreveu pior: “além de serem de ralé (…) respondem-
5    vos numa linguagem meada de ervilhaca, que trava na garganta do entendimento, a
     qual vos lança água na fervura da maior quentura do mundo”. Linguagem meada de
     ervilhaca? Sabendo-se que a ervilhaca é uma trepadeira de confusos e enredados
     caules compreende-se melhor o violento veneno desta metáfora. O poeta terminou,
     afinal, cativado por uma escrava negra, “de rosto singular, olhos sossegados, pretos e
10   cansados”. Uma “Pretidão de Amor”, Bárbara de seu nome, cuja beleza inspirou um
     dos mais extraordinários poemas escritos em língua portuguesa: “Tão doce a figura,
     Que a neve lhe jura Que trocara a cor. Leda a mansidão, que o siso acompanha; Bem
     parece estranha, Mas Bárbara não”.
         Quando vi K. pela primeira vez lembrei-me logo dos versos de Camões. Foi isto
15   em Baga, uma praia poucos quilómetros a norte de Pangim, entre Candolim e
     Anjuna, durante um espétaculo de moda produzido pelos novos estilistas goeses. As
     noites em Baga são famosas. A vila, pequena, é composta quase só por restaurantes e
     casas que vendem artesanato. A festa foi no Tito’s, um bar que fica aberto até de
     madrugada, com vários ambientes e uma pista de dança ao ar livre. Gostei do desfile.
     A Índia tem excelentes estilistas, capazes de combinar a exuberância ruidosa, a
20   assombrosa opulência do folclore local, com as exigências práticas da vida moderna.
     Olivier Bastos, o pianista, que foi quem me levou a Baga, disse-me que alguns destes
     estilistas goeses, em cujas mãos os tecidos mais antigos ganham novas formas sem
     no entanto perderem a nobreza, já são reconhecidos em todo o país.
         Também gostei das modelos, todas elas, soube depois, vindas de Bombaim. K. foi
25   a terceira a pisar a passarela. “Rosto singular, Olhos sossegados, Pretos e cansados,
     Mas não de matar. Uma graça viva, Que neles lhe mora, Para ser senhora De quem é
     cativa. Pretos os cabelos, Onde o povo vão Perde opinião Que os louros são belos.
     Pretidão de Amor, Tão doce a figura, Que a neve lhe jura Que trocara a cor. Leda
     mansidão, que o siso acompanha; Bem parece estranha, Mas bárbara não. Presença
30   serena Que a tormenta amansa; Nela, enfim, descansa Toda a minha pena”. Olivier
     percebeu o meu espanto:
         — É sul-africana — explicou. — O pai, médico, vive em Bombaim. A mãe está
     em Londres. O pai é meu primo, é goês, mas trabalhou muitos anos na África do Sul.
         No fim do desfile as manequins passearam pelo palco, para entusiasmo do
35   público, apenas com um lenço de seda amarrado à cintura e uma folha de bananeira
     cobrindo os seios. K., com aquela alegre indulgência de que falava Camões, deixou
     cair a folha (aplausos), mas nenhuma das restantes modelos a imitou.
                      José Eduardo Agualusa, Um estranho em Goa, Biblioteca editores Independentes
Responde às questões assinalando as alíneas corretas (cada alínea vale 5 pontos):

1.   Na primeira frase do texto, com o uso do verbo “parecer”,
a.   o enunciador introduz informação acessória no texto.
b.    o enunciador apresenta uma possibilidade.
c.   o enunciador confirma uma ideia anterior.
d.   o enunciador exprime uma oposição.

2.    A oração “que encontrou por aqui” (l. 2) trata-se de uma oração
a.    subordinada adverbial causal.
b.    subordinada substantiva completiva.
c.   subordinada adjetiva relativa restritiva.
d.   subordinada adjetiva relativa explicativa.

3.    A palavra “pior” (l. 4)
a.    trata-se do grau comparativo de superioridade do advérbio “mal”.
b.    trata-se do grau comparativo de superioridade do adjetivo “mau”.
c.   trata-se do grau comparativo de superioridade do adjetivo “mal”.
d.   trata-se do grau comparativo de superioridade do advérbio “mau”.

4.    A oração “que trava na garganta do entendimento” (l. 5) é uma oração
a.    subordinante.
b.    subordinada adverbial comparativa.
c.   subordinada adjetiva relativa restritiva.
d.   subordinada adjetiva relativa explicativa.

5.    Na palavra “extraordinários” (l. 11) o prefixo tem valor de
a.    substituição.
b.    intensidade.
c.   movimento.
d.   repetição.

6.   A palavra “logo” (l. 14) é
a.   uma conjunção conclusiva.
b.    um advérbio de predicado.
c.   uma preposição temporal.
d.   um advérbio conectivo.

7.   Na forma verbal “lembrei-me” (l. 14), o pronome “me” tem valor
a. inerente.
b. de reciprocidade.
c. impessoal.
d. de reflexividade.

8.    No que concerne à mesma forma verbal, o verbo “lembrar-se” é
a.    intransitivo.
b.    copulativo.
c.   transitivo direto.
d.   transitivo indireto.

9.    Que função sintática é exercida pelo enunciado sublinhado na frase“Quando vi K. pela
     primeira vez lembrei-me logo dos versos de Camões.”?
a.    Sujeito.
b.    Predicativo do complemento direto.
c.   Complemento direto.
d.   Complemento oblíquo.

10. Que função sintática é exercida pelo enunciado sublinhado no excerto“durante um
    espétaculo de moda produzido pelos novos estilistas goeses.”?
a. Complemento agente da passiva.
b. Complemento indireto.
c. Complemento oblíquo.
d. Modificador do grupo verbal.

11.Na linha 16, o adjetivo “novos” é
a. relacional.
b. numeral.
c. qualificativo.
d. temporal.

12.O uso das vírgulas na linha 17 (“A vila, pequena,”) deve-se à apresentação de
a. uma enumeração.
b. uma adjetivação.
c. um modificador apositivo.
d. um vocativo.

13.Na frase “A vila, pequena, é composta quase só por restaurantes e casas que vendem
   artesanato.” (ll. 17-18) o complexo verbal compõe-se de
a. verbo auxiliar dos tempos compostos + verbo principal.
b. verbo auxiliar da passiva + verbo principal.
c. verbo auxiliar modal + verbo principal.
d. verbo auxiliar aspetual + verbo principal.



14.O verbo “gostar”, na linha 19, rege
a. um complemento oblíquo.
b. um predicativo do sujeito.
c. um predicativo do complemento direto.
d. um complemento direto.

15. No enunciado “Olivier Bastos, o pianista, que foi quem me levou a Baga, disse-me que
    alguns destes estilistas goeses(…) já são reconhecidos em todo o país.” (ll. 21-24), a
    oração sublinhada é
a. a oração subordinante.
b. uma oração subordinada substantiva completiva.
c. uma oração substantiva relativa sem antecedente.
d. uma oração subordinada adjetiva restritiva.

16.O pronome “me”, nas linhas 21 e 22, exerce a função sintática de
a. sujeito.
b. complemento direto.
c. complemento indireto.
d. complemento oblíquo.

17.No enunciado “Que a neve lhe jura Que trocara a cor.” (ll. 29-30), apesar de conjugado
   no pretérito mais-que-perfeito do indicativo, o verbo “trocara” tem valor de
a. presente do indicativo.
b. pretérito imperfeito do conjuntivo.
c. condicional.
d. infinitivo impessoal.

18.No enunciado “Bem parece estranha, Mas bárbara não” (l. 30), quanto à classe de
   palavras, a palavra “bárbara” é
a. um nome próprio.
b. um nome comum contável.
c. um adjetivo qualificativo.
d. um nome comum não contável.

19.No excerto “Nela, enfim, descansa Toda a minha pena”(l. 31), “Toda a minha pena”
   desempenha a função sintática de
a. sujeito.
b. complemento direto.
c. predicativo do sujeito.
d. complemento oblíquo.

20.Na frase “O pai, médico, vive em Bombaim.” (l. 33), estamos perante um ato ilocutório
a. compromissivo.
b. diretivo.
c. indireto.
d. assertivo.

   A professora: Lucinda Cunha

   Soluções


              1-b 2-c        3-a   4-d   5-b
              6-b 7-d        8-d   9-d   10-a
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              16-c 17-c 18-c       19-a 20-d

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  • 1. 1 Luís de Camões não parece ter gostado das mulheres de Goa. Sobre as portuguesas que encontrou por aqui escreveu ele, em carta a um amigo: “todas caem de maduras, que não há cabo que lhe tenha os pontos, se lhe quiserem lançar pedaço”. Sobre as indianas escreveu pior: “além de serem de ralé (…) respondem- 5 vos numa linguagem meada de ervilhaca, que trava na garganta do entendimento, a qual vos lança água na fervura da maior quentura do mundo”. Linguagem meada de ervilhaca? Sabendo-se que a ervilhaca é uma trepadeira de confusos e enredados caules compreende-se melhor o violento veneno desta metáfora. O poeta terminou, afinal, cativado por uma escrava negra, “de rosto singular, olhos sossegados, pretos e 10 cansados”. Uma “Pretidão de Amor”, Bárbara de seu nome, cuja beleza inspirou um dos mais extraordinários poemas escritos em língua portuguesa: “Tão doce a figura, Que a neve lhe jura Que trocara a cor. Leda a mansidão, que o siso acompanha; Bem parece estranha, Mas Bárbara não”. Quando vi K. pela primeira vez lembrei-me logo dos versos de Camões. Foi isto 15 em Baga, uma praia poucos quilómetros a norte de Pangim, entre Candolim e Anjuna, durante um espétaculo de moda produzido pelos novos estilistas goeses. As noites em Baga são famosas. A vila, pequena, é composta quase só por restaurantes e casas que vendem artesanato. A festa foi no Tito’s, um bar que fica aberto até de madrugada, com vários ambientes e uma pista de dança ao ar livre. Gostei do desfile. A Índia tem excelentes estilistas, capazes de combinar a exuberância ruidosa, a 20 assombrosa opulência do folclore local, com as exigências práticas da vida moderna. Olivier Bastos, o pianista, que foi quem me levou a Baga, disse-me que alguns destes estilistas goeses, em cujas mãos os tecidos mais antigos ganham novas formas sem no entanto perderem a nobreza, já são reconhecidos em todo o país. Também gostei das modelos, todas elas, soube depois, vindas de Bombaim. K. foi 25 a terceira a pisar a passarela. “Rosto singular, Olhos sossegados, Pretos e cansados, Mas não de matar. Uma graça viva, Que neles lhe mora, Para ser senhora De quem é cativa. Pretos os cabelos, Onde o povo vão Perde opinião Que os louros são belos. Pretidão de Amor, Tão doce a figura, Que a neve lhe jura Que trocara a cor. Leda mansidão, que o siso acompanha; Bem parece estranha, Mas bárbara não. Presença 30 serena Que a tormenta amansa; Nela, enfim, descansa Toda a minha pena”. Olivier percebeu o meu espanto: — É sul-africana — explicou. — O pai, médico, vive em Bombaim. A mãe está em Londres. O pai é meu primo, é goês, mas trabalhou muitos anos na África do Sul. No fim do desfile as manequins passearam pelo palco, para entusiasmo do 35 público, apenas com um lenço de seda amarrado à cintura e uma folha de bananeira cobrindo os seios. K., com aquela alegre indulgência de que falava Camões, deixou cair a folha (aplausos), mas nenhuma das restantes modelos a imitou. José Eduardo Agualusa, Um estranho em Goa, Biblioteca editores Independentes
  • 2. Responde às questões assinalando as alíneas corretas (cada alínea vale 5 pontos): 1. Na primeira frase do texto, com o uso do verbo “parecer”, a. o enunciador introduz informação acessória no texto. b. o enunciador apresenta uma possibilidade. c. o enunciador confirma uma ideia anterior. d. o enunciador exprime uma oposição. 2. A oração “que encontrou por aqui” (l. 2) trata-se de uma oração a. subordinada adverbial causal. b. subordinada substantiva completiva. c. subordinada adjetiva relativa restritiva. d. subordinada adjetiva relativa explicativa. 3. A palavra “pior” (l. 4) a. trata-se do grau comparativo de superioridade do advérbio “mal”. b. trata-se do grau comparativo de superioridade do adjetivo “mau”. c. trata-se do grau comparativo de superioridade do adjetivo “mal”. d. trata-se do grau comparativo de superioridade do advérbio “mau”. 4. A oração “que trava na garganta do entendimento” (l. 5) é uma oração a. subordinante. b. subordinada adverbial comparativa. c. subordinada adjetiva relativa restritiva. d. subordinada adjetiva relativa explicativa. 5. Na palavra “extraordinários” (l. 11) o prefixo tem valor de a. substituição. b. intensidade. c. movimento. d. repetição. 6. A palavra “logo” (l. 14) é a. uma conjunção conclusiva. b. um advérbio de predicado. c. uma preposição temporal. d. um advérbio conectivo. 7. Na forma verbal “lembrei-me” (l. 14), o pronome “me” tem valor
  • 3. a. inerente. b. de reciprocidade. c. impessoal. d. de reflexividade. 8. No que concerne à mesma forma verbal, o verbo “lembrar-se” é a. intransitivo. b. copulativo. c. transitivo direto. d. transitivo indireto. 9. Que função sintática é exercida pelo enunciado sublinhado na frase“Quando vi K. pela primeira vez lembrei-me logo dos versos de Camões.”? a. Sujeito. b. Predicativo do complemento direto. c. Complemento direto. d. Complemento oblíquo. 10. Que função sintática é exercida pelo enunciado sublinhado no excerto“durante um espétaculo de moda produzido pelos novos estilistas goeses.”? a. Complemento agente da passiva. b. Complemento indireto. c. Complemento oblíquo. d. Modificador do grupo verbal. 11.Na linha 16, o adjetivo “novos” é a. relacional. b. numeral. c. qualificativo. d. temporal. 12.O uso das vírgulas na linha 17 (“A vila, pequena,”) deve-se à apresentação de a. uma enumeração. b. uma adjetivação. c. um modificador apositivo. d. um vocativo. 13.Na frase “A vila, pequena, é composta quase só por restaurantes e casas que vendem artesanato.” (ll. 17-18) o complexo verbal compõe-se de a. verbo auxiliar dos tempos compostos + verbo principal. b. verbo auxiliar da passiva + verbo principal.
  • 4. c. verbo auxiliar modal + verbo principal. d. verbo auxiliar aspetual + verbo principal. 14.O verbo “gostar”, na linha 19, rege a. um complemento oblíquo. b. um predicativo do sujeito. c. um predicativo do complemento direto. d. um complemento direto. 15. No enunciado “Olivier Bastos, o pianista, que foi quem me levou a Baga, disse-me que alguns destes estilistas goeses(…) já são reconhecidos em todo o país.” (ll. 21-24), a oração sublinhada é a. a oração subordinante. b. uma oração subordinada substantiva completiva. c. uma oração substantiva relativa sem antecedente. d. uma oração subordinada adjetiva restritiva. 16.O pronome “me”, nas linhas 21 e 22, exerce a função sintática de a. sujeito. b. complemento direto. c. complemento indireto. d. complemento oblíquo. 17.No enunciado “Que a neve lhe jura Que trocara a cor.” (ll. 29-30), apesar de conjugado no pretérito mais-que-perfeito do indicativo, o verbo “trocara” tem valor de a. presente do indicativo. b. pretérito imperfeito do conjuntivo. c. condicional. d. infinitivo impessoal. 18.No enunciado “Bem parece estranha, Mas bárbara não” (l. 30), quanto à classe de palavras, a palavra “bárbara” é a. um nome próprio. b. um nome comum contável. c. um adjetivo qualificativo. d. um nome comum não contável. 19.No excerto “Nela, enfim, descansa Toda a minha pena”(l. 31), “Toda a minha pena” desempenha a função sintática de a. sujeito.
  • 5. b. complemento direto. c. predicativo do sujeito. d. complemento oblíquo. 20.Na frase “O pai, médico, vive em Bombaim.” (l. 33), estamos perante um ato ilocutório a. compromissivo. b. diretivo. c. indireto. d. assertivo. A professora: Lucinda Cunha Soluções 1-b 2-c 3-a 4-d 5-b 6-b 7-d 8-d 9-d 10-a 11-c 12-c 13-b 14-a 15-b 16-c 17-c 18-c 19-a 20-d