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OPINIÃO
SALVADOR TERÇA-FEIRA 3/9/2013A2
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Cartas: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900
opiniao@grupoatarde.com.br
ESPAÇO DO LEITOR
Ninguém é de ninguém
Muito feliz e sensato o artigo Ninguém é de
ninguém, escrito em 1º/9 pelo Dr. Renato Si-
mões , no qual são relatadas as omissões das
autoridades para coibir o abuso dos que estão
tumultuando a vida das pessoas e ainda a
economia do País, impedindo o trânsito das
pessoas que necessitam trabalhar, cuidar da
sua saúde ou mesmo daqueles que vão aten-
derpacientesquenecessitamdeatendimento
às vezes de urgência. Alguém determinou
que, se morrer um gato tal, a rua deve ser
bloqueada,seumapessoaforatropelada(ain-
da que acidentalmente) tem-se que quebrar
carros ou queimar ônibus etc. Chega, não
aguentamosmais.Nãoestásendoassegurado
odireitodelivretrânsitodocidadão.Chegade
baderna no País. ORLANDO VILAS, SALVADOR -
BA, ORVILAS@ATARDE.COM.BR
Perigo na rua
Há cinco meses chamei a atenção da pre-
feitura sobre um problema que até hoje não
foi resolvido, apesar de ser facílimo. Quem
passa pela rua Dr. Augusto Viana, do lado
oposto ao prédio da Reitoria, corre o risco de
ser ferido por espinhos de várias plantas que
estão na calçada do Edifício Cidade de Itagi.
Não sei como a prefeitura permite tal aber-
ração, pois aquela via é muito utilizada por
quem se dirige às diversas clínicas médicas
existentes nas proximidades, de modo que
por ali transitam inúmeras pessoas, sobre-
tudo idosas. Como as plantas são baixas, com
cerca de meio metro, o pedestre distraído
corre o risco de ferir-se nas pernas com es-
pinhos de grande tamanho que podem oca-
sionar sérios problemas à saúde. A prefeitura
deve acionar o síndico do citado prédio para
retirarosespinheiros,colocandoemseulugar
flores que sirvam para adorno sem causar
males aos pedestres. GILBERTO SANTOS, SAL-
VADOR-BA, TANGOGIL@HOTMAIL.COM
Aumento do PIB
O ministro Mantega teve o desplante de dizer
que o inesperado aumento do PIB significa
que o pior já passou, que saímos do fundo do
poço, e inescrupulosamente compara o nosso
PIB com o de países evoluídos – que, ao con-
trário do Brasil, já estão com todas as in-
fraestruturasmontadas.Issoéprópriodepre-
dador de ideologia de esquerda que tem aver-
são à verdade. Ele sabe, e qualquer predador
socialista também sabe, que no próximo dis-
curso terá que inventar outro motivo para
justificar o fracasso passado em decorrência
de não ter feito o que deveria, mas tudo pela
causa, porque, para eles, os fins justificam os
meios, e o povo que se dane. Vejamos: nesse
trimestre, o aumento do consumo do governo
foi de 0,5%, e o das famílias, 0,3%. Até quando
teremos que aturar espoliação? O governo
existe porque existe povo e não o contrário,
como certamente pensam esses governantes.
ARTUR LARANGEIRA FILHO, ARTUR_LARANGEI-
RA@UOL.COM.BR
Injustiça no IPTU
Manifesto minha indignação com os projetos
de aumento do IPTU. Quero informar ao pre-
feito que o fato de morar em um bairro ou
prédiomelhorzinhonãosignificaquesetenha
dinheiro sobrando para, além de pagar o seu
próprio IPTU, ter que pagar o IPTU pelos ou-
tros, pois vai acabar sobrando para nós, uma
vez que no projeto o número de imóveis isen-
tos de pagamento do IPTU triplicou. Quero
lembrar ao prefeito que, além do IPTU, temos
outros impostos e outras despesas para pagar,
a classe média está vivendo com a corda no
pescoço. JUDY SILVA, JUDYSILVA@AEIOU.PT
Respostas da prefeitura
A Transalvador informa que na rua Marechal
Floriano, citada por um leitor, é permitido o
estacionamento dos dois lados. Ainda assim,
haverá fiscalização regular na via para im-
pedir outros tipos de irregularidade, como o
estacionamento sobre calçada ou em fila du-
pla. A Sucop informa que a rua Nossa Senhora
do Resgate, no Cabula, já foi vistoriada e as
obras de tapa-buraco autorizadas e ressalta
que os serviços não começaram antes em
consequência do elevado índice de precipi-
tação pluviométrica registrado nas últimas
semanas. Em períodos chuvosos, não é pos-
sível a usinagem e aplicação do material as-
fáltico nos pavimentos molhados. ROBERTO
MESSIAS, CHEFE DA AGECOM, SALVADOR - BA
Mais médicos
Os médicos cubanos, a princípio, foram cha-
mados para adentrar no Brasil nos rincões
maisdistantes,porémoquenósestamosven-
do é que as prefeituras estão demitindo os
médicosbrasileirosparareceber,semcusteio,
os cubanos. Então, Sr. Pronzato, discordo
quandorotulasosmédicosdecooperativistas,
nós estamos apenas defendendo o emprego,
o direito de trabalhar no nosso país com con-
dições dignas para nós e nossos pacientes e
salários justos. Quanto ao Che, que o senhor
chama de solidário internacionalista, não se
esqueça de que essa (solidariedade interna-
cional) levou a fuzilamentos de milhares de
cubanos, muitos dos quais comandados pelo
próprio médico guerrilheiro. É, Sr. Carlos
Pronzato, talvez, se o governo brasileiro ti-
vesse importando cineastas cubanos, o se-
nhor tivesse uma outra opinião. E como diz o
ditado popular: pimenta nos (olhos) dos ou-
tros é refresco. DR. LUCIANO PEIXOTO, SANTO
ANTÔNIO DE JESUS - BA
Fernando Alcoforado
Engenheiro e doutor em Planejamento
Territorial e Desenvolvimento
Regional/Universidade de Barcelona
A
partir da década de 1970, no con-
texto da política do governo fe-
deral de substituição de importa-
ções, a Bahia foi contemplada com vários
projetos industriais que tinham por ob-
jetivo a produção de bens intermediários
(intensivos em capital e tecnologicamen-
te modernos) complementar à matriz de
produção já desenvolvida na região Su-
deste do Brasil. O processo de industria-
lização da Bahia baseado na indústria de
bens intermediários começou com a im-
plantação da Refinaria de Mataripe na
década de 1950, aproveitando-se da dis-
ponibilidade de petróleo existente no Es-
tado, com a formação de um complexo
mínero-metalúrgico em Candeias na dé-
cada de 1960, a implantação do CIA (Cen-
tro Industrial de Aratu), do Complexo
Petroquímico de Camaçari e da meta-
lurgia do cobre no
início da década de
1980.
Todo esse conjunto
de empreendimen-
tos foi concentrado
na RMS (Região Me-
tropolitana de Salva-
dor) que responde
por 70% da produção
industrial do Estado
da Bahia. A consoli-
dação da industriali-
zação na Bahia fez
com que ocorressem
profundas transfor-
mações na estrutura
econômica do Esta-
do, com uma redu-
ção do peso da agri-
cultura e um aumen-
to significativo da participação do setor
secundário no PIB estadual, principal-
mente dos segmentos químico e petro-
químico e extrativo mineral. O desen-
volvimento desses setores fez com que a
Bahia se transformasse em uma das prin-
cipais fornecedoras nacionais de maté-
rias-primas e bens intermediários.
No período de 1950 a 1970, o Estado da
Bahia passou por um processo sistemá-
tico de planejamento, no qual se destaca
o Plano de Desenvolvimento da Bahia
(Plandeb), concluído em 1959 sob a co-
ordenação do grande baiano Rômulo Al-
meida, que projetou um setor industrial
objetivando um equilíbrio entre a pro-
dução de bens de consumo e de capital,
além de enfatizar a prioridade para a
especialização das grandes empresas
produtoras de bens intermediários, apro-
veitando alguns recursos naturais à épo-
ca abundantes na região, como o petró-
leo.
O Plandeb propunha projetos que in-
tegrariam de forma sistêmica os setores
agrícola, industrial e comercial, objeti-
vando o desenvolvimento equilibrado do
Estado da Bahia e preconizando a in-
dustrialização da Bahia mediante a sua
inserção no projeto nacional de desen-
volvimento posto em prática pelo go-
verno federal. Essa estratégia contempla-
va a atração de grandes empresas pro-
dutoras de bens intermediários que atua-
riam como polos do desenvolvimento in-
dustrial juntamente com as empresas
produtoras de bens finais que se ins-
talariam a jusante nos centros e distritos
industriais criados para abrigá-las, tanto
na RMS quanto nas cidades do interior.
Entre 1970 e 1980, com financiamentos
a juros subsidiados, isenção de impostos
e incentivos fiscais com o aporte de con-
sideráveis recursos públicos a fundo per-
dido oriundos dos organismos de fomen-
to ao desenvolvimento do País, foram
implantados os distritos industriais do
interior e da RMS (o Centro Industrial de
Aratu e o Complexo
Petroquímico de Ca-
maçari) e montado o
parque produtor de
bens intermediários
concentrados nos
segmentos da quími-
ca/petroquímica e
dos minerais não
metálicos.
Na atualidade, o
Estado da Bahia está
a exigir o resgate do
planejamento gover-
namental sistêmico e
estratégico que con-
tribua para a supera-
ção de três grandes
problemas do ponto
de vista do desenvol-
vimento regional: 1)
Concentração econômica excessiva na
RMS; 2) Declínio no desenvolvimento da
região cacaueira da Bahia; 3) Subdesen-
volvimento da Região Semiárida da Ba-
hia. Da década de 1950 até o momento
atual, os governantes da Bahia não foram
capazes de elaborar planos que contri-
buíssem para superar estes problemas
promovendo o desenvolvimento econô-
mico e social de todas as suas regiões. É
preciso, portanto, romper com a política
que tem caracterizado a ação dos diver-
sos governos da Bahia nos últimos 60
anos baseada exclusivamente em inicia-
tivas pontuais como, por exemplo, as de
implantação do parque automotivo da
Ford em Camaçari e da ponte Salva-
dor-Itaparica, entre outras.
No período de 1950
a 1970, o Estado
da Bahia passou
por um processo
sistemático de
planejamento,
no qual se destaca
o Plano de
Desenvolvimento
da Bahia (Plandeb),
concluído em 1959
O inferno de cada dia
Antigamenteotrânsitosómatavaquandoum
carro batia, capotava ou atropelava alguém.
Agora tem também outro ingrediente, mata
porque o carro não anda. Além do estresse
com os monumentais engarrafamentos, as
ambulâncias não chegam às emergências.
Nãoria,não,porqueocasoésério.Quemdiz
isso é a Organização Mundial da Saúde (OMS),
conforme A TARDE divulgou ontem.
O estudo feito pelo epidemiologista Carlos
Dora, a rigor, diz o inverso. Uma boa mo-
bilidade faz bem à saúde. Donde se conclui
que o contrário obviamente faz mal.
Se normalmente o trânsito de Salvador já é
na base do triscou, parou (um simples carro
quebradotravatudo),temosagoratambémos
taisdosprotestos.Viroumodaqualquergrupo
insatisfeito com qualquer coisa fechar ruas e
estradas. Em nome da democracia, tolera-se,
mesmoqueissoestejaferindoodireitomaior,
o de viver dos doentes tentando chegar aos
hospitais. Sábado, Salvador viveu o caos na
Paralela com três eventos, especialmente o
dos evangélicos no Parque de Exposições, to-
dos autorizados pelas autoridades. Teve gente
que ficou presa seis horas. Ontem, outra vez
protestos mais as mudanças dos ônibus da
Tancredo Neves, pela Transalvador (só trans-
feriu o problema), e lá vem o inferno.
Na cena, alguns engarrafados saltando do
carro para urinar na rua. Alguns reclamaram.
É o lado visível do drama. Se fosse possível
ouvir o grito de quantos já morreram nessa
barafunda, seria um alarido.
MORTO SEM CHEGAR — Otto Alencar, vi-
ce-governador e secretário da Infraestrutura,
estava entre os engarrafados e indignados de
ontem.LevouduashorasemeiaentreoCentro
Administrativo e o Iguatemi:
– Na semana passada eu perdi um amigo,
o Nilton. Infartou em Feira e levou seis horas
para chegar aqui. Chegou morto. Algo tem de
ser feito. O Ministério Público tem que res-
ponsabilizar os líderes desses protestos.
AINDA ABACAXI — A presidente Dilma es-
taránaBahiadepoisdeamanhã.Vaiinaugurar
1.500 casas do Minha Casa, Minha Vida, em
Conquista, e a Via Expressa, em Salvador.
Da última vez que ela esteve na área da Via
Expressa, estranhou o nome da ‘Rótula do
Abacaxi’.
Alguém deve avisá-la que o complexo de
viadutos lá construído pode ter grande ser-
ventia para a Via Portuária, porque, em ma-
téria de tráfego urbano, nada mudou.
Oumelhor,arótulacontinuaAbacaxi.Todo
dia é palco de gigantescos engarrafamentos,
debaixo dos viadutos. Em cima, tudo limpo.
Embaixador do vento
O governador Jaques Wagner vai receber hoje
no Rio, no Brazil Wind Power, evento que
reúne empresários da energia eólica, o título
de embaixador brasileiro do vento.
É uma homenagem aos resultados obtidos
pelogovernonosetor.Saltou,nosúltimossete
anos, de zero MW para três mil, com inves-
timentos da ordem de R$ 12,8 bilhões.
Segundo o secretário James Correia (Indús-
tria e Comércio), se a Chesf liberasse linhas de
transmissão, haveria mais investimentos.
Até o fim
Em entrevista ontem a Raimundo Varela, no
Balanço Geral (TV Itapoan), ACM Neto jogou
uma pá de cal em quem pensa que ele poderá
vir a disputar o governo, mesmo liderando
todas as pesquisas feitas até agora:
–Não,nãosoucandidato.Nemqueeutenha
110% me candidatarei. Fui eleito prefeito para
fazer um trabalho e vou fazer.
Vítimas duas vezes
Sobre a nota Vítimas duas vezes, dizendo que
a Escola Gurilândia, na Federação, provoca
monumentais engarrafamentos e a Transal-
vador está multando moradores da área (Car-
deal da Silva), a direção da instituição diz que
a instalação da instituição no atual endereço
segue todas as exigências legais e foi feita após
aprovaçãodaviabilidadedoempreendimento
e da liberação do alvará pela Sucom.
Diz também que tem um estacionamento
rotativo e uma área de transbordo, mais um
projeto de ampliação do estacionamento que
duplicará o número de vagas e triplicará a
capacidade da área de embarque e desem-
barque, que aguarda apenas alvará.
OK.Masquebagunçaotrânsitonaárea,não
há dúvida. E que os moradores vizinhos estão
sendo multados, é só consultar os próprios.
. O Ministério Público Federal realiza ama-
nhã (a partir das 13h30) o 3º Seminário MPF
para Jornalistas. A ideia é traçar um painel
sobre a instituição. No time dos que falarão
estarãooprocurador-chefe,WilsonAlmeida
Neto, Wladimir Aras, procurador da Divisão
de Combate a Corrupção, e Sidney Madruga,
procurador regional eleitoral.
Levi Vasconcelos
Jornalista
tempopresente@grupoatarde.com.br
TEMPO PRESENTE É necessário resgatar o
planejamento sistêmico
Editor interino
Valmir Palma
www.atarde.uol.com.br/concursos
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  • 1. OPINIÃO SALVADOR TERÇA-FEIRA 3/9/2013A2 Participe desta página: e-mail: opiniao@grupoatarde.com.br Cartas: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900 opiniao@grupoatarde.com.br ESPAÇO DO LEITOR Ninguém é de ninguém Muito feliz e sensato o artigo Ninguém é de ninguém, escrito em 1º/9 pelo Dr. Renato Si- mões , no qual são relatadas as omissões das autoridades para coibir o abuso dos que estão tumultuando a vida das pessoas e ainda a economia do País, impedindo o trânsito das pessoas que necessitam trabalhar, cuidar da sua saúde ou mesmo daqueles que vão aten- derpacientesquenecessitamdeatendimento às vezes de urgência. Alguém determinou que, se morrer um gato tal, a rua deve ser bloqueada,seumapessoaforatropelada(ain- da que acidentalmente) tem-se que quebrar carros ou queimar ônibus etc. Chega, não aguentamosmais.Nãoestásendoassegurado odireitodelivretrânsitodocidadão.Chegade baderna no País. ORLANDO VILAS, SALVADOR - BA, ORVILAS@ATARDE.COM.BR Perigo na rua Há cinco meses chamei a atenção da pre- feitura sobre um problema que até hoje não foi resolvido, apesar de ser facílimo. Quem passa pela rua Dr. Augusto Viana, do lado oposto ao prédio da Reitoria, corre o risco de ser ferido por espinhos de várias plantas que estão na calçada do Edifício Cidade de Itagi. Não sei como a prefeitura permite tal aber- ração, pois aquela via é muito utilizada por quem se dirige às diversas clínicas médicas existentes nas proximidades, de modo que por ali transitam inúmeras pessoas, sobre- tudo idosas. Como as plantas são baixas, com cerca de meio metro, o pedestre distraído corre o risco de ferir-se nas pernas com es- pinhos de grande tamanho que podem oca- sionar sérios problemas à saúde. A prefeitura deve acionar o síndico do citado prédio para retirarosespinheiros,colocandoemseulugar flores que sirvam para adorno sem causar males aos pedestres. GILBERTO SANTOS, SAL- VADOR-BA, TANGOGIL@HOTMAIL.COM Aumento do PIB O ministro Mantega teve o desplante de dizer que o inesperado aumento do PIB significa que o pior já passou, que saímos do fundo do poço, e inescrupulosamente compara o nosso PIB com o de países evoluídos – que, ao con- trário do Brasil, já estão com todas as in- fraestruturasmontadas.Issoéprópriodepre- dador de ideologia de esquerda que tem aver- são à verdade. Ele sabe, e qualquer predador socialista também sabe, que no próximo dis- curso terá que inventar outro motivo para justificar o fracasso passado em decorrência de não ter feito o que deveria, mas tudo pela causa, porque, para eles, os fins justificam os meios, e o povo que se dane. Vejamos: nesse trimestre, o aumento do consumo do governo foi de 0,5%, e o das famílias, 0,3%. Até quando teremos que aturar espoliação? O governo existe porque existe povo e não o contrário, como certamente pensam esses governantes. ARTUR LARANGEIRA FILHO, ARTUR_LARANGEI- RA@UOL.COM.BR Injustiça no IPTU Manifesto minha indignação com os projetos de aumento do IPTU. Quero informar ao pre- feito que o fato de morar em um bairro ou prédiomelhorzinhonãosignificaquesetenha dinheiro sobrando para, além de pagar o seu próprio IPTU, ter que pagar o IPTU pelos ou- tros, pois vai acabar sobrando para nós, uma vez que no projeto o número de imóveis isen- tos de pagamento do IPTU triplicou. Quero lembrar ao prefeito que, além do IPTU, temos outros impostos e outras despesas para pagar, a classe média está vivendo com a corda no pescoço. JUDY SILVA, JUDYSILVA@AEIOU.PT Respostas da prefeitura A Transalvador informa que na rua Marechal Floriano, citada por um leitor, é permitido o estacionamento dos dois lados. Ainda assim, haverá fiscalização regular na via para im- pedir outros tipos de irregularidade, como o estacionamento sobre calçada ou em fila du- pla. A Sucop informa que a rua Nossa Senhora do Resgate, no Cabula, já foi vistoriada e as obras de tapa-buraco autorizadas e ressalta que os serviços não começaram antes em consequência do elevado índice de precipi- tação pluviométrica registrado nas últimas semanas. Em períodos chuvosos, não é pos- sível a usinagem e aplicação do material as- fáltico nos pavimentos molhados. ROBERTO MESSIAS, CHEFE DA AGECOM, SALVADOR - BA Mais médicos Os médicos cubanos, a princípio, foram cha- mados para adentrar no Brasil nos rincões maisdistantes,porémoquenósestamosven- do é que as prefeituras estão demitindo os médicosbrasileirosparareceber,semcusteio, os cubanos. Então, Sr. Pronzato, discordo quandorotulasosmédicosdecooperativistas, nós estamos apenas defendendo o emprego, o direito de trabalhar no nosso país com con- dições dignas para nós e nossos pacientes e salários justos. Quanto ao Che, que o senhor chama de solidário internacionalista, não se esqueça de que essa (solidariedade interna- cional) levou a fuzilamentos de milhares de cubanos, muitos dos quais comandados pelo próprio médico guerrilheiro. É, Sr. Carlos Pronzato, talvez, se o governo brasileiro ti- vesse importando cineastas cubanos, o se- nhor tivesse uma outra opinião. E como diz o ditado popular: pimenta nos (olhos) dos ou- tros é refresco. DR. LUCIANO PEIXOTO, SANTO ANTÔNIO DE JESUS - BA Fernando Alcoforado Engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional/Universidade de Barcelona A partir da década de 1970, no con- texto da política do governo fe- deral de substituição de importa- ções, a Bahia foi contemplada com vários projetos industriais que tinham por ob- jetivo a produção de bens intermediários (intensivos em capital e tecnologicamen- te modernos) complementar à matriz de produção já desenvolvida na região Su- deste do Brasil. O processo de industria- lização da Bahia baseado na indústria de bens intermediários começou com a im- plantação da Refinaria de Mataripe na década de 1950, aproveitando-se da dis- ponibilidade de petróleo existente no Es- tado, com a formação de um complexo mínero-metalúrgico em Candeias na dé- cada de 1960, a implantação do CIA (Cen- tro Industrial de Aratu), do Complexo Petroquímico de Camaçari e da meta- lurgia do cobre no início da década de 1980. Todo esse conjunto de empreendimen- tos foi concentrado na RMS (Região Me- tropolitana de Salva- dor) que responde por 70% da produção industrial do Estado da Bahia. A consoli- dação da industriali- zação na Bahia fez com que ocorressem profundas transfor- mações na estrutura econômica do Esta- do, com uma redu- ção do peso da agri- cultura e um aumen- to significativo da participação do setor secundário no PIB estadual, principal- mente dos segmentos químico e petro- químico e extrativo mineral. O desen- volvimento desses setores fez com que a Bahia se transformasse em uma das prin- cipais fornecedoras nacionais de maté- rias-primas e bens intermediários. No período de 1950 a 1970, o Estado da Bahia passou por um processo sistemá- tico de planejamento, no qual se destaca o Plano de Desenvolvimento da Bahia (Plandeb), concluído em 1959 sob a co- ordenação do grande baiano Rômulo Al- meida, que projetou um setor industrial objetivando um equilíbrio entre a pro- dução de bens de consumo e de capital, além de enfatizar a prioridade para a especialização das grandes empresas produtoras de bens intermediários, apro- veitando alguns recursos naturais à épo- ca abundantes na região, como o petró- leo. O Plandeb propunha projetos que in- tegrariam de forma sistêmica os setores agrícola, industrial e comercial, objeti- vando o desenvolvimento equilibrado do Estado da Bahia e preconizando a in- dustrialização da Bahia mediante a sua inserção no projeto nacional de desen- volvimento posto em prática pelo go- verno federal. Essa estratégia contempla- va a atração de grandes empresas pro- dutoras de bens intermediários que atua- riam como polos do desenvolvimento in- dustrial juntamente com as empresas produtoras de bens finais que se ins- talariam a jusante nos centros e distritos industriais criados para abrigá-las, tanto na RMS quanto nas cidades do interior. Entre 1970 e 1980, com financiamentos a juros subsidiados, isenção de impostos e incentivos fiscais com o aporte de con- sideráveis recursos públicos a fundo per- dido oriundos dos organismos de fomen- to ao desenvolvimento do País, foram implantados os distritos industriais do interior e da RMS (o Centro Industrial de Aratu e o Complexo Petroquímico de Ca- maçari) e montado o parque produtor de bens intermediários concentrados nos segmentos da quími- ca/petroquímica e dos minerais não metálicos. Na atualidade, o Estado da Bahia está a exigir o resgate do planejamento gover- namental sistêmico e estratégico que con- tribua para a supera- ção de três grandes problemas do ponto de vista do desenvol- vimento regional: 1) Concentração econômica excessiva na RMS; 2) Declínio no desenvolvimento da região cacaueira da Bahia; 3) Subdesen- volvimento da Região Semiárida da Ba- hia. Da década de 1950 até o momento atual, os governantes da Bahia não foram capazes de elaborar planos que contri- buíssem para superar estes problemas promovendo o desenvolvimento econô- mico e social de todas as suas regiões. É preciso, portanto, romper com a política que tem caracterizado a ação dos diver- sos governos da Bahia nos últimos 60 anos baseada exclusivamente em inicia- tivas pontuais como, por exemplo, as de implantação do parque automotivo da Ford em Camaçari e da ponte Salva- dor-Itaparica, entre outras. No período de 1950 a 1970, o Estado da Bahia passou por um processo sistemático de planejamento, no qual se destaca o Plano de Desenvolvimento da Bahia (Plandeb), concluído em 1959 O inferno de cada dia Antigamenteotrânsitosómatavaquandoum carro batia, capotava ou atropelava alguém. Agora tem também outro ingrediente, mata porque o carro não anda. Além do estresse com os monumentais engarrafamentos, as ambulâncias não chegam às emergências. Nãoria,não,porqueocasoésério.Quemdiz isso é a Organização Mundial da Saúde (OMS), conforme A TARDE divulgou ontem. O estudo feito pelo epidemiologista Carlos Dora, a rigor, diz o inverso. Uma boa mo- bilidade faz bem à saúde. Donde se conclui que o contrário obviamente faz mal. Se normalmente o trânsito de Salvador já é na base do triscou, parou (um simples carro quebradotravatudo),temosagoratambémos taisdosprotestos.Viroumodaqualquergrupo insatisfeito com qualquer coisa fechar ruas e estradas. Em nome da democracia, tolera-se, mesmoqueissoestejaferindoodireitomaior, o de viver dos doentes tentando chegar aos hospitais. Sábado, Salvador viveu o caos na Paralela com três eventos, especialmente o dos evangélicos no Parque de Exposições, to- dos autorizados pelas autoridades. Teve gente que ficou presa seis horas. Ontem, outra vez protestos mais as mudanças dos ônibus da Tancredo Neves, pela Transalvador (só trans- feriu o problema), e lá vem o inferno. Na cena, alguns engarrafados saltando do carro para urinar na rua. Alguns reclamaram. É o lado visível do drama. Se fosse possível ouvir o grito de quantos já morreram nessa barafunda, seria um alarido. MORTO SEM CHEGAR — Otto Alencar, vi- ce-governador e secretário da Infraestrutura, estava entre os engarrafados e indignados de ontem.LevouduashorasemeiaentreoCentro Administrativo e o Iguatemi: – Na semana passada eu perdi um amigo, o Nilton. Infartou em Feira e levou seis horas para chegar aqui. Chegou morto. Algo tem de ser feito. O Ministério Público tem que res- ponsabilizar os líderes desses protestos. AINDA ABACAXI — A presidente Dilma es- taránaBahiadepoisdeamanhã.Vaiinaugurar 1.500 casas do Minha Casa, Minha Vida, em Conquista, e a Via Expressa, em Salvador. Da última vez que ela esteve na área da Via Expressa, estranhou o nome da ‘Rótula do Abacaxi’. Alguém deve avisá-la que o complexo de viadutos lá construído pode ter grande ser- ventia para a Via Portuária, porque, em ma- téria de tráfego urbano, nada mudou. Oumelhor,arótulacontinuaAbacaxi.Todo dia é palco de gigantescos engarrafamentos, debaixo dos viadutos. Em cima, tudo limpo. Embaixador do vento O governador Jaques Wagner vai receber hoje no Rio, no Brazil Wind Power, evento que reúne empresários da energia eólica, o título de embaixador brasileiro do vento. É uma homenagem aos resultados obtidos pelogovernonosetor.Saltou,nosúltimossete anos, de zero MW para três mil, com inves- timentos da ordem de R$ 12,8 bilhões. Segundo o secretário James Correia (Indús- tria e Comércio), se a Chesf liberasse linhas de transmissão, haveria mais investimentos. Até o fim Em entrevista ontem a Raimundo Varela, no Balanço Geral (TV Itapoan), ACM Neto jogou uma pá de cal em quem pensa que ele poderá vir a disputar o governo, mesmo liderando todas as pesquisas feitas até agora: –Não,nãosoucandidato.Nemqueeutenha 110% me candidatarei. Fui eleito prefeito para fazer um trabalho e vou fazer. Vítimas duas vezes Sobre a nota Vítimas duas vezes, dizendo que a Escola Gurilândia, na Federação, provoca monumentais engarrafamentos e a Transal- vador está multando moradores da área (Car- deal da Silva), a direção da instituição diz que a instalação da instituição no atual endereço segue todas as exigências legais e foi feita após aprovaçãodaviabilidadedoempreendimento e da liberação do alvará pela Sucom. Diz também que tem um estacionamento rotativo e uma área de transbordo, mais um projeto de ampliação do estacionamento que duplicará o número de vagas e triplicará a capacidade da área de embarque e desem- barque, que aguarda apenas alvará. OK.Masquebagunçaotrânsitonaárea,não há dúvida. E que os moradores vizinhos estão sendo multados, é só consultar os próprios. . O Ministério Público Federal realiza ama- nhã (a partir das 13h30) o 3º Seminário MPF para Jornalistas. A ideia é traçar um painel sobre a instituição. No time dos que falarão estarãooprocurador-chefe,WilsonAlmeida Neto, Wladimir Aras, procurador da Divisão de Combate a Corrupção, e Sidney Madruga, procurador regional eleitoral. Levi Vasconcelos Jornalista tempopresente@grupoatarde.com.br TEMPO PRESENTE É necessário resgatar o planejamento sistêmico Editor interino Valmir Palma www.atarde.uol.com.br/concursos cineinblog.atarde.com.br DESTAQUES DO PORTAL A TARDE Hunnam e Johnson estrelam 50 Tons de Cinza Concursos na Bahia oferecem 4.613 vagas Divulgação Charlie Hunnam e Dakota Johnson