1) O documento discute a teoria da burocracia de acordo com Max Weber, seu criador, incluindo os principais aspectos da burocracia como divisão do trabalho, hierarquia de autoridade e regras racionais.
2) A teoria da burocracia surgiu nos anos 1940 para fornecer um modelo mais amplo de organização além das teorias clássicas e das relações humanas.
3) Weber definiu o Estado como detentor do monopólio legítimo do uso da força, e analisou como as idéias
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ORIGENS DA BUROCRACIA
Europa - Sec. XX (Max Weber)
Buscava racionalidade técnica para construir um sistema administrativo
Estrutura de relacionamentos humanos
necessários para expandir a produtividade
Visão institucional - não ligava-se ao processo produtivo
Nasceu da necessidade de se organizar as empresas que cresceram em
tamanho e complexidade
Definição de burocracia:trabalho baseado em papéis e documentos,
movimentados em seqüência contínua entre as várias unidades componentes
da estrutura organizacional
Organização burocrática: exercício do controle com base no conhecimento
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MAX WEBER
Max Weber (1864-1920), sociólogo alemão, foi o criador da
Sociologia da Burocracia. Foi professor das Universidades de
Friburgo e de Heidelberg e ficou famoso pela teoria das estruturas
de autoridade.
Com a tradução de alguns de seus livros para a língua inglesa,
por Talcott Parsons, tomou corpo nos Estados Unidos a Teoria da
Burocracia em Administração. Sua obra é realmente muito vasta.
Seu principal livro, para o propósito deste estudo, é "A Ética
Protestante e o Espírito de Capitalismo”.
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Grande parte do trabalho de Weber como pensador e estudioso foi reservado
para o chamado processo de racionalização e desencantamento que provém
da sociedade moderna e capitalista.
Mas seus estudos também deram contribuição importante para a economia.
Sua obra mais famosa é o ensaio
A ética protestante e o espírito do capitalismo, com o qual começou suas
reflexões sobre a sociologia das organizações religiosas. Weber argumentou
que a religião era uma das razões não-exclusivas do porque as culturas do
Ocidente e do Oriente se desenvolveram de formas diversas, e salientou a
importância de algumas características específicas do protestantismo
ascético, que levou ao nascimento do capitalismo, a burocracia e do estado
racional e legal nos países ocidentais.
Em outro trabalho importante, A política como vocação, Weber definiu o
Estado como "uma entidade que reivindica o monopólio do uso legítimo da
força física", uma definição que se tornou central no estudo da moderna
ciência política no Ocidente. Em suas contribuições mais conhecidas são
muitas vezes referidas como a “Tese de Weber".
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A ética protestante e o "espírito" do capitalismo (no original em alemão
Die protestantische Ethik und der 'Geist' des Kapitalismus) é um livro
de Max Weber, um economista e sociólogo alemão, no qual ele investiga as
razões do capitalismo se haver desenvolvido inicialmente em países como a
Inglaterra ou a Alemanha, concluindo que isso se deve à mundividência e
hábitos de vida instigados ali pelo protestantismo.
É argumentado freqüentemente que esta obra não deverá ser vista como um
estudo detalhado do protestantismo, mas antes como uma introdução às suas
obras posteriores, especialmente no que respeita aos seus estudos da
interação de idéias religiosas com comportamento econômico.
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Neste livro, Weber avança a tese de que a ética e as idéias puritanas
influenciaram o desenvolvimento do capitalismo. Tradicionalmente, na Igreja
Católica Romana, a devoção religiosa estava normalmente acompanhada da
rejeição dos assuntos mundanos, incluindo a ocupação econômica.
Porque o Protestantismo também não segue esta linha? Weber
aborda este paradoxo nesta obra.
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Ele define o espírito do capitalismo como as idéias e hábitos que
favorecem, de forma ética, a procura racional de ganho econômico.
Weber afirma que tal espírito não é limitado à cultura ocidental mas que
indivíduos noutras culturas não tinham podido por si só estabelecer a
nova ordem econômica do capitalismo.
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Como ele escreve no seu ensaio:
"Para que uma forma de vida bem adaptada às peculiaridades do
capitalismo possa predominar sobre outras (formas de organização), ela
tinha de ter origem em alguma parte sistematizada, e não pela ação de
indivíduos isolados mas como uma forma de vida comum aos grupos de
homens".
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A reforma protestante de João Calvino, tinha por base a predestinação
absoluta, ou seja o homem seria salvo apenas pela prévia escolha de
Deus, não por seus atos.
A Igreja Católica (que até então exercia enorme influencia sobre a vida
das pessoas) condenava o lucro, a usura e o prazer.
Estas proibições eram contrárias as pretensões da burguesia, classe
em ascensão nesse período de tantas transformações na Europa.
Os burgueses precisavam de uma religião adequada a seus princípios,
e não havia nada melhor que o Calvinismo, religião que eliminava, sob
a ótica burguesa, os obstáculos para o desenvolvimento capitalista.
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ORIGENS DA TEORIA DA BUROCRACIA
A Teoria da Burocracia desenvolveu-se dentro da Administração ao redor dos
anos 40, em função principalmente dos seguintes aspectos:
a) A fragilidade e parcialidade tanto da Teoria Clássica como da Teoria das
Relações Humanas, ambas oponentes e contraditórias entre si, mas sem
possibilitarem uma abordagem global, integrada e envolvente dos problemas
organizacionais. Ambas revelam dois pontos de vista extremistas e
incompletos sobre a organização, gerando a necessidade de um enfoque
mais amplo e completo, tanto da estrutura como dos participantes da
organização.
b) Tornou-se necessário um modelo de organização racional capaz de
caracterizar todas as variáveis envolvidas, bem como o comportamento dos
membros dela participantes, e aplicável não somente à fábrica, mas a todas
as formas de organização humana e principalmente às empresas.
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ORIGENS DA TEORIA DA BUROCRACIA
A Teoria da Burocracia desenvolveu-se dentro da Administração ao redor dos
anos 40, em função principalmente dos seguintes aspectos:
c) O crescente tamanho e complexidade das empresas passou a exigir
modelos organizacionais mais bem definidos. Alguns historiadores verificaram
que a "indústria em grande escala depende da sua organização, da
Administração e do grande número de pessoas com diferentes habilidades.
Milhares de homens e mulheres devem ser colocados em diferentes setores
de produção e em diferentes níveis hierárquicos: os engenheiros e
administradores no alto da pirâmide e os operários na base. Devem executar
tarefas específicas, devem ser dirigidos e controlados. Tanto a Teoria
Clássica como a Teoria das Relações Humanas mostraram-se insuficientes
para responder à nova situação, que se tomava mais complexa.
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ORIGENS DA TEORIA DA BUROCRACIA
A Teoria da Burocracia desenvolveu-se dentro da Administração ao redor dos
anos 40, em função principalmente dos seguintes aspectos:
d) O ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos
trabalhos de Max Weber, o seu criador. Segundo essa teoria, um homem
pode ser pago para agir e se comportar de certa maneira
preestabelecida, a qual lhe deve ser explicada com exatidão, muito
minuciosamente e em hipótese alguma permitindo que suas
emoções interfiram no seu desempenho. A Sociologia da Burocracia
propôs um modelo de organização e os administradores não tardaram em
tentar aplicá-lo na prática em suas empresas. A partir daí, surge a Teoria da
Burocracia na Administração.
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A BUROCRACIA DE WEBER
Divisão do trabalho: Tarefas simples para qualquer pessoa se
especializar em tempo mínimo
Hierarquia de autoridade: Cadeia de comando com
responsabilidades, deveres e privilégios específicos
Racionalidade: Seleção, promoção, adequação do desempenho
do trabalho às qualificações
Regras e padrões: Decisões guiadas por regras, disciplina e
controles
Compromisso profissional: administradores ganham salários
fixos e não são donos dos negócios; gerente treinados para melhor
qualificação e eficiência organizacional
Registros escritos: continuidade e uniformidade de ação sobre
transações da organização
Impessoalidade: regras e procedimentos aplicados de modo
uniforme e imparcial
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CARÁTER RACIONAL E DIVISÃO DO TRABALHO
A burocracia é uma organização que se caracteriza por uma
sistemática divisão do trabalho. Essa divisão do trabalho atende a
uma racionalidade, isto é, ela é adequada aos objetivos a serem
atingidos: a eficiência da organização.
Daí o aspecto racional da burocracia. Há uma divisão sistemática do
trabalho, do direito e do poder, estabelecendo as atribuições de cada
participante, os meios de obrigatoriedade e as condições
necessárias.
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CARÁTER RACIONAL E DIVISÃO DO TRABALHO
Cada participante passa a ter o seu cargo específico, as suas
funções específicas e a sua específica esfera de competência e de
responsabilidade.
Cada participante deve saber qual a sua tarefa, qual é a sua
capacidade de comando sobre os outros e, sobretudo, quais são os
limites de sua tarefa, direito e poder, para não ultrapassar esses
limites, não interferir na competência alheia nem prejudicar a
estrutura existente.
Assim, as incumbências administrativas são altamente diferenciadas
e especializadas e as atividades são distribuídas de acordo com os
objetivos a serem atingidos.
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AUTORIDADE LEGAL, RACIONAL ou BUROCRÁTICA
Quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como
justificadas, porque concordam com um conjunto de preceitos ou normas
que consideram legítimos e dos quais deriva o comando.
É o tipo de autoridade técnica, meritocrática e administrada. Baseia-se na
promulgação.
A idéia básica fundamenta-se no fato de que as leis podem ser
promulgadas e regulamentadas livremente por procedimentos formais e
corretos.
O conjunto governante é eleito e exerce o comando de autoridade sobre
seus comandados, seguindo certas normas e leis.
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AUTORIDADE LEGAL, RACIONAL ou BUROCRÁTICA
A obediência não é devida a alguma pessoa em si, seja por suas
qualidades pessoais excepcionais ou pela tradição, mas a um conjunto de
regras e regulamentos legais previamente estabelecidos.
A burocracia passou a prevalecer em tão larga escala. Todavia, a
burocratização não se limita à organização estatal, pois embora Weber
tenha elaborado o conceito de burocracia a partir de sua sociologia
política, ele usou o conceito de modo mais abrangente, englobando as
demais instituições sociais além da administração pública.
Weber notou a proliferação de organizações de grande porte, tanto no
domínio religioso (a Igreja) como no educacional (a Universidade) ou no
econômico (as grandes empresas), que adotaram o tipo burocrático de
organização, concentrando os meios de administração no topo
da hierarquia e utilizando regras racionais e impessoais, visando
à máxima eficiência.
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Weber identifica os fatores principais que favorecem o
desenvolvimento da moderna burocracia:
1. O desenvolvimento de uma economia monetária: a moeda não apenas
facilita, mas racionaliza as transações econômicas. Na burocracia, a
moeda assume o lugar da remuneração em espécie para os funcionários,
permitindo a centralização da autoridade e o fortalecimento da
administração burocrática.
2. O crescimento quantitativo e qualitativo das tarefas administrativas do
Estado Moderno: apenas um tipo burocrático de organização poderia
arcar com a enorme complexidade e tamanho de tais tarefas.
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Weber identifica os fatores principais que favorecem o
desenvolvimento da moderna burocracia:
3. A superioridade técnica - em termos de eficiência - do tipo burocrático
de administração: que serviu como uma força autônoma interna para
impor sua prevalência. "A razão decisiva da superioridade da
organização burocrática sempre foi unicamente sua superioridade
técnica sobre qualquer outra forma de organização.
4. O desenvolvimento tecnológico fez com que as tarefas da
administração tendessem ao aperfeiçoamento. Assim, os sistemas
sociais cresceram em demasia, as grandes empresas passaram a
produzir em massa, sufocando as pequenas. Além disso, nas grandes
empresas há uma necessidade crescente de cada vez mais se obter um
controle e uma maior previsibilidade do seu funcionamento.
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Segundo o conceito popular, a burocracia é visualizada geralmente
como uma empresa ou organização onde o papelório se multiplica e
se avoluma, impedindo as soluções rápidas ou eficientes.
O termo também é empregado com o sentido de apego dos
funcionários aos regulamentos e rotinas, causando ineficiência à
organização. O leigo passou a dar o nome de burocracia aos
defeitos do sistema (disfunções) e não ao sistema em si mesmo.
O conceito de burocracia para Max Weber é exatamente o contrário:
“A burocracia é a organização eficiente por excelência”.
E para conseguir essa eficiência, a burocracia precisa detalhar
antecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas deverão
ser feitas.
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CARÁTER LEGAL DAS NORMAS E REGULAMENTOS
A burocracia é uma organização ligada por normas e regulamentos previamente
estabelecidos por escrito. Em outros termos, é uma organização baseada em uma
espécie de legislação própria (como a Constituição para o Estado, os estatutos para a
empresa privada, etc.) que define antecipadamente como a organização burocrática
deverá funcionar.
Essas normas e regulamentos são escritos. Também são exaustivos porque procuram
cobrir todas as áreas da organização, prever todas as ocorrências e enquadrá-las dentro
de um esquema previamente definido capaz de regular tudo o que ocorra dentro da
organização.
As normas e regulamentos são racionais porque são coerentes com os objetivos
visados. Neste sentido, a burocracia é uma estrutura social racionalmente organizada.
As normas e regulamentos são legais porque conferem às pessoas investidas da
autoridade um poder de coação sobre os subordinados e também os meios coercitivos
capazes de impor a disciplina.
As normas e regulamentos são escritos para assegurar uma interpretação sistemática e
unívoca. Desta maneira, economizam esforços e possibilitam a padronização dentro da
organização.
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CARÁTER FORMAL DAS COMUNICAÇÕES
A burocracia é uma organização ligada por comunicações escritas. As
regras, decisões e ações administrativas são formuladas e registradas
por escrito.
Daí o caráter formal da burocracia: todas as ações e procedimentos
são feitos para proporcionar comprovação e documentação
adequadas.
Além disso, a interpretação unívoca das comunicações também é
assegurada.
Como muitas vezes certos tipos de comunicações são feitos reiterada
e constantemente, a burocracia lança mão de rotinas e de formulários
para facilitar as comunicações e para rotinizar o preenchimento de sua
formalização.
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IMPESSOALIDADE NAS RELAÇÕES
Essa distribuição de atividades é feita impessoalmente, ou seja, é feita em
termos de cargos e funções e não de pessoas envolvidas. Daí o caráter
impessoal da burocracia.
A administração da burocracia é realizada sem considerar as pessoas
como pessoas, mas como ocupantes de cargos e de funções. O poder de
cada pessoa é impessoal e deriva do cargo que ocupa.
Também a obediência prestada pelo subordinado ao superior é impessoal.
Ele obedece ao superior, não em consideração à sua pessoa, mas ao
cargo que o superior ocupa.
A burocracia precisa garantir a sua continuidade ao longo do tempo: as
pessoas vêm e vão, os cargos e funções permanecem. Cada cargo
abrange uma área ou setor de competência e de responsabilidade.
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HIERARQUIA DA AUTORIDADE
A burocracia é uma organização que estabelece os cargos segundo o
princípio da hierarquia.
Cada cargo inferior deve estar sob o controle e supervisão de um posto
superior.
Nenhum cargo fica sem controle ou supervisão. Daí a necessidade da
hierarquia da autoridade para fixar as chefias nos diversos escalões de
autoridade. Esses escalões proporcionarão a estrutura hierárquica da
organização.
A hierarquia é a ordem e subordinação, a graduação de autoridade
corresponde às diversas categorias de participantes, funcionários, classes
etc. Todos os cargos estão dispostos em graduações hierárquicas que
encerram determinados privilégios e obrigações, estreitamente definidos
por meio de regras imitadas e específicas.
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HIERARQUIA DA AUTORIDADE
A autoridade - o poder de controle resultante de uma posição reconhecida
– é inerente ao cargo e não ao indivíduo específico que desempenha o
papel oficial.
A distribuição de autoridade dentro do sistema serve para reduzir ao
mínimo o atrito, por via do contato (oficial) amplamente restritivo, em
relação às maneiras previamente definidas pelas regras de organização.
Desta forma, o subordinado está protegido da ação arbitrária do seu
superior, dado que as ações de ambos se processam dentro de um
conjunto mutuamente reconhecido de regras.
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ROTINAS E PROCEDIMENTOS ESTANDARDIZADOS
A burocracia é uma organização que fixa as regras e normas técnicas
para o desempenho de cada cargo. O ocupante de um cargo - o
funcionário - não pode fazer o que quiser, mas o que a burocracia impõe
que ele faça. As regras e normas técnicas regulam a conduta do
ocupante de cada cargo, cujas atividades devem ser executadas de
acordo com as rotinas e procedimentos fixados pelas regras e normas
técnicas.
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ROTINAS E PROCEDIMENTOS ESTANDARDIZADOS
Toda a estrutura da burocracia é projetada intencionalmente de acordo
com princípios racionais: a disciplina no trabalho e o desempenho no
cargo são assegurados por um conjunto de regras e normas que tentam
ajustar completamente o funcionário às exigências do cargo e às
exigências da organização: a máxima produtividade.
Essa racionalização do trabalho encontra sua forma mais extremada na
Administração Científica, que "atingiu os maiores trunfos no
condicionamento e treinamento racionais do desempenho no trabalho.
Todas as atividades de cada cargo são desempenhadas segundo
padrões claramente definidos, nos quais cada conjunto de ações está
funcionalmente relacionado com os propósitos da organização, segundo
uma maneira ideal. Esses padrões facilitam a pronta avaliação do
desempenho de cada participante.
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COMPETÊNCIA TÉCNICA E MERITOCRACIA
A burocracia é uma organização na qual a escolha das pessoas é baseada
no mérito e na competência técnica e não em preferências pessoais.
A admissão, a transferência e a promoção dos funcionários são baseadas
em critérios, válidos para toda a organização, de avaliação e de
classificação, e não em critérios particulares e arbitrários.
Esses critérios universais são racionais e levam em conta a competência, o
mérito e a capacidade do funcionário em relação ao cargo ou função
considerados. Daí a necessidade de exames, concursos, testes e títulos
para admissão e promoção dos funcionários.
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COMPETÊNCIA TÉCNICA E MERITOCRACIA
Como tudo dentro da burocracia é rotinizado, padronizado, previsto com
antecipação, o funcionário geralmente se acostuma a uma completa
estabilidade e repetição daquilo que faz, o que passa a lhe proporcionar
uma completa segurança a respeito de seu futuro na burocracia.
Atendendo às normas e regulamentos impostos pela burocracia, o
funcionário torna-se simplesmente um executor das rotinas e
procedimentos, os quais passa a dominar com plena segurança e
tranqüilidade com o passar do tempo.
Quando surge alguma possibilidade de mudança dentro da organização,
essa mudança tende a ser interpretada pelo funcionário como algo que ele
desconhece, e, portanto, algo que pode trazer perigo à sua segurança e
tranqüilidade. Com isto, a mudança passa a ser indesejável para o
funcionário. E, na medida do possível, ele passa a resistir a qualquer tipo
de mudança que se queira implantar na burocracia. Essa resistência à
mudança pode ser passiva e quieta, como pode ser ativa e agressiva
através de comportamentos de reclamação, tumultos e greves.
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COMPETÊNCIA TÉCNICA E MERITOCRACIA
Como tudo dentro da burocracia é rotinizado, padronizado, previsto com
antecipação, o funcionário geralmente se acostuma a uma completa
estabilidade e repetição daquilo que faz, o que passa a lhe proporcionar
uma completa segurança a respeito de seu futuro na burocracia.
Atendendo às normas e regulamentos impostos pela burocracia, o
funcionário torna-se simplesmente um executor das rotinas e
procedimentos, os quais passa a dominar com plena segurança e
tranqüilidade com o passar do tempo.
32. walter_araujo@id.uff.br 32
COMPETÊNCIA TÉCNICA E MERITOCRACIA
Quando surge alguma possibilidade de mudança dentro da organização,
essa mudança tende a ser interpretada pelo funcionário como algo que ele
desconhece, e, portanto, algo que pode trazer perigo à sua segurança e
tranqüilidade. Com isto, a mudança passa a ser indesejável para o
funcionário. E, na medida do possível, ele passa a resistir a qualquer tipo
de mudança que se queira implantar na burocracia. Essa resistência à
mudança pode ser passiva e quieta, como pode ser ativa e agressiva
através de comportamentos de reclamação, tumultos e greves.
33. walter_araujo@id.uff.br 33
DESPERSONALIZAÇÃO DO RELACIONAMENTO
A burocracia tem com uma de suas características a impessoalidade no
relacionamento entre os funcionários. Daí o seu caráter impessoal, pois ela
enfatiza os cargos e não as pessoas que os ocupam.
Isto leva a uma diminuição das relações personalizadas entre os membros da
organização: diante dos demais funcionários, o burocrata não os toma mais
como pessoas mais ou menos individualizadas, mas como ocupantes de
cargos, com direitos e deveres previamente especificados. Daí a
despersonalização gradativa do relacionamento entre os funcionários da
burocracia.
Os funcionários passam a conhecer os colegas não pelos seus nomes
pessoais, mas pelos títulos dos cargos que ocupam. Algumas vezes, o
conhecimento é feito pelo número do registro do colega ou por qualquer outra
forma de identificação das pessoas imposta pela organização.
34. walter_araujo@id.uff.br 34
CATEGORIZAÇÃO COMO BASE DO PROCESSO DECISORIAL
A burocracia se assenta em uma rígida hierarquização da autoridade. Portanto,
quem toma decisões em qualquer situação será aquele que possui a mais
elevada categoria hierárquica, independentemente do seu conhecimento sobre
o assunto.
Quem decide é sempre aquele que ocupa o posto hierárquico mais alto, mesmo
que nada saiba a respeito do problema a ser resolvido. Por outro lado,
categorizar significa uma maneira de classificar as coisas, estereotipadamente,
a fim de lidar com elas com mais facilidade.
Quanto mais se lançar mão da categorização no processo decisorial, menor
será a procura de alternativas diferentes de solução.
35. walter_araujo@id.uff.br 35
EXIBIÇÃO DE SINAIS DE AUTORIDADE
Como a burocracia enfatiza a hierarquia de autoridade, torna-se necessário
um sistema capaz de indicar, aos olhos de todos, aqueles que detêm o poder.
Daí surge a tendência à utilização intensiva de símbolos ou de sinais de
status para demonstrar a posição hierárquica dos funcionários, como o
uniforme, a localização da sala, do banheiro, do estacionamento, do refeitório,
o tipo de mesa etc., como meios de identificar quais são os principais chefes
da organização.
Em algumas organizações - como o exército, a Igreja etc. - o uniforme
constitui um dos principais sinais de autoridade.
36. walter_araujo@id.uff.br 36
DIFICULDADE NO ATENDIMENTO A CLIENTES E
CONFLITOS COM O PÚBLICO
O funcionário está completamente voltado para dentro da organização, para
suas normas e regulamentos internos, para suas rotinas e procedimentos,
para seu superior hierárquico que avalia o seu desempenho.
Essa sua atuação interiorizada para a organização geralmente o leva a criar
conflitos com os clientes da organização. Todos os clientes são atendidos de
forma padronizada, de acordo com os regulamentos e rotinas internos,
fazendo com que o público se irrite com a pouca atenção e descaso para
com os seus problemas particulares e pessoais.
Com as pressões do público, que pretende soluções personalizadas que a
burocracia padroniza, o funcionário passa a perceber essas pressões como
ameaças à sua própria segurança. Daí a tendência à defesa contra pressões
externas à burocracia.
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TEORIA DA AUTORIDADE
(Sistema de controle social)
Poder: é a probabilidade de o indivíduo executar sua vontade apesar
das resistências opostas (controle mediante ameaças, coações,
manipulação das condições) ≠ autoridade (obediência voluntária)
Persuasão: É a faculdade de o indivíduo influenciar a decisão ou
ação de outro, mediante a razão, a lógica e a argumentação
Tipos puros de autoridade
Tradicional: ordem social sagrada. Direito divino, tradição cultural,
herança. Ex: tribo, clã, sociedade medievais, família.
Carismática: rejeição à tradição e contra ordem social vigente.
Ordem encarnada numa pessoa. Ex: partidos políticos,
revolucionários, grupos religiosos
Racional: Baseada em normas sociais, administradas pela
meritocracia, com traços impessoais, técnicos e racionais. Ex:
exércitos, administração pública e empresas
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FUNÇÕES DA BUROCRACIA
Especialização: Objetiva o crescimento da produtividade
Estrutura: Dá forma e conteúdo à organização
Previsibilidade: Estabilização (por regras, regulamentos e
estruturas, racionalização relações humanas) => previsão ≠
sociedade anárquica
Racionalidade: Julgamentos segundo critérios gerais x
capricho, prestígio ou extravagância
Democracia: competência como única base para
manutenção de um cargo ≠ regra-impedimento
A experiência tende universalmente a mostrar que o tipo de administração de
organização puramente burocrático é, do ponto de vista puramente técnico,
capaz de alcançar o mais alto grau de eficiência e é, neste sentido,
formalmente o meio mais racional de levar a efeito um controle imperativo
sobre os seres humanos
A experiência tende universalmente a mostrar que o tipo de administração de
organização puramente burocrático é, do ponto de vista puramente técnico,
capaz de alcançar o mais alto grau de eficiência e é, neste sentido,
formalmente o meio mais racional de levar a efeito um controle imperativo
sobre os seres humanos
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AS DISFUNÇÕES DA
BUROCRACIA
Maior internalização das diretrizes: de meios
para objetivos
Maior despersonalização nos
relacionamentos: Cargos x pessoas
Hierarquia como base do processo
decisorial: decisões nos níveis mais altos
independentemente do conhecimento
Formalismo e conformidade às rotinas:
Formalismo das comunicações e devoção às normas
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Robert King Merton, nascido (Filadélfia, 5 de Julho de 1910 — Nova Iorque,
23 de Fevereiro de 2003) foi um sociólogo estadunidense.
É considerado um teórico fundamental da burocracia, da sociologia da ciência
e da comunicação de massa. Passou a maior parte de sua vida acadêmica
ensinando na Universidade Columbia.
Robert K. Merton é talvez mais conhecido por ter cunhado a expressão
"profecia auto-realizável". Também criou o conceito de grupo de referência.
Na sociologia da ciência, ficou famoso ao fazer uma análise weberiana do
nascimento da ciência na Inglaterra do século XVII, destacando o papel da
ética protestante na criação da Royal Society.
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Philip Selznick (08 de janeiro de 1919 - 12 de junho de
2010) foi professor de Direito e sociedade na
Universidade da Califórnia, Berkeley. O autor de
trabalhos na teoria organizacional, sociologia do direito
e administração pública.
Selznick recebeu seu PhD em 1947 pela Columbia
University, onde foi aluno de Robert K. Merton.
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Alvin Gouldner Ward nasceu em 29 de julho de 1920, em Nova
York e morreu em 15 de dezembro de 1980.
Ele era professor de sociologia na Universidade de Washington
em St. Louis, Professor na Universidade de Buffalo, presidente
da Sociedade para o Estudo dos Problemas Sociais, de
sociologia da Universidade de Amesterdã e Professor de
Sociologia da Universidade de Washington.
48. walter_araujo@id.uff.br 48
Contingências da Burocracia
Tamanho: número total de empregados
Formalização: nível de documentação escrita
Especialização: é o grau em que as atividades
organizacionais são divididas em tarefas
separadas. Maior especialização-> menor gama
de trabalho realizado
Padronização: atividades semelhantes do
trabalho são realizadas de maneira uniforme
Centralização: ponto geométrico da tomada de
decisão.
50. walter_araujo@id.uff.br 50
CRÍTICAS E AMEAÇAS À
BUROCRACIA
Críticas
Ênfase exagerada nas regras, procedimentos podem se tornar mais
importantes em si do que para seus fins
Executivos podem desenvolver dependência do “status”
Sufocar a iniciativa quando não houver regras. Falta de flexibilidade e
adaptabilidade a mudanças
Comportamento burocrático oficiosos
Relações impessoais podem levar a comportamentos estereotipados e
à falta de sensibilidade para incidentes ou problemas pessoais
Ameaças
Mudanças rápida e inesperada (boa para rotina)
Crescimento em tamanho (tamanho leva à complexidade)
Complexidade da tecnologia (diversificação e especialização)
Ameaça psicológica, ocorrendo a partir de uma mudança no
comportamento gerencial(ser humano; colaboração;ideais)
52. walter_araujo@id.uff.br 52
Tipos de Características Exemplos Tipos de Características Legitimação Aparato
Sociedade Autoridade Administrativo
Patriarcal e Clã, tribo, Não é racional. Tradição, Forma feudal
Tradicional patrimonialista. família, Tradicional Poder herdado hábitos, e patrimonial
Conservantismo sociedade ou delegado. usos e
medieval Baseada no costumes
“senhor”.
Personalista, Grupos Não é racional, Traços Inconstante
Carismática mística e revolucionários, nem herdada, pessoais e instável.
arbitrária. partidos políticos,Carismática nem delegável. (heroísmo, Escolhido pela
Revolucionária nações em Baseada no magia, lealdade e
revolução carisma poder mental) devoção ao
do líder. líder e não por
qualificações.
Legal, Racionalidade Estados modernos Legal, Legal, racional, Justiça, lei.
Racional e dos objetivos empresas, Racional ou formal e Promulgação Burocracia.
Burocrática e dos meios. e exércitos Burocrática impessoal. Regulamentação
Meritocrática. de normas legais
Tipologia de sociedades segundo Weber
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Vantagens da Burocracia
• Racionalidade.
• Precisão na definição do cargo e da operação.
• Rapidez nas decisões.
• Univocidade de interpretação.
• Uniformidade de rotinas e procedimentos.
• Continuidade da organização.
• Redução do atrito entre as pessoas.
• Constância.
• Confiabilidade.
• Benefícios para as pessoas na organização.
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Figura 11.2. Características e Disfunções da Burocracia
Características da Burocracia Disfunções da Burocracia
1. Caráter legal das normas
2. Caráter formal das comunicações
3. Divisão do trabalho
4. Impessoalidade no relacionamento
5. Hierarquização da autoridade
6. Rotinas e procedimentos
7. Competência técnica e mérito
8. Especialização da Administração
9. Profissionalização
1.Internalização das normas
2.Excesso de formalismo e papelório
3.Resistência às mudanças
4.Despersonalização do relacionamento
5.Categorização do relacionamento
6.Superconformidade
7.Exibição de sinais de autoridade
8.Dificuldades com os clientes
Previsibilidade do Funcionamento Imprevisibilidade do Funcionamento
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Figura 11.8 Graus de burocratização
Escassez de
burocratização:
Excesso de
Burocratização:
Falta de especialização,
bagunça, confusão
Falta de autoridade
Liberdade excessiva
Ausência de documentos,
informalidade
Ênfase nas pessoas
Apadrinhamento
Superespecialização,
hiper-responsabilidade
Excesso de autoridade.
Autocracia e imposição
Ordem e disciplina
Excesso de papelório.
Formalismo
Ênfase nos cargos
Excesso de exigências
Divisão do trabalho
Hierarquia
Regras e Regulamentos
Formalização das
Comunicações
Impessoalidade
Seleção e Promoção
do Pessoal
Desordem Eficiência Rigidez
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Apreciação Crítica da Teoria da Burocracia
1. Excesso de formalismo da burocracia.
2. Mecanicismo e as limitações da “teoria da máquina”.
3. Conservantismo da burocracia.
4. Abordagem de sistema fechado.
5. Abordagem descritiva e explicativa.
6. Críticas multivariadas à burocracia.
7. Posição da Teoria da Burocracia na Teoria das Organizações.
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Exercício 1:
Alexandre é o proprietário da Prometeus, uma conhecida empresa do ramo
imobiliário. Depois de décadas de atividade, a Prometeus precisa
deslanchar para abrir novos mercados. Durante todo esse tempo,
Alexandre havia assumido uma autoridade tipicamente carismática e que
agora precisa ser modificada para permitir o crescimento da empresa.
• Quais são as alternativas para ele?
• Qual a mais adequada para os objetivos de Alexandre?
Justifique.
Descreva como provavelmente são os critérios de recrutamento e
seleção de pessoal e o estilo de liderança de Alexandre.
• Como Alexandre poderia fazer a mudança do tipo de
autoridade
atual para o ideal?
• Quais seriam os prováveis obstáculos a serem
encontrados?
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Exercício 2:
Após rigoroso e exaustivo processo seletivo, Jorge conseguiu um emprego na
Fabribrás, uma grande empresa produtora de artigos de consumo, como
supervisor de tesouraria. Nos seus primeiros dias na empresa Jorge
passou por um programa de integração para melhor conhecer as
características da organização.
Recebeu vários manuais contendo regras, regulamentos, rotinas,
descrição do seu cargo, deveres e responsabilidades como funcionário.
Ficou impressionado com o alto grau de organização e de padronização
existente na empresa.
2.1. Mas, isso seria realmente uma característica
positiva da
organização?
2.2. Quais as vantagens advindas dos aspectos
mencionados?
2.3. Quais as desvantagens advindas dos aspectos
mencionados?
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Exercício 3:
Feliciano Albert fundara a @CTION há alguns anos e imprimiu nela
todo o seu carisma pessoal. Agora que acabou o impulso inicial e
a empresa crescera suficientemente, Feliciano pretende organizar
e burocratizar sua empresa para imprimir racionalidade no sentido
de evitar perdas e desperdícios decorrentes da improvisação e da
falta de planejamento.
3.1.Com base nisso, como Feliciano deve trabalhar seu estilo de
liderança e sua autoridade?
3.2.Quais os passos para Feliciano tornar sua empresa um
verdadeiro modelo burocrático?
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Exercício 4:
A Equifax é uma empresa que tem tudo para dar certo. Mas tudo sai errado.
Ela adotou um caráter legal e formal, definiu cargos e posições
hierárquicas, elaborou rotinas e procedimentos e profissionalizou a
diretoria e os participantes. Nada mais correto. Contudo, o resultado está
decepcionando: as pessoas apenas seguem as normas e procedimentos,
o formalismo é total e o papelório é uma loucura, as pessoas resistem às
mudanças, o relacionamento entre os funcionários é precário e
superficial, os chefes abusam das suas mordomias e se afastam dos
subordinados e os clientes vivem reclamando da falta de atenção aos
seus problemas.
Qual o fato gerador dos problemas desta empresa?
Se você fosse diretor da empresa, que medidas adotaria?
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Teoria Estruturalista da
Administração
(Ampliando os Horizontes da Empresa)• As Origens da Teoria Estruturalista.
• A Sociedade de Organizações.
• A Análise das Organizações.
• A Tipologia das Organizações.
• Os Objetivos Organizacionais.
• O Ambiente Organizacional.
• A Estratégia Organizacional.
• Os Conflitos Organizacionais.
• As Sátiras à Organização.
• Apreciação Crítica da Teoria
Estruturalista.
62. walter_araujo@id.uff.br 62
Origens da Teoria Estruturalista
1. A oposição surgida entre a Teoria Clássica e a de Relações Humanas.
2. A necessidade de visualizar a organização como uma unidade social
3. A influência do estruturalismo nas ciências sociais.
4. O novo conceito de estrutura.
1. A oposição surgida entre a Teoria Clássica e a de Relações Humanas.
2. A necessidade de visualizar a organização como uma unidade social
3. A influência do estruturalismo nas ciências sociais.
4. O novo conceito de estrutura.
1. As Organizações.
2. O homem organizacional.
3. A Sociedade de Organizações.
1. As Organizações.
2. O homem organizacional.
3. A Sociedade de Organizações.
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Análise das Organizações
1. Abordagem múltipla: organização formal e informal.
2. Abordagem múltipla: recompensas materiais e sociais.
3. Abordagem múltipla: os diferentes enfoques da organização.
4. Abordagem múltipla: os níveis da organização.
5. Abordagem múltipla: a diversidade de organizações.
6. Abordagem múltipla: análise interorganizacional.
1. Abordagem múltipla: organização formal e informal.
2. Abordagem múltipla: recompensas materiais e sociais.
3. Abordagem múltipla: os diferentes enfoques da organização.
4. Abordagem múltipla: os níveis da organização.
5. Abordagem múltipla: a diversidade de organizações.
6. Abordagem múltipla: análise interorganizacional.
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Tipologia de Etzioni
Tipos de Tipos de Poder Controle Ingresso e Envolvimento Exemplos
Organizações Utilizado Permanência Pessoal dos
dos Membros Membros
Organizações Coercitivo Prêmios e Coação, imposição, Alienativo, com Prisões e
Coercitivas punições força, ameaça, base no temor penitenciárias
medo
Organizações Normativo Moral e Convicção, fé, Moral e Igrejas,
Normativas ético crença, ideologia motivacional hospitais,
autoexpressão universidades
Organizações Remunerativo Incentivos Interesse, Calculativo. Empresas
Utilitárias econômicos vantagem Busca de em geral
percebida vantagens
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Tipologia de Blau e Scott
Beneficiário Principal Tipo de Organização Exemplos
Os próprios membros Associação de beneficiários Associações profissionais,
da organização mútuos cooperativas, sindicatos,
fundos mútuos, consórcios.
Os proprietários ou acionistas Organizações de interesses Sociedades anônimas ou
da organização comerciais empresas familiares
Os clientes Organizações de serviços Hospitais, universidades,
organizações religiosas e
filantrópicas, agências sociais
O público em geral Organizações de Estado Organização militar, correios e
telégrafos, segurança pública,
saneamento básico,
organização jurídica e penal
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Objetivos Organizacionais
1. Apresentação de uma situação futura.
2. Constituem uma fonte de legitimidade que justifica ações.
3. Servem como padrões para avaliar o desempenho.
4. Servem como unidade de medida para a produtividade.
1. Apresentação de uma situação futura.
2. Constituem uma fonte de legitimidade que justifica ações.
3. Servem como padrões para avaliar o desempenho.
4. Servem como unidade de medida para a produtividade.
1. Modelos de sobrevivência.
2. Modelos de eficiência.
1. Modelos de sobrevivência.
2. Modelos de eficiência.
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Ambiente Organizacional
1. Interdependência das organizações com a sociedade.
2. Conjunto organizacional.
1. Interdependência das organizações com a sociedade.
2. Conjunto organizacional.
Estratégia Organizacional
(segundo a abordagem estruturalista)
1. Competição.
2. Ajuste ou negociação.
3. Cooptação ou coopção.
4. Coalizão.
1. Competição.
2. Ajuste ou negociação.
3. Cooptação ou coopção.
4. Coalizão.
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Conflitos Organizacionais
1. Conflito entre a autoridade do especialista (conhecimento) e a
autoridade administrativa (hierarquia)
1. Organizações especializadas.
2. Organizações não-especializadas.
3. Organizações de serviços.
2. Dilemas da organização.
1. Dilema entre coordenação e comunicação livre.
2. Dilema entre disciplina burocrática e especialização profissional.
3. Dilema entre necessidade de planejamento centralizado e
necessidade de iniciativa individual
3. Conflitos entre linha e assessoria (staff).
1. Conflito entre a autoridade do especialista (conhecimento) e a
autoridade administrativa (hierarquia)
1. Organizações especializadas.
2. Organizações não-especializadas.
3. Organizações de serviços.
2. Dilemas da organização.
1. Dilema entre coordenação e comunicação livre.
2. Dilema entre disciplina burocrática e especialização profissional.
3. Dilema entre necessidade de planejamento centralizado e
necessidade de iniciativa individual
3. Conflitos entre linha e assessoria (staff).
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Apreciação Crítica da Teoria Estruturalista
1. Convergência de várias abordagens divergentes.
2. Ampliação da abordagem.
3. Dupla tendência teórica.
4. Análise organizacional mais ampla.
5. Inadequação das tipologias organizacionais.
6. Teoria de crise.
7. Teoria de transição e de mudança.
1. Convergência de várias abordagens divergentes.
2. Ampliação da abordagem.
3. Dupla tendência teórica.
4. Análise organizacional mais ampla.
5. Inadequação das tipologias organizacionais.
6. Teoria de crise.
7. Teoria de transição e de mudança.