1. O negro está no Gibi
• O Gibi foi o título de uma revista
brasileira de história em
quadrinhos, cujo lançamento
ocorreu em 1939.
• Na época, Gibi significava moleque,
negrinho, porém, com o tempo a
palavra passou a ser associada a
revistas em quadrinhos.
• Há quem defenda que o termo gibi
é impregnado de preconceito racial
e prefira se referir às revistas em
quadrinhos apenas como HQs.
2. Agostini, escravidão e cotidiano
•Angelo Agostini não deixou de representar o
negro na sociedade carioca na segunda metade
do século XIX.
•Os negros aparecem com personagem
secundárias em alguns de seus quadrinhos que
criticavam problemas cotidianos, nas aventuras
de Nhô Quim e em críticas à escravidão.
3. Folha ilustrada (1876) – representações do negro em dramas cotidianos
do Rio de Janeiro durante o II reinado.
4. A cultura popular como inspiração
•Outro personagem negro, que se tornaria
protagonista nas HQs brasileiras foi o
Pererê, criado por Ziraldo em 1958.
•O Pererê foi publicado primeiramente
em cartuns em 1959 nas páginas da
revista brasileira O Cruzeiro.
•A revista foi um grande sucesso de
vendas na década de 1960.
•As histórias se passavam na Mata do
Fundão, que seria, na verdade, o próprio
Brasil.
5. • Personagens negros fixos em histórias em
quadrinhos nacionais são poucos.
• Destaque para Maurício de Sousa, que criou
três personagens afro-brasileiros:
• Jeremias
• Pelezinho
• Ronaldinho
Os Nacionais
6. Jeremias
• Jeremias é um dos personagens
mais antigos da turma da Mônica.
Apareceu em 1960, e por muito
tempo, foi considerado o único
personagem afro-brasileiro da
turma.
• Para ninguém saber que o garoto
tem somente oito fios de cabelo,
ele usa um boné vermelho,
herdado de seu avô.
• Hoje, ele é pintado de marrom,
mas nos anos de 1970 era pintado
de preto.
Os Nacionais
7. Pelezinho • O personagem estreou em
1976 em tiras de jornal.
• A revista Pelezinho, e seu
almanaques, foram publicados
no Brasil entre 1977 e 1986 .
• Pelezinho e sua turma jamais
tiveram qualquer relação com
outros personagens de
Maurício de Sousa.
Os Nacionais
8. Ronaldinho
•O personagem inspirado no jogador
Ronaldinho Gaúcho foi lançado em 2006.
•A revista da Turma do Ronaldinho
lembra a Turma do Pelezinho, e suas
aventuras estão intercaladas com as
aventuras da Turma da Mônica. Este
personagem já não possui o estereotipo
de personagem negro com lábios.
•As revistas da Turma do Ronaldinho
Gaúcho são publicadas em países, como
França, Croácia, Itália e Holanda.
•Suas tirinhas também são publicadas no
jornal britânico The Daily Mirror.
Os Nacionais
9. Representações do negro na história do
Brasil por meio das HQs
• Dos quadrinhos educativos produzidos pela
EBAL a partir da década de 1950 até os
álbuns modernos produzidos por grandes
editoras ou quadrinhos independentes, as
HQs sobre a História do Brasil tem
oferecido a oportunidade de se trabalhar
com a questão racial a partir de ângulos
distintos.
10. ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO NOS
QUADRINHOS DA EBAL
O quadrinhos da EBAL traziam uma versão oficial da história
do Brasil.
No Álbum A Libertação dos escravos em quadrinhos:
Isabel, a redentora, produzido em 1970, quadrinizada por
Pedro Anísio e desenhada por Eugênio Colonnese, a versão
oficial é romantizada e o papel da princesa Isabel colocado
em destaque: o branco escraviza, o branco liberta.
Não há questionamento acerca do impacto social da
escravidão e da própria abolição sobre a sociedade brasileira
e o negro.
11.
12.
13. Conclusão
# Os personagens negros nas Hqs ganharam seus espaço, mas ainda estão longe de
terem suas revista solos, salvando pequenas exceções como é o caso do Pantera
Negra e do Blade;
# Infelizmente, mesmo com esse espaço quase não existem personagens femininas
solos negras, uma questão ainda machista paira sobre as Hqs. Personagens femininas
com revista própria que continuam sendo vendidas só existe da mulher maravilha;
# Questões sobre a problema do racismo, a xenofobia e misoginia são abordados de
forma superficiais nas Hqs e de maneira indireta;
# Os publico fica sempre aquem do que se passa nos títulos das hqs;
# Em trabalhos mais recentes demonstram que a presença do negro nos quadrinhos
brasileiros já ganha novos contornos. Se em termos quantitativos ainda há um amplo
espaço a ser conquistado, a representação de personagens afrodescendentes deixou
de ser ofensiva e tem se preocupado com o importante papel de permitir a reflexão
sobre a cultura, os valores e a participação dos negros na sociedade brasileira com
um viés menos preconceituoso.