O documento descreve uma pessoa acordando em uma praia fria e sentindo dor e cansaço ao se mover pelas dunas. A pessoa se sente perdida em um mundo silencioso de tristeza, onde as pessoas se afundam cada vez mais em sofrimento. O caminho da vida parece sem sentido e levá-los à decadência, com muita adversidade e dívidas impossíveis de pagar. A única saída parece ser se atirar de um precipício para encontrar a paz.
1. Certa manhã acordamos numa praia qualquer com o chilrear de uns pássaros quais
queres, levantamo-nos no meio do areal húmido debaixo de uma lua que está a renascer
e de um sol que está morrer.
2. O frio é arrepiante não dá para pensar no tempo em que
estamos, o frio entranhasse pelo corpo dentro como uma
lamina afiada que lateja o corpo, pelas dunas arrastamo-nos
com todas as forças que não temos.
3. O barulho do silêncio é aterrador nesta vida de mudos, que
caminha pelos o pântanos da tristeza onde os homens se
entranham com os sentidos de sobrevivência
inexistentes, quanto mais caminhamos mais nos afundamos
na lama da vida até perder a vontade de lutar.
4. Estamos num beco sem saída
para uma vida repleta de
luz, estamos condenados a viver
nas trevas de uma existência feita
por ruas sem sentido onde paira
a sujidade e o fedor da podridão
dos nossos corpos apodrecidos
com o tempo.
5. O caminho que nos é apresentado não tem uma
sustentação firme, é um caminho vazio que nos leva ao
fundo da nossa existência e que nos vai levar a uma
decadência sem retorno.
6. Podemo-nos isolar de tudo e de todos, podemos
meditar, orar, fazer uma leitura da vida que
tivemos, analisar os erros que comutemos até
podemos dar milhares de euros a um sem-
abrigo, mas não será o suficiente para pagar as
dividas que temos uns com os outros porque o mal
que fizemos nunca será apagado das nossas vidas.
7. Com tanta adversidade que a vida tem , só nos resta
atiramo-nos de um precipício, será só desta maneira
que vamos conseguir alcançar a paz interior, porque
tudo o que prometemos e tudo que disse-mos para
mudar o rumo da vida de nada serve, nós nunca
cumprir-mos.
8. Depois de uma existência feita de tristeza
chegamos ao fim da viagem e o que ficou
foram pequenas lembranças que o tempo vai
apagando.
Fazendo com que a nossa passagem por este
corpo celeste não seja mais que uma mera
presença num mundo decadente.
9. Temos que nos encontrar como ser humanos
que somos.
Temos que GRITAR BASTA