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Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011                                  33

                                III – TRIÂNGULOS E QUADRILÁTEROS


1. CEVIANAS E PONTOS NOTÁVEIS DE UM TRIÂNGULO


Definição 1: Ceviana é todo segmento que tem uma extremidade num vértice qualquer de um
             triângulo e a outra num ponto qualquer da reta suporte do lado oposto a esse
             vértice.

Definição 2: O encontro das mediatrizes dos lados de um triângulo é único e chama-se
             circuncentro.
Propriedade 1: O circuncentro é o centro da circunferência circunscrita ao triângulo.

Observação: O circuncentro pode ser interno (no triângulo acutângulo) ou externo (no triângulo
obtusângulo) ou pertencer a um dos lados, sendo, neste caso o seu ponto médio (no triângulo
retângulo).


Definição 3: Mediana é toda ceviana que tem uma extremidade no ponto médio de um lado. O
             ponto de encontro das medianas é único e chama-se baricentro.
Propriedade 2: o segmento que une os pontos médios de dois lados de um triângulo é paralelo
               ao terceiro lado e tem por medida a metade da medida do terceiro lado.
Propriedade 3: O baricentro de um triângulo divide cada mediana na razão de 2 para 1, a partir
               do vértice.
Observação: O baricentro é sempre interno ao triângulo.



Definição 4: Bissetriz interna é toda ceviana que divide um ângulo interno em dois ângulos
             adjacentes e congruentes. O ponto de encontro das bissetrizes internas é único e
             chama-se incentro.
Propriedade 4: O incentro é o centro da circunferência inscrita ao triângulo.
Observação: O incentro é sempre interno ao triângulo.



Definição 5: Altura é toda ceviana perpendicular a um lado ou ao seu suporte. O ponto de
             encontro das alturas de um triângulo é único e chama-se ortocentro.
Observação: O ortocentro pode ser interno (no triângulo acutângulo) ou externo (no triângulo
            obtusângulo) ou coincidir com um dos vértices, no caso, o do ângulo reto (no
            triângulo retângulo).
Definição 6: O triângulo HaHbHc é denominado triângulo órtico ou pedal.




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2. CONSTRUÇÃO DE TRIÂNGULOS

      Construir um triângulo significa determinar a posição dos seus vértices. Devem ser
fornecidos sempre 3 elementos, um deles necessariamente linear, isto é, ou um lado ou uma
altura ou uma mediana, etc.
      Na discussão da quantidade de soluções pode-se analisar a posição na qual o triângulo
foi desenhado e o tamanho obtido.

Exercícios:

Construir o triângulo ABC, sendo dados:
1. a=40mm, ha =28mm e B=45o

2. a=40mm, ma =30mm e C=60o

3. a=55mm , r=20mm e B=75o

4. b=60mm , r=15mm e Â=90o

5. a=40mm , R=30mm e ha=30mm
Observação: R é o raio da circunferência circunscrita ao triângulo

6. b=50mm, c=70mm e mb=72mm

7. c=35mm , sb=38mm e B=60o
Observação: sb é a bissetriz interna relativa ao lado b

8. a=45mm, mb=32mm e mc=40mm

9. a=43mm, ma=40mm e mb=38mm

10. Ma, Mb e Mc em posição




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3. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS QUADRILÁTEROS
                                                                                           B
                                                                        A
• Num quadrilátero qualquer ABCD a soma dos
   ângulos internos é 360º.
• Um quadrilátero ABCD é inscritível quando a soma                       D
  de seus ângulos opostos é 180º.                                                      C
• Um quadrilátero ABCD é circunscritível quando as somas das medidas de seus lados
  opostos são iguais.

4. QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS

4.1. TRAPÉZIO

Definição: Trapézio é todo quadrilátero que possui um par, e somente um par, de lados opostos
           paralelos.
   A distância entre as bases é chamada de altura do trapézio.
   Os trapézios se classificam em:
   • Escaleno: quando os lados não-paralelos não são congruentes (a)
   • Isósceles: quando os lados não-paralelos são congruentes (b)
   • Retângulo: quando um dos os lados não-paralelos é perpendicular às bases (c)


         A         B          A                      B         A               B

  D                    C                                      D                    C
                                  D              C
             (a)                          (b)                           (c)

Propriedade: Num trapézio isósceles os ângulos de uma mesma base são iguais e as
diagonais são também são iguais.

4.2. PARALELOGRAMO

Definição: Paralelogramo é todo quadrilátero que possui os pares de lados opostos
           respectivamente paralelos.

Propriedades:

  Os ângulos opostos são iguais, os lados opostos são iguais e as diagonais interceptam-se
em no ponto médio.

    Os paralelogramos se classificam em:
   • Paralelogramos
   • Retângulo: quando possui ângulos retos.
   • Losango: quando possui os quatro lados congruentes.
   • Quadrado: quando possui os ângulo retos e os quatro lados congruentes.




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    O retângulo, o quadrado e o losango possuem todas as propriedades dos paralelogramos.
E, além disso, possuem as seguintes propriedades:

   •   Em todo retângulo as diagonais são congruente

   •   Em todo losango as diagonais são perpendiculares e bissetrizes dos ângulos internos.

   •   Como todo quadrado é um retângulo, então suas diagonais são congruentes, e como ele
       também é losango, suas diagonais são perpendiculares e bissetrizes dos ângulos
       internos.


5. CONSTRUÇÃO DE QUADRILÁTEROS

    Um quadrilátero pode ser entendido como uma composição de dois triângulos. Para
construí-lo, é necessário conhecer 5 de seus elementos, sendo necessariamente um deles
linear:
    • Com três deles, pode-se construir um dos triângulos em que o quadrilátero fica dividido
        por uma de suas diagonais;
    • Com os outros dois determina-se o quarto vértice.

   Observação: Quando se trata de um quadrilátero notável, há dados que já estão implícitos.


Exercícios:
   Construir um quadrilátero ABCD sendo dados:
   1) AB=22mm, BC=31mm, CD=25mm, AC=36mm, D=75o
   2) AB=32mm, BC=35mm, CD=14mm, AC=42mm, BD=40mm
   3) Paralelogramo, AB=35mm, AC=30mm, BD=50mm
   4) Paralelogramo, AC=40mm, BD=58mm, AMD=60o, M é o ponto de encontro das diagonais
   5) Paralelogramo, AB=60, AD=30, AC=55
   6) Paralelogramo dado em posição A, B e M
   7) Quadrado dado o lado l=30mm
   8) Quadrado dado a diagonal d=40mm
   9) Retângulo, R=30 (raio da circunferência circunscrita), AB=36mm
   10) Losango dado AC=35mm e BD=25mm




                                                                               a
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                IV - DIVISÃO, RETIFICAÇÃO E DESRETIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA
                                     E POLÍGONOS REGULARES



1. DIVISÃO DA CIRCUNFERÊNCIA EM PARTES IGUAIS

     Dividir a circunferência em partes (ou arcos) iguais é o mesmo que construir polígonos
regulares. Isso porque os pontos que dividem uma circunferência em um número n (n>2)
qualquer de partes iguais são sempre vértices de um polígono regular inscrito na mesma.
     Ao dividir uma circunferência em n partes iguais, tem-se também a divisão da mesma em
2n partes, bastando para isso traçar bissetrizes.
     Existem processos exatos e aproximados para a divisão da circunferência. Se existe um
processo exato para divisão da circunferência este deve ser utilizado (e não um aproximado).


1.1 Processos Exatos
                                                                                                    o
       Ao dividir a circunferência em n partes iguais, divide-se o ângulo central de 360 em n
partes também iguais. Logo, o ângulo central (vértice no centro e lados passando por vértices
consecutivos do polígono) correspondente à divisão da circunferência em n partes iguais
           o
medirá 360 /n. O lado de um polígono regular de n lados é denotado por l n .

Problemas:

1) Dividir uma circunferência em n = 2, 4, 8, 16,... = 2.2m partes; m ∈N




      Medida do l4 numa circunferência de raio r é l 4 = r 2 .

          n          ÂNGULO CENTRAL                  POLÍGONO REGULAR
                              o
          2               180                      2 arcos capazes de 90o
                             o
          4                90                             Quadrado
                             o
          8                45                             Octógono
                               o
          16             22,5                          Hexadecágono


                                                                               a
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2) Dividir uma circunferência em n = 3, 6, 12, ... = 3.2m partes; m ∈N




      Medida do l 6 numa circunferência de raio r é l 6 = r.
      Medida do l3 numa circunferência de raio r é l3 = r 3 .

          n          ÂNGULO CENTRAL                  POLÍGONO REGULAR
                              o
           3              120                        Triângulo equilátero
                             o
           6               60                             Hexágono
                             o
          12               30                            Dodecágono


3) Dividir uma circunferência em n = 5, 10, 20, ... = 5.2m partes; m ∈N




                                                                               a
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      Propriedade: Para uma mesma circunferência, o l5 é hipotenusa de um triângulo
retângulo cujos catetos são o l6 e l10 .




          n          ÂNGULO CENTRAL                  POLÍGONO REGULAR
           5              72o                            Pentágono
          10              36o                            Decágono
          20              18o                            Icoságono



Exercícios:

1) Construir os polígonos regulares de n lados sendo dado a medida do lado l.
      a) n = 3
      b) n = 4
      c) n = 5
      d) n = 6
      e) n = 8
      f) n= 10




                                                                               a
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1.2 Processos Aproximados

     Para dividir uma circunferência em 7, 9, 11, 13,... partes iguais, utiliza-se processos
aproximados.

      Processo de Rinaldini: Divide-se o diâmetro em n partes iguais, tantas quantas se quer
dividir a circunferência. Obtendo os pontos A e B. Construir uma circunferência de centro A e
raio igual ao diâmetro da mesma, e outra circunferência de centro B e raio igual ao diâmetro da
circunferência, determinando os pontos P e Q. Unir os pontos P e Q aos pontos de divisão do
diâmetro, utilizando os pares ou os ímpares.




                                                                               a
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2. RETIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA

    Retificar uma circunferência consiste em obter o seu perímetro. Ou seja, obter seu
comprimento C, tal que C = 2πr.

       Considere o seguinte problema:
       Obter o lado l de um quadrado cuja área seja igual à de um círculo de raio r conhecido,
utilizando apenas régua e compasso. (Problema da quadratura do círculo).
                                                               2    2
       Como as áreas devem ser iguais então devemos ter l = πr = πr.r, logo, l é média
geométrica entre πr e r.
       Em 1882, Lindemann (1852-1939) demonstrou que a quadratura do círculo é impossível
utilizando apenas régua e compasso, ou seja, que é impossível obter graficamente o valor πr.
       Desta forma, foram desenvolvidos vários processos pelos quais se obtém valores
aproximados para a construção do segmento de medida πr.


PROCESSO DE ARQUIMEDES
     Utiliza-se o valor aproximado para π: π ′ = 22/7 = 3 1/7 = 3,1428571... ≅ π = 3,141592....
     Logo, o valor aproximado para o perímetro de uma circunferência de raio r é:
                                                       1        1
                               C′ = 2 π ′ r = π ′ d = 3 d = 3d + d
                                                       7        7
Problema: Retificar uma circunferência de raio 2cm utilizando o processo de Arquimedes.




                                                                               a
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Construção e propriedades de triângulos e quadrilateros

  • 1. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 33 III – TRIÂNGULOS E QUADRILÁTEROS 1. CEVIANAS E PONTOS NOTÁVEIS DE UM TRIÂNGULO Definição 1: Ceviana é todo segmento que tem uma extremidade num vértice qualquer de um triângulo e a outra num ponto qualquer da reta suporte do lado oposto a esse vértice. Definição 2: O encontro das mediatrizes dos lados de um triângulo é único e chama-se circuncentro. Propriedade 1: O circuncentro é o centro da circunferência circunscrita ao triângulo. Observação: O circuncentro pode ser interno (no triângulo acutângulo) ou externo (no triângulo obtusângulo) ou pertencer a um dos lados, sendo, neste caso o seu ponto médio (no triângulo retângulo). Definição 3: Mediana é toda ceviana que tem uma extremidade no ponto médio de um lado. O ponto de encontro das medianas é único e chama-se baricentro. Propriedade 2: o segmento que une os pontos médios de dois lados de um triângulo é paralelo ao terceiro lado e tem por medida a metade da medida do terceiro lado. Propriedade 3: O baricentro de um triângulo divide cada mediana na razão de 2 para 1, a partir do vértice. Observação: O baricentro é sempre interno ao triângulo. Definição 4: Bissetriz interna é toda ceviana que divide um ângulo interno em dois ângulos adjacentes e congruentes. O ponto de encontro das bissetrizes internas é único e chama-se incentro. Propriedade 4: O incentro é o centro da circunferência inscrita ao triângulo. Observação: O incentro é sempre interno ao triângulo. Definição 5: Altura é toda ceviana perpendicular a um lado ou ao seu suporte. O ponto de encontro das alturas de um triângulo é único e chama-se ortocentro. Observação: O ortocentro pode ser interno (no triângulo acutângulo) ou externo (no triângulo obtusângulo) ou coincidir com um dos vértices, no caso, o do ângulo reto (no triângulo retângulo). Definição 6: O triângulo HaHbHc é denominado triângulo órtico ou pedal. a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
  • 2. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 34 2. CONSTRUÇÃO DE TRIÂNGULOS Construir um triângulo significa determinar a posição dos seus vértices. Devem ser fornecidos sempre 3 elementos, um deles necessariamente linear, isto é, ou um lado ou uma altura ou uma mediana, etc. Na discussão da quantidade de soluções pode-se analisar a posição na qual o triângulo foi desenhado e o tamanho obtido. Exercícios: Construir o triângulo ABC, sendo dados: 1. a=40mm, ha =28mm e B=45o 2. a=40mm, ma =30mm e C=60o 3. a=55mm , r=20mm e B=75o 4. b=60mm , r=15mm e Â=90o 5. a=40mm , R=30mm e ha=30mm Observação: R é o raio da circunferência circunscrita ao triângulo 6. b=50mm, c=70mm e mb=72mm 7. c=35mm , sb=38mm e B=60o Observação: sb é a bissetriz interna relativa ao lado b 8. a=45mm, mb=32mm e mc=40mm 9. a=43mm, ma=40mm e mb=38mm 10. Ma, Mb e Mc em posição a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
  • 3. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 35 3. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS QUADRILÁTEROS B A • Num quadrilátero qualquer ABCD a soma dos ângulos internos é 360º. • Um quadrilátero ABCD é inscritível quando a soma D de seus ângulos opostos é 180º. C • Um quadrilátero ABCD é circunscritível quando as somas das medidas de seus lados opostos são iguais. 4. QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS 4.1. TRAPÉZIO Definição: Trapézio é todo quadrilátero que possui um par, e somente um par, de lados opostos paralelos. A distância entre as bases é chamada de altura do trapézio. Os trapézios se classificam em: • Escaleno: quando os lados não-paralelos não são congruentes (a) • Isósceles: quando os lados não-paralelos são congruentes (b) • Retângulo: quando um dos os lados não-paralelos é perpendicular às bases (c) A B A B A B D C D C D C (a) (b) (c) Propriedade: Num trapézio isósceles os ângulos de uma mesma base são iguais e as diagonais são também são iguais. 4.2. PARALELOGRAMO Definição: Paralelogramo é todo quadrilátero que possui os pares de lados opostos respectivamente paralelos. Propriedades: Os ângulos opostos são iguais, os lados opostos são iguais e as diagonais interceptam-se em no ponto médio. Os paralelogramos se classificam em: • Paralelogramos • Retângulo: quando possui ângulos retos. • Losango: quando possui os quatro lados congruentes. • Quadrado: quando possui os ângulo retos e os quatro lados congruentes. a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
  • 4. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 36 O retângulo, o quadrado e o losango possuem todas as propriedades dos paralelogramos. E, além disso, possuem as seguintes propriedades: • Em todo retângulo as diagonais são congruente • Em todo losango as diagonais são perpendiculares e bissetrizes dos ângulos internos. • Como todo quadrado é um retângulo, então suas diagonais são congruentes, e como ele também é losango, suas diagonais são perpendiculares e bissetrizes dos ângulos internos. 5. CONSTRUÇÃO DE QUADRILÁTEROS Um quadrilátero pode ser entendido como uma composição de dois triângulos. Para construí-lo, é necessário conhecer 5 de seus elementos, sendo necessariamente um deles linear: • Com três deles, pode-se construir um dos triângulos em que o quadrilátero fica dividido por uma de suas diagonais; • Com os outros dois determina-se o quarto vértice. Observação: Quando se trata de um quadrilátero notável, há dados que já estão implícitos. Exercícios: Construir um quadrilátero ABCD sendo dados: 1) AB=22mm, BC=31mm, CD=25mm, AC=36mm, D=75o 2) AB=32mm, BC=35mm, CD=14mm, AC=42mm, BD=40mm 3) Paralelogramo, AB=35mm, AC=30mm, BD=50mm 4) Paralelogramo, AC=40mm, BD=58mm, AMD=60o, M é o ponto de encontro das diagonais 5) Paralelogramo, AB=60, AD=30, AC=55 6) Paralelogramo dado em posição A, B e M 7) Quadrado dado o lado l=30mm 8) Quadrado dado a diagonal d=40mm 9) Retângulo, R=30 (raio da circunferência circunscrita), AB=36mm 10) Losango dado AC=35mm e BD=25mm a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
  • 5. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 37 IV - DIVISÃO, RETIFICAÇÃO E DESRETIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA E POLÍGONOS REGULARES 1. DIVISÃO DA CIRCUNFERÊNCIA EM PARTES IGUAIS Dividir a circunferência em partes (ou arcos) iguais é o mesmo que construir polígonos regulares. Isso porque os pontos que dividem uma circunferência em um número n (n>2) qualquer de partes iguais são sempre vértices de um polígono regular inscrito na mesma. Ao dividir uma circunferência em n partes iguais, tem-se também a divisão da mesma em 2n partes, bastando para isso traçar bissetrizes. Existem processos exatos e aproximados para a divisão da circunferência. Se existe um processo exato para divisão da circunferência este deve ser utilizado (e não um aproximado). 1.1 Processos Exatos o Ao dividir a circunferência em n partes iguais, divide-se o ângulo central de 360 em n partes também iguais. Logo, o ângulo central (vértice no centro e lados passando por vértices consecutivos do polígono) correspondente à divisão da circunferência em n partes iguais o medirá 360 /n. O lado de um polígono regular de n lados é denotado por l n . Problemas: 1) Dividir uma circunferência em n = 2, 4, 8, 16,... = 2.2m partes; m ∈N Medida do l4 numa circunferência de raio r é l 4 = r 2 . n ÂNGULO CENTRAL POLÍGONO REGULAR o 2 180 2 arcos capazes de 90o o 4 90 Quadrado o 8 45 Octógono o 16 22,5 Hexadecágono a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
  • 6. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 38 2) Dividir uma circunferência em n = 3, 6, 12, ... = 3.2m partes; m ∈N Medida do l 6 numa circunferência de raio r é l 6 = r. Medida do l3 numa circunferência de raio r é l3 = r 3 . n ÂNGULO CENTRAL POLÍGONO REGULAR o 3 120 Triângulo equilátero o 6 60 Hexágono o 12 30 Dodecágono 3) Dividir uma circunferência em n = 5, 10, 20, ... = 5.2m partes; m ∈N a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
  • 7. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 39 Propriedade: Para uma mesma circunferência, o l5 é hipotenusa de um triângulo retângulo cujos catetos são o l6 e l10 . n ÂNGULO CENTRAL POLÍGONO REGULAR 5 72o Pentágono 10 36o Decágono 20 18o Icoságono Exercícios: 1) Construir os polígonos regulares de n lados sendo dado a medida do lado l. a) n = 3 b) n = 4 c) n = 5 d) n = 6 e) n = 8 f) n= 10 a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
  • 8. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 40 1.2 Processos Aproximados Para dividir uma circunferência em 7, 9, 11, 13,... partes iguais, utiliza-se processos aproximados. Processo de Rinaldini: Divide-se o diâmetro em n partes iguais, tantas quantas se quer dividir a circunferência. Obtendo os pontos A e B. Construir uma circunferência de centro A e raio igual ao diâmetro da mesma, e outra circunferência de centro B e raio igual ao diâmetro da circunferência, determinando os pontos P e Q. Unir os pontos P e Q aos pontos de divisão do diâmetro, utilizando os pares ou os ímpares. a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
  • 9. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 41 2. RETIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA Retificar uma circunferência consiste em obter o seu perímetro. Ou seja, obter seu comprimento C, tal que C = 2πr. Considere o seguinte problema: Obter o lado l de um quadrado cuja área seja igual à de um círculo de raio r conhecido, utilizando apenas régua e compasso. (Problema da quadratura do círculo). 2 2 Como as áreas devem ser iguais então devemos ter l = πr = πr.r, logo, l é média geométrica entre πr e r. Em 1882, Lindemann (1852-1939) demonstrou que a quadratura do círculo é impossível utilizando apenas régua e compasso, ou seja, que é impossível obter graficamente o valor πr. Desta forma, foram desenvolvidos vários processos pelos quais se obtém valores aproximados para a construção do segmento de medida πr. PROCESSO DE ARQUIMEDES Utiliza-se o valor aproximado para π: π ′ = 22/7 = 3 1/7 = 3,1428571... ≅ π = 3,141592.... Logo, o valor aproximado para o perímetro de uma circunferência de raio r é: 1 1 C′ = 2 π ′ r = π ′ d = 3 d = 3d + d 7 7 Problema: Retificar uma circunferência de raio 2cm utilizando o processo de Arquimedes. a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa