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P0MIAN/Kr lgÍof' Memória'In:^ Enciçloprádia
Einaudí. usboa: Imprensa
Nacional, da Moeda,
casa
2000.v.42 (siste*iti.ã), p. s07_516.

í3

Jqloslo+

T/LEMOzuA
Atl as, C.
oleeçãa*_D
ocumento/monumento,
Foss
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Memória, Ruína/r.ìt^G-

Todo .o animal é, a panir de um determinado grau d.e organização, portador d.e rnuitas memórias. A Eemoria da especie,,
que todos
CIsseresvivos possuem;esã) graçasà effi
d,esdobrada ;;;t.i
-]arur'b
do
genético em que está inscrita, garanreque a forma inicial r.1" rÇtiãã
r?y;,r,,7,
e, por consequência, reprodutza, rnenosque uma.ïnutação,origem i)'e..,;.,,:2
se
a
de algo de novo e imprevisto,venha pernrrbar este processo. memó-.
A
,.;_,
*T
representadapelo sistema de defesaimunologica@
f
,ria
bnvq atl
lembrança de como o organismo é ameaçado por vários agenres
'patogénicos, iembrança que permite reagir de maneira adequad.aa *Y@
novos assaltosde inimigos já conhecidos. A memória individ.uai, ,ri^^*^@
entidade, velocidade e acúmen progridem @volvimento e da complexidade do sistema nervoso; esra memória permite

I

I

' l{rutar_ certos comportamentos aprendidos quando se apresenta uma
sttuaçao a que estes comporcamentos estão associados. Este último
tipo de memória adquire no homem dimensões e possibilidades novas
pelo facto de ele procurar objectos e (iomunicar com os seus semelhantes e com o mundo não apenas ati'avés dos órgãos dos senddos
mas também através da linguagem.

rrata-se, tanto-nos
I
{o{.'-',G rata-se. tanto Í animais como no homem, de estadosdo sistema
I
t

t.
I
i

nervoso provocadogpelo contacto com seres.obffi
tos, que _subsistemainéa quando o ele{nento que os originou desapareceu _hL um período
-de tempo rnais ou menos longo. A narureza
destes estados e qesconnecloa; segundo algumas hlpoteses, conslstem
s é desconhecida; segundo algumas hipo'
em modificaçõesda esü'utura molecular de células nervosas ou de uma
ões
estnrtura rrroleculardg células,nervosas de uma
nery
ou
categona qartlqgtqr destas células. Seja como for, porque os caracteres
içgl"t d.esras
adquiridos ao longo da ontogénese não podem ser rransmitidos por
hereditariedade, o conteúdo de uma memória individual desaparece,
tratando-se de um animal, com o indivíduo .rue é seu portador. Para
o homem, as coisas-acontecem ouüo Dq.'..,, porque gs vestígiosdo
de
podem ser uansmitidos sob a forma'd.e criaçõesexteriores ao_
Fassado
pno
mo. ca
de uma existênciaautónoma em relacão a
e s t e ú l ti mo .E o ca so

dos

que passam {e narrador em narrador
508

MEMOzuA

conservando a sua identi4a4e, à excepção de algumas poucas vananguadlos, escllllulAl,
rcs, e e tambem o caso dos SIIIe!,
@!9:,
s
erc. E estes vários tipo
conseryaff .
do oassado que os homens conseryam.
o

w &s u!&r 4ãLw t|

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de ur4 1-f.

rermo q.,.r.*õd.rignarMfragmçnto
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u5na imagem,objectr@
g.glp1objç,crg,.inaqlffiç**çs.ço..rrio
ffi,ç,,.,seç,,uansmitido de individuo para indivíduo, dç geração parat
Wpgã,p* ImaKns e relíquias apresentam-se ambas sob a forma de
coisas. e ambas se encontram nas colec!âneas.nas colec
recisament.

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.orr.t"çãò

obiectiva cla meruória especificamente huma-

D

( üf^Íews
'-l('tívt.üa,Ft+ü'c"

(Ãv
( d.,- e'ta
Tn r,.dna'tr*o<tryl''íEJegiL

7"4"^

na que é a memória colectiva e transseracional.
A capacidade para conseryar sinais e vestígios do que pertence em
W€'a
já rernoto não é uma característicaexclusiva dos seres
si a um passado
vivos. Em determinadas circunstâncias, qualquer corpo se revela capaz
proximidades
de consewar as marcas dos seres que se encgnlgnas
ou de acolher e proteger os seus restos. Ot hfott.irf descobertos nas
enranhas da Terra e gu€, desde tempos antiquíssimos, são reunidos
nâs colecções, constituern precisamente ess.as rnarcas e esses restos)
imagens e relíquias dos seres vivos desaparecidos, das bactérias até aos
hominídeos. Atribui-se, no entanto, à Terra uma memoria apenas em
sentido metafórico, querendo dizer que conserva os vestígios do Seu
passado. Efectivamente, a memoria é também a capacidadê, -e.9!a-slm
 üraPs
exclusiva dos seres vivos - ou de criaçõeq do homelq c_o{rcg_b,idas-, pú
I
de reconstruir uma situação mais ít
propositadamente para esse fim-,
nxnÁnne
ou menos análoga à já verificada no momento em que o ser, ou o I
I
objecto, agora presente sob a forma de residuo, possuía ainda toda a I
t
sua complerude originária. No caso de um animal, é a capacidade i
para imitar um comportamento associado a uma siruação que já experimentou e na qual volta .a encontrar-se.
é igualmente a capacidade para repetir os comportamentos aprendidos,
lmas também de ressuscitar as impressões ou os sentimentos já vividos
't - ou de os deièièvèi õialmente; é além disso a capacidade para descreno
' lrer os seres, os objectos ou os acontecimentos vistos ou_ob__servados _ I
passa49:
A ememóriar é, em suma, o que permite a um ser vivo remontar
I
t4

pasI no tempo, Iebgtonar-se, semprg mantendo-seno presente.com o
t sado: conforyle os casos,exclus
espécie, coqr. o dos outros indivíduos. No entanto) esta subida no
t em p o p .*" ''u i tores tri ti v as .É s .* p ' . in d i- ^ V l) ( f r K DA w
o "
recta; com efeito, entre o presente e o passado interpõern-sesinais , /
vestígios
rnedianteos quais -e só deste modo- se pode compreen-/ N^_"^r,.
ïVgp40gt*
der o passado; ffata-se de recordações,imagens, relíquias. E s.*pr./
qçI
irnperfeita, pgr-queo pasl{l-o tão po4e, em circunstânçia alguqla,
{Rat)Çg1nnfNrn
'
s'nplesmente restituido na integra, e toda a reconstmÇãoé sempre. :
i
sto verifica-se por maioria de tazã'o$FqgffiSì .(.Lil^i
.L rc44a peta
.lr ï
rdações pessoais' @das
-."ï[^,
.?_
de' D(cbÍIf '
ffiçry,,la1@t,@{Fe.$em-es:;qqgterffi:.:.xllffiL-.gp@ç:.gârte
,4

4

Sürc;n F**a#,
509

Ì

MEMOzuA

maioria uv razão, L dòòl l l l qual Ì(-l ()
fantasia. E, por r ^ r sr vla q
de raz4J) é assim quando a feC OnS tfU çãO
"t
- ^ ^' - ",- '
a reconsrrução dO
d.o
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, .

'lUhoy* j

tpassado

se funda em vestígios,imagens ou reiíquiasque são os supor-

'1".,,.,,|,'2-^!^n,r'sïT:i:'tacolectivaoutranSgeracional.Í.-ffiì'*-:tr&,Ë_
t ' t v i i i / p íL'vt" q - :.tt"'ìa S ublda no tempo p ra t ic a d a p e ia me mó ria e n o e n t a n t o a u n i c a
a que temos acesso. E m p a rt ic u la r, t o d o s o s n oSs s o s cOOfÌeC lc i. ' , ê n Ì ^ c
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-tunda quanro mais o aconrecimenrg, q tçr" qtr q g_bjecto
gra ilsojito, {
i "' "* 'e 9 *d -q -'.-çg p -a g to soEffi,ïãã*,embor aiesistentes.
esbatem-se. Por isso se inventaragl vários sistemas para conservar as
' _^-_,,1^_:_*:_=_*=_*:J:--.==:*_
r._
recorda
rLLviravvç-òJo mais lon
r-{r4-lì,l9ilH9II}9J}-!Ç-,Et9s$lYÇlr n1Qêp_ApgQçf transmiti
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ível. -8e
de
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qos outroq, garantindo-lhesassim uma duração perene. Na prática,
úaii.",
gsta arte da memória é uma arte da linguagem: ensina
. .o.rr.*-ar as

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diferente da individual. Mais precisamente, a memória colectiva era | , ".,"'.'ituída
çgttltttuida por um,a sucgssãode..mçmÉqiqs
iBdiylduqis. cada üma delqq
rec-ebendo
das outras e conservando-ascomo suas. rttri*,
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indjv!çlgo idqqtificavl-se, íèrri aisso se a"r conra! com os seus
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começa a assumir as carac-/.
terísticasparticulares com
da ccqlggçf,o+:
conjunto de'
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naturais ou arcificiais afastados d.os circuitos de utilização,
.objectos
colocadossob uma protecção especiale expostos.A partir dessemodos
,=g,p_o.è-r_{fergntes
iT.".ro, Lnqqqlg:1ê-lolectiva colq:egle=aa-qu_irir
ícérebros dos i"ai"ídüõ: É-ìüGéã=tr.ôã.iãco que as corecçõesse
-:..---'-- "'
tnsram não apenas nas relâções entre o aquém e o além mas ainda
nas que unem os mortos aos vivos, o passado ao presente. por outras
palavras, é preciso que sejam expostas não apenas ao olhar dos deuses
e dos demónios mas também dos homens. É, pois, a passagem das
coleções enterradas em sepulturas, por exemplo as do Egipto ou da
China antigos, às colecções
nos templos ou nos oalácios
porquanto
'
dotada de meios de transmissão que..a torrÌam comple.'- nente diferente da memória do indivíduo. Porque, a parrir do mom'ehro em que as
cglecções são exposta
dqç homens, cada obiecto nelas contido

Reç:,gvì

--)
ìl

510

MEMOzuA

pode ser comparâdo com outros similares e todos podem ser confronurqr.
Lvuvo
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rÌ4
vl Ll a
i4 L r u p L d L r _ r ò
o u ) cu L U5
cotn
os
tados com os objectos adoptados na vida de todos os dias. vurÕç
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provgentão a possibilidadede perceber a diferenÇaentre os objectos
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.r.

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Á,/llv'v/W.'

i*'!qìLA.

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munho do seu tempo enquanto concretizaçãode uma recordação.
e qué se atribua a várias categoriasde
I
objectos a qualificação de documentos ou monumentos) ou seja, a qualificação de vestígios, imagens ou relíquias através das quais'é possível A/l
,,. ",i:''. ;'ot'"'u
eslabeleceruma reLaçãocom o passado de que provêm. lgra obter esta I t !
9ara
circuito
qualificação, os obiectos devem sair do circuitg. das acrividades utilitári- ) fir.+,:":'. f' "1"/.*
objectos
ualificação,
!i
ou
estiveraÍn
qúé alguma vez nele estiverarn inseridos, ,ou para passarem a. 4 {"&'fr,í} $.{r ias, se é
, ou para serem degradados, para se loma- i Áe. nl"r"í)
rem restos; neste caso.são promovidos a obiectos de colecção apos uq '" :,d.s .íxtdtt'^*
"fazendo parre de uma co; r r {- ,'''t' '' "t
período de
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Desde épocas muito remotas os fósseischamaram a atenos c*,fuseiqç.
çãõì*T"mens.
Mas, &;S*qtg muitíssimo tempo, eram considçradqs

pol

dg_lggg:3g, FTam inseri-

act

o que constituía também uma rnaneira
e o além. Havia que mudar de atitude
, Pelo contrário) como monumentos aravés dos quais pode ser revelado o passado da Terra- Também neste caso, comparando os fósseis enüe eles e com os vestígios
deixados pelos animais e as plantas hoje vivas, foi possível estabelecer

dos em colecções e admi

CSF

ie ?

ie hurnana, e ao mesmo
um passado anterior ao aparecimento da
bém. de categoria tomando-se, de uma
memona, monumen-tos: vesugross
eram,
curiosidade que eram! os suportes da memória, monumentos: vest_:i919!t.

Ate agOra não Se nomeou ainda a escrita, embora tenha uma
importância capital para o que nos interessa. Efecdvamente' ela serve
deiae as origens não apenas para comunicar com os deuses por' meio
da adivinheção ou das inscrições que lhes são dedicadas mas também
para traní .itir mensa
s-homens quer como supomosr viverão
-r./-uma verdadeira
resentâ
invenção da escrita
mais tardeì
:. a partir de
de formação da memori
vlra

pe
alt
tla

e g9m os obiectos do mesmo tipo fabriqados no presen_!ç'
.""_çF
'igrtempo âdquire espessurapouco a pouco e, ao mesmo tempo, Ioro
mam-se, através de uma mesma serie de operações, a +memóriar colecque se tonfa Seu Supqrte.
tiva e O +dOCumentO/mOnumento+
lsto é válido quando se fala não apenas de objectos obtidos artificiafunenté mas ramUénn,aaq".t.t q". t.

e
pouco.a pouco a sua sucessão medir os int@
por,or. pest. *odo a *.*ó{iu

lie

af"^rÁ"rlv*rfr

so entram nas relaçõesentre o aquém e o além,
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puracomo por exemplo acontecequando apreciadosnuma perspectiva
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mente estética,em relação a cânonestranscendentes belo, eles nãg
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são alqda documentosou rla.olrnggllgg S.-O
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512

MEMORTA

Entre os vários tipos de documentos escritos devemos citar esse
docurnento muito panicular que são as cartas geográficase as çolecou seja, os atlas..Fruto cie numerosas viaf f ie S d e e x p l o ra çã o ,d e me d i çõ e s,deumaquantidade
de estudos destinados a elaborar métodos para projectar numa Superficie plana um sector da superfïcie do glogo tenestre com os seus
vários acidenres, o ratlas+ regista e transmite uma historia plu{4imensional e muito complexa. Conta à sua maneira um passado,o passado
que rerrntna com a realização do atias. Descreve também terras, muitas vezes muito distantes e de dificil acesso. Através do atlas é, pois,
representado também o lado invisível do tempo e do espaço. O carácter peculiar e o excepcional interesse dos mapas e dos atlas para
uma investigação sobre a memória colectiva devem-se precisamente ao
facto de os documentos deste tipo porem em evidência a dimensão
espâcial das coisas representadas, dimensão que outros documentos
tendem a descurar ou pelo menos a não tornar tão explícita. E isto,
se bem que a memória colectiva e transgeracional, exactêmente corno
a memória individual, coloquê sempre as suas recordações num espaço
determinado e que essa localização seia tão importante como a localização temporal, sobretudo quando Se trata de proceder a uma reconstrução do passado.

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estado de ruína; mas o conceito de jnfÍqa/res!êq[o.
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são os nossos,
ramente obscuros. De resto, ainda que um Ser, um acontecimento ou
um oUieètó sejam representados por muitas imagens, essencialmente
nada muda, porque perrnanecem sempre numerosgs aspectos que Se
,revelam iremediavelmente destruídos.'Quanto às relíquias, fragmentos
i3g po. defini|ou pedaços de seres vivos ou
'ção parciais. Porque é uma imagem, ou relíquia, ou ambas as coisas
ao mesmo tempo, todo o +documento/monumento. é necessariamente
parcial. É ,r*t ruína, corno de resto toda a recordação. E, sJ tn[eresSa. é porque permite conservar uma relação cqlq-o pgssado e tambÉln
da completude
te remontar no tempo e enleqllal_a
PqQç
ida.i'Permite
prado deì= modo, o terrno 'reevocação' indica evidentemente
operações rnuito díspares. Reevocava-se o passado caindo em êxtase

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(u.aLíwt ,.far@
MEMORiA

agora, oe uma

ração seguinte já não se tr?nsmirem apen
a s tra d i cõ e s o r" i r: .p o . r m ludo, ., po. o
aue, Ìão podem .falar senão
l.
tambem textos,
e ro s )e e a s u a a c u mu la _
d,u

€.ao ao lonÊo .do rempo que permite mrrclpr rnrìicntrnenreTìïa

f a ce a o p a ssa d o .
' it ïdìsl$trYf
ro rnunoo oa traolçao oral) que não conhece
iíÌtd3-tr
*'i-cansnyr:Írg*-t No mundo da tradição oral, que não conhece a escrita, dá-se
escrita, dá_se
f
,t
' 0rnl .p$r*t*r, rL
uma identificação enfte aquele que narra uma historia
, .;,$r*ü* 4Llnecessanamente
'1t"r'.i|.,ili v i r 'l' ',,,iy.,"JY}n|" :ïj.o p a ssa a u to rdutor .dessahistór ia.
., 1t f rf ir| ,",it,tltlt*]..,^.i**:.,.'..:Y.'-o".Y1Ll'EbòdIl'IULuna.ryaprenderahis' o ] ]1 !^ d " ::" o " e o 9 9 '.o a essahistór ia.
tttit
tttl'a
' . g ì{1r,., ; " lW: l'ód",s"btt
:,"-;-::.rJ'
.lrou-,*..,*ï-*' ^'-I'"d",S"btt
,,1'"ì""i^

l*-"?-Jff"ï;

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para.tudg,.
a.st'b-st

u.,i*içr@

inevitável pelo facto de urna cadeia contínua de intermediários
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;;;_ Ãe;*,
/3ttt.
ltgar o autor ao último intérprete da sua obra, e.esra conrinuidadenão
-':r*:-l'
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perceber quão longo é o intervalo de rempo que os separa:
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r

4o jornaq:se impercepdveis,-"sslúii

I
I
|
I
I

o que retira a este intervalo de tempo toda a espessu;a e leva a
identificar os seus terÍnos como se o período qu-e eles deiimitam fosse
privado de realidade. A idade da narrariva, se é que dela se tem
consciência, âparece então como urna realidade sem rempo: uma aproximação do aiem mais do que uma referência cronologica.

I

Duranteum longuíssimo
çã9"*4ff-ç9jx"L
#"dõ-ãã

I
I

'l

acumulam-S€ no significado mais literal d.o termo; enchem as colecções
especializadasna conservação, ou seja, bibliotecas e arquivos. Deste
modo pieenchem de conteúdo o intervalo de tempo ao longo do qual
produzidos e concretizam a sua duração, rornam-na visível.
::o
Tomam-na até mensurável se dverem a mínima data ou outra indicatão cronológica, mesmo sumária 'e dificil de interpretar. Mas ainda

I
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I

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,.-pó ãicolhiam-se

materiais ffiicularmente resistentesao desgastepara servirem de suP--9-*9**q-o-q
-qsçlttgq..Por isso, ao Tongo ãos anos, estei-ãõffiïõs

g:ão
,

a"t"aorr o. .a.

exactamente como oS omonumentos., de que são afins, e podem
r-----_
a-constatar-se as suas variações em funcão do temDo mal se orocede a
.o*p"t"çõ.s
*"i
Além.disso, é necessárioorganizar esras

comparações,o que não é simples. Ter um grande
"ffi
tos escritosainda não basta para esseÍim, ernbora seja uma condição
Ao. contrário da tradição oral, na qual a relação enrre o
"ecess,ária.
passado e o irresente ê, imediata, porque o segundo é apenas um
nrolongamento do primeiro, o que no limite permite a sua idenrificaÇão'
ssibilidade de percebe. as
qlrerenças eq!!e passaÕo
diferenças enffe passado e presente, supostos à

rirru"l*.rt.

.rã"

réri" *rir

o.r *.rro,

-

ro.rg" d. irrr..*.diá.ios'

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MEMORTA

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diante de objectos consideradoscomo tendo pertencido a esse passado
para de novo recitar as cenas que se julgava terem ocorrido no mosempre o p?lsado durante ag celmó
mento original. E reevocava-se
*t"t
,.ligior". qrl. f""
".ò.t..i*..rto,
ocorridos há milhares de anos. Nestes dois casos,evidentemente)esrap
.
..r.",.
aqqrm
_e_1rng_4!q!S
nao se tena
ido supor possíveluma transposiçã
o sendo,
Neste sentido, seria mais
ou espiritqal_gnge q prilqgirq_e_o_-sezund_o,
exacto, a propósito de todas as reevocaçõeslirurgicas do passado, falar
não já de subida no tempo, mas, francamente, de abolição do 1empo.
De facto, tudo acontece como se o intervalo que nos separa dos
acontecimentos de fundo não tivesse realid?4e algj!ryr, _oq_ll:lg_g_e_no_!
esta
como se a perdesse no
*.9,:!lq1l?nto
.é celebrada, o ternpo permanecesse em _suspens_o.
Aqui 3_ee'rlorrq.
icoleçciva é considerada como sendo-çApgzle transformar, em determiinadas condiçõeS, rqnoê-reçgrdaçãg, uma imagera ou uma relíquia. numa
presença real, de efectuar mais do que uma reevocação: uma ressurre_ição do passado.
Durante muito tempo, também a história se fundou na definição
'relação
entre presente e passado enquanto relação imediata e na
da
convicção de que, tratando-se de acontecimentos de que não pudera
ser testemunha ocular, fosse dever do historiador anbtar simplesmente
as relações daqueles que a eles assistiram, assumindo a sua responsabilidade e, portanto, identificando-se com os seus autores. Aqui se
reencontra a atitude face ao passado que era própria da tradição oral,
mas que vigorara durante muitos séculos mesmo no mundo da escrita.
A mesma atinrde fundada na assimilação implícita do passado a um.
além manifesta-se na atribuição de carácter sagrado aos objectos de
colecção, quer' do ponto de vista religioso quer do ponto de vista
estético. O abandono da praxis de uatar os escritos como se pertencessem à tradição oral e os objectos de colecção como se fossem
objectos de culto levou a güer com o tempo, a história se tivesse
uansformado, na teoria e na prática, e se houvesse formado a memória colectiva e transgeracional consciente, que não pode ter relações
com o passado senão através de recordações materializadas: documentos, monumentos, fósseis, ruínas, etc.
O aparecimento do problema do restauro, da reconstrução do estado fisico originário de um objecto, e mais em particular de umâ
obra de arte, faz parte deste mesmo processo, como dele faz parte o
problema de estabelecer o significado original de um texto ou de
qualquer siguificante, e o problema de Íeconstruir, parrindo dos fosseis, a estruülra e o aspecto dos seres vivos de que constituem. âs
relíquias. A princípio o restauro limim-se aos textos e às obras dos
Antigos, que se querem assimilar tal como se supõe que fossem na
origem, e isto dá lugar a todo unr--trabalho de comparação:'comparam-se as diferentes cópias do mesmo manuscrito e diversas obras. que
apresentem semelhanças evidentes; vir-se-á assim a perceber pouco a
Íà

a
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MEMORI-A

5t4

varlam) e a lorÏnar as senes de textos ou
pouco como certos caracteres
por ordem cronologica. Note-se que se pratide objectos classificados
cam os restauros apenas em objectos provenientes de epocas extremamente valorizadas, ou por outras palavras, objectos que representam
um passâdo que seria born ver reviver. Durante muito tempo consideraram-se como dignos de serem restaurados apenas os objectos greco-romanos, mas bem depressase deu em restaurar os manuscritos medievais, importantes para as controvérsiasjurídicas, teológicasou políticas.
Só no século passado se começou a restaurar a vasta escala os
monumentos medievais. E só nos nossos dias se chegou ao ponto de
tirar tod.o o género de conclusões da iddia de que se não pode estabelecer uma relação com o passado senão imediata, e do corolário
desta idéia; constituído pela constatação da impossibilidade de considerar como nulo e não. existente o intervalo que separa todo o presente
do seu passado. Procrrra-se, pois, actualmente restaurar os monumento$ respeitando as transformações que sofreram ao longo da sua história ou, pelo menos, tentando manter os seus vestígios, em vez de'os
âpagar simplesmente como dantes se fazia. Também assim se procura
. pôr em evidência as partes restauradas de um objecto para que ressaltem das que be conservaram no estado original. Insiste-se deste modo
no carácter imperfeito, lndllgçlg incerto dessa subida no tempo qgq é
toda a obra de restauro.
Vimos a pari passa a evolução dos processos seguidos para restabelecer o significado de um iexto ou de uma obia de arte, e que são em
tudo e para tudo comparáveis aos utilizados para o restauro dos monumèntos, com a simples diferença de que se üata neste caso de
restabelecer uma interpretação que se perdeu e, portanto se lida, não
com objectos materiais, mas com a linguagem. Com o passar do
teinpo, a convicção de que todo o textô tenha um sentido originário,
bern determinado, únicor-que basta descobrir, atenuou-se até ao ponto
de ter desaparecido quase inteiramente nos nossos dias. Tende-se
doravante a ter em conta todos os múltiplos significados que se' justa'puseram a uma obra ao longo da sua existência histórica. Privilegia-se,

ponanto, na. mesmg obra o carácler. ?berto, eue p.ermitiu yáriSs lei
ras, cada uma das quais pode ser parcialmente explicada. Adaptam-se
assim as regras da hermenêutica à idéia de uma relação necessariamerÌte
mèdiata com .o passado, à exigência de ter em conta o que se fez em
torno de uma obra no intervalo de tempo que nos separa do momento em que nasceu.
O suporte material da rmemóriao colectiva e Eansgeracional, constituído pelos documentos, monumeltrtos, obiectos de colecção, livros e
atlas, fósseis e ruínas, enriqueceu-se no século passado com uma grande quantidade de elementos novos. Foram encontrados graças a uma
pesquisa sistemática, eü€ os -lescobriu em lugares por vezes insuspeitados,
por exemplo-"em gnrtaà, ! devem-se a achados casuais algumas das
mais sensacionais revelações do nosso tempo, as quais lançaram nova
luz sobre importantes sectores do passado. Novos elementos foram

51

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MEMORIA

também adquiridos graças ao aperfeiçoamentodas técnicas,sobretudo as
4" 4^!"çã"r q.r. rransfolmara
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intqiros

engolidos pelo tempo reemergiram à supe4íc_i_e.
Mas o facro
mais extraordinário das úirimas décadas e a prodigiosglllilla_çêa de
duração da espécie humana. Q passadg grclq,q-g qç_!qé_rl,e_
é
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ç:o_lectiva
qtç*&l-- a:nlg;lgq-m re.
en
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Por outro lado, este passado está presente em medida nruito.maior,
E está presente em
sentido absolutamente literal onde se descobrem vesríqios atá entãn

qgterrados, constituindo arqueódromo-s
o_g_lq&[:ji!p!oqçgd,qs_g_o_.jare_
rior das própnas cidades, onde se restauram edifícios antigos ou se
cob.nos
ã.
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ee,grlam n?uqqqqe ss_grultiplilam.as exposições. está presenreramoem na mectlda em que os restauros,as reconstnrÇões as rein
e
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qÇões, cuio número cresõ-õffiãe
concretizadasnos obieçros,põem de novo em circulaç4o,
ções.
=ô-:ç_óIrièúàò
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os nossos comportamenros_hrrulq!. A soci
em que vlvemos, vrrada__pAlao futuro, rnantém no enranto
com o
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o eram p4" ãr_qqçi=qd_ q".
gl!g. De facto, esras relafundam-se, não numa uadição que age de maneira èspontânea,
ções
sem que alguém cuide de perpetuá-la, mas num programa explícito de
conservação dos suportes materiais da memória colectiva e da sua
restauração no seu estado original sempre que possível. por isso a

:nossa rnemória, mais rica do que nunca, é também
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pouco ao estado de fóssil e a globalidade do seu património ao estado
de ruína, os nossos sucessoresenconrrem na sua memória documentos
e monumentos suficientes para formarem ideias muito claras acerca do
nosso presente tornado o seu passado. lrc. p.].

Ariès, Ph.
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:.:

MEMORIA

516

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1966
Turim L972).

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  • 1. yrv, P0MIAN/Kr lgÍof' Memória'In:^ Enciçloprádia Einaudí. usboa: Imprensa Nacional, da Moeda, casa 2000.v.42 (siste*iti.ã), p. s07_516. í3 Jqloslo+ T/LEMOzuA Atl as, C. oleeçãa*_D ocumento/monumento, Foss il, Memória, Ruína/r.ìt^G- Todo .o animal é, a panir de um determinado grau d.e organização, portador d.e rnuitas memórias. A Eemoria da especie,, que todos CIsseresvivos possuem;esã) graçasà effi d,esdobrada ;;;t.i -]arur'b do genético em que está inscrita, garanreque a forma inicial r.1" rÇtiãã r?y;,r,,7, e, por consequência, reprodutza, rnenosque uma.ïnutação,origem i)'e..,;.,,:2 se a de algo de novo e imprevisto,venha pernrrbar este processo. memó-. A ,.;_, *T representadapelo sistema de defesaimunologica@ f ,ria bnvq atl lembrança de como o organismo é ameaçado por vários agenres 'patogénicos, iembrança que permite reagir de maneira adequad.aa *Y@ novos assaltosde inimigos já conhecidos. A memória individ.uai, ,ri^^*^@ entidade, velocidade e acúmen progridem @volvimento e da complexidade do sistema nervoso; esra memória permite I I ' l{rutar_ certos comportamentos aprendidos quando se apresenta uma sttuaçao a que estes comporcamentos estão associados. Este último tipo de memória adquire no homem dimensões e possibilidades novas pelo facto de ele procurar objectos e (iomunicar com os seus semelhantes e com o mundo não apenas ati'avés dos órgãos dos senddos mas também através da linguagem. rrata-se, tanto-nos I {o{.'-',G rata-se. tanto Í animais como no homem, de estadosdo sistema I t t. I i nervoso provocadogpelo contacto com seres.obffi tos, que _subsistemainéa quando o ele{nento que os originou desapareceu _hL um período -de tempo rnais ou menos longo. A narureza destes estados e qesconnecloa; segundo algumas hlpoteses, conslstem s é desconhecida; segundo algumas hipo' em modificaçõesda esü'utura molecular de células nervosas ou de uma ões estnrtura rrroleculardg células,nervosas de uma nery ou categona qartlqgtqr destas células. Seja como for, porque os caracteres içgl"t d.esras adquiridos ao longo da ontogénese não podem ser rransmitidos por hereditariedade, o conteúdo de uma memória individual desaparece, tratando-se de um animal, com o indivíduo .rue é seu portador. Para o homem, as coisas-acontecem ouüo Dq.'..,, porque gs vestígiosdo de podem ser uansmitidos sob a forma'd.e criaçõesexteriores ao_ Fassado pno mo. ca de uma existênciaautónoma em relacão a e s t e ú l ti mo .E o ca so dos que passam {e narrador em narrador
  • 2. 508 MEMOzuA conservando a sua identi4a4e, à excepção de algumas poucas vananguadlos, escllllulAl, rcs, e e tambem o caso dos SIIIe!, @!9:, s erc. E estes vários tipo conseryaff . do oassado que os homens conseryam. o w &s u!&r 4ãLw t| *.T-'*Yr RúL xs í rlui de ur4 1-f. rermo q.,.r.*õd.rignarMfragmçnto ffie u5na imagem,objectr@ g.glp1objç,crg,.inaqlffiç**çs.ço..rrio ffi,ç,,.,seç,,uansmitido de individuo para indivíduo, dç geração parat Wpgã,p* ImaKns e relíquias apresentam-se ambas sob a forma de coisas. e ambas se encontram nas colec!âneas.nas colec recisament. " .orr.t"çãò obiectiva cla meruória especificamente huma- D ( üf^Íews '-l('tívt.üa,Ft+ü'c" (Ãv ( d.,- e'ta Tn r,.dna'tr*o<tryl''íEJegiL 7"4"^ na que é a memória colectiva e transseracional. A capacidade para conseryar sinais e vestígios do que pertence em W€'a já rernoto não é uma característicaexclusiva dos seres si a um passado vivos. Em determinadas circunstâncias, qualquer corpo se revela capaz proximidades de consewar as marcas dos seres que se encgnlgnas ou de acolher e proteger os seus restos. Ot hfott.irf descobertos nas enranhas da Terra e gu€, desde tempos antiquíssimos, são reunidos nâs colecções, constituern precisamente ess.as rnarcas e esses restos) imagens e relíquias dos seres vivos desaparecidos, das bactérias até aos hominídeos. Atribui-se, no entanto, à Terra uma memoria apenas em sentido metafórico, querendo dizer que conserva os vestígios do Seu passado. Efectivamente, a memoria é também a capacidadê, -e.9!a-slm üraPs exclusiva dos seres vivos - ou de criaçõeq do homelq c_o{rcg_b,idas-, pú I de reconstruir uma situação mais ít propositadamente para esse fim-, nxnÁnne ou menos análoga à já verificada no momento em que o ser, ou o I I objecto, agora presente sob a forma de residuo, possuía ainda toda a I t sua complerude originária. No caso de um animal, é a capacidade i para imitar um comportamento associado a uma siruação que já experimentou e na qual volta .a encontrar-se. é igualmente a capacidade para repetir os comportamentos aprendidos, lmas também de ressuscitar as impressões ou os sentimentos já vividos 't - ou de os deièièvèi õialmente; é além disso a capacidade para descreno ' lrer os seres, os objectos ou os acontecimentos vistos ou_ob__servados _ I passa49: A ememóriar é, em suma, o que permite a um ser vivo remontar I t4 pasI no tempo, Iebgtonar-se, semprg mantendo-seno presente.com o t sado: conforyle os casos,exclus espécie, coqr. o dos outros indivíduos. No entanto) esta subida no t em p o p .*" ''u i tores tri ti v as .É s .* p ' . in d i- ^ V l) ( f r K DA w o " recta; com efeito, entre o presente e o passado interpõern-sesinais , / vestígios rnedianteos quais -e só deste modo- se pode compreen-/ N^_"^r,. ïVgp40gt* der o passado; ffata-se de recordações,imagens, relíquias. E s.*pr./ qçI irnperfeita, pgr-queo pasl{l-o tão po4e, em circunstânçia alguqla, {Rat)Çg1nnfNrn ' s'nplesmente restituido na integra, e toda a reconstmÇãoé sempre. : i sto verifica-se por maioria de tazã'o$FqgffiSì .(.Lil^i .L rc44a peta .lr ï rdações pessoais' @das -."ï[^, .?_ de' D(cbÍIf ' ffiçry,,la1@t,@{Fe.$em-es:;qqgterffi:.:.xllffiL-.gp@ç:.gârte ,4 4 Sürc;n F**a#,
  • 3. 509 Ì MEMOzuA maioria uv razão, L dòòl l l l qual Ì(-l () fantasia. E, por r ^ r sr vla q de raz4J) é assim quando a feC OnS tfU çãO "t - ^ ^' - ",- ' a reconsrrução dO d.o .r "' , , . 'lUhoy* j tpassado se funda em vestígios,imagens ou reiíquiasque são os supor- '1".,,.,,|,'2-^!^n,r'sïT:i:'tacolectivaoutranSgeracional.Í.-ffiì'*-:tr&,Ë_ t ' t v i i i / p íL'vt" q - :.tt"'ìa S ublda no tempo p ra t ic a d a p e ia me mó ria e n o e n t a n t o a u n i c a a que temos acesso. E m p a rt ic u la r, t o d o s o s n oSs s o s cOOfÌeC lc i. ' , ê n Ì ^ c ' 'i ' L.,Lrrr. uò rIU sOS - ï""' ; C o n h e .rrurrLU b í.l .{/1 , ; f LAt loJ t tt ;:*r{ /v,ht;Ì'; í ã:i' .s;. 5;:ïi",.,,t#ïil,0:'";.'ï : ::J"ü:ï :;,ffi JJ" ^ ^ ^ :^ ^ ;^ - ^ ,: ï' H qrqw qral t y'{,unvnLyrr{,r*, tgdos .os coJrhecimentos. em suma, ve* ua{z".t g& if tuou,4t l,ua*,çrr:,L I i üwv'à4'irva;4 ln t) {ryule I r f*-rtv l. YlÁr ,l .el7wí"t(I I I , ti", to oo.4g* t.t ob,i€l- *trr"r ifóiiãirl -à - a .d"."**r" ^or monumentos. de todos os *:*jrn_boq, pqr- assim dizer, recorda_ colectiv IJm acontecimento: urn ser ou um objecto ìóixatii nu-m inãivia-O fI ele tenha entrado em contacto uma marca tantCIm"is p.o_ J:"..com / -tunda quanro mais o aconrecimenrg, q tçr" qtr q g_bjecto gra ilsojito, { i "' "* 'e 9 *d -q -'.-çg p -a g to soEffi,ïãã*,embor aiesistentes. esbatem-se. Por isso se inventaragl vários sistemas para conservar as ' _^-_,,1^_:_*:_=_*=_*:J:--.==:*_ r._ recorda rLLviravvç-òJo mais lon r-{r4-lì,l9ilH9II}9J}-!Ç-,Et9s$lYÇlr n1Qêp_ApgQçf transmiti ente ível. -8e de r tJal}qmili-las qos outroq, garantindo-lhesassim uma duração perene. Na prática, úaii.", gsta arte da memória é uma arte da linguagem: ensina . .o.rr.*-ar as r^: Ts*vlW 'ÜËAL diferente da individual. Mais precisamente, a memória colectiva era | , ".,"'.'ituída çgttltttuida por um,a sucgssãode..mçmÉqiqs iBdiylduqis. cada üma delqq rec-ebendo das outras e conservando-ascomo suas. rttri*, -as-rgcordaç9es_ ffi indjv!çlgo idqqtificavl-se, íèrri aisso se a"r conra! com os seus ç4_dq *_*---__^sv^rs4^rvq y q o v, o çl l l tr l ò ò l j òç ( ,..s91 rr*" ? .*-e -!"q*igtntt-e-p*qn"otó $. memoria colectiva e üansgeracionalx, começa a assumir as carac-/. terísticasparticulares com da ccqlggçf,o+: conjunto de' " "pà*.iffi-"; naturais ou arcificiais afastados d.os circuitos de utilização, .objectos colocadossob uma protecção especiale expostos.A partir dessemodos ,=g,p_o.è-r_{fergntes iT.".ro, Lnqqqlg:1ê-lolectiva colq:egle=aa-qu_irir ícérebros dos i"ai"ídüõ: É-ìüGéã=tr.ôã.iãco que as corecçõesse -:..---'-- "' tnsram não apenas nas relâções entre o aquém e o além mas ainda nas que unem os mortos aos vivos, o passado ao presente. por outras palavras, é preciso que sejam expostas não apenas ao olhar dos deuses e dos demónios mas também dos homens. É, pois, a passagem das coleções enterradas em sepulturas, por exemplo as do Egipto ou da China antigos, às colecções nos templos ou nos oalácios porquanto ' dotada de meios de transmissão que..a torrÌam comple.'- nente diferente da memória do indivíduo. Porque, a parrir do mom'ehro em que as cglecções são exposta dqç homens, cada obiecto nelas contido Reç:,gvì --)
  • 4. ìl 510 MEMOzuA pode ser comparâdo com outros similares e todos podem ser confronurqr. Lvuvo vo LrL rÌ4 vl Ll a i4 L r u p L d L r _ r ò o u ) cu L U5 cotn os tados com os objectos adoptados na vida de todos os dias. vurÕç I aoos 9gg. -l provgentão a possibilidadede perceber a diferenÇaentre os objectos f ao 1< .r. I { 1'"{f Á,/llv'v/W.' i*'!qìLA. - Enüt))6'} ) munho do seu tempo enquanto concretizaçãode uma recordação. e qué se atribua a várias categoriasde I objectos a qualificação de documentos ou monumentos) ou seja, a qualificação de vestígios, imagens ou relíquias através das quais'é possível A/l ,,. ",i:''. ;'ot'"'u eslabeleceruma reLaçãocom o passado de que provêm. lgra obter esta I t ! 9ara circuito qualificação, os obiectos devem sair do circuitg. das acrividades utilitári- ) fir.+,:":'. f' "1"/.* objectos ualificação, !i ou estiveraÍn qúé alguma vez nele estiverarn inseridos, ,ou para passarem a. 4 {"&'fr,í} $.{r ias, se é , ou para serem degradados, para se loma- i Áe. nl"r"í) rem restos; neste caso.são promovidos a obiectos de colecção apos uq '" :,d.s .íxtdtt'^* "fazendo parre de uma co; r r {- ,'''t' '' "t período de @Q!3 çã far ne vir ,Á. L(JJ .l op ac( do o ide pri col xin çãc mâ Desde épocas muito remotas os fósseischamaram a atenos c*,fuseiqç. çãõì*T"mens. Mas, &;S*qtg muitíssimo tempo, eram considçradqs pol dg_lggg:3g, FTam inseri- act o que constituía também uma rnaneira e o além. Havia que mudar de atitude , Pelo contrário) como monumentos aravés dos quais pode ser revelado o passado da Terra- Também neste caso, comparando os fósseis enüe eles e com os vestígios deixados pelos animais e as plantas hoje vivas, foi possível estabelecer dos em colecções e admi CSF ie ? ie hurnana, e ao mesmo um passado anterior ao aparecimento da bém. de categoria tomando-se, de uma memona, monumen-tos: vesugross eram, curiosidade que eram! os suportes da memória, monumentos: vest_:i919!t. Ate agOra não Se nomeou ainda a escrita, embora tenha uma importância capital para o que nos interessa. Efecdvamente' ela serve deiae as origens não apenas para comunicar com os deuses por' meio da adivinheção ou das inscrições que lhes são dedicadas mas também para traní .itir mensa s-homens quer como supomosr viverão -r./-uma verdadeira resentâ invenção da escrita mais tardeì :. a partir de de formação da memori vlra pe alt tla e g9m os obiectos do mesmo tipo fabriqados no presen_!ç' .""_çF 'igrtempo âdquire espessurapouco a pouco e, ao mesmo tempo, Ioro mam-se, através de uma mesma serie de operações, a +memóriar colecque se tonfa Seu Supqrte. tiva e O +dOCumentO/mOnumento+ lsto é válido quando se fala não apenas de objectos obtidos artificiafunenté mas ramUénn,aaq".t.t q". t. e pouco.a pouco a sua sucessão medir os int@ por,or. pest. *odo a *.*ó{iu lie af"^rÁ"rlv*rfr so entram nas relaçõesentre o aquém e o além, ffi puracomo por exemplo acontecequando apreciadosnuma perspectiva do mente estética,em relação a cânonestranscendentes belo, eles nãg quanao se cqmeça são alqda documentosou rla.olrnggllgg S.-O ::;;.-'.:--_ .. =* mhmrsdo como c qu lp .21 mc s ãc To çãc qu( exz cor coÍ cor tos ne( pas prc çãc dif, um virt
  • 5. É 8. lt h lÌ 512 MEMORTA Entre os vários tipos de documentos escritos devemos citar esse docurnento muito panicular que são as cartas geográficase as çolecou seja, os atlas..Fruto cie numerosas viaf f ie S d e e x p l o ra çã o ,d e me d i çõ e s,deumaquantidade de estudos destinados a elaborar métodos para projectar numa Superficie plana um sector da superfïcie do glogo tenestre com os seus vários acidenres, o ratlas+ regista e transmite uma historia plu{4imensional e muito complexa. Conta à sua maneira um passado,o passado que rerrntna com a realização do atias. Descreve também terras, muitas vezes muito distantes e de dificil acesso. Através do atlas é, pois, representado também o lado invisível do tempo e do espaço. O carácter peculiar e o excepcional interesse dos mapas e dos atlas para uma investigação sobre a memória colectiva devem-se precisamente ao facto de os documentos deste tipo porem em evidência a dimensão espâcial das coisas representadas, dimensão que outros documentos tendem a descurar ou pelo menos a não tornar tão explícita. E isto, se bem que a memória colectiva e transgeracional, exactêmente corno a memória individual, coloquê sempre as suas recordações num espaço determinado e que essa localização seia tão importante como a localização temporal, sobretudo quando Se trata de proceder a uma reconstrução do passado. !r l-r i i.. 5 C t f, r c b r. c e n T a c c r r -P ç ; S a '-Fr r 1ciais senão quando chega a esta lgçlnstruç4gr-ê u ate nos em ch . tes do l. do esta estado de ruína; mas o conceito de jnfÍqa/res!êq[o. G_ õrrelativas deve Ser tomado numa acepção muito ampla. De we : r t qualquer vestígio, seia uma imagem ou uma relíquiar^ @çry*Wue *g.4o em que é sempre e necessariamente grande maioria dos.casos,de este carácter de parcialidadedepende,na . Õ c J r ç u n s t â n ci ã S co n co mi ta n te s,dependedoacaso.@. ì resenta. um único do urn a ue mostra nã o -_ pqnto de vista escolhido_segundo critérios que as mais das vezes não' -l nossosr são os nossos, ramente obscuros. De resto, ainda que um Ser, um acontecimento ou um oUieètó sejam representados por muitas imagens, essencialmente nada muda, porque perrnanecem sempre numerosgs aspectos que Se ,revelam iremediavelmente destruídos.'Quanto às relíquias, fragmentos i3g po. defini|ou pedaços de seres vivos ou 'ção parciais. Porque é uma imagem, ou relíquia, ou ambas as coisas ao mesmo tempo, todo o +documento/monumento. é necessariamente parcial. É ,r*t ruína, corno de resto toda a recordação. E, sJ tn[eresSa. é porque permite conservar uma relação cqlq-o pgssado e tambÉln da completude te remontar no tempo e enleqllal_a PqQç ida.i'Permite prado deì= modo, o terrno 'reevocação' indica evidentemente operações rnuito díspares. Reevocava-se o passado caindo em êxtase C v-i e L Í ( Ì + I ( ( I { U,
  • 6. À tl?r /z/ /Ãb^â/4, 0b pa/rrÀ/t ]wtzvu,$a' ?^ Núwi^. 5il (u.aLíwt ,.far@ MEMORiA agora, oe uma ração seguinte já não se tr?nsmirem apen a s tra d i cõ e s o r" i r: .p o . r m ludo, ., po. o aue, Ìão podem .falar senão l. tambem textos, e ro s )e e a s u a a c u mu la _ d,u €.ao ao lonÊo .do rempo que permite mrrclpr rnrìicntrnenreTìïa f a ce a o p a ssa d o . ' it ïdìsl$trYf ro rnunoo oa traolçao oral) que não conhece iíÌtd3-tr *'i-cansnyr:Írg*-t No mundo da tradição oral, que não conhece a escrita, dá-se escrita, dá_se f ,t ' 0rnl .p$r*t*r, rL uma identificação enfte aquele que narra uma historia , .;,$r*ü* 4Llnecessanamente '1t"r'.i|.,ili v i r 'l' ',,,iy.,"JY}n|" :ïj.o p a ssa a u to rdutor .dessahistór ia. ., 1t f rf ir| ,",it,tltlt*]..,^.i**:.,.'..:Y.'-o".Y1Ll'EbòdIl'IULuna.ryaprenderahis' o ] ]1 !^ d " ::" o " e o 9 9 '.o a essahistór ia. tttit tttl'a ' . g ì{1r,., ; " lW: l'ód",s"btt :,"-;-::.rJ' .lrou-,*..,*ï-*' ^'-I'"d",S"btt ,,1'"ì""i^ l*-"?-Jff"ï; )s para.tudg,. a.st'b-st u.,i*içr@ inevitável pelo facto de urna cadeia contínua de intermediários , ;;;_ Ãe;*, /3ttt. ltgar o autor ao último intérprete da sua obra, e.esra conrinuidadenão -':r*:-l' ^'" / permite *: perceber quão longo é o intervalo de rempo que os separa: ,y* as lf I d" -L nwd4v,t" úqr"çõ.s rgrinç?qelq" ttiqq+ gã ,%u ,?rra'.,r"rr+{$fu não diroô. qlgu?llg lç ry4q1 õffiIasïom uma 1/t"",,: F "t1:"at o q u e s e p a ra o p re se n te d o D a S sa, ï.' , '! f '* -rl ' : o ,,..rJ" ^-.L' ---,. - i"ns o.T1'*''* , - ; ' t : i r 4o jornaq:se impercepdveis,-"sslúii I I | I I o que retira a este intervalo de tempo toda a espessu;a e leva a identificar os seus terÍnos como se o período qu-e eles deiimitam fosse privado de realidade. A idade da narrariva, se é que dela se tem consciência, âparece então como urna realidade sem rempo: uma aproximação do aiem mais do que uma referência cronologica. I Duranteum longuíssimo çã9"*4ff-ç9jx"L #"dõ-ãã I I 'l acumulam-S€ no significado mais literal d.o termo; enchem as colecções especializadasna conservação, ou seja, bibliotecas e arquivos. Deste modo pieenchem de conteúdo o intervalo de tempo ao longo do qual produzidos e concretizam a sua duração, rornam-na visível. ::o Tomam-na até mensurável se dverem a mínima data ou outra indicatão cronológica, mesmo sumária 'e dificil de interpretar. Mas ainda I I | r I .l I ì ) : ' s . I 3. ) "l 'l '[I | .l ^|aa*-^-^^i^^^---^-:^r-rrõ-< r f, al I I ...1 I .'l | -_l I | ,.-pó ãicolhiam-se materiais ffiicularmente resistentesao desgastepara servirem de suP--9-*9**q-o-q -qsçlttgq..Por isso, ao Tongo ãos anos, estei-ãõffiïõs g:ão , a"t"aorr o. .a. exactamente como oS omonumentos., de que são afins, e podem r-----_ a-constatar-se as suas variações em funcão do temDo mal se orocede a .o*p"t"çõ.s *"i Além.disso, é necessárioorganizar esras comparações,o que não é simples. Ter um grande "ffi tos escritosainda não basta para esseÍim, ernbora seja uma condição Ao. contrário da tradição oral, na qual a relação enrre o "ecess,ária. passado e o irresente ê, imediata, porque o segundo é apenas um nrolongamento do primeiro, o que no limite permite a sua idenrificaÇão' ssibilidade de percebe. as qlrerenças eq!!e passaÕo diferenças enffe passado e presente, supostos à rirru"l*.rt. .rã" réri" *rir o.r *.rro, - ro.rg" d. irrr..*.diá.ios' t r,, ?,
  • 7. v Ë vi lÍ li 5t3 MEMORTA I ir t i ï' I t ) ) ) 1 J 't ì à ê. 1 ìa ü a c e n diante de objectos consideradoscomo tendo pertencido a esse passado para de novo recitar as cenas que se julgava terem ocorrido no mosempre o p?lsado durante ag celmó mento original. E reevocava-se *t"t ,.ligior". qrl. f"" ".ò.t..i*..rto, ocorridos há milhares de anos. Nestes dois casos,evidentemente)esrap . ..r.",. aqqrm _e_1rng_4!q!S nao se tena ido supor possíveluma transposiçã o sendo, Neste sentido, seria mais ou espiritqal_gnge q prilqgirq_e_o_-sezund_o, exacto, a propósito de todas as reevocaçõeslirurgicas do passado, falar não já de subida no tempo, mas, francamente, de abolição do 1empo. De facto, tudo acontece como se o intervalo que nos separa dos acontecimentos de fundo não tivesse realid?4e algj!ryr, _oq_ll:lg_g_e_no_! esta como se a perdesse no *.9,:!lq1l?nto .é celebrada, o ternpo permanecesse em _suspens_o. Aqui 3_ee'rlorrq. icoleçciva é considerada como sendo-çApgzle transformar, em determiinadas condiçõeS, rqnoê-reçgrdaçãg, uma imagera ou uma relíquia. numa presença real, de efectuar mais do que uma reevocação: uma ressurre_ição do passado. Durante muito tempo, também a história se fundou na definição 'relação entre presente e passado enquanto relação imediata e na da convicção de que, tratando-se de acontecimentos de que não pudera ser testemunha ocular, fosse dever do historiador anbtar simplesmente as relações daqueles que a eles assistiram, assumindo a sua responsabilidade e, portanto, identificando-se com os seus autores. Aqui se reencontra a atitude face ao passado que era própria da tradição oral, mas que vigorara durante muitos séculos mesmo no mundo da escrita. A mesma atinrde fundada na assimilação implícita do passado a um. além manifesta-se na atribuição de carácter sagrado aos objectos de colecção, quer' do ponto de vista religioso quer do ponto de vista estético. O abandono da praxis de uatar os escritos como se pertencessem à tradição oral e os objectos de colecção como se fossem objectos de culto levou a güer com o tempo, a história se tivesse uansformado, na teoria e na prática, e se houvesse formado a memória colectiva e transgeracional consciente, que não pode ter relações com o passado senão através de recordações materializadas: documentos, monumentos, fósseis, ruínas, etc. O aparecimento do problema do restauro, da reconstrução do estado fisico originário de um objecto, e mais em particular de umâ obra de arte, faz parte deste mesmo processo, como dele faz parte o problema de estabelecer o significado original de um texto ou de qualquer siguificante, e o problema de Íeconstruir, parrindo dos fosseis, a estruülra e o aspecto dos seres vivos de que constituem. âs relíquias. A princípio o restauro limim-se aos textos e às obras dos Antigos, que se querem assimilar tal como se supõe que fossem na origem, e isto dá lugar a todo unr--trabalho de comparação:'comparam-se as diferentes cópias do mesmo manuscrito e diversas obras. que apresentem semelhanças evidentes; vir-se-á assim a perceber pouco a
  • 8. Íà a ,l MEMORI-A 5t4 varlam) e a lorÏnar as senes de textos ou pouco como certos caracteres por ordem cronologica. Note-se que se pratide objectos classificados cam os restauros apenas em objectos provenientes de epocas extremamente valorizadas, ou por outras palavras, objectos que representam um passâdo que seria born ver reviver. Durante muito tempo consideraram-se como dignos de serem restaurados apenas os objectos greco-romanos, mas bem depressase deu em restaurar os manuscritos medievais, importantes para as controvérsiasjurídicas, teológicasou políticas. Só no século passado se começou a restaurar a vasta escala os monumentos medievais. E só nos nossos dias se chegou ao ponto de tirar tod.o o género de conclusões da iddia de que se não pode estabelecer uma relação com o passado senão imediata, e do corolário desta idéia; constituído pela constatação da impossibilidade de considerar como nulo e não. existente o intervalo que separa todo o presente do seu passado. Procrrra-se, pois, actualmente restaurar os monumento$ respeitando as transformações que sofreram ao longo da sua história ou, pelo menos, tentando manter os seus vestígios, em vez de'os âpagar simplesmente como dantes se fazia. Também assim se procura . pôr em evidência as partes restauradas de um objecto para que ressaltem das que be conservaram no estado original. Insiste-se deste modo no carácter imperfeito, lndllgçlg incerto dessa subida no tempo qgq é toda a obra de restauro. Vimos a pari passa a evolução dos processos seguidos para restabelecer o significado de um iexto ou de uma obia de arte, e que são em tudo e para tudo comparáveis aos utilizados para o restauro dos monumèntos, com a simples diferença de que se üata neste caso de restabelecer uma interpretação que se perdeu e, portanto se lida, não com objectos materiais, mas com a linguagem. Com o passar do teinpo, a convicção de que todo o textô tenha um sentido originário, bern determinado, únicor-que basta descobrir, atenuou-se até ao ponto de ter desaparecido quase inteiramente nos nossos dias. Tende-se doravante a ter em conta todos os múltiplos significados que se' justa'puseram a uma obra ao longo da sua existência histórica. Privilegia-se, ponanto, na. mesmg obra o carácler. ?berto, eue p.ermitiu yáriSs lei ras, cada uma das quais pode ser parcialmente explicada. Adaptam-se assim as regras da hermenêutica à idéia de uma relação necessariamerÌte mèdiata com .o passado, à exigência de ter em conta o que se fez em torno de uma obra no intervalo de tempo que nos separa do momento em que nasceu. O suporte material da rmemóriao colectiva e Eansgeracional, constituído pelos documentos, monumeltrtos, obiectos de colecção, livros e atlas, fósseis e ruínas, enriqueceu-se no século passado com uma grande quantidade de elementos novos. Foram encontrados graças a uma pesquisa sistemática, eü€ os -lescobriu em lugares por vezes insuspeitados, por exemplo-"em gnrtaà, ! devem-se a achados casuais algumas das mais sensacionais revelações do nosso tempo, as quais lançaram nova luz sobre importantes sectores do passado. Novos elementos foram 51 ta À, Ua nÌ in m dr hc dc se er. rit tIr se bÉ Ia, VL da os dz qr a vL S€ co re n( ta j e, ve ge bc rn p( de e n( Ar (J.
  • 9. JI iÍ ta. '!n. !a 5r5 MEMORIA também adquiridos graças ao aperfeiçoamentodas técnicas,sobretudo as 4" 4^!"çã"r q.r. rransfolmara qri nem ma coqt i!3s nelLjom ouüa. Terrirelios que, aré há pou , @r . g- - ec qaao, y g. do, l intqiros engolidos pelo tempo reemergiram à supe4íc_i_e. Mas o facro mais extraordinário das úirimas décadas e a prodigiosglllilla_çêa de duração da espécie humana. Q passadg grclq,q-g qç_!qé_rl,e_ é .qa ç:o_lectiva qtç*&l-- a:nlg;lgq-m re. en _do Por outro lado, este passado está presente em medida nruito.maior, E está presente em sentido absolutamente literal onde se descobrem vesríqios atá entãn qgterrados, constituindo arqueódromo-s o_g_lq&[:ji!p!oqçgd,qs_g_o_.jare_ rior das própnas cidades, onde se restauram edifícios antigos ou se cob.nos ã. E ee,grlam n?uqqqqe ss_grultiplilam.as exposições. está presenreramoem na mectlda em que os restauros,as reconstnrÇões as rein e , qÇões, cuio número cresõ-õffiãe concretizadasnos obieçros,põem de novo em circulaç4o, ções. =ô-:ç_óIrièúàò da me ia, legitimam cgrtas consequências que erão influenciar os nossos comportamenros_hrrulq!. A soci em que vlvemos, vrrada__pAlao futuro, rnantém no enranto com o do, as %:::::ry--"- o eram p4" ãr_qqçi=qd_ q". gl!g. De facto, esras relafundam-se, não numa uadição que age de maneira èspontânea, ções sem que alguém cuide de perpetuá-la, mas num programa explícito de conservação dos suportes materiais da memória colectiva e da sua restauração no seu estado original sempre que possível. por isso a :nossa rnemória, mais rica do que nunca, é também muito mais vuhJ | I Á a -5 a É- E- - Èv svg Àl g vvg ges vvÀ a 'içcturas eqonómicaq,poljligrs e milirares. Feiizmente, difunãe-se cada d.-_qrg, entre as nossas obrigaçõej ryência geraçoes ocupa um de honra o dever ue mos em inúmeras col . Podeesperar que, se o não-ìê viï-ieduzido dentro em -' -' %."' "*J ^'b." '" È pouco ao estado de fóssil e a globalidade do seu património ao estado de ruína, os nossos sucessoresenconrrem na sua memória documentos e monumentos suficientes para formarem ideias muito claras acerca do nosso presente tornado o seu passado. lrc. p.]. Ariès, Ph. 1977 L'homme deoant Ia mon, seuil, Paris (rrad. it. r-aterza, Bari l9g0). Goody, J. 1977 The Domesticatíonof the SaztageMind, Cambridge Universiry Prcss, I-ondres (trad. ir. Angeli, Milão 1981).
  • 10. rf, :.: MEMORIA 516 Halt'wachs, M. de Lg25 Lescadressocìantx Ia nténtoire,Alcan' Paris' F. Jacob, Gallimard' Paris (rrad. it. Einaudi, de d.u 1970 La logíque ahtant. (Jne histoire l'hérédit,é, Turim 1971). I-eroi-Gourhan, A(uad' it. Einaudi, T.9rim 19782). et Lg64-65 Le geste la parole' 2 vols', Michel, Paris Piaget, J., e Inhelder, B. Presses Universitaires de France, Paris (trad' it. T-:. 1968 Mémoire et intelligence, Nuova Italia, Florença 1976)' Pomian, K. jako przedmíotwiary, Pafiswowe s0ydawnictwo Naukowe, Varsóvia' 1968 Przesztoíê Schonen, S. de acdaedu passé,Mouton, Paris-La Haye' La mémoire:connaüsance lg74 Vemant, J.-P. Maspero, Paris (rad' Erudesdcpsychologíehistorique, 1965 MytheetpenséechezlesGrecs. ir; Einaudi, Türim 1970)' Yates, F. A. (cad' it' 'Einaudi' TheAn of Memory, Routledge and Kegan Paul, Londres 1966 Turim L972). n a Y tl i: r t I r + L t c ç t I I I, 1 í l T I