O documento discute a evolução dos gráficos ao longo do tempo, desde os anos 80 até hoje, e enfatiza a importância de comunicar dados de forma clara e eficiente através da escolha adequada do tipo de gráfico e do uso prudente de elementos visuais como cores e efeitos. Também apresenta princípios de design de gráficos defendidos pelo autor Edward Tufte para que estes cumpram seu propósito de transmitir informações de maneira compreensível.
2. Este era um típico
gráfico gerado por
uma planilha
eletrônica lá nos
idos dos anos 80.
Via de regra, eram
monocromáticos e
continham
hachuras para
diferenciar as séries
de dados.
O Passado.
3. O Presente.
Puxa!!
Como melhoramos
não?
Cores, preenchimento
em degradê, efeitos
3D, inúmeras
customizações
possíveis para deixar
nossos gráficos mais
bonitos.
Mas espere!! Quem disse que um
gráfico tem que ser bonitinho???
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Receita x Despesa
Receita
Despesa
6. Em 1983, o professor de
estatística Edward Tufte,
publicou o livro ao lado que
ainda hoje é referência em
infografia.
No livro ele cunha o termo
“chartjunk”, descrevendo tudo
aquilo presente num gráfico
somente para decorar e não
para informar.
Afirmou também, que a
computação gráfica estava
contribuindo para a proliferação
dos “chartjunk”.
Estava certo.
7. Observe ao lado: a ideia
inicial era um gráfico que
mostrasse as 10 maiores
empresas presentes num
evento e em que posição
estava a nossa empresa.
A 1ª dificuldade é
conseguir identificar a
nossa empresa, que dirá,
compará-la com as
demais.
Além disso, para o que
desejamos (comparação),
o gráfico de pizza nem é o
indicado.
O link abaixo sugere qual gráfico usar em determinada situação:
Chart Suggestions
Maiores Participantes
EmpresaA
EmpresaB
EmpresaC
EmpresaD
EmpresaE
EmpresaF
EmpresaG
EmpresaH
EmpresaI
Nossa Empresa
8.
9. 0 20 40 60 80
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Use cores com moderação
e dê preferência para as
cores frias.
Se já informamos no
rótulo do eixo Y, a que
mês se refere cada barra,
usar cores diferentes não
acrescenta nada, apenas
confunde.
Cores ou tons diferentes
devem ser usados para
ressaltar a informação.
10.
11. Filial 1
Filial 2
Filial 3
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
1o. Bim. 2o. Bim. 3o. Bim 4o. Bim.
Vendas por bimestre
Filial 1
Filial 2
Filial 3
Evite gráficos 3D.
O efeito de perspectiva
distorce a representação
numérica e às vezes a
esconde.
Responda: sabe dizer
qual foi a venda da filial
3 no 1° bimestre?
Nem eu.
12.
13. Stephen Few é uma autoridade na
comunicação de dados para negócios e um
defensor de que o gráfico de pizza é um dos
que menos comunica eficientemente. E prova.
A “fatia” verde da pizza ao lado equivale a
25%. Quando rotacionamos o gráfico, já
temos dificuldade em ter a mesma percepção
destes 25%. Se for em 3D então...
A razão? Nossa percepção visual não é boa em
avaliar ângulos.
Daí temos que colocar rótulos de dados e
legenda para explicar cada fatia da pizza e
chegamos a conclusão que uma simples
tabela com os dados resolveria.
Acredito que o gráfico de pizza pode ser
usado, com poucas fatias e se não
procuramos precisão.
14.
15. 3.000
3.500
4.000
4.500
5.000
5.500
6.000
6.500
7.000
1o. Bim. 2o. Bim. 3o. Bim 4o. Bim.
Contas
Gráficos de barras tem
que necessariamente ter
início no ponto zero do
eixo.
Caso contrário, estamos
distorcendo os dados.
Iniciando em zero, as
barras do 2° ao 4°
bimestre do gráfico ao
lado ficariam bem
maiores e expressariam
a realidade.
16.
17. Nos últimos anos o termo
Inteligência de Negócios
(Business Intelligence / B.I.)
foi largamente veiculado, por
tratar-se de um instrumento
de apoio às decisões e
estratégias empresariais.
Em linhas gerais, trata-se do
uso de sistemas para extrair
dados dos bancos de dados
da empresa, analisá-los,
formatá-los e mostrá-los
numa interface mais
amigável aos usuários.
Os painéis de visualização
(dashboards) são uma forma
de apresentar estas
informações, métricas e
indicadores de performance
(KPI), valendo-se do uso de
gráficos e tabelas.
Entretanto, nem sempre os
fornecedores da solução aplicam as
melhores práticas de visualização de
dados nos dashboards, tal como no
acima. Felizmente isto está
mudando.
18. A Microsoft tem investido
para transformar o nosso
amado/odiado Excel numa
ferramenta de BI, para as
pequenas empresas,
através do advento dos
minigráficos (sparklines),
da segmentação de dados
(slicers) e do PowerPivot,
por exemplo, disponíveis a
partir do Excel 2010.
Ao lado, um dashboard no
Excel muito bem elaborado
visualmente.
Falta apenas, ao meu ver,
uma forma de publicar
estas planilhas na web,
sem perda de
funcionalidade.
19.
20. Para comunicarmos
melhor com gráficos:
• selecione o gráfico
correto;
• classifique os dados
antes de gerar o gráfico;
• cuidado com as cores;
• dê pouca ênfase aos “não
dados” (eixos, linhas de
grade, etc.);
• simplifique (menos é
mais) e
• revise, revise e revise de
novo.
Lembra daquele gráfico de
pizza onde procurávamos
a posição da nossa
empresa? Eis a versão 2.0,
aplicando as dicas acima.
Empresa A
Empresa F
Empresa B
Empresa E
Empresa I
Empresa D
Empresa H
Empresa C
Nossa Empresa
Empresa G
0 2000 4000 6000 8000 10000
Maiores Participantes
21.
22. Dell - Worldwide internet usage
IG - Quais os bairros mais caros e baratos de SP e RJ
É compreensível.
Então, procure reparar nos infográficos publicados em jornais,
revistas e sites.
Compare se eles se parecem com o gráfico padrão do Excel, ou se
são aplicadas técnicas para facilitar a visualização e comunicação
dos dados.
Segue abaixo dois exemplos. Irá notar alguns pontos em comum
com o que discorremos até agora.
23.
24. Fotos:
1 – Late afternoon on Burano Island - de O Palsson
4 – Colorful molecule... What´s your color - de Bernat Casero
3 – A Profusion of numbers - de Bridget Coila
2 – What???? – de Natalie Livingstone
5 – Rubik's Cube – de huangjiahui
7 – Amazing Graffiti by Banksy – de Michael Summers
8 – Capital – de c_ambler
6 – DeLorenzo’s Tomato Pies – de Nick Sherman
9 – To the End – de Kicki Holmén
10 – Mario, thinking ... – de Stefano Costanzo
11 – Too much credit – de Andres Rueda
• Quer ver um dashboard na web em pleno funcionamento? Clique aqui.
Perceba que ele não tem um bom padrão de comunicação visual.
• Ficou curioso sobre o que era gráfico na capa do livro do Tufte? Aqui explica.
• Faça um teste sobre os assuntos tratados na apresentação. Clique aqui.
Obrigado!
Venilto – Agosto de 2013