SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 3
Retendo cátions no solo: a capacidade de troca catiônica
O solo possuiconstituintes minerais e orgânicos que possuemcargas. Estas podem tanto ser positivas
quanto negativas.Entretanto, geralmente há o predomínio das cargas negativas.
Por serem negativas,as cargas atraem íons comcarga positiva. Estão enquadrados nesse grupo,por
exemplo, o potássio,o cálcio, o magnésio, o sódio, alumínio e o hidrogênio. Esta capacidade de reter íons
positivos em seus constituintes é conhecida como capacidade de troca catiônica, pois esses íons alémde
retidos podemser cedidos às plantas e, nesse sentido,eles podem serconsiderados como passíveis de,por
exemplo, deixar o mineral que o retém e passara para dentro da planta. Por isso é utilizado o termo
“troca” em no termo “capacidade de troca catiônica”.
A título de curiosidade, umas das maneiras de determinar a CTC, que é abreviatura de capacidade de
troca catiônica, é por meio da análise do conteúdo de potássio,cálcio, magnésio, sódio, alumínio
solubilizado e hidrogênio presentes em uma amostra de terra. Assim, em termos simples, quanto maior a
quantidade desses íons no solo,maior será a sua CTC.
Antes de realizar a aplicação de algum fertilizante, um agricultor deve conhecera CTC do solo que
receberá os adubos.Por exemplo, se ele adiciona uma quantidade de cálcio, magnésio e potássio que
excede a CTC do solo,estes íons provavelmente serão perdidos nas águas de chuva que lavam o solo,
ocorrendo prejuízos para o próprio agricultor e também para o ambiente já que algum corpo d´agua
(rio)hídrico receberá essa carga de nutrientes oriundos da lavoura.
BRAIMOH, A.K.; VLEK, P.L.G. The impact of land-cover change on soil properties in Northern Ghana.
Land Degradation & Development, v.15, p.65-74, 2004.
Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/retendo-cations-no-solo-a-capacidade-de-troca-
cationica/85932/#ixzz3Gu6mTMkU
Capacidade de Troca de Cátions: efetiva e a pH 7.0
O QUE É CTC DO SOLO?
No solo os cátions são formadores de cargas positivas, adsorvidos aos coloides e podemser substituídos
por outros cátions. Daí o nome de "Cátions Trocáveis": o cátions Ca²+pode ser trocado pelo cátion K+ e
pelo H+ e vice versa. Capacidade de Troca de Cátions (CTC) vem a ser o número total de cátions que
o solo pode reter e que vai dependerda quantidade de cargas negativas presentes. Quanto maior o número
de cargas negativas numsolo maior será a sua capacidade de troca de cátions ou de reter cátions.
Nos solos há uma predominância das cargas negativas, embora apresentem, também, cargas
positivas. A matéria orgânica do solo é formada de cargas negativas e dependentes de pH. Os solos
argilosos teriam uma maior CTC e maior capacidade de reter cátions. Os solos arenosos teriam poucas
cargas negativas, reteriam menos cátions e, portanto, sujeitos à alta lixiviação de K. Entretanto, podemos
encontrar solos argilosos que se comportam como arenosos, pela baixa atividade de suas argilas e
presença de óxidos de ferro e alumínio.
CÁLCULO DAS CTC'S DO SOLO?
Existem dois tipos de CTC:
1. CTC efetiva (t)
A CTC efetiva vem a ser a capacidade do solo de reter cátions ao pH natural. Se o resultado da análise de
uma amostra de solo informar um pH em água de 4,8. este seria o pH natural do solo. Então, os cátions
Ca²+, Mg²+, K+ e Na+ mais o cátion ácido Al³+comporiam a CTC efetiva (t) do solo. Para o cálculo, se
usaria os valores destes cátions expressos numa unidade cmolc/dm³ ou mmolc/dm³, de acordo com o
resultado da análise.
IMPORTANTE! para o cálculo, todos os valores devem estar expressos na mesma unidade: ou cmolc ou
mmolc. Não se pode misturar unidades expressas em mg/dm³ ou outra, comunidades expressas emcmolc
ou mmolc. Quando o K e o Na estiverem expressos em mg/dm³ e o Ca, Mg e Al em cmolc/dm³ e
mmolc/dm³ deve-se fazer a conversão. para entender como fazer, leia o artigo no link a seguir.
conversão cmolc em mg/dm³ e vice versa
Cálculo da CTC efetiva
Utilizando os dados do Quadro 1, verificamos que todos os cátions básicos estão expressos na unidade
cmolc/dm³. Então, a CTC efetiva vai ser expressa em cmolc/dm³.
CTC efetiva (t) da amostra 1 = K + Ca + Mg + Al
CTC efetiva (t) da amostra 1 = 0,08 + 6,0 + 2,29 + 0,0
CTC efetiva (t) da amostra 1 = 8,37 cmolc/dm³
A análise da amostra 3 que é originária de um solo arenoso, a CTC efetiva será:
CTC efetiva (t) da amostra 3 = 0,12 + 0,65 + 0,12 + 2,0
CTC efetiva (t) da amostra 3 = 2,89 cmolc/dm³
O que podemos analisar, comparando as amostras 1 (solo argiloso) e a amostra 3 (solo arenoso)?
A amostra 3 tem a CTC efetiva mais baixa por causa de sua textura arenosa o que não permite reter
cátions. Daí os preoblemas de perdas de cáions por lixiviação e um manejo criterioso da adubação deve
ser feito, procurando parcelar as aplicações de adubos nitrogenados e potássicos emvárias vezes.
Na amostra 3 quase 70% dos pontos de troca estão ocupados pelo Al³ (2,0 cmolc/dm³) o qual acarretará
sérios prejuízos para o desenvolvimento da cultura. Na amostra 1 não há presença de Al³.
2) CTC a pH 7,0 (T)
A CTC a pH 7.0 reflete a quantidade de cátions adsorvida a pH 7.0. O máximo de cargas negativas
liberadas a pH 7,0 e ocupadas por cátions.
Cálculo da CTC a pH 7,0
CTC a pH 7.0 (T) = K + Ca + Mg + (H + Al)
CTC a pH 7,0 (T) da amostra 1 = 0,08 + 6,0 + 2,29 + 5,0
CTC a pH 7,0 (T) da amostra 1 = 13,37 cmolc/dm³
CTC a pH 7,0 (T) da amostra 3 = 0,12 + 0,65 + 0,12 + 7,7
CTC a pH 7,0 (T) da amostra 3 = 8,59 cmolc/dm³
A amostra 1 tem a maior quantidade de cátions adsorvidos (retidos) a pH 7.0 que a amostra 3.
As amostras 1 e 3 apresentam CTCs a pH 7.0 com grande quantidade de H+. Este H precisa ser
neutralizado pela calagem, para liberar cargas negativas.
Os Estados brasileiros, através de seus órgãos de pesquisa e as recomendações de calageme adubação,
apresentam tabelas onde classificam os níveis de CTC's, V%, conforme os dados obtidos nos trabalhos
experimentais a campo. O produtor de cada região deve consultar as assistências técnicas locais para a
interpretação das análises de solos. É importante o conhecimento destas tabelas regionais para uma
correta recomendação de adubação.
Artigo cátions

Más contenido relacionado

Destacado

Calendario fin de semestre lenguas extranjeras
Calendario fin de semestre lenguas extranjerasCalendario fin de semestre lenguas extranjeras
Calendario fin de semestre lenguas extranjerasAlbeiro Marin
 
Globalización || Mini-Diccionario
Globalización || Mini-DiccionarioGlobalización || Mini-Diccionario
Globalización || Mini-DiccionarioJairoEscolanMayoral
 
Presentación1
Presentación1Presentación1
Presentación1ERWIN5822
 
Trabajo e.f. rubén & jairo parte 1 1
Trabajo e.f. rubén & jairo parte 1 1Trabajo e.f. rubén & jairo parte 1 1
Trabajo e.f. rubén & jairo parte 1 1JairoEscolanMayoral
 
Cuaderno digital
Cuaderno digitalCuaderno digital
Cuaderno digitaljimmygav
 
Estadística descriptiva
Estadística descriptivaEstadística descriptiva
Estadística descriptivaCecilia Loeza
 

Destacado (10)

Aula 5 3º cga
Aula 5   3º cgaAula 5   3º cga
Aula 5 3º cga
 
Calendario fin de semestre lenguas extranjeras
Calendario fin de semestre lenguas extranjerasCalendario fin de semestre lenguas extranjeras
Calendario fin de semestre lenguas extranjeras
 
Globalización || Mini-Diccionario
Globalización || Mini-DiccionarioGlobalización || Mini-Diccionario
Globalización || Mini-Diccionario
 
Pacie
PaciePacie
Pacie
 
Presentación1
Presentación1Presentación1
Presentación1
 
Trabajo e.f. rubén & jairo parte 1 1
Trabajo e.f. rubén & jairo parte 1 1Trabajo e.f. rubén & jairo parte 1 1
Trabajo e.f. rubén & jairo parte 1 1
 
Cuaderno digital
Cuaderno digitalCuaderno digital
Cuaderno digital
 
Aula 71 1º cga
Aula 71   1º cgaAula 71   1º cga
Aula 71 1º cga
 
Estadística descriptiva
Estadística descriptivaEstadística descriptiva
Estadística descriptiva
 
Trastornos hipertensivos del embarazo2
Trastornos hipertensivos del embarazo2Trastornos hipertensivos del embarazo2
Trastornos hipertensivos del embarazo2
 

Similar a Artigo cátions

Adubacao interpretacao da analise do solo
Adubacao   interpretacao da analise do soloAdubacao   interpretacao da analise do solo
Adubacao interpretacao da analise do soloCarlos Zacarin
 
Tabelas para interpretação
Tabelas para interpretaçãoTabelas para interpretação
Tabelas para interpretaçãoMayraOliveira38
 
Boletim 02
Boletim 02Boletim 02
Boletim 02mvezzone
 
Boletim 02 interpretação de analise de solo
Boletim 02 interpretação de analise de soloBoletim 02 interpretação de analise de solo
Boletim 02 interpretação de analise de soloFranco Alexandre
 
Boletim 02
Boletim 02Boletim 02
Boletim 02mvezzone
 
Corretores da acidez superficial do solo
Corretores da acidez superficial do solo Corretores da acidez superficial do solo
Corretores da acidez superficial do solo Geagra UFG
 
Trabalho de química 3° periodo
Trabalho de química 3° periodoTrabalho de química 3° periodo
Trabalho de química 3° periodonildeci nascimento
 
Apostila de Qualidade de àgua para Irrigação
Apostila de Qualidade de àgua para IrrigaçãoApostila de Qualidade de àgua para Irrigação
Apostila de Qualidade de àgua para IrrigaçãoIF Baiano - Campus Catu
 
Exercícios cinética química
Exercícios cinética químicaExercícios cinética química
Exercícios cinética químicafabioquimico
 
Cálculos químicos
Cálculos químicosCálculos químicos
Cálculos químicosKaleb Reis
 
Lista de exercícios v simulação e modelagem de processos
Lista de exercícios v simulação e modelagem de processosLista de exercícios v simulação e modelagem de processos
Lista de exercícios v simulação e modelagem de processosDaniela de Moraes Oliveira
 
44096407 calculos-estequiometricos-profâº-agamenon-roberto
44096407 calculos-estequiometricos-profâº-agamenon-roberto44096407 calculos-estequiometricos-profâº-agamenon-roberto
44096407 calculos-estequiometricos-profâº-agamenon-robertodebiereis
 
Prova de-seleção 2015.2-resolução
Prova de-seleção 2015.2-resoluçãoProva de-seleção 2015.2-resolução
Prova de-seleção 2015.2-resoluçãootacio candido
 
Simulado - Segundo Ano (2)
Simulado - Segundo Ano (2)Simulado - Segundo Ano (2)
Simulado - Segundo Ano (2)Paulo Alexandre
 
Preparo do solo e adubação do sorgo
Preparo do solo e adubação do sorgoPreparo do solo e adubação do sorgo
Preparo do solo e adubação do sorgoGeagra UFG
 

Similar a Artigo cátions (19)

Adubacao interpretacao da analise do solo
Adubacao   interpretacao da analise do soloAdubacao   interpretacao da analise do solo
Adubacao interpretacao da analise do solo
 
Tabelas para interpretação
Tabelas para interpretaçãoTabelas para interpretação
Tabelas para interpretação
 
Boletim 02
Boletim 02Boletim 02
Boletim 02
 
Boletim 02 interpretação de analise de solo
Boletim 02 interpretação de analise de soloBoletim 02 interpretação de analise de solo
Boletim 02 interpretação de analise de solo
 
Boletim 02
Boletim 02Boletim 02
Boletim 02
 
Corretores da acidez superficial do solo
Corretores da acidez superficial do solo Corretores da acidez superficial do solo
Corretores da acidez superficial do solo
 
Trabalho de química 3° periodo
Trabalho de química 3° periodoTrabalho de química 3° periodo
Trabalho de química 3° periodo
 
Apostila de Qualidade de àgua para Irrigação
Apostila de Qualidade de àgua para IrrigaçãoApostila de Qualidade de àgua para Irrigação
Apostila de Qualidade de àgua para Irrigação
 
Exercícios cinética química
Exercícios cinética químicaExercícios cinética química
Exercícios cinética química
 
Cálculos químicos
Cálculos químicosCálculos químicos
Cálculos químicos
 
Lista de exercícios v simulação e modelagem de processos
Lista de exercícios v simulação e modelagem de processosLista de exercícios v simulação e modelagem de processos
Lista de exercícios v simulação e modelagem de processos
 
44096407 calculos-estequiometricos-profâº-agamenon-roberto
44096407 calculos-estequiometricos-profâº-agamenon-roberto44096407 calculos-estequiometricos-profâº-agamenon-roberto
44096407 calculos-estequiometricos-profâº-agamenon-roberto
 
Prova de-seleção 2015.2-resolução
Prova de-seleção 2015.2-resoluçãoProva de-seleção 2015.2-resolução
Prova de-seleção 2015.2-resolução
 
Ap 15
Ap 15Ap 15
Ap 15
 
Aulas de Química .pptx
Aulas de Química .pptxAulas de Química .pptx
Aulas de Química .pptx
 
Simulado - Segundo Ano (2)
Simulado - Segundo Ano (2)Simulado - Segundo Ano (2)
Simulado - Segundo Ano (2)
 
Preparo do solo e adubação do sorgo
Preparo do solo e adubação do sorgoPreparo do solo e adubação do sorgo
Preparo do solo e adubação do sorgo
 
Calculo estequiometrico
Calculo estequiometricoCalculo estequiometrico
Calculo estequiometrico
 
Puc02q
Puc02qPuc02q
Puc02q
 

Último

ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx2m Assessoria
 
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx2m Assessoria
 
Luís Kitota AWS Discovery Day Ka Solution.pdf
Luís Kitota AWS Discovery Day Ka Solution.pdfLuís Kitota AWS Discovery Day Ka Solution.pdf
Luís Kitota AWS Discovery Day Ka Solution.pdfLuisKitota
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx2m Assessoria
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx2m Assessoria
 
Programação Orientada a Objetos - 4 Pilares.pdf
Programação Orientada a Objetos - 4 Pilares.pdfProgramação Orientada a Objetos - 4 Pilares.pdf
Programação Orientada a Objetos - 4 Pilares.pdfSamaraLunas
 
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsDanilo Pinotti
 
ATIVIDADE 1 - SISTEMAS DISTRIBUÍDOS E REDES - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - SISTEMAS DISTRIBUÍDOS E REDES - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - SISTEMAS DISTRIBUÍDOS E REDES - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - SISTEMAS DISTRIBUÍDOS E REDES - 52_2024.docx2m Assessoria
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploDanilo Pinotti
 

Último (9)

ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
 
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
 
Luís Kitota AWS Discovery Day Ka Solution.pdf
Luís Kitota AWS Discovery Day Ka Solution.pdfLuís Kitota AWS Discovery Day Ka Solution.pdf
Luís Kitota AWS Discovery Day Ka Solution.pdf
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
 
Programação Orientada a Objetos - 4 Pilares.pdf
Programação Orientada a Objetos - 4 Pilares.pdfProgramação Orientada a Objetos - 4 Pilares.pdf
Programação Orientada a Objetos - 4 Pilares.pdf
 
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
 
ATIVIDADE 1 - SISTEMAS DISTRIBUÍDOS E REDES - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - SISTEMAS DISTRIBUÍDOS E REDES - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - SISTEMAS DISTRIBUÍDOS E REDES - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - SISTEMAS DISTRIBUÍDOS E REDES - 52_2024.docx
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
 

Artigo cátions

  • 1. Retendo cátions no solo: a capacidade de troca catiônica O solo possuiconstituintes minerais e orgânicos que possuemcargas. Estas podem tanto ser positivas quanto negativas.Entretanto, geralmente há o predomínio das cargas negativas. Por serem negativas,as cargas atraem íons comcarga positiva. Estão enquadrados nesse grupo,por exemplo, o potássio,o cálcio, o magnésio, o sódio, alumínio e o hidrogênio. Esta capacidade de reter íons positivos em seus constituintes é conhecida como capacidade de troca catiônica, pois esses íons alémde retidos podemser cedidos às plantas e, nesse sentido,eles podem serconsiderados como passíveis de,por exemplo, deixar o mineral que o retém e passara para dentro da planta. Por isso é utilizado o termo “troca” em no termo “capacidade de troca catiônica”. A título de curiosidade, umas das maneiras de determinar a CTC, que é abreviatura de capacidade de troca catiônica, é por meio da análise do conteúdo de potássio,cálcio, magnésio, sódio, alumínio solubilizado e hidrogênio presentes em uma amostra de terra. Assim, em termos simples, quanto maior a quantidade desses íons no solo,maior será a sua CTC. Antes de realizar a aplicação de algum fertilizante, um agricultor deve conhecera CTC do solo que receberá os adubos.Por exemplo, se ele adiciona uma quantidade de cálcio, magnésio e potássio que excede a CTC do solo,estes íons provavelmente serão perdidos nas águas de chuva que lavam o solo, ocorrendo prejuízos para o próprio agricultor e também para o ambiente já que algum corpo d´agua (rio)hídrico receberá essa carga de nutrientes oriundos da lavoura. BRAIMOH, A.K.; VLEK, P.L.G. The impact of land-cover change on soil properties in Northern Ghana. Land Degradation & Development, v.15, p.65-74, 2004. Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/retendo-cations-no-solo-a-capacidade-de-troca- cationica/85932/#ixzz3Gu6mTMkU Capacidade de Troca de Cátions: efetiva e a pH 7.0 O QUE É CTC DO SOLO? No solo os cátions são formadores de cargas positivas, adsorvidos aos coloides e podemser substituídos por outros cátions. Daí o nome de "Cátions Trocáveis": o cátions Ca²+pode ser trocado pelo cátion K+ e pelo H+ e vice versa. Capacidade de Troca de Cátions (CTC) vem a ser o número total de cátions que o solo pode reter e que vai dependerda quantidade de cargas negativas presentes. Quanto maior o número de cargas negativas numsolo maior será a sua capacidade de troca de cátions ou de reter cátions. Nos solos há uma predominância das cargas negativas, embora apresentem, também, cargas positivas. A matéria orgânica do solo é formada de cargas negativas e dependentes de pH. Os solos argilosos teriam uma maior CTC e maior capacidade de reter cátions. Os solos arenosos teriam poucas cargas negativas, reteriam menos cátions e, portanto, sujeitos à alta lixiviação de K. Entretanto, podemos encontrar solos argilosos que se comportam como arenosos, pela baixa atividade de suas argilas e presença de óxidos de ferro e alumínio. CÁLCULO DAS CTC'S DO SOLO? Existem dois tipos de CTC: 1. CTC efetiva (t)
  • 2. A CTC efetiva vem a ser a capacidade do solo de reter cátions ao pH natural. Se o resultado da análise de uma amostra de solo informar um pH em água de 4,8. este seria o pH natural do solo. Então, os cátions Ca²+, Mg²+, K+ e Na+ mais o cátion ácido Al³+comporiam a CTC efetiva (t) do solo. Para o cálculo, se usaria os valores destes cátions expressos numa unidade cmolc/dm³ ou mmolc/dm³, de acordo com o resultado da análise. IMPORTANTE! para o cálculo, todos os valores devem estar expressos na mesma unidade: ou cmolc ou mmolc. Não se pode misturar unidades expressas em mg/dm³ ou outra, comunidades expressas emcmolc ou mmolc. Quando o K e o Na estiverem expressos em mg/dm³ e o Ca, Mg e Al em cmolc/dm³ e mmolc/dm³ deve-se fazer a conversão. para entender como fazer, leia o artigo no link a seguir. conversão cmolc em mg/dm³ e vice versa Cálculo da CTC efetiva Utilizando os dados do Quadro 1, verificamos que todos os cátions básicos estão expressos na unidade cmolc/dm³. Então, a CTC efetiva vai ser expressa em cmolc/dm³. CTC efetiva (t) da amostra 1 = K + Ca + Mg + Al CTC efetiva (t) da amostra 1 = 0,08 + 6,0 + 2,29 + 0,0 CTC efetiva (t) da amostra 1 = 8,37 cmolc/dm³ A análise da amostra 3 que é originária de um solo arenoso, a CTC efetiva será: CTC efetiva (t) da amostra 3 = 0,12 + 0,65 + 0,12 + 2,0 CTC efetiva (t) da amostra 3 = 2,89 cmolc/dm³ O que podemos analisar, comparando as amostras 1 (solo argiloso) e a amostra 3 (solo arenoso)? A amostra 3 tem a CTC efetiva mais baixa por causa de sua textura arenosa o que não permite reter cátions. Daí os preoblemas de perdas de cáions por lixiviação e um manejo criterioso da adubação deve ser feito, procurando parcelar as aplicações de adubos nitrogenados e potássicos emvárias vezes. Na amostra 3 quase 70% dos pontos de troca estão ocupados pelo Al³ (2,0 cmolc/dm³) o qual acarretará sérios prejuízos para o desenvolvimento da cultura. Na amostra 1 não há presença de Al³. 2) CTC a pH 7,0 (T) A CTC a pH 7.0 reflete a quantidade de cátions adsorvida a pH 7.0. O máximo de cargas negativas liberadas a pH 7,0 e ocupadas por cátions. Cálculo da CTC a pH 7,0 CTC a pH 7.0 (T) = K + Ca + Mg + (H + Al) CTC a pH 7,0 (T) da amostra 1 = 0,08 + 6,0 + 2,29 + 5,0 CTC a pH 7,0 (T) da amostra 1 = 13,37 cmolc/dm³ CTC a pH 7,0 (T) da amostra 3 = 0,12 + 0,65 + 0,12 + 7,7 CTC a pH 7,0 (T) da amostra 3 = 8,59 cmolc/dm³ A amostra 1 tem a maior quantidade de cátions adsorvidos (retidos) a pH 7.0 que a amostra 3. As amostras 1 e 3 apresentam CTCs a pH 7.0 com grande quantidade de H+. Este H precisa ser neutralizado pela calagem, para liberar cargas negativas. Os Estados brasileiros, através de seus órgãos de pesquisa e as recomendações de calageme adubação, apresentam tabelas onde classificam os níveis de CTC's, V%, conforme os dados obtidos nos trabalhos experimentais a campo. O produtor de cada região deve consultar as assistências técnicas locais para a interpretação das análises de solos. É importante o conhecimento destas tabelas regionais para uma correta recomendação de adubação.