1. Setor de Ciências da Saúde.
Departamento de Estomatologia.
Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Curitiba – Paraná.
USO DE OLEATO DE MONOETANOLAMINA
PARA ESCLEROSE QUÍMICA EM PACIENTE
COM HEMANGIOMA INTRA-ORAL:
RELATO DE CASO
2. AUTORES: Elise Alves de MIRANDA1
Helena Laskawski KLEMBA2
Karine Fátima LYKO3
José Miguel AMENABAR4
Cassius Carvalho TORRES-PEREIRA5.
1 e 2 : Alunas da graduação em Odontologia pela UFPR;
3: Mestranda em Odontologia pela UFPR;
4: Professor das disciplinas de Estomatologia e Clínica Integrada de Odontologia da
UFPR; Professor Permanente do Programa de Pós-graduação em Odontologia da UFPR;
5: Professor das disciplinas de Estomatologia e Metodologia da Pesquisa em Saúde de
Odontologia da UFPR; Prof. Adjunto da UFPR na Graduação em Odontologia e no
Programa de Mestrado em Odontologia da UFPR;
Palavras-chave: Estomatologia; Hemangioma; Escleroterapia.
3. O hemangioma é considerado pela
Organização Mundial de Saúde como uma
neoplasia benigna vascular, cuja principal
característica é a proliferação de vasos
sanguíneos.
(Shaffer et al, 1987; Castro, 2000; Regezi & Sciubba,
2000; Neville et al, 2004; Ribas et al, 2004).
4. Sua etiologia está ligada a anomalias
congênitas, traumas físicos, estímulos
endócrinos e inflamatórios de etiologia
desconhecida.
(Anastassov & Escobar, 1998;
Barrett & Speight, 2000).
5. Sem predileção por raça, apresenta-se
como mancha ou nódulo arroxeado, cuja
coloração varia de vermelho intenso ao roxo,
de acordo com a localização e a profundidade
no tecido, além do grau de congestão do
mesmo.
(Regezi & Sciubba, 2000).
6. O tamanho é variável dependendo de
diversos fatores que incluem, entre outros,
idade do paciente e local da lesão. Em geral, é
relativamente flácido à palpação, podendo ser
circunscrito ou difuso apresentando-se plano
ou elevado, com superfície lisa ou nodular e,
na maioria das vezes, assintomático.
(Rocha et al, 2000).
8. ANAMNESE
• Paciente de 58 anos;
• Sexo feminino;
• Leucoderma;
• Encaminhada para a disciplina de
Estomatologia da UFPR com queixa de
“mancha no lábio inferior após
mordiscamento”.
9. • Mácula;
• Coloração arroxeada;
• Com limites bem definidos, medindo cerca de
5x3 milímetros.
• Sem sintomatologia dolorosa;
10. DIAGNÓSTICO
Estabelecido de forma simples e segura por:
– anamnese;
– exame clínico;
– manobras semiotécnicas, como a
vitropressão, que são conclusivas na
maioria dos casos.
(Boraks, 2001).
11. VITROPRESSÃO
• O hemangioma adquire coloração
pálida, diminuindo de tamanho devido
ao esvaziamento vascular.
(Rocha et al, 2000).
12. Durante o exame de diascopia positivo evidenciou um
esmaecimento da coloração arroxeada;
13. TRATAMENTO
Inclui desde a proservação, radioterapia,
eletrocoagulação, aplicação de laser,
crioterapia, embolização, cirurgia e
escleroterapia.
(Spyrides et al, 2001).
14. CONDUTA TERAPÊUTICA
A localização, tamanho, condição sistêmica
da paciente e apelo estético determinaram a
indicação com esclerose química da lesão.
15. TRATAMENTO
Consistiu na injeção de 0,05mL de agente
esclerosante - Ethamolin® (oleato de
monoetanolamina a 5%) em 4 sessões.
20. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como descrito na literatura, o hábito de
morder o lábio inferior é um possível fator
etiológico de natureza física, envolvido na
formação do hemangioma.
(Anastassov, 1998; Barrett & Speight, 2000).
21. Estudos relatam que mais de 50% dos
hemangiomas ocorrem na região de cabeça e
pescoço, tendo predileção pelos lábios.
(Archard, 1980; Ling, 1986; Shaffer et
al, 1987; Regezi & Sciubba, 2000).
22. O presente relato reforça a indicação da
literatura de que o tratamento esclerosante é
de fácil execução, rápido e dispensa manobras
invasivas.
23. A semiotécnica de vitropressão contribui
para o diagnóstico clínico e a aplicação de
agente esclerosante resulta em um
prognóstico favorável, com redução
considerável da coloração original.
24. REFERÊCIAS
• Seo J, Utumi ER, Zambom CE, Pedron IG, Rocha AC.
Escleroterapia de hemangioma labial. Revista Odonto. v.
17, n. 34, jul./dez 2009.
• Pedron IG, Carnaval TG, Loureiro CCS, Utumi ER,
Magalhães JCA, Adde CA. Opção terapêutica de
hemangioma labial. Rev Inst Ciênc Saúde. 26(4):477-81,
2008.
• Cruz FLG, Carvalho RF, Carvalho MF, Sales LAR, Devito
KL. Diagnóstico diferencial de hemangioma por meio da
vitropressão. Revista Gaúcha Odontol.
(Online) vol.59 no.1 Porto Alegre Jan./Mar. 2011.