SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 66
Faculdade de Tecnologia de Barueri


     Tecnologia em Comércio Exterior – 1º Semestre – Vespertino




Vantagens do comércio exterior para as empresas brasileiras




                    Barueri, 4 de junho de 2012.
Vantagens do comércio exterior para as empresas brasileiras




                                                              Daiane Sombra


                                                            Giselly Rodrigues


                                                            Nathalie Almeida


                                                            Pâmella Cavallini


                                                            Wanderleia Diniz




                   Tecnologia em Comércio Exterior – 1º Semestre – Vespertino


                                                      Givan Fortuoso da Silva
"A atividade social chamada comércio, por mal vista que esteja pelos teoristas de sociedades

impossíveis, é, contudo um dos dois característicos distintivos das sociedades chamadas civilizadas. O

outro característico distintivo é o que se denomina cultura."

                                                                                     Fernando Pessoa
Sumário

  1. Introdução ........................................................................................................................... 6

  2. Referencial teórico .............................................................................................................. 8

  2.1.As influências da globalização para o comércio exterior ..................................................... 8

  2.2.Definição para comércio exterior ......................................................................................... 9

  2.3.Comércio exterior no Brasil a partir dos anos 2000 ........................................................... 10

  2.4.Vantagens da exportação e importação para as empresas brasileiras ................................. 11

  2.4.1. Vantagens da exportação para as empresas brasileiras ................................................ 12

  2.4.2. Vantagens da importação para as empresas brasileiras ................................................ 16

  3. Vantagens do comércio exterior – coleta de dados ........................................................ 21

  4. Análise e interpretação dos resultados ........................................................................... 27

  4.1.Vantagens da exportação para as empresas brasileiras ...................................................... 27

  4.2.Vantagens da importação para as empresas brasileiras ...................................................... 33

  5. Conclusão .......................................................................................................................... 38

  6. Referências bibliográficas ................................................................................................ 39

  7. Anexos ................................................................................................................................ 44



Tabelas
  Tabela 1 – Balança comercial brasileira 2007/2008 ................................................................. 10
6



1.     Introdução

O comércio internacional se originou a partir das trocas de mercadorias entre os homens, uma

atividade que é exercida desde os primórdios da civilização (DIAS, RODRIGUES, 2010), que

surgiu a partir do conhecimento de que nenhuma nação é suficiente sozinha. Com as necessidades

e desejos de cada país, há uma dependência entre as nações, o comércio internacional então busca

satisfazer as necessidades de cada uma delas, através de compra e venda de produtos e serviços

entre as mesmas.


Esse cenário de economia globalizada traz para as empresas brasileiras um grande desafio: o de

se estruturar para se defender das ameaças dos concorrentes de diversos países e, ao mesmo

tempo, aproveitar o amplo conjunto de oportunidades que o acesso a novos mercados,

fornecedores, conhecimentos, tecnologias, pessoas e demais recursos que o ambiente

internacional possa gerar (LUDOVICO, 2009).


A partir disso definiu-se a seguinte questão de pesquisa: quais são as vantagens das importações e

exportações para as empresas brasileiras? Embora a atividade de comércio exterior exista há

muitos anos no Brasil, as empresas ainda buscam o desenvolvimento da administração das ações

de importação e exportação. Além disso, procuram inovação tecnológica para o aperfeiçoamento

de produtos e como resultado, atinge competitividade no mercado interno e externo (SEBRAE,

2005). Pretende-se a partir disso, como objetivo, identificar as vantagens adquiridas por empresas

brasileiras que participam das atividades de importação e exportação.


“O saldo comercial atingiu US$20,3 bilhões em 2010, significando retração de 19,8% sobre

consignado em 2009, de US$25,3 bilhões, motivado pelo maior aumento das importações em

relação às exportações.” (MDIC, 2010, p. 03), ou seja, no Brasil o número de importações em
7



2010 foi maior que o de exportações. Para a economia do país, o recuo no saldo comercial

proposto pelo maior número de importações é visto de forma negativa, pois há maior remessa de

divisas para o exterior do que para o interior do Brasil, entretanto será observado no

desenvolvimento da pesquisa que para as empresas brasileiras existem vantagens tanto no

processo de exportação quanto no de importação. Para que seja alcançado o objetivo, será feita

pesquisa bibliográfica na mídia impressa e eletrônica e análise dos textos, confrontando a teoria

com a realidade apresentada em notícias e reportagens.


Nas seções que seguem serão apresentados referencial teórico e resultados que fundamentam as

vantagens das atividades de importação e exportação para as empresas brasileiras.
8



2.      Referencial teórico

2.1.   As influências da globalização para o comércio exterior


Muitas são as divisões feitas por autores referentes às fases da globalização, porém o que

percorre esta pesquisa é a divisão feita por Cignacco (2008), que para tornar mais claro o

processo destas fases divide a globalização em três etapas: mercantilista, industrial e a terceira

que é a que vivemos até hoje, ou seja, a globalização em processo.


A etapa mercantilista (1420-1850) compreende ao período das grandes navegações e descobertas.

Neste período da globalização o governo estimulava a produção de produtos nacionais e

incentivava a exportação com o intuito da valorização para seu produto. Entretanto os reis

criavam impostos e taxas para a compra de mercadorias do exterior, com o propósito de não

haver a saída da moeda nacional a outras nações, pois se acreditava que traria prejuízo ao

mercado nacional (DIAS, RODRIGUES, 2010).


A etapa da industrialização teve inicio no século XIX, período onde vivenciamos a Revolução

Industrial e Revolução Francesa e essa fase simboliza a evolução na indústria, onde a máquina

passa a substituir o homem, a fim de aumentar a agilidade no processo de produção e expandir a

escala de produtos. Esse marco trouxe ao mundo os primeiros passos para a expansão da

tecnologia (CIGNACCO, 2008).


A terceira etapa da globalização é marcada pela diminuição da distância entre as nações,

promovendo através dessa aproximação maior facilidade de comunicação e expansão da

comercialização entre as mesmas.
9



Ainda segundo Cignacco (2008), além de proporcionar a diminuição da distância, esta fase é

marcada pelo avanço da tecnologia, consumismo, desenvolvimento econômico, preocupação com

o meio ambiente, pobreza e fome.


A globalização qualifica-se como um fenômeno de grande importância para o comércio exterior,

por assim corresponder a um fenômeno que acarreta vantagens e facilidades no âmbito da

comunicação e da diminuição de fronteiras entre os países que comercializam.


2.2.    Definição para comércio exterior


                        “A troca de mercadorias entre os homens é uma atividade que advém desde os

                        primórdios da civilização. Os antigos mercadores das companhias de comércio

                        somente ampliaram o fenômeno do comércio global, desenvolvendo um

                        ambiente favorável ao desenvolvimento conjunto dos diferentes países, cada

                        qual segundo sua vocação principal” (DIAS, RODRIGUES, 2010. p.53).

Para um país de alto poder aquisitivo e grande índice de inovações tecnológicas há uma

defasagem no setor alimentício. Já para outro país com pouco índice de inovação tecnológica e de

baixa renda, se produz muito no setor alimentício, porém o setor tecnológico do país enfrenta

dificuldades. Ao perceberem que ambos possuem qualidades em setores adversos, decidem por

realizar a troca de bens e serviços.


O comércio exterior se procede da troca de bens e serviços, já que nenhum país pode ser

autossuficiente, no sentido de que um só país não pode ser qualificado em todos os setores, assim,

como um país não pode ser ruim em todos os ramos. O comércio exterior busca suprir as

necessidades que os países possuem, através da relação e comercialização entre as nações, a fim
10



de torná-las eficientes, capazes e satisfeitas perante o cumprimento das suas necessidades

(CIGNACCO, 2008).

2.3.   Comércio exterior no Brasil a partir dos anos 2000


O Comercio Exterior vem passando por grandes mudanças onde o Brasil contribui em uma boa

parcela no mercado mundial. O Brasil está inserido no bloco das quatro maiores economias

emergente do planeta junto com a Índia, China e Rússia. Esse conjunto de países forma o

acrônimo BRIC, a participação efetiva do Brasil no G20 (Grupos dos Países em

Desenvolvimento) (VAZQUEZ, 2009).


Conforme se passam os anos o Brasil ascende no mercado internacional, como em 2008 ele

exportou cerca de US$ 191.942 milhões, nas importações foi cerca de US$ 173.197 milhões. O

movimento comercial teve um salto de US$ 371.139 milhões (VAZQUEZ, 2009), como podemos

ver na tabela a seguir:


Tabela 1 - Balança comercial brasileira 2007/2008
11



Segundo Ministério do Desenvolvimento das Indústrias e do Comercio Exterior, em maio de

2012, a exportação alcançou o valor recorde para os meses de maio de US$ 23,215 bilhões,

superando igual período de 2011 que foi US$ 23,209 bilhões. Com relação a abril de 2012 e maio

de 2011, pela média diária, as exportações cresceram 7,9%. As importações tiveram um total de

US$ 20,262 bilhões, valor recorde para meses de maio, superando o de 2011 que foi no valor de

US$ 19,685 bilhões. Sobre igual período anterior, as importações registraram aumento de 2,9%, e

queda de 1,4% em relação a abril de 2012, pela média diária (MDIC, 2012).


Com a análise pode-se constatar que em 2008 e em 2012 o Brasil exportou mais do que importou.

O Brasil em sua história passou por grandes dificuldades em relação ao comércio exterior, e

atualmente vem se mostrando cada vez mais aberto às negociações internacionais (MOREIRA,

2010).


2.4.      Vantagens das atividades de exportação e importação para as empresas brasileiras


Apesar de a internacionalização das empresas brasileiras, aparentemente, ser um atrativo e um

convite para a expansão de negócios, é sempre necessário verificar se em certa área é ou não

viável participar das atividades de importação e exportação de produtos, sejam eles matéria prima

ou não.


Primeiramente deve ser feito um estudo que indique quais são as vantagens para certa empresa se

esta seguir tais atividades.


Uma vantagem é uma “qualidade do que está adiante ou é superior, benefício” (FERREIRA,

1988), no nosso caso, seria uma ação que se converta em benefícios para a empresa brasileira que

deseja importar ou exportar a fim de ter seu negócio em ascensão.
12



A seguir serão apresentadas as vantagens da atividade de importação e da atividade de exportação

para as empresas brasileiras, encontradas a partir de pesquisa bibliográfica.


2.4.1. Vantagens da exportação para as empresas brasileiras

2.4.1.1.       AUMENTO DO MARKET SHARE E DIMINUIÇÃO DA DEPENDÊNCIA DO

MERCADO INTERNO:

A empresa, ao exportar, pratica uma ampliação de seu mercado, podemos dizer que ela aumenta

o seu “market share” (participação de mercado em português). Um exemplo seria uma empresa

exportadora de soja, que produz 4 (quatro) mil grãos em um mercado cujo total de produção de

grãos concorrentes seja 10 (dez) mil. Esta empresa possui o seu market share de 40%. Uma

empresa, quando exporta, aumenta o seu mercado e melhora sua imagem, passando a vender mais

e seu market share aumenta comparado aos da concorrência.


Com a exportação, as empresas também podem aumentar o seu lucro e o seu volume de vendas e,

consequentemente aumentar seu número de clientes fazendo com que ela não dependa tanto de

seus clientes nacionais, pois sabe que pode contar com compras de clientes internacionais.


                           “A estratégia de destinar uma parcela de sua produção para o mercado

                           interno e outra para o mercado externo permite que a empresa amplie sua

                           base/carteira de clientes, o que significa correr menos riscos, pois, quanto

                           maior o número de mercados ela atingir, menos dependente ela será” (MDIC,

                           2012. p.1).

2.4.1.2.       DIMINUIÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO:

Quando a companhia participa da atividade de exportação, a empresa pode facilmente diminuir

sua capacidade ociosa, e aproveitar assim, “a redução de seus custos fixos na produção, além de

se beneficiar da sazonalidade, por conta das diferenças sazonais entre o hemisfério norte e o
13



hemisfério sul” (CASTRO, 2010. p.1). Além do aumento de vendas e clientes com a exportação,

a empresa pode também diminuir seus custos de produção, no que tange a compra de matéria

prima, por exemplo, pois se a quantidade de produtos é maior, a negociação com os fornecedores

tende a beneficiar em relação aos preços.


2.4.1.3.       ISENÇÃO DE IMPOSTOS:


Como a exportação é uma forma de movimentar a economia nacional, e faz isso muito bem, o

Governo, como forma de apoiar o exportador brasileiro e movimentar a economia, isenta os

produtos exportados de impostos.


                          “a empresa pode compensar o recolhimento dos impostos internos, via

                          exportação:

                          a) Os produtos exportados não sofrem a incidência do Imposto sobre

                          Produtos                       Industrializados                      (IPI);

                          b) O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)

                          tampouco incide sobre operações de exportação de produtos industrializados,

                          produtos semi-elaborados, produtos primários ou prestação de serviço;

                          c) Na determinação da base de cálculo da Contribuição para Financiamento

                          da Seguridade Social (COFINS), são excluídas as receitas decorrentes da

                          exportação;

                          d) As receitas decorrentes da exportação são também isentas da contribuição

                          para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação

                          do         Patrimônio     do        Servidor       Público       (PASEP);

                          e) O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) aplicado às operações de

                          câmbio vinculadas à exportação de bens e serviços tem alíquota zero”

                          (LUDOVICO, 2009 p.15).
14



2.4.1.4.       MAIOR PRODUTIVIDADE:


Uma das vantagens para uma empresa exportadora é a maior produtividade:


                          “Exportar no aumento da escala de produção, que pode ser obtido pela

                          utilização da capacidade ociosa da empresa e/ou pelo aperfeiçoamento dos

                          seus processos produtivos. A empresa poderá, assim, diminuir o custo de

                          seus produtos, tornando-os mais competitivos, e aumentar sua margem de

                          lucro” (LUDOVICO, 2009 p.14).

Um exemplo seria uma empresa exportadora de biquínis com sede no Brasil. Por lógica, ela

produziria para o Brasil somente em nosso verão e no inverno haveria ociosidade, porém, se ela

exportar biquínis para os EUA, no período de inverno no Brasil, ela produziria e venderia para os

EUA, já que lá seria verão.


2.4.1.5.       MELHOR COMPETITIVIDADE NO MERCADO INTERNO:

Com o aumento da exigência dos clientes, as empresas exportadoras vêm inovando em seus

produtos e ao mesmo tempo em que se tornam mais competitivas no mercado externo se tornam

competitivas no mercado interno, pois, o produto acaba sendo inovador no seu mercado de

origem. Quando falamos em exportação, devemos sempre lembrar que:


                          “o mercado externo exige que seu produto tenha um nível ótimo de

                          qualidade, não apenas na concepção final do seu produto, como também nos

                          processos, gestão de pessoas e práticas ambientais. Com estas exigências, seu

                          produto se torna mais competitivo tanto no mercado externo quanto interno”

                          (CASTRO, 2010. p.1).

2.4.1.6.       MELHOR UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA:
15



Uma empresa que participa da atividade de exportação aumenta sua qualidade interna. Passa a

crescer e a possuir maior poder aquisitivo, podendo então investir em sua estrutura. A empresa

que prática a atividade da exportação faz uma melhor utilização da capacidade instalada, ou seja,

traz uma melhora significativa no ambiente interno, melhora que vai dos funcionários a qualidade

de produção. A companhia que passa a exportar:


                          “obtém melhoras significativas, tanto dentro da empresa (novos padrões

                          gerenciais, novas tecnologias, novas formas de gestão, qualificação da mão

                          de obra, agregação de valor à marca) quanto fora (melhoria da imagem:

                          frente a clientes, fornecedores e concorrentes)” (MDIC, 2012. p.1).

2.4.1.7.       MELHORIA NA EMPRESA:


Quando uma empresa expande seus negócios com a atividade de exportação, “passa a gerar

novos empregos, devido o aumento da produção, e os funcionários passam a sentir orgulho de

trabalhar em uma empresa que exporta seus produtos” (MDIC, 2012. p.1). A partir desta nova

atividade, a demanda aumenta e com isso ela produz mais, para atender a sua demanda e ter como

garantia um estoque de segurança a empresa contrata mais funcionários.


2.4.1.8.       MENOR IMPACTO DA SAZONALIDADE:


A atividade de exportação trás além dos outros benefícios citados o menor impacto da

sazonalidade, por exemplo:


                          “Uma empresa que venda ‘moda praia’ no Brasil vai ter seu ápice de vendas

                          no nosso verão, porém ela também pode vender com facilidade para os

                          Estados Unidos e para a Europa na época de queda de vendas no mercado

                          interno, por conta do inverno aqui, porém estes lugares estarão em pleno
16



                          verão. Assim, a demanda se mantém constante durante todo o ano”

                          (CASTRO, 2010. p.1).

Podemos dizer então que, exemplificando, uma empresa que trabalha somente com produtos de

verão e que produz apenas para sua região teria lucro durante uma época do ano. Porém, no caso

de uma empresa que, além de produzir para sua região, também exporta para outros países,

consegue garantir lucros durante o ano inteiro.


2.4.1.9.       POSSIBILIDADE DE CONTATO COM NOVAS TECNOLOGIAS:


Pode-se perceber que a atividade de exportação nos possibilita conhecer diversos tipos de

tecnologia dentro do nosso ramo de atuação e até mesmo fora de nosso campo de atuação. Isso,

além dos benefícios de inovação tecnológica e maior competitividade nos mercados interno e

externo, nos trás ainda mais experiência.


                          “Com      a   exportação,   o    benchmarking     é    ampliado,    sendo

                          possível conhecer diversas novas tecnologias dentro de sua área de atuação

                          nos diferentes mercados que estiver atuando. Também vai conseguir

                          melhorar o networking nas diversas feiras e eventos internacionais do qual

                          poderá participar” (CASTRO, 2010. p.1).

2.4.2. Vantagens da importação para as empresas brasileiras

2.4.2.1.       AGREGAÇÃO DE VALOR A IMAGEM DA EMPRESA:


A empresa que importa um produto acabado ou semi-acabado é vista de maneira diferente, pois,

há a agregação de valor ao produto vindo de outro país. Para o consumidor o grande diferencial

do produto é ele ser produzido fora do seu país de consumo.
17



                          “A atividade de importação de um produto pode atender a propósitos

                         diversos para cada uma das empresas. Para algumas, a qualidade do produto

                         produzido no exterior pode ser o grande diferencial, o que agrega valor em

                         sua imagem corporativa perante seu mercado. (...) Contudo, o mais

                         importante é que a empresa tenha clareza daquilo que uma compra

                         internacional vai agregar valor em seus negócios” (ONE, 2004. p.1).

2.4.2.2.        AUMENTO DE LUCRO:


Uma empresa que importa produtos para aperfeiçoar a sua produção e assim aumentar também

suas vendas e margem de lucro pode contar com outra vantagem. A Receita Federal impõe que se

houver


                         “agregação de valor aos custos dos bens, serviços ou direitos importados,

                         oriundos da aposição de uma marca previamente às suas comercializações no

                         País, em caso de opção pelo método PRL (Método do Preço de Revenda

                         Menos Lucro), deverá ser aplicada a margem de lucro de 60%.” (FAZENDA,

                         2010 p.31),

enquanto uma empresa brasileira que apenas revende um produto importado tem a margem de

lucro de 20%.


2.4.2.3.        AUMENTO DE VENDAS:


Frequentemente se ouve frases como: “(...) Artigos importados podem melhorar o mix de

produtos de suas linhas, aumentando suas vendas e destacando-se diante de sua concorrência”

(ONE, 2004 p.1), o que não deixa de ser verdade. A atividade de importação realizada por uma

empresa pode alavancar o seu mix de produtos (tipos de produtos fabricados ou comercializados),

ou seja, ao importar peças que aperfeiçoem os seus produtos, a empresa pode ainda aumentar a
18



diversificação dos mesmos e isso tem como consequência um aumento de vendas, já que a

empresa aumentando o seu mix de produtos em suas linhas, destaca-se diante a concorrência,

atingindo mais facilmente o público alvo.


2.4.2.4.       AUMENTO DO MARKET SHARE:


Não só com a atividade exportadora, mas com as importações as empresas brasileiras podem

aumentar seu market share, já que a companhia está inovando tecnologicamente e aperfeiçoando

seus produtos, o que faz com que ela possa competir com mais igualdade tanto no mercado

interno, como no externo, pois nada impede que ela exporte seus produtos finais. Segundo o

MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).


                          “o Brasil é o único país da América Latina com ampla capacidade produtiva.

                          Deste modo, apresenta grande potencial de expansão. No entanto, ainda se

                          observa forte participação dos importados no market share do Brasil (45%)”

                          (MDIC, 2012. p.1).

2.4.2.5.      CRIAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS E GERAÇÃO DE NOVOS EMPREGOS:


A importação também pode trazer à empresa uma ampliação, no sentido de que com o

aperfeiçoamento de seus produtos, isso para os casos de importação de peças, a empresa poderá

futuramente exportar o seu produto final. Isso trará crescimento da imagem da empresa e o

crescimento econômico, possibilitando que a empresa amplie os seus negócios e suas sedes. A

empresa ainda, com resultados positivos, poderá criar novos negócios e caminhar a um

crescimento ainda maior empregando mais funcionários de acordo com a demanda crescente de

clientes. No mundo inteiro, “com a importação, houve a criação de novos negócios, a abertura de
19



novas empresas, o estabelecimento de representantes ou distribuidores de empresas estrangeiras

(...)”. (SEBRAE, 2005 p.6)


2.4.2.6.       MAIOR COMPETITIVIDADE NO MERCADO NACIONAL:


Com o lançamento de diversos produtos, a competitividade entre as empresas aumentou, fazendo

com que as empresas renovassem suas tecnologias para poder competir no mercado nacional.

Uma saída para essas empresas é, claro, a importação de produtos tecnológicos para apostar na

inovação e aperfeiçoar seus produtos que já estão no Brasil, mas necessitam de novidades para

competir com tantos concorrentes.


                          “O lançamento de produtos diferentes, de melhor qualidade e com preços

                          competitivos fez com o que brasileiro se conscientizasse da importância da

                          abertura da economia para o desenvolvimento do país, obrigando as

                          indústrias a reformular seu parque industrial, completamente obsoleto, com o

                          intuito de poder competir no novo mercado” (SEBRAE, 2005. p.5).

2.4.2.7.       MELHOR APROVEITAMENTO DO TEMPO:


A globalização gerou uma fácil comunicação, um fácil transporte de pessoas e produtos, a

evolução da tecnologia, com isso os produtos demoram menos tempo no trajeto de um país para

outro, há uma redução no tempo de importação, produção ou um repasse de material. Por isso é

correto dizer que o comércio internacional passou a


                             “funcionar como uma via de mão dupla, isto é, a importação de máquinas e

                          equipamentos, a aquisição de novas tecnologias, a adoção de novos métodos

                          e técnicas de produção, a modernização dos parques industriais e a ampliação
20



                          do leque de alternativas de compras de insumos vieram reduzir o tempo”.

                          (SEBRAE, 2005 p.6)

2.4.2.8.       PRODUTOS DE MELHOR QUALIDADE E MAIOR COMPETITIVIDADE

NO MERCADO INTERNACIONAL:


As empresas, pela competitividade nos mercados externo e interno, são sedentas de novas

tecnologias e inovação de produtos. Com a possibilidade de matéria prima de maior qualidade e

que não se encontra em território nacional, seus produtos finais terão um diferencial no mercado,

com maior possibilidade de vendas. A importação:


                          “beneficia diretamente as empresas, capacitando-as a produzir bens de

                          melhor qualidade e, consequentemente, de maior competitividade no

                          mercado internacional, criando, em contrapartida, condições mais favoráveis

                          à exportação de produtos e serviços.” (SEBRAE, 2005 p.5).
21



3.     Vantagens do comércio exterior – coleta de dados

3.1.   Abicab e Apex-Brasil realizam missão vendedora em Chicago


O projeto Sweet Brasil desenvolvido pela Abicab (Associação Brasileira da Indústria de

Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) em parceria com a Apex-Brasil (Agência

Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), tem como integrantes do pavilhão as

empresas: Aladim, Chocolates Garoto, Docile, Embaré, Montevérgine e Riclan.


O projeto permite que estas empresas atuem em um mercado de extrema importância para a

indústria brasileira, que dá sinais de recuperação no consumo e é o maior do setor de confeitaria

no mundo. Relata a reportagem “Abicab e Apex-Brasil realizam missão vendedora em Chicago”,

publicada no Portal Fator Brasil, no dia 11(onze) de maio de 2012.


É a oportunidade de conhecer a dinâmica do mercado americano e de apresentar não só os

produtos brasileiros, mas também um pouco da cultura, valorizando, assim, estas indústrias, que

são responsáveis pela geração de 31 mil empregos diretos e 62 mil indiretos e que representam

92% do mercado de chocolates, 70% do mercado de balas e confeitos, 80% do mercado de

amendoim e 100% do mercado de cacau.


3.2.    Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital


Já a matéria “Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital”, publicada no

periódico online Jornal de hoje, caderno Negócios, no dia 20 (vinte) de maio de 2012, nos trás a

informação de que a empresa Agrícola Famosa Ltda. (maior exportadora de frutas frescas do

Brasil e maior produtora de melão do mundo) irá ampliar sua área de plantio.
22



A empresa está apostando em aumentar a área de plantação para maior diversificação das frutas

cultivadas e aumentar a parcela de produtos que irão ser comercializados dentro e fora do Brasil.,

ou seja, aumentar o seu market share. Além de diminuir a ociosidade da empresa, pois as frutas

têm época certa para germinar e aumentando a variedade de tipos de sementes, no período em

que uma das frutas estiver fora do tempo de colheita, outra pode ser utilizada, a empresa ainda

poderá aumentar seu market share(participação de mercado), porque irá exportar para mais países

além dos que já são seus clientes. Aumentará também a qualidade das frutas que serão

comercializadas, terá menor dependência do mercado interno, maior produtividade, pois com

mais área de cultivo existe mais espaço e terá melhor aproveitamento da capacidade instalada, no

caso, a fazenda.


3.3.    Agricultura: Produção de café reduz custos e amplia exportação brasileira


Na reportagem “Produção de café reduz custo e amplia exportação brasileira” publicada no dia
02 de setembro de 2011, nos mostra a relação de produção de café no cerrado brasileiro e a
redução de custos que impulsiona a exportação.

Pesquisas têm permitido produzir, plantar e cultivar o café no cerrado, que praticamente só era
produzido em biomas da região Sul e Sudeste do Brasil. O engenheiro agrônomo Antonio Guerra
explica que a cafeicultura do cerrado permite a utilização de características hetero
edafoclimáticas da região de forma que produza um café de melhor qualidade e que tenha um
melhor preço de mercado.

O custo de produção na região é menor do que nas regiões tradicionais de montanha, podendo-se
assim aumentar a produção do produto, comprar matéria-prima mais barata de fornecedores,
melhorar a qualidade desse café e criando maiores oportunidades de exportação.

A expectativa segundo a Embrapa, é que no cerrado a produção do café seja ampliada para suprir
as previsões de mercado futuro e se manter como o maior produtor destes grãos no mundo.
23



3.4.    Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru


Na matéria “Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru”, publicada no Jornal

Floripa, caderno Economia no dia 14 (catorze) de maio de 2012, há a informação de que várias

marcas brasileiras estão apostando na importação de algodão e lã produzidos no Peru para a

produção de suas peças.


Esta com certeza é uma ótima decisão das confecções, pois assim elas podem produzir bens de

melhor qualidade, já que dizem que o algodão e lã feitos no Peru são mais qualificados e por isso

não são baratos, mas a aliança entre Brasil e Peru faz com que o material seja importado sem

impostos, barateando assim a matéria prima.


A matéria-prima sendo importada pronta acaba tornando a produção mais rápida, com a

contribuição do tempo de transporte, pois as fronteiras do Peru estão muito próximas do Brasil.


Como as peças finais produzidas com estes materiais adquirem maior qualidade,

consequentemente ficam mais competitivos no mercado interno, pois seus preços não ficam

elevados, e ainda, este processo de aperfeiçoamento do produto trás muito mais lucros para estas

confecções brasileiras. Vale ressaltar que ao importar o algodão e a lã a empresa investe na

diversificação dos seus produtos que pode ser considerado um fator de grande influência para o

aumento das vendas.


3.5.    CSA já é segunda maior exportadora de aço


Na reportagem “CSA já é a segunda maior exportadora de aço”, publicada na folha de São Paulo,

no dia 18 (dezoito) de maio de 2011, é dissertado sobre a evolução da exportadora de aço CSA,

uma parceria da alemã Thyssenkrupp (73,13%) com a Vale (26,87%), que iniciou suas atividades
24



de exportação em setembro de 2010 e em maio de 2011 já era considerada a segunda maior

exportadora de aço no Brasil.


Ao desenvolver a leitura da reportagem vimos que a empresa objetiva alcançar o título de maior

exportadora brasileira, ou seja, trazer a valorização da imagem atrelada a empresa, através da

exportação. A siderúrgica busca ultrapassar sua maior concorrente, a empresa ArcelorMilitar,

que no ranking das 40 empresas brasileiras exportadoras ocupa o 17° lugar, enquanto a CSA

encontra-se na 20° posição. A empresa enxerga a oportunidade de atingir a ocupação das

melhores empresas exportadoras brasileiras por meio do investimento da sua capacidade instalada

aumentando sua produção e suas vendas.


3.6.    FANEM é eleita a melhor exportadora do ano de 2011


Na matéria “FANEM é eleita a melhor exportadora do ano de 2011”, publicada no próprio site da

empresa, relata o reconhecimento da Associação Brasileira de Marketing em Saúde por

divulgação do design brasileiro internacionalmente feito pela empresa FANEM.


A FANEM vem cada vez mais expandindo suas fronteiras, ela exporta produtos de medicina

neonatal para mais de 90 países, como reflexo teve a expansão de sua receita de vendas para o

exterior em 47% e inaugurou sua primeira fábrica em território internacional na Índia.


Com o aprimoramento de seus produtos tem se mantido frente a seus concorrentes no âmbito

internacional promovendo o crescimento continuo das exportações. Esse reconhecimento

internacional faz com que a marca da empresa seja reconhecida nacionalmente. É a companhia

brasileira em equipamentos médicos, em especial neonatologia, com maior representatividade na

indústria mundial.
25



3.7.    JAC Motors desembarca primeiro lote de carros no Porto de Salvador


A reportagem “Jac Motors desembarca primeiro lote de carros no Porto de Salvador” publicada

no jornal online Rolando na orla no dia 21 de maio de 2012, informa que o Porto de Salvador

começa a receber os primeiros carros da empresa para a implementação da nova fábrica na Bahia.

Essa nova fábrica, que será instalada na cidade de Camaçari, gerará 3.500 empregos diretos e

cerca de 10 mil indiretos.


A meta da instalação dessa nova fábrica na cidade é aumentar o número de negócios e adensar a

indústria automotiva no local. Com o aumento do polo industrial automotivo, ocorre também o

aumento do polo de fornecedores, criando assim novos empregos e favorecendo outras empresas

brasileiras instaladas no mesmo local com a circulação do capital desses novos empregados.


3.8.   Receita aumenta exigência para empresas exportadoras terem devolução acelerada

de impostos




Segundo a matéria “Receita aumenta exigência para empresas exportadoras terem devolução

acelerada de impostos”, publicada no jornal online DCI (Diário Comércio Indústria & Serviços)

no dia 23 (vinte e três) de abril de 2012 em Brasília, desde 2010 as empresas exportadoras

brasileiras têm direito à devolutiva de três impostos, que são: PIS, Contribuição para o

Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Imposto sobre Produtos, porém a Receita Federal

aumentou a exigência da devolução acelerada desses impostos a partir deste ano de 2012.


Como o governo brasileiro trata as exportações como atividades que movimentam a economia

brasileira, há o incentivo para que as companhias utilizem cada vez mais este mecanismo e um
26



destes incentivos é a isenção de impostos na exportação, o que acaba facilitando os trâmites

burocráticos e criando vantagem para a empresa exportadora.


3.9.   Setores de produção padronizada demitem e importam da China


Na reportagem “Setores de produção padronizada demitem e importam da China” de Sergio

Lamucci, publicada no dia 05 de abril de 2011 no jornal online Valor Econômico, é relatado que

empresas do segmento de válvulas industriais, elevadores e ferramentas passaram a importar

produtos que antes produziam ou compravam de outras empresas para poder competir com a

concorrência chinesa no mercado interno e externo. Segundo a Abimaq, 80% dessas empresas já

importam 100% do que vendem.


São empresas que atuam no segmento de válvulas-commodities, uma referência a produtos

padronizados com baixo valor agregado. Nesse segmento, o produto chinês é 60% mais barato

que o brasileiro, gerando assim uma dificuldade de concorrência para as empresas brasileiras.


Porém, para algumas empresas como a RTS, ainda é viável produzir válvulas com maior

diferenciação de preço. Essa empresa fabrica as chamadas válvulas borboletas e para manter a

competitividade no mercado nacional, ela importa desde o ano passado um componente da China

para a fabricação de seus produtos, obtendo assim uma redução do seu custo de produção. Com

um produto que tem algo importado, como a matéria prima ou peça importante, os clientes ficam

mais interessados e olham para a empresa de maneira diferenciada, pois assimilam que seu

produto (aperfeiçoado) é mais qualificado que os da concorrência.
27



4.       Análise e interpretação dos resultados

Neste capítulo será observada a correlação entre a coleta de dados e as vantagens levantadas, a

fim de expor de forma clara e objetiva os resultados que a empresa, ao praticar o comércio

exterior adquire.


4.1.     Vantagens da exportação para as empresas brasileiras

4.1.1. AUMENTO DO MARKET SHARE:


Ao praticar a atividade de exportação, a empresa aumenta o seu número de clientes e como

consequência obtêm maior garantia e menor escala de erros para a venda de seus produtos.


Segundo o MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, na prática da

exportação a empresa abrange seu público alvo para outros mercados e o termo técnico utilizado

para esse aumento é “market share”, que em português significa participação de mercados, como

já visto no capitulo anterior.


Quando ela amplia sua venda para o mercado internacional ela abre seus horizontes, trazendo a

possibilidade de aumento para seu market share, pois ela passa a atuar em outros mercados,

ampliando seu público alvo e ganhando destaque sobre seus concorrentes nacionais. (MDIC,

2012).


Além de aumentar sua parcela de mercado, a empresa aumenta seus lucros e expande

crescimentos tanto no âmbito interno quanto no externo da empresa e isso ocasiona maior

estabilidade.


No anexo B (Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital), visualizamos o

exemplo deste conceito. A entrevista argumenta sobre a maior empresa exportadora de frutas
28



frescas do Brasil e maior produtora de melão do mundo. Observamos que a empresa visa como

objetivo ampliar sua área de plantio, o que ocasiona o aumento de vendas para o mercado externo

e interno, este fator trás a empresa o aumento da parcela de mercado, pois provem a evolução do

número de clientes.


4.1.2. DIMINUIÇÃO DA DEPENDÊNCIA DO MERCADO INTERNO:

Com relação à vantagem: menor dependência do mercado interno, podemos dizer que as

empresas que exportam podem aumentar o seu volume de vendas e o seu lucro e,

consequentemente, aumentar o seu número de clientes, gerando assim uma menor dependência

de clientes internos, pois ela pode contar também com a venda para clientes externos (MDIC,

2012).


Podemos comprovar esta vantagem com o anexo B (Agrícola Famosa ampliará área de plantio e

abrirá seu capital). A empresa quando opta por produzir uma parte de seus produtos direcionada

para o mercado interno e outra parte para o mercado externo, acaba se tornando menos

dependente do seu país de origem, assim a empresa corre menos riscos exportando mais.


4.1.3. DIMINUIÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO:

Percebe-se também que, como a empresa exportadora diminui o tempo ocioso de produção e

aumenta a quantidade de clientes, pois seus produtos estão mais aperfeiçoados, ela ainda tem a

diminuição do custo de produção, porque quando aumenta a quantidade de produtos vendidos,

podem-se negociar valores melhores com os fornecedores para comprar a matéria prima ou

tecnologia em maiores unidades, fazendo com que o custo fixo da peça diminua (CASTRO,

2010). No caso da agricultura, o local escolhido para plantio deve ser muito bem escolhido para

que a produção tenha maior qualidade e não haja tanto desperdício.
29



A diminuição do custo de produção pode ser observada no anexo C (Agricultura: Produção de

café reduz custos e amplia exportação brasileira), pois ele retrata que a produção em determinado

local pode diminuir o custo do café e também aumentar automaticamente a qualidade do produto.

A terra do cerrado é considerada mais fértil, portanto é um investimento para o produtor tanto na

qualidade final do produto quanto no custo fixo de sua produção.


4.1.4.   ISENÇÃO DE IMPOSTOS:

Para um país, a exportação é uma atividade que trás capital para seu interior. Como esta atividade

movimenta a economia interna das nações, para que as empresas se sintam motivadas a exportar,

os governos trazem a isenção de impostos nesta atividade, como por exemplo: IPI, COFINS e PIS

(LUDOVICO, 2009).

O anexo I (Receita aumenta exigência para empresas exportadoras terem devolução acelerada de

impostos) comprova esta vantagem, confirmando que nenhum país pode exportar esses valores,

logo, há esta isenção.

4.1.5. MAIOR PRODUTIVIDADE:

A vantagem referente à maior produtividade de uma empresa exportadora pode ser confirmada

com o anexo B (Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital), que nos diz que a

empresa aposta na plantação não só de uma commoditie, mas de várias.

Esta é uma estratégia, já que como em outros ramos, na agricultura devemos levar em conta que

as frutas e verduras têm época certa para germinar e para aproveitar o período de ociosidade de

uma ou de outra, aproveita-se parte da área de plantio para outras frutas e legumes para maior

obtenção de lucros no final de cada colheita (LUDOVICO, 2009).
30



4.1.6. MELHOR COMPETITIVIDADE NO MERCADO INTERNO:

A partir do momento que uma empresa é reconhecida internacionalmente ela ganha credibilidade

também em seu mercado de origem, tendo uma marca de renome e uma imagem forte em ambos

os mercados. Assim ela consegue ter melhor competitividade em seu próprio país (CASTRO,

2010).

Por meio do anexo G (FANEM é eleita a melhor exportadora do ano de 2011) pode ser verificado

que a empresa, por aprimorar a qualidade de seus produtos para a exportação e ter sido

reconhecida internacionalmente, reforça a sua marca nacionalmente e melhora sua

competitividade no mercado interno.

4.1.7. MELHOR UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA:


A empresa que exporta busca o seu crescimento de mercado. Com visão ampliadora, ao exportar

ela visa não só o aumento de lucros, por passar a atingir novos clientes, mas também condições

financeiras melhores que possibilitem um investimento futuro para progressões no setor interno e

externo.


Assim, a empresa ao praticar a atividade exportadora adquire vantagens, cuja uma delas é a

melhoria do local de trabalho, pois com o aumento de sua renda através da exportação de seu

produto, a empresa cria a oportunidade de investir em seu local de produção, aprimorando a

qualidade para seus funcionários e para seu produto, ou seja, atingi melhoras no âmbito interno

(MDIC, 2012).


Como já citado, a empresa ao alcançar a oportunidade da investir em sua capacidade instalada,

passa a trazer melhorias também no âmbito externo, ou seja, ao passar a investir na qualidade da
31



sua instalação, ela reflete sobre os seus produtos essa qualidade vivenciada no ambiente interno,

através da valorização da imagem atrelada a sua marca.


O anexo F (CSA já é a segunda maior exportadora de aço) ilustra a importância da valorização da

capacidade instalada, deixando explícito ainda o quanto o investimento na capacidade instalada

poderá ocasionar bons resultados para a exportação de produtos da empresa. Analisemos o

comentário feito pelo vice-presidente financeiro da CSA “Ao final de 2012, quando a usina

estiver operando com o total da capacidade instalada (5 milhões de toneladas/ano), a previsão é

exportar de U$$ 3 bilhões e USS 3,5 bilhões”.Observa-se que a empresa ao operar em toda sua

capacidade instalada, ocasiona o aumento de produção e tendo como consequência o crescimento

de vendas no mercado externo e interno.


Ao exportar a empresa investe em suas instalações adquirindo melhorias no setor de vendas e

financeiro.


4.1.8. MELHORIA NA EMPRESA:

Quando uma empresa começa a exportar, sua produção automaticamente aumenta, pois ela deve

suprir agora a necessidade de um público maior, assim, precisa de mais funcionários, estes

passam a sentir orgulho e prestígio em trabalhar numa empresa exportadora (MDIC, 2012), como

o caso das empresas Aladim, Chocolates Garoto, Docile, Embaré, Montevérgine e Riclan,

associadas à ABICAB, que aparecem no anexo A (Abicab e Apex-Brasil realizam missão

vendedora em Chicago).


Estas empresas são responsáveis por 92% do mercado de chocolates, 70% do mercado de balas e

confeitos, 80% do mercado de amendoim e 100% do mercado de cacau. Para atender essa

demanda no mercado é necessário o apoio de uma grande quantidade de funcionários e,
32



consequentemente, a empresa aumenta seu porte e, além disso, há a melhoria na estrutura da

empresa.


4.1.9. MENOR IMPACTO DA SAZONALIDADE:


Em relação à sazonalidade podemos dizer que a exportação é muito importante, porque ela

possibilita que a empresa tenha lucro durante o ano inteiro, pois ao exportar roupa, por exemplo,

a empresa garantirá que independentemente da estação que a linha da roupa dirigir, a

sazonalidade proporcionará garantias (CASTRO, 2010).


Vemos isto no exemplo citado no capitulo anterior: uma empresa que trabalha somente com

produtos de verão e que produz apenas para sua região teria lucro durante uma época do ano. Já

no caso de uma empresa que além de produzir para sua região, também exporta para outros

países, ela consegui garantir lucros durante o ano inteiro.


Podemos afirmar isso com o anexo B (Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu

capital), em que o empresário Luiz Roberto Barcelos, sócio-diretor da empresa ao lado de Carlo

Porro, diz que além do melão e da melancia, que correspondem a quase 90% de sua produção, a

empresa está expandindo a área da banana, que sairá dos atuais 150 ha para 300 ha até o final

deste ano. E em 2013, esta área será acrescida em mais 200 ha para produção de 120 toneladas

semanais da fruta, metade voltada ao mercado interno e metade para exportação.


4.1.10. POSSIBILIDADE DE CONTATO COM NOVAS TECNOLOGIAS:


Pode-se observar no capitulo anterior que a exportação nos possibilita conhecer diversos tipos de

tecnologia dentro do nosso ramo de atuação, através das feiras e eventos internacionais
33



(CASTRO, 2010). Isso, além dos benefícios de inovação tecnológica e maior competitividade nos

mercados interno e externo, nos trás ainda mais experiência.


Podemos afirmar isso com o anexo B (Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu

capital), em que a fruticultura no Ceará é viabilizada pelos investimentos em irrigação e em

tecnologia, o que atrai a instalação de grandes empresas. Ainda assim, setor cobra mais

investimentos públicos para avançar.


4.2.   Vantagens da importação para as empresas brasileiras

4.2.1. AGREGAÇÃO DE VALOR A IMAGEM DA EMPRESA:


A empresa que importa um produto acabado ou semi-acabado é vista de maneira diferente, pois,

há a agregação de valor ao produto vindo de outro país (ONE, 2004). Na reportagem “Setores de

produção padronizada demitem e importam da China” segundo o presidente do Sindicato das

Empresas de Elevadores de São Paulo 50% do que as empresas vendem vem do exterior.


Mesmo que para a empresa isso seja encarado de maneira negativa, para o consumidor o grande

diferencial do produto é ele ser produzido fora do seu país de consumo, pois pode ter um grande

diferencial tecnológico, e o produto pode ter um valor mais baixo.


4.2.2. AUMENTO DE LUCRO:


O aumento de lucro com a importação de materiais pode acontecer de forma que a empresa

brasileira importe produtos de um país que tem uma boa qualidade para oferecer, mas, além

disso, que tenha aliança comercial com o Brasil (MDIC, 2010). Assim a empresa brasileira

importará um produto bom, que pode aperfeiçoar seu produto final e terá também isenção de
34



impostos, eliminando boa parte do valor final que seria cobrado se houvessem estes valores

adicionais.


A vantagem de que as empresas brasileiras têm aumento de lucro pode ser comprovada com o

anexo E (Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru), que retrata a empresa

brasileira que importa a matéria prima de seu produto para agregar qualidade na produção final e

obter mais lucro.


4.2.3. AUMENTO DE VENDAS:


A importação para uma empresa pode ser visada como um meio de diferenciar a linha de seus

produtos, isto significa que ela poderá importar peças para a montagem de seu produto final,

peças estas que poderão alavancar a diversificação de um produto que ela poderá até mesmo

exportar futuramente (ONE, 2004).


O mix de produtos trata-se do tipo de produtos fabricados ou comercializados, ao diversificar os

produtos de sua linha, a empresa obtém maiores vendas, ampliação do negócio e estabilidade de

segurança no que diz respeito à venda.


No anexo E (Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru) decorre sobre as

empresas brasileiras do setor têxtil que importam algodão e lã do Peru que oferece esses produtos

em alta qualidade. As empresas brasileiras de confecções ao importar estes produtos aprimoram a

qualidade e a variedade das suas linhas de produção, motivando a maior venda dos produtos da

empresa.
35



4.2.4. AUMENTO DO MARKET SHARE:


Market Share: termo que designa a participação de uma empresa em algum ramo de atuação e é

baseado na disputa de mercado. (MDIC, 2012. p.1) “O Brasil é o único país da América Latina

com ampla capacidade produtiva. Deste modo, apresenta grande potencial de expansão. No

entanto, ainda se observa forte participação dos importados no market share do Brasil”. Podemos

afirmar isso com o anexo K (Sumitomo mira setor sucroalcooleiro e elege Brasil como

plataforma de expansão na América Latina) em que a empresa Sumitomo Heavy diz: "Faz parte

da nossa estratégia deter 20% de market share até 2015".




4.2.5. CRIAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS E GERAÇÃO DE NOVOS EMPREGOS:


Quando uma empresa toma a decisão de importar, ela passa por diversos processos, como mesmo

o planejamento. No planejamento, ela irá observar quais serão as vantagens que poderão ser

alcançadas e os possíveis erros que poderão ocorrer.


Para a empresa a importação muitas vezes significa inovações e aperfeiçoamento do produto,

entretanto por outro lado poderá ocasionar diversas outras vantagens, como a ampliação de seu

negócio e a geração de novos empregos (SEBRAE, 2005).


A empresa ao importar para melhoria do seu produto alavanca a qualidade e a imagem da

empresa e dos produtos fabricados, isso proporciona a possibilidade de crescimento econômico

para a empresa. Ela poderá visualizar a oportunidade de ampliação, podendo abrir novas sedes e

criar novos negócios. Assim cria-se a oportunidade abertura de novas filiais. Como visto no

anexo H (Jac Motors desembarca primeiro lote de carros no Porto de Salvador), onde a empresa
36



Jac Motors analisa o número de carros importados para o Brasil e enxerga a oportunidade de

trazer uma filial para o Brasil gerando novos negócios e novos empregos.


4.2.6. MAIOR COMPETITIVIDADE NO MERCADO NACIONAL:


Com o crescimento da importação houve aumento de novas empresas, com isso gerando novos

empregos. Com o lançamento de diversos produtos, a competitividade entre as empresas

aumentaram, fazendo com que as empresas renovassem suas tecnologias para poder competir no

mercado, assim o Brasil passou a se conscientizar da importância da abertura da economia

(SEBRAE, 2005).


Podemos afirmar isso com o anexo D (Apex-Brasil, IBGM e exportações de gemas, joias e

bijuterias) Nosso desafio é aumentar a competitividade das empresas brasileiras, promovendo a

internacionalização de seus negócios, além de consolidar e ampliar os mercados conquistados.



4.2.7. MELHOR APROVEITAMENTO DO TEMPO:


Por meio da importação se tem facilidade na produção, pois há a possibilidade de se comprar a

matéria-prima ou o produto semi-acabado e com isso não há desperdício de tempo (SEBRAE,

2005). Na reportagem “Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru” as empresas

brasileiras importam algodão e lã do Peru.


O Peru por ser um país de fronteira com o Brasil torna a importação mais rápida, com isso os

produtos demoram menos tempo no trajeto de um país para outro e há uma redução no tempo de

importação, produção ou um repasse de material.
37



4.2.8. PRODUTOS DE MELHOR QUALIDADE E MAIOR COMPETITIVIDADE NO

MERCADO INTERNACIONAL:


Importando matéria prima ou inovação tecnológica do exterior para aperfeiçoar um produto feito

no Brasil é sem dúvida uma ótima escolha para as empresas brasileiras, pois assim seus bens

terão, com certeza, um ótimo acabamento e o produto final terá muito mais qualidade (SEBRAE,

2005).


O anexo E (Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru) expõe a vantagem de

que empresas importadoras produzem bens de melhor qualidade quando faz referência ao fato de

que mesmo que os produtos do Peru não sejam baratos, a aliança comercial entre ele e o Brasil

facilita na isenção de impostos e o produto final fica mais competitivo, pois o algodão e a lã do

Peru são de alta qualidade.
38



5.     Conclusão

As empresas brasileiras se deparam atualmente com um cenário de economia globalizada. Com

isso as empresas acabam tendo que enfrentar alguns desafios ao ingressar no comércio

internacional. Essas empresas devem se preocupar com a ameaça de concorrentes de vários

países, aproveitar as oportunidades de acesso a novos mercados, ter conhecimentos sobre novas

tecnologias e saber negociar com fornecedores.


Portanto para a realização dess trabalho definiu-se a seguinte questão de pesquisa: Quais são as

vantagens do comércio exterior para as empresas brasileiras? A partir dessa questão foi realizaa

uma pesquisa de referencial teórico, coleta de dados e análise dos resultados que fundamentam as

vantagens das atividades de importação e exportação para as empresas brasileiras.


A partir da conclusão desses resultados definiram-se as seguintes vantagens na exportação:

aumento do market share, diminuição da dependência do mercado interno, diminuição do custo

de produção, isenção de impostos, maior produtividade, melhor competitividade no mercado

interno, melhor utilização da capacidade instalada, melhoria na empresa, menor impacto da

sazonalidade, melhoria na empresa, possibilidade de contato com novas tecnologias.


E definiram-se também as seguintes vantagens na importação: agregação de valor ao produto,

aumento de lucro, aumento de vendas, aumento do market share, criação de novos negócios e

geração de novos empregos, maior competitividade no mercado nacional, melhor aproveitamento

do tempo, produtos de melhor qualidade e maior competitividade no mercado internacional.


Com a análise destes resultados, podemos concluir que as empresas brasileiras precisam ter um

bom planejamento e devem estar atentas á todas essas vantagens do comércio exterior para

poderem obter bons resultados em suas atividades no comércio internacional.
39



6.        Referências bibliográficas



APEX BRASIL, Imprensa da. Apex-Brasil, IBGM e exportações de gemas, joias e bijuterias.

Leia        Moda.       São        Paulo.      24       Abr.    2012.         Disponível    em

<http://www.leiamoda.com.br/leiamoda/content/materia.php?idText=6932&secao=modanobolso

> Acesso em 1 Mai. 2012.


CASTRO, Claudio Henrique de. Internacionalização: Vantagens e desvantagens da exportação.

São                   Paulo,                 2010.               Disponível                 em:

<http://www.mbc.org.br/mbc/pb/components/com_mediacenter/pop_up_PDF.php?id=773&tipo=

Artigos>. Acesso em 09 Mai. 2012.


CIGNACCO, Bruno Roque. Fundamentos de comércio internacional para pequenas e médias

empresas. São Paulo: Saraiva, 2008.


DIAS. Reinaldo. RODRIGUES. Waldemar. Comércio exterior: teoria e gestão. 2 ed. São Paulo:

Atlas, 2010.


FAZENDA.          Receita      Federal.     Operações     Internacionais.      Disponível   em

<http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/perguntao/dipj2012/CapituloXIX-

IRPJCSLLOperacoesInternacionais2011.pdf> Acesso em 21 Abr. 2012.


FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa.

Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.


IN, Agência. Abicab e Apex-Brasil realizam missão vendedora em Chicago. Portal Fator

Brasil.     São     Paulo.     1   Mai.     2012.    Comércio    Exterior.     Disponível   em:
40



<http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=201272> Acesso em 15 Mai. 2012.



LAMUCCI, Sergio. Setores de produção padronizada demitem e importam da China. Valor

Online.       São      Paulo:       5       Abr.      2011.        Disponível       em        <http://valor-

online.jusbrasil.com.br/politica/6818560/setores-de-producao-padronizada-demitem-e-importam-

da-china> Acesso em 20 Abr. 2012.


LUDOVICO, Nelson. Como preparar uma empresa para o Comércio Exterior. São Paulo:

Saraiva. 2009.


MARA, Lidia. AGRICULTURA: Produção de café reduz custos e amplia exportação

brasileira.    Agência     do      Rádio.     São     Paulo.   2      Set.     2011.      Disponível    em:

<http://www.agenciadoradio.com.br/noticia.php?codigo_noticia=CONF110020> Acesso em 25

Abr. 2012.


MÁXIMO. Wellton. Receita aumenta exigência para empresas exportadoras terem

devolução acelerada de impostos. Agência Brasil. Brasília, 23 Abr. 2012. Economia.

Disponível em <http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-04-23/receita-aumenta-exigencia-

para-empresas-exportadoras-terem-devolucao-acelerada-de-impostos> Acesso em: 20 Mai. 2012.

MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior. Balança comercial:

dados                 consolidados                    2008.                  Disponível                 em:

<http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1275504684.pdf> Acesso em 20 Abr. 2012.


MDIC. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Balança Comercial:

dados               consolidados              2010.            Disponível                  em             <

http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1298052907.pdf> Acesso em 2 Mar. 2012.
41



MDIC, Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comercio Exterior. Balança comercial:

dados                    consolidados                  2012.                   Disponível                 em:

<http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=567>. Acesso em:

1 Jun. 2012.


MDIC. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Desenvolvimento da

produção.        Setor       de     Brinquedos.       Distrito     Federal,       2012.      Disponível   em

<http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=2&menu=3294> Acesso em 9 Mai.

2012.


MDIC. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Diversificação de

mercados.                Distrito          Federal,               2012.             Disponível            em:

<http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id/10>. Acesso em 27

Abr. 2012.


MDIC. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Por que exportar?

Melhoria          da         empresa.      Distrito          Federal,       2012.         Disponível      em:

<http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id/14>. Acesso em 27

Abr. 2012.


MOREIRA, Diego. Evolução do comércio exterior brasileiro. G1. Vestibular e Educação. São

Paulo:      29        Set.    2010.            Disponível        em:      <http://g1.globo.com/vestibular-e-

educacao/noticia/2010/09/professor-explica-evolucao-do-comercio-exterior-brasileiro.html>.

Acesso em: 1 Jun. 2012.


REUTERS. Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru. Folha de São Paulo.

São          Paulo,           13        Mai.         2012.             Mercado.           Disponível      em
42



<http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1089254-confeccoes-brasileiras-elevam-importacao-de-

pecas-do-peru.shtml> Acesso em 20 Mai. 2012.


RURAL, Globo. Sumitomo mira setor sucroalcooleiro e elege Brasil como plataforma de

expansão na América Latina. Globo Rural On-line. São Paulo: 9 Mai. 2012. Disponível em

<http://www.ultimoinstante.com.br/empresas/70932-Sumitomo-mira-setor-sucroalcooleiro-elege-

Brasil-como-plataforma-expanso.html#axzz1wa0e9ka7> Acesso em 23 Mai. 2012.


SEBRAE, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Importação. 2 ed. rev. e atualizada.

Belo Horizonte: 2005. 36 p. il. (Série Cooperação Internacional).


SECOM. Secretaria de Comunicação Social. JAC Motors desembarca primeiro lote de carros

no Porto de Salvador. Secretaria de Comunicação Social da Bahia. São Paulo: 21 Mai. 2012.

Disponível      em        <        http://www.comunicacao.ba.gov.br/noticias/2012/05/21/jac-motors-

desembarca-primeiro-lote-de-carros-no-porto-de-salvador/print_view> Acesso em 23 Mai. 2012.


SILVA, Dayane. FANEM é eleita a melhor exportadora do ano de 2011. Fanem. São Paulo:

20 Dez. 2011. Disponível em <http://www.fanem.com.br/noticia/104/fanem-e-eleita-a-melhor-

exportadora-do-ano-de-2011> Acesso em 7 Abr. 2012.


SOARES. Edimar. Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital. Jornal de

hoje.        Ceará,           20       Mai.        2012.      Negócios.        Disponível       em

<http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2012/05/19/noticiasjornaleconomia,2842128/ag

ricola-famosa-ampliara-area-de-plantio-e-abrira-seu-capital.shtml> Acesso em: 20 Mai. 2012.


TRADER       ONE      -   Business      &     Operations   Management.    FAQs.    Disponível   em

<http://www.trader-one.com/faqs.asp#I2> Acesso em 21 Abr. 2012.
43



VAZQUEZ, José Lopes. Comércio exterior brasileiro. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
44



7.     Anexos

A.     Abicab e Apex-Brasil realizam missão vendedora em Chicago.


Entre as ações do projeto Sweet Brasil, desenvolvido pela Abicab em parceria com a Apex-

Brasil, destaca-se a participação das indústrias brasileiras na feira Sweet&Snacks e a realização

de uma rodada de negócios.


São Paulo – Entre 06 e 11 de maio, a Abicab – Associação Brasileira da Indústria de Chocolates,

Cacau, Amendoim, Balas e Derivados – levará seis associados para uma missão vendedora em

Chicago (EUA), que irá englobar, entre outras ações, a participação na feira Sweet&Snacks 2012,

uma das principais vitrines para o mercado americano de chocolates, balas e confeitos. A ação faz

parte do projeto Sweet Brasil, por meio do qual a entidade promove as exportações do setor, em

parceria com a Apex-Brasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.


Aladim, Chocolates Garoto, Docile, Embaré, Montevérgine e Riclan serão as integrantes do

pavilhão brasileiro na feira, que acontece entre 8 e 10 de maio. Em 2011, o evento reuniu

aproximadamente 15 mil visitantes de mais de 60 países e 737 expositores. Além da presença na

Sweet&Snacks, as empresas também participarão de visitas técnicas e de uma rodada de negócios

exclusiva organizada pela ABICAB e Apex-Brasil.


Em 2011, a missão vendedora somou cerca de US$ 1 milhão em negócios. “O projeto permite

que atuemos em um mercado de extrema importância para a indústria brasileira, que dá sinais de

recuperação no consumo e é o maior do setor de confeitaria no mundo. É a oportunidade de

conhecermos de perto a dinâmica do mercado americano e de apresentar não só nossos produtos,

mas também um pouco de nossa cultura”, analisa a vice-presidente de Exportação da ABICAB,

Solange Isidoro.
45



A Abicab – Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e

Derivados foi fundada em 1957 com o objetivo de responder pela política do setor junto às

esferas públicas e privada, tanto no Brasil quanto no exterior. Suas diretrizes são voltadas para a

valorização destas indústrias, que é responsável pela geração de 31 mil empregos diretos e 62 mil

indiretos. Atualmente, a ABICAB engloba a cadeia produtiva brasileira, representando 92% do

mercado de chocolates, 70% do mercado de balas e confeitos, 80% do mercado de amendoim e

100% do mercado de cacau.


Dentre as principais atividades desenvolvidas em prol do fortalecimento e desenvolvimento do

setor, destaca-se o Programa Sweet Brasil, criado em março de 1998, que tem por objetivo

promover os produtos brasileiros no mercado externo, por meio de parceria com a Apex-Brasil.


Perfil: APex-Brasil - A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-

Brasil) tem a missão de desenvolver a competitividade das empresas brasileiras, promovendo a

internacionalização dos seus negócios e a atração de investimentos estrangeiros diretos. A Apex-

Brasil é uma agência do governo brasileiro vinculada ao Ministério do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A Apex-Brasil apoia, atualmente, 13 mil empresas, de 81

setores produtivos da economia brasileira que exportam para mais de 200 mercados. Por meio de

iniciativas realizadas em parceria com entidades setoriais, a Agência organiza ações de promoção

comercial e produz estudos de inteligência comercial e competitiva com o objetivo de orientar as

decisões das empresas nacionais sobre o ingresso em mercados internacionais. Além da sede em

Brasília, a Apex-Brasil possui Unidades de Atendimento nos estados brasileiros e Centros de

Negócios (CNs) espalhados pelo mundo. A Agência também coordena os esforços de atração de

investimentos estrangeiros diretos (IED) para o País, trabalhando na identificação de

oportunidades de negócios e na promoção de eventos estratégicos e garantindo apoio ao
46



investidor estrangeiro durante todo o processo no Brasil. A Apex-Brasil preside a Associação

Mundial das Agências de Promoção de Investimentos.


B.     Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital


Empresa é a maior exportadora de frutas frescas do Brasil e maior produtora de melão do mundo.

Nos planos, também está se tornar uma das maiores produtoras de banana e mamão do Nordeste e

até mesmo do Brasil.


EDIMAR SOARES


Produção de melão é o carro-chefe das exportações de frutas cearenses.


Maior empresa exportadora de frutas frescas do Brasil e maior produtora de melão do mundo, a

Agrícola Famosa Ltda., localizada no município de Icapuí(CE), está crescendo para ser, também,

uma das maiores produtoras de banana e mamão do Nordeste.


As fazendas da Agrícola Famosa (entre próprias e arrendadas) somam 20.807 hectares (ha). Para

a safra 2011/2012, a estimativa de área plantada chega a 6.000 ha e a produção esperada deverá

ser de 60 mil toneladas para o mercado interno e 140 mil toneladas para exportação.


O empresário Luiz Roberto Barcelos, sócio-diretor da empresa ao lado de Carlo Porro, diz que

além do melão e da melancia, que correspondem a quase 90% de sua produção, a empresa está

expandindo a área da banana, que sairá dos atuais 150 ha para 300 ha até o final deste ano. E em

2013, esta área será acrescida em mais 200 ha para produção de 120 toneladas semanais da fruta,

metade voltada ao mercado interno e metade para exportação.


Já o mamão ocupa, hoje, uma área de 250 ha (em produção e a produzir). “Nossa expectativa é

chegar em 2014 a 600 ha, aumentando o volume das atuais 120 toneladas semanais (metade
47



mercado interno/metade exportação) para 600 toneladas semanais, sendo 300 toneladas para o

mercado nacional e a outra metade, exportação.”


Barcelos afirma que, hoje, o mamão produzido na região é reconhecidamente de melhor

qualidade que o tradicional, produzido no Espírito Santo e no Sul da Bahia.


Novas Variedades


Mas a Agrícola Famosa não se limita às frutas. A empresa também atua na produção de legumes

e, no momento, testa o potencial produtivo e comercial de tomate-cereja, aspargo, berinjela,

abobrinha, quiabo e milho verde para consumo humano.


Estes produtos estão sendo testados no mercado de Fortaleza com a marca própria “Viva”,

encontrados em supermercados e algumas padarias.


O tomate-cereja, plantado em 2 ha, está colhendo 30 toneladas/ha por safra. O aspargo está

conseguindo em 10 ha uma produtividade de 30 toneladas/ha por safra. Já a berinjela, a abobrinha

e o quiabo estão sendo cultivados em 2 ha, obtendo 20 toneladas/ha por safra cada uma. O milho

verde ocupa 5 ha e produz 15 toneladas/ha por safra.


Potencial


O aspargo é o que vem registrando maior potencial, afirma Luiz Roberto Barcelos. Hoje, o maior

produtor do mundo é o Peru, que se encontra na mesma latitude que o Ceará, mas cuja saída é

para o Oceano Pacífico. “A logística deles obriga a produção a escoar pelo Canal do Panamá,

consumindo a vida útil do produto vendido à Europa”, observa o empresário, vendo aí uma

poderosa janela de oportunidade para o produto cearense.
48



A Agrícola Famosa está testando 30 variedades de aspargos e já detectou duas ou três que se

adaptaram muito bem ao nosso clima. O Brasil também é um poderoso mercado, já que todo o

aspargo consumido no país também é importado do Peru. “Lá, as fazendas plantam em 5 mil ha.

Aqui, podemos falar em 10 mil ha e colhendo 150 toneladas”, completa.


A aposta no mercado interno para os produtos da empresa poderá mudar sua balança comercial.

Isso porque, há 8 anos, 95% da produção era exportada. Com o aumento da renda da população

brasileira, hoje, 70% é exportada e 30% ficam no mercado interno, mas Barcelos não duvida que

nos próximos 2 anos o mercado brasileiro reterá 40% da produção. (Rebecca Fontes)


Números


90 por cento da produção da Famosa referem-se a melão e melancia, mas a empresa está

expandindo a área de cultivo de banana e mamão.


O quê


ENTENDA A NOTÍCIA


A fruticultura no Ceará é viabilizada pelos investimentos em irrigação e em tecnologia, o que

atrai a instalação de grandes empresas. Ainda assim, setor cobra mais investimentos públicos para

avançar.


C.      AGRICULTURA: Produção de café reduz custos e amplia exportação brasileira


Tempo do Áudio: 2min1seg


LOC/REPÓRTER: Pesquisas têm permitido produzir, plantar e cultivar o café no Cerrado. A

presença do grão no bioma é resultado de diversas pesquisas realizadas por especialistas nos
49



últimos anos. O produto que foi ao longo da história um personagem importante da economia

brasileira saiu dos biomas da região sul e sudeste do Brasil etem explorado os benefícios das

terras do cerrado, como enumera o engenheiro agrícola registrado no sistema Confea/CREA,

Antonio Guerra.


TEC/SONORA: Engenheiro Agrícola registrado no CREA-DF, Antonio Guerra."A cafeicultura

do cerrado permite você utilizar as características hetero edafoclimáticas da região de forma a

produzir um café de melhor qualidade. Ou seja,um café que tenha um melhor preço de mercado.

O custo da produção de café aqui ele é menor do que nas regiões tradicionais de montanha por

que lá ele é colhido a mão e aqui a colheita é feita mecanizada."


LOC/REPÓRTER: A produção de café reduz custos e amplia exportação brasileira. O

engenheiro agrônomo e conselheiro do Confea, Kleber Santos destaca o que o café encontrou nas

terras do cerrado.


TEC/SONORA: Engenheiro Agrônomo e conselheiro do Confea, Kleber Santos"Primeiro que a

pesquisa descobriu a vocação do cerrado para a produção do bom café brasileiro e segundo por

que a pesquisa está avançando no sentido de reduzir os custos e melhorar ainda mais a qualidade

do nosso café. Descobriu-se mesmo que o cerrado ele possui características próprias que

asseguram uma melhor qualidade para o café brasileiro. E as estações definidas de seca e água, a

relativa altitude em algumas regiões do cerrado proporcionam uma qualidade no aroma do café”.


LOC/REPÓRTER: Segundo a Embrapa, a expectativa é que no cerrado a produção do café seja

ampliada para suprir as previsões de mercado futuro e se manter como o maior produtor destes

grãos no mundo.


Reportagem, Lídia Mara.
50



D.     Apex-Brasil, IBGM e exportações de gemas, joias e bijuterias


Em dois anos serão investidos cerca de R$ 13.5 milhões nas ações do Projeto.

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Instituto

Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) renovaram nesta quarta-feira (25 de abril), em

Belo Horizonte (MG), o convênio do Projeto Setorial de Gemas, Joias e Bijuterias para 2012 e

2013. Por meio do convênio serão investidos, nos próximos dois anos, cerca de R$13.5 milhões

nas ações do Projeto, com o objetivo de aumentar as exportações brasileiras de produtos de maior

valor agregado, diversificar e consolidar mercados e ampliar a base exportadora em cada um dos

segmentos selecionados.


As novas metas do Projeto para o período visam aumentar o volume de exportação das empresas

participantes em 8% em 2012, e em 15% em 2013, tendo como base 2011. A quantidade de

empresas participantes também deve aumentar em 30% até 2013 em relação ao cadastro existente

em janeiro de 2012, que totalizou 157 empresas.


“Por meio do convênio com o IBGM, a Apex-Brasil oferece meios para que o setor possa

desenvolver produtos baseados no design, inovação e sustentabilidade, itens que agregam valor

aos produtos”, explicou o presidente da Apex-Brasil, Maurício Borges. “Nosso desafio é

aumentar a competitividade das empresas brasileiras, promovendo a internacionalização de seus

negócios, além de consolidar e ampliar os mercados conquistados”.


As ações previstas pelo convênio têm o objetivo de atender às necessidades de desenvolvimento

das empresas do setor. Um dos pilares do trabalho é a orientação das ações de promoção

comercial, de comunicação e de capacitação, de acordo com a maturidade exportadora de cada

empresa. As ações estratégicas definidas para o período incluem, também, ações de promoção da
51



imagem, com a realização do Projeto Imagem, que propicia a jornalistas e formadores de opinião

estrangeiros a oportunidade de conhecer in loco o setor.


Os segmentos que compõem o setor estão divididos em Gemas e Artefatos de Pedras; Joalheria

de Ouro e Prata; e Joia Folheada e Bijuterias. Com base em estudo de Inteligência Comercial e

Competitiva, desenvolvido pela Apex-Brasil em parceria com o IBGM, foram definidos os

mercados prioritários para cada segmento.


Os mercados-alvo para o segmento de Joias são Rússia, Peru, Catar, Emirados Árabes, Colômbia,

Chile, Panamá, México, Estados Unidos e Espanha. Para Bijuterias e folheados, os mercados-

alvo são Angola, Itália, França, Emirados Árabes, Colômbia, Chile, Panamá, México, Estados

Unidos e Espanha. Já o segmento de Gemas terá como mercados-alvo a China, Turquia, Japão,

Áustria, Itália, França, Estados Unidos e Espanha.


“Uma das principais inovações do Projeto é a implementação de uma política de segmentação

através de um modelo de capacidade e maturidade exportadora das empresas”, explica a gestora

de projetos da Apex-Brasil, Deborah Rossoni.


Para o presidente do IBGM, Hécliton Santini Henriques, a diversificação de mercado e a

performance nas exportações das empresas que participam do Programa IBGM/Apex-Brasil têm

sido significativamente maior do que os resultados do setor como um todo, demonstrando a

importância desse apoio. “Em um momento conturbado no mercado internacional, com a

crescente concorrência de países asiáticos e a necessidade de melhor posicionar o produto

brasileiro, a manutenção da parceria do IBGM com a Apex-Brasil é fundamental”, explicou. “A

parceria garante a continuidade desse programa vitorioso, que tem proporcionado o efetivo
52



engajamento das empresas de gemas, joias e bijuterias no mercado internacional, numa estratégia

de longo prazo, incorporando inovação, design e estratégias de marketing”.


Histórico – A parceria da Apex-Brasil com o IBGM existe desde 1998. Nesse período, foram

investidos R$ 108 milhões, aproximadamente, e 330 empresas foram apoiadas pelo Projeto.

Somente o segmento de Folheados teve um crescimento de 700% em 12 anos – Joalheria cresceu

129% e Bijuterias, 124%.


De acordo com dados do IBGM, as exportações de gemas, joias e metais preciosos atingiram

US$ 3 bilhões em 2011, aproximadamente 30% a mais que em 2010. Nos primeiros dois meses

deste ano, as exportações totalizaram US$ 635 milhões, 38% a mais que no mesmo período do

ano passado.


O Brasil é, atualmente, um dos maiores produtores do segmento, responsável por um terço do

volume das gemas produzidas no mundo. Segundo a Gold Fields Mineral Services (GFMS), em

2010 o Brasil se posicionou como o 14º país do mundo na produção de joias de ouro e como o 9º

no seu consumo.


E.     Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru.


"HechoenPerú" --ou "Fabricado no Peru"-- é frase cada vez mais comum nas etiquetas de roupas

brasileiras. E isso poderá aumentar muito se, como previsto, peças confeccionadas no país

vizinho em algodão de alta qualidade começarem a chegar às prateleiras de grandes redes de

varejo, como Pão de Açúcar, Walmart e Carrefour.


Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), as importações de confecções

peruanas cresceram 57,5% em 2011, alcançando US$ 102 milhões.
53



As projeções indicam que o negócio poderá crescer 400% nos próximos quatro anos, alcançando

US$ 500 milhões de dólares, apesar das medidas protecionistas do Brasil.


"Estamos simplesmente acompanhando o crescimento da demanda brasileira", disse o adido

comercial do Peru em São Paulo, AntonioCastillo.


Dezenas de marcas brasileiras --a exemplo de Richards, Ellus ou Brooksfield-- atravessam os

Andes atrás do algodão peruano de fibra extra longa. Há um acordo comercial que permite

importá-lo sem impostos.


"Além de oferecer algodão e lã de alpaca de alta qualidade, o Peru tem essa grande vantagem

comercial de entrar no Brasil sem alíquotas", disse Luis Melo, gerente comercial da Richards.

"São produtos caros, mas não têm impostos."


A indústria têxtil peruana já produz roupas para marcas internacionais como Lacoste, Armani

Exchange, Calvin Klein, Donna Karan ou Guess.


A demanda brasileira contribuiu para que o Peru aumentasse em 27% suas exportações têxteis em

2011, alcançando quase US$ 2 bilhões, apesar da redução nas exportações para os EUA, o maior

mercado.


Por enquanto, o Peru não tira o sono da indústria têxtil brasileira como a China, Bangladesh ou o

Vietnã, porque seus preços são o dobro dos concorrentes asiáticos, e o volume do comércio é

relativamente pequeno.


Em 2011, a indústria nacional perdeu cerca de 13 mil postos de trabalho por causa da

concorrência com os produtos chineses.
54



"O dano que o comércio com o Peru está causando à indústria nacional é marginal em

comparação à China", comentou Fernando Pimentel, diretor da Abit. "Ele nos preocupa porque

cresceu de forma marcante. Mas o volume ainda não faz com que haja uma destruição bestial da

cadeia produtiva brasileira."


O executivo descartou a possibilidade de rever o acordo comercial com o Peru, a exemplo do que

aconteceu neste ano com um tratado semelhante que levou a uma disparada nas importações de

veículos mexicanos.


Embora o Brasil ocupe hoje o quarto lugar entre os destinos das confecções peruanas, autoridades

e analistas preveem que em breve substituirá a Venezuela como segundo maior comprador.


F.     CSA já é segunda maior exportadora de aço.


As exportações Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), uma parceria da alemã

ThyssenKrupp (73,13%) com a Vale (26,87%), já ultrapassaram Gerdau Açominas, Usiminas e

Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A siderúrgica iniciou os embarques em setembro de

2010 e já é a segunda maior exportadora de aço do Brasil, atrás apenas da ArcelorMittal Brasil.


No primeiro trimestre somou US$ 362,5 milhões em vendas externas, desempenho que a colocou

no 20º lugar no ranking das 40 maiores empresas exportadoras do país, segundo o Ministério do

Desenvolvimento. No mesmo período, a ArcelorMittal Brasil ocupou o 17º lugar, com US$ 383

milhões. A Gerdau Açominas aparece na 22ª posição (US$ 355,3 milhões), a Usiminas, na 28ª

(US$ 282 milhões), e a CSN, na 39ª (US$ 217,5 milhões).


5ª posição
55



E a expectativa do vice-presidente financeiro da CSA, Rodrigo Tostes, é alcançar a quinta

posição do ranking geral das empresas brasileiras no próximo ano. "Ao final de 2012, quando a

usina estiver operando com o total da capacidade instalada (5 milhões de toneladas/ano), a

previsão é exportar de US$ 3 bilhões a US$ 3,5 bilhões", diz. Tendo como referência o resultado

acumulado em 2010, significaria dizer que à frente da CSA estariam só Vale (US$ 24 bilhões),

Petrobras (US$ 18,2 bilhões), Bunge (US$ 4,3 bilhões) e Embraer (US$ 4,2 bilhões).


Esse cenário estaria garantido para a CSA, segundo o analista Pedro Galdi, da SLW Corretora, já

que a "siderúrgica foi idealizada para exportar placas para as unidades da ThyssenKrupp". Do

total produzido, Tostes confirmou que 60% vão para a ThyssenKrupp dos EUA, e 40%, para a da

Alemanha.


Demanda


O analista Felipe Reis, do Santander, acredita que a CSA possa seguir a trajetória da

ArcelorMittal Tubarão (antiga CST), instalada no Espírito Santo, visto que a demanda de aço do

Brasil é crescente e não há investimentos para ampliação significativa da atual capacidade

instalada do país.


"No primeiro momento, esse aço produzido pela CSA (placas) não compete com o aço da

Usiminas e da CSN (laminados). Acontece que, por um investimento marginal, é consenso que,

daqui a algum tempo, ela pode instalar um laminador e participar do mercado doméstico. É a

história da CST, que também já foi uma mera produtora de placas para exportação", diz. Rodrigo

Tostes afirma que o atual desafio da CSA é chegar a 5 milhões de toneladas ao ano e que não há

nenhum outro investimento em análise. Diz, contudo, que no complexo existe espaço físico para

expansão.
56



G.       FANEM é eleita a melhor exportadora do ano de 2011.


A fabricante brasileira líder em produtos de neonatologia recebeu o prêmio Design Brasilis -

Empresa Exportadora do Ano, concedido pela ABMS – Associação Brasileira de Marketing em

Saúde.


A FANEM foi escolhida como a Empresa Exportadora do Ano de 2011 pela Associação

Brasileira de Marketing em Saúde, prêmio Design Brasilis em reconhecimento pela divulgação

internacional do design brasileiro. Também foi concedido o prêmio Hospital Best pelos produtos

inovadores da Fanem em diferentes categorias, entre elas Fototerapia, Incubadoras, Berço

Hospitalar e Cama para Parto Humanizado. A cerimônia de entrega aconteceu na noite de 14 de

dezembro, no Salão Nobre do Esporte Clube Sírio, em São Paulo, reunindo profissionais,

dirigentes e representantes dos principais hospitais e instituições de saúde do país.


A Fanem exporta seus produtos de medicina neonatal para mais de 90 países e em 2011 teve uma

expansão na receita de vendas para o exterior de 47%, considerando a flutuação do câmbio. O

ano foi marcado ainda pela inauguração da sua primeira fábrica em território internacional, na

Índia, e pelo crescimento das vendas em países como Iraque, Rússia, Turquia, Marrocos e

Bolívia, além da Índia. Em 2011, a empresa também expandiu suas fronteiras comercializando

produtos pela primeira vez em países africanos como a República de Botswana, a Costa do

Marfim e a República da Namíbia; assim como para a Caledônia, na Oceania; e Lituania e

Bulgária, no leste europeu.


“A Fanem vem aprimorando muito a qualidade de seus produtos e, como conseqüência vem

firmando-se frente à concorrência internacional, promovendo o crescimento continuo das

exportações. Estes prêmios são reconhecimentos importantes deste esforço e contribuem para
57



reforçar a nossa marca nacionalmente, junto aos profissionais de saúde e dirigentes hospitalares”,

afirma Marlene Schmidt, diretora executiva da Fanem.


Esta foi a nona edição do Hospital Best, realizada pela Associação Brasileira de Marketing em

Saúde. Entre os premiados estiveram também o Hospital Santa Catarina (Maternidade), Hospital

Sabará (Hospital Pediátrico) e Fleury Medicina e Saúde (Centros Diagnósticos), entre outros. Os

produtos Fanem agraciados foram: Aparelhos de Fototerapia: BILITRON®, Aspirador cirúrgico:

R2D2 Diapump®, Estufas de Cultura FANEM®, Estufas de Esterilização e Secagem FANEM®,

Câmaras de Conservação de Sangue e Vacina FANEM®, Incubadora: VISION ADVANCED®,

Incubadora de transporte: IT 158 TS, Berço Hospitalar: AMPLA®, Cama PPP: Cama para Parto

Humanizado MP-7097i.


Empresa brasileira líder na fabricação de produtos de neonatologia, a FANEM detêm 85% do

mercado nacional. É a companhia brasileira com maior representatividade internacional na

indústria mundial de equipamentos médicos, em especial de neonatologia, com grande expressão

no mercado global do segmento de incubadoras. Exportando para mais de 90 países, a empresa

recebeu o reconhecimento de diversas entidades, por sua atividade neste campo.


H.     JAC Motors desembarca primeiro lote de carros no Porto de Salvador


O primeiro lote de mil carros da JAC Motors, importados da China, via Porto de Salvador,

desembarcou nesta segunda-feira (21), com a presença do governador do Estado, Jaques Wagner,

e do presidente da empresa no Brasil, Sérgio Habib. A distribuição dos automóveis, que até então

era feita a partir do Espírito Santo, passa a ser feita na Bahia devido a um acordo feito com a

montadora, responsável pela implantação de uma fábrica no estado, com inauguração prevista

para 2014.
58



“Eu estive na China visitando a fábrica da JAC Motors e este desembarque é uma confirmação

das nossas negociações, faz parte do compromisso firmado”, afirmou o governador. Segundo ele,

o   terreno    para   a    construção    da   fábrica    já   está   definido,   em   Camaçari.

A implantação receberá investimentos de R$ 900 milhões. A planta gerará 3.500 empregos

diretos e cerca de 10 mil indiretos. A capacidade de produção será de 100 mil unidades. “As

licenças estão sendo tratadas para o lançamento da pedra fundamental e até 2014 já estaremos

produzindo aqui”.


Wagner disse que a empresa incentiva o adensamento da cadeia automotivana Bahia. “Foi feita

uma reunião com vários fornecedores de insumos e autopeças, há cerca de dez dias. A meta é

adensar esta indústria automotiva aqui. Como a Ford desenvolveu seu carro mundial na fábrica de

Camaçari, eu espero que a JAC Motors tenha condição de seguir o mesmo caminho”.

O governador ainda destacou que a importação pelo porto de Salvador já cria novos empregos na

área de distribuição e manutenção. “Porém, o grande avanço virá mais tarde, com a implantação

da fábrica”.


Ampliação – Segundo o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, para

incentivar a indústria automotiva no estado, o governo está propondo também uma ampliação do

porto da Ford, contemplando as solicitações da empresa, mas abrindo o terminal privado para a

utilização de outras montadoras. “A ideia é ampliar o terminal da Ford, passando dos 200 mil

metros quadrados atuais para 1,5 milhão de metros quadrados”.




Estado sediará centros de distribuição de peças e veículos
59



De acordo com Sergio Habib, todas as montadoras implantadas no Brasil começaram importando

carros e testando o mercado. “Para se implantar uma fábrica no país, o que leva cerca de um ano

e meio de obras, é necessário uma rede de distribuição, que pode demorar até quatro anos para ser

desenvolvida. Este mês estão chegando mil carros e, até o final do ano, chegarão cerca de dois

mil carros por mês”.


Habib destacou as vantagens da importação pelo Porto de Salvador e da implantação da fábrica

na Bahia, que sediará também centros distribuição de peças e veículos, gerando emprego e renda.

“A capital é a terceira cidade do Brasil. Já temos um polo industrial e uma indústria automotiva

no estado. Estamos aumentando o polo de fornecedores em Camaçari com fornecedores vindos

de São Paulo e vão atender às duas montadoras”.


O empresário também elogiou a mão de obra baiana. “O Cimatec [Centro Integrado de

Manufatura e Tecnologia] é o melhor centro de formação que eu conheço no Brasil. Nós

devemos começar a contratar e formar a mão de obra local já no final de 2013. Além disso,

Salvador é um dos maiores mercados do Brasil para automóveis, e a expectativa é que cresça

ainda mais”.


I.     Receita aumenta exigência para empresas exportadoras terem devolução acelerada

de impostos


BRASÍLIA - Desde 2010, os exportadores têm direito à devolução adiantada dos créditos

relativos a três, tributos: PIS, Cofins e Imposto sobre Produtos.


Agência Brasil.
60



BRASÍLIA - As exportadoras que adquirirem empresas passarão a ter o histórico das companhias

incorporadas levados em consideração pela Receita Federal na hora de pedir a devolução

acelerada de tributos. A mudança consta de portaria do Ministério da Fazenda publicada, nesta

segunda-feira (23), no Diário Oficial da União.


De acordo com o subsecretário de Arrecadação e Atendimento da Receita Federal do Brasil,

Carlos Roberto Occaso, o governo alterou a legislação para esclarecer dúvidas das próprias

exportadoras, que não sabiam como lidar ao comprarem as empresas. “A Receita decidiu que a

exigência só valerá para as novas incorporações”, disse.


Desde 2010, os exportadores têm direito à devolução adiantada dos créditos relativos a três,

tributos: PIS, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Imposto sobre

Produtos. A Receita restitui 50% do valor pedido até 30 dias. O restante dos créditos só sai depois

do prazo normal de análise pelo Fisco, que demora de dois a cinco anos.


Como nenhum país pode exportar impostos, o Fisco tem de devolver os tributos embutidos nas

mercadorias vendidas ao exterior por meio de créditos tributários. Para estimular as exportações,

o governo decidiu há dois anos criar o sistema especial de ressarcimento, que permite a

devolução acelerada de metade desses créditos para exportadoras que cumprem uma série de

condições.


Um dos requisitos para ter direito ao ressarcimento especial é que a exportadora não podia ter

mais de 15% dos requerimentos de crédito tributário rejeitados pela Receita Federal nos 24 meses

anteriores ao pedido. Caso contrário, a devolução segue os trâmites normais do Fisco e leva anos

para ocorrer.
Vantagens do comércio exterior para empresas brasileiras
Vantagens do comércio exterior para empresas brasileiras
Vantagens do comércio exterior para empresas brasileiras
Vantagens do comércio exterior para empresas brasileiras
Vantagens do comércio exterior para empresas brasileiras
Vantagens do comércio exterior para empresas brasileiras

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

World Economic Forum on Latin America
World Economic Forum on Latin AmericaWorld Economic Forum on Latin America
World Economic Forum on Latin AmericaPatricia Moore
 
Cartilha barreiras tecnicas
Cartilha barreiras tecnicasCartilha barreiras tecnicas
Cartilha barreiras tecnicasSergio Santos
 
Globalização e Competitividade
Globalização e Competitividade Globalização e Competitividade
Globalização e Competitividade Cláudio Carneiro
 
Mercado global
Mercado globalMercado global
Mercado globalaucimar
 
Globalização e geopolítica
Globalização e geopolíticaGlobalização e geopolítica
Globalização e geopolíticaMaine Batista
 
Diagnóstico do Setor Exportador Catarinense 2011
Diagnóstico do Setor Exportador Catarinense 2011Diagnóstico do Setor Exportador Catarinense 2011
Diagnóstico do Setor Exportador Catarinense 2011FIESC
 
20120312 desafiosda cadeiadesuprimentosdeumnovobrasil
20120312 desafiosda cadeiadesuprimentosdeumnovobrasil20120312 desafiosda cadeiadesuprimentosdeumnovobrasil
20120312 desafiosda cadeiadesuprimentosdeumnovobrasilDora Machado Consultoria
 
Ainternacionalizacaodeempresasqueproduzemvalorintangivel
AinternacionalizacaodeempresasqueproduzemvalorintangivelAinternacionalizacaodeempresasqueproduzemvalorintangivel
AinternacionalizacaodeempresasqueproduzemvalorintangivelLeandro
 
O brasil em um mundo globalizado
O brasil em um mundo globalizadoO brasil em um mundo globalizado
O brasil em um mundo globalizadototonhodemorais
 
Franquia sem fronteiras
Franquia sem fronteirasFranquia sem fronteiras
Franquia sem fronteirasJackson Moura
 
Geo globalização 9º
Geo  globalização 9ºGeo  globalização 9º
Geo globalização 9ºprofgilvano
 
Geo globalização 9º
Geo  globalização 9ºGeo  globalização 9º
Geo globalização 9ºAna Wronski
 
Conhecimento e Inovação para a Competitividade
Conhecimento e Inovação para a CompetitividadeConhecimento e Inovação para a Competitividade
Conhecimento e Inovação para a CompetitividadeInovabrazil
 

La actualidad más candente (18)

World Economic Forum on Latin America
World Economic Forum on Latin AmericaWorld Economic Forum on Latin America
World Economic Forum on Latin America
 
Cartilha barreiras tecnicas
Cartilha barreiras tecnicasCartilha barreiras tecnicas
Cartilha barreiras tecnicas
 
O Homem Transnacional
O Homem TransnacionalO Homem Transnacional
O Homem Transnacional
 
Globalização e Competitividade
Globalização e Competitividade Globalização e Competitividade
Globalização e Competitividade
 
Mercado global
Mercado globalMercado global
Mercado global
 
Globalização e geopolítica
Globalização e geopolíticaGlobalização e geopolítica
Globalização e geopolítica
 
Modulo 14 O que é globalização
Modulo 14   O que é globalizaçãoModulo 14   O que é globalização
Modulo 14 O que é globalização
 
864 comércio-internacional
864 comércio-internacional864 comércio-internacional
864 comércio-internacional
 
Diagnóstico do Setor Exportador Catarinense 2011
Diagnóstico do Setor Exportador Catarinense 2011Diagnóstico do Setor Exportador Catarinense 2011
Diagnóstico do Setor Exportador Catarinense 2011
 
20120312 desafiosda cadeiadesuprimentosdeumnovobrasil
20120312 desafiosda cadeiadesuprimentosdeumnovobrasil20120312 desafiosda cadeiadesuprimentosdeumnovobrasil
20120312 desafiosda cadeiadesuprimentosdeumnovobrasil
 
Ainternacionalizacaodeempresasqueproduzemvalorintangivel
AinternacionalizacaodeempresasqueproduzemvalorintangivelAinternacionalizacaodeempresasqueproduzemvalorintangivel
Ainternacionalizacaodeempresasqueproduzemvalorintangivel
 
A Marca Portugal
A Marca PortugalA Marca Portugal
A Marca Portugal
 
O brasil em um mundo globalizado
O brasil em um mundo globalizadoO brasil em um mundo globalizado
O brasil em um mundo globalizado
 
Franquia sem fronteiras
Franquia sem fronteirasFranquia sem fronteiras
Franquia sem fronteiras
 
Geo globalização 9º
Geo  globalização 9ºGeo  globalização 9º
Geo globalização 9º
 
Especial novarejo
Especial novarejoEspecial novarejo
Especial novarejo
 
Geo globalização 9º
Geo  globalização 9ºGeo  globalização 9º
Geo globalização 9º
 
Conhecimento e Inovação para a Competitividade
Conhecimento e Inovação para a CompetitividadeConhecimento e Inovação para a Competitividade
Conhecimento e Inovação para a Competitividade
 

Destacado

Evolução Econômica do Comercio Exterior
Evolução Econômica do Comercio ExteriorEvolução Econômica do Comercio Exterior
Evolução Econômica do Comercio ExteriorHinton Bentes
 
Comercio exterior - os organismos internacionais e nacionais, os sítios na in...
Comercio exterior - os organismos internacionais e nacionais, os sítios na in...Comercio exterior - os organismos internacionais e nacionais, os sítios na in...
Comercio exterior - os organismos internacionais e nacionais, os sítios na in...Maruse Santos Carvalho Coinn
 
Modais e regras para exportação
Modais e regras para exportaçãoModais e regras para exportação
Modais e regras para exportaçãoMarcelo Moretti
 
288 - Apresentação Empresarial
288 - Apresentação Empresarial288 - Apresentação Empresarial
288 - Apresentação EmpresarialGuy Leal
 
Revisao Comercio exterior
Revisao Comercio exteriorRevisao Comercio exterior
Revisao Comercio exteriorVinicius LF
 
Comercio exterior
Comercio exteriorComercio exterior
Comercio exterioralbumina
 
Estudo ApexBrasil - Perfil alimentos, bebidas, agronegócio EUA - 2014
Estudo ApexBrasil - Perfil alimentos, bebidas, agronegócio EUA - 2014Estudo ApexBrasil - Perfil alimentos, bebidas, agronegócio EUA - 2014
Estudo ApexBrasil - Perfil alimentos, bebidas, agronegócio EUA - 201424x7 COMUNICAÇÃO
 
Comercio Exterior RADAR
Comercio Exterior RADARComercio Exterior RADAR
Comercio Exterior RADARdanielpoit
 
Gestao de Projetos Empresariais
Gestao de Projetos EmpresariaisGestao de Projetos Empresariais
Gestao de Projetos EmpresariaisKenneth Corrêa
 
Livro comércio exterior
Livro comércio exteriorLivro comércio exterior
Livro comércio exteriortatilf
 
Projeto Desenvolvimento Empresarial
Projeto Desenvolvimento EmpresarialProjeto Desenvolvimento Empresarial
Projeto Desenvolvimento Empresarialiguatemy
 
Planejamento Empresarial e Projetos - Adm. Davson Mansur
Planejamento Empresarial e Projetos - Adm. Davson MansurPlanejamento Empresarial e Projetos - Adm. Davson Mansur
Planejamento Empresarial e Projetos - Adm. Davson MansurCRA - MG
 
Apresentação de comércio exterior
Apresentação de comércio exteriorApresentação de comércio exterior
Apresentação de comércio exteriorFilipe Xavier
 
Comércio Internacional
Comércio InternacionalComércio Internacional
Comércio InternacionalDiego Lopes
 
Roteiro De Elaboração De Projeto (escopo)
Roteiro De Elaboração De Projeto (escopo)Roteiro De Elaboração De Projeto (escopo)
Roteiro De Elaboração De Projeto (escopo)Diego Crespo Drago
 

Destacado (20)

Gatt e omc
Gatt e omcGatt e omc
Gatt e omc
 
Marketing internacional
Marketing internacionalMarketing internacional
Marketing internacional
 
Evolução Econômica do Comercio Exterior
Evolução Econômica do Comercio ExteriorEvolução Econômica do Comercio Exterior
Evolução Econômica do Comercio Exterior
 
Comercio exterior - os organismos internacionais e nacionais, os sítios na in...
Comercio exterior - os organismos internacionais e nacionais, os sítios na in...Comercio exterior - os organismos internacionais e nacionais, os sítios na in...
Comercio exterior - os organismos internacionais e nacionais, os sítios na in...
 
Comercio exterior
Comercio exteriorComercio exterior
Comercio exterior
 
Modais e regras para exportação
Modais e regras para exportaçãoModais e regras para exportação
Modais e regras para exportação
 
Mercantilismo
MercantilismoMercantilismo
Mercantilismo
 
288 - Apresentação Empresarial
288 - Apresentação Empresarial288 - Apresentação Empresarial
288 - Apresentação Empresarial
 
Revisao Comercio exterior
Revisao Comercio exteriorRevisao Comercio exterior
Revisao Comercio exterior
 
Comercio exterior
Comercio exteriorComercio exterior
Comercio exterior
 
Estudo ApexBrasil - Perfil alimentos, bebidas, agronegócio EUA - 2014
Estudo ApexBrasil - Perfil alimentos, bebidas, agronegócio EUA - 2014Estudo ApexBrasil - Perfil alimentos, bebidas, agronegócio EUA - 2014
Estudo ApexBrasil - Perfil alimentos, bebidas, agronegócio EUA - 2014
 
Comercio Exterior RADAR
Comercio Exterior RADARComercio Exterior RADAR
Comercio Exterior RADAR
 
Gestao de Projetos Empresariais
Gestao de Projetos EmpresariaisGestao de Projetos Empresariais
Gestao de Projetos Empresariais
 
Livro comércio exterior
Livro comércio exteriorLivro comércio exterior
Livro comércio exterior
 
Projeto Desenvolvimento Empresarial
Projeto Desenvolvimento EmpresarialProjeto Desenvolvimento Empresarial
Projeto Desenvolvimento Empresarial
 
Projetos - Cronograma
Projetos - CronogramaProjetos - Cronograma
Projetos - Cronograma
 
Planejamento Empresarial e Projetos - Adm. Davson Mansur
Planejamento Empresarial e Projetos - Adm. Davson MansurPlanejamento Empresarial e Projetos - Adm. Davson Mansur
Planejamento Empresarial e Projetos - Adm. Davson Mansur
 
Apresentação de comércio exterior
Apresentação de comércio exteriorApresentação de comércio exterior
Apresentação de comércio exterior
 
Comércio Internacional
Comércio InternacionalComércio Internacional
Comércio Internacional
 
Roteiro De Elaboração De Projeto (escopo)
Roteiro De Elaboração De Projeto (escopo)Roteiro De Elaboração De Projeto (escopo)
Roteiro De Elaboração De Projeto (escopo)
 

Similar a Vantagens do comércio exterior para empresas brasileiras

Globalização e internet unicastelo
Globalização e internet   unicasteloGlobalização e internet   unicastelo
Globalização e internet unicasteloAmarildo Souza
 
Administração / Case: Finanças
Administração / Case: FinançasAdministração / Case: Finanças
Administração / Case: FinançasZé Moleza
 
Globalização e o comércio mundial
Globalização e o comércio mundialGlobalização e o comércio mundial
Globalização e o comércio mundialMatheuz Andre
 
GLOBALIZAÇÃO (1).pdf
GLOBALIZAÇÃO (1).pdfGLOBALIZAÇÃO (1).pdf
GLOBALIZAÇÃO (1).pdfRayannetuber
 
135285 comércio internacional
135285 comércio internacional135285 comércio internacional
135285 comércio internacionalbartolomeu hebert
 
Globalização 2
Globalização   2Globalização   2
Globalização 2Professor
 
P trimestral uni 2 (t1 e t2) unidade 3
P trimestral uni 2 (t1 e t2) unidade 3P trimestral uni 2 (t1 e t2) unidade 3
P trimestral uni 2 (t1 e t2) unidade 3Christie Freitas
 
GlobalizaçãO
GlobalizaçãOGlobalizaçãO
GlobalizaçãOrsaloes
 
Economia e mercado unidade 1
Economia e mercado   unidade 1Economia e mercado   unidade 1
Economia e mercado unidade 1henriap
 
2º e.m (mód. 13) globalização e organização do espaço mundial
2º e.m (mód. 13) globalização e organização do espaço mundial2º e.m (mód. 13) globalização e organização do espaço mundial
2º e.m (mód. 13) globalização e organização do espaço mundialAlexandre Alves
 
Apostila Curso Tecnico em Administração e gestão de empresas e negócios
Apostila Curso Tecnico em Administração e gestão de empresas e negóciosApostila Curso Tecnico em Administração e gestão de empresas e negócios
Apostila Curso Tecnico em Administração e gestão de empresas e negóciosLuiz Avelar
 
Meio Teccient Informacional
Meio Teccient InformacionalMeio Teccient Informacional
Meio Teccient InformacionalRodrigo Leão
 
Aula 3 sociedade do conhecimento
Aula 3 sociedade do conhecimentoAula 3 sociedade do conhecimento
Aula 3 sociedade do conhecimentoCarlos Alves
 
Globalização slide - Ana Karine Lopes
Globalização slide - Ana Karine LopesGlobalização slide - Ana Karine Lopes
Globalização slide - Ana Karine LopesAna Karine Lopes
 

Similar a Vantagens do comércio exterior para empresas brasileiras (20)

Globalização e internet unicastelo
Globalização e internet   unicasteloGlobalização e internet   unicastelo
Globalização e internet unicastelo
 
Administração / Case: Finanças
Administração / Case: FinançasAdministração / Case: Finanças
Administração / Case: Finanças
 
Globalização e o comércio mundial
Globalização e o comércio mundialGlobalização e o comércio mundial
Globalização e o comércio mundial
 
Globalização .pptx
Globalização .pptxGlobalização .pptx
Globalização .pptx
 
Web 2
Web 2Web 2
Web 2
 
GLOBALIZAÇÃO (1).pdf
GLOBALIZAÇÃO (1).pdfGLOBALIZAÇÃO (1).pdf
GLOBALIZAÇÃO (1).pdf
 
135285 comércio internacional
135285 comércio internacional135285 comércio internacional
135285 comércio internacional
 
Jonh eudo dos santos ferreira
Jonh eudo dos santos ferreiraJonh eudo dos santos ferreira
Jonh eudo dos santos ferreira
 
Globalização 2
Globalização   2Globalização   2
Globalização 2
 
P trimestral uni 2 (t1 e t2) unidade 3
P trimestral uni 2 (t1 e t2) unidade 3P trimestral uni 2 (t1 e t2) unidade 3
P trimestral uni 2 (t1 e t2) unidade 3
 
GlobalizaçãO
GlobalizaçãOGlobalizaçãO
GlobalizaçãO
 
Economia e mercado unidade 1
Economia e mercado   unidade 1Economia e mercado   unidade 1
Economia e mercado unidade 1
 
Globalização
GlobalizaçãoGlobalização
Globalização
 
2º e.m (mód. 13) globalização e organização do espaço mundial
2º e.m (mód. 13) globalização e organização do espaço mundial2º e.m (mód. 13) globalização e organização do espaço mundial
2º e.m (mód. 13) globalização e organização do espaço mundial
 
Apostila Curso Tecnico em Administração e gestão de empresas e negócios
Apostila Curso Tecnico em Administração e gestão de empresas e negóciosApostila Curso Tecnico em Administração e gestão de empresas e negócios
Apostila Curso Tecnico em Administração e gestão de empresas e negócios
 
Startgo27
Startgo27Startgo27
Startgo27
 
Unidade 2
Unidade 2Unidade 2
Unidade 2
 
Meio Teccient Informacional
Meio Teccient InformacionalMeio Teccient Informacional
Meio Teccient Informacional
 
Aula 3 sociedade do conhecimento
Aula 3 sociedade do conhecimentoAula 3 sociedade do conhecimento
Aula 3 sociedade do conhecimento
 
Globalização slide - Ana Karine Lopes
Globalização slide - Ana Karine LopesGlobalização slide - Ana Karine Lopes
Globalização slide - Ana Karine Lopes
 

Más de Pâmella Cavallini

Sistemas de informações contábeis - Conceito geral
Sistemas de informações contábeis - Conceito geralSistemas de informações contábeis - Conceito geral
Sistemas de informações contábeis - Conceito geralPâmella Cavallini
 
Empresa fictícia para trabalho de Administração
Empresa fictícia para trabalho de AdministraçãoEmpresa fictícia para trabalho de Administração
Empresa fictícia para trabalho de AdministraçãoPâmella Cavallini
 
Proteção do empregado contratado no Brasil para trabalhar no exterior (PPT)
Proteção do empregado contratado no Brasil para trabalhar no exterior (PPT)Proteção do empregado contratado no Brasil para trabalhar no exterior (PPT)
Proteção do empregado contratado no Brasil para trabalhar no exterior (PPT)Pâmella Cavallini
 
Proteção do empregado contratado no Brasil para trabalhar no exterior
Proteção do empregado contratado no Brasil para trabalhar no exteriorProteção do empregado contratado no Brasil para trabalhar no exterior
Proteção do empregado contratado no Brasil para trabalhar no exteriorPâmella Cavallini
 
Organização Mundial de Aduanas - OMA
Organização Mundial de Aduanas - OMAOrganização Mundial de Aduanas - OMA
Organização Mundial de Aduanas - OMAPâmella Cavallini
 

Más de Pâmella Cavallini (8)

Contratos internacionais
Contratos internacionaisContratos internacionais
Contratos internacionais
 
Mercosul
MercosulMercosul
Mercosul
 
Contrato internacional
Contrato internacionalContrato internacional
Contrato internacional
 
Sistemas de informações contábeis - Conceito geral
Sistemas de informações contábeis - Conceito geralSistemas de informações contábeis - Conceito geral
Sistemas de informações contábeis - Conceito geral
 
Empresa fictícia para trabalho de Administração
Empresa fictícia para trabalho de AdministraçãoEmpresa fictícia para trabalho de Administração
Empresa fictícia para trabalho de Administração
 
Proteção do empregado contratado no Brasil para trabalhar no exterior (PPT)
Proteção do empregado contratado no Brasil para trabalhar no exterior (PPT)Proteção do empregado contratado no Brasil para trabalhar no exterior (PPT)
Proteção do empregado contratado no Brasil para trabalhar no exterior (PPT)
 
Proteção do empregado contratado no Brasil para trabalhar no exterior
Proteção do empregado contratado no Brasil para trabalhar no exteriorProteção do empregado contratado no Brasil para trabalhar no exterior
Proteção do empregado contratado no Brasil para trabalhar no exterior
 
Organização Mundial de Aduanas - OMA
Organização Mundial de Aduanas - OMAOrganização Mundial de Aduanas - OMA
Organização Mundial de Aduanas - OMA
 

Vantagens do comércio exterior para empresas brasileiras

  • 1. Faculdade de Tecnologia de Barueri Tecnologia em Comércio Exterior – 1º Semestre – Vespertino Vantagens do comércio exterior para as empresas brasileiras Barueri, 4 de junho de 2012.
  • 2. Vantagens do comércio exterior para as empresas brasileiras Daiane Sombra Giselly Rodrigues Nathalie Almeida Pâmella Cavallini Wanderleia Diniz Tecnologia em Comércio Exterior – 1º Semestre – Vespertino Givan Fortuoso da Silva
  • 3.
  • 4. "A atividade social chamada comércio, por mal vista que esteja pelos teoristas de sociedades impossíveis, é, contudo um dos dois característicos distintivos das sociedades chamadas civilizadas. O outro característico distintivo é o que se denomina cultura." Fernando Pessoa
  • 5. Sumário 1. Introdução ........................................................................................................................... 6 2. Referencial teórico .............................................................................................................. 8 2.1.As influências da globalização para o comércio exterior ..................................................... 8 2.2.Definição para comércio exterior ......................................................................................... 9 2.3.Comércio exterior no Brasil a partir dos anos 2000 ........................................................... 10 2.4.Vantagens da exportação e importação para as empresas brasileiras ................................. 11 2.4.1. Vantagens da exportação para as empresas brasileiras ................................................ 12 2.4.2. Vantagens da importação para as empresas brasileiras ................................................ 16 3. Vantagens do comércio exterior – coleta de dados ........................................................ 21 4. Análise e interpretação dos resultados ........................................................................... 27 4.1.Vantagens da exportação para as empresas brasileiras ...................................................... 27 4.2.Vantagens da importação para as empresas brasileiras ...................................................... 33 5. Conclusão .......................................................................................................................... 38 6. Referências bibliográficas ................................................................................................ 39 7. Anexos ................................................................................................................................ 44 Tabelas Tabela 1 – Balança comercial brasileira 2007/2008 ................................................................. 10
  • 6. 6 1. Introdução O comércio internacional se originou a partir das trocas de mercadorias entre os homens, uma atividade que é exercida desde os primórdios da civilização (DIAS, RODRIGUES, 2010), que surgiu a partir do conhecimento de que nenhuma nação é suficiente sozinha. Com as necessidades e desejos de cada país, há uma dependência entre as nações, o comércio internacional então busca satisfazer as necessidades de cada uma delas, através de compra e venda de produtos e serviços entre as mesmas. Esse cenário de economia globalizada traz para as empresas brasileiras um grande desafio: o de se estruturar para se defender das ameaças dos concorrentes de diversos países e, ao mesmo tempo, aproveitar o amplo conjunto de oportunidades que o acesso a novos mercados, fornecedores, conhecimentos, tecnologias, pessoas e demais recursos que o ambiente internacional possa gerar (LUDOVICO, 2009). A partir disso definiu-se a seguinte questão de pesquisa: quais são as vantagens das importações e exportações para as empresas brasileiras? Embora a atividade de comércio exterior exista há muitos anos no Brasil, as empresas ainda buscam o desenvolvimento da administração das ações de importação e exportação. Além disso, procuram inovação tecnológica para o aperfeiçoamento de produtos e como resultado, atinge competitividade no mercado interno e externo (SEBRAE, 2005). Pretende-se a partir disso, como objetivo, identificar as vantagens adquiridas por empresas brasileiras que participam das atividades de importação e exportação. “O saldo comercial atingiu US$20,3 bilhões em 2010, significando retração de 19,8% sobre consignado em 2009, de US$25,3 bilhões, motivado pelo maior aumento das importações em relação às exportações.” (MDIC, 2010, p. 03), ou seja, no Brasil o número de importações em
  • 7. 7 2010 foi maior que o de exportações. Para a economia do país, o recuo no saldo comercial proposto pelo maior número de importações é visto de forma negativa, pois há maior remessa de divisas para o exterior do que para o interior do Brasil, entretanto será observado no desenvolvimento da pesquisa que para as empresas brasileiras existem vantagens tanto no processo de exportação quanto no de importação. Para que seja alcançado o objetivo, será feita pesquisa bibliográfica na mídia impressa e eletrônica e análise dos textos, confrontando a teoria com a realidade apresentada em notícias e reportagens. Nas seções que seguem serão apresentados referencial teórico e resultados que fundamentam as vantagens das atividades de importação e exportação para as empresas brasileiras.
  • 8. 8 2. Referencial teórico 2.1. As influências da globalização para o comércio exterior Muitas são as divisões feitas por autores referentes às fases da globalização, porém o que percorre esta pesquisa é a divisão feita por Cignacco (2008), que para tornar mais claro o processo destas fases divide a globalização em três etapas: mercantilista, industrial e a terceira que é a que vivemos até hoje, ou seja, a globalização em processo. A etapa mercantilista (1420-1850) compreende ao período das grandes navegações e descobertas. Neste período da globalização o governo estimulava a produção de produtos nacionais e incentivava a exportação com o intuito da valorização para seu produto. Entretanto os reis criavam impostos e taxas para a compra de mercadorias do exterior, com o propósito de não haver a saída da moeda nacional a outras nações, pois se acreditava que traria prejuízo ao mercado nacional (DIAS, RODRIGUES, 2010). A etapa da industrialização teve inicio no século XIX, período onde vivenciamos a Revolução Industrial e Revolução Francesa e essa fase simboliza a evolução na indústria, onde a máquina passa a substituir o homem, a fim de aumentar a agilidade no processo de produção e expandir a escala de produtos. Esse marco trouxe ao mundo os primeiros passos para a expansão da tecnologia (CIGNACCO, 2008). A terceira etapa da globalização é marcada pela diminuição da distância entre as nações, promovendo através dessa aproximação maior facilidade de comunicação e expansão da comercialização entre as mesmas.
  • 9. 9 Ainda segundo Cignacco (2008), além de proporcionar a diminuição da distância, esta fase é marcada pelo avanço da tecnologia, consumismo, desenvolvimento econômico, preocupação com o meio ambiente, pobreza e fome. A globalização qualifica-se como um fenômeno de grande importância para o comércio exterior, por assim corresponder a um fenômeno que acarreta vantagens e facilidades no âmbito da comunicação e da diminuição de fronteiras entre os países que comercializam. 2.2. Definição para comércio exterior “A troca de mercadorias entre os homens é uma atividade que advém desde os primórdios da civilização. Os antigos mercadores das companhias de comércio somente ampliaram o fenômeno do comércio global, desenvolvendo um ambiente favorável ao desenvolvimento conjunto dos diferentes países, cada qual segundo sua vocação principal” (DIAS, RODRIGUES, 2010. p.53). Para um país de alto poder aquisitivo e grande índice de inovações tecnológicas há uma defasagem no setor alimentício. Já para outro país com pouco índice de inovação tecnológica e de baixa renda, se produz muito no setor alimentício, porém o setor tecnológico do país enfrenta dificuldades. Ao perceberem que ambos possuem qualidades em setores adversos, decidem por realizar a troca de bens e serviços. O comércio exterior se procede da troca de bens e serviços, já que nenhum país pode ser autossuficiente, no sentido de que um só país não pode ser qualificado em todos os setores, assim, como um país não pode ser ruim em todos os ramos. O comércio exterior busca suprir as necessidades que os países possuem, através da relação e comercialização entre as nações, a fim
  • 10. 10 de torná-las eficientes, capazes e satisfeitas perante o cumprimento das suas necessidades (CIGNACCO, 2008). 2.3. Comércio exterior no Brasil a partir dos anos 2000 O Comercio Exterior vem passando por grandes mudanças onde o Brasil contribui em uma boa parcela no mercado mundial. O Brasil está inserido no bloco das quatro maiores economias emergente do planeta junto com a Índia, China e Rússia. Esse conjunto de países forma o acrônimo BRIC, a participação efetiva do Brasil no G20 (Grupos dos Países em Desenvolvimento) (VAZQUEZ, 2009). Conforme se passam os anos o Brasil ascende no mercado internacional, como em 2008 ele exportou cerca de US$ 191.942 milhões, nas importações foi cerca de US$ 173.197 milhões. O movimento comercial teve um salto de US$ 371.139 milhões (VAZQUEZ, 2009), como podemos ver na tabela a seguir: Tabela 1 - Balança comercial brasileira 2007/2008
  • 11. 11 Segundo Ministério do Desenvolvimento das Indústrias e do Comercio Exterior, em maio de 2012, a exportação alcançou o valor recorde para os meses de maio de US$ 23,215 bilhões, superando igual período de 2011 que foi US$ 23,209 bilhões. Com relação a abril de 2012 e maio de 2011, pela média diária, as exportações cresceram 7,9%. As importações tiveram um total de US$ 20,262 bilhões, valor recorde para meses de maio, superando o de 2011 que foi no valor de US$ 19,685 bilhões. Sobre igual período anterior, as importações registraram aumento de 2,9%, e queda de 1,4% em relação a abril de 2012, pela média diária (MDIC, 2012). Com a análise pode-se constatar que em 2008 e em 2012 o Brasil exportou mais do que importou. O Brasil em sua história passou por grandes dificuldades em relação ao comércio exterior, e atualmente vem se mostrando cada vez mais aberto às negociações internacionais (MOREIRA, 2010). 2.4. Vantagens das atividades de exportação e importação para as empresas brasileiras Apesar de a internacionalização das empresas brasileiras, aparentemente, ser um atrativo e um convite para a expansão de negócios, é sempre necessário verificar se em certa área é ou não viável participar das atividades de importação e exportação de produtos, sejam eles matéria prima ou não. Primeiramente deve ser feito um estudo que indique quais são as vantagens para certa empresa se esta seguir tais atividades. Uma vantagem é uma “qualidade do que está adiante ou é superior, benefício” (FERREIRA, 1988), no nosso caso, seria uma ação que se converta em benefícios para a empresa brasileira que deseja importar ou exportar a fim de ter seu negócio em ascensão.
  • 12. 12 A seguir serão apresentadas as vantagens da atividade de importação e da atividade de exportação para as empresas brasileiras, encontradas a partir de pesquisa bibliográfica. 2.4.1. Vantagens da exportação para as empresas brasileiras 2.4.1.1. AUMENTO DO MARKET SHARE E DIMINUIÇÃO DA DEPENDÊNCIA DO MERCADO INTERNO: A empresa, ao exportar, pratica uma ampliação de seu mercado, podemos dizer que ela aumenta o seu “market share” (participação de mercado em português). Um exemplo seria uma empresa exportadora de soja, que produz 4 (quatro) mil grãos em um mercado cujo total de produção de grãos concorrentes seja 10 (dez) mil. Esta empresa possui o seu market share de 40%. Uma empresa, quando exporta, aumenta o seu mercado e melhora sua imagem, passando a vender mais e seu market share aumenta comparado aos da concorrência. Com a exportação, as empresas também podem aumentar o seu lucro e o seu volume de vendas e, consequentemente aumentar seu número de clientes fazendo com que ela não dependa tanto de seus clientes nacionais, pois sabe que pode contar com compras de clientes internacionais. “A estratégia de destinar uma parcela de sua produção para o mercado interno e outra para o mercado externo permite que a empresa amplie sua base/carteira de clientes, o que significa correr menos riscos, pois, quanto maior o número de mercados ela atingir, menos dependente ela será” (MDIC, 2012. p.1). 2.4.1.2. DIMINUIÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO: Quando a companhia participa da atividade de exportação, a empresa pode facilmente diminuir sua capacidade ociosa, e aproveitar assim, “a redução de seus custos fixos na produção, além de se beneficiar da sazonalidade, por conta das diferenças sazonais entre o hemisfério norte e o
  • 13. 13 hemisfério sul” (CASTRO, 2010. p.1). Além do aumento de vendas e clientes com a exportação, a empresa pode também diminuir seus custos de produção, no que tange a compra de matéria prima, por exemplo, pois se a quantidade de produtos é maior, a negociação com os fornecedores tende a beneficiar em relação aos preços. 2.4.1.3. ISENÇÃO DE IMPOSTOS: Como a exportação é uma forma de movimentar a economia nacional, e faz isso muito bem, o Governo, como forma de apoiar o exportador brasileiro e movimentar a economia, isenta os produtos exportados de impostos. “a empresa pode compensar o recolhimento dos impostos internos, via exportação: a) Os produtos exportados não sofrem a incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); b) O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) tampouco incide sobre operações de exportação de produtos industrializados, produtos semi-elaborados, produtos primários ou prestação de serviço; c) Na determinação da base de cálculo da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS), são excluídas as receitas decorrentes da exportação; d) As receitas decorrentes da exportação são também isentas da contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP); e) O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) aplicado às operações de câmbio vinculadas à exportação de bens e serviços tem alíquota zero” (LUDOVICO, 2009 p.15).
  • 14. 14 2.4.1.4. MAIOR PRODUTIVIDADE: Uma das vantagens para uma empresa exportadora é a maior produtividade: “Exportar no aumento da escala de produção, que pode ser obtido pela utilização da capacidade ociosa da empresa e/ou pelo aperfeiçoamento dos seus processos produtivos. A empresa poderá, assim, diminuir o custo de seus produtos, tornando-os mais competitivos, e aumentar sua margem de lucro” (LUDOVICO, 2009 p.14). Um exemplo seria uma empresa exportadora de biquínis com sede no Brasil. Por lógica, ela produziria para o Brasil somente em nosso verão e no inverno haveria ociosidade, porém, se ela exportar biquínis para os EUA, no período de inverno no Brasil, ela produziria e venderia para os EUA, já que lá seria verão. 2.4.1.5. MELHOR COMPETITIVIDADE NO MERCADO INTERNO: Com o aumento da exigência dos clientes, as empresas exportadoras vêm inovando em seus produtos e ao mesmo tempo em que se tornam mais competitivas no mercado externo se tornam competitivas no mercado interno, pois, o produto acaba sendo inovador no seu mercado de origem. Quando falamos em exportação, devemos sempre lembrar que: “o mercado externo exige que seu produto tenha um nível ótimo de qualidade, não apenas na concepção final do seu produto, como também nos processos, gestão de pessoas e práticas ambientais. Com estas exigências, seu produto se torna mais competitivo tanto no mercado externo quanto interno” (CASTRO, 2010. p.1). 2.4.1.6. MELHOR UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA:
  • 15. 15 Uma empresa que participa da atividade de exportação aumenta sua qualidade interna. Passa a crescer e a possuir maior poder aquisitivo, podendo então investir em sua estrutura. A empresa que prática a atividade da exportação faz uma melhor utilização da capacidade instalada, ou seja, traz uma melhora significativa no ambiente interno, melhora que vai dos funcionários a qualidade de produção. A companhia que passa a exportar: “obtém melhoras significativas, tanto dentro da empresa (novos padrões gerenciais, novas tecnologias, novas formas de gestão, qualificação da mão de obra, agregação de valor à marca) quanto fora (melhoria da imagem: frente a clientes, fornecedores e concorrentes)” (MDIC, 2012. p.1). 2.4.1.7. MELHORIA NA EMPRESA: Quando uma empresa expande seus negócios com a atividade de exportação, “passa a gerar novos empregos, devido o aumento da produção, e os funcionários passam a sentir orgulho de trabalhar em uma empresa que exporta seus produtos” (MDIC, 2012. p.1). A partir desta nova atividade, a demanda aumenta e com isso ela produz mais, para atender a sua demanda e ter como garantia um estoque de segurança a empresa contrata mais funcionários. 2.4.1.8. MENOR IMPACTO DA SAZONALIDADE: A atividade de exportação trás além dos outros benefícios citados o menor impacto da sazonalidade, por exemplo: “Uma empresa que venda ‘moda praia’ no Brasil vai ter seu ápice de vendas no nosso verão, porém ela também pode vender com facilidade para os Estados Unidos e para a Europa na época de queda de vendas no mercado interno, por conta do inverno aqui, porém estes lugares estarão em pleno
  • 16. 16 verão. Assim, a demanda se mantém constante durante todo o ano” (CASTRO, 2010. p.1). Podemos dizer então que, exemplificando, uma empresa que trabalha somente com produtos de verão e que produz apenas para sua região teria lucro durante uma época do ano. Porém, no caso de uma empresa que, além de produzir para sua região, também exporta para outros países, consegue garantir lucros durante o ano inteiro. 2.4.1.9. POSSIBILIDADE DE CONTATO COM NOVAS TECNOLOGIAS: Pode-se perceber que a atividade de exportação nos possibilita conhecer diversos tipos de tecnologia dentro do nosso ramo de atuação e até mesmo fora de nosso campo de atuação. Isso, além dos benefícios de inovação tecnológica e maior competitividade nos mercados interno e externo, nos trás ainda mais experiência. “Com a exportação, o benchmarking é ampliado, sendo possível conhecer diversas novas tecnologias dentro de sua área de atuação nos diferentes mercados que estiver atuando. Também vai conseguir melhorar o networking nas diversas feiras e eventos internacionais do qual poderá participar” (CASTRO, 2010. p.1). 2.4.2. Vantagens da importação para as empresas brasileiras 2.4.2.1. AGREGAÇÃO DE VALOR A IMAGEM DA EMPRESA: A empresa que importa um produto acabado ou semi-acabado é vista de maneira diferente, pois, há a agregação de valor ao produto vindo de outro país. Para o consumidor o grande diferencial do produto é ele ser produzido fora do seu país de consumo.
  • 17. 17 “A atividade de importação de um produto pode atender a propósitos diversos para cada uma das empresas. Para algumas, a qualidade do produto produzido no exterior pode ser o grande diferencial, o que agrega valor em sua imagem corporativa perante seu mercado. (...) Contudo, o mais importante é que a empresa tenha clareza daquilo que uma compra internacional vai agregar valor em seus negócios” (ONE, 2004. p.1). 2.4.2.2. AUMENTO DE LUCRO: Uma empresa que importa produtos para aperfeiçoar a sua produção e assim aumentar também suas vendas e margem de lucro pode contar com outra vantagem. A Receita Federal impõe que se houver “agregação de valor aos custos dos bens, serviços ou direitos importados, oriundos da aposição de uma marca previamente às suas comercializações no País, em caso de opção pelo método PRL (Método do Preço de Revenda Menos Lucro), deverá ser aplicada a margem de lucro de 60%.” (FAZENDA, 2010 p.31), enquanto uma empresa brasileira que apenas revende um produto importado tem a margem de lucro de 20%. 2.4.2.3. AUMENTO DE VENDAS: Frequentemente se ouve frases como: “(...) Artigos importados podem melhorar o mix de produtos de suas linhas, aumentando suas vendas e destacando-se diante de sua concorrência” (ONE, 2004 p.1), o que não deixa de ser verdade. A atividade de importação realizada por uma empresa pode alavancar o seu mix de produtos (tipos de produtos fabricados ou comercializados), ou seja, ao importar peças que aperfeiçoem os seus produtos, a empresa pode ainda aumentar a
  • 18. 18 diversificação dos mesmos e isso tem como consequência um aumento de vendas, já que a empresa aumentando o seu mix de produtos em suas linhas, destaca-se diante a concorrência, atingindo mais facilmente o público alvo. 2.4.2.4. AUMENTO DO MARKET SHARE: Não só com a atividade exportadora, mas com as importações as empresas brasileiras podem aumentar seu market share, já que a companhia está inovando tecnologicamente e aperfeiçoando seus produtos, o que faz com que ela possa competir com mais igualdade tanto no mercado interno, como no externo, pois nada impede que ela exporte seus produtos finais. Segundo o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). “o Brasil é o único país da América Latina com ampla capacidade produtiva. Deste modo, apresenta grande potencial de expansão. No entanto, ainda se observa forte participação dos importados no market share do Brasil (45%)” (MDIC, 2012. p.1). 2.4.2.5. CRIAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS E GERAÇÃO DE NOVOS EMPREGOS: A importação também pode trazer à empresa uma ampliação, no sentido de que com o aperfeiçoamento de seus produtos, isso para os casos de importação de peças, a empresa poderá futuramente exportar o seu produto final. Isso trará crescimento da imagem da empresa e o crescimento econômico, possibilitando que a empresa amplie os seus negócios e suas sedes. A empresa ainda, com resultados positivos, poderá criar novos negócios e caminhar a um crescimento ainda maior empregando mais funcionários de acordo com a demanda crescente de clientes. No mundo inteiro, “com a importação, houve a criação de novos negócios, a abertura de
  • 19. 19 novas empresas, o estabelecimento de representantes ou distribuidores de empresas estrangeiras (...)”. (SEBRAE, 2005 p.6) 2.4.2.6. MAIOR COMPETITIVIDADE NO MERCADO NACIONAL: Com o lançamento de diversos produtos, a competitividade entre as empresas aumentou, fazendo com que as empresas renovassem suas tecnologias para poder competir no mercado nacional. Uma saída para essas empresas é, claro, a importação de produtos tecnológicos para apostar na inovação e aperfeiçoar seus produtos que já estão no Brasil, mas necessitam de novidades para competir com tantos concorrentes. “O lançamento de produtos diferentes, de melhor qualidade e com preços competitivos fez com o que brasileiro se conscientizasse da importância da abertura da economia para o desenvolvimento do país, obrigando as indústrias a reformular seu parque industrial, completamente obsoleto, com o intuito de poder competir no novo mercado” (SEBRAE, 2005. p.5). 2.4.2.7. MELHOR APROVEITAMENTO DO TEMPO: A globalização gerou uma fácil comunicação, um fácil transporte de pessoas e produtos, a evolução da tecnologia, com isso os produtos demoram menos tempo no trajeto de um país para outro, há uma redução no tempo de importação, produção ou um repasse de material. Por isso é correto dizer que o comércio internacional passou a “funcionar como uma via de mão dupla, isto é, a importação de máquinas e equipamentos, a aquisição de novas tecnologias, a adoção de novos métodos e técnicas de produção, a modernização dos parques industriais e a ampliação
  • 20. 20 do leque de alternativas de compras de insumos vieram reduzir o tempo”. (SEBRAE, 2005 p.6) 2.4.2.8. PRODUTOS DE MELHOR QUALIDADE E MAIOR COMPETITIVIDADE NO MERCADO INTERNACIONAL: As empresas, pela competitividade nos mercados externo e interno, são sedentas de novas tecnologias e inovação de produtos. Com a possibilidade de matéria prima de maior qualidade e que não se encontra em território nacional, seus produtos finais terão um diferencial no mercado, com maior possibilidade de vendas. A importação: “beneficia diretamente as empresas, capacitando-as a produzir bens de melhor qualidade e, consequentemente, de maior competitividade no mercado internacional, criando, em contrapartida, condições mais favoráveis à exportação de produtos e serviços.” (SEBRAE, 2005 p.5).
  • 21. 21 3. Vantagens do comércio exterior – coleta de dados 3.1. Abicab e Apex-Brasil realizam missão vendedora em Chicago O projeto Sweet Brasil desenvolvido pela Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), tem como integrantes do pavilhão as empresas: Aladim, Chocolates Garoto, Docile, Embaré, Montevérgine e Riclan. O projeto permite que estas empresas atuem em um mercado de extrema importância para a indústria brasileira, que dá sinais de recuperação no consumo e é o maior do setor de confeitaria no mundo. Relata a reportagem “Abicab e Apex-Brasil realizam missão vendedora em Chicago”, publicada no Portal Fator Brasil, no dia 11(onze) de maio de 2012. É a oportunidade de conhecer a dinâmica do mercado americano e de apresentar não só os produtos brasileiros, mas também um pouco da cultura, valorizando, assim, estas indústrias, que são responsáveis pela geração de 31 mil empregos diretos e 62 mil indiretos e que representam 92% do mercado de chocolates, 70% do mercado de balas e confeitos, 80% do mercado de amendoim e 100% do mercado de cacau. 3.2. Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital Já a matéria “Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital”, publicada no periódico online Jornal de hoje, caderno Negócios, no dia 20 (vinte) de maio de 2012, nos trás a informação de que a empresa Agrícola Famosa Ltda. (maior exportadora de frutas frescas do Brasil e maior produtora de melão do mundo) irá ampliar sua área de plantio.
  • 22. 22 A empresa está apostando em aumentar a área de plantação para maior diversificação das frutas cultivadas e aumentar a parcela de produtos que irão ser comercializados dentro e fora do Brasil., ou seja, aumentar o seu market share. Além de diminuir a ociosidade da empresa, pois as frutas têm época certa para germinar e aumentando a variedade de tipos de sementes, no período em que uma das frutas estiver fora do tempo de colheita, outra pode ser utilizada, a empresa ainda poderá aumentar seu market share(participação de mercado), porque irá exportar para mais países além dos que já são seus clientes. Aumentará também a qualidade das frutas que serão comercializadas, terá menor dependência do mercado interno, maior produtividade, pois com mais área de cultivo existe mais espaço e terá melhor aproveitamento da capacidade instalada, no caso, a fazenda. 3.3. Agricultura: Produção de café reduz custos e amplia exportação brasileira Na reportagem “Produção de café reduz custo e amplia exportação brasileira” publicada no dia 02 de setembro de 2011, nos mostra a relação de produção de café no cerrado brasileiro e a redução de custos que impulsiona a exportação. Pesquisas têm permitido produzir, plantar e cultivar o café no cerrado, que praticamente só era produzido em biomas da região Sul e Sudeste do Brasil. O engenheiro agrônomo Antonio Guerra explica que a cafeicultura do cerrado permite a utilização de características hetero edafoclimáticas da região de forma que produza um café de melhor qualidade e que tenha um melhor preço de mercado. O custo de produção na região é menor do que nas regiões tradicionais de montanha, podendo-se assim aumentar a produção do produto, comprar matéria-prima mais barata de fornecedores, melhorar a qualidade desse café e criando maiores oportunidades de exportação. A expectativa segundo a Embrapa, é que no cerrado a produção do café seja ampliada para suprir as previsões de mercado futuro e se manter como o maior produtor destes grãos no mundo.
  • 23. 23 3.4. Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru Na matéria “Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru”, publicada no Jornal Floripa, caderno Economia no dia 14 (catorze) de maio de 2012, há a informação de que várias marcas brasileiras estão apostando na importação de algodão e lã produzidos no Peru para a produção de suas peças. Esta com certeza é uma ótima decisão das confecções, pois assim elas podem produzir bens de melhor qualidade, já que dizem que o algodão e lã feitos no Peru são mais qualificados e por isso não são baratos, mas a aliança entre Brasil e Peru faz com que o material seja importado sem impostos, barateando assim a matéria prima. A matéria-prima sendo importada pronta acaba tornando a produção mais rápida, com a contribuição do tempo de transporte, pois as fronteiras do Peru estão muito próximas do Brasil. Como as peças finais produzidas com estes materiais adquirem maior qualidade, consequentemente ficam mais competitivos no mercado interno, pois seus preços não ficam elevados, e ainda, este processo de aperfeiçoamento do produto trás muito mais lucros para estas confecções brasileiras. Vale ressaltar que ao importar o algodão e a lã a empresa investe na diversificação dos seus produtos que pode ser considerado um fator de grande influência para o aumento das vendas. 3.5. CSA já é segunda maior exportadora de aço Na reportagem “CSA já é a segunda maior exportadora de aço”, publicada na folha de São Paulo, no dia 18 (dezoito) de maio de 2011, é dissertado sobre a evolução da exportadora de aço CSA, uma parceria da alemã Thyssenkrupp (73,13%) com a Vale (26,87%), que iniciou suas atividades
  • 24. 24 de exportação em setembro de 2010 e em maio de 2011 já era considerada a segunda maior exportadora de aço no Brasil. Ao desenvolver a leitura da reportagem vimos que a empresa objetiva alcançar o título de maior exportadora brasileira, ou seja, trazer a valorização da imagem atrelada a empresa, através da exportação. A siderúrgica busca ultrapassar sua maior concorrente, a empresa ArcelorMilitar, que no ranking das 40 empresas brasileiras exportadoras ocupa o 17° lugar, enquanto a CSA encontra-se na 20° posição. A empresa enxerga a oportunidade de atingir a ocupação das melhores empresas exportadoras brasileiras por meio do investimento da sua capacidade instalada aumentando sua produção e suas vendas. 3.6. FANEM é eleita a melhor exportadora do ano de 2011 Na matéria “FANEM é eleita a melhor exportadora do ano de 2011”, publicada no próprio site da empresa, relata o reconhecimento da Associação Brasileira de Marketing em Saúde por divulgação do design brasileiro internacionalmente feito pela empresa FANEM. A FANEM vem cada vez mais expandindo suas fronteiras, ela exporta produtos de medicina neonatal para mais de 90 países, como reflexo teve a expansão de sua receita de vendas para o exterior em 47% e inaugurou sua primeira fábrica em território internacional na Índia. Com o aprimoramento de seus produtos tem se mantido frente a seus concorrentes no âmbito internacional promovendo o crescimento continuo das exportações. Esse reconhecimento internacional faz com que a marca da empresa seja reconhecida nacionalmente. É a companhia brasileira em equipamentos médicos, em especial neonatologia, com maior representatividade na indústria mundial.
  • 25. 25 3.7. JAC Motors desembarca primeiro lote de carros no Porto de Salvador A reportagem “Jac Motors desembarca primeiro lote de carros no Porto de Salvador” publicada no jornal online Rolando na orla no dia 21 de maio de 2012, informa que o Porto de Salvador começa a receber os primeiros carros da empresa para a implementação da nova fábrica na Bahia. Essa nova fábrica, que será instalada na cidade de Camaçari, gerará 3.500 empregos diretos e cerca de 10 mil indiretos. A meta da instalação dessa nova fábrica na cidade é aumentar o número de negócios e adensar a indústria automotiva no local. Com o aumento do polo industrial automotivo, ocorre também o aumento do polo de fornecedores, criando assim novos empregos e favorecendo outras empresas brasileiras instaladas no mesmo local com a circulação do capital desses novos empregados. 3.8. Receita aumenta exigência para empresas exportadoras terem devolução acelerada de impostos Segundo a matéria “Receita aumenta exigência para empresas exportadoras terem devolução acelerada de impostos”, publicada no jornal online DCI (Diário Comércio Indústria & Serviços) no dia 23 (vinte e três) de abril de 2012 em Brasília, desde 2010 as empresas exportadoras brasileiras têm direito à devolutiva de três impostos, que são: PIS, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Imposto sobre Produtos, porém a Receita Federal aumentou a exigência da devolução acelerada desses impostos a partir deste ano de 2012. Como o governo brasileiro trata as exportações como atividades que movimentam a economia brasileira, há o incentivo para que as companhias utilizem cada vez mais este mecanismo e um
  • 26. 26 destes incentivos é a isenção de impostos na exportação, o que acaba facilitando os trâmites burocráticos e criando vantagem para a empresa exportadora. 3.9. Setores de produção padronizada demitem e importam da China Na reportagem “Setores de produção padronizada demitem e importam da China” de Sergio Lamucci, publicada no dia 05 de abril de 2011 no jornal online Valor Econômico, é relatado que empresas do segmento de válvulas industriais, elevadores e ferramentas passaram a importar produtos que antes produziam ou compravam de outras empresas para poder competir com a concorrência chinesa no mercado interno e externo. Segundo a Abimaq, 80% dessas empresas já importam 100% do que vendem. São empresas que atuam no segmento de válvulas-commodities, uma referência a produtos padronizados com baixo valor agregado. Nesse segmento, o produto chinês é 60% mais barato que o brasileiro, gerando assim uma dificuldade de concorrência para as empresas brasileiras. Porém, para algumas empresas como a RTS, ainda é viável produzir válvulas com maior diferenciação de preço. Essa empresa fabrica as chamadas válvulas borboletas e para manter a competitividade no mercado nacional, ela importa desde o ano passado um componente da China para a fabricação de seus produtos, obtendo assim uma redução do seu custo de produção. Com um produto que tem algo importado, como a matéria prima ou peça importante, os clientes ficam mais interessados e olham para a empresa de maneira diferenciada, pois assimilam que seu produto (aperfeiçoado) é mais qualificado que os da concorrência.
  • 27. 27 4. Análise e interpretação dos resultados Neste capítulo será observada a correlação entre a coleta de dados e as vantagens levantadas, a fim de expor de forma clara e objetiva os resultados que a empresa, ao praticar o comércio exterior adquire. 4.1. Vantagens da exportação para as empresas brasileiras 4.1.1. AUMENTO DO MARKET SHARE: Ao praticar a atividade de exportação, a empresa aumenta o seu número de clientes e como consequência obtêm maior garantia e menor escala de erros para a venda de seus produtos. Segundo o MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, na prática da exportação a empresa abrange seu público alvo para outros mercados e o termo técnico utilizado para esse aumento é “market share”, que em português significa participação de mercados, como já visto no capitulo anterior. Quando ela amplia sua venda para o mercado internacional ela abre seus horizontes, trazendo a possibilidade de aumento para seu market share, pois ela passa a atuar em outros mercados, ampliando seu público alvo e ganhando destaque sobre seus concorrentes nacionais. (MDIC, 2012). Além de aumentar sua parcela de mercado, a empresa aumenta seus lucros e expande crescimentos tanto no âmbito interno quanto no externo da empresa e isso ocasiona maior estabilidade. No anexo B (Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital), visualizamos o exemplo deste conceito. A entrevista argumenta sobre a maior empresa exportadora de frutas
  • 28. 28 frescas do Brasil e maior produtora de melão do mundo. Observamos que a empresa visa como objetivo ampliar sua área de plantio, o que ocasiona o aumento de vendas para o mercado externo e interno, este fator trás a empresa o aumento da parcela de mercado, pois provem a evolução do número de clientes. 4.1.2. DIMINUIÇÃO DA DEPENDÊNCIA DO MERCADO INTERNO: Com relação à vantagem: menor dependência do mercado interno, podemos dizer que as empresas que exportam podem aumentar o seu volume de vendas e o seu lucro e, consequentemente, aumentar o seu número de clientes, gerando assim uma menor dependência de clientes internos, pois ela pode contar também com a venda para clientes externos (MDIC, 2012). Podemos comprovar esta vantagem com o anexo B (Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital). A empresa quando opta por produzir uma parte de seus produtos direcionada para o mercado interno e outra parte para o mercado externo, acaba se tornando menos dependente do seu país de origem, assim a empresa corre menos riscos exportando mais. 4.1.3. DIMINUIÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO: Percebe-se também que, como a empresa exportadora diminui o tempo ocioso de produção e aumenta a quantidade de clientes, pois seus produtos estão mais aperfeiçoados, ela ainda tem a diminuição do custo de produção, porque quando aumenta a quantidade de produtos vendidos, podem-se negociar valores melhores com os fornecedores para comprar a matéria prima ou tecnologia em maiores unidades, fazendo com que o custo fixo da peça diminua (CASTRO, 2010). No caso da agricultura, o local escolhido para plantio deve ser muito bem escolhido para que a produção tenha maior qualidade e não haja tanto desperdício.
  • 29. 29 A diminuição do custo de produção pode ser observada no anexo C (Agricultura: Produção de café reduz custos e amplia exportação brasileira), pois ele retrata que a produção em determinado local pode diminuir o custo do café e também aumentar automaticamente a qualidade do produto. A terra do cerrado é considerada mais fértil, portanto é um investimento para o produtor tanto na qualidade final do produto quanto no custo fixo de sua produção. 4.1.4. ISENÇÃO DE IMPOSTOS: Para um país, a exportação é uma atividade que trás capital para seu interior. Como esta atividade movimenta a economia interna das nações, para que as empresas se sintam motivadas a exportar, os governos trazem a isenção de impostos nesta atividade, como por exemplo: IPI, COFINS e PIS (LUDOVICO, 2009). O anexo I (Receita aumenta exigência para empresas exportadoras terem devolução acelerada de impostos) comprova esta vantagem, confirmando que nenhum país pode exportar esses valores, logo, há esta isenção. 4.1.5. MAIOR PRODUTIVIDADE: A vantagem referente à maior produtividade de uma empresa exportadora pode ser confirmada com o anexo B (Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital), que nos diz que a empresa aposta na plantação não só de uma commoditie, mas de várias. Esta é uma estratégia, já que como em outros ramos, na agricultura devemos levar em conta que as frutas e verduras têm época certa para germinar e para aproveitar o período de ociosidade de uma ou de outra, aproveita-se parte da área de plantio para outras frutas e legumes para maior obtenção de lucros no final de cada colheita (LUDOVICO, 2009).
  • 30. 30 4.1.6. MELHOR COMPETITIVIDADE NO MERCADO INTERNO: A partir do momento que uma empresa é reconhecida internacionalmente ela ganha credibilidade também em seu mercado de origem, tendo uma marca de renome e uma imagem forte em ambos os mercados. Assim ela consegue ter melhor competitividade em seu próprio país (CASTRO, 2010). Por meio do anexo G (FANEM é eleita a melhor exportadora do ano de 2011) pode ser verificado que a empresa, por aprimorar a qualidade de seus produtos para a exportação e ter sido reconhecida internacionalmente, reforça a sua marca nacionalmente e melhora sua competitividade no mercado interno. 4.1.7. MELHOR UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA: A empresa que exporta busca o seu crescimento de mercado. Com visão ampliadora, ao exportar ela visa não só o aumento de lucros, por passar a atingir novos clientes, mas também condições financeiras melhores que possibilitem um investimento futuro para progressões no setor interno e externo. Assim, a empresa ao praticar a atividade exportadora adquire vantagens, cuja uma delas é a melhoria do local de trabalho, pois com o aumento de sua renda através da exportação de seu produto, a empresa cria a oportunidade de investir em seu local de produção, aprimorando a qualidade para seus funcionários e para seu produto, ou seja, atingi melhoras no âmbito interno (MDIC, 2012). Como já citado, a empresa ao alcançar a oportunidade da investir em sua capacidade instalada, passa a trazer melhorias também no âmbito externo, ou seja, ao passar a investir na qualidade da
  • 31. 31 sua instalação, ela reflete sobre os seus produtos essa qualidade vivenciada no ambiente interno, através da valorização da imagem atrelada a sua marca. O anexo F (CSA já é a segunda maior exportadora de aço) ilustra a importância da valorização da capacidade instalada, deixando explícito ainda o quanto o investimento na capacidade instalada poderá ocasionar bons resultados para a exportação de produtos da empresa. Analisemos o comentário feito pelo vice-presidente financeiro da CSA “Ao final de 2012, quando a usina estiver operando com o total da capacidade instalada (5 milhões de toneladas/ano), a previsão é exportar de U$$ 3 bilhões e USS 3,5 bilhões”.Observa-se que a empresa ao operar em toda sua capacidade instalada, ocasiona o aumento de produção e tendo como consequência o crescimento de vendas no mercado externo e interno. Ao exportar a empresa investe em suas instalações adquirindo melhorias no setor de vendas e financeiro. 4.1.8. MELHORIA NA EMPRESA: Quando uma empresa começa a exportar, sua produção automaticamente aumenta, pois ela deve suprir agora a necessidade de um público maior, assim, precisa de mais funcionários, estes passam a sentir orgulho e prestígio em trabalhar numa empresa exportadora (MDIC, 2012), como o caso das empresas Aladim, Chocolates Garoto, Docile, Embaré, Montevérgine e Riclan, associadas à ABICAB, que aparecem no anexo A (Abicab e Apex-Brasil realizam missão vendedora em Chicago). Estas empresas são responsáveis por 92% do mercado de chocolates, 70% do mercado de balas e confeitos, 80% do mercado de amendoim e 100% do mercado de cacau. Para atender essa demanda no mercado é necessário o apoio de uma grande quantidade de funcionários e,
  • 32. 32 consequentemente, a empresa aumenta seu porte e, além disso, há a melhoria na estrutura da empresa. 4.1.9. MENOR IMPACTO DA SAZONALIDADE: Em relação à sazonalidade podemos dizer que a exportação é muito importante, porque ela possibilita que a empresa tenha lucro durante o ano inteiro, pois ao exportar roupa, por exemplo, a empresa garantirá que independentemente da estação que a linha da roupa dirigir, a sazonalidade proporcionará garantias (CASTRO, 2010). Vemos isto no exemplo citado no capitulo anterior: uma empresa que trabalha somente com produtos de verão e que produz apenas para sua região teria lucro durante uma época do ano. Já no caso de uma empresa que além de produzir para sua região, também exporta para outros países, ela consegui garantir lucros durante o ano inteiro. Podemos afirmar isso com o anexo B (Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital), em que o empresário Luiz Roberto Barcelos, sócio-diretor da empresa ao lado de Carlo Porro, diz que além do melão e da melancia, que correspondem a quase 90% de sua produção, a empresa está expandindo a área da banana, que sairá dos atuais 150 ha para 300 ha até o final deste ano. E em 2013, esta área será acrescida em mais 200 ha para produção de 120 toneladas semanais da fruta, metade voltada ao mercado interno e metade para exportação. 4.1.10. POSSIBILIDADE DE CONTATO COM NOVAS TECNOLOGIAS: Pode-se observar no capitulo anterior que a exportação nos possibilita conhecer diversos tipos de tecnologia dentro do nosso ramo de atuação, através das feiras e eventos internacionais
  • 33. 33 (CASTRO, 2010). Isso, além dos benefícios de inovação tecnológica e maior competitividade nos mercados interno e externo, nos trás ainda mais experiência. Podemos afirmar isso com o anexo B (Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital), em que a fruticultura no Ceará é viabilizada pelos investimentos em irrigação e em tecnologia, o que atrai a instalação de grandes empresas. Ainda assim, setor cobra mais investimentos públicos para avançar. 4.2. Vantagens da importação para as empresas brasileiras 4.2.1. AGREGAÇÃO DE VALOR A IMAGEM DA EMPRESA: A empresa que importa um produto acabado ou semi-acabado é vista de maneira diferente, pois, há a agregação de valor ao produto vindo de outro país (ONE, 2004). Na reportagem “Setores de produção padronizada demitem e importam da China” segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Elevadores de São Paulo 50% do que as empresas vendem vem do exterior. Mesmo que para a empresa isso seja encarado de maneira negativa, para o consumidor o grande diferencial do produto é ele ser produzido fora do seu país de consumo, pois pode ter um grande diferencial tecnológico, e o produto pode ter um valor mais baixo. 4.2.2. AUMENTO DE LUCRO: O aumento de lucro com a importação de materiais pode acontecer de forma que a empresa brasileira importe produtos de um país que tem uma boa qualidade para oferecer, mas, além disso, que tenha aliança comercial com o Brasil (MDIC, 2010). Assim a empresa brasileira importará um produto bom, que pode aperfeiçoar seu produto final e terá também isenção de
  • 34. 34 impostos, eliminando boa parte do valor final que seria cobrado se houvessem estes valores adicionais. A vantagem de que as empresas brasileiras têm aumento de lucro pode ser comprovada com o anexo E (Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru), que retrata a empresa brasileira que importa a matéria prima de seu produto para agregar qualidade na produção final e obter mais lucro. 4.2.3. AUMENTO DE VENDAS: A importação para uma empresa pode ser visada como um meio de diferenciar a linha de seus produtos, isto significa que ela poderá importar peças para a montagem de seu produto final, peças estas que poderão alavancar a diversificação de um produto que ela poderá até mesmo exportar futuramente (ONE, 2004). O mix de produtos trata-se do tipo de produtos fabricados ou comercializados, ao diversificar os produtos de sua linha, a empresa obtém maiores vendas, ampliação do negócio e estabilidade de segurança no que diz respeito à venda. No anexo E (Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru) decorre sobre as empresas brasileiras do setor têxtil que importam algodão e lã do Peru que oferece esses produtos em alta qualidade. As empresas brasileiras de confecções ao importar estes produtos aprimoram a qualidade e a variedade das suas linhas de produção, motivando a maior venda dos produtos da empresa.
  • 35. 35 4.2.4. AUMENTO DO MARKET SHARE: Market Share: termo que designa a participação de uma empresa em algum ramo de atuação e é baseado na disputa de mercado. (MDIC, 2012. p.1) “O Brasil é o único país da América Latina com ampla capacidade produtiva. Deste modo, apresenta grande potencial de expansão. No entanto, ainda se observa forte participação dos importados no market share do Brasil”. Podemos afirmar isso com o anexo K (Sumitomo mira setor sucroalcooleiro e elege Brasil como plataforma de expansão na América Latina) em que a empresa Sumitomo Heavy diz: "Faz parte da nossa estratégia deter 20% de market share até 2015". 4.2.5. CRIAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS E GERAÇÃO DE NOVOS EMPREGOS: Quando uma empresa toma a decisão de importar, ela passa por diversos processos, como mesmo o planejamento. No planejamento, ela irá observar quais serão as vantagens que poderão ser alcançadas e os possíveis erros que poderão ocorrer. Para a empresa a importação muitas vezes significa inovações e aperfeiçoamento do produto, entretanto por outro lado poderá ocasionar diversas outras vantagens, como a ampliação de seu negócio e a geração de novos empregos (SEBRAE, 2005). A empresa ao importar para melhoria do seu produto alavanca a qualidade e a imagem da empresa e dos produtos fabricados, isso proporciona a possibilidade de crescimento econômico para a empresa. Ela poderá visualizar a oportunidade de ampliação, podendo abrir novas sedes e criar novos negócios. Assim cria-se a oportunidade abertura de novas filiais. Como visto no anexo H (Jac Motors desembarca primeiro lote de carros no Porto de Salvador), onde a empresa
  • 36. 36 Jac Motors analisa o número de carros importados para o Brasil e enxerga a oportunidade de trazer uma filial para o Brasil gerando novos negócios e novos empregos. 4.2.6. MAIOR COMPETITIVIDADE NO MERCADO NACIONAL: Com o crescimento da importação houve aumento de novas empresas, com isso gerando novos empregos. Com o lançamento de diversos produtos, a competitividade entre as empresas aumentaram, fazendo com que as empresas renovassem suas tecnologias para poder competir no mercado, assim o Brasil passou a se conscientizar da importância da abertura da economia (SEBRAE, 2005). Podemos afirmar isso com o anexo D (Apex-Brasil, IBGM e exportações de gemas, joias e bijuterias) Nosso desafio é aumentar a competitividade das empresas brasileiras, promovendo a internacionalização de seus negócios, além de consolidar e ampliar os mercados conquistados. 4.2.7. MELHOR APROVEITAMENTO DO TEMPO: Por meio da importação se tem facilidade na produção, pois há a possibilidade de se comprar a matéria-prima ou o produto semi-acabado e com isso não há desperdício de tempo (SEBRAE, 2005). Na reportagem “Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru” as empresas brasileiras importam algodão e lã do Peru. O Peru por ser um país de fronteira com o Brasil torna a importação mais rápida, com isso os produtos demoram menos tempo no trajeto de um país para outro e há uma redução no tempo de importação, produção ou um repasse de material.
  • 37. 37 4.2.8. PRODUTOS DE MELHOR QUALIDADE E MAIOR COMPETITIVIDADE NO MERCADO INTERNACIONAL: Importando matéria prima ou inovação tecnológica do exterior para aperfeiçoar um produto feito no Brasil é sem dúvida uma ótima escolha para as empresas brasileiras, pois assim seus bens terão, com certeza, um ótimo acabamento e o produto final terá muito mais qualidade (SEBRAE, 2005). O anexo E (Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru) expõe a vantagem de que empresas importadoras produzem bens de melhor qualidade quando faz referência ao fato de que mesmo que os produtos do Peru não sejam baratos, a aliança comercial entre ele e o Brasil facilita na isenção de impostos e o produto final fica mais competitivo, pois o algodão e a lã do Peru são de alta qualidade.
  • 38. 38 5. Conclusão As empresas brasileiras se deparam atualmente com um cenário de economia globalizada. Com isso as empresas acabam tendo que enfrentar alguns desafios ao ingressar no comércio internacional. Essas empresas devem se preocupar com a ameaça de concorrentes de vários países, aproveitar as oportunidades de acesso a novos mercados, ter conhecimentos sobre novas tecnologias e saber negociar com fornecedores. Portanto para a realização dess trabalho definiu-se a seguinte questão de pesquisa: Quais são as vantagens do comércio exterior para as empresas brasileiras? A partir dessa questão foi realizaa uma pesquisa de referencial teórico, coleta de dados e análise dos resultados que fundamentam as vantagens das atividades de importação e exportação para as empresas brasileiras. A partir da conclusão desses resultados definiram-se as seguintes vantagens na exportação: aumento do market share, diminuição da dependência do mercado interno, diminuição do custo de produção, isenção de impostos, maior produtividade, melhor competitividade no mercado interno, melhor utilização da capacidade instalada, melhoria na empresa, menor impacto da sazonalidade, melhoria na empresa, possibilidade de contato com novas tecnologias. E definiram-se também as seguintes vantagens na importação: agregação de valor ao produto, aumento de lucro, aumento de vendas, aumento do market share, criação de novos negócios e geração de novos empregos, maior competitividade no mercado nacional, melhor aproveitamento do tempo, produtos de melhor qualidade e maior competitividade no mercado internacional. Com a análise destes resultados, podemos concluir que as empresas brasileiras precisam ter um bom planejamento e devem estar atentas á todas essas vantagens do comércio exterior para poderem obter bons resultados em suas atividades no comércio internacional.
  • 39. 39 6. Referências bibliográficas APEX BRASIL, Imprensa da. Apex-Brasil, IBGM e exportações de gemas, joias e bijuterias. Leia Moda. São Paulo. 24 Abr. 2012. Disponível em <http://www.leiamoda.com.br/leiamoda/content/materia.php?idText=6932&secao=modanobolso > Acesso em 1 Mai. 2012. CASTRO, Claudio Henrique de. Internacionalização: Vantagens e desvantagens da exportação. São Paulo, 2010. Disponível em: <http://www.mbc.org.br/mbc/pb/components/com_mediacenter/pop_up_PDF.php?id=773&tipo= Artigos>. Acesso em 09 Mai. 2012. CIGNACCO, Bruno Roque. Fundamentos de comércio internacional para pequenas e médias empresas. São Paulo: Saraiva, 2008. DIAS. Reinaldo. RODRIGUES. Waldemar. Comércio exterior: teoria e gestão. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2010. FAZENDA. Receita Federal. Operações Internacionais. Disponível em <http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/perguntao/dipj2012/CapituloXIX- IRPJCSLLOperacoesInternacionais2011.pdf> Acesso em 21 Abr. 2012. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. IN, Agência. Abicab e Apex-Brasil realizam missão vendedora em Chicago. Portal Fator Brasil. São Paulo. 1 Mai. 2012. Comércio Exterior. Disponível em:
  • 40. 40 <http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=201272> Acesso em 15 Mai. 2012. LAMUCCI, Sergio. Setores de produção padronizada demitem e importam da China. Valor Online. São Paulo: 5 Abr. 2011. Disponível em <http://valor- online.jusbrasil.com.br/politica/6818560/setores-de-producao-padronizada-demitem-e-importam- da-china> Acesso em 20 Abr. 2012. LUDOVICO, Nelson. Como preparar uma empresa para o Comércio Exterior. São Paulo: Saraiva. 2009. MARA, Lidia. AGRICULTURA: Produção de café reduz custos e amplia exportação brasileira. Agência do Rádio. São Paulo. 2 Set. 2011. Disponível em: <http://www.agenciadoradio.com.br/noticia.php?codigo_noticia=CONF110020> Acesso em 25 Abr. 2012. MÁXIMO. Wellton. Receita aumenta exigência para empresas exportadoras terem devolução acelerada de impostos. Agência Brasil. Brasília, 23 Abr. 2012. Economia. Disponível em <http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-04-23/receita-aumenta-exigencia- para-empresas-exportadoras-terem-devolucao-acelerada-de-impostos> Acesso em: 20 Mai. 2012. MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior. Balança comercial: dados consolidados 2008. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1275504684.pdf> Acesso em 20 Abr. 2012. MDIC. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Balança Comercial: dados consolidados 2010. Disponível em < http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1298052907.pdf> Acesso em 2 Mar. 2012.
  • 41. 41 MDIC, Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comercio Exterior. Balança comercial: dados consolidados 2012. Disponível em: <http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=567>. Acesso em: 1 Jun. 2012. MDIC. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Desenvolvimento da produção. Setor de Brinquedos. Distrito Federal, 2012. Disponível em <http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=2&menu=3294> Acesso em 9 Mai. 2012. MDIC. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Diversificação de mercados. Distrito Federal, 2012. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id/10>. Acesso em 27 Abr. 2012. MDIC. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Por que exportar? Melhoria da empresa. Distrito Federal, 2012. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id/14>. Acesso em 27 Abr. 2012. MOREIRA, Diego. Evolução do comércio exterior brasileiro. G1. Vestibular e Educação. São Paulo: 29 Set. 2010. Disponível em: <http://g1.globo.com/vestibular-e- educacao/noticia/2010/09/professor-explica-evolucao-do-comercio-exterior-brasileiro.html>. Acesso em: 1 Jun. 2012. REUTERS. Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru. Folha de São Paulo. São Paulo, 13 Mai. 2012. Mercado. Disponível em
  • 42. 42 <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1089254-confeccoes-brasileiras-elevam-importacao-de- pecas-do-peru.shtml> Acesso em 20 Mai. 2012. RURAL, Globo. Sumitomo mira setor sucroalcooleiro e elege Brasil como plataforma de expansão na América Latina. Globo Rural On-line. São Paulo: 9 Mai. 2012. Disponível em <http://www.ultimoinstante.com.br/empresas/70932-Sumitomo-mira-setor-sucroalcooleiro-elege- Brasil-como-plataforma-expanso.html#axzz1wa0e9ka7> Acesso em 23 Mai. 2012. SEBRAE, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Importação. 2 ed. rev. e atualizada. Belo Horizonte: 2005. 36 p. il. (Série Cooperação Internacional). SECOM. Secretaria de Comunicação Social. JAC Motors desembarca primeiro lote de carros no Porto de Salvador. Secretaria de Comunicação Social da Bahia. São Paulo: 21 Mai. 2012. Disponível em < http://www.comunicacao.ba.gov.br/noticias/2012/05/21/jac-motors- desembarca-primeiro-lote-de-carros-no-porto-de-salvador/print_view> Acesso em 23 Mai. 2012. SILVA, Dayane. FANEM é eleita a melhor exportadora do ano de 2011. Fanem. São Paulo: 20 Dez. 2011. Disponível em <http://www.fanem.com.br/noticia/104/fanem-e-eleita-a-melhor- exportadora-do-ano-de-2011> Acesso em 7 Abr. 2012. SOARES. Edimar. Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital. Jornal de hoje. Ceará, 20 Mai. 2012. Negócios. Disponível em <http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2012/05/19/noticiasjornaleconomia,2842128/ag ricola-famosa-ampliara-area-de-plantio-e-abrira-seu-capital.shtml> Acesso em: 20 Mai. 2012. TRADER ONE - Business & Operations Management. FAQs. Disponível em <http://www.trader-one.com/faqs.asp#I2> Acesso em 21 Abr. 2012.
  • 43. 43 VAZQUEZ, José Lopes. Comércio exterior brasileiro. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
  • 44. 44 7. Anexos A. Abicab e Apex-Brasil realizam missão vendedora em Chicago. Entre as ações do projeto Sweet Brasil, desenvolvido pela Abicab em parceria com a Apex- Brasil, destaca-se a participação das indústrias brasileiras na feira Sweet&Snacks e a realização de uma rodada de negócios. São Paulo – Entre 06 e 11 de maio, a Abicab – Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados – levará seis associados para uma missão vendedora em Chicago (EUA), que irá englobar, entre outras ações, a participação na feira Sweet&Snacks 2012, uma das principais vitrines para o mercado americano de chocolates, balas e confeitos. A ação faz parte do projeto Sweet Brasil, por meio do qual a entidade promove as exportações do setor, em parceria com a Apex-Brasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. Aladim, Chocolates Garoto, Docile, Embaré, Montevérgine e Riclan serão as integrantes do pavilhão brasileiro na feira, que acontece entre 8 e 10 de maio. Em 2011, o evento reuniu aproximadamente 15 mil visitantes de mais de 60 países e 737 expositores. Além da presença na Sweet&Snacks, as empresas também participarão de visitas técnicas e de uma rodada de negócios exclusiva organizada pela ABICAB e Apex-Brasil. Em 2011, a missão vendedora somou cerca de US$ 1 milhão em negócios. “O projeto permite que atuemos em um mercado de extrema importância para a indústria brasileira, que dá sinais de recuperação no consumo e é o maior do setor de confeitaria no mundo. É a oportunidade de conhecermos de perto a dinâmica do mercado americano e de apresentar não só nossos produtos, mas também um pouco de nossa cultura”, analisa a vice-presidente de Exportação da ABICAB, Solange Isidoro.
  • 45. 45 A Abicab – Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados foi fundada em 1957 com o objetivo de responder pela política do setor junto às esferas públicas e privada, tanto no Brasil quanto no exterior. Suas diretrizes são voltadas para a valorização destas indústrias, que é responsável pela geração de 31 mil empregos diretos e 62 mil indiretos. Atualmente, a ABICAB engloba a cadeia produtiva brasileira, representando 92% do mercado de chocolates, 70% do mercado de balas e confeitos, 80% do mercado de amendoim e 100% do mercado de cacau. Dentre as principais atividades desenvolvidas em prol do fortalecimento e desenvolvimento do setor, destaca-se o Programa Sweet Brasil, criado em março de 1998, que tem por objetivo promover os produtos brasileiros no mercado externo, por meio de parceria com a Apex-Brasil. Perfil: APex-Brasil - A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex- Brasil) tem a missão de desenvolver a competitividade das empresas brasileiras, promovendo a internacionalização dos seus negócios e a atração de investimentos estrangeiros diretos. A Apex- Brasil é uma agência do governo brasileiro vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A Apex-Brasil apoia, atualmente, 13 mil empresas, de 81 setores produtivos da economia brasileira que exportam para mais de 200 mercados. Por meio de iniciativas realizadas em parceria com entidades setoriais, a Agência organiza ações de promoção comercial e produz estudos de inteligência comercial e competitiva com o objetivo de orientar as decisões das empresas nacionais sobre o ingresso em mercados internacionais. Além da sede em Brasília, a Apex-Brasil possui Unidades de Atendimento nos estados brasileiros e Centros de Negócios (CNs) espalhados pelo mundo. A Agência também coordena os esforços de atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para o País, trabalhando na identificação de oportunidades de negócios e na promoção de eventos estratégicos e garantindo apoio ao
  • 46. 46 investidor estrangeiro durante todo o processo no Brasil. A Apex-Brasil preside a Associação Mundial das Agências de Promoção de Investimentos. B. Agrícola Famosa ampliará área de plantio e abrirá seu capital Empresa é a maior exportadora de frutas frescas do Brasil e maior produtora de melão do mundo. Nos planos, também está se tornar uma das maiores produtoras de banana e mamão do Nordeste e até mesmo do Brasil. EDIMAR SOARES Produção de melão é o carro-chefe das exportações de frutas cearenses. Maior empresa exportadora de frutas frescas do Brasil e maior produtora de melão do mundo, a Agrícola Famosa Ltda., localizada no município de Icapuí(CE), está crescendo para ser, também, uma das maiores produtoras de banana e mamão do Nordeste. As fazendas da Agrícola Famosa (entre próprias e arrendadas) somam 20.807 hectares (ha). Para a safra 2011/2012, a estimativa de área plantada chega a 6.000 ha e a produção esperada deverá ser de 60 mil toneladas para o mercado interno e 140 mil toneladas para exportação. O empresário Luiz Roberto Barcelos, sócio-diretor da empresa ao lado de Carlo Porro, diz que além do melão e da melancia, que correspondem a quase 90% de sua produção, a empresa está expandindo a área da banana, que sairá dos atuais 150 ha para 300 ha até o final deste ano. E em 2013, esta área será acrescida em mais 200 ha para produção de 120 toneladas semanais da fruta, metade voltada ao mercado interno e metade para exportação. Já o mamão ocupa, hoje, uma área de 250 ha (em produção e a produzir). “Nossa expectativa é chegar em 2014 a 600 ha, aumentando o volume das atuais 120 toneladas semanais (metade
  • 47. 47 mercado interno/metade exportação) para 600 toneladas semanais, sendo 300 toneladas para o mercado nacional e a outra metade, exportação.” Barcelos afirma que, hoje, o mamão produzido na região é reconhecidamente de melhor qualidade que o tradicional, produzido no Espírito Santo e no Sul da Bahia. Novas Variedades Mas a Agrícola Famosa não se limita às frutas. A empresa também atua na produção de legumes e, no momento, testa o potencial produtivo e comercial de tomate-cereja, aspargo, berinjela, abobrinha, quiabo e milho verde para consumo humano. Estes produtos estão sendo testados no mercado de Fortaleza com a marca própria “Viva”, encontrados em supermercados e algumas padarias. O tomate-cereja, plantado em 2 ha, está colhendo 30 toneladas/ha por safra. O aspargo está conseguindo em 10 ha uma produtividade de 30 toneladas/ha por safra. Já a berinjela, a abobrinha e o quiabo estão sendo cultivados em 2 ha, obtendo 20 toneladas/ha por safra cada uma. O milho verde ocupa 5 ha e produz 15 toneladas/ha por safra. Potencial O aspargo é o que vem registrando maior potencial, afirma Luiz Roberto Barcelos. Hoje, o maior produtor do mundo é o Peru, que se encontra na mesma latitude que o Ceará, mas cuja saída é para o Oceano Pacífico. “A logística deles obriga a produção a escoar pelo Canal do Panamá, consumindo a vida útil do produto vendido à Europa”, observa o empresário, vendo aí uma poderosa janela de oportunidade para o produto cearense.
  • 48. 48 A Agrícola Famosa está testando 30 variedades de aspargos e já detectou duas ou três que se adaptaram muito bem ao nosso clima. O Brasil também é um poderoso mercado, já que todo o aspargo consumido no país também é importado do Peru. “Lá, as fazendas plantam em 5 mil ha. Aqui, podemos falar em 10 mil ha e colhendo 150 toneladas”, completa. A aposta no mercado interno para os produtos da empresa poderá mudar sua balança comercial. Isso porque, há 8 anos, 95% da produção era exportada. Com o aumento da renda da população brasileira, hoje, 70% é exportada e 30% ficam no mercado interno, mas Barcelos não duvida que nos próximos 2 anos o mercado brasileiro reterá 40% da produção. (Rebecca Fontes) Números 90 por cento da produção da Famosa referem-se a melão e melancia, mas a empresa está expandindo a área de cultivo de banana e mamão. O quê ENTENDA A NOTÍCIA A fruticultura no Ceará é viabilizada pelos investimentos em irrigação e em tecnologia, o que atrai a instalação de grandes empresas. Ainda assim, setor cobra mais investimentos públicos para avançar. C. AGRICULTURA: Produção de café reduz custos e amplia exportação brasileira Tempo do Áudio: 2min1seg LOC/REPÓRTER: Pesquisas têm permitido produzir, plantar e cultivar o café no Cerrado. A presença do grão no bioma é resultado de diversas pesquisas realizadas por especialistas nos
  • 49. 49 últimos anos. O produto que foi ao longo da história um personagem importante da economia brasileira saiu dos biomas da região sul e sudeste do Brasil etem explorado os benefícios das terras do cerrado, como enumera o engenheiro agrícola registrado no sistema Confea/CREA, Antonio Guerra. TEC/SONORA: Engenheiro Agrícola registrado no CREA-DF, Antonio Guerra."A cafeicultura do cerrado permite você utilizar as características hetero edafoclimáticas da região de forma a produzir um café de melhor qualidade. Ou seja,um café que tenha um melhor preço de mercado. O custo da produção de café aqui ele é menor do que nas regiões tradicionais de montanha por que lá ele é colhido a mão e aqui a colheita é feita mecanizada." LOC/REPÓRTER: A produção de café reduz custos e amplia exportação brasileira. O engenheiro agrônomo e conselheiro do Confea, Kleber Santos destaca o que o café encontrou nas terras do cerrado. TEC/SONORA: Engenheiro Agrônomo e conselheiro do Confea, Kleber Santos"Primeiro que a pesquisa descobriu a vocação do cerrado para a produção do bom café brasileiro e segundo por que a pesquisa está avançando no sentido de reduzir os custos e melhorar ainda mais a qualidade do nosso café. Descobriu-se mesmo que o cerrado ele possui características próprias que asseguram uma melhor qualidade para o café brasileiro. E as estações definidas de seca e água, a relativa altitude em algumas regiões do cerrado proporcionam uma qualidade no aroma do café”. LOC/REPÓRTER: Segundo a Embrapa, a expectativa é que no cerrado a produção do café seja ampliada para suprir as previsões de mercado futuro e se manter como o maior produtor destes grãos no mundo. Reportagem, Lídia Mara.
  • 50. 50 D. Apex-Brasil, IBGM e exportações de gemas, joias e bijuterias Em dois anos serão investidos cerca de R$ 13.5 milhões nas ações do Projeto. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) renovaram nesta quarta-feira (25 de abril), em Belo Horizonte (MG), o convênio do Projeto Setorial de Gemas, Joias e Bijuterias para 2012 e 2013. Por meio do convênio serão investidos, nos próximos dois anos, cerca de R$13.5 milhões nas ações do Projeto, com o objetivo de aumentar as exportações brasileiras de produtos de maior valor agregado, diversificar e consolidar mercados e ampliar a base exportadora em cada um dos segmentos selecionados. As novas metas do Projeto para o período visam aumentar o volume de exportação das empresas participantes em 8% em 2012, e em 15% em 2013, tendo como base 2011. A quantidade de empresas participantes também deve aumentar em 30% até 2013 em relação ao cadastro existente em janeiro de 2012, que totalizou 157 empresas. “Por meio do convênio com o IBGM, a Apex-Brasil oferece meios para que o setor possa desenvolver produtos baseados no design, inovação e sustentabilidade, itens que agregam valor aos produtos”, explicou o presidente da Apex-Brasil, Maurício Borges. “Nosso desafio é aumentar a competitividade das empresas brasileiras, promovendo a internacionalização de seus negócios, além de consolidar e ampliar os mercados conquistados”. As ações previstas pelo convênio têm o objetivo de atender às necessidades de desenvolvimento das empresas do setor. Um dos pilares do trabalho é a orientação das ações de promoção comercial, de comunicação e de capacitação, de acordo com a maturidade exportadora de cada empresa. As ações estratégicas definidas para o período incluem, também, ações de promoção da
  • 51. 51 imagem, com a realização do Projeto Imagem, que propicia a jornalistas e formadores de opinião estrangeiros a oportunidade de conhecer in loco o setor. Os segmentos que compõem o setor estão divididos em Gemas e Artefatos de Pedras; Joalheria de Ouro e Prata; e Joia Folheada e Bijuterias. Com base em estudo de Inteligência Comercial e Competitiva, desenvolvido pela Apex-Brasil em parceria com o IBGM, foram definidos os mercados prioritários para cada segmento. Os mercados-alvo para o segmento de Joias são Rússia, Peru, Catar, Emirados Árabes, Colômbia, Chile, Panamá, México, Estados Unidos e Espanha. Para Bijuterias e folheados, os mercados- alvo são Angola, Itália, França, Emirados Árabes, Colômbia, Chile, Panamá, México, Estados Unidos e Espanha. Já o segmento de Gemas terá como mercados-alvo a China, Turquia, Japão, Áustria, Itália, França, Estados Unidos e Espanha. “Uma das principais inovações do Projeto é a implementação de uma política de segmentação através de um modelo de capacidade e maturidade exportadora das empresas”, explica a gestora de projetos da Apex-Brasil, Deborah Rossoni. Para o presidente do IBGM, Hécliton Santini Henriques, a diversificação de mercado e a performance nas exportações das empresas que participam do Programa IBGM/Apex-Brasil têm sido significativamente maior do que os resultados do setor como um todo, demonstrando a importância desse apoio. “Em um momento conturbado no mercado internacional, com a crescente concorrência de países asiáticos e a necessidade de melhor posicionar o produto brasileiro, a manutenção da parceria do IBGM com a Apex-Brasil é fundamental”, explicou. “A parceria garante a continuidade desse programa vitorioso, que tem proporcionado o efetivo
  • 52. 52 engajamento das empresas de gemas, joias e bijuterias no mercado internacional, numa estratégia de longo prazo, incorporando inovação, design e estratégias de marketing”. Histórico – A parceria da Apex-Brasil com o IBGM existe desde 1998. Nesse período, foram investidos R$ 108 milhões, aproximadamente, e 330 empresas foram apoiadas pelo Projeto. Somente o segmento de Folheados teve um crescimento de 700% em 12 anos – Joalheria cresceu 129% e Bijuterias, 124%. De acordo com dados do IBGM, as exportações de gemas, joias e metais preciosos atingiram US$ 3 bilhões em 2011, aproximadamente 30% a mais que em 2010. Nos primeiros dois meses deste ano, as exportações totalizaram US$ 635 milhões, 38% a mais que no mesmo período do ano passado. O Brasil é, atualmente, um dos maiores produtores do segmento, responsável por um terço do volume das gemas produzidas no mundo. Segundo a Gold Fields Mineral Services (GFMS), em 2010 o Brasil se posicionou como o 14º país do mundo na produção de joias de ouro e como o 9º no seu consumo. E. Confecções brasileiras elevam importação de peças do Peru. "HechoenPerú" --ou "Fabricado no Peru"-- é frase cada vez mais comum nas etiquetas de roupas brasileiras. E isso poderá aumentar muito se, como previsto, peças confeccionadas no país vizinho em algodão de alta qualidade começarem a chegar às prateleiras de grandes redes de varejo, como Pão de Açúcar, Walmart e Carrefour. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), as importações de confecções peruanas cresceram 57,5% em 2011, alcançando US$ 102 milhões.
  • 53. 53 As projeções indicam que o negócio poderá crescer 400% nos próximos quatro anos, alcançando US$ 500 milhões de dólares, apesar das medidas protecionistas do Brasil. "Estamos simplesmente acompanhando o crescimento da demanda brasileira", disse o adido comercial do Peru em São Paulo, AntonioCastillo. Dezenas de marcas brasileiras --a exemplo de Richards, Ellus ou Brooksfield-- atravessam os Andes atrás do algodão peruano de fibra extra longa. Há um acordo comercial que permite importá-lo sem impostos. "Além de oferecer algodão e lã de alpaca de alta qualidade, o Peru tem essa grande vantagem comercial de entrar no Brasil sem alíquotas", disse Luis Melo, gerente comercial da Richards. "São produtos caros, mas não têm impostos." A indústria têxtil peruana já produz roupas para marcas internacionais como Lacoste, Armani Exchange, Calvin Klein, Donna Karan ou Guess. A demanda brasileira contribuiu para que o Peru aumentasse em 27% suas exportações têxteis em 2011, alcançando quase US$ 2 bilhões, apesar da redução nas exportações para os EUA, o maior mercado. Por enquanto, o Peru não tira o sono da indústria têxtil brasileira como a China, Bangladesh ou o Vietnã, porque seus preços são o dobro dos concorrentes asiáticos, e o volume do comércio é relativamente pequeno. Em 2011, a indústria nacional perdeu cerca de 13 mil postos de trabalho por causa da concorrência com os produtos chineses.
  • 54. 54 "O dano que o comércio com o Peru está causando à indústria nacional é marginal em comparação à China", comentou Fernando Pimentel, diretor da Abit. "Ele nos preocupa porque cresceu de forma marcante. Mas o volume ainda não faz com que haja uma destruição bestial da cadeia produtiva brasileira." O executivo descartou a possibilidade de rever o acordo comercial com o Peru, a exemplo do que aconteceu neste ano com um tratado semelhante que levou a uma disparada nas importações de veículos mexicanos. Embora o Brasil ocupe hoje o quarto lugar entre os destinos das confecções peruanas, autoridades e analistas preveem que em breve substituirá a Venezuela como segundo maior comprador. F. CSA já é segunda maior exportadora de aço. As exportações Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), uma parceria da alemã ThyssenKrupp (73,13%) com a Vale (26,87%), já ultrapassaram Gerdau Açominas, Usiminas e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A siderúrgica iniciou os embarques em setembro de 2010 e já é a segunda maior exportadora de aço do Brasil, atrás apenas da ArcelorMittal Brasil. No primeiro trimestre somou US$ 362,5 milhões em vendas externas, desempenho que a colocou no 20º lugar no ranking das 40 maiores empresas exportadoras do país, segundo o Ministério do Desenvolvimento. No mesmo período, a ArcelorMittal Brasil ocupou o 17º lugar, com US$ 383 milhões. A Gerdau Açominas aparece na 22ª posição (US$ 355,3 milhões), a Usiminas, na 28ª (US$ 282 milhões), e a CSN, na 39ª (US$ 217,5 milhões). 5ª posição
  • 55. 55 E a expectativa do vice-presidente financeiro da CSA, Rodrigo Tostes, é alcançar a quinta posição do ranking geral das empresas brasileiras no próximo ano. "Ao final de 2012, quando a usina estiver operando com o total da capacidade instalada (5 milhões de toneladas/ano), a previsão é exportar de US$ 3 bilhões a US$ 3,5 bilhões", diz. Tendo como referência o resultado acumulado em 2010, significaria dizer que à frente da CSA estariam só Vale (US$ 24 bilhões), Petrobras (US$ 18,2 bilhões), Bunge (US$ 4,3 bilhões) e Embraer (US$ 4,2 bilhões). Esse cenário estaria garantido para a CSA, segundo o analista Pedro Galdi, da SLW Corretora, já que a "siderúrgica foi idealizada para exportar placas para as unidades da ThyssenKrupp". Do total produzido, Tostes confirmou que 60% vão para a ThyssenKrupp dos EUA, e 40%, para a da Alemanha. Demanda O analista Felipe Reis, do Santander, acredita que a CSA possa seguir a trajetória da ArcelorMittal Tubarão (antiga CST), instalada no Espírito Santo, visto que a demanda de aço do Brasil é crescente e não há investimentos para ampliação significativa da atual capacidade instalada do país. "No primeiro momento, esse aço produzido pela CSA (placas) não compete com o aço da Usiminas e da CSN (laminados). Acontece que, por um investimento marginal, é consenso que, daqui a algum tempo, ela pode instalar um laminador e participar do mercado doméstico. É a história da CST, que também já foi uma mera produtora de placas para exportação", diz. Rodrigo Tostes afirma que o atual desafio da CSA é chegar a 5 milhões de toneladas ao ano e que não há nenhum outro investimento em análise. Diz, contudo, que no complexo existe espaço físico para expansão.
  • 56. 56 G. FANEM é eleita a melhor exportadora do ano de 2011. A fabricante brasileira líder em produtos de neonatologia recebeu o prêmio Design Brasilis - Empresa Exportadora do Ano, concedido pela ABMS – Associação Brasileira de Marketing em Saúde. A FANEM foi escolhida como a Empresa Exportadora do Ano de 2011 pela Associação Brasileira de Marketing em Saúde, prêmio Design Brasilis em reconhecimento pela divulgação internacional do design brasileiro. Também foi concedido o prêmio Hospital Best pelos produtos inovadores da Fanem em diferentes categorias, entre elas Fototerapia, Incubadoras, Berço Hospitalar e Cama para Parto Humanizado. A cerimônia de entrega aconteceu na noite de 14 de dezembro, no Salão Nobre do Esporte Clube Sírio, em São Paulo, reunindo profissionais, dirigentes e representantes dos principais hospitais e instituições de saúde do país. A Fanem exporta seus produtos de medicina neonatal para mais de 90 países e em 2011 teve uma expansão na receita de vendas para o exterior de 47%, considerando a flutuação do câmbio. O ano foi marcado ainda pela inauguração da sua primeira fábrica em território internacional, na Índia, e pelo crescimento das vendas em países como Iraque, Rússia, Turquia, Marrocos e Bolívia, além da Índia. Em 2011, a empresa também expandiu suas fronteiras comercializando produtos pela primeira vez em países africanos como a República de Botswana, a Costa do Marfim e a República da Namíbia; assim como para a Caledônia, na Oceania; e Lituania e Bulgária, no leste europeu. “A Fanem vem aprimorando muito a qualidade de seus produtos e, como conseqüência vem firmando-se frente à concorrência internacional, promovendo o crescimento continuo das exportações. Estes prêmios são reconhecimentos importantes deste esforço e contribuem para
  • 57. 57 reforçar a nossa marca nacionalmente, junto aos profissionais de saúde e dirigentes hospitalares”, afirma Marlene Schmidt, diretora executiva da Fanem. Esta foi a nona edição do Hospital Best, realizada pela Associação Brasileira de Marketing em Saúde. Entre os premiados estiveram também o Hospital Santa Catarina (Maternidade), Hospital Sabará (Hospital Pediátrico) e Fleury Medicina e Saúde (Centros Diagnósticos), entre outros. Os produtos Fanem agraciados foram: Aparelhos de Fototerapia: BILITRON®, Aspirador cirúrgico: R2D2 Diapump®, Estufas de Cultura FANEM®, Estufas de Esterilização e Secagem FANEM®, Câmaras de Conservação de Sangue e Vacina FANEM®, Incubadora: VISION ADVANCED®, Incubadora de transporte: IT 158 TS, Berço Hospitalar: AMPLA®, Cama PPP: Cama para Parto Humanizado MP-7097i. Empresa brasileira líder na fabricação de produtos de neonatologia, a FANEM detêm 85% do mercado nacional. É a companhia brasileira com maior representatividade internacional na indústria mundial de equipamentos médicos, em especial de neonatologia, com grande expressão no mercado global do segmento de incubadoras. Exportando para mais de 90 países, a empresa recebeu o reconhecimento de diversas entidades, por sua atividade neste campo. H. JAC Motors desembarca primeiro lote de carros no Porto de Salvador O primeiro lote de mil carros da JAC Motors, importados da China, via Porto de Salvador, desembarcou nesta segunda-feira (21), com a presença do governador do Estado, Jaques Wagner, e do presidente da empresa no Brasil, Sérgio Habib. A distribuição dos automóveis, que até então era feita a partir do Espírito Santo, passa a ser feita na Bahia devido a um acordo feito com a montadora, responsável pela implantação de uma fábrica no estado, com inauguração prevista para 2014.
  • 58. 58 “Eu estive na China visitando a fábrica da JAC Motors e este desembarque é uma confirmação das nossas negociações, faz parte do compromisso firmado”, afirmou o governador. Segundo ele, o terreno para a construção da fábrica já está definido, em Camaçari. A implantação receberá investimentos de R$ 900 milhões. A planta gerará 3.500 empregos diretos e cerca de 10 mil indiretos. A capacidade de produção será de 100 mil unidades. “As licenças estão sendo tratadas para o lançamento da pedra fundamental e até 2014 já estaremos produzindo aqui”. Wagner disse que a empresa incentiva o adensamento da cadeia automotivana Bahia. “Foi feita uma reunião com vários fornecedores de insumos e autopeças, há cerca de dez dias. A meta é adensar esta indústria automotiva aqui. Como a Ford desenvolveu seu carro mundial na fábrica de Camaçari, eu espero que a JAC Motors tenha condição de seguir o mesmo caminho”. O governador ainda destacou que a importação pelo porto de Salvador já cria novos empregos na área de distribuição e manutenção. “Porém, o grande avanço virá mais tarde, com a implantação da fábrica”. Ampliação – Segundo o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, para incentivar a indústria automotiva no estado, o governo está propondo também uma ampliação do porto da Ford, contemplando as solicitações da empresa, mas abrindo o terminal privado para a utilização de outras montadoras. “A ideia é ampliar o terminal da Ford, passando dos 200 mil metros quadrados atuais para 1,5 milhão de metros quadrados”. Estado sediará centros de distribuição de peças e veículos
  • 59. 59 De acordo com Sergio Habib, todas as montadoras implantadas no Brasil começaram importando carros e testando o mercado. “Para se implantar uma fábrica no país, o que leva cerca de um ano e meio de obras, é necessário uma rede de distribuição, que pode demorar até quatro anos para ser desenvolvida. Este mês estão chegando mil carros e, até o final do ano, chegarão cerca de dois mil carros por mês”. Habib destacou as vantagens da importação pelo Porto de Salvador e da implantação da fábrica na Bahia, que sediará também centros distribuição de peças e veículos, gerando emprego e renda. “A capital é a terceira cidade do Brasil. Já temos um polo industrial e uma indústria automotiva no estado. Estamos aumentando o polo de fornecedores em Camaçari com fornecedores vindos de São Paulo e vão atender às duas montadoras”. O empresário também elogiou a mão de obra baiana. “O Cimatec [Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia] é o melhor centro de formação que eu conheço no Brasil. Nós devemos começar a contratar e formar a mão de obra local já no final de 2013. Além disso, Salvador é um dos maiores mercados do Brasil para automóveis, e a expectativa é que cresça ainda mais”. I. Receita aumenta exigência para empresas exportadoras terem devolução acelerada de impostos BRASÍLIA - Desde 2010, os exportadores têm direito à devolução adiantada dos créditos relativos a três, tributos: PIS, Cofins e Imposto sobre Produtos. Agência Brasil.
  • 60. 60 BRASÍLIA - As exportadoras que adquirirem empresas passarão a ter o histórico das companhias incorporadas levados em consideração pela Receita Federal na hora de pedir a devolução acelerada de tributos. A mudança consta de portaria do Ministério da Fazenda publicada, nesta segunda-feira (23), no Diário Oficial da União. De acordo com o subsecretário de Arrecadação e Atendimento da Receita Federal do Brasil, Carlos Roberto Occaso, o governo alterou a legislação para esclarecer dúvidas das próprias exportadoras, que não sabiam como lidar ao comprarem as empresas. “A Receita decidiu que a exigência só valerá para as novas incorporações”, disse. Desde 2010, os exportadores têm direito à devolução adiantada dos créditos relativos a três, tributos: PIS, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Imposto sobre Produtos. A Receita restitui 50% do valor pedido até 30 dias. O restante dos créditos só sai depois do prazo normal de análise pelo Fisco, que demora de dois a cinco anos. Como nenhum país pode exportar impostos, o Fisco tem de devolver os tributos embutidos nas mercadorias vendidas ao exterior por meio de créditos tributários. Para estimular as exportações, o governo decidiu há dois anos criar o sistema especial de ressarcimento, que permite a devolução acelerada de metade desses créditos para exportadoras que cumprem uma série de condições. Um dos requisitos para ter direito ao ressarcimento especial é que a exportadora não podia ter mais de 15% dos requerimentos de crédito tributário rejeitados pela Receita Federal nos 24 meses anteriores ao pedido. Caso contrário, a devolução segue os trâmites normais do Fisco e leva anos para ocorrer.