SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 4
Descargar para leer sin conexión
1
O Antigo Regime e a Sociedade de
Ordens
Por Raul Silva
Na Idade Moderna vigorou na Europa uma economia de tipo pré-industrial caracterizada
por uma base agrícola e pelo atraso tecnológico. A debilidade tecnológica não permitia
aumentar a produtividade, logo, o aumento da população era afectado pelas fomes.
As crises demográficas caracterizavam-se por um crescimento elevado das mortes para o dobro
ou o triplo da Taxa de Mortalidade corrente, acompanhada por uma quebra muito acentuada
nos nascimentos e dos casamentos, a que se seguia uma fase de recuperação da crise,
restabelecendo-se os índices habituais de mortalidade, natalidade e nupcialidade.
No século XVII, em virtude do arrefecimento climático, as colheitas apodreciam, pelo que o
preço dos cereais se elevava e, em consequência, os mais pobres eram atingidos pela fome.
Por seu turno, a fome tornava os corpos menos resistentes às epidemias: peste negra, peste
bubónica, difteria, cólera, febre tifóide, varíola, tosse convulsa, escarlatina, tuberculose, malária,
sífilis e outros males saltam de região para região, de cidade para cidade. A falta de condições
de higiene e de assistência médica, em especial nas cidades, agravavam o panorama das crises
populacionais.
Somava-se a estes dois factores a guerra, responsável por um número elevado de perdas
humanas, quer pelo confronto entre tropas inimigas, quer pelos efeitos da passagem dos
exércitos pelas aldeias. Com os exércitos marcham também as epidemias que sempre
proliferaram nas concentrações excessivas de homens, sobretudo numa época em que se
desrespeitam as mais elementares regras sanitárias.
CADERNODIÁRIO
EXTERNATO LUÍS DE
CAMÕES
N.º 5
http://
externatohistoria.blog
spot.pt/
!
1deOutubrode2013
2
Os lares europeus do século XVII
“Verificámos que, quase por todo o lado, o número de famílias diminuiu. (…) Que lhes aconteceu? A
miséria dissipou-as. Debandaram-se para pedir esmolas nas cidades e acabaram por morrer nos hospitais ou
pelo caminho.
Já não se vêem, nas aldeias e pequenas vilas, jogos ou divertimentos; tudo aqui desfalece; tudo está triste
porque a alegria e o prazer só se encontram na abundância e eles mal conseguem sobreviver.
De facto, já não há camponeses que tenham algum bem como próprio, o que é um grande mal. Um outro
mal, muito pernicioso, é que quase não há trabalhadores equipados. Outrora, eles estavam fornecidos de tudo
o que era necessário para a exploração das quintas (…). Hoje, só encontramos jornaleiros sem nada (…).
Mas onde se pode conhecer, melhor que em qualquer outro lado, a miséria dos camponeses é nos seus lares,
onde se encontra uma pobreza extrema. Dormem sobre a palha; não possuem outro vestuário senão o que
trazem vestido e que se apresenta em péssimas condições; não possuem móveis nem qualquer outro
equipamento para a vida: enfim, tudo neles representa necessidade.”
“Mémoire des comissaires du roi Louis XIV sur la misère du peuple”, in Mémoires des
Intendents sur l’ état des Généralités, 1687
A partir da análise da fonte, descreve as condições da vida dos camponeses na Europa do
Antigo Regime.
A triologia negra
“As poucas pessoas que andavam pelas ruas cobriam o rosto com o manto e traziam frasquinhos de perfume
nas mãos, que levavam ao nariz e à boca. Todos suspeitavam uns dos outros e se afastavam mesmo que
fossem parentes ou amigos. (…) A cada passo se encontravam corpos caídos (…). Dentro das casas
encontrávamos, na mesma cama, um doente a dar o último suspiro, outro desesperado e um terceiro a
dormir um sono profundo. Para chegar junto dos doentes, tínhamos quase sempre de passar pelo meio dos
corpos, como me aconteceu na primeira casa a que fui chamado para confessar uma mulher cujo marido
jazia estendido ao pé da porta.”
Testemunho do Padre Jean Grillet, Lyon Apavorada com o Contágio
Redige um comentário sobre a incidência da trilogia negra no século XVII.
Antigo Regime
A Sociedade de Ordens
CADERNODIÁRIO1deOutubrode2013
Uma Família de Camponeses, de Louis la Main (1600-1610)
Analisa a fonte, interpreta-a; integra-a na época histórica em que foi realizada.
3
A morte no centro da vida
“Em 1661 [a esperança média de vida] atingiria os 25? Estes números brutais significam que, nesse tempo,
tal como o cemitério estava no centro da vila, a morte estava no centro da vida. Em cada 100 crianças
nascidas, 25 morriam antes da idade de um ano; 25 outras não atingiam os vinte; outras 25 desapareciam
entre os vinte e os quarenta anos. Uma dezena chegava a sexagenário. O octogenário triunfante, rodeado de
uma lenda que o transformava em centenário, via-se rodeado do respeito supersticioso que coroa os
campeões; desde há muito perdera todos os seus filhos, todos os seus sobrinhos, assim como uma boa parte
dos seus netos e sobrinhos-netos. Este sábio será olhado como um oráculo. A morte do herói tornava-se um
acontecimento regional.”
P. Goubert, “Louis XIV et vingt millions de Français”, in P. Guillaume e J. Poussou, Demographie
Historique, Paris, Liv. Armand Colin, 1970
Redige um comentário sobre a esperança média de vida no século XVII.
A desigualdade na hierarquização social
“Não podemos viver todos na mesma condição. É necessário que uns comandem e outros obedeçam. Os
que comandam têm várias categorias ou graus: os soberanos mandam em todos os do seu reino,
transmitindo o seu comando aos grandes, os grandes aos pequenos e estes ao povo. E o povo, que obedece
a todos eles, está, por sua vez, dividido em várias categorias.
Na sociedade, uns dedicam-se ao serviço de Deus, outros a defender o Estado pelas armas, outros a
alimentá-lo e a mantê-lo pelo exercício da paz.”
Charles Loyseau, “Traité des ordres et simples dignitez”, in Roland Mousnier, As Hierarquias Sociais,
Lisboa, Pub. Europa-América, 1974
Com base na fonte, indica os fundamentos teóricos dessa hierarquização.
Manifestações da hierarquia social no tratamento
“Ao nobre [português] parece não existir nobreza semelhante à sua, pelo que julga que todos os outros lhe
ficam muito atrás. Procura, em todas as coisas, fazer como fazem os reis ou príncipes (…). Em casa chama
os criados pelo nome dos seus cargos: mordomo, secretário, criado de quarto, moço das cavalariças (…).
Só estuda questões de gravidade e etiqueta porque é em coisas como estas e não na virtude que consiste a
nobreza. Ponderam a quem devem tratar por tu, por Vós, por Mercê, por Senhoria, por Excelência e por
Alteza, porque o título de majestade ainda lá não chegou. (…)
Dão tratos à cabeça para pensar a quem devem tirar o chapéu, se meio, se por completo, se baixá-lo até
baixo, se conservá-lo alto; se fazer cobrir-se aquele com quem fala ou se deixá-lo de cabeça descoberta, ou
se devem cobrir-se eles próprios (…).
Estudam, por fim, que todos os seus actos sejam medidos com termos de gravidade mais do que cansativos.”
Anónimo italiano de inícios do século XVII, “Retrato e reverso do Reino de Portugal”, in A.H. de Oliveira Marques,
Revista Nova História – Século XVI, n.º 1, 1984, Editorial Estampa
A partir da fonte, enuncia os privilégios do clero e da nobreza.
O Antigo Regime
A Sociedade de Ordens
CADERNODIÁRIO1deOutubrode2013
4
Preocupação com a mobilidade social
“Mas para quê falar de estados? Hoje eles estão todos misturados, de modo que já não se distinguem uns
dos outros e a todo o momento ouvimos dizer: Ele não é mais do que eu. Sou tão rico como ele. O filho de
um miserável artesão, cujo pai conseguiu, com sacrifício, algo de seu, muda rapidamente de hábitos, de
linguagem, de tom, quase de figura. E, nos actos públicos, dá-se o título de Senhor. (…)
O vosso pai lavrara ele mesmo o seu campo, e Vós já quereis ter rendeiros. A vossa mãe trajava de lã e vós
quereis seda para a vossa mulher e vossas filhas (…) A fúria de vos elevardes acima da vossa condição apaga
em vós o espírito do cristianismo. Só vos vejo orgulho, inveja e ciúme. (…)
Em nome de Deus, ficai no vosso lugar. Sede o que os vossos pais foram; vivei como eles viveram e não
procureis sair do estado em que a Providência Divina vos fez nascer.”
Régis, cura do Gap, A Voz do Pastor, Discurso Para os seus Paroquianos (1773)
Mostre a preocupação do autor em preservar a ordem social estabelecida.
As revoltas populares
“Senhor (…), de há dois meses para cá os camponeses e aldeãos das castelanias de Barbezieu (…)
levantaram-se em armas e, em certa medida, foram dominados pelo cuidado e boa ordem do Senhor
Sobrau. (…) Mas (…) sexta-feira última, os habitantes da castelania de Blauzac (…) levantaram-se com
cerca de quatro mil homens armados de arcabuzes e lanças (…), apresentaram-se em Blauzac (…) com um
clamor de ameaças confusas contra a vida de todos os fiscais, entendendo por esta palavra todos os
colectores de Sua Majestade (…).
A raiva popular era tão grande que tudo o que procedia do Conselho os irritava.”
Documento n.º 10, “La Fosse”, 9 de Junho de 1636, in Documents d’Histoire Vivan
Identifique os motivos da revolta dos populares.
Um século de guerras
“Quando os cavaleiros entraram na casa do meu pai, a primeira coisa que fizeram foi instalar lá os
cavalos; depois cada um aplicou-se à sua tarefa particular que parecia ser a de tudo destruir e de tudo
saquear. Enquanto alguns se punham a degolar os animais, a cozer ou assar a carne (…) outros faziam
grandes embrulhos de roupa, de vestuário, de toda a espécie de utensílios (…). Aquilo que não contavam
levar era feito em pedaço. Alguns trespassavam com a espada os montes de feno e de palha (…), outros
esvaziavam os colchões (…). Escaqueiravam a loiça de cobre e estanho (…). Queimavam as camas, as
mesas, as cadeiras e os bancos (…). Os soldados tinham já metido no forno um dos camponeses feitos
prisioneiros e queimavam-no embora ele ainda não tivesse confessado nada. (…). O meu pai confessou
tudo o que eles queriam saber e revelou onde se encontrava escondido o seu tesouro.”
Grimmelhau, “Les aventures de Siplicius Simplicissimus”, in Troux, Lizerand,
Moreau, Les Temps Moderns, Dessain, 1959
A partir da fonte, pronuncie-se sobre os conflitos que assolavam a Europa.
O Antigo Regime
A Sociedade de Ordens
CADERNODIÁRIO1deOutubrode2013

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Fichamento e resenha casa grande e senzala
Fichamento e resenha   casa grande e senzalaFichamento e resenha   casa grande e senzala
Fichamento e resenha casa grande e senzala
Glecy Anne Castro
 
FamíLia E Trabalho Escravo Sociedade E Poder Em SãO José Dos Pinhais
FamíLia E Trabalho Escravo    Sociedade E Poder Em SãO José Dos PinhaisFamíLia E Trabalho Escravo    Sociedade E Poder Em SãO José Dos Pinhais
FamíLia E Trabalho Escravo Sociedade E Poder Em SãO José Dos Pinhais
guest5eb864
 
O Remexido E A Resist+¬ncia Miguelista No Algarve
O  Remexido E A Resist+¬ncia Miguelista No  AlgarveO  Remexido E A Resist+¬ncia Miguelista No  Algarve
O Remexido E A Resist+¬ncia Miguelista No Algarve
João Marinho
 
Revista de Portugal n.º 16
Revista de Portugal n.º 16Revista de Portugal n.º 16
Revista de Portugal n.º 16
queirosiana
 
1 vida de_herculano
1 vida de_herculano1 vida de_herculano
1 vida de_herculano
celorico1977
 
O (pré) conceito de idade média
O (pré) conceito de idade médiaO (pré) conceito de idade média
O (pré) conceito de idade média
Roseli Grubert
 

La actualidad más candente (19)

Sociologia sobre a cidade e as serras
Sociologia   sobre a cidade e as serrasSociologia   sobre a cidade e as serras
Sociologia sobre a cidade e as serras
 
História Secreta do Brasil IV - Gustavo Barroso
História Secreta do Brasil IV -    Gustavo BarrosoHistória Secreta do Brasil IV -    Gustavo Barroso
História Secreta do Brasil IV - Gustavo Barroso
 
Fichamento e resenha casa grande e senzala
Fichamento e resenha   casa grande e senzalaFichamento e resenha   casa grande e senzala
Fichamento e resenha casa grande e senzala
 
A Imprensa Republicana do Algarve
A Imprensa Republicana do AlgarveA Imprensa Republicana do Algarve
A Imprensa Republicana do Algarve
 
Abolicionismo Joaquim Nabuco
Abolicionismo Joaquim NabucoAbolicionismo Joaquim Nabuco
Abolicionismo Joaquim Nabuco
 
FamíLia E Trabalho Escravo Sociedade E Poder Em SãO José Dos Pinhais
FamíLia E Trabalho Escravo    Sociedade E Poder Em SãO José Dos PinhaisFamíLia E Trabalho Escravo    Sociedade E Poder Em SãO José Dos Pinhais
FamíLia E Trabalho Escravo Sociedade E Poder Em SãO José Dos Pinhais
 
O Remexido E A Resist+¬ncia Miguelista No Algarve
O  Remexido E A Resist+¬ncia Miguelista No  AlgarveO  Remexido E A Resist+¬ncia Miguelista No  Algarve
O Remexido E A Resist+¬ncia Miguelista No Algarve
 
«Chronica do Algarve» terá sido o primeiro jornal algarvio?
«Chronica do Algarve» terá sido o primeiro jornal algarvio?«Chronica do Algarve» terá sido o primeiro jornal algarvio?
«Chronica do Algarve» terá sido o primeiro jornal algarvio?
 
Revista de Portugal n.º 16
Revista de Portugal n.º 16Revista de Portugal n.º 16
Revista de Portugal n.º 16
 
O Monografismo Algarvio O Pioneirismo De AtaíDe Oliveira
O Monografismo Algarvio   O Pioneirismo De AtaíDe OliveiraO Monografismo Algarvio   O Pioneirismo De AtaíDe Oliveira
O Monografismo Algarvio O Pioneirismo De AtaíDe Oliveira
 
Apresentação Casa Grande e Senzala
Apresentação Casa Grande e SenzalaApresentação Casa Grande e Senzala
Apresentação Casa Grande e Senzala
 
Fichamento média 1
Fichamento média 1Fichamento média 1
Fichamento média 1
 
Séculos XIV e XV - Perseguições
Séculos XIV e XV - Perseguições Séculos XIV e XV - Perseguições
Séculos XIV e XV - Perseguições
 
Historia vol5
Historia vol5Historia vol5
Historia vol5
 
Historia vol 3
Historia vol 3Historia vol 3
Historia vol 3
 
Coutos e terras de degredo no Algarve
Coutos e terras de degredo no AlgarveCoutos e terras de degredo no Algarve
Coutos e terras de degredo no Algarve
 
Esquema síntese crónica de costumes os maias
Esquema síntese crónica de costumes   os maiasEsquema síntese crónica de costumes   os maias
Esquema síntese crónica de costumes os maias
 
1 vida de_herculano
1 vida de_herculano1 vida de_herculano
1 vida de_herculano
 
O (pré) conceito de idade média
O (pré) conceito de idade médiaO (pré) conceito de idade média
O (pré) conceito de idade média
 

Destacado

Saint Anthony High School Fundraiser Flyer
Saint Anthony High School Fundraiser FlyerSaint Anthony High School Fundraiser Flyer
Saint Anthony High School Fundraiser Flyer
Ruby's Diner Kahului
 
Festival dello Sport 2012 Sporting Club Milano 3 - Antoitalia 13 maggio 2012
Festival dello Sport 2012 Sporting Club Milano 3 - Antoitalia 13 maggio 2012Festival dello Sport 2012 Sporting Club Milano 3 - Antoitalia 13 maggio 2012
Festival dello Sport 2012 Sporting Club Milano 3 - Antoitalia 13 maggio 2012
LIVIO LANTERI
 
Respetando y cuidando tu ambiente valores
Respetando y cuidando  tu ambiente valoresRespetando y cuidando  tu ambiente valores
Respetando y cuidando tu ambiente valores
mayris1987
 
Se a felicidade pode ser definida como
Se a felicidade pode ser definida comoSe a felicidade pode ser definida como
Se a felicidade pode ser definida como
lalameida
 
Moodle slideshare
Moodle slideshareMoodle slideshare
Moodle slideshare
I0r3n4
 
Opleving handel assurantieportefueilles am 140124
Opleving handel assurantieportefueilles am 140124Opleving handel assurantieportefueilles am 140124
Opleving handel assurantieportefueilles am 140124
Frans Kemper
 
Etica empresarial. elizabeth
Etica empresarial. elizabethEtica empresarial. elizabeth
Etica empresarial. elizabeth
ma73eli64zurb0
 
C08ex02, nameplate
C08ex02, nameplateC08ex02, nameplate
C08ex02, nameplate
adamaryshdz
 

Destacado (20)

De achievement page 1
De achievement page 1De achievement page 1
De achievement page 1
 
Saint Anthony High School Fundraiser Flyer
Saint Anthony High School Fundraiser FlyerSaint Anthony High School Fundraiser Flyer
Saint Anthony High School Fundraiser Flyer
 
Festival dello Sport 2012 Sporting Club Milano 3 - Antoitalia 13 maggio 2012
Festival dello Sport 2012 Sporting Club Milano 3 - Antoitalia 13 maggio 2012Festival dello Sport 2012 Sporting Club Milano 3 - Antoitalia 13 maggio 2012
Festival dello Sport 2012 Sporting Club Milano 3 - Antoitalia 13 maggio 2012
 
Nilai tugas kelompok 2 qmsd
Nilai tugas kelompok 2 qmsdNilai tugas kelompok 2 qmsd
Nilai tugas kelompok 2 qmsd
 
Respetando y cuidando tu ambiente valores
Respetando y cuidando  tu ambiente valoresRespetando y cuidando  tu ambiente valores
Respetando y cuidando tu ambiente valores
 
Se a felicidade pode ser definida como
Se a felicidade pode ser definida comoSe a felicidade pode ser definida como
Se a felicidade pode ser definida como
 
Programação 19º seminário 2015
Programação 19º seminário 2015Programação 19º seminário 2015
Programação 19º seminário 2015
 
Moodle slideshare
Moodle slideshareMoodle slideshare
Moodle slideshare
 
Kevin miranda
Kevin mirandaKevin miranda
Kevin miranda
 
Resumen 31
Resumen 31Resumen 31
Resumen 31
 
Opleving handel assurantieportefueilles am 140124
Opleving handel assurantieportefueilles am 140124Opleving handel assurantieportefueilles am 140124
Opleving handel assurantieportefueilles am 140124
 
Caderno Diário O modelo ateniense
Caderno Diário O modelo atenienseCaderno Diário O modelo ateniense
Caderno Diário O modelo ateniense
 
Sistema nacional de ciencia
Sistema nacional de cienciaSistema nacional de ciencia
Sistema nacional de ciencia
 
U2 a1 conociendo_las_propiedades_periodicas_2013b
U2 a1 conociendo_las_propiedades_periodicas_2013bU2 a1 conociendo_las_propiedades_periodicas_2013b
U2 a1 conociendo_las_propiedades_periodicas_2013b
 
Etica empresarial. elizabeth
Etica empresarial. elizabethEtica empresarial. elizabeth
Etica empresarial. elizabeth
 
Seat abschlussbewertung valoracion de desempeño 2001
Seat abschlussbewertung valoracion de desempeño 2001Seat abschlussbewertung valoracion de desempeño 2001
Seat abschlussbewertung valoracion de desempeño 2001
 
Albistea itxaso sukaldea
Albistea itxaso sukaldeaAlbistea itxaso sukaldea
Albistea itxaso sukaldea
 
Desbardintasuna
Desbardintasuna Desbardintasuna
Desbardintasuna
 
C08ex02, nameplate
C08ex02, nameplateC08ex02, nameplate
C08ex02, nameplate
 
Interview 1
Interview 1Interview 1
Interview 1
 

Similar a Caderno diário Sociedade de Ordens

A população na europa nos séculos xvii e
A população na europa nos séculos xvii eA população na europa nos séculos xvii e
A população na europa nos séculos xvii e
Carla Teixeira
 
a população na europa nos séculos XVIIe XVIII
 a população na europa nos séculos XVIIe XVIII a população na europa nos séculos XVIIe XVIII
a população na europa nos séculos XVIIe XVIII
Carla Teixeira
 
Quilombos um legado da escravidão
Quilombos um legado da escravidãoQuilombos um legado da escravidão
Quilombos um legado da escravidão
Silvânio Barcelos
 
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andrade
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De AndradeO Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andrade
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andrade
catiasgs
 
Módulo 4 a sociedade de ordens
Módulo 4   a sociedade de ordensMódulo 4   a sociedade de ordens
Módulo 4 a sociedade de ordens
Escoladocs
 
Crise do século XIV- Peste Negra e Revoltas Camponesas
Crise do século XIV- Peste Negra e Revoltas CamponesasCrise do século XIV- Peste Negra e Revoltas Camponesas
Crise do século XIV- Peste Negra e Revoltas Camponesas
Joice Belini
 
Escravidão: Outras Histórias
Escravidão: Outras HistóriasEscravidão: Outras Histórias
Escravidão: Outras Histórias
Carlos Glufke
 
A Europa nos séculos XVII e XVIII, Absolutismo de Luis XIV e em Portugal.pdf
A Europa nos séculos XVII e XVIII, Absolutismo de Luis XIV e em Portugal.pdfA Europa nos séculos XVII e XVIII, Absolutismo de Luis XIV e em Portugal.pdf
A Europa nos séculos XVII e XVIII, Absolutismo de Luis XIV e em Portugal.pdf
MisBenevides
 
_ Revolução Francesa Especial
_ Revolução Francesa Especial_ Revolução Francesa Especial
_ Revolução Francesa Especial
Lela Leite
 
EscravidãO Av 70 Maio 2009
EscravidãO Av 70 Maio 2009EscravidãO Av 70 Maio 2009
EscravidãO Av 70 Maio 2009
Nelson Silva
 
Baixa Idade Média: As cruzadas e a Peste Negra
Baixa Idade Média: As cruzadas e a  Peste NegraBaixa Idade Média: As cruzadas e a  Peste Negra
Baixa Idade Média: As cruzadas e a Peste Negra
Maria Aparecida Ledesma
 
Apostila de historia direito do brasil
Apostila de historia direito do brasilApostila de historia direito do brasil
Apostila de historia direito do brasil
Direito2012sl08
 

Similar a Caderno diário Sociedade de Ordens (20)

A população na europa nos séculos xvii e
A população na europa nos séculos xvii eA população na europa nos séculos xvii e
A população na europa nos séculos xvii e
 
a população na europa nos séculos XVIIe XVIII
 a população na europa nos séculos XVIIe XVIII a população na europa nos séculos XVIIe XVIII
a população na europa nos séculos XVIIe XVIII
 
Quilombos um legado da escravidão
Quilombos um legado da escravidãoQuilombos um legado da escravidão
Quilombos um legado da escravidão
 
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andrade
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De AndradeO Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andrade
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andrade
 
Módulo 4 a sociedade de ordens
Módulo 4   a sociedade de ordensMódulo 4   a sociedade de ordens
Módulo 4 a sociedade de ordens
 
O Povo Brasileiro – a formação e o sentido do Brasil
O Povo Brasileiro – a formação e o sentido do BrasilO Povo Brasileiro – a formação e o sentido do Brasil
O Povo Brasileiro – a formação e o sentido do Brasil
 
Crise do século XIV- Peste Negra e Revoltas Camponesas
Crise do século XIV- Peste Negra e Revoltas CamponesasCrise do século XIV- Peste Negra e Revoltas Camponesas
Crise do século XIV- Peste Negra e Revoltas Camponesas
 
Pre modernismo.lima&euclides
Pre modernismo.lima&euclidesPre modernismo.lima&euclides
Pre modernismo.lima&euclides
 
escravidão brasil.pdf
escravidão brasil.pdfescravidão brasil.pdf
escravidão brasil.pdf
 
ESCRAVIDÃO NO BRASIL COLONIAL ( AULA DO 8ºANO IV BIM 2023.pdf
ESCRAVIDÃO NO BRASIL COLONIAL ( AULA DO 8ºANO IV BIM 2023.pdfESCRAVIDÃO NO BRASIL COLONIAL ( AULA DO 8ºANO IV BIM 2023.pdf
ESCRAVIDÃO NO BRASIL COLONIAL ( AULA DO 8ºANO IV BIM 2023.pdf
 
Escravidão: Outras Histórias
Escravidão: Outras HistóriasEscravidão: Outras Histórias
Escravidão: Outras Histórias
 
A Europa nos séculos XVII e XVIII, Absolutismo de Luis XIV e em Portugal.pdf
A Europa nos séculos XVII e XVIII, Absolutismo de Luis XIV e em Portugal.pdfA Europa nos séculos XVII e XVIII, Absolutismo de Luis XIV e em Portugal.pdf
A Europa nos séculos XVII e XVIII, Absolutismo de Luis XIV e em Portugal.pdf
 
_ Revolução Francesa Especial
_ Revolução Francesa Especial_ Revolução Francesa Especial
_ Revolução Francesa Especial
 
Barroco
Barroco Barroco
Barroco
 
EscravidãO Av 70 Maio 2009
EscravidãO Av 70 Maio 2009EscravidãO Av 70 Maio 2009
EscravidãO Av 70 Maio 2009
 
Baixa Idade Média: As cruzadas e a Peste Negra
Baixa Idade Média: As cruzadas e a  Peste NegraBaixa Idade Média: As cruzadas e a  Peste Negra
Baixa Idade Média: As cruzadas e a Peste Negra
 
PRE-MODERNISMO.pptx
PRE-MODERNISMO.pptxPRE-MODERNISMO.pptx
PRE-MODERNISMO.pptx
 
PRE-MODERNISMO.pptx
PRE-MODERNISMO.pptxPRE-MODERNISMO.pptx
PRE-MODERNISMO.pptx
 
O IMAGINÁRIO NO PROCESSO DE RACIALIZAÇÃO, ESCRAVIDÃO/ABOLIÇÃO (1880 – 1900)
O IMAGINÁRIO NO PROCESSO DE RACIALIZAÇÃO, ESCRAVIDÃO/ABOLIÇÃO (1880 – 1900) O IMAGINÁRIO NO PROCESSO DE RACIALIZAÇÃO, ESCRAVIDÃO/ABOLIÇÃO (1880 – 1900)
O IMAGINÁRIO NO PROCESSO DE RACIALIZAÇÃO, ESCRAVIDÃO/ABOLIÇÃO (1880 – 1900)
 
Apostila de historia direito do brasil
Apostila de historia direito do brasilApostila de historia direito do brasil
Apostila de historia direito do brasil
 

Más de Laboratório de História

Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415
Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415
Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415
Laboratório de História
 
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Laboratório de História
 
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415
Laboratório de História
 
Caderno diário a grande depressão n.º 18 1415
Caderno diário a grande depressão n.º 18 1415Caderno diário a grande depressão n.º 18 1415
Caderno diário a grande depressão n.º 18 1415
Laboratório de História
 
Caderno diário As Transformações Económicas na Europa e no Mundo n.º10 1415
Caderno diário As Transformações Económicas na Europa e no Mundo n.º10 1415Caderno diário As Transformações Económicas na Europa e no Mundo n.º10 1415
Caderno diário As Transformações Económicas na Europa e no Mundo n.º10 1415
Laboratório de História
 
Caderno diário O Liberalismo em Portugal n.º9 1415
Caderno diário O Liberalismo em Portugal n.º9 1415Caderno diário O Liberalismo em Portugal n.º9 1415
Caderno diário O Liberalismo em Portugal n.º9 1415
Laboratório de História
 
Apresentação A Revolução Francesa 1415
Apresentação A Revolução Francesa 1415Apresentação A Revolução Francesa 1415
Apresentação A Revolução Francesa 1415
Laboratório de História
 
Caderno diário A Revolução Francesa n.º8 1415
Caderno diário A Revolução Francesa n.º8 1415Caderno diário A Revolução Francesa n.º8 1415
Caderno diário A Revolução Francesa n.º8 1415
Laboratório de História
 
Caderno diário A Filosofia das Luzes n.º7 1415
Caderno diário A Filosofia das Luzes n.º7 1415Caderno diário A Filosofia das Luzes n.º7 1415
Caderno diário A Filosofia das Luzes n.º7 1415
Laboratório de História
 

Más de Laboratório de História (20)

Guia de estudo n.º3 A Europa nos séculos XIII e XIV 1516
Guia de estudo n.º3 A Europa nos séculos XIII e XIV 1516Guia de estudo n.º3 A Europa nos séculos XIII e XIV 1516
Guia de estudo n.º3 A Europa nos séculos XIII e XIV 1516
 
Apresentação n.º3 A Europa nos séculos XIII a XIV 1516
Apresentação n.º3 A Europa nos séculos XIII a XIV 1516Apresentação n.º3 A Europa nos séculos XIII a XIV 1516
Apresentação n.º3 A Europa nos séculos XIII a XIV 1516
 
Apresentação n.º 2 O Modelo Romano
Apresentação n.º 2 O Modelo RomanoApresentação n.º 2 O Modelo Romano
Apresentação n.º 2 O Modelo Romano
 
Guia de estudo n.º 2 O Modelo Romano
Guia de estudo n.º 2 O Modelo RomanoGuia de estudo n.º 2 O Modelo Romano
Guia de estudo n.º 2 O Modelo Romano
 
Guia de estudo n.º 1 O Modelo Ateniense
Guia de estudo n.º 1 O Modelo AtenienseGuia de estudo n.º 1 O Modelo Ateniense
Guia de estudo n.º 1 O Modelo Ateniense
 
Apresentação n.º 1 O Modelo Ateniense
Apresentação n.º 1 O Modelo AtenienseApresentação n.º 1 O Modelo Ateniense
Apresentação n.º 1 O Modelo Ateniense
 
Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415
Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415
Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415
 
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
 
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415
 
Caderno diário a grande depressão n.º 18 1415
Caderno diário a grande depressão n.º 18 1415Caderno diário a grande depressão n.º 18 1415
Caderno diário a grande depressão n.º 18 1415
 
Caderno Diário A revolução russa e o marxismo leninismo n.º 16 1415
Caderno Diário A revolução russa e o marxismo leninismo n.º 16 1415Caderno Diário A revolução russa e o marxismo leninismo n.º 16 1415
Caderno Diário A revolução russa e o marxismo leninismo n.º 16 1415
 
Caderno Diário A Primeira Guerra Mundial e as transformações do pós-guerra n...
Caderno Diário A Primeira Guerra Mundial e as transformações do pós-guerra n...Caderno Diário A Primeira Guerra Mundial e as transformações do pós-guerra n...
Caderno Diário A Primeira Guerra Mundial e as transformações do pós-guerra n...
 
Caderno diário As propostas socialistas n.º12 1415
Caderno diário As propostas socialistas n.º12 1415Caderno diário As propostas socialistas n.º12 1415
Caderno diário As propostas socialistas n.º12 1415
 
Caderno diário As Transformações Económicas na Europa e no Mundo n.º10 1415
Caderno diário As Transformações Económicas na Europa e no Mundo n.º10 1415Caderno diário As Transformações Económicas na Europa e no Mundo n.º10 1415
Caderno diário As Transformações Económicas na Europa e no Mundo n.º10 1415
 
Caderno diário O Liberalismo em Portugal n.º9 1415
Caderno diário O Liberalismo em Portugal n.º9 1415Caderno diário O Liberalismo em Portugal n.º9 1415
Caderno diário O Liberalismo em Portugal n.º9 1415
 
Apresentação A Revolução Francesa 1415
Apresentação A Revolução Francesa 1415Apresentação A Revolução Francesa 1415
Apresentação A Revolução Francesa 1415
 
Caderno diário A Revolução Francesa n.º8 1415
Caderno diário A Revolução Francesa n.º8 1415Caderno diário A Revolução Francesa n.º8 1415
Caderno diário A Revolução Francesa n.º8 1415
 
Apresentação A Filosofia das Luzes 1415
Apresentação A Filosofia das Luzes 1415Apresentação A Filosofia das Luzes 1415
Apresentação A Filosofia das Luzes 1415
 
Caderno diário A Filosofia das Luzes n.º7 1415
Caderno diário A Filosofia das Luzes n.º7 1415Caderno diário A Filosofia das Luzes n.º7 1415
Caderno diário A Filosofia das Luzes n.º7 1415
 
Apresentação O Absolutismo 1415
Apresentação O Absolutismo 1415Apresentação O Absolutismo 1415
Apresentação O Absolutismo 1415
 

Último

Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
Autonoma
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 

Último (20)

classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptxclasse gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptxPoesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfAula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
 
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDFRenascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
 

Caderno diário Sociedade de Ordens

  • 1. 1 O Antigo Regime e a Sociedade de Ordens Por Raul Silva Na Idade Moderna vigorou na Europa uma economia de tipo pré-industrial caracterizada por uma base agrícola e pelo atraso tecnológico. A debilidade tecnológica não permitia aumentar a produtividade, logo, o aumento da população era afectado pelas fomes. As crises demográficas caracterizavam-se por um crescimento elevado das mortes para o dobro ou o triplo da Taxa de Mortalidade corrente, acompanhada por uma quebra muito acentuada nos nascimentos e dos casamentos, a que se seguia uma fase de recuperação da crise, restabelecendo-se os índices habituais de mortalidade, natalidade e nupcialidade. No século XVII, em virtude do arrefecimento climático, as colheitas apodreciam, pelo que o preço dos cereais se elevava e, em consequência, os mais pobres eram atingidos pela fome. Por seu turno, a fome tornava os corpos menos resistentes às epidemias: peste negra, peste bubónica, difteria, cólera, febre tifóide, varíola, tosse convulsa, escarlatina, tuberculose, malária, sífilis e outros males saltam de região para região, de cidade para cidade. A falta de condições de higiene e de assistência médica, em especial nas cidades, agravavam o panorama das crises populacionais. Somava-se a estes dois factores a guerra, responsável por um número elevado de perdas humanas, quer pelo confronto entre tropas inimigas, quer pelos efeitos da passagem dos exércitos pelas aldeias. Com os exércitos marcham também as epidemias que sempre proliferaram nas concentrações excessivas de homens, sobretudo numa época em que se desrespeitam as mais elementares regras sanitárias. CADERNODIÁRIO EXTERNATO LUÍS DE CAMÕES N.º 5 http:// externatohistoria.blog spot.pt/ ! 1deOutubrode2013
  • 2. 2 Os lares europeus do século XVII “Verificámos que, quase por todo o lado, o número de famílias diminuiu. (…) Que lhes aconteceu? A miséria dissipou-as. Debandaram-se para pedir esmolas nas cidades e acabaram por morrer nos hospitais ou pelo caminho. Já não se vêem, nas aldeias e pequenas vilas, jogos ou divertimentos; tudo aqui desfalece; tudo está triste porque a alegria e o prazer só se encontram na abundância e eles mal conseguem sobreviver. De facto, já não há camponeses que tenham algum bem como próprio, o que é um grande mal. Um outro mal, muito pernicioso, é que quase não há trabalhadores equipados. Outrora, eles estavam fornecidos de tudo o que era necessário para a exploração das quintas (…). Hoje, só encontramos jornaleiros sem nada (…). Mas onde se pode conhecer, melhor que em qualquer outro lado, a miséria dos camponeses é nos seus lares, onde se encontra uma pobreza extrema. Dormem sobre a palha; não possuem outro vestuário senão o que trazem vestido e que se apresenta em péssimas condições; não possuem móveis nem qualquer outro equipamento para a vida: enfim, tudo neles representa necessidade.” “Mémoire des comissaires du roi Louis XIV sur la misère du peuple”, in Mémoires des Intendents sur l’ état des Généralités, 1687 A partir da análise da fonte, descreve as condições da vida dos camponeses na Europa do Antigo Regime. A triologia negra “As poucas pessoas que andavam pelas ruas cobriam o rosto com o manto e traziam frasquinhos de perfume nas mãos, que levavam ao nariz e à boca. Todos suspeitavam uns dos outros e se afastavam mesmo que fossem parentes ou amigos. (…) A cada passo se encontravam corpos caídos (…). Dentro das casas encontrávamos, na mesma cama, um doente a dar o último suspiro, outro desesperado e um terceiro a dormir um sono profundo. Para chegar junto dos doentes, tínhamos quase sempre de passar pelo meio dos corpos, como me aconteceu na primeira casa a que fui chamado para confessar uma mulher cujo marido jazia estendido ao pé da porta.” Testemunho do Padre Jean Grillet, Lyon Apavorada com o Contágio Redige um comentário sobre a incidência da trilogia negra no século XVII. Antigo Regime A Sociedade de Ordens CADERNODIÁRIO1deOutubrode2013 Uma Família de Camponeses, de Louis la Main (1600-1610) Analisa a fonte, interpreta-a; integra-a na época histórica em que foi realizada.
  • 3. 3 A morte no centro da vida “Em 1661 [a esperança média de vida] atingiria os 25? Estes números brutais significam que, nesse tempo, tal como o cemitério estava no centro da vila, a morte estava no centro da vida. Em cada 100 crianças nascidas, 25 morriam antes da idade de um ano; 25 outras não atingiam os vinte; outras 25 desapareciam entre os vinte e os quarenta anos. Uma dezena chegava a sexagenário. O octogenário triunfante, rodeado de uma lenda que o transformava em centenário, via-se rodeado do respeito supersticioso que coroa os campeões; desde há muito perdera todos os seus filhos, todos os seus sobrinhos, assim como uma boa parte dos seus netos e sobrinhos-netos. Este sábio será olhado como um oráculo. A morte do herói tornava-se um acontecimento regional.” P. Goubert, “Louis XIV et vingt millions de Français”, in P. Guillaume e J. Poussou, Demographie Historique, Paris, Liv. Armand Colin, 1970 Redige um comentário sobre a esperança média de vida no século XVII. A desigualdade na hierarquização social “Não podemos viver todos na mesma condição. É necessário que uns comandem e outros obedeçam. Os que comandam têm várias categorias ou graus: os soberanos mandam em todos os do seu reino, transmitindo o seu comando aos grandes, os grandes aos pequenos e estes ao povo. E o povo, que obedece a todos eles, está, por sua vez, dividido em várias categorias. Na sociedade, uns dedicam-se ao serviço de Deus, outros a defender o Estado pelas armas, outros a alimentá-lo e a mantê-lo pelo exercício da paz.” Charles Loyseau, “Traité des ordres et simples dignitez”, in Roland Mousnier, As Hierarquias Sociais, Lisboa, Pub. Europa-América, 1974 Com base na fonte, indica os fundamentos teóricos dessa hierarquização. Manifestações da hierarquia social no tratamento “Ao nobre [português] parece não existir nobreza semelhante à sua, pelo que julga que todos os outros lhe ficam muito atrás. Procura, em todas as coisas, fazer como fazem os reis ou príncipes (…). Em casa chama os criados pelo nome dos seus cargos: mordomo, secretário, criado de quarto, moço das cavalariças (…). Só estuda questões de gravidade e etiqueta porque é em coisas como estas e não na virtude que consiste a nobreza. Ponderam a quem devem tratar por tu, por Vós, por Mercê, por Senhoria, por Excelência e por Alteza, porque o título de majestade ainda lá não chegou. (…) Dão tratos à cabeça para pensar a quem devem tirar o chapéu, se meio, se por completo, se baixá-lo até baixo, se conservá-lo alto; se fazer cobrir-se aquele com quem fala ou se deixá-lo de cabeça descoberta, ou se devem cobrir-se eles próprios (…). Estudam, por fim, que todos os seus actos sejam medidos com termos de gravidade mais do que cansativos.” Anónimo italiano de inícios do século XVII, “Retrato e reverso do Reino de Portugal”, in A.H. de Oliveira Marques, Revista Nova História – Século XVI, n.º 1, 1984, Editorial Estampa A partir da fonte, enuncia os privilégios do clero e da nobreza. O Antigo Regime A Sociedade de Ordens CADERNODIÁRIO1deOutubrode2013
  • 4. 4 Preocupação com a mobilidade social “Mas para quê falar de estados? Hoje eles estão todos misturados, de modo que já não se distinguem uns dos outros e a todo o momento ouvimos dizer: Ele não é mais do que eu. Sou tão rico como ele. O filho de um miserável artesão, cujo pai conseguiu, com sacrifício, algo de seu, muda rapidamente de hábitos, de linguagem, de tom, quase de figura. E, nos actos públicos, dá-se o título de Senhor. (…) O vosso pai lavrara ele mesmo o seu campo, e Vós já quereis ter rendeiros. A vossa mãe trajava de lã e vós quereis seda para a vossa mulher e vossas filhas (…) A fúria de vos elevardes acima da vossa condição apaga em vós o espírito do cristianismo. Só vos vejo orgulho, inveja e ciúme. (…) Em nome de Deus, ficai no vosso lugar. Sede o que os vossos pais foram; vivei como eles viveram e não procureis sair do estado em que a Providência Divina vos fez nascer.” Régis, cura do Gap, A Voz do Pastor, Discurso Para os seus Paroquianos (1773) Mostre a preocupação do autor em preservar a ordem social estabelecida. As revoltas populares “Senhor (…), de há dois meses para cá os camponeses e aldeãos das castelanias de Barbezieu (…) levantaram-se em armas e, em certa medida, foram dominados pelo cuidado e boa ordem do Senhor Sobrau. (…) Mas (…) sexta-feira última, os habitantes da castelania de Blauzac (…) levantaram-se com cerca de quatro mil homens armados de arcabuzes e lanças (…), apresentaram-se em Blauzac (…) com um clamor de ameaças confusas contra a vida de todos os fiscais, entendendo por esta palavra todos os colectores de Sua Majestade (…). A raiva popular era tão grande que tudo o que procedia do Conselho os irritava.” Documento n.º 10, “La Fosse”, 9 de Junho de 1636, in Documents d’Histoire Vivan Identifique os motivos da revolta dos populares. Um século de guerras “Quando os cavaleiros entraram na casa do meu pai, a primeira coisa que fizeram foi instalar lá os cavalos; depois cada um aplicou-se à sua tarefa particular que parecia ser a de tudo destruir e de tudo saquear. Enquanto alguns se punham a degolar os animais, a cozer ou assar a carne (…) outros faziam grandes embrulhos de roupa, de vestuário, de toda a espécie de utensílios (…). Aquilo que não contavam levar era feito em pedaço. Alguns trespassavam com a espada os montes de feno e de palha (…), outros esvaziavam os colchões (…). Escaqueiravam a loiça de cobre e estanho (…). Queimavam as camas, as mesas, as cadeiras e os bancos (…). Os soldados tinham já metido no forno um dos camponeses feitos prisioneiros e queimavam-no embora ele ainda não tivesse confessado nada. (…). O meu pai confessou tudo o que eles queriam saber e revelou onde se encontrava escondido o seu tesouro.” Grimmelhau, “Les aventures de Siplicius Simplicissimus”, in Troux, Lizerand, Moreau, Les Temps Moderns, Dessain, 1959 A partir da fonte, pronuncie-se sobre os conflitos que assolavam a Europa. O Antigo Regime A Sociedade de Ordens CADERNODIÁRIO1deOutubrode2013