SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 9
Descargar para leer sin conexión
Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011                                  33

                                III – TRIÂNGULOS E QUADRILÁTEROS


1. CEVIANAS E PONTOS NOTÁVEIS DE UM TRIÂNGULO


Definição 1: Ceviana é todo segmento que tem uma extremidade num vértice qualquer de um
             triângulo e a outra num ponto qualquer da reta suporte do lado oposto a esse
             vértice.

Definição 2: O encontro das mediatrizes dos lados de um triângulo é único e chama-se
             circuncentro.
Propriedade 1: O circuncentro é o centro da circunferência circunscrita ao triângulo.

Observação: O circuncentro pode ser interno (no triângulo acutângulo) ou externo (no triângulo
obtusângulo) ou pertencer a um dos lados, sendo, neste caso o seu ponto médio (no triângulo
retângulo).


Definição 3: Mediana é toda ceviana que tem uma extremidade no ponto médio de um lado. O
             ponto de encontro das medianas é único e chama-se baricentro.
Propriedade 2: o segmento que une os pontos médios de dois lados de um triângulo é paralelo
               ao terceiro lado e tem por medida a metade da medida do terceiro lado.
Propriedade 3: O baricentro de um triângulo divide cada mediana na razão de 2 para 1, a partir
               do vértice.
Observação: O baricentro é sempre interno ao triângulo.



Definição 4: Bissetriz interna é toda ceviana que divide um ângulo interno em dois ângulos
             adjacentes e congruentes. O ponto de encontro das bissetrizes internas é único e
             chama-se incentro.
Propriedade 4: O incentro é o centro da circunferência inscrita ao triângulo.
Observação: O incentro é sempre interno ao triângulo.



Definição 5: Altura é toda ceviana perpendicular a um lado ou ao seu suporte. O ponto de
             encontro das alturas de um triângulo é único e chama-se ortocentro.
Observação: O ortocentro pode ser interno (no triângulo acutângulo) ou externo (no triângulo
            obtusângulo) ou coincidir com um dos vértices, no caso, o do ângulo reto (no
            triângulo retângulo).
Definição 6: O triângulo HaHbHc é denominado triângulo órtico ou pedal.




                                                                               a
       UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011                                  34

2. CONSTRUÇÃO DE TRIÂNGULOS

      Construir um triângulo significa determinar a posição dos seus vértices. Devem ser
fornecidos sempre 3 elementos, um deles necessariamente linear, isto é, ou um lado ou uma
altura ou uma mediana, etc.
      Na discussão da quantidade de soluções pode-se analisar a posição na qual o triângulo
foi desenhado e o tamanho obtido.

Exercícios:

Construir o triângulo ABC, sendo dados:
1. a=40mm, ha =28mm e B=45o

2. a=40mm, ma =30mm e C=60o

3. a=55mm , r=20mm e B=75o

4. b=60mm , r=15mm e Â=90o

5. a=40mm , R=30mm e ha=30mm
Observação: R é o raio da circunferência circunscrita ao triângulo

6. b=50mm, c=70mm e mb=72mm

7. c=35mm , sb=38mm e B=60o
Observação: sb é a bissetriz interna relativa ao lado b

8. a=45mm, mb=32mm e mc=40mm

9. a=43mm, ma=40mm e mb=38mm

10. Ma, Mb e Mc em posição




                                                                               a
       UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011                                  35

3. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS QUADRILÁTEROS
                                                                                           B
                                                                        A
• Num quadrilátero qualquer ABCD a soma dos
   ângulos internos é 360º.
• Um quadrilátero ABCD é inscritível quando a soma                       D
  de seus ângulos opostos é 180º.                                                      C
• Um quadrilátero ABCD é circunscritível quando as somas das medidas de seus lados
  opostos são iguais.

4. QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS

4.1. TRAPÉZIO

Definição: Trapézio é todo quadrilátero que possui um par, e somente um par, de lados opostos
           paralelos.
   A distância entre as bases é chamada de altura do trapézio.
   Os trapézios se classificam em:
   • Escaleno: quando os lados não-paralelos não são congruentes (a)
   • Isósceles: quando os lados não-paralelos são congruentes (b)
   • Retângulo: quando um dos os lados não-paralelos é perpendicular às bases (c)


         A         B          A                      B         A               B

  D                    C                                      D                    C
                                  D              C
             (a)                          (b)                           (c)

Propriedade: Num trapézio isósceles os ângulos de uma mesma base são iguais e as
diagonais são também são iguais.

4.2. PARALELOGRAMO

Definição: Paralelogramo é todo quadrilátero que possui os pares de lados opostos
           respectivamente paralelos.

Propriedades:

  Os ângulos opostos são iguais, os lados opostos são iguais e as diagonais interceptam-se
em no ponto médio.

    Os paralelogramos se classificam em:
   • Paralelogramos
   • Retângulo: quando possui ângulos retos.
   • Losango: quando possui os quatro lados congruentes.
   • Quadrado: quando possui os ângulo retos e os quatro lados congruentes.




                                                                               a
       UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011                                  36

    O retângulo, o quadrado e o losango possuem todas as propriedades dos paralelogramos.
E, além disso, possuem as seguintes propriedades:

   •   Em todo retângulo as diagonais são congruente

   •   Em todo losango as diagonais são perpendiculares e bissetrizes dos ângulos internos.

   •   Como todo quadrado é um retângulo, então suas diagonais são congruentes, e como ele
       também é losango, suas diagonais são perpendiculares e bissetrizes dos ângulos
       internos.


5. CONSTRUÇÃO DE QUADRILÁTEROS

    Um quadrilátero pode ser entendido como uma composição de dois triângulos. Para
construí-lo, é necessário conhecer 5 de seus elementos, sendo necessariamente um deles
linear:
    • Com três deles, pode-se construir um dos triângulos em que o quadrilátero fica dividido
        por uma de suas diagonais;
    • Com os outros dois determina-se o quarto vértice.

   Observação: Quando se trata de um quadrilátero notável, há dados que já estão implícitos.


Exercícios:
   Construir um quadrilátero ABCD sendo dados:
   1) AB=22mm, BC=31mm, CD=25mm, AC=36mm, D=75o
   2) AB=32mm, BC=35mm, CD=14mm, AC=42mm, BD=40mm
   3) Paralelogramo, AB=35mm, AC=30mm, BD=50mm
   4) Paralelogramo, AC=40mm, BD=58mm, AMD=60o, M é o ponto de encontro das diagonais
   5) Paralelogramo, AB=60, AD=30, AC=55
   6) Paralelogramo dado em posição A, B e M
   7) Quadrado dado o lado l=30mm
   8) Quadrado dado a diagonal d=40mm
   9) Retângulo, R=30 (raio da circunferência circunscrita), AB=36mm
   10) Losango dado AC=35mm e BD=25mm




                                                                               a
       UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011                                      37

                IV - DIVISÃO, RETIFICAÇÃO E DESRETIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA
                                     E POLÍGONOS REGULARES



1. DIVISÃO DA CIRCUNFERÊNCIA EM PARTES IGUAIS

     Dividir a circunferência em partes (ou arcos) iguais é o mesmo que construir polígonos
regulares. Isso porque os pontos que dividem uma circunferência em um número n (n>2)
qualquer de partes iguais são sempre vértices de um polígono regular inscrito na mesma.
     Ao dividir uma circunferência em n partes iguais, tem-se também a divisão da mesma em
2n partes, bastando para isso traçar bissetrizes.
     Existem processos exatos e aproximados para a divisão da circunferência. Se existe um
processo exato para divisão da circunferência este deve ser utilizado (e não um aproximado).


1.1 Processos Exatos
                                                                                                    o
       Ao dividir a circunferência em n partes iguais, divide-se o ângulo central de 360 em n
partes também iguais. Logo, o ângulo central (vértice no centro e lados passando por vértices
consecutivos do polígono) correspondente à divisão da circunferência em n partes iguais
           o
medirá 360 /n. O lado de um polígono regular de n lados é denotado por l n .

Problemas:

1) Dividir uma circunferência em n = 2, 4, 8, 16,... = 2.2m partes; m ∈N




      Medida do l4 numa circunferência de raio r é l 4 = r 2 .

          n          ÂNGULO CENTRAL                  POLÍGONO REGULAR
                              o
          2               180                      2 arcos capazes de 90o
                             o
          4                90                             Quadrado
                             o
          8                45                             Octógono
                               o
          16             22,5                          Hexadecágono


                                                                               a
       UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011                                  38


2) Dividir uma circunferência em n = 3, 6, 12, ... = 3.2m partes; m ∈N




      Medida do l 6 numa circunferência de raio r é l 6 = r.
      Medida do l3 numa circunferência de raio r é l3 = r 3 .

          n          ÂNGULO CENTRAL                  POLÍGONO REGULAR
                              o
           3              120                        Triângulo equilátero
                             o
           6               60                             Hexágono
                             o
          12               30                            Dodecágono


3) Dividir uma circunferência em n = 5, 10, 20, ... = 5.2m partes; m ∈N




                                                                               a
       UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011                                  39

      Propriedade: Para uma mesma circunferência, o l5 é hipotenusa de um triângulo
retângulo cujos catetos são o l6 e l10 .




          n          ÂNGULO CENTRAL                  POLÍGONO REGULAR
           5              72o                            Pentágono
          10              36o                            Decágono
          20              18o                            Icoságono



Exercícios:

1) Construir os polígonos regulares de n lados sendo dado a medida do lado l.
      a) n = 3
      b) n = 4
      c) n = 5
      d) n = 6
      e) n = 8
      f) n= 10




                                                                               a
       UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011                                  40

1.2 Processos Aproximados

     Para dividir uma circunferência em 7, 9, 11, 13,... partes iguais, utiliza-se processos
aproximados.

      Processo de Rinaldini: Divide-se o diâmetro em n partes iguais, tantas quantas se quer
dividir a circunferência. Obtendo os pontos A e B. Construir uma circunferência de centro A e
raio igual ao diâmetro da mesma, e outra circunferência de centro B e raio igual ao diâmetro da
circunferência, determinando os pontos P e Q. Unir os pontos P e Q aos pontos de divisão do
diâmetro, utilizando os pares ou os ímpares.




                                                                               a
       UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011                                  41

2. RETIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA

    Retificar uma circunferência consiste em obter o seu perímetro. Ou seja, obter seu
comprimento C, tal que C = 2πr.

       Considere o seguinte problema:
       Obter o lado l de um quadrado cuja área seja igual à de um círculo de raio r conhecido,
utilizando apenas régua e compasso. (Problema da quadratura do círculo).
                                                               2    2
       Como as áreas devem ser iguais então devemos ter l = πr = πr.r, logo, l é média
geométrica entre πr e r.
       Em 1882, Lindemann (1852-1939) demonstrou que a quadratura do círculo é impossível
utilizando apenas régua e compasso, ou seja, que é impossível obter graficamente o valor πr.
       Desta forma, foram desenvolvidos vários processos pelos quais se obtém valores
aproximados para a construção do segmento de medida πr.


PROCESSO DE ARQUIMEDES
     Utiliza-se o valor aproximado para π: π ′ = 22/7 = 3 1/7 = 3,1428571... ≅ π = 3,141592....
     Logo, o valor aproximado para o perímetro de uma circunferência de raio r é:
                                                       1        1
                               C′ = 2 π ′ r = π ′ d = 3 d = 3d + d
                                                       7        7
Problema: Retificar uma circunferência de raio 2cm utilizando o processo de Arquimedes.




                                                                               a
       UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Trigonometria converter de graus para radianos
Trigonometria converter de graus para radianosTrigonometria converter de graus para radianos
Trigonometria converter de graus para radianostrigono_metria
 
Ciclo trigonométrico
Ciclo trigonométricoCiclo trigonométrico
Ciclo trigonométricoBruno Galvão
 
Retas semirretas-e-segmentos-de-reta- -posicao-relativa-de-2-retas
Retas semirretas-e-segmentos-de-reta- -posicao-relativa-de-2-retasRetas semirretas-e-segmentos-de-reta- -posicao-relativa-de-2-retas
Retas semirretas-e-segmentos-de-reta- -posicao-relativa-de-2-retasVictor Martins
 
Trigonometria sem mistérios - Primeiro Passo
Trigonometria sem mistérios -  Primeiro PassoTrigonometria sem mistérios -  Primeiro Passo
Trigonometria sem mistérios - Primeiro PassoOrientador
 
Ap geometria plana resolvidos
Ap geometria plana resolvidosAp geometria plana resolvidos
Ap geometria plana resolvidostrigono_metrico
 
Apostila 001 trigonometria funcoes trigo
Apostila  001 trigonometria funcoes trigoApostila  001 trigonometria funcoes trigo
Apostila 001 trigonometria funcoes trigocon_seguir
 
Nocoes basicas de estatistica
Nocoes basicas de estatistica Nocoes basicas de estatistica
Nocoes basicas de estatistica Helena Borralho
 
Quadrilateros exercicios
Quadrilateros exerciciosQuadrilateros exercicios
Quadrilateros exerciciosHelena Borralho
 
Círculo trigonométrico 001
Círculo trigonométrico  001Círculo trigonométrico  001
Círculo trigonométrico 001con_seguir
 
Mat nocoes basicas de triangulos e quadrilateros
Mat nocoes basicas de triangulos e quadrilaterosMat nocoes basicas de triangulos e quadrilateros
Mat nocoes basicas de triangulos e quadrilaterostrigono_metria
 
Ceesvo (ensino fundamental) apostila 5
Ceesvo (ensino fundamental)   apostila 5Ceesvo (ensino fundamental)   apostila 5
Ceesvo (ensino fundamental) apostila 5Nome Sobrenome
 
Aula med arcos e ângulos
Aula med arcos e ângulosAula med arcos e ângulos
Aula med arcos e ângulosjose_gois
 
Apostila geometria descritiva
Apostila geometria descritivaApostila geometria descritiva
Apostila geometria descritivaAyla Leite
 
RecuperaçãO 9o. Ano 2009
RecuperaçãO   9o. Ano   2009RecuperaçãO   9o. Ano   2009
RecuperaçãO 9o. Ano 2009Andréa Thees
 

La actualidad más candente (20)

Trigonometria converter de graus para radianos
Trigonometria converter de graus para radianosTrigonometria converter de graus para radianos
Trigonometria converter de graus para radianos
 
Ponto, reta e plano
Ponto, reta e planoPonto, reta e plano
Ponto, reta e plano
 
Ciclo trigonométrico
Ciclo trigonométricoCiclo trigonométrico
Ciclo trigonométrico
 
Retas semirretas-e-segmentos-de-reta- -posicao-relativa-de-2-retas
Retas semirretas-e-segmentos-de-reta- -posicao-relativa-de-2-retasRetas semirretas-e-segmentos-de-reta- -posicao-relativa-de-2-retas
Retas semirretas-e-segmentos-de-reta- -posicao-relativa-de-2-retas
 
Trigonometria sem mistérios - Primeiro Passo
Trigonometria sem mistérios -  Primeiro PassoTrigonometria sem mistérios -  Primeiro Passo
Trigonometria sem mistérios - Primeiro Passo
 
Ap geometria plana resolvidos
Ap geometria plana resolvidosAp geometria plana resolvidos
Ap geometria plana resolvidos
 
Apostila 001 trigonometria funcoes trigo
Apostila  001 trigonometria funcoes trigoApostila  001 trigonometria funcoes trigo
Apostila 001 trigonometria funcoes trigo
 
Diedros e triedros
Diedros e triedrosDiedros e triedros
Diedros e triedros
 
Nocoes basicas de estatistica
Nocoes basicas de estatistica Nocoes basicas de estatistica
Nocoes basicas de estatistica
 
Quadrilateros exercicios
Quadrilateros exerciciosQuadrilateros exercicios
Quadrilateros exercicios
 
Geometria
Geometria Geometria
Geometria
 
Geo jeca plana
Geo jeca planaGeo jeca plana
Geo jeca plana
 
M4 41 vb
M4 41 vbM4 41 vb
M4 41 vb
 
Círculo trigonométrico 001
Círculo trigonométrico  001Círculo trigonométrico  001
Círculo trigonométrico 001
 
Mat nocoes basicas de triangulos e quadrilateros
Mat nocoes basicas de triangulos e quadrilaterosMat nocoes basicas de triangulos e quadrilateros
Mat nocoes basicas de triangulos e quadrilateros
 
Geometria 5ºano
Geometria 5ºanoGeometria 5ºano
Geometria 5ºano
 
Ceesvo (ensino fundamental) apostila 5
Ceesvo (ensino fundamental)   apostila 5Ceesvo (ensino fundamental)   apostila 5
Ceesvo (ensino fundamental) apostila 5
 
Aula med arcos e ângulos
Aula med arcos e ângulosAula med arcos e ângulos
Aula med arcos e ângulos
 
Apostila geometria descritiva
Apostila geometria descritivaApostila geometria descritiva
Apostila geometria descritiva
 
RecuperaçãO 9o. Ano 2009
RecuperaçãO   9o. Ano   2009RecuperaçãO   9o. Ano   2009
RecuperaçãO 9o. Ano 2009
 

Similar a Construção e propriedades de triângulos e quadrilateros

Similar a Construção e propriedades de triângulos e quadrilateros (20)

Lista p8-3-bimestre
Lista p8-3-bimestreLista p8-3-bimestre
Lista p8-3-bimestre
 
M (1)
M (1)M (1)
M (1)
 
Geometria
GeometriaGeometria
Geometria
 
Geometria
GeometriaGeometria
Geometria
 
isoladas-matematica-do-zero-na-fundatec-aula-15-dudan.pdf
isoladas-matematica-do-zero-na-fundatec-aula-15-dudan.pdfisoladas-matematica-do-zero-na-fundatec-aula-15-dudan.pdf
isoladas-matematica-do-zero-na-fundatec-aula-15-dudan.pdf
 
Diedros e triedros
Diedros e triedrosDiedros e triedros
Diedros e triedros
 
Apostila de quadrilateros
Apostila de quadrilaterosApostila de quadrilateros
Apostila de quadrilateros
 
QuadriláTero Autor Antonio Carlos Carneiro Barroso 29062009
QuadriláTero Autor Antonio Carlos Carneiro Barroso 29062009QuadriláTero Autor Antonio Carlos Carneiro Barroso 29062009
QuadriláTero Autor Antonio Carlos Carneiro Barroso 29062009
 
Noções de geometria
Noções de geometriaNoções de geometria
Noções de geometria
 
Aula 3 mat ef
Aula 3   mat efAula 3   mat ef
Aula 3 mat ef
 
Alguns tópicos de geometria
Alguns tópicos de geometriaAlguns tópicos de geometria
Alguns tópicos de geometria
 
Aula 1 quadrilateros trinagulos
Aula 1 quadrilateros trinagulosAula 1 quadrilateros trinagulos
Aula 1 quadrilateros trinagulos
 
Assunto ângulos
Assunto ângulosAssunto ângulos
Assunto ângulos
 
Geoplana
GeoplanaGeoplana
Geoplana
 
Trigonometria radianos graus
Trigonometria radianos grausTrigonometria radianos graus
Trigonometria radianos graus
 
Poligonos 6 ano
Poligonos 6 anoPoligonos 6 ano
Poligonos 6 ano
 
Trigonometria exercícios resolvidos e teoria
Trigonometria   exercícios resolvidos e teoriaTrigonometria   exercícios resolvidos e teoria
Trigonometria exercícios resolvidos e teoria
 
Angulos
AngulosAngulos
Angulos
 
4ª lista de geometria
4ª lista de geometria4ª lista de geometria
4ª lista de geometria
 
Feixe de retas paralelas teorema de tales
Feixe de retas paralelas teorema de talesFeixe de retas paralelas teorema de tales
Feixe de retas paralelas teorema de tales
 

Último

ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxBloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxkellyneamaral
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 

Último (20)

ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxBloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 

Construção e propriedades de triângulos e quadrilateros

  • 1. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 33 III – TRIÂNGULOS E QUADRILÁTEROS 1. CEVIANAS E PONTOS NOTÁVEIS DE UM TRIÂNGULO Definição 1: Ceviana é todo segmento que tem uma extremidade num vértice qualquer de um triângulo e a outra num ponto qualquer da reta suporte do lado oposto a esse vértice. Definição 2: O encontro das mediatrizes dos lados de um triângulo é único e chama-se circuncentro. Propriedade 1: O circuncentro é o centro da circunferência circunscrita ao triângulo. Observação: O circuncentro pode ser interno (no triângulo acutângulo) ou externo (no triângulo obtusângulo) ou pertencer a um dos lados, sendo, neste caso o seu ponto médio (no triângulo retângulo). Definição 3: Mediana é toda ceviana que tem uma extremidade no ponto médio de um lado. O ponto de encontro das medianas é único e chama-se baricentro. Propriedade 2: o segmento que une os pontos médios de dois lados de um triângulo é paralelo ao terceiro lado e tem por medida a metade da medida do terceiro lado. Propriedade 3: O baricentro de um triângulo divide cada mediana na razão de 2 para 1, a partir do vértice. Observação: O baricentro é sempre interno ao triângulo. Definição 4: Bissetriz interna é toda ceviana que divide um ângulo interno em dois ângulos adjacentes e congruentes. O ponto de encontro das bissetrizes internas é único e chama-se incentro. Propriedade 4: O incentro é o centro da circunferência inscrita ao triângulo. Observação: O incentro é sempre interno ao triângulo. Definição 5: Altura é toda ceviana perpendicular a um lado ou ao seu suporte. O ponto de encontro das alturas de um triângulo é único e chama-se ortocentro. Observação: O ortocentro pode ser interno (no triângulo acutângulo) ou externo (no triângulo obtusângulo) ou coincidir com um dos vértices, no caso, o do ângulo reto (no triângulo retângulo). Definição 6: O triângulo HaHbHc é denominado triângulo órtico ou pedal. a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
  • 2. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 34 2. CONSTRUÇÃO DE TRIÂNGULOS Construir um triângulo significa determinar a posição dos seus vértices. Devem ser fornecidos sempre 3 elementos, um deles necessariamente linear, isto é, ou um lado ou uma altura ou uma mediana, etc. Na discussão da quantidade de soluções pode-se analisar a posição na qual o triângulo foi desenhado e o tamanho obtido. Exercícios: Construir o triângulo ABC, sendo dados: 1. a=40mm, ha =28mm e B=45o 2. a=40mm, ma =30mm e C=60o 3. a=55mm , r=20mm e B=75o 4. b=60mm , r=15mm e Â=90o 5. a=40mm , R=30mm e ha=30mm Observação: R é o raio da circunferência circunscrita ao triângulo 6. b=50mm, c=70mm e mb=72mm 7. c=35mm , sb=38mm e B=60o Observação: sb é a bissetriz interna relativa ao lado b 8. a=45mm, mb=32mm e mc=40mm 9. a=43mm, ma=40mm e mb=38mm 10. Ma, Mb e Mc em posição a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
  • 3. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 35 3. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS QUADRILÁTEROS B A • Num quadrilátero qualquer ABCD a soma dos ângulos internos é 360º. • Um quadrilátero ABCD é inscritível quando a soma D de seus ângulos opostos é 180º. C • Um quadrilátero ABCD é circunscritível quando as somas das medidas de seus lados opostos são iguais. 4. QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS 4.1. TRAPÉZIO Definição: Trapézio é todo quadrilátero que possui um par, e somente um par, de lados opostos paralelos. A distância entre as bases é chamada de altura do trapézio. Os trapézios se classificam em: • Escaleno: quando os lados não-paralelos não são congruentes (a) • Isósceles: quando os lados não-paralelos são congruentes (b) • Retângulo: quando um dos os lados não-paralelos é perpendicular às bases (c) A B A B A B D C D C D C (a) (b) (c) Propriedade: Num trapézio isósceles os ângulos de uma mesma base são iguais e as diagonais são também são iguais. 4.2. PARALELOGRAMO Definição: Paralelogramo é todo quadrilátero que possui os pares de lados opostos respectivamente paralelos. Propriedades: Os ângulos opostos são iguais, os lados opostos são iguais e as diagonais interceptam-se em no ponto médio. Os paralelogramos se classificam em: • Paralelogramos • Retângulo: quando possui ângulos retos. • Losango: quando possui os quatro lados congruentes. • Quadrado: quando possui os ângulo retos e os quatro lados congruentes. a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
  • 4. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 36 O retângulo, o quadrado e o losango possuem todas as propriedades dos paralelogramos. E, além disso, possuem as seguintes propriedades: • Em todo retângulo as diagonais são congruente • Em todo losango as diagonais são perpendiculares e bissetrizes dos ângulos internos. • Como todo quadrado é um retângulo, então suas diagonais são congruentes, e como ele também é losango, suas diagonais são perpendiculares e bissetrizes dos ângulos internos. 5. CONSTRUÇÃO DE QUADRILÁTEROS Um quadrilátero pode ser entendido como uma composição de dois triângulos. Para construí-lo, é necessário conhecer 5 de seus elementos, sendo necessariamente um deles linear: • Com três deles, pode-se construir um dos triângulos em que o quadrilátero fica dividido por uma de suas diagonais; • Com os outros dois determina-se o quarto vértice. Observação: Quando se trata de um quadrilátero notável, há dados que já estão implícitos. Exercícios: Construir um quadrilátero ABCD sendo dados: 1) AB=22mm, BC=31mm, CD=25mm, AC=36mm, D=75o 2) AB=32mm, BC=35mm, CD=14mm, AC=42mm, BD=40mm 3) Paralelogramo, AB=35mm, AC=30mm, BD=50mm 4) Paralelogramo, AC=40mm, BD=58mm, AMD=60o, M é o ponto de encontro das diagonais 5) Paralelogramo, AB=60, AD=30, AC=55 6) Paralelogramo dado em posição A, B e M 7) Quadrado dado o lado l=30mm 8) Quadrado dado a diagonal d=40mm 9) Retângulo, R=30 (raio da circunferência circunscrita), AB=36mm 10) Losango dado AC=35mm e BD=25mm a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
  • 5. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 37 IV - DIVISÃO, RETIFICAÇÃO E DESRETIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA E POLÍGONOS REGULARES 1. DIVISÃO DA CIRCUNFERÊNCIA EM PARTES IGUAIS Dividir a circunferência em partes (ou arcos) iguais é o mesmo que construir polígonos regulares. Isso porque os pontos que dividem uma circunferência em um número n (n>2) qualquer de partes iguais são sempre vértices de um polígono regular inscrito na mesma. Ao dividir uma circunferência em n partes iguais, tem-se também a divisão da mesma em 2n partes, bastando para isso traçar bissetrizes. Existem processos exatos e aproximados para a divisão da circunferência. Se existe um processo exato para divisão da circunferência este deve ser utilizado (e não um aproximado). 1.1 Processos Exatos o Ao dividir a circunferência em n partes iguais, divide-se o ângulo central de 360 em n partes também iguais. Logo, o ângulo central (vértice no centro e lados passando por vértices consecutivos do polígono) correspondente à divisão da circunferência em n partes iguais o medirá 360 /n. O lado de um polígono regular de n lados é denotado por l n . Problemas: 1) Dividir uma circunferência em n = 2, 4, 8, 16,... = 2.2m partes; m ∈N Medida do l4 numa circunferência de raio r é l 4 = r 2 . n ÂNGULO CENTRAL POLÍGONO REGULAR o 2 180 2 arcos capazes de 90o o 4 90 Quadrado o 8 45 Octógono o 16 22,5 Hexadecágono a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
  • 6. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 38 2) Dividir uma circunferência em n = 3, 6, 12, ... = 3.2m partes; m ∈N Medida do l 6 numa circunferência de raio r é l 6 = r. Medida do l3 numa circunferência de raio r é l3 = r 3 . n ÂNGULO CENTRAL POLÍGONO REGULAR o 3 120 Triângulo equilátero o 6 60 Hexágono o 12 30 Dodecágono 3) Dividir uma circunferência em n = 5, 10, 20, ... = 5.2m partes; m ∈N a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
  • 7. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 39 Propriedade: Para uma mesma circunferência, o l5 é hipotenusa de um triângulo retângulo cujos catetos são o l6 e l10 . n ÂNGULO CENTRAL POLÍGONO REGULAR 5 72o Pentágono 10 36o Decágono 20 18o Icoságono Exercícios: 1) Construir os polígonos regulares de n lados sendo dado a medida do lado l. a) n = 3 b) n = 4 c) n = 5 d) n = 6 e) n = 8 f) n= 10 a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
  • 8. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 40 1.2 Processos Aproximados Para dividir uma circunferência em 7, 9, 11, 13,... partes iguais, utiliza-se processos aproximados. Processo de Rinaldini: Divide-se o diâmetro em n partes iguais, tantas quantas se quer dividir a circunferência. Obtendo os pontos A e B. Construir uma circunferência de centro A e raio igual ao diâmetro da mesma, e outra circunferência de centro B e raio igual ao diâmetro da circunferência, determinando os pontos P e Q. Unir os pontos P e Q aos pontos de divisão do diâmetro, utilizando os pares ou os ímpares. a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa
  • 9. Expressão Gráfica I – Desenho Geométrico – Engenharia Civil - 2011 41 2. RETIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA Retificar uma circunferência consiste em obter o seu perímetro. Ou seja, obter seu comprimento C, tal que C = 2πr. Considere o seguinte problema: Obter o lado l de um quadrado cuja área seja igual à de um círculo de raio r conhecido, utilizando apenas régua e compasso. (Problema da quadratura do círculo). 2 2 Como as áreas devem ser iguais então devemos ter l = πr = πr.r, logo, l é média geométrica entre πr e r. Em 1882, Lindemann (1852-1939) demonstrou que a quadratura do círculo é impossível utilizando apenas régua e compasso, ou seja, que é impossível obter graficamente o valor πr. Desta forma, foram desenvolvidos vários processos pelos quais se obtém valores aproximados para a construção do segmento de medida πr. PROCESSO DE ARQUIMEDES Utiliza-se o valor aproximado para π: π ′ = 22/7 = 3 1/7 = 3,1428571... ≅ π = 3,141592.... Logo, o valor aproximado para o perímetro de uma circunferência de raio r é: 1 1 C′ = 2 π ′ r = π ′ d = 3 d = 3d + d 7 7 Problema: Retificar uma circunferência de raio 2cm utilizando o processo de Arquimedes. a UFPR - Setor de Ciências Exatas - Departamento de Expressão Gráfica - Prof Deise M B Costa