1. O consumo de gordura animal, em humanos não-atletas,
engorda?
INTRODUÇAO
A falta de informação associado à manipulação por parte das
indústrias alimentícias gera dúvidas na população sobre o consumo de
gordura estar associado ao aumento de peso. Estudos atuais buscaram
desmistificar essa afirmação, realizando estudos apurados e publicando
resultados em forma de artigos a fim de conscientizar a população, pois a
ingestão de gordura saturada (gordura animal) não é relacionado com o
aumento de gordura corporal.
DESENVOLVIMENTO
Primeiramente tomou-se como base o estudo realizado.....com a
atenção voltada para o experimento no qual havia um grupo que adotou uma
dieta “high fat” contendo 35% de carboidratos, 45% de lipídios e 24% de
proteínas, um grupo com dieta “chow” (grupo controle) contendo 56,4% de
carboidratos, 16,7% de lipídios e 26,8% de proteína, além de um grupo
denominado “Ketogenic” contendo 0% de carboidratos, 95% lipídios e 5% de
proteínas. Durante um acompanhamento de 6 semanas houve um aumento
de massa gorda, aumento da taxa de insulina e o aumento de concentração
de leptina no organismo no grupo com dieta “high fat”
O aumento de massa gorda foi gerado pelo fato da alta ingestão de
carboidratos no qual são oxidados e consequentemente diminuem a oxidação
de lipídeos, gerando sua deposição. Na tabela 1 há uma observação: 17% os
carboidratos ingeridos são sacarose. Com isso essa porcentagem possui um
alto índice glicêmico e consequentemente diminui a lipogênese, alterando a
expressão de enzimas como Acetil-coA carboxilase e Ácido Graxo Sintase.
O aumento da taxa de i nsuli na no grupo com dieta “High Fat” é
ocasionado pela alta ingestão alimentos com alto índice glicêmico, obrigando
o corpo a produzir mais insulina para a sua digestão, gerando uma
resistência parcial do hormônio como desencadeamento desse fato.Já no
grupo com dieta “ketogenic”, há dimi nuição da resistência da insulina pois os
indivíduos não ingerem uma dieta que não fornece glicose, necessitando a
sintetização dessa por meio da gliconeogênese, diminuindo a utilização da
insulina.
O artigo "The cardiometabolic consequences of replacing saturated fats with
carbohydrates or Ω-6 polyunsaturated fats: Do the dietary guidelines have it
wrong?" sustenta o artigo dado pelo MHL, pois indica as consequências da
substituição da gordura saturada por gordura insaturada ou poli -insaturada
aumenta o risco de morte por doenças cardiovasculares. Outro ponto
mencionado sugere que ao substituir a gordura saturada por carboidrato,
acontecem algumas alterações no organismo tais como: pequeno aumento
da LDL, triglicerídeos, maior quantidade de colesterol. Também gera
aumento da Apo B/Apo A, pequeno aumento da tolerância a glicose ,aumento
2. da gordura corporal, peso, inflamação e aumento da incidência obesidade e
diabetes. Enquanto a ingestão de gordura saturada diminui o LDL.
O artigo também aponta que ao trocar a gordura saturada por poliinsaturada
(ômega-6), o HDL-C gera o aumento da oxidação da LDL-C poli-insaturadas
efetivando o aumento do risco de câncer, doenças cardíacas,. Um fato
importante ressaltar é que o estudo não leva em consideração alimentos
processados, porém estes devem ser evitados ao máximo.
Por fim a crença de que gordura saturada aumenta o colesterol é errônea ,
assim como, adieta low-fat na qual ate nos dias de hoje é recomendada, deve
ser reavaliada por não haver provas conclusivas de que essa dieta tem
efeitos negativos para a promoção da saúde em detrimento de carboidratos e
gorduras poliinsaturadas ou insaturadas.
Artigo levado em consideração: Malhotra
Essa discussão sobre o efeito de uma dieta adequada é feita desde
1977
CONCLUSÃO
Baseado na palestra ministrada pelo professor Marcelo Hermes-Lima
e pesquisa realizada pelo grupo em domicílio, conclui-se que a dieta
baseada em um alto consumo de gorduras (95% de gordura e 0% de
carboidratos e 5% de proteínas) não mostrou relação com engordar
pior que o alto consumo de carboidratos e baixo consumo de gordura,
porém, essa alteração da dieta traz outros malefícios para o indivíduo
a longo prazo, podendo acarretar na perda de massa magra, essencial
para a realização de atividades do cotidiano e o organismo fica em
estado de hipoglicemia, perdendo sua reserva energética.
Link do artigo:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4195930/pdf/openhrt -
2013-000032.pdf