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MUSEU MUNICIPAL DE COIMBRA 
/ EDIFíCIO CHIADO 
3ª a 6ª feira das 10H00 às 18h00 | Sábados e Domingos das 10h00 às 13h00 e das 
14h00 às 18h00 | Encerra à 2ª feira e aos feriados 
11 de outubro de 2014 a 
25 de janeiro de 2015 
Entrada livre | inauguração dia 11 de outubro, sábado, às 16H00 
Chuva Vasco 
Less is more: 
é mentira 
Quando Robert Browning propõe less is more, e mais tarde Mies van der Rohe anuncia o minimalismo, fazendo uso dessa máxima, 
pressupunha-se um entendimento fenomenológico sediado na experiência artística. “Less is more: É MENTIRA” é indicador da 
importância dada à função semiótica dos constituintes formais, realçando, a contrario sensu, a sua inutilidade enquanto objecto 
comunicacional. Trata-se de uma declinação [moderadamente acentuada] do espaço ilusionista, e do entendimento contextual das 
formas, com absoluta valorização do espaço exterior ao plano do quadro, na geração de toda a significação atribuída à obra. (Chuva Vasco)
MUSEU MUNICIPAL DE COIMBRA 
/ EDIFíCIO CHIADO 
3ª a 6ª feira das 10H00 às 18h00 | Sábados e Domingos 
das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 | Encerra 
à 2ª feira e aos feriados 
11 de outubro de 2014 a 
25 de janeiro de 2015 
Nas duas últimas décadas vimos desenvolverem-se atitudes artísti-cas 
que podemos classificar de críticas, e que numa tradição con-temporânea 
mencionamos de citacionais. A obra de Chuva Vasco, 
pelo contrário, explora a raiz dos factores de ponderação estética, 
numa vertente incomunicacional. Predomina uma cor mais autênti-ca, 
longe do fervor publicitário e semáforos urbanos, deste modo, 
procura no dramatismo cromático, valores essenciais capazes de 
convencionar esteticamente uma dimensão incomensurável. 
Por outro lado, a sua obra assume-se claramente definida como 
sendo dispositivos cénicos, não porque representam discursos, 
mas porque se destinam a ser actividade, pressupondo esta acção, 
como um conjunto de actos ligados ordenadamente para a realiza-ção 
de um determinado fim, mas também para funcionarem como 
activadores de contemplação, algo que assume terminantemente. 
Chuva Vasco trabalha frequentemente com os materiais saídos 
da vida quotidiana. Estes materiais, não sendo nobres, são trans-formados 
graças às operações técnicas colocadas em obra, que 
se orientam numa procura simples e minimalista. Porém, na sua 
aparente simplicidade, estes desígnios colocam em causa a figura-ção, 
o volume, a forma, e ainda a construção, através da noção de 
escala e modelo/padrão. 
O seu trabalho é concebido como uma série de experiências técni-cas, 
realizadas na urgência de uma necessidade, com uma defini-ção 
pouco precisa, mas onde os materiais e os princípios estrutu-rais 
que os liga, exprimem a sua própria lógica. A beleza das suas 
formas provém, então, de uma necessidade intrínseca precisa, que 
mistura a necessidade dos materiais, necessidade de espaço/lugar 
e necessidade contextual, para construírem uma ficção minimalista 
que nos recorda o gosto das pequenas sensações. 
O artista executa a sua obra segundo um processo de criação estri-to 
que estabelece, seguindo regras pré-definidas e bem categoriza-das, 
em prol de uma composição bem estruturada, aliada a formas 
geométricas concretas. Este longo processo de categorização dos 
motivos/realidades/temas, obedecendo aos princípios do sistema 
de criação minimalista, liga-se a uma abordagem que releva a feno-menologia 
da experiência e da vivência humana, onde se instalam 
relações entre a obra, o espaço, e o fruidor. Tratando-se de uma 
arte de redução, de austeridade estilística, e de forma depurada e 
gesto artístico neutro, reflecte-se inevitavelmente na forma como 
estimula o observador. 
Chuva Vasco incute um elegante maneirismo que o auto-celebra e 
clarifica a experiência artística, livrando-a de todos os ornamentos 
de que pode prescindir. Este agir, e saber-fazer, é suposto trazer o 
olhar do fruidor sobre o objecto, onde a visão do que deve ver, é a 
mais límpida possível – incontestavelmente, uma forma intransitiva 
de ver. 
Contrariamente ao expressionismo abstracto, Chuva Vasco é fas-cinado 
pela produção industrial, desobrigando a obra, do gesto do 
artista, permitindo-lhe uma produção/criação estandardizada. Não 
se entenda porém, que esta uniformização dos paradigmas que se-gue, 
está ligada à sociedade de consumo e à explosão técnica, mui-to 
pelo contrário, Chuva Vasco não se desvincula totalmente dos 
valores gestuais, sendo frequentemente notada nalgumas obras, a 
perenidade do gesto e a ordem estabelecida, associada ao desa-parecimento 
do ilusionismo pictural, o que é claramente um factor 
diferenciador de todos os seus trabalhos. 
A sua obra, pelos seus apontamentos ritmados, e pelas repetições 
e variações numa ordem estrita, aproxima-se do minimalismo mu-sical 
de In C, de Terry Riley. O recurso aos processos sistemáticos 
de composição, de estrutura repetitiva e pulsar regular, lembra-nos 
“ultimate paintings” de Ad Reinhardt, e a geometria de Stella, saídos 
do construtivismo russo. Artista provecto, Chuva Vasco afirma-se 
um formalista processual, o homo faber que artificializa o desenvol-vimento 
de instrumentos de construção pictórica, e simultaneamen-te, 
homo sapiens, que coloca o acento no conteúdo minimalista das 
suas obras e no processo intelectual que lhes dá vida. 
Rako 
LESS IS MORE: 
É MENTIRA 
Entrada livre 
inauguração dia 11 de outubro, sábado, às 16H00 
Chuva Vasco 
Less is more: 
é mentira 
Quando Robert Browning propõe less is more, e mais tarde Mies 
van der Rohe anuncia o minimalismo, fazendo uso dessa máxima, 
pressupunha-se um entendimento fenomenológico sediado na 
experiência artística. “Less is more: É MENTIRA” é indicador da 
importância dada à função semiótica dos constituintes formais, 
realçando, a contrario sensu, a sua inutilidade enquanto objecto 
comunicacional. Trata-se de uma declinação [moderadamente 
acentuada] do espaço ilusionista, e do entendimento contextual das 
formas, com absoluta valorização do espaço exterior ao plano do 
quadro, na geração de toda a significação atribuída à obra. (Chuva Vasco)
Chuva Vasco nasceu na Figueira da 
Foz, em 1971. 
Unidades de Investigação 
Desde 2011 
Investigador colaborador do Centro 
Interdisciplinar de Investigação e 
Inovação (C3i, Portalegre). 
Desde 2009 
Investigador Integrado do Instituto 
de Investigação em Design, Media e 
Cultura (ID+, Aveiro). 
Habilitações académicas 
Desde 2010 
Pós-Doutoramento, sob o tema 
Arte, ciência e tecnologia – 
telemática, pelo Departamento 
de Arte e Comunicação da 
Universidade de Aveiro. 
2003 – 2009 
Doutoramento em Estudos de Arte, 
sob o tema Teoria de arte: Arte e 
comunicação, pelo Departamento 
de Comunicação e Arte da 
Universidade de Aveiro. 
Bolseiro, em regime de 
exclusividade, da Fundação para a 
Ciência e a Tecnologia (FCT). 
1997 - 2002 
Licenciatura em Pintura, pela Escola 
Universitária das Artes de Coimbra. 
Experiência profissional 
2010 – 2011 
Professor auxiliar convidado, na 
Universidade de Aveiro 
– Departamento de Educação. 
2010 
Professor adjunto convidado, na 
Escola Superior de Tecnologia e 
Gestão do Instituto Politécnico 
de Portalegre. 
2009 – 2010 
Professor dos 2º e 3º ciclos 
do ensino básico e do ensino 
secundário, na Escola EB 2/3 D. 
Afonso Henriques, Guimarães. 
2008 – 2009 
Professor dos 2º e 3º ciclos 
do ensino básico e do ensino 
secundário, na Escola EBI de 
Abrigada, Alenquer. 
2002 – 2003 
Professor dos 2º e 3º ciclos 
do ensino básico e do ensino 
secundário, na Escola EB2/3 
Veríssimo Pedrosa, Paião, Figueira 
da Foz. 
2002 - 2003 
Estágio profissional, no Museu 
Municipal Santos Rocha, Figueira 
da Foz. 
Principais Exposições 
individuais e coletivas 
nacionais ou 
internacionais 
Exposições individuais 
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• Instituto Camões de Nova Delhi, 
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2005 
• Instituto Camões de Cabo Verde. 
• Instituto Camões de Moçambique. 
2003 
• Galeria Minerva, Coimbra. 
2001 
• Museu Municipal Dr. Santos 
Rocha, Figueira da Foz. 
1999 
• Sala de exposições do posto de 
turismo da Figueira da Foz. 
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2013 
• Exposição “passagens 
contemporâneas, doações ao 
município de Coimbra” no Museu 
Municipal de Coimbra | Edifício 
Chiado, Coimbra. 
2009 
• Exposição da Bienal Internacional 
de Artes da Fundação Rotária 
Portuguesa, Museu da Água, 
Coimbra. 
2008 
• Exposição “Sua majestade o Rei”, 
Museu do Vinho, Anadia. 
2005 
• IV Bienal de Artes Plásticas, 
Prémio Thomaz de Mello, Nazaré. 
• Exposição “D. Catarina de 
Bragança. 
– Imagens Contemporâneas”, 
Academia Militar, Lisboa. 
• Exposição “Inês de Castro e 
D. Pedro”, Quinta das Lágrimas, 
Coimbra. 
2004 
• Exposição no Museu do Ciclismo, 
Caldas da Rainha. 
• Exposição “III Prémio Baviera de 
Artes Plásticas”, Museu da Bienal 
de Cerveira, Vila Nova de Cerveira. 
• Exposição “Solubility: Art and 
Science”, Universidade de Aveiro. 
2003 
• Exposição na Galeria Paletro, 
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• XII Bienal Internacional de Arte de 
Vila Nova de Cerveira. 
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• Exposição “Contemporâneos II” 
no Museu do Vidro da Marinha 
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• VII Bienal de artes plásticas do 
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• Exposição na galeria Grade, 
Coimbra. 
• “Alguns Quadros”, exposição na 
galeria do Campus Universitário 
da EUAC. 
• Exposição “Sinais - 25 de Abril”, 
Casa Municipal da Cultura de 
Coimbra. 
• Exposição de intercâmbio 
Coimbra/Salamanca, na Sala da 
Cidade de Coimbra. 
• Exposição do concurso “prémio 
de pintura e escultura D. Fernando 
II” – Espaço Cultural Casal de 
S. Domingos, Sintra. 
• Exposição “prémio Baviera de 
pintura”- Alfândega do Porto, 
Porto. 
• 4ª Bienal de artes Plásticas da 
Marinha Grande. 
• Exposição na Galeria 57, Leiria. 
• 2ª Bienal de Pintura de Penafiel, 
Penafiel. 
• 9ª Feira de Artes Plásticas 
– Exposalão, Batalha. 
• Exposição no Clube Militar de 
Macau, Macau. 
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• Exposição do concurso “6º 
prémio de pintura Fidelidade” 
– Fundação da Juventude - Casa 
da Companhia, Porto e Teatro 
Municipal Baltazar Dias, Funchal 
(exposição itinerante). 
• Exposição na Galeria 57, Leiria. 
• Exposição do concurso 
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2001 capital da cultura, Porto. 
• Exposição do concurso “prémio 
de pintura e escultura D. Fernando 
II” – Espaço cultural Casal de S. 
Domingos, Sintra. 
• Instalação no Museu Nacional 
Machado de Castro, Coimbra. 
• XXIII Salão de Outono de Pintura 
Iberoamericano de Plasencia, 
Palácio Episcopal, Espanha. 
• Exposição no Museu Indústria 
Chapelaria, São João da Madeira. 
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• Exposição “prémio Baviera de 
pintura”- Casa de Serralves, 
Porto. 
• Exposição do concurso “prémio 
de pintura e escultura D. Fernando 
II – IV edição 2000” – espaço 
cultural Casal de S. Domingos, 
Sintra. 
• Exposição do concurso “6º 
prémio de pintura Fidelidade”- 
Culturgest, Lisboa. 
• Exposição do concurso “Pintores 
no rio Mondego” na galeria 
Almedina, Coimbra. 
1999 
• 3ª Bienal de arte da Fundação 
Cupertino de Miranda, Vila Real. 
Prémios 
• 1º Prémio na Bienal internacional 
de Pintura organizada pela 
Fundação Rotária Portuguesa 
(2009). 
• Menção Honrosa na 2ª Bienal de 
Pintura de Penafiel (2002). 
• 2º Prémio de pintura no 
concurso de pintura “pintores 
no rio Mondego”, atribuído pela 
Associação Nacional de Artistas 
Plásticos (ANAP), e pela Região 
de Turismo do Centro. Exposição 
na galeria Almedina, Coimbra 
(2000). 
• 2º Prémio e menção honrosa no 
concurso de fotografia da EUAC, 
no tema “olhares íntimos dos 
edifícios” (1999). 
• 2º Prémio e menção honrosa no 
concurso de fotografia da EUAC, 
no tema “vista geral dos edifícios” 
(1999). 
Representações 
Pintura 
• Escola Prática de Serviços e 
Transportes. 
• Câmara Municipal da Figueira 
da Foz. 
• Museu de Arte Contemporânea de 
Vila Nova de Cerveira. 
• Museu do Vidro da Marinha 
Grande. 
• Junta de Freguesia da Tocha. 
• Associação Nacional de Artistas 
Plásticos (ANAP). 
• Região de Turismo do Centro. 
• Fundação Rotária Portuguesa. 
• Câmara Municipal de Vendas 
Novas. 
Fotografia 
• Arquivo fotográfico do Museu 
Municipal Dr. Santos Rocha, 
Figueira da Foz. 
• Biblioteca Municipal José 
Saramago, Beja. 
Diversas representações 
particulares, nacionais e 
estrangeiras. 
Referenciado 
em bibliografia 
• d’ARCOS, José [Coord.] - Guia 
D’Arte 2009 – Lisboa: Guimarães 
Editores e Artes & Leilões, 2009. 
• ROSA, Arsénio; ROSA, Susana 
[Coords.] - Anuário luso-brasileiro, 
pintura em Portugal – Brasil 2003. 
Lisboa: Universitária Editora, 
2003. 
• AA.VV. - Guia das artes visuais e 
do espectáculo. Lisboa: Instituto 
das Artes/Ministério da Cultura, 
2006. 
• MACHADO, José [Coord.] - 
Directório de Arte 2001/2002. 
Lisboa: Edições Arrábida, [s.d.]. 
Referenciado em diversos 
catálogos.

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Less is more: É MENTIRA, da autoria de Chuva Vasco | Coimbra | 11 de Outubro a 25 de Janeiro

  • 1. MUSEU MUNICIPAL DE COIMBRA / EDIFíCIO CHIADO 3ª a 6ª feira das 10H00 às 18h00 | Sábados e Domingos das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 | Encerra à 2ª feira e aos feriados 11 de outubro de 2014 a 25 de janeiro de 2015 Entrada livre | inauguração dia 11 de outubro, sábado, às 16H00 Chuva Vasco Less is more: é mentira Quando Robert Browning propõe less is more, e mais tarde Mies van der Rohe anuncia o minimalismo, fazendo uso dessa máxima, pressupunha-se um entendimento fenomenológico sediado na experiência artística. “Less is more: É MENTIRA” é indicador da importância dada à função semiótica dos constituintes formais, realçando, a contrario sensu, a sua inutilidade enquanto objecto comunicacional. Trata-se de uma declinação [moderadamente acentuada] do espaço ilusionista, e do entendimento contextual das formas, com absoluta valorização do espaço exterior ao plano do quadro, na geração de toda a significação atribuída à obra. (Chuva Vasco)
  • 2. MUSEU MUNICIPAL DE COIMBRA / EDIFíCIO CHIADO 3ª a 6ª feira das 10H00 às 18h00 | Sábados e Domingos das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 | Encerra à 2ª feira e aos feriados 11 de outubro de 2014 a 25 de janeiro de 2015 Nas duas últimas décadas vimos desenvolverem-se atitudes artísti-cas que podemos classificar de críticas, e que numa tradição con-temporânea mencionamos de citacionais. A obra de Chuva Vasco, pelo contrário, explora a raiz dos factores de ponderação estética, numa vertente incomunicacional. Predomina uma cor mais autênti-ca, longe do fervor publicitário e semáforos urbanos, deste modo, procura no dramatismo cromático, valores essenciais capazes de convencionar esteticamente uma dimensão incomensurável. Por outro lado, a sua obra assume-se claramente definida como sendo dispositivos cénicos, não porque representam discursos, mas porque se destinam a ser actividade, pressupondo esta acção, como um conjunto de actos ligados ordenadamente para a realiza-ção de um determinado fim, mas também para funcionarem como activadores de contemplação, algo que assume terminantemente. Chuva Vasco trabalha frequentemente com os materiais saídos da vida quotidiana. Estes materiais, não sendo nobres, são trans-formados graças às operações técnicas colocadas em obra, que se orientam numa procura simples e minimalista. Porém, na sua aparente simplicidade, estes desígnios colocam em causa a figura-ção, o volume, a forma, e ainda a construção, através da noção de escala e modelo/padrão. O seu trabalho é concebido como uma série de experiências técni-cas, realizadas na urgência de uma necessidade, com uma defini-ção pouco precisa, mas onde os materiais e os princípios estrutu-rais que os liga, exprimem a sua própria lógica. A beleza das suas formas provém, então, de uma necessidade intrínseca precisa, que mistura a necessidade dos materiais, necessidade de espaço/lugar e necessidade contextual, para construírem uma ficção minimalista que nos recorda o gosto das pequenas sensações. O artista executa a sua obra segundo um processo de criação estri-to que estabelece, seguindo regras pré-definidas e bem categoriza-das, em prol de uma composição bem estruturada, aliada a formas geométricas concretas. Este longo processo de categorização dos motivos/realidades/temas, obedecendo aos princípios do sistema de criação minimalista, liga-se a uma abordagem que releva a feno-menologia da experiência e da vivência humana, onde se instalam relações entre a obra, o espaço, e o fruidor. Tratando-se de uma arte de redução, de austeridade estilística, e de forma depurada e gesto artístico neutro, reflecte-se inevitavelmente na forma como estimula o observador. Chuva Vasco incute um elegante maneirismo que o auto-celebra e clarifica a experiência artística, livrando-a de todos os ornamentos de que pode prescindir. Este agir, e saber-fazer, é suposto trazer o olhar do fruidor sobre o objecto, onde a visão do que deve ver, é a mais límpida possível – incontestavelmente, uma forma intransitiva de ver. Contrariamente ao expressionismo abstracto, Chuva Vasco é fas-cinado pela produção industrial, desobrigando a obra, do gesto do artista, permitindo-lhe uma produção/criação estandardizada. Não se entenda porém, que esta uniformização dos paradigmas que se-gue, está ligada à sociedade de consumo e à explosão técnica, mui-to pelo contrário, Chuva Vasco não se desvincula totalmente dos valores gestuais, sendo frequentemente notada nalgumas obras, a perenidade do gesto e a ordem estabelecida, associada ao desa-parecimento do ilusionismo pictural, o que é claramente um factor diferenciador de todos os seus trabalhos. A sua obra, pelos seus apontamentos ritmados, e pelas repetições e variações numa ordem estrita, aproxima-se do minimalismo mu-sical de In C, de Terry Riley. O recurso aos processos sistemáticos de composição, de estrutura repetitiva e pulsar regular, lembra-nos “ultimate paintings” de Ad Reinhardt, e a geometria de Stella, saídos do construtivismo russo. Artista provecto, Chuva Vasco afirma-se um formalista processual, o homo faber que artificializa o desenvol-vimento de instrumentos de construção pictórica, e simultaneamen-te, homo sapiens, que coloca o acento no conteúdo minimalista das suas obras e no processo intelectual que lhes dá vida. Rako LESS IS MORE: É MENTIRA Entrada livre inauguração dia 11 de outubro, sábado, às 16H00 Chuva Vasco Less is more: é mentira Quando Robert Browning propõe less is more, e mais tarde Mies van der Rohe anuncia o minimalismo, fazendo uso dessa máxima, pressupunha-se um entendimento fenomenológico sediado na experiência artística. “Less is more: É MENTIRA” é indicador da importância dada à função semiótica dos constituintes formais, realçando, a contrario sensu, a sua inutilidade enquanto objecto comunicacional. Trata-se de uma declinação [moderadamente acentuada] do espaço ilusionista, e do entendimento contextual das formas, com absoluta valorização do espaço exterior ao plano do quadro, na geração de toda a significação atribuída à obra. (Chuva Vasco)
  • 3. Chuva Vasco nasceu na Figueira da Foz, em 1971. Unidades de Investigação Desde 2011 Investigador colaborador do Centro Interdisciplinar de Investigação e Inovação (C3i, Portalegre). Desde 2009 Investigador Integrado do Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura (ID+, Aveiro). Habilitações académicas Desde 2010 Pós-Doutoramento, sob o tema Arte, ciência e tecnologia – telemática, pelo Departamento de Arte e Comunicação da Universidade de Aveiro. 2003 – 2009 Doutoramento em Estudos de Arte, sob o tema Teoria de arte: Arte e comunicação, pelo Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro. Bolseiro, em regime de exclusividade, da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). 1997 - 2002 Licenciatura em Pintura, pela Escola Universitária das Artes de Coimbra. Experiência profissional 2010 – 2011 Professor auxiliar convidado, na Universidade de Aveiro – Departamento de Educação. 2010 Professor adjunto convidado, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Portalegre. 2009 – 2010 Professor dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, na Escola EB 2/3 D. Afonso Henriques, Guimarães. 2008 – 2009 Professor dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, na Escola EBI de Abrigada, Alenquer. 2002 – 2003 Professor dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, na Escola EB2/3 Veríssimo Pedrosa, Paião, Figueira da Foz. 2002 - 2003 Estágio profissional, no Museu Municipal Santos Rocha, Figueira da Foz. Principais Exposições individuais e coletivas nacionais ou internacionais Exposições individuais 2006 • Biblioteca da Universidade de Brasília, Brasil. • Instituto Camões de Nova Delhi, Índia. 2005 • Instituto Camões de Cabo Verde. • Instituto Camões de Moçambique. 2003 • Galeria Minerva, Coimbra. 2001 • Museu Municipal Dr. Santos Rocha, Figueira da Foz. 1999 • Sala de exposições do posto de turismo da Figueira da Foz. Exposições coletivas 2013 • Exposição “passagens contemporâneas, doações ao município de Coimbra” no Museu Municipal de Coimbra | Edifício Chiado, Coimbra. 2009 • Exposição da Bienal Internacional de Artes da Fundação Rotária Portuguesa, Museu da Água, Coimbra. 2008 • Exposição “Sua majestade o Rei”, Museu do Vinho, Anadia. 2005 • IV Bienal de Artes Plásticas, Prémio Thomaz de Mello, Nazaré. • Exposição “D. Catarina de Bragança. – Imagens Contemporâneas”, Academia Militar, Lisboa. • Exposição “Inês de Castro e D. Pedro”, Quinta das Lágrimas, Coimbra. 2004 • Exposição no Museu do Ciclismo, Caldas da Rainha. • Exposição “III Prémio Baviera de Artes Plásticas”, Museu da Bienal de Cerveira, Vila Nova de Cerveira. • Exposição “Solubility: Art and Science”, Universidade de Aveiro. 2003 • Exposição na Galeria Paletro, Coimbra. • XII Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira. • PortoArte - Feira Internacional de Arte Contemporânea, Porto. • Exposição “Contemporâneos II” no Museu do Vidro da Marinha Grande. 2002 • VII Bienal de artes plásticas do Montijo. • Exposição na galeria Grade, Coimbra. • “Alguns Quadros”, exposição na galeria do Campus Universitário da EUAC. • Exposição “Sinais - 25 de Abril”, Casa Municipal da Cultura de Coimbra. • Exposição de intercâmbio Coimbra/Salamanca, na Sala da Cidade de Coimbra. • Exposição do concurso “prémio de pintura e escultura D. Fernando II” – Espaço Cultural Casal de S. Domingos, Sintra. • Exposição “prémio Baviera de pintura”- Alfândega do Porto, Porto. • 4ª Bienal de artes Plásticas da Marinha Grande. • Exposição na Galeria 57, Leiria. • 2ª Bienal de Pintura de Penafiel, Penafiel. • 9ª Feira de Artes Plásticas – Exposalão, Batalha. • Exposição no Clube Militar de Macau, Macau. 2001 • Exposição do concurso “6º prémio de pintura Fidelidade” – Fundação da Juventude - Casa da Companhia, Porto e Teatro Municipal Baltazar Dias, Funchal (exposição itinerante). • Exposição na Galeria 57, Leiria. • Exposição do concurso “Divisões”, integrado na Porto 2001 capital da cultura, Porto. • Exposição do concurso “prémio de pintura e escultura D. Fernando II” – Espaço cultural Casal de S. Domingos, Sintra. • Instalação no Museu Nacional Machado de Castro, Coimbra. • XXIII Salão de Outono de Pintura Iberoamericano de Plasencia, Palácio Episcopal, Espanha. • Exposição no Museu Indústria Chapelaria, São João da Madeira. 2000 • Exposição “prémio Baviera de pintura”- Casa de Serralves, Porto. • Exposição do concurso “prémio de pintura e escultura D. Fernando II – IV edição 2000” – espaço cultural Casal de S. Domingos, Sintra. • Exposição do concurso “6º prémio de pintura Fidelidade”- Culturgest, Lisboa. • Exposição do concurso “Pintores no rio Mondego” na galeria Almedina, Coimbra. 1999 • 3ª Bienal de arte da Fundação Cupertino de Miranda, Vila Real. Prémios • 1º Prémio na Bienal internacional de Pintura organizada pela Fundação Rotária Portuguesa (2009). • Menção Honrosa na 2ª Bienal de Pintura de Penafiel (2002). • 2º Prémio de pintura no concurso de pintura “pintores no rio Mondego”, atribuído pela Associação Nacional de Artistas Plásticos (ANAP), e pela Região de Turismo do Centro. Exposição na galeria Almedina, Coimbra (2000). • 2º Prémio e menção honrosa no concurso de fotografia da EUAC, no tema “olhares íntimos dos edifícios” (1999). • 2º Prémio e menção honrosa no concurso de fotografia da EUAC, no tema “vista geral dos edifícios” (1999). Representações Pintura • Escola Prática de Serviços e Transportes. • Câmara Municipal da Figueira da Foz. • Museu de Arte Contemporânea de Vila Nova de Cerveira. • Museu do Vidro da Marinha Grande. • Junta de Freguesia da Tocha. • Associação Nacional de Artistas Plásticos (ANAP). • Região de Turismo do Centro. • Fundação Rotária Portuguesa. • Câmara Municipal de Vendas Novas. Fotografia • Arquivo fotográfico do Museu Municipal Dr. Santos Rocha, Figueira da Foz. • Biblioteca Municipal José Saramago, Beja. Diversas representações particulares, nacionais e estrangeiras. Referenciado em bibliografia • d’ARCOS, José [Coord.] - Guia D’Arte 2009 – Lisboa: Guimarães Editores e Artes & Leilões, 2009. • ROSA, Arsénio; ROSA, Susana [Coords.] - Anuário luso-brasileiro, pintura em Portugal – Brasil 2003. Lisboa: Universitária Editora, 2003. • AA.VV. - Guia das artes visuais e do espectáculo. Lisboa: Instituto das Artes/Ministério da Cultura, 2006. • MACHADO, José [Coord.] - Directório de Arte 2001/2002. Lisboa: Edições Arrábida, [s.d.]. Referenciado em diversos catálogos.