1. O que é a Base Nacional Comum Curricular?
Em discussão, desde 2015, a Base Nacional Comum Curricular é um
documento que centralizará todas as competências e habilidades que
deverão ser dominadas pelos estudantes ao longo da vida escolar. Os
textos da nova base para o Ensino Infantil e Fundamental já estão em
sua terceira versão, após consulta com professores e especialistas.
Os textos referentes ao Ensino Médio, em função da reforma que esta
etapa de ensino sofrerá, ainda está em estudo e deverá ser
apresentado uma primeira versão até o fim de 2017.
Não há data definitiva para implementação da BNCC. O documento
está em análise do Conselho Nacional de Educação, e somente depois
de aprovado, será homologado. A partir da homologação que as
escolas terão o prazo de 2 anos para fazer as adequações
curriculares.
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO TRICENTENÁRIO
2. 1. Aprofundamento sobre a Educação Infantil e as áreas de
conhecimento do Ensino
Fundamental.
2. Planejamento à luz das competências gerais, campos de
experiências e habilidades.
3. Prática do professor para o desenvolvimento das
competências gerais da BNCC.
Roteiro básico de 4h: A BNCC e as 10 competências
Roteiro complementar: 3 sugestões de atividades que podem
ser trabalhadas nas secretarias e nas escolas, além do roteiro
básico.
Orientações para discussão da BNCC
3. Mas você sabe o que são competências e habilidades? Qual é a importância dessa mudança de currículo no
processo educacional? Quer saber como é possível trabalhar esse novo currículo com os alunos?
O que são competências e habilidades?
Habilidade é aquilo que alguém sabe fazer e tem domínio nessa realização. As competências, por sua vez, são
a capacidade de solucionar problemas e tomar decisões.
Por isso, as habilidades precisam ser desenvolvidas para que as competências sejam aprimoradas. Por
exemplo, se uma criança aprende a ler e a escrever, isso significa que ela desenvolveu as habilidades de
leitura e escrita.
Contudo, saber ler e escrever não é sinônimo de que o aluno tenha capacidade de compreender o que lê ou
produzir um texto compreensível, que consiga passar a informação desejada ao leitor, por exemplo. A
compreensão do que lê e a capacidade de se fazer compreender por meio da escrita é uma competência
adquirida pela estudante. Essa competência se transforma em uma habilidade do aluno.
Determinadas competências possibilitam à criança ou ao adolescente a percepção de importantes questões,
bem como o senso de resolução dessas tanto na área profissional como na atuação social.
4. Qual a importância de trabalhar competências e habilidades na escola?
Em uma escola tradicional, que utiliza um currículo conteudista , os professores ainda estão alinhados
com a ideia de que o conhecimento é estável e que a criança ou adolescente precisa absorvê-lo. Mas
essa forma de ensino repassa o conhecimento como algo desconectado da realidade do aluno.
Em um currículo apoiado no desenvolvimento de competências e habilidades, ao invés de decorar a
fórmula para calcular a área de um triângulo equilátero, o aluno vai precisar reconhecer um triângulo
equilátero, qual é a importância de saber a área dele, onde ele pode aplicar essa informação. Nesse
currículo, a aprendizagem significativa é o cerne do planejamento da interação dos estudantes com
os objetivos educacionais.
Além disso, o desenvolvimento de determinadas competências e habilidades são importantes para o
desenvolvimento futuro dos alunos na sociedade. O mercado de trabalho também sofre com as
mudanças geradas pela tecnologia. Com isso, desenvolver indivíduos que se adaptem a esse contexto
instável é essencial.
Para o sucesso profissional e social, tomar decisões e resolver conflitos formam as competências
que podem ser desenvolvidas no ambiente escolar.
5. Como trabalhá-las nos alunos?
Para desenvolver competências e habilidades no ambiente escolar, é
importante alinhar o ensino às tendências educacionais. O aluno só será
capaz de desenvolver suas competências e habilidades caso seja um
agente ativo no processo de aprendizagem, debatendo suas ideias e
aplicando o que aprende a situações reais. Uma maneira de fazer isso é
entregando os conteúdos para que os alunos estudem e tragam suas
questões para a sala de aula.
Além disso, contar com ferramentas on-line, estudos em grupo, jogos e
dinâmicas também pode ajudar a colocar o estudante como protagonista
de seu processo de aprendizagem.
VIDEO – AS DEZ COMPETÊNCIAS
9. A Base Nacional estabeleceu competências obrigatórias mínimas que devem ser abordadas em
sala de aula, ligadas a disciplinas tradicionais, como português e matemática. Ao mesmo
tempo, também orientou que instituições e redes de ensino se articulem para trabalhar
conteúdos que valorizem história, cultura, raças, fauna e flora regionais. Os temas, chamados
de "diversificados", não devem constituir uma nova disciplina independente, mas aparecer em
projetos transdisciplinares, sem carga horária mínima.
Alguns conteúdos, há anos, precisam ser trabalhados. A própria Base Nacional ressaltou a
obrigatoriedade de ensinar educação para o trânsito e cultura afro-brasileira, por exemplo —
a sugestão é abordá-los nos estudos de linguagens e de história A novidade do Referencial
Curricular Gaúcho é articular a inclusão de temas regionais. O Ensino Médio deve ficar de fora
das mudanças porque a BNCC para a etapa ainda está sendo trabalhada. O Referencial será o
norteador do currículo gaúcho. Devem ser incluídos mais temas diversificados, articulados
com a base comum, sem acréscimo de disciplina obrigatória, porque isso já foi discutido e
consolidado nacionalmente na BNCC. Vamos definir o que é comum para os gaúchos. Podem
entrar questões de variação linguística, danças folclóricas, fauna e flora, história, artistas
gaúchas, enfim, o que for regional e importante — diz Sônia Rosa, diretora pedagógica da
Seduc.
10. Haverá aumento de carga horária por causa da Base?
Não. A BNCC foi elaborada respeitando a carga horária regular atual, que é
de, no mínimo, quatro horas diárias. No Ensino Médio, a BNCC deverá ocupar
60% da atual carga horária.
25 - Todas as escolas vão ensinar as mesmas disciplinas?
No Ensino Fundamental, todas as disciplinas atuais estão mantidas e elas
são comuns a todas as escolas. No Médio, a BNCC define os conhecimentos
essenciais que todos os alunos, de todas as escolas, precisam aprender, ao
longo dessa etapa. Esses conhecimentos são comuns e obrigatórios em
todas as escolas e ocuparão 60% do total da carga horária. Os outros 40%
serão optativos, dentro de itinerários estabelecidos pelas escolas.
26 - Haverá disciplinas optativas, que poderão ser escolhidas pelos alunos?
Sim, mas só no Ensino Médio. A parte do Ensino Fundamental da BNCC
determina objetivos de aprendizagem para todos os componentes
curriculares obrigatórios atuais. Nenhum foi excluído ou incluído. Já a
reforma do Ensino Médio prevê a flexibilização do conteúdo, com 60% do
currículo obrigatório definido pela BNCC e 40% do currículo optativo.
11. 27 - Alguma disciplina será excluída?
No Ensino Fundamental nenhum disciplina será excluída. Já
com a reforma do Ensino Médio ficaram definidas apenas
Matemática, Língua Portuguesa e Inglesa como
obrigatórias. Além disso, o Novo Ensino Médio também
contempla “estudos e práticas” de Artes, Educação Física,
Filosofia e Sociologia. Os outros componentes obrigatórios
da etapa de ensino ainda deverão ser debatidos pela BNCC.
28 - Quais as indicações e os objetivos para a disciplina de
Arte?
O MEC ainda está finalizando a terceira versão da BNCC,
fazendo alterações indicadas nos seminários estaduais e
por pareceres de especialistas e entidades. Sabemos, por
enquanto, que os objetivos de aprendizagem estão sendo
revistos, alguns cortados e outros reescritos.
Confira os objetivos de Artes da segunda versão da BNCC
12. Confira os objetivos de Artes da segunda versão da BNCC
29 - Em que momento a Base indica que a alfabetização comece?
A terceira versão da BNCC indica o início da alfabetização no 1º ano do Ensino
Fundamental, mas diz também que, na Educação Infantil, as crianças precisam
entrar em contato com elementos da linguagem oral e escrita, o que pode
acontecer, por exemplo, com a leitura de histórias. Segundo a BNCC, as crianças
devem estar plenamente alfabetizadas no final do 2º ano.
Confira aqui a educação infantil da segunda versão da BNCC
Confira aqui a leitura crítica que especialistas fizeram da educação infantil da
segunda versão da BNCC
30 - Há alguma indicação sobre a interdisciplinaridade?
Na segunda versão do documento, fala-se na promoção da interdisciplinaridade e
na elaboração dos currículos sob uma perspectiva interdisciplinar. É muito
importante que, em sua versão final, a Base tenha uma estrutura que permita uma
integração entre as disciplinas. Mas como a interdisciplinaridade será colocada em
prática será determinado pelos currículos e pelos projetos pedagógicos das
escolas.
13. 31 - E como os temas transversais serão abordados?
Na segunda versão da BNCC, esses temas foram
classificados como áreas especiais, como culturas indígenas
e africanas, Educação financeira, Educação ambiental.
Confira outros e como esses temas são tratados na BNCC
32 - Como fica o Ensino Religioso na BNCC?
Na segunda versão da BNCC, o Ensino Religioso constituía
uma área. No entanto, na terceira versão essa área foi
excluída. A justificativa dada pelo texto é que, de acordo com
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o
Ensino Religioso deve ser oferecido em caráter optativo e a
decisão de incluí-lo ou não na grade é das redes de ensino.
Portanto, não cabe a União estabelecer uma base comum
para a área.