Santo Anselmo foi um monge beneditino e arcebispo de Cantuária no século XI que desenvolveu o argumento ontológico para provar a existência de Deus, afirmando que um ser perfeito como Deus necessariamente deve existir na realidade e não apenas como uma ideia.
2. Viveu entre c. 1033-1109 (76 anos).
Nasceu em Aosta, norte da Itália.
Foi monge beneditino e arcebispo em
Cantuária na Inglaterra.
Foi exilado por conta de disputas políticas
entre poder civil e igreja.
Defendia os direitos da igreja e da razão
(que deveria servir de base e não uma
ameaça à fé).
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Lema: “Creio para compreender”.
Para atingir o conhecimento é
preciso partir da revelação divina, a
fé. Em seguida poderia-se
acrescentar a razão.
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Sua notoriedade se deu principalmente à
proposição do argumento ontológico da
existência de Deus => Raciocínio muito
diferente para provar a existência de
divindades.
Até ali a afirmação era sustentada
filosoficamente por argumentos que
desprezavam a autoridade dos apóstolos e
representantes cristãos.
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Santo Anselmo mudou a maneira de
abordar o tema e ofereceu uma
demonstração racional e lógica da
existência de Deus.
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Para ele era preciso aceitar a ideia de que
existem diferentes “graus de perfeição” entre
seres representados na nossa mente e os da
realidade.
O ser existente na realidade sempre seria
“mais perfeito” que o imaginário ou sua
representação.
7. Exemplos:
Uma escultura é mais perfeita que a ideia
que temos dela, apenas por existir.
Uma pessoa é mais perfeita que o retrato
dela.
Qualquer coisa real é mais perfeita que algo
que só existe em nossa mente.
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O mesmo raciocínio pode ser aplicado à divindades.
Nenhum ser é mais perfeito que Deus, logo ele terá
que existir na realidade.
Deus tem de existir pois a razão obedece a lógica
argumentativa.
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Nunca foi aceito de forma unânime pelos
pensadores e voltou a ser valorizado no final do
século XIII.
Conquistou a simpatia de Descartes, Leibniz e
seguidores de Hegel. Concordavam com “ O que
pode e deve ser, é”.
Do ponto de vista lógico essa afirmação é sempre
verdadeira.
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Anselmo escreveu outras obras sobre
problemas específicos de lógica e teologia,
tanto que muitos começaram a acreditar que
ele foi o fundador da filosofia escolástica.