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Enfa. Natália Oliveira de Araújo
• QUAL O OBJETIVO DAANALGESIA E A SEDAÇÃO?
• Melhoram o conforto e aliviam o sofrimento 
• Reduzem a resposta ao estresse relacionada a 
inflamação e ao trauma 
• Facilita o cuidado adequado pela equipe multidisciplinar 
MAS.... 
• Realizados de forma inadequada geram impacto na 
morbimortalidade e tempo de internação
- A UTI é o setor onde o grau de desconforto e a dor 
relacionada a procedimentos invasivos podem ser 
MÁXIMOS 
- A dor é fisiológica, psicológica, social e espiritual 
- Sempre lembrar MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS 
para o controle da dor 
- As necessidades individuais de cada paciente devem ser 
aferidas (hipnose, analgesia, ansiólise, amnésia...)
- O coma desnecessário é ruim - Mudança de paradigma: 
paciente dormindo  paciente acordado e calmo 
- A dor deve ter prioridade no tratamento 
- Bloqueador neuromuscular deve ser usado em ultimo 
recurso 
- Sedação NÃO É analgesia
- A avaliação da dor e sua situação clínica (pós-operatório, 
queimadura, trauma), bem como a avaliação da sedação 
devem ser sistemáticas e regulares com o uso de escala 
apropriada e guidelines
• Embora a maioria dos pacientes na UTI receba 
analgésicos parenterais rotineiramente, 50% dos 
pacientes que recebem alta da UTI lembram-se da 
dor como a sua pior experiência enquanto internados 
lá. 
1. “Opiofobia” 
O uso de opióides no hospital não causa dependência (Paul L. 
Marino) 
2. Dosagem correta 
A dose do analgésico deve ser guiada pela resposta do paciente
• Intensidade, duração, localização e qualidade (aguda, 
difusa..) 
• Escalas de dor
• A comunicação é a melhor maneira de avaliar a dor, 
assim como é uma excelente fonte de conforto para o 
paciente. 
• Quando não há possibilidades de comunicação, avaliar 
parâmetros fisiológicos (FC, FR, PA, postura, agitação, 
fácies de dor...) antes e depois da intervenção.
• Analgésicos mais utilizados no ambiente de UTI 
Tramadol 
Morfina 
Fentanil
EFEITOS GERAIS: 
Analgesia 
Sedação leve 
Euforia 
Constrição pupilar 
Depressão respiratória e apneia 
Bradicardia e hipotensão 
Náuseas 
Vômitos 
Retenção Urinária 
Constipação 
Prurido 
Respondem bem 
a volume e 
doses baixas de 
vasopressores 
Pronunciadas 
em pacientes 
hipovolêmicos 
ou com IC e 
quando 
associados a 
BZD 
Atenção na 
Traqueostomia!
Morfina Fentanil 
Hidrossolúvel Lipossolúvel 
Início de ação: 5 min – Pico: 20 a 
30 min 
Início de ação: 1 a 2 min – Pico: 
5 a 15 min 
Tempo de duração: 2 a 3h30m 30 a 60 min 
Metabólitos ativos que se 
acumulam na IR (causam 
convulsão) 
Não possui metabólitos ativos, 
sem ajuste de dose na IR 
Libera histamina  
Vasodilatação, hipotensão, 
prurido, broncoespasmo 
Não libera histamina 
Não sofre acúmulo no tecido 
adiposo 
Acúmulo no tecido adiposo com 
efeito prolongado quando 
administrado por mais de 4 horas 
Mais chances de constipação Constipação 
Bradicardia e depressão 
Bradicardia e depressão
• Opióide sintético, mais fraco que a morfina ou fentanil 
• Efeitos colaterias: náuseas, sonolência e convulsões.
• Antiinflamatórios não-esteróides (AINES) – Cetoprofeno 
Sangramento digestivo 
Sangramento por alteração plaquetária 
IRA 
Uso restrito na UTI 
• Dipirona 
Antitérmico e antiinflamatório 
Associado com opióides 
Quando associados, 
podem diminuir as doses 
de opióides! 
• Paracetamol 
Opção quando o paciente for alérgico a dipirona 
Apenas VO 
Hepatotoxicidade
• Conceitos: 
- Sedar = acalmar 
- Hipnose = dormir 
- Ansiedade = sensação de medo, angústia 
- Agitação = ansiedade + agitação motora 
- Delirium = estado mental alterado (hiperativo, hipoativo 
ou misto)
• Falar com os pacientes e fazer ajustes no ambiente da 
UTI deveriam ser as primeiras etapas para acalmar um 
paciente ansioso. 
• Ao utilizar as drogas, usá-las na menor dose possível, 
individualizada e reavaliando diariamente. 
• Para pacientes em VM, a sedação ideal é aquela que o 
mantem cooperativo, aceitando a ventilação, orientado e 
tranquilo.
• Evidências apontam a avaliação do nível de consciência 
e sedação várias vezes ao dia utilizando protocolos e 
instrumentos validados 
• Diversos benefícios como diminuição do tempo de VM, 
na estadia em UTI, gastos para o hospital, repercussão 
favorável na morbimortalidade, etc... 
As escalas de sedação não se 
destinam a pacientes 
inconscientes ou em uso de 
bloqueadores neuromusculares
• Escala de RAMSAY
• Escala de RASS
• É a benzodiazepina de escolha para sedação pois: 
- Tem maior lipossolubilidade 
- Início mais rápido (30 a 60 segs) 
- Duração de ação mais curta (15 a 30 min) 
- Amnésia
- ATENÇÃO: assim como o fentanil, as infusões de 
midazolam durando mais do que algumas horas pode 
produzir sedação prolongada após sua suspensão. 
Acúmulo 
no SNC 
Hidroximidazolam 
Citocromo P450 
Insuf. hepática
• Dose excessiva pode causar: 
- Hipotensão 
- Depressão respiratória 
- Sedação excessiva 
- Síndrome de abstinência 
Suspensão abrupta da droga  ansiedade, agitação, 
desorientação, hipertensão, taquicardia, alucinações e 
convulsões 
Propofol
• Sedativo, hipnótico, ansiolítico e amnésico de ação 
rápida para indução e manutenção de anestesia de curta 
duração (<72h) 
• Não analgesia 
Diminui o consumo 
de O2 cerebral e a 
PIC 
• É o sedativo de escolha para pacientes neurológicos 
• Início de ação: menos que 1 min 
• Tempo até despertar: 10 a 15 min (mesmo após 
administração prolongada)
• Muito lipossolúvel  encontra-se em suspensão em uma 
emulsão lipídica a 10% para aumentar a solubilidade no 
plasma (linha venosa exclusiva) 
• 0,1mg de gordura/ml ou 1,1kcal/ml  contado como 
parte da ingesta diária de nutrientes 
• Não requer ajuste de dose para IR ou IH
• Efeitos adversos: 
- Dor no local da injeção 
- Depressão respiratória 
- Apnéia 
- Hipotensão 
- Urina verde 
- Hipertrigliceridemia  monitorar lipídios 
- Contaminação bacteriana
• SÍNDROME DE INFUSÃO DO PROPOFOL 
- Bradicardia 
- Acidose lática 
- Insuficiência cardíaca 
- Hiperlipidemia 
- Rabdomiólise 
- Suspender a droga, cuidados de suporte e MP quando 
necessário
• Sedativo, ansiolítico e analgesia leve, não produz 
depressão respiratória. 
• Início de ação: 1 a 3 min 
• Tempo de ação: 10 min 
• Geralmente usada em BIC 
• Necessita de ajuste para IH 
Apneia do sono ou DPOC, 
principalmente se em desmame de 
VM
• Efeitos adversos: 
- Hipotensão (pior em hipovolêmicos) 
- Bradicardia (pior em idosos e bloqueio cardíaco 
avançado) 
- Agitação e “rebote simpático” (similar com a clonidina) 
- Evitar usar a droga com mais de 24h
• Sedativo hipnótico de curta duração 
• Não analgésico 
• Utilizado para intervenções de curta duração (p.ex, 
intubação, procedimentos diagnósticos ou ambulatoriais) 
• Não altera a hemodinâmica do paciente 
• Risco de mioclonia 
• Início de ação: 15 a 45 segs 
• Duração do efeito: até 15 min
• Bloqueio da transmissão na junção neuromuscular
• Objetivos: 
- Acesso a via aérea 
- Adaptação à ventilação mecânica 
- Manipulação de paciente com hipertensão intracraniana 
- Medir variação de pressão de pulso 
Succinilcolina (Suxametônio) 
Pancurônio 
Atracúrio 
Cisatracúrio (Nibium) 
Antagonizados por 
Neostigminia 
Atropina 
Quelicin
• Cuidado com as infusões prolongadas de sedativos e 
analgésicos! 
• Despertar diário 
• Avaliação do paciente agitado: 
1. AMEAÇA IMEDIATA DE VIDA 
2. DOR 
3. ANSIEDADE 
4. DELIRIUM
• Manual de Residência de Medicina Intensiva – 3ª edição. 
Editora Manole, 2012 
• Manual de Bolso de UTI – 3ª edição. Editora Atheneu, 
2011. 
• Paciente Crítico: Diagnóstico e Tratamento – Hospital 
Sírio Libanês. Editora Manole, 2006. 
• Compêndio de UTI – 3ª edição. Editora Artmed, 2008. 
• Emergências Clínicas: Abordagem Prática – 8ª edição. 
Editora Manole.
Analgesia e sedação na UTI

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Analgesia e sedação na UTI

  • 2. • QUAL O OBJETIVO DAANALGESIA E A SEDAÇÃO?
  • 3. • Melhoram o conforto e aliviam o sofrimento • Reduzem a resposta ao estresse relacionada a inflamação e ao trauma • Facilita o cuidado adequado pela equipe multidisciplinar MAS.... • Realizados de forma inadequada geram impacto na morbimortalidade e tempo de internação
  • 4. - A UTI é o setor onde o grau de desconforto e a dor relacionada a procedimentos invasivos podem ser MÁXIMOS - A dor é fisiológica, psicológica, social e espiritual - Sempre lembrar MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS para o controle da dor - As necessidades individuais de cada paciente devem ser aferidas (hipnose, analgesia, ansiólise, amnésia...)
  • 5. - O coma desnecessário é ruim - Mudança de paradigma: paciente dormindo  paciente acordado e calmo - A dor deve ter prioridade no tratamento - Bloqueador neuromuscular deve ser usado em ultimo recurso - Sedação NÃO É analgesia
  • 6. - A avaliação da dor e sua situação clínica (pós-operatório, queimadura, trauma), bem como a avaliação da sedação devem ser sistemáticas e regulares com o uso de escala apropriada e guidelines
  • 7.
  • 8. • Embora a maioria dos pacientes na UTI receba analgésicos parenterais rotineiramente, 50% dos pacientes que recebem alta da UTI lembram-se da dor como a sua pior experiência enquanto internados lá. 1. “Opiofobia” O uso de opióides no hospital não causa dependência (Paul L. Marino) 2. Dosagem correta A dose do analgésico deve ser guiada pela resposta do paciente
  • 9. • Intensidade, duração, localização e qualidade (aguda, difusa..) • Escalas de dor
  • 10. • A comunicação é a melhor maneira de avaliar a dor, assim como é uma excelente fonte de conforto para o paciente. • Quando não há possibilidades de comunicação, avaliar parâmetros fisiológicos (FC, FR, PA, postura, agitação, fácies de dor...) antes e depois da intervenção.
  • 11. • Analgésicos mais utilizados no ambiente de UTI Tramadol Morfina Fentanil
  • 12. EFEITOS GERAIS: Analgesia Sedação leve Euforia Constrição pupilar Depressão respiratória e apneia Bradicardia e hipotensão Náuseas Vômitos Retenção Urinária Constipação Prurido Respondem bem a volume e doses baixas de vasopressores Pronunciadas em pacientes hipovolêmicos ou com IC e quando associados a BZD Atenção na Traqueostomia!
  • 13. Morfina Fentanil Hidrossolúvel Lipossolúvel Início de ação: 5 min – Pico: 20 a 30 min Início de ação: 1 a 2 min – Pico: 5 a 15 min Tempo de duração: 2 a 3h30m 30 a 60 min Metabólitos ativos que se acumulam na IR (causam convulsão) Não possui metabólitos ativos, sem ajuste de dose na IR Libera histamina  Vasodilatação, hipotensão, prurido, broncoespasmo Não libera histamina Não sofre acúmulo no tecido adiposo Acúmulo no tecido adiposo com efeito prolongado quando administrado por mais de 4 horas Mais chances de constipação Constipação Bradicardia e depressão Bradicardia e depressão
  • 14. • Opióide sintético, mais fraco que a morfina ou fentanil • Efeitos colaterias: náuseas, sonolência e convulsões.
  • 15. • Antiinflamatórios não-esteróides (AINES) – Cetoprofeno Sangramento digestivo Sangramento por alteração plaquetária IRA Uso restrito na UTI • Dipirona Antitérmico e antiinflamatório Associado com opióides Quando associados, podem diminuir as doses de opióides! • Paracetamol Opção quando o paciente for alérgico a dipirona Apenas VO Hepatotoxicidade
  • 16.
  • 17. • Conceitos: - Sedar = acalmar - Hipnose = dormir - Ansiedade = sensação de medo, angústia - Agitação = ansiedade + agitação motora - Delirium = estado mental alterado (hiperativo, hipoativo ou misto)
  • 18. • Falar com os pacientes e fazer ajustes no ambiente da UTI deveriam ser as primeiras etapas para acalmar um paciente ansioso. • Ao utilizar as drogas, usá-las na menor dose possível, individualizada e reavaliando diariamente. • Para pacientes em VM, a sedação ideal é aquela que o mantem cooperativo, aceitando a ventilação, orientado e tranquilo.
  • 19. • Evidências apontam a avaliação do nível de consciência e sedação várias vezes ao dia utilizando protocolos e instrumentos validados • Diversos benefícios como diminuição do tempo de VM, na estadia em UTI, gastos para o hospital, repercussão favorável na morbimortalidade, etc... As escalas de sedação não se destinam a pacientes inconscientes ou em uso de bloqueadores neuromusculares
  • 20. • Escala de RAMSAY
  • 22. • É a benzodiazepina de escolha para sedação pois: - Tem maior lipossolubilidade - Início mais rápido (30 a 60 segs) - Duração de ação mais curta (15 a 30 min) - Amnésia
  • 23. - ATENÇÃO: assim como o fentanil, as infusões de midazolam durando mais do que algumas horas pode produzir sedação prolongada após sua suspensão. Acúmulo no SNC Hidroximidazolam Citocromo P450 Insuf. hepática
  • 24. • Dose excessiva pode causar: - Hipotensão - Depressão respiratória - Sedação excessiva - Síndrome de abstinência Suspensão abrupta da droga  ansiedade, agitação, desorientação, hipertensão, taquicardia, alucinações e convulsões Propofol
  • 25. • Sedativo, hipnótico, ansiolítico e amnésico de ação rápida para indução e manutenção de anestesia de curta duração (<72h) • Não analgesia Diminui o consumo de O2 cerebral e a PIC • É o sedativo de escolha para pacientes neurológicos • Início de ação: menos que 1 min • Tempo até despertar: 10 a 15 min (mesmo após administração prolongada)
  • 26. • Muito lipossolúvel  encontra-se em suspensão em uma emulsão lipídica a 10% para aumentar a solubilidade no plasma (linha venosa exclusiva) • 0,1mg de gordura/ml ou 1,1kcal/ml  contado como parte da ingesta diária de nutrientes • Não requer ajuste de dose para IR ou IH
  • 27. • Efeitos adversos: - Dor no local da injeção - Depressão respiratória - Apnéia - Hipotensão - Urina verde - Hipertrigliceridemia  monitorar lipídios - Contaminação bacteriana
  • 28. • SÍNDROME DE INFUSÃO DO PROPOFOL - Bradicardia - Acidose lática - Insuficiência cardíaca - Hiperlipidemia - Rabdomiólise - Suspender a droga, cuidados de suporte e MP quando necessário
  • 29. • Sedativo, ansiolítico e analgesia leve, não produz depressão respiratória. • Início de ação: 1 a 3 min • Tempo de ação: 10 min • Geralmente usada em BIC • Necessita de ajuste para IH Apneia do sono ou DPOC, principalmente se em desmame de VM
  • 30. • Efeitos adversos: - Hipotensão (pior em hipovolêmicos) - Bradicardia (pior em idosos e bloqueio cardíaco avançado) - Agitação e “rebote simpático” (similar com a clonidina) - Evitar usar a droga com mais de 24h
  • 31. • Sedativo hipnótico de curta duração • Não analgésico • Utilizado para intervenções de curta duração (p.ex, intubação, procedimentos diagnósticos ou ambulatoriais) • Não altera a hemodinâmica do paciente • Risco de mioclonia • Início de ação: 15 a 45 segs • Duração do efeito: até 15 min
  • 32. • Bloqueio da transmissão na junção neuromuscular
  • 33. • Objetivos: - Acesso a via aérea - Adaptação à ventilação mecânica - Manipulação de paciente com hipertensão intracraniana - Medir variação de pressão de pulso Succinilcolina (Suxametônio) Pancurônio Atracúrio Cisatracúrio (Nibium) Antagonizados por Neostigminia Atropina Quelicin
  • 34. • Cuidado com as infusões prolongadas de sedativos e analgésicos! • Despertar diário • Avaliação do paciente agitado: 1. AMEAÇA IMEDIATA DE VIDA 2. DOR 3. ANSIEDADE 4. DELIRIUM
  • 35. • Manual de Residência de Medicina Intensiva – 3ª edição. Editora Manole, 2012 • Manual de Bolso de UTI – 3ª edição. Editora Atheneu, 2011. • Paciente Crítico: Diagnóstico e Tratamento – Hospital Sírio Libanês. Editora Manole, 2006. • Compêndio de UTI – 3ª edição. Editora Artmed, 2008. • Emergências Clínicas: Abordagem Prática – 8ª edição. Editora Manole.