O documento resume o estilo e as características principais da obra Til de José de Alencar. Apresenta o sentimentalismo, o descritivismo e a adjetivação carregada do autor. Também descreve elementos como o vocabulário regional, as falas do caipira e do escravo, e personagens complexos como Berta.
3. A contexto:
•A exploraç ão do elemento de servidão.
•A Lei do Ventre Livre (1871) > a liberdade a
filhos de escravos nascidos no Brasil.
•A valorizaç ão da vida no interior do país como
alternativa às grandes cidades.
4. As características da obra:
•3ª pessoa.
•O local: Santa Bárbara (principal).
•Os capítulos curtos que terminam num
momento de clímax.
•Os disfarces físicos: mudanç as de nomes das
personagens.
•O tempo psicoló gico: manipulado pelo autor
que torna o tempo passado sempre presente.
5. •O vocabulário regional e as falas do caipira e do
escravo.
“- Branco está de orelha em pé; pois olha,
Monjolo é negro de bem; quando ele dá sua
palavra e aperta dedo mindinho, estáacabado, é
como rabo de macaco: quebra, mas não solta
galho, por nada desta vida, nem que arrebente.”
6. • A figura feminina subverte a tradiç ão da
passividade: faz suas pró prias escolhas.
Berta X Besita
Personagens dinâmicos
Jão Fera
Assassino - Nobre
Fascínora - Salvador
Vingativo - Defensor
9. A divisão da obra: 2 partes
•A apresentaç ão de personagens e tramas.
(31 capítulos)
•Revelaç ão da trama apresentada.
(31 capitulos)
10.
O regionalismo:
“- Sô Filipe, venha alguma coisa que se
masque, para despregar a barriga do
espinhaço! exclamou um dos companheiros.
outro.
- E também que se chupite, para untar os
gorgomilhos, e consolar o peito! acudiu outro.”
11. Berta
“Contradiç ão viva, seu gênio é o ser e o não ser.
Busquem nela a graç a da moç a e encontrarão o
estouvamento do menino; porém mal se
apercebam da ilusão, que jáa imagem da mulher
despontaráem toda sua esplêndida fascinaç ão. A
antítese banal do anjo-demônio torna-se
realidade nela(...)”
12. “Jão Bugre ou Jão, como eu o chamava em
menino, a exemplo de outros, foi criado em
nossa casa; era afilhado de meu pai e até
chegou a servir-me de camarada. Depois
tornou-se um perverso; porém lembra-se dos
benefícios que recebeu de nossa família, e,
embora se mostrasse altaneiro comigo, acredito
que me respeita.
- Essa gente não é capaz de gratidão, Luís; ao
contrário, o benefício os humilha, e eles
revoltam-se contra o que chama uma injustiça
do mundo.”
13. A intertextualidade
“Afastando-se de Miguel para passar a
tronqueira, dera a menina ao talhe uma inflexão
sedutora. Daquela travessa rapariga, com ares
de diabrete, surgira de repente a mulher em
toda a brilhante fascinaç ão, na plenitude da
graç a irresistível que rapta a alma, e a arrasta
apó s si cativa como um despojo, de rojo pelo
chão e feliz de rojar-se- lhe aos pés.”
14. - Que têm você hoje? Chegam aqui ambos de
nariz torcido... Acaso viram borboleta preta no
caminho?
15. Miguel
(O contraponto a Jacinto)
“- Pensando bem, é melhor assim, disse ele a
Linda; se eu me formasse, teria ambiç ões que
não são para mim, e viria talvez a sofrer grandes
dissabores; enquanto que ficando no meu canto,
viverei tranquilo junto daqueles a quem amo.
Para que háde a gente afligir-se por coisas que
não valem senão dissabores, como vejo tantos
fazerem por aí?”
16. A associaç ão da natureza aos estados
de alma das personagens
“A estas últimas palavras, em que a voz da
menina sombreara-se com uma entonaç ão
afetuosa, o corpo robusto do capanga oscilou
com íntima e rija vibraç ão, como o pró cero
ibiratãquando a seiva exuberante irrompe
lascando-lhe o tronco.”
17. Berta e a aproximaç ão com a imagem de
Pombinha
“Tendo acomodado a galinha na sua capoeira
coberta de palhas e mudado a água do caco, a
menina que derramara pelo chão um punhado
de milho e couve, entreteve-se alguns instantes
a ver suas flores, umas jáde véspera abertas,
outras botão como ela, esperando o primeiro
raio de sol para desabrocham.”
18. Zana e a semelhanç a com Paula (O
cortiç o)
“Era uma preta velha, coberta apenas de uma
tanga de andrajos, e que resmoneava, batendo
a cabeç a com um movimento oscilató rio
semelhante ao do calangro. De tempo em tempo
desdobrava um dos braç os descarnados,
insinuava ligeiramente a mão pela espádua, e
fazia menç ão de matar uma pulga que
imaginava ter presa entre o polegar e o
indicador.”
19. Brás e a dificuldade de comunicaç ão
“Esta resposta do menino, deu-a ele com sua
fala particular, que era uma rouca explosão da
voz,despedida em ásperas e bruscas
articulações, como o rugido de um animal, ou a
blateração de um surdo-mudo.
A quem não estivesse muito habituado com
essa pronúncia desabrida e selvagem, seria
impossível discernir”