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2010/ 2011
Sofia Maldonado 11ºK
A Relação entre o Homem e a Religião
Este tema possui dois pontos de vista: o ponto de vista do crente, o qual
não tem muito a explorar, pois para ele a religião (a sua) é algo inato; e o ponto
de vista do que não crê, que tem argumentos e contra argumentos e muito por
onde se explorar.
Neste trabalho, exploramos apenas o ponto de vista do não crente.
Desde os primórdios da humanidade que o Homem pratica vários tipos de
rituais, ideologias e venerações, nunca tendo havido uma nação sem tal tipo de
práticas.
Estes tipos de venerações podiam ser bons (orientar uma população a
seguir critérios morais, de costumes, de honra, etc.) ou negativos (sacrifícios,
torturas, alterações ou violações físicas, etc.), isto da perspectiva da nossa
sociedade.
Claro que muitas destas venerações foram abandonadas ao longo do
tempo, umas devido à sua irracionalidade, brutalidade ou ao desenvolvimento do
pensamento humano, outras substituídas pelas religiões dominantes, algumas
ainda da actualidade.
Apesar de o número de ateus e de não religiosos estar a aumentar com o
passar do tempo, ainda é 83 a percentagem de pessoas religiosas no mundo (era
95% há cerca de 5 anos).
32% dessas pessoas são católicas, e logo abaixo na escala vem o
Islamismo, sendo estas as duas religiões predominantes da actualidade.
Mas, mesmo com a grande quantidade de seguidores que estas duas
doutrinas possuem, os seus seguidores têm vindo a diminuir notoriamente,
muitos deles aderindo a uma outra doutrina menos conflituosa com o
pensamento das sociedades do século XXI, o Budismo.
Voltando ao Homem, é-lhe inevitável cair na idealização ao substituir algo
finito pelo desejado infinito (já que, mesmo sabendo que tudo tem um prazo, o
Homem recusa-se a aceitar essa verdade, pois isso significaria o seu próprio fim,
acabando por criar uma verdade alternativa),
Isso acrescentado ao facto de fazer parte da sua natureza procurar um
significado último para tudo o que o rodeia, faz com que ele se projecte
automaticamente num ídolo, sendo este, por norma, um deus.
E com todas estas acções e opções que denunciam a sua parte fraca, o
Homem, em vez de ficar a compreender e conhecer o grande Mistério (tudo
aquilo que ele não sabe), toma a sua posse (através da tal criação de uma
verdade alternativa), manipulando todos os que o rodeiam (e um bom exemplo
desta ocorrência é Jesus Cristo, o grande profeta da religião cristã).
O desconhecido, o mistério, a solidão, o sofrimento... tudo o que provoca
sensações negativas no Homem faz com que ele recorra automaticamente a uma
crença (tal como se tem verificado ao longo da história da humanidade).
Esse é um argumento que tem sido utilizado tanto pelos religiosos, como
pelos não religiosos – religiosos dizem que o humano apenas recorre a uma
crença (o seu deus) nestas alturas, devido a um ‘chamamento sagrado’; e os não
religiosos respondem, dizendo que o humano apenas recorre a uma crença
nestas alturas, pois necessita de um conforto emocional.
Este argumento dos não religiosos tem um fundamento, que se tem
verificado sobretudo na actualidade: antigamente as pessoas eram
profundamente religiosas, sendo também antigamente (nem há muito tempo),
viviam-se grandes tempos de crise (o ‘Crash’, por exemplo), fome, falta de
educação intelectual, etc. Mas quando a humanidade começou a aproximar-se do
século XXI, as pessoas começaram a viver melhor, a crise já não se notava tanto, a
educação começou a melhorar, tal como a intelectualização do homem em geral
(nos países desenvolvidos, é claro), e, por ‘pura coincidência’, o número de
crentes começou a diminuir drasticamente.
O progresso da humanidade, a melhor qualidade de vida, entre outras
mudanças positivas, tornaram a vida em algo menos sofrido e menos intenso,
fazendo com que o Homem da actualidade já não sinta aquela necessidade
intensa de recorrer ao divino para alcançar algum conforto, como outrora.
Outro fenómeno a reparar é o facto de que a religião, no presente, tem se
tornado num costume e/ou numa opção, já não sendo considerada inata
(contrariando a filosofia cartesiana).
A religião é agora uma questão cultural, e não divinal.
Resumindo isto tudo num pequeno texto, a religião é como o cheesecake.
A preferência pelo cheesecake não é inata, já que o Homem não necessita
dele para sobreviver. Mas já a necessidade de gordura e de açúcar é necessária à
sua sobrevivência, e o cheesecake combina estes dois elementos numa forma
inteligente e muito saborosa, tornando-se muito apreciado pelo Homem. O
mesmo vai para a religião: esta combina a necessidade psicológica de explicação
com a segurança e conforto emocionais, tornando-se extremamente apelativa e
apreciada pelo Homem, mesmo que esta não seja necessária à sua sobrevivência.
Fontes:
http://www.ezsoftech.com/akram/manandreligion.asp
http://www.religious-information.com/does-man-need-religion.html
http://www.adherents.com/Religions_By_Adherents.html
Trabalho realizado por:
Sofia Maldonado nº26 11ºK

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A relação entre o homem e a religião

  • 1. Escola António Arroio 2010/ 2011 Sofia Maldonado 11ºK A Relação entre o Homem e a Religião Este tema possui dois pontos de vista: o ponto de vista do crente, o qual não tem muito a explorar, pois para ele a religião (a sua) é algo inato; e o ponto de vista do que não crê, que tem argumentos e contra argumentos e muito por onde se explorar. Neste trabalho, exploramos apenas o ponto de vista do não crente. Desde os primórdios da humanidade que o Homem pratica vários tipos de rituais, ideologias e venerações, nunca tendo havido uma nação sem tal tipo de práticas. Estes tipos de venerações podiam ser bons (orientar uma população a seguir critérios morais, de costumes, de honra, etc.) ou negativos (sacrifícios, torturas, alterações ou violações físicas, etc.), isto da perspectiva da nossa sociedade. Claro que muitas destas venerações foram abandonadas ao longo do tempo, umas devido à sua irracionalidade, brutalidade ou ao desenvolvimento do pensamento humano, outras substituídas pelas religiões dominantes, algumas ainda da actualidade. Apesar de o número de ateus e de não religiosos estar a aumentar com o passar do tempo, ainda é 83 a percentagem de pessoas religiosas no mundo (era 95% há cerca de 5 anos). 32% dessas pessoas são católicas, e logo abaixo na escala vem o Islamismo, sendo estas as duas religiões predominantes da actualidade. Mas, mesmo com a grande quantidade de seguidores que estas duas doutrinas possuem, os seus seguidores têm vindo a diminuir notoriamente, muitos deles aderindo a uma outra doutrina menos conflituosa com o pensamento das sociedades do século XXI, o Budismo. Voltando ao Homem, é-lhe inevitável cair na idealização ao substituir algo finito pelo desejado infinito (já que, mesmo sabendo que tudo tem um prazo, o Homem recusa-se a aceitar essa verdade, pois isso significaria o seu próprio fim, acabando por criar uma verdade alternativa), Isso acrescentado ao facto de fazer parte da sua natureza procurar um significado último para tudo o que o rodeia, faz com que ele se projecte automaticamente num ídolo, sendo este, por norma, um deus. E com todas estas acções e opções que denunciam a sua parte fraca, o Homem, em vez de ficar a compreender e conhecer o grande Mistério (tudo
  • 2. aquilo que ele não sabe), toma a sua posse (através da tal criação de uma verdade alternativa), manipulando todos os que o rodeiam (e um bom exemplo desta ocorrência é Jesus Cristo, o grande profeta da religião cristã). O desconhecido, o mistério, a solidão, o sofrimento... tudo o que provoca sensações negativas no Homem faz com que ele recorra automaticamente a uma crença (tal como se tem verificado ao longo da história da humanidade). Esse é um argumento que tem sido utilizado tanto pelos religiosos, como pelos não religiosos – religiosos dizem que o humano apenas recorre a uma crença (o seu deus) nestas alturas, devido a um ‘chamamento sagrado’; e os não religiosos respondem, dizendo que o humano apenas recorre a uma crença nestas alturas, pois necessita de um conforto emocional. Este argumento dos não religiosos tem um fundamento, que se tem verificado sobretudo na actualidade: antigamente as pessoas eram profundamente religiosas, sendo também antigamente (nem há muito tempo), viviam-se grandes tempos de crise (o ‘Crash’, por exemplo), fome, falta de educação intelectual, etc. Mas quando a humanidade começou a aproximar-se do século XXI, as pessoas começaram a viver melhor, a crise já não se notava tanto, a educação começou a melhorar, tal como a intelectualização do homem em geral (nos países desenvolvidos, é claro), e, por ‘pura coincidência’, o número de crentes começou a diminuir drasticamente. O progresso da humanidade, a melhor qualidade de vida, entre outras mudanças positivas, tornaram a vida em algo menos sofrido e menos intenso, fazendo com que o Homem da actualidade já não sinta aquela necessidade intensa de recorrer ao divino para alcançar algum conforto, como outrora. Outro fenómeno a reparar é o facto de que a religião, no presente, tem se tornado num costume e/ou numa opção, já não sendo considerada inata (contrariando a filosofia cartesiana). A religião é agora uma questão cultural, e não divinal. Resumindo isto tudo num pequeno texto, a religião é como o cheesecake. A preferência pelo cheesecake não é inata, já que o Homem não necessita dele para sobreviver. Mas já a necessidade de gordura e de açúcar é necessária à sua sobrevivência, e o cheesecake combina estes dois elementos numa forma inteligente e muito saborosa, tornando-se muito apreciado pelo Homem. O mesmo vai para a religião: esta combina a necessidade psicológica de explicação com a segurança e conforto emocionais, tornando-se extremamente apelativa e apreciada pelo Homem, mesmo que esta não seja necessária à sua sobrevivência. Fontes: http://www.ezsoftech.com/akram/manandreligion.asp http://www.religious-information.com/does-man-need-religion.html http://www.adherents.com/Religions_By_Adherents.html
  • 3. Trabalho realizado por: Sofia Maldonado nº26 11ºK