O documento descreve as condições de vida e trabalho dos operários durante a Revolução Industrial, como longas jornadas e baixos salários, contrastando com o estilo de vida luxuoso da burguesia. Também menciona movimentos de resistência dos trabalhadores como o ludismo e o sindicalismo, assim como doutrinas sociais do século XIX como o socialismo utópico e científico e o anarquismo.
2. NOVAS IDEIAS
• A Revolução Industrial transformou as relações de produção em
razão da utilização de máquinas e tecno-logias que elevaram a
produção em menos tempo, levando, assim, ao aumento dos lucros.
• Ao mesmo tempo, surgiu uma divisão do trabalho dentro das
fábricas, a burguesia, proprietária dos bens de produção,
monopolizava a riqueza.
• A exploração da mão de obra realizada pela burguesia não
• se ateve apenas aos seus operários dentro das fábricas, mas também
foi ampliada pelo mundo, em busca de países que pudessem
fornecer matérias-primas baratas e mercados consumidores de seus
produtos industrializados
3. Condições de vida
e trabalho
• As fábricas tornaram-se o
coração e o pulmão do
capitalismo. Nelas, trabalhava
uma grande quantidade de
operários, entre os quais se
encontravam mulheres e
crianças, explorados por meio de
extensas jornadas de trabalho
(chegando a 16 horas em um
único dia) e remuneração muito
baixa
4. Condições de Vida
• Nos bairros operários,
denominados subúrbios, os
trabalhadores – e também
desempregados que viviam ao
redor das fábricas – ocupavam
os cortiços, habitações coletivas,
sem ventilação, com más
condições de higiene e
saneamento básico, onde era
comum haver ratos e baratas,
formando um ambiente
propenso a doenças e
epidemias.
5. Vida de luxo
• Enquanto isso, a burguesia vivia em
palacetes, com muros altos e con-
• dições de vida e higiene bem
diferentes. Protegida pelos ideais
ilumi-
• nistas do liberalismo econômico,
conseguiu afastar a intervenção do
• Estado nos assuntos econômicos,
beneficiando-se da promoção das
leis
• de mercado.
6. Reações do
operariado
Luddismo
• Os operários adeptos do
movimento luddista,
caracterizado pelas revoltas
dos trabalhadores ingleses do
ramo de fiação e tecelagem,
promoviam a destruição das
máquinas no interior das
fábricas, responsabilizando-
as pela situação de
exploração da mão de obra e
pelo desemprego do período.
Foram violentamente
reprimidos.
7. Sindicatos
• Os operários começaram a se organizar em associações para defender
seus direitos e lutar por suas reivindicações. Tais associações ficaram
conhecidas como trade unions e podemos assemelhá-las aos
sindicatos.
• À época do surgimento dos sindicatos, a jornada de trabalho diária
atingia até 16 horas; crianças e mulheres ganhavam menos do que os
homens (como hoje), pela mesma jornada e função; as condições e
locais de trabalho e habitação eram insalubres. As entidades sindicais
buscavam unir os trabalhadores em defesa de salários e de condições
de vida mais dignas.
8. Cartismo
• Fundou-se na luta pela inclusão política da classe
operária, representada pela associação Geral dos
Operários de Londres (London Working Men's
Association).
• Entre as reivindicações dos trabalhadores ingleses,
havia a exigência de eleição de representantes para a
Câmara dos Deputados e a remuneração dos eleitos,
que, até então, não ocorria.
9. Novas Doutrinas Sociais Século XIX
O espaço urbano = alterado, com parques fabris, bairros
operários
Ruas de Londres, finais do século XIXCasa de trabalhadores irlandeses
10. • Homens eram retirados do campo e se dirigiam à cidade
com suas famílias;
• Exploração: mão de obra barata, porém enriquecimento dos
empresários;
11. Socialismo Utópico
Pensadores
Socialismo utópico foi uma corrente de pensamento estabelecida por Robert
Owen, Saint-Simon e Charles Fourier. O socialismo utópico tinha como
objetivo a criação de uma sociedade ideal, que seria alcançada de forma
pacífica graças à boa vontade da burguesia.
12. A teoria do
francês Saint-
Simon (1760-
1825)
DEFENDIA: A TRANSFORMAÇÃO
SOCIAL SE DARIA
MEDIANTE UM ACORDO
ENTRE A BURGUESIA E O
PROLETARIADO, QUE
ACEITARIA
VOLUNTARIAMENTE
DIVIDIR UMA PARTE DE
SUAS PROPRIEDADES
PARA A DIMINUIÇÃO
DAS DESIGUALDADES
SOCIAIS.
NÃO CONCORDAVA COM
A POBREZA E COM AS
DESIGUALDADES
SOCIAIS. SUA PRINCIPAL
REIVINDICAÇÃO ERA A
LIVRE EMPRESA,
CONTINUANDO COM O
LUCRO DOS
CAPITALISTAS, PORÉM
ESTES DEVERIAM
ASSUMIR
RESPONSABILIDADES
SOCIAIS E OFERTAR
MELHORES CONDIÇÕES
DE VIDA E DE TRABALHO
AOS OPERÁRIOS.
13. Charles Fourier(1772 -1837)
Defendia
acreditava que a melhoria
nas condições de vida e
trabalho dos operários
aconteceria com a criação
de associações e pelo
cooperativismo entre o
proletariado (produção
partilhada por todos).
defendia a tese de que se devia criar
uma cooperativa agrícola financiada
com dinheiro público ou particular,
onde os trabalhadores realizariam
suas atividades conforme os seus
interesses = falanstérios (os
indivíduos não teriam a preocupação
em produzir excedentes para
comercialização, mas sim o suficiente
para atender às suas necessidades)
14. Robert
Owen (1771-
1858)
Defendeu:
• que o mundo ideal deveria ser
aquele onde a educação dos homens
estivesse em primeiro plano.
• A harmonia nas relações sociais na
busca de alternativas para suprimir
as contradições do sistema
capitalista.
• Uma de suas teses esteve na defesa
da redução da jornada de trabalho
dos operários,
16. • De acordo com os ideólogos do marxismo,
a revolução socialista seria o meio pelo
qual os trabalhadores tomariam o poder,
eliminando a propriedade privada e
socializando os meios de produção (terras
e fábricas). Com a implantação do
comunismo, logo após a ditadura do
proletariado, seriam eliminadas as
desigualdades econômicas e sociais.
17. Anarquismo
O que é Anarquismo
• Anarquia é uma palavra grega
que significa literalmente "sem
governo", isto é, o estado de um
povo sem uma autoridade
constituída.
• • Defende o fim de qualquer
forma de autoridade e
dominação (política, econômica,
social e religiosa). Em resumo,
os anarquistas defendem uma
sociedade baseada na liberdade
total, porém responsável.
• • Significa (literalmente "sem
poder")
18.
19. Ideais anarquistas
O anarquismo é contrário a existência de
governo, polícia, casamento, escola
tradicional e qualquer tipo de instituição
que envolva relação de autoridade.
Defendem também o fim do sistema
capitalista, da propriedade privada e do
Estado.
Os anarquistas defendem uma sociedade
baseada na liberdade dos indivíduos,
solidariedade (apoio mútuo),
coexistência harmoniosa, propriedade
coletiva, autodisciplina, responsabilidade
(individual e coletiva) e forma de governo
baseada na autogestão.