SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 8
Descargar para leer sin conexión
Aula 5

Limites laterais

Para cada x real, de¯ne-se o valor absoluto ou m¶dulo de x como sendo
                                                o
                                     (
                                          x se x ¸ 0
                               jxj =
                                        ¡x se x < 0
              p    p                                       p    p
    exemplo, j 2j = 2, j+ 3j = +3, j¡ 4j = 4, j0j = 0, j1 ¡ 2j = 2 ¡ 1 (pois
Por p
1 ¡ 2 < 0).
     Para apresentar o conceito de limites laterais, consideraremos a fun»~o
                                                                         ca
                                                  x
                                   f (x) = x +
                                                 jxj

                   ca      ³nio) ¶ o conjunto R ¡ f0g.
cujo campo de de¯ni»~o (dom¶     e
      Se x > 0, jxj = x e portanto f (x) = x + 1. Se x < 0, jxj = ¡x e portanto
f (x) = x ¡ 1. O gr¶¯co de f ¶ esbo»ado na ¯gura 5.1.
                   a         e     c

                                            y

                                       2


                                       1



                            -2    -1             1     2   x

                                       -1


                                       -2




                                                                 x
                  Figura 5.1. Esbo»o do gr¶¯co de f (x) = x +
                                  c       a                     jxj
                                                                    .


                                            39
Limites laterais                                                                    40


     Se x tende a 0, mantendo-se > 0, f (x) tende a 1. Se tende a 0, mantendo-se
< 0, f (x) tende a ¡1.
     Dizemos ent~o que o limite de f (x), quando x tende a 0 pela direita, ¶ igual a 1,
                a                                                          e
e denotamos
                                   lim f (x) = 1
                                      +
                                     x!0
     Dizemos tamb¶m que o limite de f (x), quando x tende a 0 pela esquerda, ¶ igual
                  e                                                          e
a ¡1, e denotamos
                                 lim f (x) = ¡1
                                    ¡x!0

       De um modo geral, sendo f (x) uma fun»~o, se x0 est¶ no interior ou ¶ extremo
                                            ca            a                e
inferior de um intervalo contido em D(f ),
                            lim f (x) signi¯ca              lim f(x)
                                                         x!x0
                           x!x+
                              0                          x>x0

     Se x0 est¶ no interior ou ¶ extremo superior de um intervalo contido em D(f),
              a                e
                            lim f (x) signi¯ca              lim f (x)
                                                         x!x0
                           x!x¡
                              0                          x<x0


Exemplo 5.1

Consideremos agora a fun»~o f (x) = 1=x. Conforme j¶ observado no exemplo 4.7, aula
                          ca                        a
4 (reveja-o), esta fun»~o n~o tem limite quando x ! 0.
                      ca a
      Temos D(f) = R ¡ f0g = ] ¡ 1; 0[ [ ]0; +1[. Assim, 0 ¶ extremo superior do
                                                                  e
intervalo ] ¡ 1; 0[ ½ D(f ), e tamb¶m ¶ extremo inferior do intervalo ]0; +1[ ½ D(f ).
                                   e e

                                               y
                                               3


                                               2
                                                    y=1/x

                                               1

                                               0
                                -2    -1             1        2   3       x

                                               -1


                                               -2




                                           1                          1
                   Figura 5.2. limx!0+     x
                                               = +1, limx!0¡          x
                                                                          = ¡1

     No esbo»o do gr¶¯co de f, ¯gura 5.2, ilustramos a ocorr^ncia dos limites laterais
            c       a                                       e
                        1       1                            1       1
                 lim      = lim = +1                lim        = lim = ¡1
                 x!0+   x x!0 x
                            x>0
                                                    x!0¡     x x!0 x
                                                                 x<0
Limites laterais                                                                    41

                                  1          1
(Tamb¶m ilustramos que lim
     e                                = lim      = 0.)
                             x!+1 x     x!¡1 x

      Neste caso, ¶ conveniente denotar, introduzindo novos s¶
                  e                                          ³mbolos em nossa ¶lgebra
                                                                              a
de limites,
                         1     1                   1     1
                     lim = + = +1              lim   = ¡ = ¡1
                    x!0+ x    0               x!0¡ x    0

Observa»~o 5.1 Em geral, dizemos que
       ca
 lim f(x) = 0+ se
x!x0

 (i) lim f(x) = 0, e
    x!x0

 (ii) f(x) mant¶m-se > 0 quando x ! x0 , ou seja, f (x) > 0 para todo x su¯ciente-
                e
       mente pr¶ximo de x0 .
               o

Dizemos que lim f (x) = 0¡ se
               x!x0

 (i) lim f(x) = 0, e
    x!x0

 (ii) f(x) mant¶m-se < 0 quando x ! x0 , ou seja, f (x) < 0 para todo x su¯ciente-
                e
       mente pr¶ximo de x0 .
               o

Escrevemos ainda lim+ f (x) = 0+ para indicar que
                      x!x0
(i) lim+ f (x) = 0, e (ii) f (x) > 0 quando x ! x0 e x > x0 .
   x!x0

       Analogamente, podemos tamb¶m conceituar os casos
                                 e
       lim f(x) = 0¡ , lim¡ f (x) = 0¡ , e lim¡ f (x) = 0+ .
       x!x+
          0                x!x0               x!x0



       Nossa ¶lgebra de limites passa a contar agora com os seguintes novos resultados:
             a
                       (                                 (
                 c           +1    se c > 0        c         ¡1   se c > 0
                   =                                 =
                0+           ¡1    se c < 0       0¡         +1   se c < 0

       Tamb¶m ¶ f¶cil intuir que
           e e a

              +1                  +1              ¡1              ¡1
                 = +1                = ¡1            = ¡1            = +1
              0+                  0¡              0+              0¡

Exemplo 5.2
                                             1       1
       lim (x ¡ 1)2 = 0+ , portanto lim            = + = +1.
       x!1                            x!1 (x ¡ 1)2  0
Limites laterais                                                                   42

          2x ¡ 3   ¡3
      lim        = + = ¡1
     x!0 +  x      0
             5      5
      lim        =    = 0+
     x!+1 x ¡ 3    +1

                                   x+2           x+2
Exemplo 5.3 Calcular lim +               e lim ¡
                           x!¡2   jx + 2j x!¡2 jx + 2j

Solu»~o. Observe que x + 2 > 0 se e somente se x > ¡2.
    ca
     Assim sendo, se x > ¡2, temos x + 2 > 0 e ent~o jx + 2j = x + 2.
                                                  a
     Por outro lado, se x < ¡2, temos x + 2 < 0 e ent~o jx + 2j = ¡(x + 2).
                                                     a
     Assim sendo, temos
                          x+2          x+2         x+2
                 lim +          = lim        = lim      = lim 1 = 1
               x!¡2      jx + 2j x!¡2 jx + 2j x!¡2 x + 2 x!¡2
                                    x>¡2             x>¡2

                      x+2          x+2          x+2
             lim ¡          = lim        = lim         = lim ¡1 = ¡1
          x!¡2       jx + 2j x!¡2 jx + 2j x!¡2 ¡(x + 2) x!¡2
                              x<¡2         x<¡2


Observa»~o 5.2 A a¯rma»~o
       ca             ca
                                           lim f (x) = a
                                           x!x0

¶ equivalente µ a¯rma»~o, simult^nea, de que
e             a      ca         a

                              lim f(x) = a e        lim f (x) = a
                             x!x+
                                0                  x!x¡
                                                      0




     Se no entanto f (x) ¶ de¯nida para x > x0 , mas n~o ¶ de¯nida para x < x0 , ent~o
                         e                            a e                           a
     limx!x0 f (x) = a signi¯ca limx!x+ f (x) = a
                                      0
                          p                       p
     Por exemplo, limx!0 x = 0, muito embora x n~o esteja de¯nida para x < 0.
                               p                    a p
                        lim
Neste caso, a¯rmar quep x!0 x = 0 signi¯ca que limx!0+ x = 0, j¶ que n~o se
                                                                 a      a
de¯ne o limite limx!0¡ x

       ca           a              ca      ³nua em [a; b])
Observa»~o 5.3 (O gr¶¯co de uma fun»~o cont¶

No exemplo ao in¶ da aula, vimos que a fun»~o f (x) = x + x=jxj tem limites laterais
                 ³cio                       ca
diferentes no ponto x0 = 0, sendo lim f (x) = 1 e lim f(x) = ¡1. Assim, conforme
                                     +               ¡
                                       x!0                  x!0
podemos vizualizar na ¯gura 5.1, o gr¶¯co de f apresenta um salto no ponto 0.
                                     a
      Tamb¶m a fun»~o f (x) = 1=x tem um salto no ponto 0. Agora por¶m o salto ¶
            e       ca                                              e          e
in¯nito, sendo lim f (x) = +1 e lim f (x) = ¡1.
                  +                ¡
                x!0                   x!0
Limites laterais                                                                    43


                            y


                     f(b)

                    f(a)



                        0       a                             b     x



                            e     ³nua e diferenci¶vel no intervalo [a; b].
              Figura 5.3. f ¶ cont¶               a

                            y


                     f(b)

                    f(a)



                        0       a         c          d        b     x



              e     ³nua no intervalo [a; b], mas n~o tem derivadas nos pontos c e d.
Figura 5.4. f ¶ cont¶                              a

      Na aula 4, estivemos observando que a fun»~o f (x) = 1=x2 tem limite in¯nito no
                                               ca
ponto 0: lim f (x) = +1. Aqui, nas proximidades de 0, o gr¶¯co salta" para cima dos
                                                          a
          x!0
dois lados, apresentando uma quebra na curva do gr¶¯co.
                                                  a
      Quando uma fun»~o f (x) ¶ cont¶
                       ca       e     ³nua nos pontos de um intervalo [a; b], a curva
y = f (x), a · x · b, gr¶¯co de f no intervalo [a; b], n~o apresenta quebras ou saltos.
                        a                               a
       Intuitivamente falando, podemos desenhar o gr¶¯co ligando o ponto inicial A =
                                                     a
(a; f (a)) ao ponto ¯nal B = (b; f(b)) sem tirarmos o l¶pis do papel, tal como na ¯gura
                                                       a
5.3.

Observa»~o 5.4 (Uma fun»~o cont¶
         ca                 ca       ³nua pode n~o ter derivada sempre) J¶ na ¯gu-
                                                   a                              a
ra 5.4 temos uma ilustra»~o de uma fun»~o cont¶
                        ca            ca       ³nua no intervalo [a; b] que, no entanto,
n~o tem derivada em dois pontos desse intervalo. Note que nos pontos correspondentes
 a
a c e d n~o ¶ poss¶ tra»ar retas tangentes ao gr¶¯co de f .
         a e      ³vel c                         a

Observa»~o 5.5 (Continuidade signi¯ca lim ¢f = 0) Na observa»~o 2.1, aula 2,
       ca                                                   ca
                                              ¢x!0
vimos que, sendo x0 2 D(f), se existe f 0 (x0 ) ent~o lim ¢f = 0. Na verdade, n~o ¶
                                                   a                           a e
                                                      ¢x!0
necess¶rio termos f diferenci¶vel x0 para que tenhamos lim ¢f = 0.
      a                      a
                                                          ¢x!0
Limites laterais                                                                      44


      A condi»~o necess¶ria e su¯ciente para que tenhamos lim ¢f = 0 ¶ que f seja
             ca        a                                             e
                                                          ¢x!0
cont¶
    ³nua no ponto x0 .
      Vejamos: ¢f = f (x0 + ¢x) ¡ f (x0 ).
     Fazendo x = x0 + ¢x, temos ¢f = f (x) ¡ f(x0 ). Temos que ¢x ! 0 se e
somente se x ! x0 .
      Se lim ¢f = 0, ent~o lim (f (x) ¡ f (x0 )) = 0, logo
                        a
         ¢x!0                   x!x0
 lim f (x) = lim [(f (x) ¡ f (x0 )) + f (x0 )] = 0 + f(x0 ) = f(x0 ). Assim, f ¶ cont¶
                                                                               e     ³nua
x!x0         x!x0
em x0 .
                 ³nua em x0 , lim f (x) = f (x0 ). Logo, lim (f (x) ¡ f (x0 )) = 0, e
      Se f ¶ cont¶
           e
                                    x!x0                    x!x0
ent~o lim ¢f = 0.
   a
      ¢x!0

      Assim, lim ¢f = 0 , lim f (x) = f (x0 ).
              ¢x!0                  x!x0

      Quando existe f 0 (x0 ), temos lim ¢f = 0 e ent~o lim f (x) = f(x0 ), ou seja
                                                     a
                                       ¢x!0               x!x0

                                 a    e     ³nua em x0 .
      Se f tem derivada em x0 ent~o f ¶ cont¶
     No entanto, podemos ter f cont¶
                                   ³nua em x0 , sem ter derivada em x0 . Veja proble-
mas 5 e 6 abaixo.


5.1      Problemas


                                y




                           0               1        2                    x

                               -1/2

                          -1




                                           Figura 5.5.
Limites laterais                                                                                            45


  1. Na ¯gura 5.5 est¶ esbo»ado o gr¶¯co de uma fun»~o y = f (x). Complete as
                     a     c        a              ca
     igualdades:

                (a) lim f(x) =
                       ¡
                                               (b) lim f (x) =
                                                      +
                                                                                   (c) lim f(x) =
                                                                                          ¡
                    x!1                              x!1                              x!2
                (d) lim f(x) =
                       +
                                               (e) lim f (x) =
                                                      ¡
                                                                                   (f) lim f (x) =
                                                                                          +
                    x!2                              x!0                              x!0
                (g) lim f(x) =                 (h) lim f(x) =
                    x!+1                             x!¡1


  2. Em que pontos a fun»~o f do problema anterior ¶ de¯nida? Em quais pontos ¶
                        ca                         e                          e
     cont¶
         ³nua?

  3. Calcule os limites laterais

                          j¼ ¡ xj          j¼ ¡ xj                1
                 (a) lim¡         (b) lim+             (c) lim
                     x!¼   x¡¼        x!¼   x¡¼            x!8¡ x ¡ 8
                            1              x2 ¡ 5x + 4          p
                 (d) lim          (e) lim              (f) lim x ¡ 2
                     x!8+ x ¡ 8       x!2+    2¡x          x!2+


  4. Calcule os limites        lim f (x),       lim f (x) e diga se existe o limite lim f (x).
                             x!¡3+             x!¡3¡                                             x!¡3
                e        e  ³nua no ponto ¡3.
     Diga tamb¶m se f ¶ cont¶
                  8                                    8
                  <    1                               < 9
                            se x < ¡3                                                           se x · ¡3
     (a) f (x) =    2 ¡ 3x                 (b) f (x) =   x2
                  : p                                  : p4 + x                                 se x > ¡3
                    3
                      x + 2 se x ¸ ¡3                    3




  5. Veri¯que que a fun»~o f (x) = jxj ¶ cont¶
                       ca                e       ³nua em x0 = 0, mas n~o existe f 0 (0)
                                                                           a
                                           f (0+¢x)¡f (0)
     (mostre que n~o existe o limite lim
                  a                             ¢x
                                                          ). Mostre que existem os limites
                                               ¢x!0
                         f (0+¢x)¡f (0)                f (0+¢x)¡f (0)
     laterais    lim +        ¢x
                                          e    lim          ¢x
                                                                      ,    chamados respectivamente de
                ¢x!0                          ¢x!0¡
                                                      0 +
     derivada direita de f no ponto 0 (f (0 )) e derivada esquerda de f no ponto 0
     (f 0 (0¡ )). Esboce o gr¶¯co de f e interprete geometricamente os fatos deduzidos
                             a
     acima.
                                     p
  6. Veri¯que que a fun»~o f (x) = 3 x ¶ cont¶
                         ca             e      ³nua em x0 = 0, mas lim f (0+¢x)¡f (0) =
                                                                             ¢x        ¢x!0
     +1. Neste caso, por abuso de linguagem, dizemos que f 0 (0) = +1. Esboce o
     gr¶¯co de f , tra»ando-o cuidadosamente atrav¶s dos pontos de abcissas 0, §1=8,
       a              c                           e
     §1, §8, e interprete geometricamente o fato de que f 0 (0) = +1.


5.1.1    Respostas e sugest~es
                           o
  1. (a) ¡1      (b) ¡1=2        (c) +1        (d) 0       (e) ¡1         (f) ¡1     (g) ¡1=2     (h) ¡1

  2. A fun»~o f ¶ de¯nida em R ¡ f1g. E cont¶
          ca    e                     ¶     ³nua em R ¡ f1; 2g.

  3. (a) ¡1     (b) 1      (c) ¡1         (d) +1        (e) +1       (f) 0
Limites laterais                                                                             46


  4.
       (a)    lim f (x) = ¡1,      lim f (x) = 1=11. N~o se de¯ne (n~o existe) o limite
                                                      a             a
             x!¡3+                x!¡3¡
       lim f (x). f (¡3) = ¡1, mas como n~o existe lim f (x), f n~o ¶ cont¶
                                         a                       a e      ³nua no ponto
       x!¡3                                            x!¡3
       ¡3.
       (b)    lim f (x) = 1,    lim f (x) = 1, lim f (x) = 1. f ¶ cont¶
                                                                e     ³nua no ponto ¡3 pois
             x!¡3+             x!¡3¡          x!¡3
       lim f (x) = f (¡3).
       x!¡3

  5. Ao esbo»ar o gr¶¯co de f , notamos que f (x) = x, se x ¸ 0, e f (x) = x, se x · 0.
               c        a
     Assim, f  0 (0+ ) = 1 indica a presen»a de uma reta tangente ao gr¶¯co de f , µ direita do
                                          c                            a            a
     ponto (0; 0)", como sendo a reta tangente ao gr¶¯co de y = x, x ¸ 0, no ponto (0; 0) (a
                                                       a
     reta tangente a uma reta ¶ a pr¶pria reta). Analogamente, interpreta-se f 0 (0¡ ) = ¡1.
                                  e     o
                                                               p
  6. f 0 (0) = +1 signi¯ca que a reta tangente a curva y = 3 x, no ponto (0; 0), ¶ vertical.
                                                  µ                                  e

Más contenido relacionado

La actualidad más candente (12)

Função do 1º grau
Função do 1º grauFunção do 1º grau
Função do 1º grau
 
Limites - Matemática
Limites - MatemáticaLimites - Matemática
Limites - Matemática
 
Cálculo 1 - Limites
Cálculo 1 - LimitesCálculo 1 - Limites
Cálculo 1 - Limites
 
Função polinomial
Função polinomialFunção polinomial
Função polinomial
 
Aula 02 Cálculo de limites - Conceitos Básicos
Aula 02   Cálculo de limites - Conceitos BásicosAula 02   Cálculo de limites - Conceitos Básicos
Aula 02 Cálculo de limites - Conceitos Básicos
 
Calculo1 aula13 (1)
Calculo1 aula13 (1)Calculo1 aula13 (1)
Calculo1 aula13 (1)
 
Derivadas
DerivadasDerivadas
Derivadas
 
Calculo1 aula07
Calculo1 aula07Calculo1 aula07
Calculo1 aula07
 
Tópico 08 - Derivadas
Tópico 08 - DerivadasTópico 08 - Derivadas
Tópico 08 - Derivadas
 
Derivadas Aplicações
Derivadas AplicaçõesDerivadas Aplicações
Derivadas Aplicações
 
625639 a-teoria-dos-limites-calculo
625639 a-teoria-dos-limites-calculo625639 a-teoria-dos-limites-calculo
625639 a-teoria-dos-limites-calculo
 
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕESPROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
 

Similar a Calculo1 aula05 (20)

Calculo1 aula04
Calculo1 aula04Calculo1 aula04
Calculo1 aula04
 
Calculo1 aula07
Calculo1 aula07Calculo1 aula07
Calculo1 aula07
 
Aula 01 limites e continuidade
Aula 01   limites e continuidadeAula 01   limites e continuidade
Aula 01 limites e continuidade
 
Calculo1 aula10
Calculo1 aula10Calculo1 aula10
Calculo1 aula10
 
Calculo1 aula04
Calculo1 aula04Calculo1 aula04
Calculo1 aula04
 
01 funes
01 funes01 funes
01 funes
 
Apostila 002 funções exponencial
Apostila  002 funções exponencialApostila  002 funções exponencial
Apostila 002 funções exponencial
 
Calculo1 aula08
Calculo1 aula08Calculo1 aula08
Calculo1 aula08
 
Limites parte1
Limites parte1Limites parte1
Limites parte1
 
Ex algebra (6)
Ex algebra  (6)Ex algebra  (6)
Ex algebra (6)
 
Calculo1 aula13
Calculo1 aula13Calculo1 aula13
Calculo1 aula13
 
Calculo1 aula13 (1)
Calculo1 aula13 (1)Calculo1 aula13 (1)
Calculo1 aula13 (1)
 
Calculo1 aula13
Calculo1 aula13Calculo1 aula13
Calculo1 aula13
 
Esboço - Gráfico de Função
Esboço - Gráfico de FunçãoEsboço - Gráfico de Função
Esboço - Gráfico de Função
 
Introdução à limites - Teoremas e exercícios
Introdução à limites - Teoremas e exercíciosIntrodução à limites - Teoremas e exercícios
Introdução à limites - Teoremas e exercícios
 
Prova 1a
Prova 1aProva 1a
Prova 1a
 
Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8
 
Lista de exercícios 2 - Cálculo
Lista de exercícios 2 - CálculoLista de exercícios 2 - Cálculo
Lista de exercícios 2 - Cálculo
 
Calculo1 aula03
Calculo1 aula03Calculo1 aula03
Calculo1 aula03
 
Calculo1 aula03
Calculo1 aula03Calculo1 aula03
Calculo1 aula03
 

Más de Élica Dias

Restinga - Rio Grande do Norte
Restinga - Rio Grande do NorteRestinga - Rio Grande do Norte
Restinga - Rio Grande do NorteÉlica Dias
 
Restinga - nacional
Restinga - nacional Restinga - nacional
Restinga - nacional Élica Dias
 
Relatório de pesquisa
Relatório de pesquisaRelatório de pesquisa
Relatório de pesquisaÉlica Dias
 
Trabalho de ecologia caatinga nacional
Trabalho de ecologia caatinga nacionalTrabalho de ecologia caatinga nacional
Trabalho de ecologia caatinga nacionalÉlica Dias
 
Trabalho de ecologia caatinga local
Trabalho de ecologia caatinga localTrabalho de ecologia caatinga local
Trabalho de ecologia caatinga localÉlica Dias
 

Más de Élica Dias (19)

Restinga - Rio Grande do Norte
Restinga - Rio Grande do NorteRestinga - Rio Grande do Norte
Restinga - Rio Grande do Norte
 
Restinga - nacional
Restinga - nacional Restinga - nacional
Restinga - nacional
 
Calculo1 aula19
Calculo1 aula19Calculo1 aula19
Calculo1 aula19
 
Calculo1 aula18
Calculo1 aula18Calculo1 aula18
Calculo1 aula18
 
Calculo1 aula17
Calculo1 aula17Calculo1 aula17
Calculo1 aula17
 
Calculo1 aula16
Calculo1 aula16Calculo1 aula16
Calculo1 aula16
 
Calculo1 aula15
Calculo1 aula15Calculo1 aula15
Calculo1 aula15
 
Calculo1 aula14
Calculo1 aula14Calculo1 aula14
Calculo1 aula14
 
Calculo1 aula12
Calculo1 aula12Calculo1 aula12
Calculo1 aula12
 
Calculo1 aula11
Calculo1 aula11Calculo1 aula11
Calculo1 aula11
 
Calculo1 aula09
Calculo1 aula09Calculo1 aula09
Calculo1 aula09
 
Calculo1 aula06
Calculo1 aula06Calculo1 aula06
Calculo1 aula06
 
Calculo1 aula02
Calculo1 aula02Calculo1 aula02
Calculo1 aula02
 
Calculo1 aula01
Calculo1 aula01Calculo1 aula01
Calculo1 aula01
 
Calculo1 aula20
Calculo1 aula20Calculo1 aula20
Calculo1 aula20
 
Relatório de pesquisa
Relatório de pesquisaRelatório de pesquisa
Relatório de pesquisa
 
Trabalho de ecologia caatinga nacional
Trabalho de ecologia caatinga nacionalTrabalho de ecologia caatinga nacional
Trabalho de ecologia caatinga nacional
 
Trabalho de ecologia caatinga local
Trabalho de ecologia caatinga localTrabalho de ecologia caatinga local
Trabalho de ecologia caatinga local
 
Zé ninguem
Zé ninguemZé ninguem
Zé ninguem
 

Calculo1 aula05

  • 1. Aula 5 Limites laterais Para cada x real, de¯ne-se o valor absoluto ou m¶dulo de x como sendo o ( x se x ¸ 0 jxj = ¡x se x < 0 p p p p exemplo, j 2j = 2, j+ 3j = +3, j¡ 4j = 4, j0j = 0, j1 ¡ 2j = 2 ¡ 1 (pois Por p 1 ¡ 2 < 0). Para apresentar o conceito de limites laterais, consideraremos a fun»~o ca x f (x) = x + jxj ca ³nio) ¶ o conjunto R ¡ f0g. cujo campo de de¯ni»~o (dom¶ e Se x > 0, jxj = x e portanto f (x) = x + 1. Se x < 0, jxj = ¡x e portanto f (x) = x ¡ 1. O gr¶¯co de f ¶ esbo»ado na ¯gura 5.1. a e c y 2 1 -2 -1 1 2 x -1 -2 x Figura 5.1. Esbo»o do gr¶¯co de f (x) = x + c a jxj . 39
  • 2. Limites laterais 40 Se x tende a 0, mantendo-se > 0, f (x) tende a 1. Se tende a 0, mantendo-se < 0, f (x) tende a ¡1. Dizemos ent~o que o limite de f (x), quando x tende a 0 pela direita, ¶ igual a 1, a e e denotamos lim f (x) = 1 + x!0 Dizemos tamb¶m que o limite de f (x), quando x tende a 0 pela esquerda, ¶ igual e e a ¡1, e denotamos lim f (x) = ¡1 ¡x!0 De um modo geral, sendo f (x) uma fun»~o, se x0 est¶ no interior ou ¶ extremo ca a e inferior de um intervalo contido em D(f ), lim f (x) signi¯ca lim f(x) x!x0 x!x+ 0 x>x0 Se x0 est¶ no interior ou ¶ extremo superior de um intervalo contido em D(f), a e lim f (x) signi¯ca lim f (x) x!x0 x!x¡ 0 x<x0 Exemplo 5.1 Consideremos agora a fun»~o f (x) = 1=x. Conforme j¶ observado no exemplo 4.7, aula ca a 4 (reveja-o), esta fun»~o n~o tem limite quando x ! 0. ca a Temos D(f) = R ¡ f0g = ] ¡ 1; 0[ [ ]0; +1[. Assim, 0 ¶ extremo superior do e intervalo ] ¡ 1; 0[ ½ D(f ), e tamb¶m ¶ extremo inferior do intervalo ]0; +1[ ½ D(f ). e e y 3 2 y=1/x 1 0 -2 -1 1 2 3 x -1 -2 1 1 Figura 5.2. limx!0+ x = +1, limx!0¡ x = ¡1 No esbo»o do gr¶¯co de f, ¯gura 5.2, ilustramos a ocorr^ncia dos limites laterais c a e 1 1 1 1 lim = lim = +1 lim = lim = ¡1 x!0+ x x!0 x x>0 x!0¡ x x!0 x x<0
  • 3. Limites laterais 41 1 1 (Tamb¶m ilustramos que lim e = lim = 0.) x!+1 x x!¡1 x Neste caso, ¶ conveniente denotar, introduzindo novos s¶ e ³mbolos em nossa ¶lgebra a de limites, 1 1 1 1 lim = + = +1 lim = ¡ = ¡1 x!0+ x 0 x!0¡ x 0 Observa»~o 5.1 Em geral, dizemos que ca lim f(x) = 0+ se x!x0 (i) lim f(x) = 0, e x!x0 (ii) f(x) mant¶m-se > 0 quando x ! x0 , ou seja, f (x) > 0 para todo x su¯ciente- e mente pr¶ximo de x0 . o Dizemos que lim f (x) = 0¡ se x!x0 (i) lim f(x) = 0, e x!x0 (ii) f(x) mant¶m-se < 0 quando x ! x0 , ou seja, f (x) < 0 para todo x su¯ciente- e mente pr¶ximo de x0 . o Escrevemos ainda lim+ f (x) = 0+ para indicar que x!x0 (i) lim+ f (x) = 0, e (ii) f (x) > 0 quando x ! x0 e x > x0 . x!x0 Analogamente, podemos tamb¶m conceituar os casos e lim f(x) = 0¡ , lim¡ f (x) = 0¡ , e lim¡ f (x) = 0+ . x!x+ 0 x!x0 x!x0 Nossa ¶lgebra de limites passa a contar agora com os seguintes novos resultados: a ( ( c +1 se c > 0 c ¡1 se c > 0 = = 0+ ¡1 se c < 0 0¡ +1 se c < 0 Tamb¶m ¶ f¶cil intuir que e e a +1 +1 ¡1 ¡1 = +1 = ¡1 = ¡1 = +1 0+ 0¡ 0+ 0¡ Exemplo 5.2 1 1 lim (x ¡ 1)2 = 0+ , portanto lim = + = +1. x!1 x!1 (x ¡ 1)2 0
  • 4. Limites laterais 42 2x ¡ 3 ¡3 lim = + = ¡1 x!0 + x 0 5 5 lim = = 0+ x!+1 x ¡ 3 +1 x+2 x+2 Exemplo 5.3 Calcular lim + e lim ¡ x!¡2 jx + 2j x!¡2 jx + 2j Solu»~o. Observe que x + 2 > 0 se e somente se x > ¡2. ca Assim sendo, se x > ¡2, temos x + 2 > 0 e ent~o jx + 2j = x + 2. a Por outro lado, se x < ¡2, temos x + 2 < 0 e ent~o jx + 2j = ¡(x + 2). a Assim sendo, temos x+2 x+2 x+2 lim + = lim = lim = lim 1 = 1 x!¡2 jx + 2j x!¡2 jx + 2j x!¡2 x + 2 x!¡2 x>¡2 x>¡2 x+2 x+2 x+2 lim ¡ = lim = lim = lim ¡1 = ¡1 x!¡2 jx + 2j x!¡2 jx + 2j x!¡2 ¡(x + 2) x!¡2 x<¡2 x<¡2 Observa»~o 5.2 A a¯rma»~o ca ca lim f (x) = a x!x0 ¶ equivalente µ a¯rma»~o, simult^nea, de que e a ca a lim f(x) = a e lim f (x) = a x!x+ 0 x!x¡ 0 Se no entanto f (x) ¶ de¯nida para x > x0 , mas n~o ¶ de¯nida para x < x0 , ent~o e a e a limx!x0 f (x) = a signi¯ca limx!x+ f (x) = a 0 p p Por exemplo, limx!0 x = 0, muito embora x n~o esteja de¯nida para x < 0. p a p lim Neste caso, a¯rmar quep x!0 x = 0 signi¯ca que limx!0+ x = 0, j¶ que n~o se a a de¯ne o limite limx!0¡ x ca a ca ³nua em [a; b]) Observa»~o 5.3 (O gr¶¯co de uma fun»~o cont¶ No exemplo ao in¶ da aula, vimos que a fun»~o f (x) = x + x=jxj tem limites laterais ³cio ca diferentes no ponto x0 = 0, sendo lim f (x) = 1 e lim f(x) = ¡1. Assim, conforme + ¡ x!0 x!0 podemos vizualizar na ¯gura 5.1, o gr¶¯co de f apresenta um salto no ponto 0. a Tamb¶m a fun»~o f (x) = 1=x tem um salto no ponto 0. Agora por¶m o salto ¶ e ca e e in¯nito, sendo lim f (x) = +1 e lim f (x) = ¡1. + ¡ x!0 x!0
  • 5. Limites laterais 43 y f(b) f(a) 0 a b x e ³nua e diferenci¶vel no intervalo [a; b]. Figura 5.3. f ¶ cont¶ a y f(b) f(a) 0 a c d b x e ³nua no intervalo [a; b], mas n~o tem derivadas nos pontos c e d. Figura 5.4. f ¶ cont¶ a Na aula 4, estivemos observando que a fun»~o f (x) = 1=x2 tem limite in¯nito no ca ponto 0: lim f (x) = +1. Aqui, nas proximidades de 0, o gr¶¯co salta" para cima dos a x!0 dois lados, apresentando uma quebra na curva do gr¶¯co. a Quando uma fun»~o f (x) ¶ cont¶ ca e ³nua nos pontos de um intervalo [a; b], a curva y = f (x), a · x · b, gr¶¯co de f no intervalo [a; b], n~o apresenta quebras ou saltos. a a Intuitivamente falando, podemos desenhar o gr¶¯co ligando o ponto inicial A = a (a; f (a)) ao ponto ¯nal B = (b; f(b)) sem tirarmos o l¶pis do papel, tal como na ¯gura a 5.3. Observa»~o 5.4 (Uma fun»~o cont¶ ca ca ³nua pode n~o ter derivada sempre) J¶ na ¯gu- a a ra 5.4 temos uma ilustra»~o de uma fun»~o cont¶ ca ca ³nua no intervalo [a; b] que, no entanto, n~o tem derivada em dois pontos desse intervalo. Note que nos pontos correspondentes a a c e d n~o ¶ poss¶ tra»ar retas tangentes ao gr¶¯co de f . a e ³vel c a Observa»~o 5.5 (Continuidade signi¯ca lim ¢f = 0) Na observa»~o 2.1, aula 2, ca ca ¢x!0 vimos que, sendo x0 2 D(f), se existe f 0 (x0 ) ent~o lim ¢f = 0. Na verdade, n~o ¶ a a e ¢x!0 necess¶rio termos f diferenci¶vel x0 para que tenhamos lim ¢f = 0. a a ¢x!0
  • 6. Limites laterais 44 A condi»~o necess¶ria e su¯ciente para que tenhamos lim ¢f = 0 ¶ que f seja ca a e ¢x!0 cont¶ ³nua no ponto x0 . Vejamos: ¢f = f (x0 + ¢x) ¡ f (x0 ). Fazendo x = x0 + ¢x, temos ¢f = f (x) ¡ f(x0 ). Temos que ¢x ! 0 se e somente se x ! x0 . Se lim ¢f = 0, ent~o lim (f (x) ¡ f (x0 )) = 0, logo a ¢x!0 x!x0 lim f (x) = lim [(f (x) ¡ f (x0 )) + f (x0 )] = 0 + f(x0 ) = f(x0 ). Assim, f ¶ cont¶ e ³nua x!x0 x!x0 em x0 . ³nua em x0 , lim f (x) = f (x0 ). Logo, lim (f (x) ¡ f (x0 )) = 0, e Se f ¶ cont¶ e x!x0 x!x0 ent~o lim ¢f = 0. a ¢x!0 Assim, lim ¢f = 0 , lim f (x) = f (x0 ). ¢x!0 x!x0 Quando existe f 0 (x0 ), temos lim ¢f = 0 e ent~o lim f (x) = f(x0 ), ou seja a ¢x!0 x!x0 a e ³nua em x0 . Se f tem derivada em x0 ent~o f ¶ cont¶ No entanto, podemos ter f cont¶ ³nua em x0 , sem ter derivada em x0 . Veja proble- mas 5 e 6 abaixo. 5.1 Problemas y 0 1 2 x -1/2 -1 Figura 5.5.
  • 7. Limites laterais 45 1. Na ¯gura 5.5 est¶ esbo»ado o gr¶¯co de uma fun»~o y = f (x). Complete as a c a ca igualdades: (a) lim f(x) = ¡ (b) lim f (x) = + (c) lim f(x) = ¡ x!1 x!1 x!2 (d) lim f(x) = + (e) lim f (x) = ¡ (f) lim f (x) = + x!2 x!0 x!0 (g) lim f(x) = (h) lim f(x) = x!+1 x!¡1 2. Em que pontos a fun»~o f do problema anterior ¶ de¯nida? Em quais pontos ¶ ca e e cont¶ ³nua? 3. Calcule os limites laterais j¼ ¡ xj j¼ ¡ xj 1 (a) lim¡ (b) lim+ (c) lim x!¼ x¡¼ x!¼ x¡¼ x!8¡ x ¡ 8 1 x2 ¡ 5x + 4 p (d) lim (e) lim (f) lim x ¡ 2 x!8+ x ¡ 8 x!2+ 2¡x x!2+ 4. Calcule os limites lim f (x), lim f (x) e diga se existe o limite lim f (x). x!¡3+ x!¡3¡ x!¡3 e e ³nua no ponto ¡3. Diga tamb¶m se f ¶ cont¶ 8 8 < 1 < 9 se x < ¡3 se x · ¡3 (a) f (x) = 2 ¡ 3x (b) f (x) = x2 : p : p4 + x se x > ¡3 3 x + 2 se x ¸ ¡3 3 5. Veri¯que que a fun»~o f (x) = jxj ¶ cont¶ ca e ³nua em x0 = 0, mas n~o existe f 0 (0) a f (0+¢x)¡f (0) (mostre que n~o existe o limite lim a ¢x ). Mostre que existem os limites ¢x!0 f (0+¢x)¡f (0) f (0+¢x)¡f (0) laterais lim + ¢x e lim ¢x , chamados respectivamente de ¢x!0 ¢x!0¡ 0 + derivada direita de f no ponto 0 (f (0 )) e derivada esquerda de f no ponto 0 (f 0 (0¡ )). Esboce o gr¶¯co de f e interprete geometricamente os fatos deduzidos a acima. p 6. Veri¯que que a fun»~o f (x) = 3 x ¶ cont¶ ca e ³nua em x0 = 0, mas lim f (0+¢x)¡f (0) = ¢x ¢x!0 +1. Neste caso, por abuso de linguagem, dizemos que f 0 (0) = +1. Esboce o gr¶¯co de f , tra»ando-o cuidadosamente atrav¶s dos pontos de abcissas 0, §1=8, a c e §1, §8, e interprete geometricamente o fato de que f 0 (0) = +1. 5.1.1 Respostas e sugest~es o 1. (a) ¡1 (b) ¡1=2 (c) +1 (d) 0 (e) ¡1 (f) ¡1 (g) ¡1=2 (h) ¡1 2. A fun»~o f ¶ de¯nida em R ¡ f1g. E cont¶ ca e ¶ ³nua em R ¡ f1; 2g. 3. (a) ¡1 (b) 1 (c) ¡1 (d) +1 (e) +1 (f) 0
  • 8. Limites laterais 46 4. (a) lim f (x) = ¡1, lim f (x) = 1=11. N~o se de¯ne (n~o existe) o limite a a x!¡3+ x!¡3¡ lim f (x). f (¡3) = ¡1, mas como n~o existe lim f (x), f n~o ¶ cont¶ a a e ³nua no ponto x!¡3 x!¡3 ¡3. (b) lim f (x) = 1, lim f (x) = 1, lim f (x) = 1. f ¶ cont¶ e ³nua no ponto ¡3 pois x!¡3+ x!¡3¡ x!¡3 lim f (x) = f (¡3). x!¡3 5. Ao esbo»ar o gr¶¯co de f , notamos que f (x) = x, se x ¸ 0, e f (x) = x, se x · 0. c a Assim, f 0 (0+ ) = 1 indica a presen»a de uma reta tangente ao gr¶¯co de f , µ direita do c a a ponto (0; 0)", como sendo a reta tangente ao gr¶¯co de y = x, x ¸ 0, no ponto (0; 0) (a a reta tangente a uma reta ¶ a pr¶pria reta). Analogamente, interpreta-se f 0 (0¡ ) = ¡1. e o p 6. f 0 (0) = +1 signi¯ca que a reta tangente a curva y = 3 x, no ponto (0; 0), ¶ vertical. µ e