[1] O documento discute a interatividade como uma nova modalidade comunicacional em emergência em contextos complexos com múltiplas interferências.
[2] A interatividade desenvolve-se a partir de uma conjunção complexa que envolve o diálogo e a multiplicidade, tendo fundamentos na complexidade de Edgar Morin.
[3] Para promover a interatividade na sala de aula, a escola deve se tornar um ambiente de coautoria entre professores e alunos, onde a educação é um processo de troca e não um produto.
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Sala de aula interativa
1. Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Faculdade de Educação
Especialização em Educação Com Aplicação da Informática
EDAI - 2012
Estudos e reflexões sobre o texto:
Um convite à interatividade e à
complexidade
Aluna: D’jane Almeida
2. Modismo – termo novo representativo das
velhas formas de diálogo e comunicação;
Estratégia de marketing – Ideologia
representativa do período tecno-industrial
baseado na informática;
Rivalidade entre homem–máquina.
Regressão do sujeito a condição de máquina.
3. Fenômeno das “sociedades da informação”,
caracterizada pela instauração de uma nova
configuração tecnológica e mercadológica
que implica simultaneamente na
reorganização de valores e dos referenciais
sociais. A interatividade também se
apresenta a partir do conceito de
“recursividade organizacional” onde os
produtos e efeitos são ao mesmo tempo
causas e produtores daquilo que o produziu,
integrando-se assim a complexidade que os
permite a não linearidade.
A Interatividade é “uma nova modalidade comunicacional em
emergência num contexto complexo de múltiplas
interferências”.
4. O termo interatividade teve Em Heidegger, o autor
sua origem em 1970, porém define a interatividade como
sua notoriedade se deu a espírito do tempo, um
partir dos anos 80 quando processo em curso de
teóricos e informatas reconfiguração das
buscavam expressar a comunidades humanas em
novidade do computador toda sua amplitude.
conversacional.
“Interatividade é a disponibilização consciente de um mais comunicacional de
modo expressivamente complexo, ao mesmo tempo atentando para as interações
existentes e promovendo mais e melhores interações – Seja entre usuários e
tecnologias digitais ou analógicas, seja nas relações “presenciais” ou “virtuais”
entre os seres humanos”. (Pag: 23)
5. Em 1945, Vannevar Theodore Nelson, em
Bush apresenta com 1960 criou o termo
pioneirismo o conceito “hipertexto” para expressar
de hipertexto, por meio o funcionamento da
de um projeto que memória do computador.
permitia a criação de Apropriando-se da
elos entre informações arquitetura não linear das
desempenhando um suas memórias para
raciocínio lógico e viabilizar textos
intuitivo semelhante ao tridimensionais, dinâmicos,
raciocínio humano manipulativos e
interativos.
8. Fundamentado por Morin, o texto apresenta a complexidade como
um tecido cujos constituintes heterogêneos e contraditórios
encontram-se inseparavelmente associados;
A interatividade por sua vez, desenvolve-se a partir de uma
conjunção complexa que envolve o diálogo e a multiplicidade.
9. DIALÓGICO - Permite a ação-reação simultânea dos termos, onde dois
termos podem ser ao mesmo tempo serem complementares e antagônico;
RECURSIVIDADE – Termo que também lança mão do dialógico na sua
tessitura. Conforme o texto “os produtos e os defeitos são ao mesmo
tempo causa e efeito do que os produziu” (Pag: 18);
HOLOGRAMA – “Não apenas a parte está no todo mas o todo está na
parte” (Pag: 18).
Dada a complementariedade que os envolve, temos que os fundamentos da
complexidade são também princípios norteadores da interatividade.
10. Articulação entre comunicação interativa e educação;
Maior autoria do professor;
Revitalização da prática pedagógica e o repensar de novas
possibilidades para a sala de aula;
Redimensionamento da pragmática comunicacional, isto é ruptura
com o paradigma da simplificação e com a lógica da distribuição;
11. Para se promover a interatividade em sala de aula…
A escola deve se tornar um ambiente onde o professor interrompe a
tradição e proporciona aos seus alunos espaços de coautoria. Nesse cenário
a educação deixa de ser um produto e se torna processo de troca de ações
que cria o conhecimento promovendo inclusive a autonomia de seus
alunos. Nessa perspectiva Marcos Silva em concordância com Morin
conclui: “Hoje, é preciso inventar um novo modelo de educação, já que
estamos numa época que favorece a oportunidade de disseminar um outro
modo de pensamento”
12. O convite ao debate sobre a interatividade se justifica em considerar
a nova modalidade comunicacional como artifício capaz de
reorganizar o compromisso social da escola com a formação dos
novos cidadãos. Nesse sentido, os apontamentos do texto nos
evidencia que a participação na perspectiva da multiplicidade estão
diretamente vinculadas a uma concepção de formação para a
cidadania.
Notas del editor
Bibliografia: SILVA, Marco. Sala de Aula Interativa: educação, comunicação, mídia clássica... 5. ed. – São Paulo: Edições Loyola, 2010. – (Coleção práticas pedagógicas)
A interatividade não se reduz ao modismo, ideologia ou artefato de dominação da máquina sobre o homem.
Em 1945, Vannevar Bush (Físico e Matemático) apresentou os conceitos primordiais do hipertexto baseado na complexidade da mente humana. Seu projeto MEMEX objetivava registrar a memória auxiliar de cientistas que com ele trabalhavam, prevendo a criação de elos entre informações e com a possibilidade de navegação por diferentes caminhos de leitura. Um sistema de raciocínio lógico e intuitivo que se assemelhava ao trabalho desenvolvido pela mente humana. O hipertexto é um sistema para visualização de informações cujos documentos contêm referências internas para outros documentos, para os quais somos transportados através dos links ou hiperlinks.
Em suma, os Hipertextos representam um novo paradigma tecnológico que liberta o usuário da lógica unívoca da mídia de massa e da vida a um “novo espectador ”; pois democratiza a relação do usuário com a informação gerando um ambiente conversacional ilimitado à lógica da distribuição. Permite a não linearidade na informação e na comunicação, o pensar múltiplo, complexo, interativo, não cartesiano; além de Proporcionar maior autonomia ao sujeito e espaços para a co-criação, produção e participação.
Sujeito aberto ao pensamento complexo, que se desenvolve no âmbito dessa nova perspectiva comunicacional proposta pela interatividade hipertextual; Sujeito interativo, coadjuvante e co-participante no contexto das novas tecnologias hipertextuais e comunicacionais; Dinâmico, adquiri maior concentração em menor espaço de tempo; Mais reflexivo quanto a imposição da mídia.
De acordo com o texto busca-se através da epistemologia da complexidade fundamentar a crítica ao paradigma da simplificação. “Paradigma da simplificação”: perspectiva que tende ao reducionismo, simplificação e separação das partes antagônicas. Em contrapartida, no modo de pensar complexo, as partes antagônica também são tidas como complementares. Visto que a epistemologia da complexidade tem a perspectiva de tudo religar.