SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 13
A Bandeira Portuguesa ao longo dos séculos Lúcia Jorge
Bandeiras da monarquia O escudo do Condado Portucalense era o do conde D. Henrique, o qual consistia numa simples cruz azul sobre fundo de prata (idêntico, curiosamente, ao brasão da cidade portuária de Marselha). 1095 a 1139–1143
D. Sancho I (1185-1211),D. Afonso II (1211-1223), D. Sancho III (1223-1248) Nesta época, as armas reais eram representadas por cinco escudetes de azul em campo de prata, dispostos em cruz, os dos flancos deitados e apontados ao centro. Cada escudete era semeado com um número elevado e indeterminado de besantes de prata. Sobre a origem e simbolismo destes escudetes existem muitas teorias. Segundo as duas mais conhecidas, os escudetes aludem às cinco feridas recebidas por D. Afonso Henriques na Batalha de Ourique ou às cinco chagas de Cristo. 1139 – 1143 a 1185
D. Afonso III (1248-1279),D. Dinis (1279-1325), D. Afonso IV (1325-1357), D. Pedro (1357-1367), D. Fernando (1367-1383) Com D. Afonso III as armas do reino receberam uma bordadura de vermelho, semeada com um número indeterminado de castelos de ouro, escolhida em lembrança do avô, D. Afonso III de Castela. A tendência de fixação de números, frequente em heráldica, levou a uma estabilização do número de besantes dos escudetes em cinco, dispostos dois, um, dois.
D. João I (1385-1432),D. Duarte (1433-1438), D. Afonso V (1438-1481) As armas reais, durante este período, eram de prata, com cinco escudetes de azul dispostos em cruz, os dos flancos deitados e apontados ao do centro. O semeado de besantes no escudo fixou-se definitivamente no número de cinco, dispostos em aspa. É desta época que se conhecem as primeiras referências designando os escudetes por «quinas». Tinha também uma bordadura de vermelho semeado de castelos de ouro e sobre ela as pontas da cruz verde floretada da Ordem de Avis.
D. João II (1481-1495) D. João II mandou que fossem retirados das armas reais os remares de flor-de-lis e que se colocassem verticalmente as quinas laterais no escudo. A bordadura de vermelho manteve-se semeada de castelos de ouro, embora a tendência do seu número fosse de sete ou oito nas bandeiras usadas na época
D. Manuel I (1495-1521),D. João III (1521-1557) No reinado de D. Manuel I, as armas reais foram fixadas em fundo branco. Tinham ao centro o escudo português com uma bordadura de vermelho carregada de sete ou oito castelos de ouro e sobre ele foi colocada uma coroa real aberta. A forma do escudo diferiu nos dois reinados. Enquanto D. Manuel predominava o escudo rectangular com a parte inferior terminado em cunha, no reinado de D. João III acentuou - se a forma rectangular com o fundo redondo - o chamado escudo português. O mesmo aconteceu quanto às quinas que acompanharam aquelas formas.
D. Sebastião (1557-1578),D. Henrique (1578-1580), Governo dos Filipes (1580-1640) No final do reinado de D. Sebastião a coroa que figurava sobre o escudo foi substituída por uma coroa real fechada. Nas bandeiras desta época figuravam inicialmente coroas fechadas dispondo de um ou de três arcos à vista. Mais tarde passaram a ter os cinco arcos à vista, os quais se conservavam até ao fim da monarquia. O aparecimento da coroa fechada relacionava-se com o reforço de autoridade do poder real. Durante o Governo dos reis espanhóis, o escudo português não sofreu alteração, uma vez que as armas dos dois países se mantiveram sempre separadas
D. João IV (1640-1656),D. Afonso VI (1656-1683), D. Pedro II (1683-1706), D. João V (1706-1750), D. José (1750-1777), D. Maria I (1777-1816), D. Pedro IV (1826), Regências (1826-1828), D. Miguel I (1828-1834) Na aclamação de D. João IV, a bandeira branca com o escudo nacional, encimado pela coroa real fechada com os cinco arcos em vista, constituiu o símbolo da Restauração. Embora neste período a bandeira não tenha sofrido alterações significativas, no reinado de D. João V, o escudo foi modificado com uma fantasia ao gosto da época, terminando o bordo inferior em bico de arco contracurvado e a coroa passou a conter um barrete vermelho ou púrpura.
D. João VI (1816-1826) No reinado de D. João VI foi colocada por detrás do escudo uma esfera armilar de ouro em campo azul, simbolizando o reino do Brasil, e sobre ela figurava uma coroa real fechada. Após a morte do Rei a esfera armilar foi retirada das armas, remetendo-se o símbolo real à expressão anterior, em que algumas das versões usaram um escudo elíptico, com o eixo maior na vertical.
D. Maria II (1834-1853),Regência (1853-1855), D. Pedro V (1855-1861), D. Luís (1861-1889), D. Carlos (1889-1908), D. Manuel II (1908-1910) O decreto da Regência em nome de D. Maria II, de 18 de Outubro de 1830, determinou que a Bandeira Nacional passasse a ser bipartida verticalmente em branco e azul, ficando o azul junto da haste e as Armas Reais colocadas no centro, assentando metade sobre cada uma das cores.
Bandeira da República  Desde 1910
Regime Republicano (desde 1910) Após a instauração do regime republicano, um decreto da Assembleia Nacional constituinte datado de 19 de Junho de 1911, Publicado no Diário do Governo nº141, do mesmo ano, aprovou a Bandeira Nacional que substituiu a Bandeira da Monarquia Constitucional. Este decreto teve a sua regulamentação adequada, publicada no diário do Governo n.º 150 (decreto de 30 de Junho). A Bandeira Nacional é bipartida verticalmente em duas cores fundamentais, verde escuro e escarlate, ficando o verde do lado da tralha. Ao centro, e sobreposto à união das cores, tem o escudo das armas nacionais, orlado de branco e assentado sobre a esfera armilar manuelina, em amarelo e avivada de negro. O comprimento da bandeira é de vez e meia a altura da tralha. A divisória entre as duas cores fundamentais deve ser feita de modo que fiquem dois quintos do comprimento total ocupados pelo verde e os três quintos restantes pelo vermelho. O emblema central ocupa metade da altura da tralha, ficando equidistante das orlas superior e inferior.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Biografia de d. afonso henriques
Biografia de d. afonso henriquesBiografia de d. afonso henriques
Biografia de d. afonso henriques
20014
 
Evolução Da Bandeira De Portugal Tiago Pereira 6 A
Evolução Da Bandeira De Portugal Tiago Pereira 6 AEvolução Da Bandeira De Portugal Tiago Pereira 6 A
Evolução Da Bandeira De Portugal Tiago Pereira 6 A
ricardocostacruz
 
3.ª dinastia
3.ª dinastia3.ª dinastia
3.ª dinastia
blog-eic
 
4ª dinastia
4ª dinastia4ª dinastia
4ª dinastia
blog-eic
 
Reis de Portugal 4ª Dinastia
Reis de Portugal 4ª DinastiaReis de Portugal 4ª Dinastia
Reis de Portugal 4ª Dinastia
khistoria
 
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história pptD. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história ppt
Ana Paiva
 
História de portugal
História de portugalHistória de portugal
História de portugal
ana2643232
 
terceira e quarta-dinastia 4º-ano
terceira e quarta-dinastia 4º-anoterceira e quarta-dinastia 4º-ano
terceira e quarta-dinastia 4º-ano
Jf Lm
 
A romanização em portugal helena 5_c (3)
A romanização em portugal helena 5_c (3)A romanização em portugal helena 5_c (3)
A romanização em portugal helena 5_c (3)
Mariajosesantos57
 

La actualidad más candente (20)

D. Afonso Henriques
D. Afonso HenriquesD. Afonso Henriques
D. Afonso Henriques
 
Biografia de d. afonso henriques
Biografia de d. afonso henriquesBiografia de d. afonso henriques
Biografia de d. afonso henriques
 
Evolução Da Bandeira De Portugal Tiago Pereira 6 A
Evolução Da Bandeira De Portugal Tiago Pereira 6 AEvolução Da Bandeira De Portugal Tiago Pereira 6 A
Evolução Da Bandeira De Portugal Tiago Pereira 6 A
 
Historia de portugal
Historia de portugalHistoria de portugal
Historia de portugal
 
A crise do século XIV
A crise do século XIVA crise do século XIV
A crise do século XIV
 
3.ª dinastia
3.ª dinastia3.ª dinastia
3.ª dinastia
 
1º Crises do Século XIV
1º  Crises do Século XIV1º  Crises do Século XIV
1º Crises do Século XIV
 
D. Dinis
D. DinisD. Dinis
D. Dinis
 
Formaçaõ de portugal
Formaçaõ de portugalFormaçaõ de portugal
Formaçaõ de portugal
 
4ª dinastia
4ª dinastia4ª dinastia
4ª dinastia
 
Uniao iberica
Uniao ibericaUniao iberica
Uniao iberica
 
18 reconquista cristã e a formação de portugal
18   reconquista cristã e a formação de portugal18   reconquista cristã e a formação de portugal
18 reconquista cristã e a formação de portugal
 
Reis de Portugal 4ª Dinastia
Reis de Portugal 4ª DinastiaReis de Portugal 4ª Dinastia
Reis de Portugal 4ª Dinastia
 
A 1ª dinastia
A 1ª dinastiaA 1ª dinastia
A 1ª dinastia
 
Romanização da Península Ibérica
Romanização da  Península IbéricaRomanização da  Península Ibérica
Romanização da Península Ibérica
 
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história pptD. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história ppt
 
22 - A crise do século XIV
22 - A crise do século XIV22 - A crise do século XIV
22 - A crise do século XIV
 
História de portugal
História de portugalHistória de portugal
História de portugal
 
terceira e quarta-dinastia 4º-ano
terceira e quarta-dinastia 4º-anoterceira e quarta-dinastia 4º-ano
terceira e quarta-dinastia 4º-ano
 
A romanização em portugal helena 5_c (3)
A romanização em portugal helena 5_c (3)A romanização em portugal helena 5_c (3)
A romanização em portugal helena 5_c (3)
 

Similar a Bandeira portuguesa - Lúcia Jorge - 2010

Símbolos nacionais e das foraçs armadas
Símbolos nacionais e das foraçs armadasSímbolos nacionais e das foraçs armadas
Símbolos nacionais e das foraçs armadas
Elsa Fernandes
 
1294586040 a bandeira_e_o_hinoaaa
1294586040 a bandeira_e_o_hinoaaa1294586040 a bandeira_e_o_hinoaaa
1294586040 a bandeira_e_o_hinoaaa
Pelo Siro
 
A evolução da bandeira portuguesa
A evolução da bandeira portuguesaA evolução da bandeira portuguesa
A evolução da bandeira portuguesa
Lídia Mendes
 
República
RepúblicaRepública
República
BE ESGN
 
5 de outubro de 1919 implantação da república
5 de outubro de 1919   implantação da república5 de outubro de 1919   implantação da república
5 de outubro de 1919 implantação da república
Jorge Silva
 
A bandeira ao_longo_dos_seculos
A bandeira ao_longo_dos_seculosA bandeira ao_longo_dos_seculos
A bandeira ao_longo_dos_seculos
Inês de Castro
 
Implantação da República
Implantação da RepúblicaImplantação da República
Implantação da República
Helena
 
F:\EvoluçãO Da Bandeira De Portugal Tiago Pereira 6 A
F:\EvoluçãO Da Bandeira De Portugal Tiago Pereira 6 AF:\EvoluçãO Da Bandeira De Portugal Tiago Pereira 6 A
F:\EvoluçãO Da Bandeira De Portugal Tiago Pereira 6 A
Escola ribamar
 

Similar a Bandeira portuguesa - Lúcia Jorge - 2010 (20)

Bandeiranacional 090812181700-phpapp02
Bandeiranacional 090812181700-phpapp02Bandeiranacional 090812181700-phpapp02
Bandeiranacional 090812181700-phpapp02
 
Bandeiras nacionais
Bandeiras nacionaisBandeiras nacionais
Bandeiras nacionais
 
Bandeiras nacionais
Bandeiras nacionaisBandeiras nacionais
Bandeiras nacionais
 
5 de outubro de 1910
5 de outubro de 19105 de outubro de 1910
5 de outubro de 1910
 
Símbolos nacionais e das foraçs armadas
Símbolos nacionais e das foraçs armadasSímbolos nacionais e das foraçs armadas
Símbolos nacionais e das foraçs armadas
 
Eubiose 19 fev-2013 leitura sobre as armas de portugal - prenuncio do novo pr...
Eubiose 19 fev-2013 leitura sobre as armas de portugal - prenuncio do novo pr...Eubiose 19 fev-2013 leitura sobre as armas de portugal - prenuncio do novo pr...
Eubiose 19 fev-2013 leitura sobre as armas de portugal - prenuncio do novo pr...
 
1294586040 a bandeira_e_o_hinoaaa
1294586040 a bandeira_e_o_hinoaaa1294586040 a bandeira_e_o_hinoaaa
1294586040 a bandeira_e_o_hinoaaa
 
1030
10301030
1030
 
A evolução da bandeira portuguesa
A evolução da bandeira portuguesaA evolução da bandeira portuguesa
A evolução da bandeira portuguesa
 
República
RepúblicaRepública
República
 
Portugal simbolos pátrios
Portugal simbolos pátriosPortugal simbolos pátrios
Portugal simbolos pátrios
 
5 de outubro de 1919 implantação da república
5 de outubro de 1919   implantação da república5 de outubro de 1919   implantação da república
5 de outubro de 1919 implantação da república
 
A bandeira ao_longo_dos_seculos
A bandeira ao_longo_dos_seculosA bandeira ao_longo_dos_seculos
A bandeira ao_longo_dos_seculos
 
Portugal ..
Portugal ..Portugal ..
Portugal ..
 
Implantação da República
Implantação da RepúblicaImplantação da República
Implantação da República
 
5deoutubro.ppt
5deoutubro.ppt5deoutubro.ppt
5deoutubro.ppt
 
5deoutubro
5deoutubro5deoutubro
5deoutubro
 
5 de Outubro de 1910 - Implantação da República
5 de Outubro de 1910 - Implantação da República5 de Outubro de 1910 - Implantação da República
5 de Outubro de 1910 - Implantação da República
 
F:\EvoluçãO Da Bandeira De Portugal Tiago Pereira 6 A
F:\EvoluçãO Da Bandeira De Portugal Tiago Pereira 6 AF:\EvoluçãO Da Bandeira De Portugal Tiago Pereira 6 A
F:\EvoluçãO Da Bandeira De Portugal Tiago Pereira 6 A
 
Aula 5de outubro
Aula 5de outubroAula 5de outubro
Aula 5de outubro
 

Más de Alexandra Tenente

Consumo de álcool nos adolescentes - Trabalho de grupo
Consumo de álcool nos adolescentes - Trabalho de grupoConsumo de álcool nos adolescentes - Trabalho de grupo
Consumo de álcool nos adolescentes - Trabalho de grupo
Alexandra Tenente
 
Postais para o Dia da Mulher
Postais para o Dia da MulherPostais para o Dia da Mulher
Postais para o Dia da Mulher
Alexandra Tenente
 
Cabeçalho e rodapé - não é da minha autoria
Cabeçalho e rodapé - não é da minha autoriaCabeçalho e rodapé - não é da minha autoria
Cabeçalho e rodapé - não é da minha autoria
Alexandra Tenente
 
Municípios e freguesias da Madeira
Municípios e freguesias da MadeiraMunicípios e freguesias da Madeira
Municípios e freguesias da Madeira
Alexandra Tenente
 
Registo do comportamento dos alunos
Registo do comportamento dos alunosRegisto do comportamento dos alunos
Registo do comportamento dos alunos
Alexandra Tenente
 
Materiais didácticos de Matemática para o 1º ciclo do Ensino Básico
Materiais didácticos de Matemática para o 1º ciclo do Ensino BásicoMateriais didácticos de Matemática para o 1º ciclo do Ensino Básico
Materiais didácticos de Matemática para o 1º ciclo do Ensino Básico
Alexandra Tenente
 
Algumas monarquias actuais - 2010 - Lúcia Jorge
Algumas monarquias actuais - 2010 - Lúcia JorgeAlgumas monarquias actuais - 2010 - Lúcia Jorge
Algumas monarquias actuais - 2010 - Lúcia Jorge
Alexandra Tenente
 
Aspectos da costa - Lúcia Jorge - 2010
Aspectos da costa - Lúcia Jorge - 2010Aspectos da costa - Lúcia Jorge - 2010
Aspectos da costa - Lúcia Jorge - 2010
Alexandra Tenente
 
Faróis da Madeira - Lúcia Jorge - 2010
Faróis da Madeira - Lúcia Jorge - 2010Faróis da Madeira - Lúcia Jorge - 2010
Faróis da Madeira - Lúcia Jorge - 2010
Alexandra Tenente
 

Más de Alexandra Tenente (19)

Consumo de álcool nos adolescentes - Trabalho de grupo
Consumo de álcool nos adolescentes - Trabalho de grupoConsumo de álcool nos adolescentes - Trabalho de grupo
Consumo de álcool nos adolescentes - Trabalho de grupo
 
Postais para o Dia da Mulher
Postais para o Dia da MulherPostais para o Dia da Mulher
Postais para o Dia da Mulher
 
Cabeçalho e rodapé - não é da minha autoria
Cabeçalho e rodapé - não é da minha autoriaCabeçalho e rodapé - não é da minha autoria
Cabeçalho e rodapé - não é da minha autoria
 
Ilusões de óptica
Ilusões de ópticaIlusões de óptica
Ilusões de óptica
 
Capitais mundiais
Capitais mundiaisCapitais mundiais
Capitais mundiais
 
Principais rios de Portugal
Principais rios de PortugalPrincipais rios de Portugal
Principais rios de Portugal
 
Arquipélago dos Açores
Arquipélago dos AçoresArquipélago dos Açores
Arquipélago dos Açores
 
Algumas levadas da Madeira
Algumas levadas da MadeiraAlgumas levadas da Madeira
Algumas levadas da Madeira
 
Algumas Ribeiras da Madeira
Algumas Ribeiras da MadeiraAlgumas Ribeiras da Madeira
Algumas Ribeiras da Madeira
 
Arquipélago da Madeira
Arquipélago da MadeiraArquipélago da Madeira
Arquipélago da Madeira
 
Municípios e freguesias da Madeira
Municípios e freguesias da MadeiraMunicípios e freguesias da Madeira
Municípios e freguesias da Madeira
 
Registo do comportamento dos alunos
Registo do comportamento dos alunosRegisto do comportamento dos alunos
Registo do comportamento dos alunos
 
Materiais didácticos de Matemática para o 1º ciclo do Ensino Básico
Materiais didácticos de Matemática para o 1º ciclo do Ensino BásicoMateriais didácticos de Matemática para o 1º ciclo do Ensino Básico
Materiais didácticos de Matemática para o 1º ciclo do Ensino Básico
 
Navegadores portugueses
Navegadores portuguesesNavegadores portugueses
Navegadores portugueses
 
Reis de portugal
Reis de portugalReis de portugal
Reis de portugal
 
Presidentes portugueses
Presidentes portuguesesPresidentes portugueses
Presidentes portugueses
 
Algumas monarquias actuais - 2010 - Lúcia Jorge
Algumas monarquias actuais - 2010 - Lúcia JorgeAlgumas monarquias actuais - 2010 - Lúcia Jorge
Algumas monarquias actuais - 2010 - Lúcia Jorge
 
Aspectos da costa - Lúcia Jorge - 2010
Aspectos da costa - Lúcia Jorge - 2010Aspectos da costa - Lúcia Jorge - 2010
Aspectos da costa - Lúcia Jorge - 2010
 
Faróis da Madeira - Lúcia Jorge - 2010
Faróis da Madeira - Lúcia Jorge - 2010Faróis da Madeira - Lúcia Jorge - 2010
Faróis da Madeira - Lúcia Jorge - 2010
 

Último

matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
CleidianeCarvalhoPer
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
FabianeMartins35
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
andrenespoli3
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 

Último (20)

PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
 

Bandeira portuguesa - Lúcia Jorge - 2010

  • 1. A Bandeira Portuguesa ao longo dos séculos Lúcia Jorge
  • 2. Bandeiras da monarquia O escudo do Condado Portucalense era o do conde D. Henrique, o qual consistia numa simples cruz azul sobre fundo de prata (idêntico, curiosamente, ao brasão da cidade portuária de Marselha). 1095 a 1139–1143
  • 3. D. Sancho I (1185-1211),D. Afonso II (1211-1223), D. Sancho III (1223-1248) Nesta época, as armas reais eram representadas por cinco escudetes de azul em campo de prata, dispostos em cruz, os dos flancos deitados e apontados ao centro. Cada escudete era semeado com um número elevado e indeterminado de besantes de prata. Sobre a origem e simbolismo destes escudetes existem muitas teorias. Segundo as duas mais conhecidas, os escudetes aludem às cinco feridas recebidas por D. Afonso Henriques na Batalha de Ourique ou às cinco chagas de Cristo. 1139 – 1143 a 1185
  • 4. D. Afonso III (1248-1279),D. Dinis (1279-1325), D. Afonso IV (1325-1357), D. Pedro (1357-1367), D. Fernando (1367-1383) Com D. Afonso III as armas do reino receberam uma bordadura de vermelho, semeada com um número indeterminado de castelos de ouro, escolhida em lembrança do avô, D. Afonso III de Castela. A tendência de fixação de números, frequente em heráldica, levou a uma estabilização do número de besantes dos escudetes em cinco, dispostos dois, um, dois.
  • 5. D. João I (1385-1432),D. Duarte (1433-1438), D. Afonso V (1438-1481) As armas reais, durante este período, eram de prata, com cinco escudetes de azul dispostos em cruz, os dos flancos deitados e apontados ao do centro. O semeado de besantes no escudo fixou-se definitivamente no número de cinco, dispostos em aspa. É desta época que se conhecem as primeiras referências designando os escudetes por «quinas». Tinha também uma bordadura de vermelho semeado de castelos de ouro e sobre ela as pontas da cruz verde floretada da Ordem de Avis.
  • 6. D. João II (1481-1495) D. João II mandou que fossem retirados das armas reais os remares de flor-de-lis e que se colocassem verticalmente as quinas laterais no escudo. A bordadura de vermelho manteve-se semeada de castelos de ouro, embora a tendência do seu número fosse de sete ou oito nas bandeiras usadas na época
  • 7. D. Manuel I (1495-1521),D. João III (1521-1557) No reinado de D. Manuel I, as armas reais foram fixadas em fundo branco. Tinham ao centro o escudo português com uma bordadura de vermelho carregada de sete ou oito castelos de ouro e sobre ele foi colocada uma coroa real aberta. A forma do escudo diferiu nos dois reinados. Enquanto D. Manuel predominava o escudo rectangular com a parte inferior terminado em cunha, no reinado de D. João III acentuou - se a forma rectangular com o fundo redondo - o chamado escudo português. O mesmo aconteceu quanto às quinas que acompanharam aquelas formas.
  • 8. D. Sebastião (1557-1578),D. Henrique (1578-1580), Governo dos Filipes (1580-1640) No final do reinado de D. Sebastião a coroa que figurava sobre o escudo foi substituída por uma coroa real fechada. Nas bandeiras desta época figuravam inicialmente coroas fechadas dispondo de um ou de três arcos à vista. Mais tarde passaram a ter os cinco arcos à vista, os quais se conservavam até ao fim da monarquia. O aparecimento da coroa fechada relacionava-se com o reforço de autoridade do poder real. Durante o Governo dos reis espanhóis, o escudo português não sofreu alteração, uma vez que as armas dos dois países se mantiveram sempre separadas
  • 9. D. João IV (1640-1656),D. Afonso VI (1656-1683), D. Pedro II (1683-1706), D. João V (1706-1750), D. José (1750-1777), D. Maria I (1777-1816), D. Pedro IV (1826), Regências (1826-1828), D. Miguel I (1828-1834) Na aclamação de D. João IV, a bandeira branca com o escudo nacional, encimado pela coroa real fechada com os cinco arcos em vista, constituiu o símbolo da Restauração. Embora neste período a bandeira não tenha sofrido alterações significativas, no reinado de D. João V, o escudo foi modificado com uma fantasia ao gosto da época, terminando o bordo inferior em bico de arco contracurvado e a coroa passou a conter um barrete vermelho ou púrpura.
  • 10. D. João VI (1816-1826) No reinado de D. João VI foi colocada por detrás do escudo uma esfera armilar de ouro em campo azul, simbolizando o reino do Brasil, e sobre ela figurava uma coroa real fechada. Após a morte do Rei a esfera armilar foi retirada das armas, remetendo-se o símbolo real à expressão anterior, em que algumas das versões usaram um escudo elíptico, com o eixo maior na vertical.
  • 11. D. Maria II (1834-1853),Regência (1853-1855), D. Pedro V (1855-1861), D. Luís (1861-1889), D. Carlos (1889-1908), D. Manuel II (1908-1910) O decreto da Regência em nome de D. Maria II, de 18 de Outubro de 1830, determinou que a Bandeira Nacional passasse a ser bipartida verticalmente em branco e azul, ficando o azul junto da haste e as Armas Reais colocadas no centro, assentando metade sobre cada uma das cores.
  • 13. Regime Republicano (desde 1910) Após a instauração do regime republicano, um decreto da Assembleia Nacional constituinte datado de 19 de Junho de 1911, Publicado no Diário do Governo nº141, do mesmo ano, aprovou a Bandeira Nacional que substituiu a Bandeira da Monarquia Constitucional. Este decreto teve a sua regulamentação adequada, publicada no diário do Governo n.º 150 (decreto de 30 de Junho). A Bandeira Nacional é bipartida verticalmente em duas cores fundamentais, verde escuro e escarlate, ficando o verde do lado da tralha. Ao centro, e sobreposto à união das cores, tem o escudo das armas nacionais, orlado de branco e assentado sobre a esfera armilar manuelina, em amarelo e avivada de negro. O comprimento da bandeira é de vez e meia a altura da tralha. A divisória entre as duas cores fundamentais deve ser feita de modo que fiquem dois quintos do comprimento total ocupados pelo verde e os três quintos restantes pelo vermelho. O emblema central ocupa metade da altura da tralha, ficando equidistante das orlas superior e inferior.