1. Especialização em gestão do design
Opinião do grupo sobre gestão do design
Docente: Ana Paula Demarchi
Disciplina: Fundamentos da gestão do design
Discentes: Dalila Miranda Barbosa Bandartchuc
Jenneffer Priscila Montemor Keffer Avelino
Tamara Avellar de Carvalho
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Para compreender a gestão do design é fundamental sabermos um pouco mais
sobre essa profissão: Design. Com várias definições polêmicas e categorias
profissionais fica complicada um significado absoluto, assim sendo ficaremos com um
sentido mais empírico. Design é uma palavra inglesa de descendência italiana
“disegno”, conceito utilizado na Renascença para definir uma metodologia, uma atitude
projectual, um processo de concepção. A exemplo da criatividade na atitude projectual
temos Leonardo da Vinci, que se fez um dos primeiros designers da Idade Moderna ao
reinterpretar o quadrado e o círculo Vitruviano nas medidas das proporções humanas,
dando um exemplo verdadeiro do que deve ser design: Imaginação, conceito e projeto.
Segundo o filósofo alemão Wolfgang Welsch,“assim como o século XX foi o
século da arte, o século XXI será o século do design”, para tanto faz-se necessário o
aprendizado da sua gestão. Não basta conceber com genialidade grandes projetos e
belos layouts, a perfeição do design pode se perder quando mal administrada e todo o
trabalho inicial fica prejudicado por ações internas e externas incoerentes.
Segundo Luis Emiliano Avendaño, consultor de design, gestão é definida como
“o conjunto de atividades de diagnóstico, coordenação, negociação e design que
comparecem tanto na atividade de consultoria externa como no âmbito da organização
empresarial, interagindo com os setores responsáveis da produção, da programação
econômica-financeira e da comercialização, com a finalidade de permitir uma
participação ativa do design nas decisões dos produtos1.” Esse trecho exemplifica as
funções da gestão dentro do universo do design, porem ainda falta saber como proceder
nestas etapas.
Desde que a primeira bíblia foi traduzida e impressa tipograficamente o mundo
teve novamente a descoberta do fogo. Saímos da penumbra, onde o desconhecimento
tomava conta e nos deleitamos com a informação. Os primeiros passos de um bebê
buscam pelo desconhecido, apóiam as novas possibilidades, “pesquisam” o interior da
própria casa.
Ao se deparar com informações, um bombardeio delas, estamos prestes a fazer
questionamentos, isso nos torna adaptáveis. É a lei da sobrevivência, quem tem as
respostas ou sabe onde encontra-las é o homem mais hábil e adaptável e certamente
tornara sua espécie predominante.
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Trecho extraído do Zine publicado na internet no site www.dezine.com.br/zine/003/avendano_003.htm
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Nesta selva de pedra não é tão diferente assim, continuamos lutando pelas
melhores informações, “descoberta do fogo”, e usamos a pesquisa para aprimorar está
gama de conhecimento previamente adquirido. A gestão, acredito, não anda sem
pesquisa e esta não surge sem informação. Pesquisar é preciso!
Nesse âmbito de pesquisa, administração, conhecimento, design e uma boa
pitada de intuição encontra-se a gestão do design.
A gestão do design consiste no agrupamento de técnicas, departamentos de uma
empresa, pessoas de vários setores para um bom funcionamento e acabamento de um
projeto e isso mostra que pode positivamente contribuir para a organização de uma
empresa no geral.
Falta entender que a gestão do design é uma função multidisciplinar, ao gestor
cabe olhar a empresa como um todo, avaliar todos os prós e contras que um projeto
pode trazer para a sociedade, analisando questões culturais, sociais, econômicas e até
políticas que esse projeto pode trazer.
E além de tudo acrescentar valor comercial àquele produto modificando até a
imagem que o público tem da empresa se necessário também acrescentando valor á ela.
No Brasil os formadores de gestores do design precisam encaminhar a formação
dos mesmos para uma postura pró - ativa, ou seja, que vejam o produto como um todo,
não separado, e que haja uma mobilização de supervisionamento de todos os setores que
são necessários para que o produto ajude a agregar valor à empresa e a sua imagem.
Tem-se que pensar no antes e depois do produto, que conseqüências ele vai trazer para o
meio ambiente etc. Infelizmente falta essa visão multidisciplinar no Brasil.
Falta também o reconhecimento desse profissional que pode e é tão necessário
em toda e qualquer empresa, todo e qualquer produto que for produzido e que é tratado
como profissional secundário até desnecessário, sendo seu trabalho preenchido por
outros profissionais que não sabem como proceder em tais situações como um gestor
procederia.
Afim de entender um pouco mais do funcionamento da gestão dentro da
empresa é fundamental conhecer sua correlação sutil entre os consumidores como um
todo e as empresas fornecedoras dos produtos / serviços. Para que uma empresa obtenha
sucesso, é necessário que o produto ou serviço oferecido, seja bem recebido pelo
consumidor-cliente.
O desafio do empresário, de grandes, médias e pequenas empresas, é conquistar
a confiança do seu público. Uma das estratégias para alavancar as vendas e manter as
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empresas no mercado é a agregação de valor aos produtos ou serviços prestados. É
através do design que se consegue tudo isso, mas para que todos os processos sejam
bem sucedidos utiliza-se da gestão de design como ferramenta indispensável para uma
perfeita harmonia.
A gestão do design é responsável pelo design, pela implementação, manutenção
e constante avaliação de tudo a que se refere á identidade corporativa, desde um
panfleto até o uniforme. Ela é um ponto a favor do empresário contra a concorrência.
Numa sociedade onde a identidade é essencial e o que é diferente chama a atenção, o
design pode aparecer como um aliado na batalha para destacar uma empresa no
mercado, sendo bem aplicado e gerenciado com as ferramentas certas, fica latente sua
importância. Sem contar que a gestão do design sugere um ponto de vista ampliado,
integrador e interativo diante de todos os processos, gerando várias opções as quais
chamamos de soluções.
A idéia é fazer um diagnóstico e propor inserções estratégicas do design em
todas as áreas, atividades, processos, produtos, conceitos e no que mais for possível.
Inserir a cultura do design na empresa!
Para uma eficiente gestão do design, é necessário psicologia, paciência,
concentração, criatividade, enfim, lidar com pessoas, que muitas vezes não conseguem
abrir a mente para outras idéias. É preciso ensinar e aprender, com alegria e vontade de
fazer o melhor para o projeto e para as pessoas com quem trabalha. Só assim constrói-se
uma equipe cada vez mais forte, em termos de conhecimentos e união em nível de
competitividade, inovação e diferencial.
Conclui-se que a gestão do design é um ponto a favor contra a concorrência,
onde a empresa pode mostrar sua organização e competência, sugerir inovações,
reestruturar projetos de forma organizada e funcional, organizando-se para suprir as
necessidades do mercado e gerar soluções para antigos problemas.
Ter um pensamento voltado para a gestão do design é pensar no todo,
calculando benéficos em longo prazo e abastecendo a teia das inovações, sendo o design
um aliado para sublinhar uma empresa no mercado, garantindo o diferencial necessário
a sua sobrevivência.
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Referências Bibliográficas:
BACCEGA, Maria Aparecida. Gestão de Processos Comunicacionais. São Paulo:
Atlas. 2001
FIGARO, Roseli. Gestão da Comunicação. São Paulo: Atlas. 2005
VIEIRA, Roberto Fonseca. Comunicação Organizacional: Gestão de Relações
Públicas. Rio de Janeiro: Mauad. 2004