Este documento discute as vantagens do comércio exterior para empresas brasileiras. Apresenta uma introdução sobre o contexto do comércio internacional no Brasil e define comércio exterior. Explora as vantagens da exportação, como aumento de mercado e redução de custos, e da importação, como acesso a insumos e tecnologia. Finalmente, resume os resultados de uma pesquisa sobre essas vantagens realizada com empresas brasileiras.
Vantagens do comércio exterior para as empresas brasileiras
1. Faculdade de Tecnologia de Barueri
Tecnologia em Comércio Exterior – 1º Semestre – Vespertino
Vantagens do comércio exterior para as empresas brasileiras
Barueri, 4 de junho de 2012.
2. Vantagens do comércio exterior para as empresas brasileiras
Daiane Sombra
Giselly Rodrigues
Nathalie Almeida
Pâmella Cavallini
Wanderleia Diniz
Tecnologia em Comércio Exterior – 1º Semestre – Vespertino
Givan Fortuoso da Silva
3.
4. "A atividade social chamada comércio, por mal vista que esteja pelos teoristas de sociedades
impossíveis, é, contudo um dos dois característicos distintivos das sociedades chamadas civilizadas. O
outro característico distintivo é o que se denomina cultura."
Fernando Pessoa
5. Sumário
1. Introdução ........................................................................................................................... 6
2. Referencial teórico .............................................................................................................. 8
2.1.As influências da globalização para o comércio exterior ..................................................... 8
2.2.Definição para comércio exterior ......................................................................................... 9
2.3.Comércio exterior no Brasil a partir dos anos 2000 ........................................................... 10
2.4.Vantagens da exportação e importação para as empresas brasileiras ................................. 11
2.4.1. Vantagens da exportação para as empresas brasileiras ................................................ 12
2.4.2. Vantagens da importação para as empresas brasileiras ................................................ 16
3. Vantagens do comércio exterior – coleta de dados ........................................................ 21
4. Análise e interpretação dos resultados ........................................................................... 27
4.1.Vantagens da exportação para as empresas brasileiras ...................................................... 27
4.2.Vantagens da importação para as empresas brasileiras ...................................................... 33
5. Conclusão .......................................................................................................................... 38
6. Referências bibliográficas ................................................................................................ 39
7. Anexos ................................................................................................................................ 44
Tabelas
Tabela 1 – Balança comercial brasileira 2007/2008 ................................................................. 10
6. 6
1. Introdução
O comércio internacional se originou a partir das trocas de mercadorias entre os homens, uma
atividade que é exercida desde os primórdios da civilização (DIAS, RODRIGUES, 2010), que
surgiu a partir do conhecimento de que nenhuma nação é suficiente sozinha. Com as necessidades
e desejos de cada país, há uma dependência entre as nações, o comércio internacional então busca
satisfazer as necessidades de cada uma delas, através de compra e venda de produtos e serviços
entre as mesmas.
Esse cenário de economia globalizada traz para as empresas brasileiras um grande desafio: o de
se estruturar para se defender das ameaças dos concorrentes de diversos países e, ao mesmo
tempo, aproveitar o amplo conjunto de oportunidades que o acesso a novos mercados,
fornecedores, conhecimentos, tecnologias, pessoas e demais recursos que o ambiente
internacional possa gerar (LUDOVICO, 2009).
A partir disso definiu-se a seguinte questão de pesquisa: quais são as vantagens das importações e
exportações para as empresas brasileiras? Embora a atividade de comércio exterior exista há
muitos anos no Brasil, as empresas ainda buscam o desenvolvimento da administração das ações
de importação e exportação. Além disso, procuram inovação tecnológica para o aperfeiçoamento
de produtos e como resultado, atinge competitividade no mercado interno e externo (SEBRAE,
2005). Pretende-se a partir disso, como objetivo, identificar as vantagens adquiridas por empresas
brasileiras que participam das atividades de importação e exportação.
“O saldo comercial atingiu US$20,3 bilhões em 2010, significando retração de 19,8% sobre
consignado em 2009, de US$25,3 bilhões, motivado pelo maior aumento das importações em
relação às exportações.” (MDIC, 2010, p. 03), ou seja, no Brasil o número de importações em
7. 7
2010 foi maior que o de exportações. Para a economia do país, o recuo no saldo comercial
proposto pelo maior número de importações é visto de forma negativa, pois há maior remessa de
divisas para o exterior do que para o interior do Brasil, entretanto será observado no
desenvolvimento da pesquisa que para as empresas brasileiras existem vantagens tanto no
processo de exportação quanto no de importação. Para que seja alcançado o objetivo, será feita
pesquisa bibliográfica na mídia impressa e eletrônica e análise dos textos, confrontando a teoria
com a realidade apresentada em notícias e reportagens.
Nas seções que seguem serão apresentados referencial teórico e resultados que fundamentam as
vantagens das atividades de importação e exportação para as empresas brasileiras.
8. 8
2. Referencial teórico
2.1. As influências da globalização para o comércio exterior
Muitas são as divisões feitas por autores referentes às fases da globalização, porém o que
percorre esta pesquisa é a divisão feita por Cignacco (2008), que para tornar mais claro o
processo destas fases divide a globalização em três etapas: mercantilista, industrial e a terceira
que é a que vivemos até hoje, ou seja, a globalização em processo.
A etapa mercantilista (1420-1850) compreende ao período das grandes navegações e descobertas.
Neste período da globalização o governo estimulava a produção de produtos nacionais e
incentivava a exportação com o intuito da valorização para seu produto. Entretanto os reis
criavam impostos e taxas para a compra de mercadorias do exterior, com o propósito de não
haver a saída da moeda nacional a outras nações, pois se acreditava que traria prejuízo ao
mercado nacional (DIAS, RODRIGUES, 2010).
A etapa da industrialização teve inicio no século XIX, período onde vivenciamos a Revolução
Industrial e Revolução Francesa e essa fase simboliza a evolução na indústria, onde a máquina
passa a substituir o homem, a fim de aumentar a agilidade no processo de produção e expandir a
escala de produtos. Esse marco trouxe ao mundo os primeiros passos para a expansão da
tecnologia (CIGNACCO, 2008).
A terceira etapa da globalização é marcada pela diminuição da distância entre as nações,
promovendo através dessa aproximação maior facilidade de comunicação e expansão da
comercialização entre as mesmas.
9. 9
Ainda segundo Cignacco (2008), além de proporcionar a diminuição da distância, esta fase é
marcada pelo avanço da tecnologia, consumismo, desenvolvimento econômico, preocupação com
o meio ambiente, pobreza e fome.
A globalização qualifica-se como um fenômeno de grande importância para o comércio exterior,
por assim corresponder a um fenômeno que acarreta vantagens e facilidades no âmbito da
comunicação e da diminuição de fronteiras entre os países que comercializam.
2.2. Definição para comércio exterior
“A troca de mercadorias entre os homens é uma atividade que advém desde os
primórdios da civilização. Os antigos mercadores das companhias de comércio
somente ampliaram o fenômeno do comércio global, desenvolvendo um
ambiente favorável ao desenvolvimento conjunto dos diferentes países, cada
qual segundo sua vocação principal” (DIAS, RODRIGUES, 2010. p.53).
Para um país de alto poder aquisitivo e grande índice de inovações tecnológicas há uma
defasagem no setor alimentício. Já para outro país com pouco índice de inovação tecnológica e de
baixa renda, se produz muito no setor alimentício, porém o setor tecnológico do país enfrenta
dificuldades. Ao perceberem que ambos possuem qualidades em setores adversos, decidem por
realizar a troca de bens e serviços.
O comércio exterior se procede da troca de bens e serviços, já que nenhum país pode ser
autossuficiente, no sentido de que um só país não pode ser qualificado em todos os setores, assim,
como um país não pode ser ruim em todos os ramos. O comércio exterior busca suprir as
necessidades que os países possuem, através da relação e comercialização entre as nações, a fim
10. 10
de torná-las eficientes, capazes e satisfeitas perante o cumprimento das suas necessidades
(CIGNACCO, 2008).
2.3. Comércio exterior no Brasil a partir dos anos 2000
O Comercio Exterior vem passando por grandes mudanças onde o Brasil contribui em uma boa
parcela no mercado mundial. O Brasil está inserido no bloco das quatro maiores economias
emergente do planeta junto com a Índia, China e Rússia. Esse conjunto de países forma o
acrônimo BRIC, a participação efetiva do Brasil no G20 (Grupos dos Países em
Desenvolvimento) (VAZQUEZ, 2009).
Conforme se passam os anos o Brasil ascende no mercado internacional, como em 2008 ele
exportou cerca de US$ 191.942 milhões, nas importações foi cerca de US$ 173.197 milhões. O
movimento comercial teve um salto de US$ 371.139 milhões (VAZQUEZ, 2009), como podemos
ver na tabela a seguir:
Tabela 1 - Balança comercial brasileira 2007/2008
11. 11
Segundo Ministério do Desenvolvimento das Indústrias e do Comercio Exterior, em maio de
2012, a exportação alcançou o valor recorde para os meses de maio de US$ 23,215 bilhões,
superando igual período de 2011 que foi US$ 23,209 bilhões. Com relação a abril de 2012 e maio
de 2011, pela média diária, as exportações cresceram 7,9%. As importações tiveram um total de
US$ 20,262 bilhões, valor recorde para meses de maio, superando o de 2011 que foi no valor de
US$ 19,685 bilhões. Sobre igual período anterior, as importações registraram aumento de 2,9%, e
queda de 1,4% em relação a abril de 2012, pela média diária (MDIC, 2012).
Com a análise pode-se constatar que em 2008 e em 2012 o Brasil exportou mais do que importou.
O Brasil em sua história passou por grandes dificuldades em relação ao comércio exterior, e
atualmente vem se mostrando cada vez mais aberto às negociações internacionais (MOREIRA,
2010).
2.4. Vantagens das atividades de exportação e importação para as empresas brasileiras
Apesar de a internacionalização das empresas brasileiras, aparentemente, ser um atrativo e um
convite para a expansão de negócios, é sempre necessário verificar se em certa área é ou não
viável participar das atividades de importação e exportação de produtos, sejam eles matéria prima
ou não.
Primeiramente deve ser feito um estudo que indique quais são as vantagens para certa empresa se
esta seguir tais atividades.
Uma vantagem é uma “qualidade do que está adiante ou é superior, benefício” (FERREIRA,
1988), no nosso caso, seria uma ação que se converta em benefícios para a empresa brasileira que
deseja importar ou exportar a fim de ter seu negócio em ascensão.
12. 12
A seguir serão apresentadas as vantagens da atividade de importação e da atividade de exportação
para as empresas brasileiras, encontradas a partir de pesquisa bibliográfica.
2.4.1. Vantagens da exportação para as empresas brasileiras
2.4.1.1. AUMENTO DO MARKET SHARE E DIMINUIÇÃO DA DEPENDÊNCIA DO
MERCADO INTERNO:
A empresa, ao exportar, pratica uma ampliação de seu mercado, podemos dizer que ela aumenta
o seu “market share” (participação de mercado em português). Um exemplo seria uma empresa
exportadora de soja, que produz 4 (quatro) mil grãos em um mercado cujo total de produção de
grãos concorrentes seja 10 (dez) mil. Esta empresa possui o seu market share de 40%. Uma
empresa, quando exporta, aumenta o seu mercado e melhora sua imagem, passando a vender mais
e seu market share aumenta comparado aos da concorrência.
Com a exportação, as empresas também podem aumentar o seu lucro e o seu volume de vendas e,
consequentemente aumentar seu número de clientes fazendo com que ela não dependa tanto de
seus clientes nacionais, pois sabe que pode contar com compras de clientes internacionais.
“A estratégia de destinar uma parcela de sua produção para o mercado
interno e outra para o mercado externo permite que a empresa amplie sua
base/carteira de clientes, o que significa correr menos riscos, pois, quanto
maior o número de mercados ela atingir, menos dependente ela será” (MDIC,
2012. p.1).
2.4.1.2. DIMINUIÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO:
Quando a companhia participa da atividade de exportação, a empresa pode facilmente diminuir
sua capacidade ociosa, e aproveitar assim, “a redução de seus custos fixos na produção, além de
se beneficiar da sazonalidade, por conta das diferenças sazonais entre o hemisfério norte e o
13. 13
hemisfério sul” (CASTRO, 2010. p.1). Além do aumento de vendas e clientes com a exportação,
a empresa pode também diminuir seus custos de produção, no que tange a compra de matéria
prima, por exemplo, pois se a quantidade de produtos é maior, a negociação com os fornecedores
tende a beneficiar em relação aos preços.
2.4.1.3. ISENÇÃO DE IMPOSTOS:
Como a exportação é uma forma de movimentar a economia nacional, e faz isso muito bem, o
Governo, como forma de apoiar o exportador brasileiro e movimentar a economia, isenta os
produtos exportados de impostos.
“a empresa pode compensar o recolhimento dos impostos internos, via
exportação:
a) Os produtos exportados não sofrem a incidência do Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI);
b) O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
tampouco incide sobre operações de exportação de produtos industrializados,
produtos semi-elaborados, produtos primários ou prestação de serviço;
c) Na determinação da base de cálculo da Contribuição para Financiamento
da Seguridade Social (COFINS), são excluídas as receitas decorrentes da
exportação;
d) As receitas decorrentes da exportação são também isentas da contribuição
para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação
do Patrimônio do Servidor Público (PASEP);
e) O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) aplicado às operações de
câmbio vinculadas à exportação de bens e serviços tem alíquota zero”
(LUDOVICO, 2009 p.15).
14. 14
2.4.1.4. MAIOR PRODUTIVIDADE:
Uma das vantagens para uma empresa exportadora é a maior produtividade:
“Exportar no aumento da escala de produção, que pode ser obtido pela
utilização da capacidade ociosa da empresa e/ou pelo aperfeiçoamento dos
seus processos produtivos. A empresa poderá, assim, diminuir o custo de
seus produtos, tornando-os mais competitivos, e aumentar sua margem de
lucro” (LUDOVICO, 2009 p.14).
Um exemplo seria uma empresa exportadora de biquínis com sede no Brasil. Por lógica, ela
produziria para o Brasil somente em nosso verão e no inverno haveria ociosidade, porém, se ela
exportar biquínis para os EUA, no período de inverno no Brasil, ela produziria e venderia para os
EUA, já que lá seria verão.
2.4.1.5. MELHOR COMPETITIVIDADE NO MERCADO INTERNO:
Com o aumento da exigência dos clientes, as empresas exportadoras vêm inovando em seus
produtos e ao mesmo tempo em que se tornam mais competitivas no mercado externo se tornam
competitivas no mercado interno, pois, o produto acaba sendo inovador no seu mercado de
origem. Quando falamos em exportação, devemos sempre lembrar que:
“o mercado externo exige que seu produto tenha um nível ótimo de
qualidade, não apenas na concepção final do seu produto, como também nos
processos, gestão de pessoas e práticas ambientais. Com estas exigências, seu
produto se torna mais competitivo tanto no mercado externo quanto interno”
(CASTRO, 2010. p.1).
2.4.1.6. MELHOR UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA:
15. 15
Uma empresa que participa da atividade de exportação aumenta sua qualidade interna. Passa a
crescer e a possuir maior poder aquisitivo, podendo então investir em sua estrutura. A empresa
que prática a atividade da exportação faz uma melhor utilização da capacidade instalada, ou seja,
traz uma melhora significativa no ambiente interno, melhora que vai dos funcionários a qualidade
de produção. A companhia que passa a exportar:
“obtém melhoras significativas, tanto dentro da empresa (novos padrões
gerenciais, novas tecnologias, novas formas de gestão, qualificação da mão
de obra, agregação de valor à marca) quanto fora (melhoria da imagem:
frente a clientes, fornecedores e concorrentes)” (MDIC, 2012. p.1).
2.4.1.7. MELHORIA NA EMPRESA:
Quando uma empresa expande seus negócios com a atividade de exportação, “passa a gerar
novos empregos, devido o aumento da produção, e os funcionários passam a sentir orgulho de
trabalhar em uma empresa que exporta seus produtos” (MDIC, 2012. p.1). A partir desta nova
atividade, a demanda aumenta e com isso ela produz mais, para atender a sua demanda e ter como
garantia um estoque de segurança a empresa contrata mais funcionários.
2.4.1.8. MENOR IMPACTO DA SAZONALIDADE:
A atividade de exportação trás além dos outros benefícios citados o menor impacto da
sazonalidade, por exemplo:
“Uma empresa que venda ‘moda praia’ no Brasil vai ter seu ápice de vendas
no nosso verão, porém ela também pode vender com facilidade para os
Estados Unidos e para a Europa na época de queda de vendas no mercado
interno, por conta do inverno aqui, porém estes lugares estarão em pleno
16. 16
verão. Assim, a demanda se mantém constante durante todo o ano”
(CASTRO, 2010. p.1).
Podemos dizer então que, exemplificando, uma empresa que trabalha somente com produtos de
verão e que produz apenas para sua região teria lucro durante uma época do ano. Porém, no caso
de uma empresa que, além de produzir para sua região, também exporta para outros países,
consegue garantir lucros durante o ano inteiro.
2.4.1.9. POSSIBILIDADE DE CONTATO COM NOVAS TECNOLOGIAS:
Pode-se perceber que a atividade de exportação nos possibilita conhecer diversos tipos de
tecnologia dentro do nosso ramo de atuação e até mesmo fora de nosso campo de atuação. Isso,
além dos benefícios de inovação tecnológica e maior competitividade nos mercados interno e
externo, nos trás ainda mais experiência.
“Com a exportação, o benchmarking é ampliado, sendo
possível conhecer diversas novas tecnologias dentro de sua área de atuação
nos diferentes mercados que estiver atuando. Também vai conseguir
melhorar o networking nas diversas feiras e eventos internacionais do qual
poderá participar” (CASTRO, 2010. p.1).
2.4.2. Vantagens da importação para as empresas brasileiras
2.4.2.1. AGREGAÇÃO DE VALOR A IMAGEM DA EMPRESA:
A empresa que importa um produto acabado ou semi-acabado é vista de maneira diferente, pois,
há a agregação de valor ao produto vindo de outro país. Para o consumidor o grande diferencial
do produto é ele ser produzido fora do seu país de consumo.
17. 17
“A atividade de importação de um produto pode atender a propósitos
diversos para cada uma das empresas. Para algumas, a qualidade do produto
produzido no exterior pode ser o grande diferencial, o que agrega valor em
sua imagem corporativa perante seu mercado. (...) Contudo, o mais
importante é que a empresa tenha clareza daquilo que uma compra
internacional vai agregar valor em seus negócios” (ONE, 2004. p.1).
2.4.2.2. AUMENTO DE LUCRO:
Uma empresa que importa produtos para aperfeiçoar a sua produção e assim aumentar também
suas vendas e margem de lucro pode contar com outra vantagem. A Receita Federal impõe que se
houver
“agregação de valor aos custos dos bens, serviços ou direitos importados,
oriundos da aposição de uma marca previamente às suas comercializações no
País, em caso de opção pelo método PRL (Método do Preço de Revenda
Menos Lucro), deverá ser aplicada a margem de lucro de 60%.” (FAZENDA,
2010 p.31),
enquanto uma empresa brasileira que apenas revende um produto importado tem a margem de
lucro de 20%.
2.4.2.3. AUMENTO DE VENDAS:
Frequentemente se ouve frases como: “(...) Artigos importados podem melhorar o mix de
produtos de suas linhas, aumentando suas vendas e destacando-se diante de sua concorrência”
(ONE, 2004 p.1), o que não deixa de ser verdade. A atividade de importação realizada por uma
empresa pode alavancar o seu mix de produtos (tipos de produtos fabricados ou comercializados),
ou seja, ao importar peças que aperfeiçoem os seus produtos, a empresa pode ainda aumentar a
18. 18
diversificação dos mesmos e isso tem como consequência um aumento de vendas, já que a
empresa aumentando o seu mix de produtos em suas linhas, destaca-se diante a concorrência,
atingindo mais facilmente o público alvo.
2.4.2.4. AUMENTO DO MARKET SHARE:
Não só com a atividade exportadora, mas com as importações as empresas brasileiras podem
aumentar seu market share, já que a companhia está inovando tecnologicamente e aperfeiçoando
seus produtos, o que faz com que ela possa competir com mais igualdade tanto no mercado
interno, como no externo, pois nada impede que ela exporte seus produtos finais. Segundo o
MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
“o Brasil é o único país da América Latina com ampla capacidade produtiva.
Deste modo, apresenta grande potencial de expansão. No entanto, ainda se
observa forte participação dos importados no market share do Brasil (45%)”
(MDIC, 2012. p.1).
2.4.2.5. CRIAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS E GERAÇÃO DE NOVOS EMPREGOS:
A importação também pode trazer à empresa uma ampliação, no sentido de que com o
aperfeiçoamento de seus produtos, isso para os casos de importação de peças, a empresa poderá
futuramente exportar o seu produto final. Isso trará crescimento da imagem da empresa e o
crescimento econômico, possibilitando que a empresa amplie os seus negócios e suas sedes. A
empresa ainda, com resultados positivos, poderá criar novos negócios e caminhar a um
crescimento ainda maior empregando mais funcionários de acordo com a demanda crescente de
clientes. No mundo inteiro, “com a importação, houve a criação de novos negócios, a abertura de
19. 19
novas empresas, o estabelecimento de representantes ou distribuidores de empresas estrangeiras
(...)”. (SEBRAE, 2005 p.6)
2.4.2.6. MAIOR COMPETITIVIDADE NO MERCADO NACIONAL:
Com o lançamento de diversos produtos, a competitividade entre as empresas aumentou, fazendo
com que as empresas renovassem suas tecnologias para poder competir no mercado nacional.
Uma saída para essas empresas é, claro, a importação de produtos tecnológicos para apostar na
inovação e aperfeiçoar seus produtos que já estão no Brasil, mas necessitam de novidades para
competir com tantos concorrentes.
“O lançamento de produtos diferentes, de melhor qualidade e com preços
competitivos fez com o que brasileiro se conscientizasse da importância da
abertura da economia para o desenvolvimento do país, obrigando as
indústrias a reformular seu parque industrial, completamente obsoleto, com o
intuito de poder competir no novo mercado” (SEBRAE, 2005. p.5).
2.4.2.7. MELHOR APROVEITAMENTO DO TEMPO:
A globalização gerou uma fácil comunicação, um fácil transporte de pessoas e produtos, a
evolução da tecnologia, com isso os produtos demoram menos tempo no trajeto de um país para
outro, há uma redução no tempo de importação, produção ou um repasse de material. Por isso é
correto dizer que o comércio internacional passou a
“funcionar como uma via de mão dupla, isto é, a importação de máquinas e
equipamentos, a aquisição de novas tecnologias, a adoção de novos métodos
e técnicas de produção, a modernização dos parques industriais e a ampliação
20. 20
do leque de alternativas de compras de insumos vieram reduzir o tempo”.
(SEBRAE, 2005 p.6)
2.4.2.8. PRODUTOS DE MELHOR QUALIDADE E MAIOR COMPETITIVIDADE
NO MERCADO INTERNACIONAL:
As empresas, pela competitividade nos mercados externo e interno, são sedentas de novas
tecnologias e inovação de produtos. Com a possibilidade de matéria prima de maior qualidade e
que não se encontra em território nacional, seus produtos finais terão um diferencial no mercado,
com maior possibilidade de vendas. A importação:
“beneficia diretamente as empresas, capacitando-as a produzir bens de
melhor qualidade e, consequentemente, de maior competitividade no
mercado internacional, criando, em contrapartida, condições mais favoráveis
à exportação de produtos e serviços.” (SEBRAE, 2005 p.5).
21. 21
3. Vantagens do comércio exterior – coleta de dados
3.1. Abicab e Apex-Brasil realizam missão vendedora em Chicago
O projeto Sweet Brasil desenvolvido pela Abicab (Associação Brasileira da Indústria de
Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) em parceria com a Apex-Brasil (Agência
Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), tem como integrantes do pavilhão as
empresas: Aladim, Chocolates Garoto, Docile, Embaré, Montevérgine e Riclan.
O projeto permite que estas empresas atuem em um mercado de extrema importância para a
indústria brasileira, que dá sinais de recuperação no consumo e é o maior do setor de confeitaria
no mundo. Relata a reportagem “Abicab e Apex-Brasil realizam missão vendedora em Chicago”,
publicada no Portal Fator Brasil, no dia 11(onze) de maio de 2012.
É a oportunidade de conhecer a dinâmica do mercado americano e de apresentar não só os
produtos brasileiros, mas também um pouco da cultura, valorizando, assim, estas indústrias, que
são responsáveis pela geração de 31 mil empregos diretos e 62 mil indiretos e que representam
92% do mercado de chocolates, 70% do mercado de balas e confeitos, 80% do mercado de
amendoim e 100% do mercado de cacau.
3.2. Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital
Já a matéria “Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital”, publicada no
periódico online Jornal de hoje, caderno Negócios, no dia 20 (vinte) de maio de 2012, nos trás a
informação de que a empresa Agrícola Famosa Ltda. (maior exportadora de frutas frescas do
Brasil e maior produtora de melão do mundo) irá ampliar sua área de plantio.
22. 22
A empresa está apostando em aumentar a área de plantação para maior diversificação das frutas
cultivadas e aumentar a parcela de produtos que irão ser comercializados dentro e fora do Brasil.,
ou seja, aumentar o seu market share. Além de diminuir a ociosidade da empresa, pois as frutas
têm época certa para germinar e aumentando a variedade de tipos de sementes, no período em
que uma das frutas estiver fora do tempo de colheita, outra pode ser utilizada, a empresa ainda
poderá aumentar seu market share(participação de mercado), porque irá exportar para mais países
além dos que já são seus clientes. Aumentará também a qualidade das frutas que serão
comercializadas, terá menor dependência do mercado interno, maior produtividade, pois com
mais área de cultivo existe mais espaço e terá melhor aproveitamento da capacidade instalada, no
caso, a fazenda.
3.3. Agricultura: Produção de café reduz custos e amplia exportação brasileira
Na reportagem “Produção de café reduz custo e amplia exportação brasileira” publicada no dia
02 de setembro de 2011, nos mostra a relação de produção de café no cerrado brasileiro e a
redução de custos que impulsiona a exportação.
Pesquisas têm permitido produzir, plantar e cultivar o café no cerrado, que praticamente só era
produzido em biomas da região Sul e Sudeste do Brasil. O engenheiro agrônomo Antonio Guerra
explica que a cafeicultura do cerrado permite a utilização de características hetero
edafoclimáticas da região de forma que produza um café de melhor qualidade e que tenha um
melhor preço de mercado.
O custo de produção na região é menor do que nas regiões tradicionais de montanha, podendo-se
assim aumentar a produção do produto, comprar matéria-prima mais barata de fornecedores,
melhorar a qualidade desse café e criando maiores oportunidades de exportação.
A expectativa segundo a Embrapa, é que no cerrado a produção do café seja ampliada para suprir
as previsões de mercado futuro e se manter como o maior produtor destes grãos no mundo.
23. 23
3.4. Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru
Na matéria “Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru”, publicada no Jornal
Floripa, caderno Economia no dia 14 (catorze) de maio de 2012, há a informação de que várias
marcas brasileiras estão apostando na importação de algodão e lã produzidos no Peru para a
produção de suas peças.
Esta com certeza é uma ótima decisão das confecções, pois assim elas podem produzir bens de
melhor qualidade, já que dizem que o algodão e lã feitos no Peru são mais qualificados e por isso
não são baratos, mas a aliança entre Brasil e Peru faz com que o material seja importado sem
impostos, barateando assim a matéria prima.
A matéria-prima sendo importada pronta acaba tornando a produção mais rápida, com a
contribuição do tempo de transporte, pois as fronteiras do Peru estão muito próximas do Brasil.
Como as peças finais produzidas com estes materiais adquirem maior qualidade,
consequentemente ficam mais competitivos no mercado interno, pois seus preços não ficam
elevados, e ainda, este processo de aperfeiçoamento do produto trás muito mais lucros para estas
confecções brasileiras. Vale ressaltar que ao importar o algodão e a lã a empresa investe na
diversificação dos seus produtos que pode ser considerado um fator de grande influência para o
aumento das vendas.
3.5. CSA já é segunda maior exportadora de aço
Na reportagem “CSA já é a segunda maior exportadora de aço”, publicada na folha de São Paulo,
no dia 18 (dezoito) de maio de 2011, é dissertado sobre a evolução da exportadora de aço CSA,
uma parceria da alemã Thyssenkrupp (73,13%) com a Vale (26,87%), que iniciou suas atividades
24. 24
de exportação em setembro de 2010 e em maio de 2011 já era considerada a segunda maior
exportadora de aço no Brasil.
Ao desenvolver a leitura da reportagem vimos que a empresa objetiva alcançar o título de maior
exportadora brasileira, ou seja, trazer a valorização da imagem atrelada a empresa, através da
exportação. A siderúrgica busca ultrapassar sua maior concorrente, a empresa ArcelorMilitar,
que no ranking das 40 empresas brasileiras exportadoras ocupa o 17° lugar, enquanto a CSA
encontra-se na 20° posição. A empresa enxerga a oportunidade de atingir a ocupação das
melhores empresas exportadoras brasileiras por meio do investimento da sua capacidade instalada
aumentando sua produção e suas vendas.
3.6. FANEM é eleita a melhor exportadora do ano de 2011
Na matéria “FANEM é eleita a melhor exportadora do ano de 2011”, publicada no próprio site da
empresa, relata o reconhecimento da Associação Brasileira de Marketing em Saúde por
divulgação do design brasileiro internacionalmente feito pela empresa FANEM.
A FANEM vem cada vez mais expandindo suas fronteiras, ela exporta produtos de medicina
neonatal para mais de 90 países, como reflexo teve a expansão de sua receita de vendas para o
exterior em 47% e inaugurou sua primeira fábrica em território internacional na Índia.
Com o aprimoramento de seus produtos tem se mantido frente a seus concorrentes no âmbito
internacional promovendo o crescimento continuo das exportações. Esse reconhecimento
internacional faz com que a marca da empresa seja reconhecida nacionalmente. É a companhia
brasileira em equipamentos médicos, em especial neonatologia, com maior representatividade na
indústria mundial.
25. 25
3.7. JAC Motors desembarca primeiro lote de carros no Porto de Salvador
A reportagem “Jac Motors desembarca primeiro lote de carros no Porto de Salvador” publicada
no jornal online Rolando na orla no dia 21 de maio de 2012, informa que o Porto de Salvador
começa a receber os primeiros carros da empresa para a implementação da nova fábrica na Bahia.
Essa nova fábrica, que será instalada na cidade de Camaçari, gerará 3.500 empregos diretos e
cerca de 10 mil indiretos.
A meta da instalação dessa nova fábrica na cidade é aumentar o número de negócios e adensar a
indústria automotiva no local. Com o aumento do polo industrial automotivo, ocorre também o
aumento do polo de fornecedores, criando assim novos empregos e favorecendo outras empresas
brasileiras instaladas no mesmo local com a circulação do capital desses novos empregados.
3.8. Receita aumenta exigência para empresas exportadoras terem devolução acelerada
de impostos
Segundo a matéria “Receita aumenta exigência para empresas exportadoras terem devolução
acelerada de impostos”, publicada no jornal online DCI (Diário Comércio Indústria & Serviços)
no dia 23 (vinte e três) de abril de 2012 em Brasília, desde 2010 as empresas exportadoras
brasileiras têm direito à devolutiva de três impostos, que são: PIS, Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Imposto sobre Produtos, porém a Receita Federal
aumentou a exigência da devolução acelerada desses impostos a partir deste ano de 2012.
Como o governo brasileiro trata as exportações como atividades que movimentam a economia
brasileira, há o incentivo para que as companhias utilizem cada vez mais este mecanismo e um
26. 26
destes incentivos é a isenção de impostos na exportação, o que acaba facilitando os trâmites
burocráticos e criando vantagem para a empresa exportadora.
3.9. Setores de produção padronizada demitem e importam da China
Na reportagem “Setores de produção padronizada demitem e importam da China” de Sergio
Lamucci, publicada no dia 05 de abril de 2011 no jornal online Valor Econômico, é relatado que
empresas do segmento de válvulas industriais, elevadores e ferramentas passaram a importar
produtos que antes produziam ou compravam de outras empresas para poder competir com a
concorrência chinesa no mercado interno e externo. Segundo a Abimaq, 80% dessas empresas já
importam 100% do que vendem.
São empresas que atuam no segmento de válvulas-commodities, uma referência a produtos
padronizados com baixo valor agregado. Nesse segmento, o produto chinês é 60% mais barato
que o brasileiro, gerando assim uma dificuldade de concorrência para as empresas brasileiras.
Porém, para algumas empresas como a RTS, ainda é viável produzir válvulas com maior
diferenciação de preço. Essa empresa fabrica as chamadas válvulas borboletas e para manter a
competitividade no mercado nacional, ela importa desde o ano passado um componente da China
para a fabricação de seus produtos, obtendo assim uma redução do seu custo de produção. Com
um produto que tem algo importado, como a matéria prima ou peça importante, os clientes ficam
mais interessados e olham para a empresa de maneira diferenciada, pois assimilam que seu
produto (aperfeiçoado) é mais qualificado que os da concorrência.
27. 27
4. Análise e interpretação dos resultados
Neste capítulo será observada a correlação entre a coleta de dados e as vantagens levantadas, a
fim de expor de forma clara e objetiva os resultados que a empresa, ao praticar o comércio
exterior adquire.
4.1. Vantagens da exportação para as empresas brasileiras
4.1.1. AUMENTO DO MARKET SHARE:
Ao praticar a atividade de exportação, a empresa aumenta o seu número de clientes e como
consequência obtêm maior garantia e menor escala de erros para a venda de seus produtos.
Segundo o MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, na prática da
exportação a empresa abrange seu público alvo para outros mercados e o termo técnico utilizado
para esse aumento é “market share”, que em português significa participação de mercados, como
já visto no capitulo anterior.
Quando ela amplia sua venda para o mercado internacional ela abre seus horizontes, trazendo a
possibilidade de aumento para seu market share, pois ela passa a atuar em outros mercados,
ampliando seu público alvo e ganhando destaque sobre seus concorrentes nacionais. (MDIC,
2012).
Além de aumentar sua parcela de mercado, a empresa aumenta seus lucros e expande
crescimentos tanto no âmbito interno quanto no externo da empresa e isso ocasiona maior
estabilidade.
No anexo B (Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital), visualizamos o
exemplo deste conceito. A entrevista argumenta sobre a maior empresa exportadora de frutas
28. 28
frescas do Brasil e maior produtora de melão do mundo. Observamos que a empresa visa como
objetivo ampliar sua área de plantio, o que ocasiona o aumento de vendas para o mercado externo
e interno, este fator trás a empresa o aumento da parcela de mercado, pois provem a evolução do
número de clientes.
4.1.2. DIMINUIÇÃO DA DEPENDÊNCIA DO MERCADO INTERNO:
Com relação à vantagem: menor dependência do mercado interno, podemos dizer que as
empresas que exportam podem aumentar o seu volume de vendas e o seu lucro e,
consequentemente, aumentar o seu número de clientes, gerando assim uma menor dependência
de clientes internos, pois ela pode contar também com a venda para clientes externos (MDIC,
2012).
Podemos comprovar esta vantagem com o anexo B (Agrícola Famosa ampliará área de plantio e
abrirá seu capital). A empresa quando opta por produzir uma parte de seus produtos direcionada
para o mercado interno e outra parte para o mercado externo, acaba se tornando menos
dependente do seu país de origem, assim a empresa corre menos riscos exportando mais.
4.1.3. DIMINUIÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO:
Percebe-se também que, como a empresa exportadora diminui o tempo ocioso de produção e
aumenta a quantidade de clientes, pois seus produtos estão mais aperfeiçoados, ela ainda tem a
diminuição do custo de produção, porque quando aumenta a quantidade de produtos vendidos,
podem-se negociar valores melhores com os fornecedores para comprar a matéria prima ou
tecnologia em maiores unidades, fazendo com que o custo fixo da peça diminua (CASTRO,
2010). No caso da agricultura, o local escolhido para plantio deve ser muito bem escolhido para
que a produção tenha maior qualidade e não haja tanto desperdício.
29. 29
A diminuição do custo de produção pode ser observada no anexo C (Agricultura: Produção de
café reduz custos e amplia exportação brasileira), pois ele retrata que a produção em determinado
local pode diminuir o custo do café e também aumentar automaticamente a qualidade do produto.
A terra do cerrado é considerada mais fértil, portanto é um investimento para o produtor tanto na
qualidade final do produto quanto no custo fixo de sua produção.
4.1.4. ISENÇÃO DE IMPOSTOS:
Para um país, a exportação é uma atividade que trás capital para seu interior. Como esta atividade
movimenta a economia interna das nações, para que as empresas se sintam motivadas a exportar,
os governos trazem a isenção de impostos nesta atividade, como por exemplo: IPI, COFINS e PIS
(LUDOVICO, 2009).
O anexo I (Receita aumenta exigência para empresas exportadoras terem devolução acelerada de
impostos) comprova esta vantagem, confirmando que nenhum país pode exportar esses valores,
logo, há esta isenção.
4.1.5. MAIOR PRODUTIVIDADE:
A vantagem referente à maior produtividade de uma empresa exportadora pode ser confirmada
com o anexo B (Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital), que nos diz que a
empresa aposta na plantação não só de uma commoditie, mas de várias.
Esta é uma estratégia, já que como em outros ramos, na agricultura devemos levar em conta que
as frutas e verduras têm época certa para germinar e para aproveitar o período de ociosidade de
uma ou de outra, aproveita-se parte da área de plantio para outras frutas e legumes para maior
obtenção de lucros no final de cada colheita (LUDOVICO, 2009).
30. 30
4.1.6. MELHOR COMPETITIVIDADE NO MERCADO INTERNO:
A partir do momento que uma empresa é reconhecida internacionalmente ela ganha credibilidade
também em seu mercado de origem, tendo uma marca de renome e uma imagem forte em ambos
os mercados. Assim ela consegue ter melhor competitividade em seu próprio país (CASTRO,
2010).
Por meio do anexo G (FANEM é eleita a melhor exportadora do ano de 2011) pode ser verificado
que a empresa, por aprimorar a qualidade de seus produtos para a exportação e ter sido
reconhecida internacionalmente, reforça a sua marca nacionalmente e melhora sua
competitividade no mercado interno.
4.1.7. MELHOR UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA:
A empresa que exporta busca o seu crescimento de mercado. Com visão ampliadora, ao exportar
ela visa não só o aumento de lucros, por passar a atingir novos clientes, mas também condições
financeiras melhores que possibilitem um investimento futuro para progressões no setor interno e
externo.
Assim, a empresa ao praticar a atividade exportadora adquire vantagens, cuja uma delas é a
melhoria do local de trabalho, pois com o aumento de sua renda através da exportação de seu
produto, a empresa cria a oportunidade de investir em seu local de produção, aprimorando a
qualidade para seus funcionários e para seu produto, ou seja, atingi melhoras no âmbito interno
(MDIC, 2012).
Como já citado, a empresa ao alcançar a oportunidade da investir em sua capacidade instalada,
passa a trazer melhorias também no âmbito externo, ou seja, ao passar a investir na qualidade da
31. 31
sua instalação, ela reflete sobre os seus produtos essa qualidade vivenciada no ambiente interno,
através da valorização da imagem atrelada a sua marca.
O anexo F (CSA já é a segunda maior exportadora de aço) ilustra a importância da valorização da
capacidade instalada, deixando explícito ainda o quanto o investimento na capacidade instalada
poderá ocasionar bons resultados para a exportação de produtos da empresa. Analisemos o
comentário feito pelo vice-presidente financeiro da CSA “Ao final de 2012, quando a usina
estiver operando com o total da capacidade instalada (5 milhões de toneladas/ano), a previsão é
exportar de U$$ 3 bilhões e USS 3,5 bilhões”.Observa-se que a empresa ao operar em toda sua
capacidade instalada, ocasiona o aumento de produção e tendo como consequência o crescimento
de vendas no mercado externo e interno.
Ao exportar a empresa investe em suas instalações adquirindo melhorias no setor de vendas e
financeiro.
4.1.8. MELHORIA NA EMPRESA:
Quando uma empresa começa a exportar, sua produção automaticamente aumenta, pois ela deve
suprir agora a necessidade de um público maior, assim, precisa de mais funcionários, estes
passam a sentir orgulho e prestígio em trabalhar numa empresa exportadora (MDIC, 2012), como
o caso das empresas Aladim, Chocolates Garoto, Docile, Embaré, Montevérgine e Riclan,
associadas à ABICAB, que aparecem no anexo A (Abicab e Apex-Brasil realizam missão
vendedora em Chicago).
Estas empresas são responsáveis por 92% do mercado de chocolates, 70% do mercado de balas e
confeitos, 80% do mercado de amendoim e 100% do mercado de cacau. Para atender essa
demanda no mercado é necessário o apoio de uma grande quantidade de funcionários e,
32. 32
consequentemente, a empresa aumenta seu porte e, além disso, há a melhoria na estrutura da
empresa.
4.1.9. MENOR IMPACTO DA SAZONALIDADE:
Em relação à sazonalidade podemos dizer que a exportação é muito importante, porque ela
possibilita que a empresa tenha lucro durante o ano inteiro, pois ao exportar roupa, por exemplo,
a empresa garantirá que independentemente da estação que a linha da roupa dirigir, a
sazonalidade proporcionará garantias (CASTRO, 2010).
Vemos isto no exemplo citado no capitulo anterior: uma empresa que trabalha somente com
produtos de verão e que produz apenas para sua região teria lucro durante uma época do ano. Já
no caso de uma empresa que além de produzir para sua região, também exporta para outros
países, ela consegui garantir lucros durante o ano inteiro.
Podemos afirmar isso com o anexo B (Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu
capital), em que o empresário Luiz Roberto Barcelos, sócio-diretor da empresa ao lado de Carlo
Porro, diz que além do melão e da melancia, que correspondem a quase 90% de sua produção, a
empresa está expandindo a área da banana, que sairá dos atuais 150 ha para 300 ha até o final
deste ano. E em 2013, esta área será acrescida em mais 200 ha para produção de 120 toneladas
semanais da fruta, metade voltada ao mercado interno e metade para exportação.
4.1.10. POSSIBILIDADE DE CONTATO COM NOVAS TECNOLOGIAS:
Pode-se observar no capitulo anterior que a exportação nos possibilita conhecer diversos tipos de
tecnologia dentro do nosso ramo de atuação, através das feiras e eventos internacionais
33. 33
(CASTRO, 2010). Isso, além dos benefícios de inovação tecnológica e maior competitividade nos
mercados interno e externo, nos trás ainda mais experiência.
Podemos afirmar isso com o anexo B (Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu
capital), em que a fruticultura no Ceará é viabilizada pelos investimentos em irrigação e em
tecnologia, o que atrai a instalação de grandes empresas. Ainda assim, setor cobra mais
investimentos públicos para avançar.
4.2. Vantagens da importação para as empresas brasileiras
4.2.1. AGREGAÇÃO DE VALOR A IMAGEM DA EMPRESA:
A empresa que importa um produto acabado ou semi-acabado é vista de maneira diferente, pois,
há a agregação de valor ao produto vindo de outro país (ONE, 2004). Na reportagem “Setores de
produção padronizada demitem e importam da China” segundo o presidente do Sindicato das
Empresas de Elevadores de São Paulo 50% do que as empresas vendem vem do exterior.
Mesmo que para a empresa isso seja encarado de maneira negativa, para o consumidor o grande
diferencial do produto é ele ser produzido fora do seu país de consumo, pois pode ter um grande
diferencial tecnológico, e o produto pode ter um valor mais baixo.
4.2.2. AUMENTO DE LUCRO:
O aumento de lucro com a importação de materiais pode acontecer de forma que a empresa
brasileira importe produtos de um país que tem uma boa qualidade para oferecer, mas, além
disso, que tenha aliança comercial com o Brasil (MDIC, 2010). Assim a empresa brasileira
importará um produto bom, que pode aperfeiçoar seu produto final e terá também isenção de
34. 34
impostos, eliminando boa parte do valor final que seria cobrado se houvessem estes valores
adicionais.
A vantagem de que as empresas brasileiras têm aumento de lucro pode ser comprovada com o
anexo E (Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru), que retrata a empresa
brasileira que importa a matéria prima de seu produto para agregar qualidade na produção final e
obter mais lucro.
4.2.3. AUMENTO DE VENDAS:
A importação para uma empresa pode ser visada como um meio de diferenciar a linha de seus
produtos, isto significa que ela poderá importar peças para a montagem de seu produto final,
peças estas que poderão alavancar a diversificação de um produto que ela poderá até mesmo
exportar futuramente (ONE, 2004).
O mix de produtos trata-se do tipo de produtos fabricados ou comercializados, ao diversificar os
produtos de sua linha, a empresa obtém maiores vendas, ampliação do negócio e estabilidade de
segurança no que diz respeito à venda.
No anexo E (Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru) decorre sobre as
empresas brasileiras do setor têxtil que importam algodão e lã do Peru que oferece esses produtos
em alta qualidade. As empresas brasileiras de confecções ao importar estes produtos aprimoram a
qualidade e a variedade das suas linhas de produção, motivando a maior venda dos produtos da
empresa.
35. 35
4.2.4. AUMENTO DO MARKET SHARE:
Market Share: termo que designa a participação de uma empresa em algum ramo de atuação e é
baseado na disputa de mercado. (MDIC, 2012. p.1) “O Brasil é o único país da América Latina
com ampla capacidade produtiva. Deste modo, apresenta grande potencial de expansão. No
entanto, ainda se observa forte participação dos importados no market share do Brasil”. Podemos
afirmar isso com o anexo K (Sumitomo mira setor sucroalcooleiro e elege Brasil como
plataforma de expansão na América Latina) em que a empresa Sumitomo Heavy diz: "Faz parte
da nossa estratégia deter 20% de market share até 2015".
4.2.5. CRIAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS E GERAÇÃO DE NOVOS EMPREGOS:
Quando uma empresa toma a decisão de importar, ela passa por diversos processos, como mesmo
o planejamento. No planejamento, ela irá observar quais serão as vantagens que poderão ser
alcançadas e os possíveis erros que poderão ocorrer.
Para a empresa a importação muitas vezes significa inovações e aperfeiçoamento do produto,
entretanto por outro lado poderá ocasionar diversas outras vantagens, como a ampliação de seu
negócio e a geração de novos empregos (SEBRAE, 2005).
A empresa ao importar para melhoria do seu produto alavanca a qualidade e a imagem da
empresa e dos produtos fabricados, isso proporciona a possibilidade de crescimento econômico
para a empresa. Ela poderá visualizar a oportunidade de ampliação, podendo abrir novas sedes e
criar novos negócios. Assim cria-se a oportunidade abertura de novas filiais. Como visto no
anexo H (Jac Motors desembarca primeiro lote de carros no Porto de Salvador), onde a empresa
36. 36
Jac Motors analisa o número de carros importados para o Brasil e enxerga a oportunidade de
trazer uma filial para o Brasil gerando novos negócios e novos empregos.
4.2.6. MAIOR COMPETITIVIDADE NO MERCADO NACIONAL:
Com o crescimento da importação houve aumento de novas empresas, com isso gerando novos
empregos. Com o lançamento de diversos produtos, a competitividade entre as empresas
aumentaram, fazendo com que as empresas renovassem suas tecnologias para poder competir no
mercado, assim o Brasil passou a se conscientizar da importância da abertura da economia
(SEBRAE, 2005).
Podemos afirmar isso com o anexo D (Apex-Brasil, IBGM e exportações de gemas, joias e
bijuterias) Nosso desafio é aumentar a competitividade das empresas brasileiras, promovendo a
internacionalização de seus negócios, além de consolidar e ampliar os mercados conquistados.
4.2.7. MELHOR APROVEITAMENTO DO TEMPO:
Por meio da importação se tem facilidade na produção, pois há a possibilidade de se comprar a
matéria-prima ou o produto semi-acabado e com isso não há desperdício de tempo (SEBRAE,
2005). Na reportagem “Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru” as empresas
brasileiras importam algodão e lã do Peru.
O Peru por ser um país de fronteira com o Brasil torna a importação mais rápida, com isso os
produtos demoram menos tempo no trajeto de um país para outro e há uma redução no tempo de
importação, produção ou um repasse de material.
37. 37
4.2.8. PRODUTOS DE MELHOR QUALIDADE E MAIOR COMPETITIVIDADE NO
MERCADO INTERNACIONAL:
Importando matéria prima ou inovação tecnológica do exterior para aperfeiçoar um produto feito
no Brasil é sem dúvida uma ótima escolha para as empresas brasileiras, pois assim seus bens
terão, com certeza, um ótimo acabamento e o produto final terá muito mais qualidade (SEBRAE,
2005).
O anexo E (Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru) expõe a vantagem de
que empresas importadoras produzem bens de melhor qualidade quando faz referência ao fato de
que mesmo que os produtos do Peru não sejam baratos, a aliança comercial entre ele e o Brasil
facilita na isenção de impostos e o produto final fica mais competitivo, pois o algodão e a lã do
Peru são de alta qualidade.
38. 38
5. Conclusão
As empresas brasileiras se deparam atualmente com um cenário de economia globalizada. Com
isso as empresas acabam tendo que enfrentar alguns desafios ao ingressar no comércio
internacional. Essas empresas devem se preocupar com a ameaça de concorrentes de vários
países, aproveitar as oportunidades de acesso a novos mercados, ter conhecimentos sobre novas
tecnologias e saber negociar com fornecedores.
Portanto para a realização dess trabalho definiu-se a seguinte questão de pesquisa: Quais são as
vantagens do comércio exterior para as empresas brasileiras? A partir dessa questão foi realizaa
uma pesquisa de referencial teórico, coleta de dados e análise dos resultados que fundamentam as
vantagens das atividades de importação e exportação para as empresas brasileiras.
A partir da conclusão desses resultados definiram-se as seguintes vantagens na exportação:
aumento do market share, diminuição da dependência do mercado interno, diminuição do custo
de produção, isenção de impostos, maior produtividade, melhor competitividade no mercado
interno, melhor utilização da capacidade instalada, melhoria na empresa, menor impacto da
sazonalidade, melhoria na empresa, possibilidade de contato com novas tecnologias.
E definiram-se também as seguintes vantagens na importação: agregação de valor ao produto,
aumento de lucro, aumento de vendas, aumento do market share, criação de novos negócios e
geração de novos empregos, maior competitividade no mercado nacional, melhor aproveitamento
do tempo, produtos de melhor qualidade e maior competitividade no mercado internacional.
Com a análise destes resultados, podemos concluir que as empresas brasileiras precisam ter um
bom planejamento e devem estar atentas á todas essas vantagens do comércio exterior para
poderem obter bons resultados em suas atividades no comércio internacional.
39. 39
6. Referências bibliográficas
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44. 44
7. Anexos
A. Abicab e Apex-Brasil realizam missão vendedora em Chicago.
Entre as ações do projeto Sweet Brasil, desenvolvido pela Abicab em parceria com a Apex-
Brasil, destaca-se a participação das indústrias brasileiras na feira Sweet&Snacks e a realização
de uma rodada de negócios.
São Paulo – Entre 06 e 11 de maio, a Abicab – Associação Brasileira da Indústria de Chocolates,
Cacau, Amendoim, Balas e Derivados – levará seis associados para uma missão vendedora em
Chicago (EUA), que irá englobar, entre outras ações, a participação na feira Sweet&Snacks 2012,
uma das principais vitrines para o mercado americano de chocolates, balas e confeitos. A ação faz
parte do projeto Sweet Brasil, por meio do qual a entidade promove as exportações do setor, em
parceria com a Apex-Brasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.
Aladim, Chocolates Garoto, Docile, Embaré, Montevérgine e Riclan serão as integrantes do
pavilhão brasileiro na feira, que acontece entre 8 e 10 de maio. Em 2011, o evento reuniu
aproximadamente 15 mil visitantes de mais de 60 países e 737 expositores. Além da presença na
Sweet&Snacks, as empresas também participarão de visitas técnicas e de uma rodada de negócios
exclusiva organizada pela ABICAB e Apex-Brasil.
Em 2011, a missão vendedora somou cerca de US$ 1 milhão em negócios. “O projeto permite
que atuemos em um mercado de extrema importância para a indústria brasileira, que dá sinais de
recuperação no consumo e é o maior do setor de confeitaria no mundo. É a oportunidade de
conhecermos de perto a dinâmica do mercado americano e de apresentar não só nossos produtos,
mas também um pouco de nossa cultura”, analisa a vice-presidente de Exportação da ABICAB,
Solange Isidoro.
45. 45
A Abicab – Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e
Derivados foi fundada em 1957 com o objetivo de responder pela política do setor junto às
esferas públicas e privada, tanto no Brasil quanto no exterior. Suas diretrizes são voltadas para a
valorização destas indústrias, que é responsável pela geração de 31 mil empregos diretos e 62 mil
indiretos. Atualmente, a ABICAB engloba a cadeia produtiva brasileira, representando 92% do
mercado de chocolates, 70% do mercado de balas e confeitos, 80% do mercado de amendoim e
100% do mercado de cacau.
Dentre as principais atividades desenvolvidas em prol do fortalecimento e desenvolvimento do
setor, destaca-se o Programa Sweet Brasil, criado em março de 1998, que tem por objetivo
promover os produtos brasileiros no mercado externo, por meio de parceria com a Apex-Brasil.
Perfil: APex-Brasil - A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-
Brasil) tem a missão de desenvolver a competitividade das empresas brasileiras, promovendo a
internacionalização dos seus negócios e a atração de investimentos estrangeiros diretos. A Apex-
Brasil é uma agência do governo brasileiro vinculada ao Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A Apex-Brasil apoia, atualmente, 13 mil empresas, de 81
setores produtivos da economia brasileira que exportam para mais de 200 mercados. Por meio de
iniciativas realizadas em parceria com entidades setoriais, a Agência organiza ações de promoção
comercial e produz estudos de inteligência comercial e competitiva com o objetivo de orientar as
decisões das empresas nacionais sobre o ingresso em mercados internacionais. Além da sede em
Brasília, a Apex-Brasil possui Unidades de Atendimento nos estados brasileiros e Centros de
Negócios (CNs) espalhados pelo mundo. A Agência também coordena os esforços de atração de
investimentos estrangeiros diretos (IED) para o País, trabalhando na identificação de
oportunidades de negócios e na promoção de eventos estratégicos e garantindo apoio ao
46. 46
investidor estrangeiro durante todo o processo no Brasil. A Apex-Brasil preside a Associação
Mundial das Agências de Promoção de Investimentos.
B. Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital
Empresa é a maior exportadora de frutas frescas do Brasil e maior produtora de melão do mundo.
Nos planos, também está se tornar uma das maiores produtoras de banana e mamão do Nordeste e
até mesmo do Brasil.
EDIMAR SOARES
Produção de melão é o carro-chefe das exportações de frutas cearenses.
Maior empresa exportadora de frutas frescas do Brasil e maior produtora de melão do mundo, a
Agrícola Famosa Ltda., localizada no município de Icapuí(CE), está crescendo para ser, também,
uma das maiores produtoras de banana e mamão do Nordeste.
As fazendas da Agrícola Famosa (entre próprias e arrendadas) somam 20.807 hectares (ha). Para
a safra 2011/2012, a estimativa de área plantada chega a 6.000 ha e a produção esperada deverá
ser de 60 mil toneladas para o mercado interno e 140 mil toneladas para exportação.
O empresário Luiz Roberto Barcelos, sócio-diretor da empresa ao lado de Carlo Porro, diz que
além do melão e da melancia, que correspondem a quase 90% de sua produção, a empresa está
expandindo a área da banana, que sairá dos atuais 150 ha para 300 ha até o final deste ano. E em
2013, esta área será acrescida em mais 200 ha para produção de 120 toneladas semanais da fruta,
metade voltada ao mercado interno e metade para exportação.
Já o mamão ocupa, hoje, uma área de 250 ha (em produção e a produzir). “Nossa expectativa é
chegar em 2014 a 600 ha, aumentando o volume das atuais 120 toneladas semanais (metade
47. 47
mercado interno/metade exportação) para 600 toneladas semanais, sendo 300 toneladas para o
mercado nacional e a outra metade, exportação.”
Barcelos afirma que, hoje, o mamão produzido na região é reconhecidamente de melhor
qualidade que o tradicional, produzido no Espírito Santo e no Sul da Bahia.
Novas Variedades
Mas a Agrícola Famosa não se limita às frutas. A empresa também atua na produção de legumes
e, no momento, testa o potencial produtivo e comercial de tomate-cereja, aspargo, berinjela,
abobrinha, quiabo e milho verde para consumo humano.
Estes produtos estão sendo testados no mercado de Fortaleza com a marca própria “Viva”,
encontrados em supermercados e algumas padarias.
O tomate-cereja, plantado em 2 ha, está colhendo 30 toneladas/ha por safra. O aspargo está
conseguindo em 10 ha uma produtividade de 30 toneladas/ha por safra. Já a berinjela, a abobrinha
e o quiabo estão sendo cultivados em 2 ha, obtendo 20 toneladas/ha por safra cada uma. O milho
verde ocupa 5 ha e produz 15 toneladas/ha por safra.
Potencial
O aspargo é o que vem registrando maior potencial, afirma Luiz Roberto Barcelos. Hoje, o maior
produtor do mundo é o Peru, que se encontra na mesma latitude que o Ceará, mas cuja saída é
para o Oceano Pacífico. “A logística deles obriga a produção a escoar pelo Canal do Panamá,
consumindo a vida útil do produto vendido à Europa”, observa o empresário, vendo aí uma
poderosa janela de oportunidade para o produto cearense.
48. 48
A Agrícola Famosa está testando 30 variedades de aspargos e já detectou duas ou três que se
adaptaram muito bem ao nosso clima. O Brasil também é um poderoso mercado, já que todo o
aspargo consumido no país também é importado do Peru. “Lá, as fazendas plantam em 5 mil ha.
Aqui, podemos falar em 10 mil ha e colhendo 150 toneladas”, completa.
A aposta no mercado interno para os produtos da empresa poderá mudar sua balança comercial.
Isso porque, há 8 anos, 95% da produção era exportada. Com o aumento da renda da população
brasileira, hoje, 70% é exportada e 30% ficam no mercado interno, mas Barcelos não duvida que
nos próximos 2 anos o mercado brasileiro reterá 40% da produção. (Rebecca Fontes)
Números
90 por cento da produção da Famosa referem-se a melão e melancia, mas a empresa está
expandindo a área de cultivo de banana e mamão.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A fruticultura no Ceará é viabilizada pelos investimentos em irrigação e em tecnologia, o que
atrai a instalação de grandes empresas. Ainda assim, setor cobra mais investimentos públicos para
avançar.
C. AGRICULTURA: Produção de café reduz custos e amplia exportação brasileira
Tempo do Áudio: 2min1seg
LOC/REPÓRTER: Pesquisas têm permitido produzir, plantar e cultivar o café no Cerrado. A
presença do grão no bioma é resultado de diversas pesquisas realizadas por especialistas nos
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últimos anos. O produto que foi ao longo da história um personagem importante da economia
brasileira saiu dos biomas da região sul e sudeste do Brasil etem explorado os benefícios das
terras do cerrado, como enumera o engenheiro agrícola registrado no sistema Confea/CREA,
Antonio Guerra.
TEC/SONORA: Engenheiro Agrícola registrado no CREA-DF, Antonio Guerra."A cafeicultura
do cerrado permite você utilizar as características hetero edafoclimáticas da região de forma a
produzir um café de melhor qualidade. Ou seja,um café que tenha um melhor preço de mercado.
O custo da produção de café aqui ele é menor do que nas regiões tradicionais de montanha por
que lá ele é colhido a mão e aqui a colheita é feita mecanizada."
LOC/REPÓRTER: A produção de café reduz custos e amplia exportação brasileira. O
engenheiro agrônomo e conselheiro do Confea, Kleber Santos destaca o que o café encontrou nas
terras do cerrado.
TEC/SONORA: Engenheiro Agrônomo e conselheiro do Confea, Kleber Santos"Primeiro que a
pesquisa descobriu a vocação do cerrado para a produção do bom café brasileiro e segundo por
que a pesquisa está avançando no sentido de reduzir os custos e melhorar ainda mais a qualidade
do nosso café. Descobriu-se mesmo que o cerrado ele possui características próprias que
asseguram uma melhor qualidade para o café brasileiro. E as estações definidas de seca e água, a
relativa altitude em algumas regiões do cerrado proporcionam uma qualidade no aroma do café”.
LOC/REPÓRTER: Segundo a Embrapa, a expectativa é que no cerrado a produção do café seja
ampliada para suprir as previsões de mercado futuro e se manter como o maior produtor destes
grãos no mundo.
Reportagem, Lídia Mara.
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D. Apex-Brasil, IBGM e exportações de gemas, joias e bijuterias
Em dois anos serão investidos cerca de R$ 13.5 milhões nas ações do Projeto.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Instituto
Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) renovaram nesta quarta-feira (25 de abril), em
Belo Horizonte (MG), o convênio do Projeto Setorial de Gemas, Joias e Bijuterias para 2012 e
2013. Por meio do convênio serão investidos, nos próximos dois anos, cerca de R$13.5 milhões
nas ações do Projeto, com o objetivo de aumentar as exportações brasileiras de produtos de maior
valor agregado, diversificar e consolidar mercados e ampliar a base exportadora em cada um dos
segmentos selecionados.
As novas metas do Projeto para o período visam aumentar o volume de exportação das empresas
participantes em 8% em 2012, e em 15% em 2013, tendo como base 2011. A quantidade de
empresas participantes também deve aumentar em 30% até 2013 em relação ao cadastro existente
em janeiro de 2012, que totalizou 157 empresas.
“Por meio do convênio com o IBGM, a Apex-Brasil oferece meios para que o setor possa
desenvolver produtos baseados no design, inovação e sustentabilidade, itens que agregam valor
aos produtos”, explicou o presidente da Apex-Brasil, Maurício Borges. “Nosso desafio é
aumentar a competitividade das empresas brasileiras, promovendo a internacionalização de seus
negócios, além de consolidar e ampliar os mercados conquistados”.
As ações previstas pelo convênio têm o objetivo de atender às necessidades de desenvolvimento
das empresas do setor. Um dos pilares do trabalho é a orientação das ações de promoção
comercial, de comunicação e de capacitação, de acordo com a maturidade exportadora de cada
empresa. As ações estratégicas definidas para o período incluem, também, ações de promoção da
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imagem, com a realização do Projeto Imagem, que propicia a jornalistas e formadores de opinião
estrangeiros a oportunidade de conhecer in loco o setor.
Os segmentos que compõem o setor estão divididos em Gemas e Artefatos de Pedras; Joalheria
de Ouro e Prata; e Joia Folheada e Bijuterias. Com base em estudo de Inteligência Comercial e
Competitiva, desenvolvido pela Apex-Brasil em parceria com o IBGM, foram definidos os
mercados prioritários para cada segmento.
Os mercados-alvo para o segmento de Joias são Rússia, Peru, Catar, Emirados Árabes, Colômbia,
Chile, Panamá, México, Estados Unidos e Espanha. Para Bijuterias e folheados, os mercados-
alvo são Angola, Itália, França, Emirados Árabes, Colômbia, Chile, Panamá, México, Estados
Unidos e Espanha. Já o segmento de Gemas terá como mercados-alvo a China, Turquia, Japão,
Áustria, Itália, França, Estados Unidos e Espanha.
“Uma das principais inovações do Projeto é a implementação de uma política de segmentação
através de um modelo de capacidade e maturidade exportadora das empresas”, explica a gestora
de projetos da Apex-Brasil, Deborah Rossoni.
Para o presidente do IBGM, Hécliton Santini Henriques, a diversificação de mercado e a
performance nas exportações das empresas que participam do Programa IBGM/Apex-Brasil têm
sido significativamente maior do que os resultados do setor como um todo, demonstrando a
importância desse apoio. “Em um momento conturbado no mercado internacional, com a
crescente concorrência de países asiáticos e a necessidade de melhor posicionar o produto
brasileiro, a manutenção da parceria do IBGM com a Apex-Brasil é fundamental”, explicou. “A
parceria garante a continuidade desse programa vitorioso, que tem proporcionado o efetivo
52. 52
engajamento das empresas de gemas, joias e bijuterias no mercado internacional, numa estratégia
de longo prazo, incorporando inovação, design e estratégias de marketing”.
Histórico – A parceria da Apex-Brasil com o IBGM existe desde 1998. Nesse período, foram
investidos R$ 108 milhões, aproximadamente, e 330 empresas foram apoiadas pelo Projeto.
Somente o segmento de Folheados teve um crescimento de 700% em 12 anos – Joalheria cresceu
129% e Bijuterias, 124%.
De acordo com dados do IBGM, as exportações de gemas, joias e metais preciosos atingiram
US$ 3 bilhões em 2011, aproximadamente 30% a mais que em 2010. Nos primeiros dois meses
deste ano, as exportações totalizaram US$ 635 milhões, 38% a mais que no mesmo período do
ano passado.
O Brasil é, atualmente, um dos maiores produtores do segmento, responsável por um terço do
volume das gemas produzidas no mundo. Segundo a Gold Fields Mineral Services (GFMS), em
2010 o Brasil se posicionou como o 14º país do mundo na produção de joias de ouro e como o 9º
no seu consumo.
E. Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru.
"HechoenPerú" --ou "Fabricado no Peru"-- é frase cada vez mais comum nas etiquetas de roupas
brasileiras. E isso poderá aumentar muito se, como previsto, peças confeccionadas no país
vizinho em algodão de alta qualidade começarem a chegar às prateleiras de grandes redes de
varejo, como Pão de Açúcar, Walmart e Carrefour.
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), as importações de confecções
peruanas cresceram 57,5% em 2011, alcançando US$ 102 milhões.
53. 53
As projeções indicam que o negócio poderá crescer 400% nos próximos quatro anos, alcançando
US$ 500 milhões de dólares, apesar das medidas protecionistas do Brasil.
"Estamos simplesmente acompanhando o crescimento da demanda brasileira", disse o adido
comercial do Peru em São Paulo, AntonioCastillo.
Dezenas de marcas brasileiras --a exemplo de Richards, Ellus ou Brooksfield-- atravessam os
Andes atrás do algodão peruano de fibra extra longa. Há um acordo comercial que permite
importá-lo sem impostos.
"Além de oferecer algodão e lã de alpaca de alta qualidade, o Peru tem essa grande vantagem
comercial de entrar no Brasil sem alíquotas", disse Luis Melo, gerente comercial da Richards.
"São produtos caros, mas não têm impostos."
A indústria têxtil peruana já produz roupas para marcas internacionais como Lacoste, Armani
Exchange, Calvin Klein, Donna Karan ou Guess.
A demanda brasileira contribuiu para que o Peru aumentasse em 27% suas exportações têxteis em
2011, alcançando quase US$ 2 bilhões, apesar da redução nas exportações para os EUA, o maior
mercado.
Por enquanto, o Peru não tira o sono da indústria têxtil brasileira como a China, Bangladesh ou o
Vietnã, porque seus preços são o dobro dos concorrentes asiáticos, e o volume do comércio é
relativamente pequeno.
Em 2011, a indústria nacional perdeu cerca de 13 mil postos de trabalho por causa da
concorrência com os produtos chineses.
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"O dano que o comércio com o Peru está causando à indústria nacional é marginal em
comparação à China", comentou Fernando Pimentel, diretor da Abit. "Ele nos preocupa porque
cresceu de forma marcante. Mas o volume ainda não faz com que haja uma destruição bestial da
cadeia produtiva brasileira."
O executivo descartou a possibilidade de rever o acordo comercial com o Peru, a exemplo do que
aconteceu neste ano com um tratado semelhante que levou a uma disparada nas importações de
veículos mexicanos.
Embora o Brasil ocupe hoje o quarto lugar entre os destinos das confecções peruanas, autoridades
e analistas preveem que em breve substituirá a Venezuela como segundo maior comprador.
F. CSA já é segunda maior exportadora de aço.
As exportações Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), uma parceria da alemã
ThyssenKrupp (73,13%) com a Vale (26,87%), já ultrapassaram Gerdau Açominas, Usiminas e
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A siderúrgica iniciou os embarques em setembro de
2010 e já é a segunda maior exportadora de aço do Brasil, atrás apenas da ArcelorMittal Brasil.
No primeiro trimestre somou US$ 362,5 milhões em vendas externas, desempenho que a colocou
no 20º lugar no ranking das 40 maiores empresas exportadoras do país, segundo o Ministério do
Desenvolvimento. No mesmo período, a ArcelorMittal Brasil ocupou o 17º lugar, com US$ 383
milhões. A Gerdau Açominas aparece na 22ª posição (US$ 355,3 milhões), a Usiminas, na 28ª
(US$ 282 milhões), e a CSN, na 39ª (US$ 217,5 milhões).
5ª posição
55. 55
E a expectativa do vice-presidente financeiro da CSA, Rodrigo Tostes, é alcançar a quinta
posição do ranking geral das empresas brasileiras no próximo ano. "Ao final de 2012, quando a
usina estiver operando com o total da capacidade instalada (5 milhões de toneladas/ano), a
previsão é exportar de US$ 3 bilhões a US$ 3,5 bilhões", diz. Tendo como referência o resultado
acumulado em 2010, significaria dizer que à frente da CSA estariam só Vale (US$ 24 bilhões),
Petrobras (US$ 18,2 bilhões), Bunge (US$ 4,3 bilhões) e Embraer (US$ 4,2 bilhões).
Esse cenário estaria garantido para a CSA, segundo o analista Pedro Galdi, da SLW Corretora, já
que a "siderúrgica foi idealizada para exportar placas para as unidades da ThyssenKrupp". Do
total produzido, Tostes confirmou que 60% vão para a ThyssenKrupp dos EUA, e 40%, para a da
Alemanha.
Demanda
O analista Felipe Reis, do Santander, acredita que a CSA possa seguir a trajetória da
ArcelorMittal Tubarão (antiga CST), instalada no Espírito Santo, visto que a demanda de aço do
Brasil é crescente e não há investimentos para ampliação significativa da atual capacidade
instalada do país.
"No primeiro momento, esse aço produzido pela CSA (placas) não compete com o aço da
Usiminas e da CSN (laminados). Acontece que, por um investimento marginal, é consenso que,
daqui a algum tempo, ela pode instalar um laminador e participar do mercado doméstico. É a
história da CST, que também já foi uma mera produtora de placas para exportação", diz. Rodrigo
Tostes afirma que o atual desafio da CSA é chegar a 5 milhões de toneladas ao ano e que não há
nenhum outro investimento em análise. Diz, contudo, que no complexo existe espaço físico para
expansão.
56. 56
G. FANEM é eleita a melhor exportadora do ano de 2011.
A fabricante brasileira líder em produtos de neonatologia recebeu o prêmio Design Brasilis -
Empresa Exportadora do Ano, concedido pela ABMS – Associação Brasileira de Marketing em
Saúde.
A FANEM foi escolhida como a Empresa Exportadora do Ano de 2011 pela Associação
Brasileira de Marketing em Saúde, prêmio Design Brasilis em reconhecimento pela divulgação
internacional do design brasileiro. Também foi concedido o prêmio Hospital Best pelos produtos
inovadores da Fanem em diferentes categorias, entre elas Fototerapia, Incubadoras, Berço
Hospitalar e Cama para Parto Humanizado. A cerimônia de entrega aconteceu na noite de 14 de
dezembro, no Salão Nobre do Esporte Clube Sírio, em São Paulo, reunindo profissionais,
dirigentes e representantes dos principais hospitais e instituições de saúde do país.
A Fanem exporta seus produtos de medicina neonatal para mais de 90 países e em 2011 teve uma
expansão na receita de vendas para o exterior de 47%, considerando a flutuação do câmbio. O
ano foi marcado ainda pela inauguração da sua primeira fábrica em território internacional, na
Índia, e pelo crescimento das vendas em países como Iraque, Rússia, Turquia, Marrocos e
Bolívia, além da Índia. Em 2011, a empresa também expandiu suas fronteiras comercializando
produtos pela primeira vez em países africanos como a República de Botswana, a Costa do
Marfim e a República da Namíbia; assim como para a Caledônia, na Oceania; e Lituania e
Bulgária, no leste europeu.
“A Fanem vem aprimorando muito a qualidade de seus produtos e, como conseqüência vem
firmando-se frente à concorrência internacional, promovendo o crescimento continuo das
exportações. Estes prêmios são reconhecimentos importantes deste esforço e contribuem para
57. 57
reforçar a nossa marca nacionalmente, junto aos profissionais de saúde e dirigentes hospitalares”,
afirma Marlene Schmidt, diretora executiva da Fanem.
Esta foi a nona edição do Hospital Best, realizada pela Associação Brasileira de Marketing em
Saúde. Entre os premiados estiveram também o Hospital Santa Catarina (Maternidade), Hospital
Sabará (Hospital Pediátrico) e Fleury Medicina e Saúde (Centros Diagnósticos), entre outros. Os
produtos Fanem agraciados foram: Aparelhos de Fototerapia: BILITRON®, Aspirador cirúrgico:
R2D2 Diapump®, Estufas de Cultura FANEM®, Estufas de Esterilização e Secagem FANEM®,
Câmaras de Conservação de Sangue e Vacina FANEM®, Incubadora: VISION ADVANCED®,
Incubadora de transporte: IT 158 TS, Berço Hospitalar: AMPLA®, Cama PPP: Cama para Parto
Humanizado MP-7097i.
Empresa brasileira líder na fabricação de produtos de neonatologia, a FANEM detêm 85% do
mercado nacional. É a companhia brasileira com maior representatividade internacional na
indústria mundial de equipamentos médicos, em especial de neonatologia, com grande expressão
no mercado global do segmento de incubadoras. Exportando para mais de 90 países, a empresa
recebeu o reconhecimento de diversas entidades, por sua atividade neste campo.
H. JAC Motors desembarca primeiro lote de carros no Porto de Salvador
O primeiro lote de mil carros da JAC Motors, importados da China, via Porto de Salvador,
desembarcou nesta segunda-feira (21), com a presença do governador do Estado, Jaques Wagner,
e do presidente da empresa no Brasil, Sérgio Habib. A distribuição dos automóveis, que até então
era feita a partir do Espírito Santo, passa a ser feita na Bahia devido a um acordo feito com a
montadora, responsável pela implantação de uma fábrica no estado, com inauguração prevista
para 2014.
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“Eu estive na China visitando a fábrica da JAC Motors e este desembarque é uma confirmação
das nossas negociações, faz parte do compromisso firmado”, afirmou o governador. Segundo ele,
o terreno para a construção da fábrica já está definido, em Camaçari.
A implantação receberá investimentos de R$ 900 milhões. A planta gerará 3.500 empregos
diretos e cerca de 10 mil indiretos. A capacidade de produção será de 100 mil unidades. “As
licenças estão sendo tratadas para o lançamento da pedra fundamental e até 2014 já estaremos
produzindo aqui”.
Wagner disse que a empresa incentiva o adensamento da cadeia automotivana Bahia. “Foi feita
uma reunião com vários fornecedores de insumos e autopeças, há cerca de dez dias. A meta é
adensar esta indústria automotiva aqui. Como a Ford desenvolveu seu carro mundial na fábrica de
Camaçari, eu espero que a JAC Motors tenha condição de seguir o mesmo caminho”.
O governador ainda destacou que a importação pelo porto de Salvador já cria novos empregos na
área de distribuição e manutenção. “Porém, o grande avanço virá mais tarde, com a implantação
da fábrica”.
Ampliação – Segundo o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, para
incentivar a indústria automotiva no estado, o governo está propondo também uma ampliação do
porto da Ford, contemplando as solicitações da empresa, mas abrindo o terminal privado para a
utilização de outras montadoras. “A ideia é ampliar o terminal da Ford, passando dos 200 mil
metros quadrados atuais para 1,5 milhão de metros quadrados”.
Estado sediará centros de distribuição de peças e veículos
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De acordo com Sergio Habib, todas as montadoras implantadas no Brasil começaram importando
carros e testando o mercado. “Para se implantar uma fábrica no país, o que leva cerca de um ano
e meio de obras, é necessário uma rede de distribuição, que pode demorar até quatro anos para ser
desenvolvida. Este mês estão chegando mil carros e, até o final do ano, chegarão cerca de dois
mil carros por mês”.
Habib destacou as vantagens da importação pelo Porto de Salvador e da implantação da fábrica
na Bahia, que sediará também centros distribuição de peças e veículos, gerando emprego e renda.
“A capital é a terceira cidade do Brasil. Já temos um polo industrial e uma indústria automotiva
no estado. Estamos aumentando o polo de fornecedores em Camaçari com fornecedores vindos
de São Paulo e vão atender às duas montadoras”.
O empresário também elogiou a mão de obra baiana. “O Cimatec [Centro Integrado de
Manufatura e Tecnologia] é o melhor centro de formação que eu conheço no Brasil. Nós
devemos começar a contratar e formar a mão de obra local já no final de 2013. Além disso,
Salvador é um dos maiores mercados do Brasil para automóveis, e a expectativa é que cresça
ainda mais”.
I. Receita aumenta exigência para empresas exportadoras terem devolução acelerada
de impostos
BRASÍLIA - Desde 2010, os exportadores têm direito à devolução adiantada dos créditos
relativos a três, tributos: PIS, Cofins e Imposto sobre Produtos.
Agência Brasil.
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BRASÍLIA - As exportadoras que adquirirem empresas passarão a ter o histórico das companhias
incorporadas levados em consideração pela Receita Federal na hora de pedir a devolução
acelerada de tributos. A mudança consta de portaria do Ministério da Fazenda publicada, nesta
segunda-feira (23), no Diário Oficial da União.
De acordo com o subsecretário de Arrecadação e Atendimento da Receita Federal do Brasil,
Carlos Roberto Occaso, o governo alterou a legislação para esclarecer dúvidas das próprias
exportadoras, que não sabiam como lidar ao comprarem as empresas. “A Receita decidiu que a
exigência só valerá para as novas incorporações”, disse.
Desde 2010, os exportadores têm direito à devolução adiantada dos créditos relativos a três,
tributos: PIS, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Imposto sobre
Produtos. A Receita restitui 50% do valor pedido até 30 dias. O restante dos créditos só sai depois
do prazo normal de análise pelo Fisco, que demora de dois a cinco anos.
Como nenhum país pode exportar impostos, o Fisco tem de devolver os tributos embutidos nas
mercadorias vendidas ao exterior por meio de créditos tributários. Para estimular as exportações,
o governo decidiu há dois anos criar o sistema especial de ressarcimento, que permite a
devolução acelerada de metade desses créditos para exportadoras que cumprem uma série de
condições.
Um dos requisitos para ter direito ao ressarcimento especial é que a exportadora não podia ter
mais de 15% dos requerimentos de crédito tributário rejeitados pela Receita Federal nos 24 meses
anteriores ao pedido. Caso contrário, a devolução segue os trâmites normais do Fisco e leva anos
para ocorrer.