SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 23
O modo de navegação social:
    a malandragem e o “jeitinho”
Brasil realidade ambígua




• Carnaval onde é permitido o
  excesso e quebra das regras
Ordem
Exigência de:

• disciplina
• obediência
  às leis
Dificuldade de
compreensão de
  uma norma
 universal e sua
 aplicabilidade
O Resultado disto foi um sistema
social dividido e equilibrado, no
meio de ambos, a malandragem, o
jeitinho e o famoso,
“sabe com quem esta falando”?

Seria um modo de enfrentar
as contradições e
paradoxos de modo
Tipicamente Brasileiro.
Malandragem

 ... o malandro é um profissional no uso
do ”jeitinho” e na habilidade de
solucionar os problemas que a lei ou
regras de convivência social possam
lhe trazer, de forma original e com
grande criatividade cria mecanismos
para tirar partido de situações
corriqueiras da vida.
Malandragem
   Também
entendido como
  esperteza, a
   ideia do
malandro que se
  orgulha em
    contar
  vantagens
JEITINHO BRASILEIRO




A sempre um jeito de satisfazer
      nossas vontades
“JEITINHO” - junção do “pode” com o “não pode”
“É, sobretudo, um modo simpático,
desesperado ou humano de relacionar o
impessoal com o pessoal como uma
forma simpática, de fazer a junção
inteiramente
casuística da lei,
com a pessoa que
a está utilizando
 afim de
obter vantagens
 pessoais.
Você sabe com quem esta
        falando?
Você sabe com quem esta falando?
• É   uma      versão  extremada      e
  corrompida do “jeitinho”, e muito
  menos     simpática,  essa   versão
  aparece quando o cidadão por ter
  qualquer relação com alguma figura
  importante de certo status social, se
  acha no direito de transpor o
  “não pode”, e age com repressão
  contra a repressão.
•      O Brasil sempre enfrentou um
    dilema sociocultural entre a
    aplicação de leis que, ao menos no
    papel, contempla a todos e os
    modos de navegação social que se
    utilizam da esperteza e das
    relações sociais de alguns para
    burlar o sistema jurídico a luz de
    suas conveniências pessoais.
Uma das consequências da
reiteração da aplicação dessas
formas de navegação social é a
desmoralização das leis e regras de
convívio social, que perdem o
respeito e crédito ao dividir o
sistema social de forma não
imparcial quando aplicadas
Diferentemente do Brasil, alguns países como:
   • Estados Unidos,
   • França
   • Inglaterra,
existe uma coerência, uma ligação forte, entre a
regra jurídica e as práticas da vida diária.

“Ficamos, pois, sempre confundidos e,
ao mesmo tempo, fascinados com a
chamada disciplina existente nesses
países” (DAMATTA, 1986, p.99).
Talvez devido a nossa falta de
coerência entre a lei e os costumes da
vida comum, nós muitas vezes não
agimos     de     acordo      com    o
mandamento jurídico e procuramos
descobrir e aperfeiçoar modos de
navegação social visando fugir do tão
temido ”não pode!”
contido nas entrelinhas da lei.
Esses modos de navegação
social    que  usamos     para
viabilizar   a resolução    de
problemas pessoais se dividem
basicamente no “jeitinho” e
na malandragem.
Olha o jeitinho...
• Já está implícita na mente dos brasileiros
  a semente degenerativa do sistema
  jurídico que nos leva a crer que há
  sempre um jeito de satisfazer nossas
  vontades.
Meios de navegação social
[...] trata-se mesmo de um modo - jeito ou
estilo -        profundamente original e
brasileiro de viver, e às vezes sobreviver,
num sistema em que a casa nem sempre
fala com a rua e as leis formais da vida
pública nada têm a ver com as boas regras
da moralidade costumeira que governam a
nossa honra, o respeito e, sobretudo, a
lealdade que devemos aos amigos, aos
parentes e aos compadres. (Damatta, 1986)
O Despachante
• No Brasil temos a figura do despachante ,
  um especialista em entrar em contato com
  repartições oficiais para obtenção de
  documentos que normalmente implicam
  em confusões. Ele é um especialista em
  utilizar o ”jeitinho” .
• Tendo grande importância devido a
  dificuldade de juntar a
  lei com a realidade
   social.
Esse nosso modo de navegação social
possui um grande valor social e sabe-se
que esse nosso estilo de viver nasceu junto
com o nosso país, o primeiro documento
que se remete as terras brasileiras, a carta
histórica de Perro Vaz de Caminha, onde o
referido autor, após dar ótimas notícias a
sua alteza o rei de Portugal, se aproveita
da situação para de forma malandra e
sutil vir a fazer no desfecho da carta um
pedido, de foro particular, a essa
majestade.
O modo de navegação social

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Plano de aula gêneros literários adirce ativ. módulo iii
Plano de aula gêneros literários adirce ativ. módulo iiiPlano de aula gêneros literários adirce ativ. módulo iii
Plano de aula gêneros literários adirce ativ. módulo iiiADIRCE01
 
Gênero textual e tipologias
Gênero textual e tipologiasGênero textual e tipologias
Gênero textual e tipologiasThiago Soares
 
ELEMENTO DE TEXTUALIDADE: COESÃO TEXTUAL
ELEMENTO DE TEXTUALIDADE: COESÃO TEXTUALELEMENTO DE TEXTUALIDADE: COESÃO TEXTUAL
ELEMENTO DE TEXTUALIDADE: COESÃO TEXTUALDébora Costa
 
Linguagem adequada ao contexto de comunicação
Linguagem    adequada   ao contexto  de comunicaçãoLinguagem    adequada   ao contexto  de comunicação
Linguagem adequada ao contexto de comunicaçãoHenrique Fonseca
 
Conotacao e denotacao
Conotacao e denotacaoConotacao e denotacao
Conotacao e denotacaobubble13
 
A história da língua
A história da línguaA história da língua
A história da línguaVanda Marques
 
AULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação - PRONTO
AULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação  - PRONTOAULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação  - PRONTO
AULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação - PRONTOMarcelo Cordeiro Souza
 
Os Quatro Pilares da Educação
Os Quatro Pilares da EducaçãoOs Quatro Pilares da Educação
Os Quatro Pilares da EducaçãoLuziete Leite
 
Gêneros Textuais
Gêneros TextuaisGêneros Textuais
Gêneros TextuaisEdna Brito
 
Direitos e deveres
Direitos e deveresDireitos e deveres
Direitos e deveresOrcilene
 
Projeto de Conservação do Patrimônio Escolar
Projeto de Conservação do Patrimônio EscolarProjeto de Conservação do Patrimônio Escolar
Projeto de Conservação do Patrimônio EscolarCirlei Santos
 
1ª aula, dignidade da vida
1ª aula, dignidade da vida1ª aula, dignidade da vida
1ª aula, dignidade da vidaMoralitoAGVL
 
Slaide de geografia
Slaide de geografiaSlaide de geografia
Slaide de geografiaIsaacc24
 
Regência nominal e verbal
Regência nominal e verbalRegência nominal e verbal
Regência nominal e verbalSadrak Silva
 
Siglas e abreviaturas
Siglas e abreviaturasSiglas e abreviaturas
Siglas e abreviaturasfndo98
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidadevanysouza
 

La actualidad más candente (20)

Plano de aula gêneros literários adirce ativ. módulo iii
Plano de aula gêneros literários adirce ativ. módulo iiiPlano de aula gêneros literários adirce ativ. módulo iii
Plano de aula gêneros literários adirce ativ. módulo iii
 
Gênero textual e tipologias
Gênero textual e tipologiasGênero textual e tipologias
Gênero textual e tipologias
 
ELEMENTO DE TEXTUALIDADE: COESÃO TEXTUAL
ELEMENTO DE TEXTUALIDADE: COESÃO TEXTUALELEMENTO DE TEXTUALIDADE: COESÃO TEXTUAL
ELEMENTO DE TEXTUALIDADE: COESÃO TEXTUAL
 
Linguagem adequada ao contexto de comunicação
Linguagem    adequada   ao contexto  de comunicaçãoLinguagem    adequada   ao contexto  de comunicação
Linguagem adequada ao contexto de comunicação
 
Conotacao e denotacao
Conotacao e denotacaoConotacao e denotacao
Conotacao e denotacao
 
A história da língua
A história da línguaA história da língua
A história da língua
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 
AULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação - PRONTO
AULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação  - PRONTOAULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação  - PRONTO
AULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação - PRONTO
 
Os Quatro Pilares da Educação
Os Quatro Pilares da EducaçãoOs Quatro Pilares da Educação
Os Quatro Pilares da Educação
 
Pcc
PccPcc
Pcc
 
Gêneros Textuais
Gêneros TextuaisGêneros Textuais
Gêneros Textuais
 
Direitos e deveres
Direitos e deveresDireitos e deveres
Direitos e deveres
 
Projeto de Conservação do Patrimônio Escolar
Projeto de Conservação do Patrimônio EscolarProjeto de Conservação do Patrimônio Escolar
Projeto de Conservação do Patrimônio Escolar
 
1ª aula, dignidade da vida
1ª aula, dignidade da vida1ª aula, dignidade da vida
1ª aula, dignidade da vida
 
Slaide de geografia
Slaide de geografiaSlaide de geografia
Slaide de geografia
 
Regência nominal e verbal
Regência nominal e verbalRegência nominal e verbal
Regência nominal e verbal
 
Siglas e abreviaturas
Siglas e abreviaturasSiglas e abreviaturas
Siglas e abreviaturas
 
Inferência
InferênciaInferência
Inferência
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 
Projeto jornal escolar
Projeto jornal escolarProjeto jornal escolar
Projeto jornal escolar
 

Similar a O modo de navegação social

O que faz o “brasil”, Brasil? Notas sobre como somos e não somos
O que faz o “brasil”, Brasil? Notas sobre como somos e não somosO que faz o “brasil”, Brasil? Notas sobre como somos e não somos
O que faz o “brasil”, Brasil? Notas sobre como somos e não somosExpoGestão
 
Folhetim do Estudante - Ano IX - Número 67
Folhetim do Estudante - Ano IX - Número 67Folhetim do Estudante - Ano IX - Número 67
Folhetim do Estudante - Ano IX - Número 67Valter Gomes
 
Para o 1º Ano - Sociologia Conceitos
Para o 1º Ano - Sociologia ConceitosPara o 1º Ano - Sociologia Conceitos
Para o 1º Ano - Sociologia ConceitosFabio Salvari
 
Conceitos bácos de sociologia
Conceitos bácos de sociologiaConceitos bácos de sociologia
Conceitos bácos de sociologiaFabio Salvari
 
Conceitos bácos de sociologia
Conceitos bácos de sociologiaConceitos bácos de sociologia
Conceitos bácos de sociologiaFabio Salvari
 
Cap 5 organização social e cidadania
Cap 5  organização social e cidadaniaCap 5  organização social e cidadania
Cap 5 organização social e cidadaniaColegio GGE
 
RELAÇÕES SOCIOPROFISSIONAIS, CIDADANIA E ÉTICA.pdf
RELAÇÕES SOCIOPROFISSIONAIS, CIDADANIA E ÉTICA.pdfRELAÇÕES SOCIOPROFISSIONAIS, CIDADANIA E ÉTICA.pdf
RELAÇÕES SOCIOPROFISSIONAIS, CIDADANIA E ÉTICA.pdfedlucenajp
 
Apresentação sobre o jeitinho brasileiro
Apresentação sobre o jeitinho brasileiroApresentação sobre o jeitinho brasileiro
Apresentação sobre o jeitinho brasileiroMarcelo de Sousa
 
2 prova de socio 1 tri 111 correto.docx
2 prova de socio 1 tri 111 correto.docx2 prova de socio 1 tri 111 correto.docx
2 prova de socio 1 tri 111 correto.docxLusRycardoFontana
 
Exerc2 aula3
Exerc2 aula3Exerc2 aula3
Exerc2 aula3Will Tkd
 
Social Media Influence in Portugal
Social Media Influence in PortugalSocial Media Influence in Portugal
Social Media Influence in PortugalNuno Ferreira
 
Exercícios de dissertação
Exercícios de dissertação Exercícios de dissertação
Exercícios de dissertação Érika Cardozo
 
Redes sociais- Pontos positivos e negativos
Redes sociais- Pontos positivos e negativosRedes sociais- Pontos positivos e negativos
Redes sociais- Pontos positivos e negativosLuana Bastos
 
ESTADO DE DIREITO - 26 EDIÇÃO
ESTADO DE DIREITO - 26 EDIÇÃOESTADO DE DIREITO - 26 EDIÇÃO
ESTADO DE DIREITO - 26 EDIÇÃOEstadodedireito
 

Similar a O modo de navegação social (20)

O que faz o “brasil”, Brasil? Notas sobre como somos e não somos
O que faz o “brasil”, Brasil? Notas sobre como somos e não somosO que faz o “brasil”, Brasil? Notas sobre como somos e não somos
O que faz o “brasil”, Brasil? Notas sobre como somos e não somos
 
Texto 03-o-jeitinho-brasileiro1
Texto 03-o-jeitinho-brasileiro1Texto 03-o-jeitinho-brasileiro1
Texto 03-o-jeitinho-brasileiro1
 
Folhetim do Estudante - Ano IX - Número 67
Folhetim do Estudante - Ano IX - Número 67Folhetim do Estudante - Ano IX - Número 67
Folhetim do Estudante - Ano IX - Número 67
 
516 an 24_março_2015.ok (1)
516 an 24_março_2015.ok (1)516 an 24_março_2015.ok (1)
516 an 24_março_2015.ok (1)
 
Para o 1º Ano - Sociologia Conceitos
Para o 1º Ano - Sociologia ConceitosPara o 1º Ano - Sociologia Conceitos
Para o 1º Ano - Sociologia Conceitos
 
Conceitos bácos de sociologia
Conceitos bácos de sociologiaConceitos bácos de sociologia
Conceitos bácos de sociologia
 
Conceitos bácos de sociologia
Conceitos bácos de sociologiaConceitos bácos de sociologia
Conceitos bácos de sociologia
 
Corrupção
CorrupçãoCorrupção
Corrupção
 
Cap 5 organização social e cidadania
Cap 5  organização social e cidadaniaCap 5  organização social e cidadania
Cap 5 organização social e cidadania
 
Cap 1
Cap 1Cap 1
Cap 1
 
RELAÇÕES SOCIOPROFISSIONAIS, CIDADANIA E ÉTICA.pdf
RELAÇÕES SOCIOPROFISSIONAIS, CIDADANIA E ÉTICA.pdfRELAÇÕES SOCIOPROFISSIONAIS, CIDADANIA E ÉTICA.pdf
RELAÇÕES SOCIOPROFISSIONAIS, CIDADANIA E ÉTICA.pdf
 
Apresentação sobre o jeitinho brasileiro
Apresentação sobre o jeitinho brasileiroApresentação sobre o jeitinho brasileiro
Apresentação sobre o jeitinho brasileiro
 
2 prova de socio 1 tri 111 correto.docx
2 prova de socio 1 tri 111 correto.docx2 prova de socio 1 tri 111 correto.docx
2 prova de socio 1 tri 111 correto.docx
 
Semana 8
Semana 8Semana 8
Semana 8
 
Geografia 6 anos
Geografia 6 anosGeografia 6 anos
Geografia 6 anos
 
Exerc2 aula3
Exerc2 aula3Exerc2 aula3
Exerc2 aula3
 
Social Media Influence in Portugal
Social Media Influence in PortugalSocial Media Influence in Portugal
Social Media Influence in Portugal
 
Exercícios de dissertação
Exercícios de dissertação Exercícios de dissertação
Exercícios de dissertação
 
Redes sociais- Pontos positivos e negativos
Redes sociais- Pontos positivos e negativosRedes sociais- Pontos positivos e negativos
Redes sociais- Pontos positivos e negativos
 
ESTADO DE DIREITO - 26 EDIÇÃO
ESTADO DE DIREITO - 26 EDIÇÃOESTADO DE DIREITO - 26 EDIÇÃO
ESTADO DE DIREITO - 26 EDIÇÃO
 

Último

About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...DirceuNascimento5
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPaulaYaraDaasPedro
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfamarianegodoi
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do séculoBiblioteca UCS
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...andreiavys
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...MariaCristinaSouzaLe1
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...marcelafinkler
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 

Último (20)

About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 

O modo de navegação social

  • 1. O modo de navegação social: a malandragem e o “jeitinho”
  • 2. Brasil realidade ambígua • Carnaval onde é permitido o excesso e quebra das regras
  • 4. Dificuldade de compreensão de uma norma universal e sua aplicabilidade
  • 5. O Resultado disto foi um sistema social dividido e equilibrado, no meio de ambos, a malandragem, o jeitinho e o famoso, “sabe com quem esta falando”? Seria um modo de enfrentar as contradições e paradoxos de modo Tipicamente Brasileiro.
  • 6. Malandragem ... o malandro é um profissional no uso do ”jeitinho” e na habilidade de solucionar os problemas que a lei ou regras de convivência social possam lhe trazer, de forma original e com grande criatividade cria mecanismos para tirar partido de situações corriqueiras da vida.
  • 7. Malandragem Também entendido como esperteza, a ideia do malandro que se orgulha em contar vantagens
  • 8. JEITINHO BRASILEIRO A sempre um jeito de satisfazer nossas vontades
  • 9. “JEITINHO” - junção do “pode” com o “não pode” “É, sobretudo, um modo simpático, desesperado ou humano de relacionar o impessoal com o pessoal como uma forma simpática, de fazer a junção inteiramente casuística da lei, com a pessoa que a está utilizando afim de obter vantagens pessoais.
  • 10. Você sabe com quem esta falando?
  • 11. Você sabe com quem esta falando? • É uma versão extremada e corrompida do “jeitinho”, e muito menos simpática, essa versão aparece quando o cidadão por ter qualquer relação com alguma figura importante de certo status social, se acha no direito de transpor o “não pode”, e age com repressão contra a repressão.
  • 12. O Brasil sempre enfrentou um dilema sociocultural entre a aplicação de leis que, ao menos no papel, contempla a todos e os modos de navegação social que se utilizam da esperteza e das relações sociais de alguns para burlar o sistema jurídico a luz de suas conveniências pessoais.
  • 13. Uma das consequências da reiteração da aplicação dessas formas de navegação social é a desmoralização das leis e regras de convívio social, que perdem o respeito e crédito ao dividir o sistema social de forma não imparcial quando aplicadas
  • 14. Diferentemente do Brasil, alguns países como: • Estados Unidos, • França • Inglaterra, existe uma coerência, uma ligação forte, entre a regra jurídica e as práticas da vida diária. “Ficamos, pois, sempre confundidos e, ao mesmo tempo, fascinados com a chamada disciplina existente nesses países” (DAMATTA, 1986, p.99).
  • 15. Talvez devido a nossa falta de coerência entre a lei e os costumes da vida comum, nós muitas vezes não agimos de acordo com o mandamento jurídico e procuramos descobrir e aperfeiçoar modos de navegação social visando fugir do tão temido ”não pode!” contido nas entrelinhas da lei.
  • 16. Esses modos de navegação social que usamos para viabilizar a resolução de problemas pessoais se dividem basicamente no “jeitinho” e na malandragem.
  • 18. • Já está implícita na mente dos brasileiros a semente degenerativa do sistema jurídico que nos leva a crer que há sempre um jeito de satisfazer nossas vontades.
  • 19. Meios de navegação social [...] trata-se mesmo de um modo - jeito ou estilo - profundamente original e brasileiro de viver, e às vezes sobreviver, num sistema em que a casa nem sempre fala com a rua e as leis formais da vida pública nada têm a ver com as boas regras da moralidade costumeira que governam a nossa honra, o respeito e, sobretudo, a lealdade que devemos aos amigos, aos parentes e aos compadres. (Damatta, 1986)
  • 20. O Despachante • No Brasil temos a figura do despachante , um especialista em entrar em contato com repartições oficiais para obtenção de documentos que normalmente implicam em confusões. Ele é um especialista em utilizar o ”jeitinho” . • Tendo grande importância devido a dificuldade de juntar a lei com a realidade social.
  • 21.
  • 22. Esse nosso modo de navegação social possui um grande valor social e sabe-se que esse nosso estilo de viver nasceu junto com o nosso país, o primeiro documento que se remete as terras brasileiras, a carta histórica de Perro Vaz de Caminha, onde o referido autor, após dar ótimas notícias a sua alteza o rei de Portugal, se aproveita da situação para de forma malandra e sutil vir a fazer no desfecho da carta um pedido, de foro particular, a essa majestade.