SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 37
Descargar para leer sin conexión
FUNDAMENTOS
      DO DESENHO
 E DA IMAGEM
      DIGITAL
Profª Venise Melo/UFMS
              AULA02
videoarte
vídeo-instalações
Tentativa de mapeamento (breve) da
produção artística no campo de intersecção
entre arte, ciência e tecnologia:

1. Arte em movimento (cinética)
2. Arte e meios de comunicação (videoarte)
3. Arte e computador (Hipermídia ou webart)
Toda arte é feita com os meios de seu tempo.
Por que então o artista de nosso tempo
recusaria o vídeo, o computador, a Internet, os
programas de modelação, processamento e
edição de imagem, a engenharia genética?
Desde suas primeiras experiências, a videoarte
sempre esteve marcada por figuras
normalmente avessas à comunicação, como o
ruído, a distorção, a metamorfose.


APROPRIAÇÃO E SUBVERSÃO DO MEIO
Ao contrário do cinema, A VIDEOARTE não
está interessada em encenar uma história,
em apresentar uma narrativa, seja ela linear,
fragmentada ou labiríntica.

INACABADA
DESCONTÍNUA
FRAGMENTADA
DISPERSA
VIDEOARTE:
imagem distorcida, decomposta,
suja, sobreposta e desintegrada.
IMAGEM RENASCIDA
Na VIDEOARTE, portanto, é a própria
imaterialidade que importa, a imagem não
mais como janela para o mundo, mas como
realidade em si mesma, como um mundo
próprio dotado de matéria, corpo, textura
própria.

O grande convidado, neste domínio, é
o corpo, o sensível, o sentir.
Grupo FLUXUS
O Grupo Fluxus foi um movimento de artistas,
  músicos, cineastas, escritores liderados por
  George Maciunas, que marcou as artes das
  décadas de 1960 e 1970, influenciadas por
              Marcel Duchamp e John Cage.
Livrem o mundo da doença burguesa ,da
               cultura "intelectual", profissional e
comercializada. Livrem o mundo da arte morta,
  da imitação, da arte artificial, da arte abstrata.
   Promovam uma arte viva, uma antiarte, uma
realidade não artística , para ser compreendida
por todos, não apenas pelos críticos, diletantes
   e profissionais. Aproximem e amalgamem os
 revolucionários culturais, sociais e políticos em
                       uma frente unida de ação.
              (Maciunas apud WOOD, 2001:23)
Arte múltipla
   Valorizando a criação coletiva, esses
            artistas integravam diferentes
     linguagens como música, cinema e
dança, se manifestando principalmente
 através de performances, happenings,
       instalações, entre outros suportes
 transitórios e inovadores para a época

                                    01
Objetivo
  de criar composições não-narrativas e
        aleatórias, incorporando ruídos e
    interferências, inspirou os artistas na
tentativa de dialogar com o cotidiano em
                           seus trabalhos.
Transdiciplinaridade (hibridismo)
Projetos colaborativos
Postura anti-arte
Arte anti-institucionalista
Crítica ao modernismo
Obra aberta a interpretações
Acaso
Arte e cotidiano (aproximação)
Arte evento e processo (efemeridade)
Arte e vida
Arte instalada, parte do espaço cotidiano
Arte para ser vivenciada
Performance/happening/ instalações e
videoarte
Referências
                 Movimento Dadaísta
             Obra de Marcel Duchamp


              Contestação dos valores
Apropriação de elementos do cotidiano
A arte deve ser compreendida, por isso
               deve estar no cotidiano.
John Cage
 Joseph Beuys
   Wolf Vostell
Nam June Paik
     Yoko Ono
  entre outros.
Videoarte
         Surgiu na década de 1960,
 como meio artístico, num contexto
no qual os artistas procuravam uma
          arte contrária à comercial.
          Entre seus princípios está
                  a crítica à televisão
contra-televisão
 Os artistas do Grupo Fluxus
         procuravam, através
          dos novos suportes
      audiovisuais, criar uma
espécie de “contra-televisão”.
    Subversão do meio.
Flux Films   02
Nam June Paike
Experimentalismo
distorções do fluxo televisivo

                           03
Paik foi o primeiro artista a enxergar no
  vídeo uma mídia maleável, fluída, uma
forma capaz de abandonar as estruturas
    discursivas formais e de operar a um
                 nível mais transcendente.
Wolf Vostell
Television Decollage

                04
A Videoarte gera uma comunicabilidade
 plena,livre das leis de perspectiva, das
    regras de composição, das amarras
                   sintáticas tradicionais.
Conceitualismo,
    experimentalismo
 Ações performáticas,
produção de sentidos,
          VIVÊNCIA.
Artistas pós década 70
2ª Geração Videoarte
1ª pessoa, intimista e performática
Ed Emshwiller 5
Bruce Nauman 6
      Bill Viola 7
   entre outros.
Viola propõe pensarmos no potencial
      estético da imagem, no uso dos
     componentes de montagem e do
  vídeo para incitar efeitos por vezes
destituídos de uma lógica cronológica
                   “narrativa” ou “real”.
Artistas pós década 80
3ª Geração Videoarte
  O ambiente faz parte da obra:
              videoinstalações
Gary Hill 8
Douglas Gordon 9
   Pipilotti Rist 10
  Tony Oursler 11
        entre outros
A Videoarte se transforma em
  video-instalação: arte multimídia, múltipla.
      A complexidade do espaço, da luz, do
plano, da forma, do som, do movimento, do
  homem e das múltiplas possibilidades de
            combinar todos estes elementos.
      Tudo convergindo para o sensorial, os
       sentidos sendo levados ao hipertudo.
  Múltiplas telas e projeções com o objetivo
             de expandir o horizonte visual e
          intensificar a experiência sensorial
Videoarte Nova Geração
          Eder Santos  12


          Kika Nicolela13


          igor Amin
                  14
Outros exemplos:
         profª Venise 15 (Digineurais e
Todos os corpos no mesmo espaço 16)
                            e anônimo.
para assitir:
                    http://www.arthurtuoto.com/

                http://bek.no/~hc/dowloads.htm

         http://brocolis.org/videoarte/home.htm

http://www.iar.unicamp.br/pesquisas/videoartedi
                     gital/videointernetarga.htm
O lugar da representação e do sujeito é
                questionado, re-trabalhado,
 redimensionado. As novas tecnologias de
imagem permitem a criação de um espaço
      e de objetos, sem recurso a qualquer
materialidade prévia, sem qualquer relação
                 a referentes preexistentes.
A videoarte surge como o meio privilegiado
      no qual o artista pode expor as suas
obsessões, fragilidades, sonhos; explorar a
       sua fisicalidade, exorcizar das suas
    memórias, medos, fobias etc., de forma
                intima, autônoma e privada.
Longe de se deixar escravizar pelas
         normas de trabalho, pelos modos
       estandardizados de operar e de se
relacionar com as máquinas, longe ainda
 de se deixar seduzir pela festa de efeitos
     e clichês que atualmente dominam o
 entretenimento de massa, o artista digno
    desse nome busca se reapropriar das
tecnologias eletrônicas numa perspectiva
      inovadora, fazendo-as trabalhar em
        benefício de suas idéias estéticas.
Mais do que nunca, chegou a hora de traçar
 uma diferença nítida entre o que é, de um
        lado, a mera produção industrial de
    desenhos agradáveis para as mídias de
 massa e, de outro, a busca de uma ética e
       uma estética para a era tecnológica.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

1) o que é arte -Texto
1)  o que é arte -Texto1)  o que é arte -Texto
1) o que é arte -Texto
ArtesElisa
 
Arte contemporânea
Arte contemporâneaArte contemporânea
Arte contemporânea
annaartes
 
GV - Breve História do Teatro
GV - Breve História do TeatroGV - Breve História do Teatro
GV - Breve História do Teatro
Susana Sobrenome
 
As linguagens da arte
As linguagens da arteAs linguagens da arte
As linguagens da arte
dpport
 
Arte Contemporanea
Arte ContemporaneaArte Contemporanea
Arte Contemporanea
guest1652ff
 

La actualidad más candente (20)

Plano de curso de arte E.M BNCC 2019
Plano de curso de arte E.M BNCC 2019Plano de curso de arte E.M BNCC 2019
Plano de curso de arte E.M BNCC 2019
 
1) o que é arte -Texto
1)  o que é arte -Texto1)  o que é arte -Texto
1) o que é arte -Texto
 
Arte contemporânea
Arte contemporâneaArte contemporânea
Arte contemporânea
 
O que é arte?
O que é arte?O que é arte?
O que é arte?
 
Pop Art
Pop ArtPop Art
Pop Art
 
Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018
Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018
Aula História da Arte / Cursinho Novo Colégio 2018
 
GV - Breve História do Teatro
GV - Breve História do TeatroGV - Breve História do Teatro
GV - Breve História do Teatro
 
DANÇA - CONCEITOS E DANÇA CONTEMPORÂNEA
DANÇA - CONCEITOS E DANÇA CONTEMPORÂNEADANÇA - CONCEITOS E DANÇA CONTEMPORÂNEA
DANÇA - CONCEITOS E DANÇA CONTEMPORÂNEA
 
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE Professor.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE Professor.pdfLinguagens 1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE Professor.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE Professor.pdf
 
Teatro
TeatroTeatro
Teatro
 
História da arte - Romantismo e Realismo - resumo
História da arte - Romantismo e Realismo - resumoHistória da arte - Romantismo e Realismo - resumo
História da arte - Romantismo e Realismo - resumo
 
Os vários tipos de teatro
Os vários tipos de teatroOs vários tipos de teatro
Os vários tipos de teatro
 
As linguagens da arte
As linguagens da arteAs linguagens da arte
As linguagens da arte
 
Grafite
GrafiteGrafite
Grafite
 
O que é arte?!
O que é arte?!O que é arte?!
O que é arte?!
 
Arte ensino médio slide 1
Arte ensino médio  slide 1Arte ensino médio  slide 1
Arte ensino médio slide 1
 
Dança moderna
Dança modernaDança moderna
Dança moderna
 
Introdução a disciplina de arte
Introdução a disciplina de arteIntrodução a disciplina de arte
Introdução a disciplina de arte
 
Arte Contemporanea
Arte ContemporaneaArte Contemporanea
Arte Contemporanea
 
Arte e corpo
Arte e corpoArte e corpo
Arte e corpo
 

Destacado (8)

Aula Videoarte 1 - Introdução aos conceitos e contexto histórico
Aula Videoarte 1 - Introdução aos conceitos e contexto históricoAula Videoarte 1 - Introdução aos conceitos e contexto histórico
Aula Videoarte 1 - Introdução aos conceitos e contexto histórico
 
Video Arte
Video ArteVideo Arte
Video Arte
 
iamamiwhoami: videoarte, música eletrônica e narrativa multimídia convergem n...
iamamiwhoami: videoarte, música eletrônica e narrativa multimídia convergem n...iamamiwhoami: videoarte, música eletrônica e narrativa multimídia convergem n...
iamamiwhoami: videoarte, música eletrônica e narrativa multimídia convergem n...
 
Ppt videoarte
Ppt videoartePpt videoarte
Ppt videoarte
 
Videoarte
VideoarteVideoarte
Videoarte
 
Videoarte
VideoarteVideoarte
Videoarte
 
Por una comunidad mas limpia
Por una comunidad mas limpiaPor una comunidad mas limpia
Por una comunidad mas limpia
 
planejamento artesvisuais 9 ano EF
planejamento artesvisuais 9 ano EFplanejamento artesvisuais 9 ano EF
planejamento artesvisuais 9 ano EF
 

Similar a Aula 02 videoarte

Convergência das mídias
Convergência das mídiasConvergência das mídias
Convergência das mídias
sergioborgato
 
Quando a tecnologia vira arte?
Quando a tecnologia vira arte?Quando a tecnologia vira arte?
Quando a tecnologia vira arte?
Aline Corso
 
Arte tecnologia brasil_itaucultural
Arte tecnologia brasil_itauculturalArte tecnologia brasil_itaucultural
Arte tecnologia brasil_itaucultural
Venise Melo
 
Slides Pdf A Musica O Pensamento Humano E O Aparato Tecnologico
Slides Pdf   A Musica O Pensamento Humano E O Aparato TecnologicoSlides Pdf   A Musica O Pensamento Humano E O Aparato Tecnologico
Slides Pdf A Musica O Pensamento Humano E O Aparato Tecnologico
Lucina Viana
 
Formação Continuada em Arte e Mídia/Web Art
Formação Continuada em Arte e Mídia/Web ArtFormação Continuada em Arte e Mídia/Web Art
Formação Continuada em Arte e Mídia/Web Art
Luciana Estivalet
 

Similar a Aula 02 videoarte (20)

Video Instalação.ppt
Video Instalação.pptVideo Instalação.ppt
Video Instalação.ppt
 
Arte tecnologia a partir da segunda metade do XX
Arte tecnologia a partir da segunda metade do XXArte tecnologia a partir da segunda metade do XX
Arte tecnologia a partir da segunda metade do XX
 
Arte e tecnologia
Arte e tecnologiaArte e tecnologia
Arte e tecnologia
 
arteetecnologia-211024060242.pdf
arteetecnologia-211024060242.pdfarteetecnologia-211024060242.pdf
arteetecnologia-211024060242.pdf
 
Arte2
Arte2Arte2
Arte2
 
Transcinemas
TranscinemasTranscinemas
Transcinemas
 
Arte eletrónica
Arte eletrónicaArte eletrónica
Arte eletrónica
 
Arte eletrã³nica final
Arte eletrã³nica finalArte eletrã³nica final
Arte eletrã³nica final
 
Convergência das mídias
Convergência das mídiasConvergência das mídias
Convergência das mídias
 
Revisão - Arte contemporânea (Novas Linguagens)
Revisão - Arte contemporânea (Novas Linguagens)Revisão - Arte contemporânea (Novas Linguagens)
Revisão - Arte contemporânea (Novas Linguagens)
 
Quando a tecnologia vira arte?
Quando a tecnologia vira arte?Quando a tecnologia vira arte?
Quando a tecnologia vira arte?
 
Fluxus, Arte digital e Arte Eletrónica
Fluxus, Arte digital e Arte EletrónicaFluxus, Arte digital e Arte Eletrónica
Fluxus, Arte digital e Arte Eletrónica
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação
 
fluxus
fluxusfluxus
fluxus
 
Arte tecnologia brasil_itaucultural
Arte tecnologia brasil_itauculturalArte tecnologia brasil_itaucultural
Arte tecnologia brasil_itaucultural
 
Internet, câmera, improvisação: a exposição de si no cenário das tecnologias ...
Internet, câmera, improvisação: a exposição de si no cenário das tecnologias ...Internet, câmera, improvisação: a exposição de si no cenário das tecnologias ...
Internet, câmera, improvisação: a exposição de si no cenário das tecnologias ...
 
Midia art
Midia artMidia art
Midia art
 
Slides Pdf A Musica O Pensamento Humano E O Aparato Tecnologico
Slides Pdf   A Musica O Pensamento Humano E O Aparato TecnologicoSlides Pdf   A Musica O Pensamento Humano E O Aparato Tecnologico
Slides Pdf A Musica O Pensamento Humano E O Aparato Tecnologico
 
8.cap3 newmedia bioart
8.cap3 newmedia bioart8.cap3 newmedia bioart
8.cap3 newmedia bioart
 
Formação Continuada em Arte e Mídia/Web Art
Formação Continuada em Arte e Mídia/Web ArtFormação Continuada em Arte e Mídia/Web Art
Formação Continuada em Arte e Mídia/Web Art
 

Más de Venise Melo

Manual atividades complementares 2012
Manual atividades complementares 2012Manual atividades complementares 2012
Manual atividades complementares 2012
Venise Melo
 
Tabela pontuação atividades complementares
Tabela pontuação atividades complementaresTabela pontuação atividades complementares
Tabela pontuação atividades complementares
Venise Melo
 
Apresentação leexa
Apresentação leexaApresentação leexa
Apresentação leexa
Venise Melo
 
Regulamento FAT Mostra Acadêmica 2012
Regulamento FAT Mostra Acadêmica 2012Regulamento FAT Mostra Acadêmica 2012
Regulamento FAT Mostra Acadêmica 2012
Venise Melo
 
05 códigos experimentais novo
05 códigos experimentais  novo05 códigos experimentais  novo
05 códigos experimentais novo
Venise Melo
 
Cartemas - Eliane Weizmann
Cartemas - Eliane WeizmannCartemas - Eliane Weizmann
Cartemas - Eliane Weizmann
Venise Melo
 
Livro o que_é_design
Livro o que_é_designLivro o que_é_design
Livro o que_é_design
Venise Melo
 
Experimentação 04 - Desconstrução Hibridismo
Experimentação 04  - Desconstrução HibridismoExperimentação 04  - Desconstrução Hibridismo
Experimentação 04 - Desconstrução Hibridismo
Venise Melo
 
Experimentação 03 - Bauhaus
Experimentação 03  - BauhausExperimentação 03  - Bauhaus
Experimentação 03 - Bauhaus
Venise Melo
 
Experimentação 02 - Tipografia Descontrução
Experimentação 02  - Tipografia DescontruçãoExperimentação 02  - Tipografia Descontrução
Experimentação 02 - Tipografia Descontrução
Venise Melo
 
Experimentação 01 - Tipografia - parte1
Experimentação 01 -  Tipografia - parte1Experimentação 01 -  Tipografia - parte1
Experimentação 01 - Tipografia - parte1
Venise Melo
 
Experimentação 01 - Tipografia - parte2
Experimentação 01 - Tipografia - parte2Experimentação 01 - Tipografia - parte2
Experimentação 01 - Tipografia - parte2
Venise Melo
 
Aula teorica - Design Gráfico Pós-Moderno
Aula teorica - Design Gráfico Pós-ModernoAula teorica - Design Gráfico Pós-Moderno
Aula teorica - Design Gráfico Pós-Moderno
Venise Melo
 
Aula teorica - Bauhaus
Aula teorica  - BauhausAula teorica  - Bauhaus
Aula teorica - Bauhaus
Venise Melo
 
Aula teorica - Da Arte Nouveau ao Futurismo
Aula teorica - Da Arte Nouveau ao FuturismoAula teorica - Da Arte Nouveau ao Futurismo
Aula teorica - Da Arte Nouveau ao Futurismo
Venise Melo
 
Experimentação 05 06 07 PHOTOSHOP
Experimentação 05 06 07   PHOTOSHOPExperimentação 05 06 07   PHOTOSHOP
Experimentação 05 06 07 PHOTOSHOP
Venise Melo
 
Aula panorama arte e tecnologia
Aula panorama arte e tecnologiaAula panorama arte e tecnologia
Aula panorama arte e tecnologia
Venise Melo
 
As implicações do digital
As implicações do digitalAs implicações do digital
As implicações do digital
Venise Melo
 
Levy cibercultura
Levy ciberculturaLevy cibercultura
Levy cibercultura
Venise Melo
 
John maeda -_as_leis_da_simplicidade
John maeda -_as_leis_da_simplicidadeJohn maeda -_as_leis_da_simplicidade
John maeda -_as_leis_da_simplicidade
Venise Melo
 

Más de Venise Melo (20)

Manual atividades complementares 2012
Manual atividades complementares 2012Manual atividades complementares 2012
Manual atividades complementares 2012
 
Tabela pontuação atividades complementares
Tabela pontuação atividades complementaresTabela pontuação atividades complementares
Tabela pontuação atividades complementares
 
Apresentação leexa
Apresentação leexaApresentação leexa
Apresentação leexa
 
Regulamento FAT Mostra Acadêmica 2012
Regulamento FAT Mostra Acadêmica 2012Regulamento FAT Mostra Acadêmica 2012
Regulamento FAT Mostra Acadêmica 2012
 
05 códigos experimentais novo
05 códigos experimentais  novo05 códigos experimentais  novo
05 códigos experimentais novo
 
Cartemas - Eliane Weizmann
Cartemas - Eliane WeizmannCartemas - Eliane Weizmann
Cartemas - Eliane Weizmann
 
Livro o que_é_design
Livro o que_é_designLivro o que_é_design
Livro o que_é_design
 
Experimentação 04 - Desconstrução Hibridismo
Experimentação 04  - Desconstrução HibridismoExperimentação 04  - Desconstrução Hibridismo
Experimentação 04 - Desconstrução Hibridismo
 
Experimentação 03 - Bauhaus
Experimentação 03  - BauhausExperimentação 03  - Bauhaus
Experimentação 03 - Bauhaus
 
Experimentação 02 - Tipografia Descontrução
Experimentação 02  - Tipografia DescontruçãoExperimentação 02  - Tipografia Descontrução
Experimentação 02 - Tipografia Descontrução
 
Experimentação 01 - Tipografia - parte1
Experimentação 01 -  Tipografia - parte1Experimentação 01 -  Tipografia - parte1
Experimentação 01 - Tipografia - parte1
 
Experimentação 01 - Tipografia - parte2
Experimentação 01 - Tipografia - parte2Experimentação 01 - Tipografia - parte2
Experimentação 01 - Tipografia - parte2
 
Aula teorica - Design Gráfico Pós-Moderno
Aula teorica - Design Gráfico Pós-ModernoAula teorica - Design Gráfico Pós-Moderno
Aula teorica - Design Gráfico Pós-Moderno
 
Aula teorica - Bauhaus
Aula teorica  - BauhausAula teorica  - Bauhaus
Aula teorica - Bauhaus
 
Aula teorica - Da Arte Nouveau ao Futurismo
Aula teorica - Da Arte Nouveau ao FuturismoAula teorica - Da Arte Nouveau ao Futurismo
Aula teorica - Da Arte Nouveau ao Futurismo
 
Experimentação 05 06 07 PHOTOSHOP
Experimentação 05 06 07   PHOTOSHOPExperimentação 05 06 07   PHOTOSHOP
Experimentação 05 06 07 PHOTOSHOP
 
Aula panorama arte e tecnologia
Aula panorama arte e tecnologiaAula panorama arte e tecnologia
Aula panorama arte e tecnologia
 
As implicações do digital
As implicações do digitalAs implicações do digital
As implicações do digital
 
Levy cibercultura
Levy ciberculturaLevy cibercultura
Levy cibercultura
 
John maeda -_as_leis_da_simplicidade
John maeda -_as_leis_da_simplicidadeJohn maeda -_as_leis_da_simplicidade
John maeda -_as_leis_da_simplicidade
 

Aula 02 videoarte

  • 1. FUNDAMENTOS DO DESENHO E DA IMAGEM DIGITAL Profª Venise Melo/UFMS AULA02
  • 3. Tentativa de mapeamento (breve) da produção artística no campo de intersecção entre arte, ciência e tecnologia: 1. Arte em movimento (cinética) 2. Arte e meios de comunicação (videoarte) 3. Arte e computador (Hipermídia ou webart)
  • 4. Toda arte é feita com os meios de seu tempo.
  • 5. Por que então o artista de nosso tempo recusaria o vídeo, o computador, a Internet, os programas de modelação, processamento e edição de imagem, a engenharia genética?
  • 6. Desde suas primeiras experiências, a videoarte sempre esteve marcada por figuras normalmente avessas à comunicação, como o ruído, a distorção, a metamorfose. APROPRIAÇÃO E SUBVERSÃO DO MEIO
  • 7. Ao contrário do cinema, A VIDEOARTE não está interessada em encenar uma história, em apresentar uma narrativa, seja ela linear, fragmentada ou labiríntica. INACABADA DESCONTÍNUA FRAGMENTADA DISPERSA
  • 8. VIDEOARTE: imagem distorcida, decomposta, suja, sobreposta e desintegrada. IMAGEM RENASCIDA
  • 9. Na VIDEOARTE, portanto, é a própria imaterialidade que importa, a imagem não mais como janela para o mundo, mas como realidade em si mesma, como um mundo próprio dotado de matéria, corpo, textura própria. O grande convidado, neste domínio, é o corpo, o sensível, o sentir.
  • 10. Grupo FLUXUS O Grupo Fluxus foi um movimento de artistas, músicos, cineastas, escritores liderados por George Maciunas, que marcou as artes das décadas de 1960 e 1970, influenciadas por Marcel Duchamp e John Cage.
  • 11. Livrem o mundo da doença burguesa ,da cultura "intelectual", profissional e comercializada. Livrem o mundo da arte morta, da imitação, da arte artificial, da arte abstrata. Promovam uma arte viva, uma antiarte, uma realidade não artística , para ser compreendida por todos, não apenas pelos críticos, diletantes e profissionais. Aproximem e amalgamem os revolucionários culturais, sociais e políticos em uma frente unida de ação. (Maciunas apud WOOD, 2001:23)
  • 12. Arte múltipla Valorizando a criação coletiva, esses artistas integravam diferentes linguagens como música, cinema e dança, se manifestando principalmente através de performances, happenings, instalações, entre outros suportes transitórios e inovadores para a época 01
  • 13. Objetivo de criar composições não-narrativas e aleatórias, incorporando ruídos e interferências, inspirou os artistas na tentativa de dialogar com o cotidiano em seus trabalhos.
  • 14. Transdiciplinaridade (hibridismo) Projetos colaborativos Postura anti-arte Arte anti-institucionalista Crítica ao modernismo Obra aberta a interpretações Acaso Arte e cotidiano (aproximação) Arte evento e processo (efemeridade) Arte e vida Arte instalada, parte do espaço cotidiano Arte para ser vivenciada Performance/happening/ instalações e videoarte
  • 15. Referências Movimento Dadaísta Obra de Marcel Duchamp Contestação dos valores Apropriação de elementos do cotidiano A arte deve ser compreendida, por isso deve estar no cotidiano.
  • 16. John Cage Joseph Beuys Wolf Vostell Nam June Paik Yoko Ono entre outros.
  • 17. Videoarte Surgiu na década de 1960, como meio artístico, num contexto no qual os artistas procuravam uma arte contrária à comercial. Entre seus princípios está a crítica à televisão
  • 18. contra-televisão Os artistas do Grupo Fluxus procuravam, através dos novos suportes audiovisuais, criar uma espécie de “contra-televisão”. Subversão do meio.
  • 21. Paik foi o primeiro artista a enxergar no vídeo uma mídia maleável, fluída, uma forma capaz de abandonar as estruturas discursivas formais e de operar a um nível mais transcendente.
  • 23. A Videoarte gera uma comunicabilidade plena,livre das leis de perspectiva, das regras de composição, das amarras sintáticas tradicionais.
  • 24. Conceitualismo, experimentalismo Ações performáticas, produção de sentidos, VIVÊNCIA.
  • 25. Artistas pós década 70 2ª Geração Videoarte 1ª pessoa, intimista e performática
  • 26. Ed Emshwiller 5 Bruce Nauman 6 Bill Viola 7 entre outros.
  • 27. Viola propõe pensarmos no potencial estético da imagem, no uso dos componentes de montagem e do vídeo para incitar efeitos por vezes destituídos de uma lógica cronológica “narrativa” ou “real”.
  • 28. Artistas pós década 80 3ª Geração Videoarte O ambiente faz parte da obra: videoinstalações
  • 29. Gary Hill 8 Douglas Gordon 9 Pipilotti Rist 10 Tony Oursler 11 entre outros
  • 30. A Videoarte se transforma em video-instalação: arte multimídia, múltipla. A complexidade do espaço, da luz, do plano, da forma, do som, do movimento, do homem e das múltiplas possibilidades de combinar todos estes elementos. Tudo convergindo para o sensorial, os sentidos sendo levados ao hipertudo. Múltiplas telas e projeções com o objetivo de expandir o horizonte visual e intensificar a experiência sensorial
  • 31. Videoarte Nova Geração Eder Santos 12 Kika Nicolela13 igor Amin 14
  • 32. Outros exemplos: profª Venise 15 (Digineurais e Todos os corpos no mesmo espaço 16) e anônimo.
  • 33. para assitir: http://www.arthurtuoto.com/ http://bek.no/~hc/dowloads.htm http://brocolis.org/videoarte/home.htm http://www.iar.unicamp.br/pesquisas/videoartedi gital/videointernetarga.htm
  • 34. O lugar da representação e do sujeito é questionado, re-trabalhado, redimensionado. As novas tecnologias de imagem permitem a criação de um espaço e de objetos, sem recurso a qualquer materialidade prévia, sem qualquer relação a referentes preexistentes.
  • 35. A videoarte surge como o meio privilegiado no qual o artista pode expor as suas obsessões, fragilidades, sonhos; explorar a sua fisicalidade, exorcizar das suas memórias, medos, fobias etc., de forma intima, autônoma e privada.
  • 36. Longe de se deixar escravizar pelas normas de trabalho, pelos modos estandardizados de operar e de se relacionar com as máquinas, longe ainda de se deixar seduzir pela festa de efeitos e clichês que atualmente dominam o entretenimento de massa, o artista digno desse nome busca se reapropriar das tecnologias eletrônicas numa perspectiva inovadora, fazendo-as trabalhar em benefício de suas idéias estéticas.
  • 37. Mais do que nunca, chegou a hora de traçar uma diferença nítida entre o que é, de um lado, a mera produção industrial de desenhos agradáveis para as mídias de massa e, de outro, a busca de uma ética e uma estética para a era tecnológica.