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O uso do véu na liturgia (culto)

por Amauri R. Ferreira

*Os Textos foram extraídos da versão bíblica traduzida para o Português por João Ferreira de
Almeida, Edição Corrigida e Revisada. Fiel ao Texto Original, Edição 2007. [ACF2007 - Almeida
Corrigida e Fiel 2007], acompanhados dos Textus Receptus.
*palavras entre colchetes nos versículos bíblicos citados, significam que estas palavras foram
adicionadas pelo tradutor para dar um maior entendimento aos textos traduzido por ele, não estão
nos manuscritos originais, mas se apoiam na interpretação particular do tradutor a partir do contexto.

Liturgia é o conjunto dos elementos e práticas do culto religioso.
Há passagens e fatos na bíblia do uso do véu sobre o rosto, sobre a cabeça, no
tabernáculo, no templo, na liturgia e como exponente de amargura e obscurecimento, e
vezes traduzidas por cabelo, manto, coberta, invólucro, cortina, mantilha..., pois o tradutor
sempre dará a esta palavra uma adequação ao texto mediante seu entendimento pelo
contexto, por isso dever-se-á buscar o sentido do uso de cada palavra que se refere a
cobertura. Na síntese, o véu sempre é usado para cobrir ou ocultar, sendo que ao cobrir ou
ocultar este poderá se tornar até mesmo um ornamento majestático. Ele ocorre mais de
cinqüenta vezes na bíblia, ora usado por profetas, mulheres, pelo Senhor na construção do
Tabernáculo ou concebida como expressão delatora do mal. Seria muito cansativo citá-los
todos, adotando o texto áureo como decisão, citaremos somente os de relevância e que
igualmente venham a contribuir e dar esclarecimento ao texto áureo referente às mulheres
na liturgia.
2

TEXTO ÁUREO. I Coríntios 11 [ACF2007]
1 SEDE meus imitadores, como também eu de Cristo.
2 E louvo-vos, irmãos, porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos como
vo-los entreguei.
3 Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da
mulher; e Deus a cabeça de Cristo.
4 Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria
cabeça.
5 Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria
cabeça, porque é como se estivesse rapada.
6 Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher
é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu.
7 O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a
mulher é a glória do homem.
8 Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem.
9 Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do
homem.
10 Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos.
11 Todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no SENHOR.
12 Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher,
mas tudo vem de Deus.
13 Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta?
14 Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo
crescido?
15 Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar
de véu.
16 Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de
Deus.
Diferençando o uso do véu nos textos bíblicos:
1) ‫ ( כסות‬k ̂ecuwth ) = vestimenta, coberta, coberta (para ocultamento).
(Gn 20:16 [ACF2007])
“E a Sara disse: Vês que tenho dado ao teu irmão mil [moedas] de prata; eis que ele te seja
por véu dos olhos para com todos os que contigo [estão], e até para com todos os [outros];
e estás advertida.”
Este véu supracitado está num sentido emblemático de reparação, de Abimeleque para
com Sara e Abraão, por um erro cometido. A aceitação de suas dádivas levaria Abraão a
crer na inviolabilidade presente da castidade de sua mulher decorrente do infeliz fato. A
expressão “por véu dos olhos” harmoniza-se com o véu em que as mulheres diante de seu
noivo se declaravam guardada de impurezas e invioladas em sua conduta moral e
corpórea. Em Gn 32:20 a expressão de Jacó “aplacarei” [‫ ( כפר‬kaphar )] está na mesma
acepção de reconciliar, purificar, expiar o erro, trazer a paz.
Véu nestes contextos não é um artefato, e sim procedimentos lógicos perfeitamente
definidos que levam à solução de um problema aparente. O véu de I Cor 11, não é para
ressarcir um dano ou cobrir uma ofensa, tem o caráter de entender as possibilidades das
mulheres inda mais, sendo um sinal de poderio e não de cobrir uma vergonha ou dano.
2) ‫ ( צעיף‬tsa Ìiyph ) = invólucro, chale.
3
(Gn 24:65 [ACF2007])
E disse ao servo: Quem [é] aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? E o
servo disse: Este [é] meu senhor. Então tomou ela o véu e cobriu-se.
Rebeca cobre-se com véu [invólucro] o rosto, e segundo a tradição judaica do matrimônio
que prima o varão, a prometida ou correspondente não demonstra em sua apresentação
primeira sua formosura ou forma exterior, pois uma moça que se singulariza em sua forma
exterior inicialmente não demonstra ponderar as veredas da vida conjugal,
desfavoravelmente comprova ser formada de ideias preconcebidas e alimentadas pela falta
do conhecimento real sobre o assunto em questão.
O ato de Rebeca cobrir-se com o véu, caracterizava que o fundamental entre um homem e
uma mulher não seria a atração física, o estereótipo, o efêmero, e sim a integridade interior
em seus valores. Orgulhosamente Rebeca não queria ser incompreendida por Isaque, de
pensar que ela foi escolhida por sua beleza exterior e não segundo suas qualidades e
prestimosidade como veem no contexto, ”Seja, pois, que a donzela, a quem eu disser:
Abaixa agora o teu cântaro para que eu beba; e ela disser: Bebe, e também darei de beber
aos teus camelos; esta [seja] a quem designaste ao teu servo Isaque, e que eu conheça
nisso que usaste de benevolência com meu senhor”. (Gn 24:14 [ACF2007]).
O servo mais velho de Abraão inda na expectativa para saber se o SENHOR havia
prosperado a sua jornada ou não, esperou que ela ainda desse de beber a todos os
camelos, sendo o sinal que pediu a Deus, subsequentemente depositou o pendente e as
pulseiras nas mãos de Rebeca, embora inda não glorificasse a Deus, o glorificou quando
soube de quem ela era filha, “E ela lhe disse: Eu sou a filha de Betuel, filho de Milca, o qual
ela deu a Naor. Disse-lhe mais: Também temos palha e muito pasto, e lugar para passar a
noite. Então inclinou-se aquele homem e adorou ao SENHOR,” (Gn 24:24,25, 26
[ACF2007]).
A partir deste momento sua missão se completou em partes, uma donzela, uma da mesma
parentela, e assim carecia agora ter permissão dos pais da moça e também a vontade dela
em partir ou não, pois disse Abraão; “Se a mulher, porém, não quiser seguir-te, serás livre
deste meu juramento; somente não faças lá tornar a meu filho” (Gn 24:8 [ACF2007]). O
servo manifestou o mesmo pensar aos familiares da donzela “Então disse eu ao meu
senhor: Porventura não me seguirá a mulher” (Gn 24:39 [ACF2007]), a resposta a sua
duvida não tardou,...“Então responderam Labão e Betuel, e disseram: Do SENHOR
procedeu este negócio; não podemos falar-te mal ou bem. Eis que Rebeca está diante da
tua face; toma-a, e vai-te; seja a mulher do filho de teu senhor, como tem dito o SENHOR.”
(Gn 24:50, 51 [ACF2007]).
Observemos que o véu que Rebeca usou ao encontrar-se com Isaque não era um véu de
uso litúrgico usado no serviço de culto a Deus, era parte de um cerimonial de casamento e
usado para cobrir o rosto simbolizando a idoneidade da moça, diferente do véu usado na
igreja de Corinto que era usado para cobrir somente o cabelo.

(Gn 38:14 [ACF2007])
Então ela tirou de sobre si os vestidos da sua viuvez e cobriu-se com o véu e envolveu-se,
e assentou-se à entrada das duas fontes que [estão] no caminho de Timna, porque via que
Selá já era grande, e ela não lhe fora dada por mulher.
Temos aqui outro caso, desta vez o véu [artefato] foi usado para confundir e ocultar em prol
de uma causa justa, Tamar suspeitava que seu sogro pudesse não cumprir em tempo
suficiente o dever do levirato antes mesmo de uma morte súbita. O dever do levirato (Dt
25.5-10) consistia na norma de obrigar um homem a casar-se com a viúva de seu irmão
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quando este não deixava descendência masculina, ela então resolve por seus próprios
meios conseguir os benefícios de tal edito (Dt 25.5-10), os meios usados parecem legais,
fora acontecido após a morte da esposa de Judá por nome “Sua”, não se caracterizando
adultério. O não cumprimento do edito faria com que a família de Judá fosse envergonhada
diante dos anciães da cidade como “a casa dos descalçados”, é clássico bíblico não
difamar toando como índole de seus chamados justos. Como exemplo, José ao saber que
Maria estava grávida antes mesmo de conhecê-la, não obstante podendo expô-la segundo
a lei, optou em deixa-la secretamente representando assim ser um homem justo, “Então
José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente.”
(Mt 1:19 [ACF2007]), de igual modo procedeu Tamar secretamente.
O véu que Tamar usou não a confundiu com uma prostituta secular, pois as tais não
usavam véu, Judá ao vê-la a teve por prostituta religiosa, ou seja, o motivo era mesmo
religião, Judá só não concebia que se referia a sua própria religião, a dos Hebreus, quanto
ao dever do levirato que ele já deveria ter cumprido para com Tamar.
O motivo em que as mulheres usavam o véu na cidade de Corinto (I Cor 11) também era
religioso, o motivo não era devido à prostituição no local, a bíblia não traz nenhuma
referência que comprove esta teoria, o próprio texto nos diz que era por causa dos anjos
[verso 10] e qualquer informação acertada fora da própria bíblia há consternação, “A Bíblia
é toda a revelação Divina que necessitamos. Tudo o que for revelado sem o apoio das
Escrituras é falso.” (O Pregador Eficaz – CPAD, pág. 72).
Não podemos apoiar que seria o mesmo véu usado por Tamar o das irmãs em Corinto, o
usado por Tamar cobria o seu rosto, cabelo e cabeça, era um invólucro, e o das irmãs em
Corinto cobria somente o cabelo deixando o rosto descoberto a serem reconhecidas.
Tamar usou o invólucro fora do templo, a irmãs em Corinto dentro do templo, Tamar usou
para disfarce e as irmãs como sinal de poderio.

O VÉU NA IGREJA DE CORINTO
Foram destinadas somente aos irmãos de Corinto as cartas de Paulo e as
orientações?
Sabendo que devemos ter somente a bíblia como principal referencia, “A Bíblia é toda a
revelação Divina que necessitamos. Tudo o que for revelado sem o apoio das Escrituras é
falso.” (O Pregador Eficaz – CPAD, pág. 72). No capítulo primeiro da carta aos Corintos
podemos ler; “À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus,
chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor
Jesus Cristo, [Senhor] deles e nosso” (1Co 1:2 [ACF2007]). Nos mostra este verso que é
endereçada a toda igreja de Deus em todo lugar, seja no Brasil ou na Grécia ou em
qualquer época.
Gl 3:28 [ACF2007]
“Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque
todos vós [sois] um em Cristo Jesus”.
Vamos expor o texto de 1 Cor 11: 1 ao 16 por partes sanando eventuais dúvidas, mas
antes não deixemos de ouvir Gl 3:28. Ao dissertar 1 Cor 11: 1 ao 16 não podemos nos
esquecer de que em Cristo Jesus não há homem e nem mulher, macho ou fêmea, e assim
não podemos inferiorizar as mulheres frente aos homens. Devemos nos recomendar de
que Cristo veio remir, sanar e restaurar tudo o que se perdeu no Éden, homem e mulher.
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Não somente a pessoa deles como também os seus adequados direitos que se perderam e
por vezes ainda se perdem na vida social, futuro e tudo que os cinge. A execração para
todos nós é realidade vigente, mas Cristo é a nossa realidade que veio para dar a
reabilitação, reparar falta, falha, crime..., expiar (Gn 3:15).
Frente a isto não podemos pesar sobre a mulher um mal que lhe trouxe consequência a
partir do Éden quando na verdade Jesus veio libertá-la de todo o sofrimento e opressão. Na
essência do entendimento, ao mesmo tempo em que veio a maldição já havia vindo à
absolvição em gênero, ou seja, a quebra antecipada da maldição (a promessa) quando
dito, (Gn 3:15 [ACF2007]) “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a
sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”
Como resultado de seu erro o homem por sua vez transpiraria para alcançar o pão, no
entanto a mulher o tem ajudado não deitando todo o peso sobre os seus ombros quanto a
isto, antes tem saído cedo para o trabalho e o defendido como adjutora em todas as suas
extensões. Doutro feitio, quando o homem alimenta toda a sentença fenomenal dada a
mulher no Éden torna-se injusto, injusto ao articular que esta terá de se manter em sujeição
pelo o que aconteceu no passado custe o que custar. Se isto permanecesse escrito no
Gênesis de fato, não supondo se estaria mal interpretando-o, nesta proposição é o mesmo
que dizer, Cristo não poderá libertá-la e nem mesmo a libertou da consequência de todo o
seu pecado num ascendente raciocínio culpabilizador. Ao tentar compreender o texto que
iremos dissertar com raciocínio culpabilizador, nada perceberá da veridicidade coexistente,
antes absurdos abrolharão em suas mentes no proveito de 1 Cor 11: 1 ao 16.

Absurdos bíblicos proferidos sobre 1 Cor 11: 1 ao 16
-Dizem que: *A mulher deve usar o véu pelo fato de ela ser a glória do homem.
*O véu é sinal de poderio do marido sobre a esposa: 1 Cor. 11.10, complementado com
Gen. 24.65
*A mulher se apresentar com a sua cabeça coberta, fica evidente que somente uma cabeça
está descoberta e assumindo o governo da igreja.
Tudo isto provém de más interpretações, a questão não é sobre a pessoa da mulher ou de
que ela deva cobrir a cabeça ou o rosto, todo o texto é dirigido ao fato da mulher ter o
cabelo comprido ou não, cobri-lo ou não. Tanto que se a mulher seguir a opção de raspar
ou cortar curto, não será necessário fazer o uso do véu (verso 6). Todo o texto mantém a
mulher livre em Cristo Jesus para fazer o que quiser no Senhor, e neste estudo veremos a
fundamentação real do uso do véu. Lembramos que o homem não tem a opção de cobrir o
cabelo, mesmo que este seja curto ou comprido, enfim, a mulher não deve cobrir o cabelo
com o véu por causa do homem e sim por causa dos anjos (verso 10), sendo assim as que
optam em serem careca ou de cabelo curto radical, não estão obrigadas ao uso do véu
(verso 6), ou seja, não são obrigadas a demostrarem que estão submissas aos homens e
que somente há uma cabeça descoberta na igreja e que são eles que estão no governo da
igreja, no caso os homens. Somente as de cabelo comprido deve demostrar submissão aos
homens e exemplificar que eles são cabeças naquele momento? Por isso tenho por
absurdo tais interpretações bíblicas.
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-Dizem que: *O ensinamento envolvia apenas a mulher casada, e não se fala nada da
mulher solteira.
Não é verdade, a própria bíblia responde como temos visto no verso 5 que diz; “toda a
mulher”, ou seja, a solteira, a casada, a viúva, a divorciada, a noiva, as mais novas ou mais
velhas, desde que seja uma mulher.
-Dizem que: *Que é sinal de submissão ao homem no culto e por que os anjos estão
presentes quando se ora e profetiza?
Se for para demonstrar tal submissão aos homens, por que quando os homens não estão
presentes elas continuam a fazerem uso do véu? Se o motivo fosse este, sozinhas em
oração não deveriam usar o véu, então.
-Dizem que: *Que se encontra uma vez escrito em uma única passagem o uso do véu, e
por isto não se deve dar tanto crédito ou acatar.
Não procede tal argumentação, pois Deus disse a Adão e Eva somente uma vez, “Mas da
árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela
comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17 [ACF2007]).
Jesus também disse somente uma vez, “Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito
Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo”, (Mc 3:29 [ACF2007]). Não é por
isto que deixaremos de acatar ou de dar crédito, se Deus falou basta uma vez. Quem tem
ouvidos ouça!
-Dizem que: *A natureza tem dotado a mulher com cabelo comprido como uma cobertura
permanente, assim ela deve seguir, ou imitar, a natureza, providenciando uma cobertura
temporária.
Imitar não é o movedor do imperativo uso do véu, a mulher dotada de cabelo comprido pela
natureza não acentua o caráter do mando, pois o cabelo cobre a cabeça quando o véu é
para cobrir o cabelo segundo o contexto. Este pensamento como iremos ver, destoa e falta
coesão para com o verso 10 onde a causa são os anjos.

I Coríntios cap. 11 verso por verso explicados.
1 SEDE meus imitadores, como também eu de Cristo.
(1Co 11:1 [TR]) μιμηται μου γινεσθε καθως καγω χριστου
Imitar é reproduzir ou tentar reproduzir fielmente as características de alguém, e
uma das características de Paulo era a de combater os costumes judaicos e pagãos, de
pregar contra o valor de rituais e usos que não estão presentes no cristianismo e na Graça.
Paulo fala do uso do véu para a igreja de Cristo, logo se segue, se alguém é combatente
dos uniformes da lei não poderia estar impondo usos e costumes como uso do véu no texto
de I Cor 11. Este é o primeiro indício de que o uso do véu não são usos e costumes de
judeus ou gregos, no entanto Paulo diz que a mulher “deve” usar o véu (verso 10),
apresentando assim a causa (anjos).
2 E louvo-vos, irmãos, porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos como
vo-los entreguei.
(1Co 11:2 [TR]) επαινω δε υμας αδελφοι οτι παντα μου μεμνησθε και καθως παρεδωκα υμιν
τας παραδοσεις κατεχετε
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Paulo esta enaltecendo o povo por darem ouvidos a ele, ao ensinamento, a
determinação, a ordem, a prescrição dada por ele. Seguir as prescrições médicas é seguir
os preceitos do médico, e Paulo os louva por reterem, ou seja, por entenderem e terem
guardado na memória tal determinação dada por ele, nos mostrando que o uso do véu na
liturgia não era combatido por Paulo, pelo contrario, era pregado por ele. No grego
παραδοσις (paradosis - preceitos) constitui substâncias de ensinos comunicadas
oralmente ou escritas, e que devem ser reverenciadas tanto quanto os Dez Mandamentos.
3 Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da
mulher; e Deus a cabeça de Cristo.
(1Co 11:3 [TR]) θελω δε υμας ειδεναι οτι παντος ανδρος η κεφαλη ο χριστος εστι κεφαλη δε
γυναικος ο ανηρ κεφαλη δε χριστου ο θεος
A palavra “Mas”, usa-se para corroborar [fortalecer] o que a pessoa acabou de dizer, e
apesar de os louvarem e reconhecer que guardavam os preceitos (paradosis) ele diz;
contudo quero que saibais algo mais, ou seja, que acrescente a tudo que vos passei este
conhecimento, entendimento concernente ao uso do véu, que Cristo é a cabeça de todo o
homem e o homem a cabeça de toda a mulher.
“Cabeça” é uma metáfora usada por Paulo com o significado de proeminência,
principalidade e senhorio, inda baseado na doutrina do Gênesis bíblico, o que não
poderemos entrechocar este raciocínio com Gl 3:28 [ACF2007] “Nisto não há judeu nem
grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós [sois] um em
Cristo Jesus”.
Se Paulo diz que é por causa dos anjos que a mulher deve usar véu, também é pelo
mesmo motivo que ele está nos trazendo este raciocínio. E este raciocínio também está
efetivamente ligado aos anjos quando em Cristo não há divisão de macho ou fêmea, sendo
ambos, um em unidade perfeita. Paulo quer que entendamos que a mulher deve usar véu
na liturgia diante dos anjos e não diante de Deus ou dos homens, se a causa do uso do véu
são os anjos, este raciocínio de ser cabeça e glória também está ligado aos anjos.
Pois os anjos presentes na criação observam a classificação divina quanto aos sexos desta
criação por serem guardiões a favor dos que haveriam de herdar a Salvação (Hb 1:14), há
preceitos em que a mulher deve seguir e que pertence somente a ela como o que se
encontra em (1Tm 2:15 [ACF2007]) “Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer
com modéstia na fé, no amor e na santificação." (Ef 5:24 [ACF2007]) “De sorte que, assim
como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a
seus maridos”.
Há sim distinção de sexos quanto à ordem natural e espiritual, mas não é uma realidade no
âmbito celestial, anjos auxiliam as mulheres espirituais para o cumprimento das coisas das
mulheres, e aos homens espirituais para o cumprimento das coisas dos homens, homens
não devem fazer uso do particular de mulheres e mulheres não devem fazer uso do
particular de homens, sendo violação aos princípios bíblicos.
Só entendendo devidamente este fato é que Gl 3:28 não irá chocar-se com o entendimento
supracitado por Paulo, ou seja, anjos agem em nossa esfera natural espiritual, baseados
nos ditames bíblicos, pois qualquer violação dos mesmos constituem-se em pecado e
consequentemente os anjos não agirão em favor de obstinados.
*Observação, note que este ofício específico dos anjos se aplica aos que hão de herdar a
Salvação ( Hb 1:14 ), aos membros da igreja de Cristo, não significando que um anjo não
poderá exercer outros mandos Divinos exclusivos.
8
A igreja é composta por macho e fêmea dentro de uma mesma esfera, e isto é observado
pelos anjos como algo natural e ordinatório, embora no âmbito celestial não haja sexo, nem
macho ou fêmea, e Nele somos todos perfeitamente iguais.
Os anjos se fazem presentes e observam a igreja estando prontos a servi-la (ver Ef 3:10,; 1
Pe 1:12; Hb 1:14), por isso saber compor-se diante deles é também parte de um “culto
racional” oferecido à Deus quando são ministros de Deus delegados.
(Rm 12:1 e 2 [ACF2007]) “ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que
apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, [que é] o vosso
culto racional.
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do
vosso entendimento, para que experimenteis qual [seja] a boa, agradável, e perfeita
vontade de Deus.”
O cabelo é uma das partes do corpo da mulher de Deus que está em sacrifício vivo
invariável. O cabelo é um seguimento de sua própria pele sendo irremediavelmente parte
do seu próprio corpo e autômato componente na liturgia quando crendo ela com um
entendimento renovado pelo Espírito Santo o dever de usá-lo, assim efetivará a sua liturgia
racional elevada à Deus (culto).
4 Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria
cabeça.
(1Co 11:4 [TR]) πας ανηρ προσευχομενος η προφητευων κατα κεφαλης εχων καταισχυνει
την κεφαλην αυτου
O homem que cobre sua cabeça, não está discernindo ou distinguindo tudo o que
mencionamos na explanação do verso anterior (verso 3), desconhece o fato de que anjos
em nossa esfera agem no Corpo (igreja) de Cristo (Hb 1:14), (Sl 138:1), (1Co 4:9), (Ec 5:6),
(Mt 1:20), (Mt 18:10), (At 8:26), (At 10:22), (At 12:7), (I Cor 4:9), (Gl 3:19), enfim, (Hb 1:7
[ACF2007]).
“E, quanto aos anjos, diz: Faz dos seus anjos espíritos, E de seus ministros labareda de
fogo”.
O culto é racional, e por isso o homem espiritual deve discernir na ordem natural a
presença dos anjos não cobrindo sua cabeça causando confusão, mesmo embora em
Cristo não haja distinção entre homem e mulher (Gl 03:28). Ter o varão tal atitude desonra
a sua própria proeminência mostrando dentro da Igreja que é falto de entendimento e
alienado à realidade da questão dos anjos, demonstrando não ter discernimento quanto às
verdades espirituais da presença dos anjos em todo o momento na vida dos santos e no
culto a Deus, ou seja, cobrir e não cobrir a cabeça é somente uma questão terrena
espiritual e não uma realidade no âmbito celestial, também de extrema importância.
Devemos entender que há questões terrenas que são espirituais e que há questão
explicitamente celestial. Para uma melhor compreensão vamos a passagem de João 3
onde Jesus de Nazaré diz a Nicodemos que aquele que não nascer da água e do Espírito
não pode entrar no reino de Deus e o que é nascido da carne é carne e do Espírito é
espírito (verso 5 e 6). Isto tudo que Jesus disse é terreno, sendo o celestial o Reino de
Deus. Nicodemos quando pergunta, (Jo 3:9 [ACF2007]) “Nicodemos respondeu, e disselhe: Como pode ser isso?”, a resposta de Cristo comprova que tudo o que havia dito seria
terreno (Jo 3:12 [ACF2007]) “Se vos falei de [coisas] terrestres, e não crestes, como
crereis, se vos falar das celestiais?”. Em suma, algo terreno poderá ser mundano ou de
ordem espiritual e jamais celestial por enquanto, pois para Deus não há nada impossível.
(Lc 1:37 [ACF2007]) “Porque para Deus nada é impossível.”
9
5 Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria
cabeça, porque é como se estivesse rapada.
(1Co 11:5 [TR]) πασα δε γυνη προσευχομενη η προφητευουσα ακατακαλυπτω τη κεφαλη
καταισχυνει την κεφαλην εαυτης εν γαρ εστι και το αυτο τη εξυρημενη
Esta expressão usada refere-se a uma condição emocional, psicológica ou moral da
mulher no momento litúrgico, sem o véu ela estaria demonstrando o seu modo próprio de
encarar a situação e aos acontecimentos em relação aos anjos, ou seja, está sendo
licenciosa desonrando sua própria pessoa (cabeça). Violando o entendimento correto das
coisas, no autômato, está se desonrando seguindo ordens como se destituída de
consciência, raciocínio, pois é atitude imprópria da serva de Deus não saber discernir a
questão dos anjos para assim prestar um culto racional a Deus. Como já vimos, em foco, a
mulher deve usar o véu na oração e culto por causa dos anjos e não devido a Deus (Gl
03:28) ou aos homens (1Co 11:10).
Para a mulher é coisa indecente rapar tanto quanto não discernir a importância de se ter
que cumprir o uso do véu sobre o cabelo na questão dos anjos, por isso a expressão “como
se estivesse rapada”, querendo nos dizer que é muito mais indecente não entender a
questão dos anjos, ignorar ou discordar da necessidade do uso do véu mediante aos fatos.
6 Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher
é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu.
(1Co 11:6 [TR]) ει γαρ ου κατακαλυπτεται γυνη και κειρασθω ει δε αισχρον γυναικι το
κειρασθαι η ξυρασθαι κατακαλυπτεσθω
Paulo ao usar a palavra “portanto” quis dizer; “assim sendo”, e quando diz “tosquiese também”, está apresentando uma solução e não uma loucura ou alienação aos fatos,
tanto que logo nos leva a analisarmos a questão da mulher na sociedade de que é
vergonhoso tosquiar-se ou rapar-se. É intenso neste verso que a questão não é a mulher
cobrir a cabeça por submissão ao homem, e sim o cabelo por causa dos anjos (verso 10),
tanto que ela tem a opção de rapar-se ou tosquiar-se e não fazer uso do véu.
Não fazendo uso do véu poderíamos dizer que ela não precisaria mais demostrar
submissão aos homens na igreja por ter rapado ou cortado curto radical o cabelo?
Por que só as mulheres de cabelo comprido teriam de por o véu como sinal submissão aos
homens?
Por isso esta interpretação de que a mulher deve usar o véu como sinal de submissão ao
homem não resulta num entendimento fulgente cristão.
Este sexto verso magnificamente mostra que a mulher cortar radical o cabelo ou raspá-lo
não é pecado, Paulo não estaria dizendo para a mulher que não se cobre com véu cortar
radical o cabelo ou raspá-lo se esta atitude fosse episódio de pecado.
[*tosquiar-se (cortar muito curto, radical). *rapar-se (ação de limpar, cortar rente o pelo, com
navalha)].
Repercuto, “Paulo ao usar a palavra “portanto” quis dizer; “assim sendo”, e quando diz
“tosquie-se também”, está apresentando uma solução e não uma loucura ou alienação aos
fatos, tanto que logo nos leva a analisarmos a questão da mulher na sociedade de que é
vergonhoso tosquiar-se ou rapar-se.”
7 O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a
mulher é a glória do homem.
(1Co 11:7 [TR]) ανηρ μεν γαρ ουκ οφειλει κατακαλυπτεσθαι την κεφαλην εικων και δοξα θεου
υπαρχων γυνη δε δοξα ανδρος εστιν
10

8 Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem.
(1Co 11:8 [TR]) ου γαρ εστιν ανηρ εκ γυναικος αλλα γυνη εξ ανδρος
9 Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do
homem.
(1Co 11:9 [TR]) και γαρ ουκ εκτισθη ανηρ δια την γυναικα αλλα γυνη δια τον ανδρα
A mulher não é a imagem e glória de Deus, e por isso ela deve cobrir a cabeça?
Não é nascente o aforismo no verso 7 “o homem é o cabeça” ante (Gn 1:27 [ACF2007]) “E
criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”,
pois ambos foram criados por Deus, não criou Deus a mulher para o homem em primeiro
plano, antes criou um para o outro e tudo e todos em harmonia inclusive animais e plantas,
pois disse o SENHOR Deus: “Não é bom que o homem esteja só”, (Gn 2:18).
Deus não pensou na mulher para o homem em primeiro plano, pensou na situação dele
não estar só, ou seja, criou a mulher para que a partir dela não estivesse só, não criou a
mulher para ser dele. Na integra o homem não poderia ficar só na face da terra, seria bom
que tivesse amigos, irmãos, sobrinhos, mãe, pai, companheiros para o trabalho e com
quem projetar e unir forças para viver a vida. Mas para chegar a isto teria de se ter um
ponto de partida onde tudo se concluiria dentro da ordem criadora do gênesis, crescei e
multiplicai. Para isto, Adão sendo homem, criou Deus a mulher, se houvera criado a mulher
primeiro, também não seria bom que a mulher vivesse só, do mesmo modo teria criado o
homem, não para ela, mas para que ela não vivesse só a partir dele.
Não é bom que o homem ou até mesmo a mulher esteja só, e não significa sexo e possuir
alguém para si quando isto Deus falou. Significa viver em família, amor e união com o
próximo no presente e futuro. É desagradável um servo ou serva de Deus ao ler Gn 2:18
pensar minusculamente em sexo, prazer e no poder de possuir alguém para o seu próprio
ego no corpo e na alma. Após este episódio de gênesis houve e há homens e mulheres
que não fazem sexo, e por se portarem assim não constitui estarem sós, pois eles têm
amigos, vizinhos, família e outras pessoas que na sociedade lhes prestam serviços como
professores, médicos, motorista e ainda suporte espiritual como pastores, padres e demais
irmão na fé. O prelúdio de Gn 2:18 é particularmente um problema inicial que já foi
resolvido quando Deus criou a “varoa” que após o pecado se tornou “Eva”.
Não seria justo Deus criar a mulher menos favorecida ou menos racional, ao observarmos
vemos que as ordens e os domínios dados antes do pecado foram aos dois sem distinção
de sexo ou de suposta grande valorização alocada ao homem. (Gn 1:28 [ACF2007]) “E
Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e
sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o
animal que se move sobre a terra”, ou seja, Deus sortiu uma ajudadora comparável a ele e
jamais inferior, demonstrando ser um Deus a favor da vida, liberdade.
E porque Paulo fala que esta mulher é a glória do homem?
A princípio um era a glória do outro, todos e tudo de Deus. Havia a perfeição na
convivência, mas vindo o pecado surgiu a bifurcação, tanto que a qualificação dado pelo
“varão” logo após o surgimento da mulher antes do pecado como já citei, foi o de “varoa”,
significando serem semelhantes, “varão e varoa”. Logo após o pecado foi dado por Adão a
esta varoa o denominativo de Eva=vida [‫ חוה‬Chavvah ], que é um causativo, justo por ser
“mãe” [‫’ אם‬em], que no hebraico tem o significado de “ponto de partida ou divisão”
(bifurcação). O surgimento deste ponto de partida mudam os acontecimentos, a mulher
passa a ser sujeita ao homem como consequência de seu erro e não por aceitar
passivamente a dominação, embora ela deva segundo (1Tm 2:14 e 15 [ACF2007]) “E Adão
11
não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. Salvar-se-á,
porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação”,
o substantivo “modéstia” inserida pelo tradutor vem do grego σωφροσυνη [sophrosune],
que equivale ao estado de conservar-se em estabilidade mental, com moderação e
autocontrole. Justo por que é impossível que alguém tendo de suportar pela expressão
condicional usada “se permanecer”, sinta-se com isto concretizada em não poder partir em
referência ao seu estado e condição em que vive. É majoritária a lei da liberdade para
todos por ter e possuir os votos bíblicos imprescindíveis à alma escravizada e aprisionada
devido ao pecado.
Paulo nos versos 7, 8 e 9, novamente remonta o raciocínio à doutrina do Gênesis bíblico e
no verso 10 a causa de tudo [anjos].
Onde no Gênesis [anjos] se faziam presentes adquirindo conhecimento no
desenvolvimento do quadro da criação do macho e fêmea, dos animais e botânica, de tudo
ante o seu Criador e implicações. Também por meio da contemplação adveio aos anjos a
informação da ordem de todas as coisas criadas, a de compreender o certo e o errado, o
bem e mal. Contemplação abalizada na circunspecção da criação cuja operação depende
da intervenção consciente da vontade de todos em harmonização sem a exclusão do Seu
Criador no corpo de regras e das diligências estabelecidas.
Os anos ao considerarem a criação, passam a serem formados e aperfeiçoados quanto à
ordem e igualmente o que seria a desordem da mesma. Dentro deste contexto todo Paulo
arremete aos irmãos e irmãs o discernimento da ordem criadora inicial, de que a mulher
não é a glória do varão antes de ambos pecarem, porquanto a “varoa” saiu de dentro do
“varão” ( Gn 2:21,22,23 ), na “Bíblia Literal do Texto Tradicional Anotada” diz exatamente
assim; E Adão disse: "Esta [é] agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta
será chamada varoa, porquanto foi tomada de dentro do varão." (Gn 2:23 [LTT2009]).
Após a desobediência e desordem, passa a ser necessária uma nova ordem à
reestabelecer dando continuidade, surgi então a reordenação criadora no Gênesis. É
dentro desta reordenação que se encontra a ordem devida na liturgia pregada por Paulo,
não a idéia de que a mulher é inferior ou que em Cristo a mulher continua não liberta da
consequência de seu erro lá no Éden que assinalou de um modo geral a situação de sua
alma (Gn 3:16 [ACF2007]) “E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua
conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te
dominará.” Pode-se dizer que a mulher continua a sofrer dor em sua conceição, mas isto é
natural e não espiritual, e quando a bíblia diz que toda a criação geme e não só ela, mas
nós mesmos (Rm 8:23, 23), entre outras esta passagem também cita o aumento doloroso
da mulher na conceição e o suor do homem seguindo a reordenação que passou a ser
chamado de natural por nós, o que não era a princípio. Mas a questão de escravidão na
alma, opressão sentimental espiritual, onde a lei da liberdade em Cristo Reina, não deverá
ser mantida. É majoritária a lei da liberdade para todos por ter e possuir os votos bíblicos
imprescindíveis, Cristo é tudo em vós. (Jo 8:36 [ACF2007]) “Se, pois, o Filho vos libertar,
verdadeiramente sereis livres”.
É consequente sofrermos aflições por meio de fatores externos e não entre nós, o servo e a
serva não deve oprimir sua irmã ou irmão, devem respeitar a lei da liberdade da alma e do
espírito e levarem a carga um dos outros.
Quando um homem sujeita a mulher ou acha que esta deve a ele alguma glória, o faz
submissa sem razão não discernindo todas as coisas. A mulher é adjutora e o homem nada
é também sem a mulher, ou seja, Paulo explica a ordem na criação para a ordem no culto,
mas adverte e determina que sejam todos iguais diante de Deus (1Co 11:11 e 12
[ACF2007]) “Todavia, nem o homem [é] sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no
12
Senhor. 12 Porque, como a mulher [provém] do homem, assim também o homem [provém]
da mulher, mas tudo vem de Deus”.
É por esta razão toda explicada e por questão da criação, que a mulher deve fazer uso do
véu, sendo só uma questão de ordem no mundo natural contemplado e servido pelos anjos
(1Co 11:9 [ACF2007]) “Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas
a mulher por causa do homem. 10 Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça [sinal de]
poderio, por causa dos anjos”.
A palavra “portanto” (verso 10) significa assim sendo, por conseguinte, por causa disto e
consequentemente, ou seja, usar véu é uma consequência de fatores externos e naturais
da nossa esfera de convívio, nunca por motivos espirituais e devoção a homem ou
submissão de alma a qualquer homem. Embora o respeito e o amor sejam precisados e
mútuos nos irmãos não devendo ser confundidos quando parte da mulher em relação ao
homem como equivalência de submissão, o fator uso do véu nunca é em sujeição ao
homem e sim por causa dos anjos.
10 Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça [sinal de] poderio, por causa dos anjos.
(1Co 11:10 [TR]) ( δια τουτο οφειλει η γυνη εξουσιαν εχειν επι της κεφαλης δια τους
αγγελους )
Este verso 10 é a chave do contexto todo. A palavra “portanto” é o mesmo que dizer
“por causa disto”, ou seja, Paulo conclui o assunto dizendo; “por causa disto a mulher
deve”, precisa, é obrigada não havendo probabilidade de isenção e sim um débito
decorrente no evento. Talvez o que muitos não observam é a simples palavra “deve” no
verso, e se deve terá de preencher o débito usando o véu. O uso do “portanto” mostra que
este versículo é uma conclusão do que o apóstolo estava abordando, na estimativa
presença real dos anjos na liturgia.
Deve ter sobre a cabeça “poderio” [ εξουσια - exousia ], ou seja, direito ou poder de
ordenar, de agir, de se fazer obedecer, liberdade para se fazer como se quer. Esta palavra
“exousia”, não deriva de governar, domínio e poder, posse e comando. Não é isso o que
Paulo quis dizer, “Exousia” deriva de se expandir, retesar, arrojar, projetar para frente,
esticar, ou seja, o uso do véu é para projetar a mulher, ter o direito de ordenar e o poder de
agir na liturgia, culto. É improfícuo a mulher fazer uso do véu não podendo agir como os
homens obram no serviço de culto.
Não receber tal poderio estando com o véu, e não tendo prestígio da irmandade masculina
para poder agir sem restrição, é inculto a irmã encontrar-se utilizando o véu na liturgia. Há
igrejas em que as mulheres fazem uso do véu não podendo pregar a palavra, subir na
tribuna, batizar ou ordenar qualquer outra coisa, estas irmãs fazem o uso do véu no modo
fantasioso, como se o véu que usam não lhes concedesse poderio algum ou nem mesmo o
reconhecimento da irmandade masculina para o serviço de culto. Uma liderança zelosa que
dá autoridade apropriada a Palavra de Deus, deve antes bispar o que tão claro conservarse no verso 10, o poderio que a mulher recebe ao fazer uso do véu.
11 Todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no SENHOR.
(1Co 11:12 [TR]) ωςπερ γαρ η γυνη εκ του ανδρος ουτω και ο ανηρ δια της γυναικος τα δε
παντα εκ του θεου
12 Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher,
mas tudo vem de Deus.
(1Co 11:11 [TR]) πλην ουτε ανηρ χωρις γυναικος ουτε γυνη χωρις ανδρος εν κυριω
13
Os versos 11 e 12 conjuminam com a vontade de Deus inicial de Gênesis antes do
pecado, por isso Paulo diz “todavia”, ou seja, em todo o caminho ou desta forma. O uso do
véu por causa dos anjos não tem o significado de ser inferior no SENHOR, quando o
homem não independe da mulher e nem a mulher independe do homem. As traduções
bíblicas em geral traduzem χωρις – choris por “sem” ou “independente”, denotando que a
mulher não é separada do homem e muito menos o homem se destaca da mulher.
Paulo apregoa submissão das mulheres aos maridos no convívio conjugal na conjuntura
social da época e cultura, inculca explicitamente sua subordinação ao homem na relação
do casamento deste século (Efésios 5:22, Colossenses 3:18 , 1 Pedro 03:01), mas não na
liturgia. Deixa claro ao dizer que somos todos iguais no SENHOR, homens e mulheres,
“nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no SENHOR”, ambos em a
mesma plataforma.
Se antes do pecado a mulher proveio do homem e se há nisto alguma glória para o mesmo
(verso 12), vemos que após o pecado, “todos os homens” derivando da mulher inclusive o
Salvador bem como as demais mulheres, seria então uma glória maior que a do homem
sem contar que esta também concebeu do mais Sagrado, do Espirito Santo. Outro fator a
isto, é que após a consequência do pecado a mulher é imediatamente convocada a
conceber “o” Semente de Deus, quando o homem e a serpente permanecem desolados no
contexto sem prévia participação. Mas em nada disto há uma importância na real totalidade
da humanidade, “tudo vem de Deus” como um propósito Divino, conclui Paulo.
Se Paulo convivesse em nossa atual conjuntura social, apregoaria que homem e mulher
devem ser submissos um ao outro na vida conjugal para uma ordem mais humana e justa
igualitariamente no SENHOR, absoluta em matéria política, social e cívica. Justo pelo
adequado casamento de direitos iguais deste século, impetrar superioridades na
compreensão dos casais mais civilizados em combinar-se e harmonizar-se melhormente
frente aos problemas sociais de sua época, civil e religioso.
13 Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta?
(1Co 11:13 [TR]) υμιν αυτοις κρινατε πρεπον εστι γυναικα ακατακαλυπτον τω θεω
προσευχεσθαι ;
14 Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo
crescido?
(1Co 11:14 [TR]) η ουδε αυτη η φυσις διδασκει υμας οτι ανηρ μεν εαν κομα ατιμια αυτω εστι
15 Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar
de véu.
(1Co 11:15 [TR]) γυνη δε εαν κομα δοξα αυτη εστιν; οτι η κομη αντι περιβολαιου δεδοται
αυτη
Não importando se a mulher está num culto público ou em secreto, ao fazer uso do véu ela
está em conformidade com o que se espera da sua apresentação por causa dos anjos, ou
seja, decentemente?
Após tornar claro e inteligível a questão do véu, Paulo diz; “Julgai”, não para deliberar como
juiz, nem de supor e nem de emitir parecer, e sim considerar. E ao considerar, está nos
conforme-os com o que se espera da mulher. Orar a Deus sem o véu? É conveniente
[decente - πρεπω - prepo] (verso 13) manifestar-se a Deus sem o véu? Sim ou não?
Observemos a resposta lógica do verso 14 a seguir; “Ou não vos ensina a mesma natureza
que é desonra para o homem ter cabelo crescido?”. A conjunção “ou”, serve para ligar as
orações desta homilia, indicando: obedecendo à mesma ordem.
14
No verso 15 Paulo faz citação ao cabelo da mulher no qual deu motivos nos versos
anteriores para cobri-lo com o véu (verso 6). Vemos que na homilia Paulo deu razões
obvias para cobri-lo, vemos no verso 15 ele defender as mulheres que querem ter o cabelo
crescido por ser-lhes honroso, assim como não poderia contra dizer-se no que disse no
verso 6 “...se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu”.
Ou seja, Paulo não poderia no verso 6 pedir o uso do véu quando pela natureza é
indecente ela ter cabelo curto, e no verso 15 exonerar o véu por causa do seu próprio
cabelo comprido. É obtuso pensar que o uso do cabelo comprido substitui o véu quando o
contexto do véu é para cobrir o cabelo comprido e não a cabeça.
O que induzem as pessoas a arrazoarem erroneamente e não acertar toda a questão do
véu é não ter descoberto na leitura que o véu não é para cobrir a cabeça da mulher e sim o
cabelo comprido que ela possui (reler dissertação feita do verso 6 para melhor entender).
Paulo não poderia ter dito no verso 6 “ que ponha o véu” se o motivo não fosse o próprio
cabelo comprido na questão, sendo que se rapasse não teria de usar o véu (verso 6). Logo
segue que o cabelo não foi lhe dado em lugar de véu na liturgia se não somente no uso
natural (natureza) com Paulo mesmo discorre; “Ou não vos ensina a mesma natureza que
é desonra para o homem ter cabelo crescido, mas ter a mulher cabelo crescido lhe é
honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu” (na natureza). Natureza é o
conjunto de elementos do mundo natural em que vive o ser humano, homem e mulher, e
liturgia é o universo espiritual deste ser, de adorar em espírito e em verdade (João 4:23).
Paulo nunca tirou o direito das mulheres de querer ter cabelo crescido pela sua natureza,
pois dentro do mundo natural lhe é honroso, indecente (vergonhoso) seria tirá-lo, uma
intratabilidade. Solução, que ponha o véu (verso 6).
Pormenorizando..., não significa que ao ter pela natureza a mulher cabelo crescido é
motivo de ela usar o não o véu, ou por ser isto ao menos algum exemplo a ser seguido na
liturgia.
16 Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de
Deus.
(1Co 11:16 [TR]) ει δε τις δοκει φιλονεικος ειναι ημεις τοιαυτην συνηθειαν ουκ εχομεν ουδε αι
εκκλησιαι του θεου
17 Nisto, porém, que vou dizer-vos não [vos] louvo; porquanto vos ajuntais, não para
melhor, senão para pior.
(1Co 11:17 [TR]) τουτο δε παραγγελλων ουκ επαινω οτι ουκ εις το κρειττον αλλ εις το ηττον
συνερχεσθε
18 Porque antes de tudo ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões;
e em parte o creio.
(1Co 11:18 [TR])πρωτον μεν γαρ συνερχομενων υμων εν τη εκκλησια ακουω σχισματα εν
υμιν υπαρχειν και μερος τι πιστευω
19 E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem
entre vós.
(1Co 11:19 [TR])
δει γαρ και αιρεσεις εν υμιν ειναι ινα οι δοκιμοι φανεροι γενωνται εν υμιν
Sabemos que o uso do véu não é costume apregoado por Paulo, verso 10 diz que é um
dever. Neste verso 16, “costume”, se refere as contendas como uma particularidade de
15
algumas pessoas na igreja de Corintos rezingada por Paulo nos versos 17, 18, 19 e
anteriores;
(1Co 1:10 [ACF2007]) “Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo,
que digais todos uma mesma [coisa], e [que] não haja entre vós dissensões; antes sejais
unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer”.
(1Co 1:11 [ACF2007]) “Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da
família de Cloé que há contendas entre vós”.
(1Co 3:3 [ACF2007]) “Porque ainda sois carnais; pois, [havendo] entre vós inveja,
contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?”
Observe que Paulo fala que “se alguém quiser ser contencioso”, não diz que na igreja todos
são contenciosos, ao comentar haver nela “sinceros” (verso 19). A colocação de Paulo foi
sábia ao dizer “não temos tal costume, nem as igrejas de Deus”, denotando ser costume
particular de alguns somente, não sendo a dele e nem das igrejas de Deus.

Ligando o elo perdido pela igreja cristã.
Uma vez entendido a causa do uso do véu em sua abrangência parcial, resta ainda saber o
que antipatiza a mulher ter cabelo comprido diante dos anjos na liturgia.
Antes, por que existem e o que são os anjos?
*Teologia dos anjos tem como enfoque principal estudar a existência, ministério e presença
dos anjos na vida dos que servem e temem a Deus. A ênfase sobre esta doutrina, porém,
tem gerado sérios problemas, levando os incautos, inclusive, a prestar culto aos seres
angélicos. [*DIC. TEOL. autor Claudionor Correia de Andrade].
O ministério dos anjos é determinado pelo próprio vocábulo anjo, operam de acordo com a
justiça de Deus não estando subordinados a nossa vontade embora cuidem dos filhos de
Deus, (Hb 1:14 [ACF2007]) “Não são porventura todos eles espíritos ministradores,
enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” (Sl 34:7 [ACF2007])
“O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.” e (At 5:19; 12:7; Ap
7:1-3).
São enviados para punir (cf Ex 12:13; 2 Sm 24:17; At 12:23; Ap 8:2; 15:1; 16:1).
A palavra anjo “αγγελος-aggelos” tem uma origem, vem de um sentido e tem um ensejo em
sê-la, pois é a junção do verbo primário grego “αγω-ago” com a palavra “αγελη-agele”. A
palavra “αγω-ago” significa conduzir pelas mãos a um lugar determinado, a palavra “αγεληagele” denota quantidade, companhia, rebanho. Sendo assim a palavra anjo significa
aquele que conduz um rebanho pelas mãos, no caso pessoas a um destino seguro.
Só entendendo as junções das palavras “ago+agele”, que deram origem a palavra anjo
“aggelos”, é que poderemos entender por que no livro do Apocalipse a palavra foi
endereçada ao “anjo da igreja”, e do por que se faz uso deste termo àquele que preside na
comunidade. Não é complexo, mas é surpreso ver toda esta relação entre anjos, homens,
Deus, Lei e evangelho, Cristo e a igreja.
Por tudo isto e não só por isso, durante toda a história humana os anjos ganharam este
autônimo como o resultado de suas funções expeditivas com os desígnios Divinos de guiar
os homens. Ou seja, de guiar um rebanho a Deus até que viesse a posteridade a quem a
promessa tinha sido feita, até a plenitude dos tempos (Gal 3:19: 4:4). Não só por isso como
disse, mas também de guiar para fora do perigo. Os anjos não só guiaram os homens até a
vinda de Jesus na plenitude dos tempos como interveem na história da igreja, e equivalem
em completude a uma manifestação plenamente Divina, observam, acompanham a
ampliação e amplidão do evangelho no mundo participando efetivamente (ver Ef 3:10, 1 Pe
1:12).
16

Para melhor entender o que antipatiza a mulher ter cabelo comprido diante dos anjos na
liturgia, qual a relação do homem com o cabelo da mulher?
Biblicamente os homens são deuses;
-(Sl 82:6 [ACF2007]) “Eu disse: Vós [sois] deuses [heb. ‫’( אלהים‬elohiym )], e todos vós filhos
do Altíssimo.”
-Jo 10:34-35-36 (ACF2007) “Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu
disse: Sois deuses [gr. θεος ( theos )]? Pois, se [a lei] chamou deuses àqueles a quem a
palavra de Deus foi dirigida, e a Escritura não pode ser anulada, Àquele a quem o Pai
santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?”
A mulher tem o cabelo comprido segundo a natureza e não segundo os propósitos de
Deus, mas por ser agradável a ela, aos homens e a sociedade tanto a religiosa como a
comum, a reconhecem e a adotam, enfim, passa a lhe é honroso. Desta forma agrada a
homens (deuses-senhores) em termos gerais. Por isso ao se apresentar diante de Deus,
estando presentes seus santos anjos que nos assistem nas assembleias para o culto
racional em que glorificam a Deus pela Sua multiforme sabedoria que se encontra na igreja
de Cristo (Ef 3:10), num deverá adentrar carregando este sinal (cabelo comprido) à
presença de Deus sabendo que segundo o uso natural lhe é honroso, justo por agradar
outros senhores (deuses) em termos gerais. Então que tenha o véu como sinal de poderio,
cobrindo o cabelo em reconhecimento e discernimento, sem perder a honra natural em têlo. Deus é amor e não afligirá a mulher naquilo em que lhe é uma honra ter, bastando ela
fazer o uso do véu, discernindo tudo não desonrará a sua própria cabeça (I Coríntios 11:5),
dando toda a devoção e honra unicamente em totalidade a Deus.
Se lhe é vergonhoso segundo o uso natural tosquiar ou raspar o cabelo, que ponha o véu
segundo o amor Divino (1 Coríntios 11:6). Amor este, sabendo Deus ser uma glória e honra
à sua filha ter o cabelo comprido, não exige sacrifício triste em ato substitutivo ao sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus que é o culto racional (Rom 12:1), discernindo com
entendimento, ordem e decência as questões terrenas e espirituais.
Shallon Oneg Sabbat, amém...
Amauri R. Ferreira.
2014

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O uso do véu

  • 1. 1 O uso do véu na liturgia (culto) por Amauri R. Ferreira *Os Textos foram extraídos da versão bíblica traduzida para o Português por João Ferreira de Almeida, Edição Corrigida e Revisada. Fiel ao Texto Original, Edição 2007. [ACF2007 - Almeida Corrigida e Fiel 2007], acompanhados dos Textus Receptus. *palavras entre colchetes nos versículos bíblicos citados, significam que estas palavras foram adicionadas pelo tradutor para dar um maior entendimento aos textos traduzido por ele, não estão nos manuscritos originais, mas se apoiam na interpretação particular do tradutor a partir do contexto. Liturgia é o conjunto dos elementos e práticas do culto religioso. Há passagens e fatos na bíblia do uso do véu sobre o rosto, sobre a cabeça, no tabernáculo, no templo, na liturgia e como exponente de amargura e obscurecimento, e vezes traduzidas por cabelo, manto, coberta, invólucro, cortina, mantilha..., pois o tradutor sempre dará a esta palavra uma adequação ao texto mediante seu entendimento pelo contexto, por isso dever-se-á buscar o sentido do uso de cada palavra que se refere a cobertura. Na síntese, o véu sempre é usado para cobrir ou ocultar, sendo que ao cobrir ou ocultar este poderá se tornar até mesmo um ornamento majestático. Ele ocorre mais de cinqüenta vezes na bíblia, ora usado por profetas, mulheres, pelo Senhor na construção do Tabernáculo ou concebida como expressão delatora do mal. Seria muito cansativo citá-los todos, adotando o texto áureo como decisão, citaremos somente os de relevância e que igualmente venham a contribuir e dar esclarecimento ao texto áureo referente às mulheres na liturgia.
  • 2. 2 TEXTO ÁUREO. I Coríntios 11 [ACF2007] 1 SEDE meus imitadores, como também eu de Cristo. 2 E louvo-vos, irmãos, porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos como vo-los entreguei. 3 Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo. 4 Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. 5 Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. 6 Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. 7 O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. 8 Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem. 9 Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. 10 Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos. 11 Todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no SENHOR. 12 Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher, mas tudo vem de Deus. 13 Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta? 14 Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido? 15 Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu. 16 Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus. Diferençando o uso do véu nos textos bíblicos: 1) ‫ ( כסות‬k ̂ecuwth ) = vestimenta, coberta, coberta (para ocultamento). (Gn 20:16 [ACF2007]) “E a Sara disse: Vês que tenho dado ao teu irmão mil [moedas] de prata; eis que ele te seja por véu dos olhos para com todos os que contigo [estão], e até para com todos os [outros]; e estás advertida.” Este véu supracitado está num sentido emblemático de reparação, de Abimeleque para com Sara e Abraão, por um erro cometido. A aceitação de suas dádivas levaria Abraão a crer na inviolabilidade presente da castidade de sua mulher decorrente do infeliz fato. A expressão “por véu dos olhos” harmoniza-se com o véu em que as mulheres diante de seu noivo se declaravam guardada de impurezas e invioladas em sua conduta moral e corpórea. Em Gn 32:20 a expressão de Jacó “aplacarei” [‫ ( כפר‬kaphar )] está na mesma acepção de reconciliar, purificar, expiar o erro, trazer a paz. Véu nestes contextos não é um artefato, e sim procedimentos lógicos perfeitamente definidos que levam à solução de um problema aparente. O véu de I Cor 11, não é para ressarcir um dano ou cobrir uma ofensa, tem o caráter de entender as possibilidades das mulheres inda mais, sendo um sinal de poderio e não de cobrir uma vergonha ou dano. 2) ‫ ( צעיף‬tsa Ìiyph ) = invólucro, chale.
  • 3. 3 (Gn 24:65 [ACF2007]) E disse ao servo: Quem [é] aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? E o servo disse: Este [é] meu senhor. Então tomou ela o véu e cobriu-se. Rebeca cobre-se com véu [invólucro] o rosto, e segundo a tradição judaica do matrimônio que prima o varão, a prometida ou correspondente não demonstra em sua apresentação primeira sua formosura ou forma exterior, pois uma moça que se singulariza em sua forma exterior inicialmente não demonstra ponderar as veredas da vida conjugal, desfavoravelmente comprova ser formada de ideias preconcebidas e alimentadas pela falta do conhecimento real sobre o assunto em questão. O ato de Rebeca cobrir-se com o véu, caracterizava que o fundamental entre um homem e uma mulher não seria a atração física, o estereótipo, o efêmero, e sim a integridade interior em seus valores. Orgulhosamente Rebeca não queria ser incompreendida por Isaque, de pensar que ela foi escolhida por sua beleza exterior e não segundo suas qualidades e prestimosidade como veem no contexto, ”Seja, pois, que a donzela, a quem eu disser: Abaixa agora o teu cântaro para que eu beba; e ela disser: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos; esta [seja] a quem designaste ao teu servo Isaque, e que eu conheça nisso que usaste de benevolência com meu senhor”. (Gn 24:14 [ACF2007]). O servo mais velho de Abraão inda na expectativa para saber se o SENHOR havia prosperado a sua jornada ou não, esperou que ela ainda desse de beber a todos os camelos, sendo o sinal que pediu a Deus, subsequentemente depositou o pendente e as pulseiras nas mãos de Rebeca, embora inda não glorificasse a Deus, o glorificou quando soube de quem ela era filha, “E ela lhe disse: Eu sou a filha de Betuel, filho de Milca, o qual ela deu a Naor. Disse-lhe mais: Também temos palha e muito pasto, e lugar para passar a noite. Então inclinou-se aquele homem e adorou ao SENHOR,” (Gn 24:24,25, 26 [ACF2007]). A partir deste momento sua missão se completou em partes, uma donzela, uma da mesma parentela, e assim carecia agora ter permissão dos pais da moça e também a vontade dela em partir ou não, pois disse Abraão; “Se a mulher, porém, não quiser seguir-te, serás livre deste meu juramento; somente não faças lá tornar a meu filho” (Gn 24:8 [ACF2007]). O servo manifestou o mesmo pensar aos familiares da donzela “Então disse eu ao meu senhor: Porventura não me seguirá a mulher” (Gn 24:39 [ACF2007]), a resposta a sua duvida não tardou,...“Então responderam Labão e Betuel, e disseram: Do SENHOR procedeu este negócio; não podemos falar-te mal ou bem. Eis que Rebeca está diante da tua face; toma-a, e vai-te; seja a mulher do filho de teu senhor, como tem dito o SENHOR.” (Gn 24:50, 51 [ACF2007]). Observemos que o véu que Rebeca usou ao encontrar-se com Isaque não era um véu de uso litúrgico usado no serviço de culto a Deus, era parte de um cerimonial de casamento e usado para cobrir o rosto simbolizando a idoneidade da moça, diferente do véu usado na igreja de Corinto que era usado para cobrir somente o cabelo. (Gn 38:14 [ACF2007]) Então ela tirou de sobre si os vestidos da sua viuvez e cobriu-se com o véu e envolveu-se, e assentou-se à entrada das duas fontes que [estão] no caminho de Timna, porque via que Selá já era grande, e ela não lhe fora dada por mulher. Temos aqui outro caso, desta vez o véu [artefato] foi usado para confundir e ocultar em prol de uma causa justa, Tamar suspeitava que seu sogro pudesse não cumprir em tempo suficiente o dever do levirato antes mesmo de uma morte súbita. O dever do levirato (Dt 25.5-10) consistia na norma de obrigar um homem a casar-se com a viúva de seu irmão
  • 4. 4 quando este não deixava descendência masculina, ela então resolve por seus próprios meios conseguir os benefícios de tal edito (Dt 25.5-10), os meios usados parecem legais, fora acontecido após a morte da esposa de Judá por nome “Sua”, não se caracterizando adultério. O não cumprimento do edito faria com que a família de Judá fosse envergonhada diante dos anciães da cidade como “a casa dos descalçados”, é clássico bíblico não difamar toando como índole de seus chamados justos. Como exemplo, José ao saber que Maria estava grávida antes mesmo de conhecê-la, não obstante podendo expô-la segundo a lei, optou em deixa-la secretamente representando assim ser um homem justo, “Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente.” (Mt 1:19 [ACF2007]), de igual modo procedeu Tamar secretamente. O véu que Tamar usou não a confundiu com uma prostituta secular, pois as tais não usavam véu, Judá ao vê-la a teve por prostituta religiosa, ou seja, o motivo era mesmo religião, Judá só não concebia que se referia a sua própria religião, a dos Hebreus, quanto ao dever do levirato que ele já deveria ter cumprido para com Tamar. O motivo em que as mulheres usavam o véu na cidade de Corinto (I Cor 11) também era religioso, o motivo não era devido à prostituição no local, a bíblia não traz nenhuma referência que comprove esta teoria, o próprio texto nos diz que era por causa dos anjos [verso 10] e qualquer informação acertada fora da própria bíblia há consternação, “A Bíblia é toda a revelação Divina que necessitamos. Tudo o que for revelado sem o apoio das Escrituras é falso.” (O Pregador Eficaz – CPAD, pág. 72). Não podemos apoiar que seria o mesmo véu usado por Tamar o das irmãs em Corinto, o usado por Tamar cobria o seu rosto, cabelo e cabeça, era um invólucro, e o das irmãs em Corinto cobria somente o cabelo deixando o rosto descoberto a serem reconhecidas. Tamar usou o invólucro fora do templo, a irmãs em Corinto dentro do templo, Tamar usou para disfarce e as irmãs como sinal de poderio. O VÉU NA IGREJA DE CORINTO Foram destinadas somente aos irmãos de Corinto as cartas de Paulo e as orientações? Sabendo que devemos ter somente a bíblia como principal referencia, “A Bíblia é toda a revelação Divina que necessitamos. Tudo o que for revelado sem o apoio das Escrituras é falso.” (O Pregador Eficaz – CPAD, pág. 72). No capítulo primeiro da carta aos Corintos podemos ler; “À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, [Senhor] deles e nosso” (1Co 1:2 [ACF2007]). Nos mostra este verso que é endereçada a toda igreja de Deus em todo lugar, seja no Brasil ou na Grécia ou em qualquer época. Gl 3:28 [ACF2007] “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós [sois] um em Cristo Jesus”. Vamos expor o texto de 1 Cor 11: 1 ao 16 por partes sanando eventuais dúvidas, mas antes não deixemos de ouvir Gl 3:28. Ao dissertar 1 Cor 11: 1 ao 16 não podemos nos esquecer de que em Cristo Jesus não há homem e nem mulher, macho ou fêmea, e assim não podemos inferiorizar as mulheres frente aos homens. Devemos nos recomendar de que Cristo veio remir, sanar e restaurar tudo o que se perdeu no Éden, homem e mulher.
  • 5. 5 Não somente a pessoa deles como também os seus adequados direitos que se perderam e por vezes ainda se perdem na vida social, futuro e tudo que os cinge. A execração para todos nós é realidade vigente, mas Cristo é a nossa realidade que veio para dar a reabilitação, reparar falta, falha, crime..., expiar (Gn 3:15). Frente a isto não podemos pesar sobre a mulher um mal que lhe trouxe consequência a partir do Éden quando na verdade Jesus veio libertá-la de todo o sofrimento e opressão. Na essência do entendimento, ao mesmo tempo em que veio a maldição já havia vindo à absolvição em gênero, ou seja, a quebra antecipada da maldição (a promessa) quando dito, (Gn 3:15 [ACF2007]) “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Como resultado de seu erro o homem por sua vez transpiraria para alcançar o pão, no entanto a mulher o tem ajudado não deitando todo o peso sobre os seus ombros quanto a isto, antes tem saído cedo para o trabalho e o defendido como adjutora em todas as suas extensões. Doutro feitio, quando o homem alimenta toda a sentença fenomenal dada a mulher no Éden torna-se injusto, injusto ao articular que esta terá de se manter em sujeição pelo o que aconteceu no passado custe o que custar. Se isto permanecesse escrito no Gênesis de fato, não supondo se estaria mal interpretando-o, nesta proposição é o mesmo que dizer, Cristo não poderá libertá-la e nem mesmo a libertou da consequência de todo o seu pecado num ascendente raciocínio culpabilizador. Ao tentar compreender o texto que iremos dissertar com raciocínio culpabilizador, nada perceberá da veridicidade coexistente, antes absurdos abrolharão em suas mentes no proveito de 1 Cor 11: 1 ao 16. Absurdos bíblicos proferidos sobre 1 Cor 11: 1 ao 16 -Dizem que: *A mulher deve usar o véu pelo fato de ela ser a glória do homem. *O véu é sinal de poderio do marido sobre a esposa: 1 Cor. 11.10, complementado com Gen. 24.65 *A mulher se apresentar com a sua cabeça coberta, fica evidente que somente uma cabeça está descoberta e assumindo o governo da igreja. Tudo isto provém de más interpretações, a questão não é sobre a pessoa da mulher ou de que ela deva cobrir a cabeça ou o rosto, todo o texto é dirigido ao fato da mulher ter o cabelo comprido ou não, cobri-lo ou não. Tanto que se a mulher seguir a opção de raspar ou cortar curto, não será necessário fazer o uso do véu (verso 6). Todo o texto mantém a mulher livre em Cristo Jesus para fazer o que quiser no Senhor, e neste estudo veremos a fundamentação real do uso do véu. Lembramos que o homem não tem a opção de cobrir o cabelo, mesmo que este seja curto ou comprido, enfim, a mulher não deve cobrir o cabelo com o véu por causa do homem e sim por causa dos anjos (verso 10), sendo assim as que optam em serem careca ou de cabelo curto radical, não estão obrigadas ao uso do véu (verso 6), ou seja, não são obrigadas a demostrarem que estão submissas aos homens e que somente há uma cabeça descoberta na igreja e que são eles que estão no governo da igreja, no caso os homens. Somente as de cabelo comprido deve demostrar submissão aos homens e exemplificar que eles são cabeças naquele momento? Por isso tenho por absurdo tais interpretações bíblicas.
  • 6. 6 -Dizem que: *O ensinamento envolvia apenas a mulher casada, e não se fala nada da mulher solteira. Não é verdade, a própria bíblia responde como temos visto no verso 5 que diz; “toda a mulher”, ou seja, a solteira, a casada, a viúva, a divorciada, a noiva, as mais novas ou mais velhas, desde que seja uma mulher. -Dizem que: *Que é sinal de submissão ao homem no culto e por que os anjos estão presentes quando se ora e profetiza? Se for para demonstrar tal submissão aos homens, por que quando os homens não estão presentes elas continuam a fazerem uso do véu? Se o motivo fosse este, sozinhas em oração não deveriam usar o véu, então. -Dizem que: *Que se encontra uma vez escrito em uma única passagem o uso do véu, e por isto não se deve dar tanto crédito ou acatar. Não procede tal argumentação, pois Deus disse a Adão e Eva somente uma vez, “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17 [ACF2007]). Jesus também disse somente uma vez, “Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo”, (Mc 3:29 [ACF2007]). Não é por isto que deixaremos de acatar ou de dar crédito, se Deus falou basta uma vez. Quem tem ouvidos ouça! -Dizem que: *A natureza tem dotado a mulher com cabelo comprido como uma cobertura permanente, assim ela deve seguir, ou imitar, a natureza, providenciando uma cobertura temporária. Imitar não é o movedor do imperativo uso do véu, a mulher dotada de cabelo comprido pela natureza não acentua o caráter do mando, pois o cabelo cobre a cabeça quando o véu é para cobrir o cabelo segundo o contexto. Este pensamento como iremos ver, destoa e falta coesão para com o verso 10 onde a causa são os anjos. I Coríntios cap. 11 verso por verso explicados. 1 SEDE meus imitadores, como também eu de Cristo. (1Co 11:1 [TR]) μιμηται μου γινεσθε καθως καγω χριστου Imitar é reproduzir ou tentar reproduzir fielmente as características de alguém, e uma das características de Paulo era a de combater os costumes judaicos e pagãos, de pregar contra o valor de rituais e usos que não estão presentes no cristianismo e na Graça. Paulo fala do uso do véu para a igreja de Cristo, logo se segue, se alguém é combatente dos uniformes da lei não poderia estar impondo usos e costumes como uso do véu no texto de I Cor 11. Este é o primeiro indício de que o uso do véu não são usos e costumes de judeus ou gregos, no entanto Paulo diz que a mulher “deve” usar o véu (verso 10), apresentando assim a causa (anjos). 2 E louvo-vos, irmãos, porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos como vo-los entreguei. (1Co 11:2 [TR]) επαινω δε υμας αδελφοι οτι παντα μου μεμνησθε και καθως παρεδωκα υμιν τας παραδοσεις κατεχετε
  • 7. 7 Paulo esta enaltecendo o povo por darem ouvidos a ele, ao ensinamento, a determinação, a ordem, a prescrição dada por ele. Seguir as prescrições médicas é seguir os preceitos do médico, e Paulo os louva por reterem, ou seja, por entenderem e terem guardado na memória tal determinação dada por ele, nos mostrando que o uso do véu na liturgia não era combatido por Paulo, pelo contrario, era pregado por ele. No grego παραδοσις (paradosis - preceitos) constitui substâncias de ensinos comunicadas oralmente ou escritas, e que devem ser reverenciadas tanto quanto os Dez Mandamentos. 3 Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo. (1Co 11:3 [TR]) θελω δε υμας ειδεναι οτι παντος ανδρος η κεφαλη ο χριστος εστι κεφαλη δε γυναικος ο ανηρ κεφαλη δε χριστου ο θεος A palavra “Mas”, usa-se para corroborar [fortalecer] o que a pessoa acabou de dizer, e apesar de os louvarem e reconhecer que guardavam os preceitos (paradosis) ele diz; contudo quero que saibais algo mais, ou seja, que acrescente a tudo que vos passei este conhecimento, entendimento concernente ao uso do véu, que Cristo é a cabeça de todo o homem e o homem a cabeça de toda a mulher. “Cabeça” é uma metáfora usada por Paulo com o significado de proeminência, principalidade e senhorio, inda baseado na doutrina do Gênesis bíblico, o que não poderemos entrechocar este raciocínio com Gl 3:28 [ACF2007] “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós [sois] um em Cristo Jesus”. Se Paulo diz que é por causa dos anjos que a mulher deve usar véu, também é pelo mesmo motivo que ele está nos trazendo este raciocínio. E este raciocínio também está efetivamente ligado aos anjos quando em Cristo não há divisão de macho ou fêmea, sendo ambos, um em unidade perfeita. Paulo quer que entendamos que a mulher deve usar véu na liturgia diante dos anjos e não diante de Deus ou dos homens, se a causa do uso do véu são os anjos, este raciocínio de ser cabeça e glória também está ligado aos anjos. Pois os anjos presentes na criação observam a classificação divina quanto aos sexos desta criação por serem guardiões a favor dos que haveriam de herdar a Salvação (Hb 1:14), há preceitos em que a mulher deve seguir e que pertence somente a ela como o que se encontra em (1Tm 2:15 [ACF2007]) “Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação." (Ef 5:24 [ACF2007]) “De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos”. Há sim distinção de sexos quanto à ordem natural e espiritual, mas não é uma realidade no âmbito celestial, anjos auxiliam as mulheres espirituais para o cumprimento das coisas das mulheres, e aos homens espirituais para o cumprimento das coisas dos homens, homens não devem fazer uso do particular de mulheres e mulheres não devem fazer uso do particular de homens, sendo violação aos princípios bíblicos. Só entendendo devidamente este fato é que Gl 3:28 não irá chocar-se com o entendimento supracitado por Paulo, ou seja, anjos agem em nossa esfera natural espiritual, baseados nos ditames bíblicos, pois qualquer violação dos mesmos constituem-se em pecado e consequentemente os anjos não agirão em favor de obstinados. *Observação, note que este ofício específico dos anjos se aplica aos que hão de herdar a Salvação ( Hb 1:14 ), aos membros da igreja de Cristo, não significando que um anjo não poderá exercer outros mandos Divinos exclusivos.
  • 8. 8 A igreja é composta por macho e fêmea dentro de uma mesma esfera, e isto é observado pelos anjos como algo natural e ordinatório, embora no âmbito celestial não haja sexo, nem macho ou fêmea, e Nele somos todos perfeitamente iguais. Os anjos se fazem presentes e observam a igreja estando prontos a servi-la (ver Ef 3:10,; 1 Pe 1:12; Hb 1:14), por isso saber compor-se diante deles é também parte de um “culto racional” oferecido à Deus quando são ministros de Deus delegados. (Rm 12:1 e 2 [ACF2007]) “ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, [que é] o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual [seja] a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” O cabelo é uma das partes do corpo da mulher de Deus que está em sacrifício vivo invariável. O cabelo é um seguimento de sua própria pele sendo irremediavelmente parte do seu próprio corpo e autômato componente na liturgia quando crendo ela com um entendimento renovado pelo Espírito Santo o dever de usá-lo, assim efetivará a sua liturgia racional elevada à Deus (culto). 4 Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. (1Co 11:4 [TR]) πας ανηρ προσευχομενος η προφητευων κατα κεφαλης εχων καταισχυνει την κεφαλην αυτου O homem que cobre sua cabeça, não está discernindo ou distinguindo tudo o que mencionamos na explanação do verso anterior (verso 3), desconhece o fato de que anjos em nossa esfera agem no Corpo (igreja) de Cristo (Hb 1:14), (Sl 138:1), (1Co 4:9), (Ec 5:6), (Mt 1:20), (Mt 18:10), (At 8:26), (At 10:22), (At 12:7), (I Cor 4:9), (Gl 3:19), enfim, (Hb 1:7 [ACF2007]). “E, quanto aos anjos, diz: Faz dos seus anjos espíritos, E de seus ministros labareda de fogo”. O culto é racional, e por isso o homem espiritual deve discernir na ordem natural a presença dos anjos não cobrindo sua cabeça causando confusão, mesmo embora em Cristo não haja distinção entre homem e mulher (Gl 03:28). Ter o varão tal atitude desonra a sua própria proeminência mostrando dentro da Igreja que é falto de entendimento e alienado à realidade da questão dos anjos, demonstrando não ter discernimento quanto às verdades espirituais da presença dos anjos em todo o momento na vida dos santos e no culto a Deus, ou seja, cobrir e não cobrir a cabeça é somente uma questão terrena espiritual e não uma realidade no âmbito celestial, também de extrema importância. Devemos entender que há questões terrenas que são espirituais e que há questão explicitamente celestial. Para uma melhor compreensão vamos a passagem de João 3 onde Jesus de Nazaré diz a Nicodemos que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus e o que é nascido da carne é carne e do Espírito é espírito (verso 5 e 6). Isto tudo que Jesus disse é terreno, sendo o celestial o Reino de Deus. Nicodemos quando pergunta, (Jo 3:9 [ACF2007]) “Nicodemos respondeu, e disselhe: Como pode ser isso?”, a resposta de Cristo comprova que tudo o que havia dito seria terreno (Jo 3:12 [ACF2007]) “Se vos falei de [coisas] terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?”. Em suma, algo terreno poderá ser mundano ou de ordem espiritual e jamais celestial por enquanto, pois para Deus não há nada impossível. (Lc 1:37 [ACF2007]) “Porque para Deus nada é impossível.”
  • 9. 9 5 Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. (1Co 11:5 [TR]) πασα δε γυνη προσευχομενη η προφητευουσα ακατακαλυπτω τη κεφαλη καταισχυνει την κεφαλην εαυτης εν γαρ εστι και το αυτο τη εξυρημενη Esta expressão usada refere-se a uma condição emocional, psicológica ou moral da mulher no momento litúrgico, sem o véu ela estaria demonstrando o seu modo próprio de encarar a situação e aos acontecimentos em relação aos anjos, ou seja, está sendo licenciosa desonrando sua própria pessoa (cabeça). Violando o entendimento correto das coisas, no autômato, está se desonrando seguindo ordens como se destituída de consciência, raciocínio, pois é atitude imprópria da serva de Deus não saber discernir a questão dos anjos para assim prestar um culto racional a Deus. Como já vimos, em foco, a mulher deve usar o véu na oração e culto por causa dos anjos e não devido a Deus (Gl 03:28) ou aos homens (1Co 11:10). Para a mulher é coisa indecente rapar tanto quanto não discernir a importância de se ter que cumprir o uso do véu sobre o cabelo na questão dos anjos, por isso a expressão “como se estivesse rapada”, querendo nos dizer que é muito mais indecente não entender a questão dos anjos, ignorar ou discordar da necessidade do uso do véu mediante aos fatos. 6 Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. (1Co 11:6 [TR]) ει γαρ ου κατακαλυπτεται γυνη και κειρασθω ει δε αισχρον γυναικι το κειρασθαι η ξυρασθαι κατακαλυπτεσθω Paulo ao usar a palavra “portanto” quis dizer; “assim sendo”, e quando diz “tosquiese também”, está apresentando uma solução e não uma loucura ou alienação aos fatos, tanto que logo nos leva a analisarmos a questão da mulher na sociedade de que é vergonhoso tosquiar-se ou rapar-se. É intenso neste verso que a questão não é a mulher cobrir a cabeça por submissão ao homem, e sim o cabelo por causa dos anjos (verso 10), tanto que ela tem a opção de rapar-se ou tosquiar-se e não fazer uso do véu. Não fazendo uso do véu poderíamos dizer que ela não precisaria mais demostrar submissão aos homens na igreja por ter rapado ou cortado curto radical o cabelo? Por que só as mulheres de cabelo comprido teriam de por o véu como sinal submissão aos homens? Por isso esta interpretação de que a mulher deve usar o véu como sinal de submissão ao homem não resulta num entendimento fulgente cristão. Este sexto verso magnificamente mostra que a mulher cortar radical o cabelo ou raspá-lo não é pecado, Paulo não estaria dizendo para a mulher que não se cobre com véu cortar radical o cabelo ou raspá-lo se esta atitude fosse episódio de pecado. [*tosquiar-se (cortar muito curto, radical). *rapar-se (ação de limpar, cortar rente o pelo, com navalha)]. Repercuto, “Paulo ao usar a palavra “portanto” quis dizer; “assim sendo”, e quando diz “tosquie-se também”, está apresentando uma solução e não uma loucura ou alienação aos fatos, tanto que logo nos leva a analisarmos a questão da mulher na sociedade de que é vergonhoso tosquiar-se ou rapar-se.” 7 O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. (1Co 11:7 [TR]) ανηρ μεν γαρ ουκ οφειλει κατακαλυπτεσθαι την κεφαλην εικων και δοξα θεου υπαρχων γυνη δε δοξα ανδρος εστιν
  • 10. 10 8 Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem. (1Co 11:8 [TR]) ου γαρ εστιν ανηρ εκ γυναικος αλλα γυνη εξ ανδρος 9 Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. (1Co 11:9 [TR]) και γαρ ουκ εκτισθη ανηρ δια την γυναικα αλλα γυνη δια τον ανδρα A mulher não é a imagem e glória de Deus, e por isso ela deve cobrir a cabeça? Não é nascente o aforismo no verso 7 “o homem é o cabeça” ante (Gn 1:27 [ACF2007]) “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”, pois ambos foram criados por Deus, não criou Deus a mulher para o homem em primeiro plano, antes criou um para o outro e tudo e todos em harmonia inclusive animais e plantas, pois disse o SENHOR Deus: “Não é bom que o homem esteja só”, (Gn 2:18). Deus não pensou na mulher para o homem em primeiro plano, pensou na situação dele não estar só, ou seja, criou a mulher para que a partir dela não estivesse só, não criou a mulher para ser dele. Na integra o homem não poderia ficar só na face da terra, seria bom que tivesse amigos, irmãos, sobrinhos, mãe, pai, companheiros para o trabalho e com quem projetar e unir forças para viver a vida. Mas para chegar a isto teria de se ter um ponto de partida onde tudo se concluiria dentro da ordem criadora do gênesis, crescei e multiplicai. Para isto, Adão sendo homem, criou Deus a mulher, se houvera criado a mulher primeiro, também não seria bom que a mulher vivesse só, do mesmo modo teria criado o homem, não para ela, mas para que ela não vivesse só a partir dele. Não é bom que o homem ou até mesmo a mulher esteja só, e não significa sexo e possuir alguém para si quando isto Deus falou. Significa viver em família, amor e união com o próximo no presente e futuro. É desagradável um servo ou serva de Deus ao ler Gn 2:18 pensar minusculamente em sexo, prazer e no poder de possuir alguém para o seu próprio ego no corpo e na alma. Após este episódio de gênesis houve e há homens e mulheres que não fazem sexo, e por se portarem assim não constitui estarem sós, pois eles têm amigos, vizinhos, família e outras pessoas que na sociedade lhes prestam serviços como professores, médicos, motorista e ainda suporte espiritual como pastores, padres e demais irmão na fé. O prelúdio de Gn 2:18 é particularmente um problema inicial que já foi resolvido quando Deus criou a “varoa” que após o pecado se tornou “Eva”. Não seria justo Deus criar a mulher menos favorecida ou menos racional, ao observarmos vemos que as ordens e os domínios dados antes do pecado foram aos dois sem distinção de sexo ou de suposta grande valorização alocada ao homem. (Gn 1:28 [ACF2007]) “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra”, ou seja, Deus sortiu uma ajudadora comparável a ele e jamais inferior, demonstrando ser um Deus a favor da vida, liberdade. E porque Paulo fala que esta mulher é a glória do homem? A princípio um era a glória do outro, todos e tudo de Deus. Havia a perfeição na convivência, mas vindo o pecado surgiu a bifurcação, tanto que a qualificação dado pelo “varão” logo após o surgimento da mulher antes do pecado como já citei, foi o de “varoa”, significando serem semelhantes, “varão e varoa”. Logo após o pecado foi dado por Adão a esta varoa o denominativo de Eva=vida [‫ חוה‬Chavvah ], que é um causativo, justo por ser “mãe” [‫’ אם‬em], que no hebraico tem o significado de “ponto de partida ou divisão” (bifurcação). O surgimento deste ponto de partida mudam os acontecimentos, a mulher passa a ser sujeita ao homem como consequência de seu erro e não por aceitar passivamente a dominação, embora ela deva segundo (1Tm 2:14 e 15 [ACF2007]) “E Adão
  • 11. 11 não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação”, o substantivo “modéstia” inserida pelo tradutor vem do grego σωφροσυνη [sophrosune], que equivale ao estado de conservar-se em estabilidade mental, com moderação e autocontrole. Justo por que é impossível que alguém tendo de suportar pela expressão condicional usada “se permanecer”, sinta-se com isto concretizada em não poder partir em referência ao seu estado e condição em que vive. É majoritária a lei da liberdade para todos por ter e possuir os votos bíblicos imprescindíveis à alma escravizada e aprisionada devido ao pecado. Paulo nos versos 7, 8 e 9, novamente remonta o raciocínio à doutrina do Gênesis bíblico e no verso 10 a causa de tudo [anjos]. Onde no Gênesis [anjos] se faziam presentes adquirindo conhecimento no desenvolvimento do quadro da criação do macho e fêmea, dos animais e botânica, de tudo ante o seu Criador e implicações. Também por meio da contemplação adveio aos anjos a informação da ordem de todas as coisas criadas, a de compreender o certo e o errado, o bem e mal. Contemplação abalizada na circunspecção da criação cuja operação depende da intervenção consciente da vontade de todos em harmonização sem a exclusão do Seu Criador no corpo de regras e das diligências estabelecidas. Os anos ao considerarem a criação, passam a serem formados e aperfeiçoados quanto à ordem e igualmente o que seria a desordem da mesma. Dentro deste contexto todo Paulo arremete aos irmãos e irmãs o discernimento da ordem criadora inicial, de que a mulher não é a glória do varão antes de ambos pecarem, porquanto a “varoa” saiu de dentro do “varão” ( Gn 2:21,22,23 ), na “Bíblia Literal do Texto Tradicional Anotada” diz exatamente assim; E Adão disse: "Esta [é] agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto foi tomada de dentro do varão." (Gn 2:23 [LTT2009]). Após a desobediência e desordem, passa a ser necessária uma nova ordem à reestabelecer dando continuidade, surgi então a reordenação criadora no Gênesis. É dentro desta reordenação que se encontra a ordem devida na liturgia pregada por Paulo, não a idéia de que a mulher é inferior ou que em Cristo a mulher continua não liberta da consequência de seu erro lá no Éden que assinalou de um modo geral a situação de sua alma (Gn 3:16 [ACF2007]) “E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.” Pode-se dizer que a mulher continua a sofrer dor em sua conceição, mas isto é natural e não espiritual, e quando a bíblia diz que toda a criação geme e não só ela, mas nós mesmos (Rm 8:23, 23), entre outras esta passagem também cita o aumento doloroso da mulher na conceição e o suor do homem seguindo a reordenação que passou a ser chamado de natural por nós, o que não era a princípio. Mas a questão de escravidão na alma, opressão sentimental espiritual, onde a lei da liberdade em Cristo Reina, não deverá ser mantida. É majoritária a lei da liberdade para todos por ter e possuir os votos bíblicos imprescindíveis, Cristo é tudo em vós. (Jo 8:36 [ACF2007]) “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. É consequente sofrermos aflições por meio de fatores externos e não entre nós, o servo e a serva não deve oprimir sua irmã ou irmão, devem respeitar a lei da liberdade da alma e do espírito e levarem a carga um dos outros. Quando um homem sujeita a mulher ou acha que esta deve a ele alguma glória, o faz submissa sem razão não discernindo todas as coisas. A mulher é adjutora e o homem nada é também sem a mulher, ou seja, Paulo explica a ordem na criação para a ordem no culto, mas adverte e determina que sejam todos iguais diante de Deus (1Co 11:11 e 12 [ACF2007]) “Todavia, nem o homem [é] sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no
  • 12. 12 Senhor. 12 Porque, como a mulher [provém] do homem, assim também o homem [provém] da mulher, mas tudo vem de Deus”. É por esta razão toda explicada e por questão da criação, que a mulher deve fazer uso do véu, sendo só uma questão de ordem no mundo natural contemplado e servido pelos anjos (1Co 11:9 [ACF2007]) “Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. 10 Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça [sinal de] poderio, por causa dos anjos”. A palavra “portanto” (verso 10) significa assim sendo, por conseguinte, por causa disto e consequentemente, ou seja, usar véu é uma consequência de fatores externos e naturais da nossa esfera de convívio, nunca por motivos espirituais e devoção a homem ou submissão de alma a qualquer homem. Embora o respeito e o amor sejam precisados e mútuos nos irmãos não devendo ser confundidos quando parte da mulher em relação ao homem como equivalência de submissão, o fator uso do véu nunca é em sujeição ao homem e sim por causa dos anjos. 10 Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça [sinal de] poderio, por causa dos anjos. (1Co 11:10 [TR]) ( δια τουτο οφειλει η γυνη εξουσιαν εχειν επι της κεφαλης δια τους αγγελους ) Este verso 10 é a chave do contexto todo. A palavra “portanto” é o mesmo que dizer “por causa disto”, ou seja, Paulo conclui o assunto dizendo; “por causa disto a mulher deve”, precisa, é obrigada não havendo probabilidade de isenção e sim um débito decorrente no evento. Talvez o que muitos não observam é a simples palavra “deve” no verso, e se deve terá de preencher o débito usando o véu. O uso do “portanto” mostra que este versículo é uma conclusão do que o apóstolo estava abordando, na estimativa presença real dos anjos na liturgia. Deve ter sobre a cabeça “poderio” [ εξουσια - exousia ], ou seja, direito ou poder de ordenar, de agir, de se fazer obedecer, liberdade para se fazer como se quer. Esta palavra “exousia”, não deriva de governar, domínio e poder, posse e comando. Não é isso o que Paulo quis dizer, “Exousia” deriva de se expandir, retesar, arrojar, projetar para frente, esticar, ou seja, o uso do véu é para projetar a mulher, ter o direito de ordenar e o poder de agir na liturgia, culto. É improfícuo a mulher fazer uso do véu não podendo agir como os homens obram no serviço de culto. Não receber tal poderio estando com o véu, e não tendo prestígio da irmandade masculina para poder agir sem restrição, é inculto a irmã encontrar-se utilizando o véu na liturgia. Há igrejas em que as mulheres fazem uso do véu não podendo pregar a palavra, subir na tribuna, batizar ou ordenar qualquer outra coisa, estas irmãs fazem o uso do véu no modo fantasioso, como se o véu que usam não lhes concedesse poderio algum ou nem mesmo o reconhecimento da irmandade masculina para o serviço de culto. Uma liderança zelosa que dá autoridade apropriada a Palavra de Deus, deve antes bispar o que tão claro conservarse no verso 10, o poderio que a mulher recebe ao fazer uso do véu. 11 Todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no SENHOR. (1Co 11:12 [TR]) ωςπερ γαρ η γυνη εκ του ανδρος ουτω και ο ανηρ δια της γυναικος τα δε παντα εκ του θεου 12 Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher, mas tudo vem de Deus. (1Co 11:11 [TR]) πλην ουτε ανηρ χωρις γυναικος ουτε γυνη χωρις ανδρος εν κυριω
  • 13. 13 Os versos 11 e 12 conjuminam com a vontade de Deus inicial de Gênesis antes do pecado, por isso Paulo diz “todavia”, ou seja, em todo o caminho ou desta forma. O uso do véu por causa dos anjos não tem o significado de ser inferior no SENHOR, quando o homem não independe da mulher e nem a mulher independe do homem. As traduções bíblicas em geral traduzem χωρις – choris por “sem” ou “independente”, denotando que a mulher não é separada do homem e muito menos o homem se destaca da mulher. Paulo apregoa submissão das mulheres aos maridos no convívio conjugal na conjuntura social da época e cultura, inculca explicitamente sua subordinação ao homem na relação do casamento deste século (Efésios 5:22, Colossenses 3:18 , 1 Pedro 03:01), mas não na liturgia. Deixa claro ao dizer que somos todos iguais no SENHOR, homens e mulheres, “nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no SENHOR”, ambos em a mesma plataforma. Se antes do pecado a mulher proveio do homem e se há nisto alguma glória para o mesmo (verso 12), vemos que após o pecado, “todos os homens” derivando da mulher inclusive o Salvador bem como as demais mulheres, seria então uma glória maior que a do homem sem contar que esta também concebeu do mais Sagrado, do Espirito Santo. Outro fator a isto, é que após a consequência do pecado a mulher é imediatamente convocada a conceber “o” Semente de Deus, quando o homem e a serpente permanecem desolados no contexto sem prévia participação. Mas em nada disto há uma importância na real totalidade da humanidade, “tudo vem de Deus” como um propósito Divino, conclui Paulo. Se Paulo convivesse em nossa atual conjuntura social, apregoaria que homem e mulher devem ser submissos um ao outro na vida conjugal para uma ordem mais humana e justa igualitariamente no SENHOR, absoluta em matéria política, social e cívica. Justo pelo adequado casamento de direitos iguais deste século, impetrar superioridades na compreensão dos casais mais civilizados em combinar-se e harmonizar-se melhormente frente aos problemas sociais de sua época, civil e religioso. 13 Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta? (1Co 11:13 [TR]) υμιν αυτοις κρινατε πρεπον εστι γυναικα ακατακαλυπτον τω θεω προσευχεσθαι ; 14 Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido? (1Co 11:14 [TR]) η ουδε αυτη η φυσις διδασκει υμας οτι ανηρ μεν εαν κομα ατιμια αυτω εστι 15 Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu. (1Co 11:15 [TR]) γυνη δε εαν κομα δοξα αυτη εστιν; οτι η κομη αντι περιβολαιου δεδοται αυτη Não importando se a mulher está num culto público ou em secreto, ao fazer uso do véu ela está em conformidade com o que se espera da sua apresentação por causa dos anjos, ou seja, decentemente? Após tornar claro e inteligível a questão do véu, Paulo diz; “Julgai”, não para deliberar como juiz, nem de supor e nem de emitir parecer, e sim considerar. E ao considerar, está nos conforme-os com o que se espera da mulher. Orar a Deus sem o véu? É conveniente [decente - πρεπω - prepo] (verso 13) manifestar-se a Deus sem o véu? Sim ou não? Observemos a resposta lógica do verso 14 a seguir; “Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido?”. A conjunção “ou”, serve para ligar as orações desta homilia, indicando: obedecendo à mesma ordem.
  • 14. 14 No verso 15 Paulo faz citação ao cabelo da mulher no qual deu motivos nos versos anteriores para cobri-lo com o véu (verso 6). Vemos que na homilia Paulo deu razões obvias para cobri-lo, vemos no verso 15 ele defender as mulheres que querem ter o cabelo crescido por ser-lhes honroso, assim como não poderia contra dizer-se no que disse no verso 6 “...se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu”. Ou seja, Paulo não poderia no verso 6 pedir o uso do véu quando pela natureza é indecente ela ter cabelo curto, e no verso 15 exonerar o véu por causa do seu próprio cabelo comprido. É obtuso pensar que o uso do cabelo comprido substitui o véu quando o contexto do véu é para cobrir o cabelo comprido e não a cabeça. O que induzem as pessoas a arrazoarem erroneamente e não acertar toda a questão do véu é não ter descoberto na leitura que o véu não é para cobrir a cabeça da mulher e sim o cabelo comprido que ela possui (reler dissertação feita do verso 6 para melhor entender). Paulo não poderia ter dito no verso 6 “ que ponha o véu” se o motivo não fosse o próprio cabelo comprido na questão, sendo que se rapasse não teria de usar o véu (verso 6). Logo segue que o cabelo não foi lhe dado em lugar de véu na liturgia se não somente no uso natural (natureza) com Paulo mesmo discorre; “Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido, mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu” (na natureza). Natureza é o conjunto de elementos do mundo natural em que vive o ser humano, homem e mulher, e liturgia é o universo espiritual deste ser, de adorar em espírito e em verdade (João 4:23). Paulo nunca tirou o direito das mulheres de querer ter cabelo crescido pela sua natureza, pois dentro do mundo natural lhe é honroso, indecente (vergonhoso) seria tirá-lo, uma intratabilidade. Solução, que ponha o véu (verso 6). Pormenorizando..., não significa que ao ter pela natureza a mulher cabelo crescido é motivo de ela usar o não o véu, ou por ser isto ao menos algum exemplo a ser seguido na liturgia. 16 Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus. (1Co 11:16 [TR]) ει δε τις δοκει φιλονεικος ειναι ημεις τοιαυτην συνηθειαν ουκ εχομεν ουδε αι εκκλησιαι του θεου 17 Nisto, porém, que vou dizer-vos não [vos] louvo; porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior. (1Co 11:17 [TR]) τουτο δε παραγγελλων ουκ επαινω οτι ουκ εις το κρειττον αλλ εις το ηττον συνερχεσθε 18 Porque antes de tudo ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o creio. (1Co 11:18 [TR])πρωτον μεν γαρ συνερχομενων υμων εν τη εκκλησια ακουω σχισματα εν υμιν υπαρχειν και μερος τι πιστευω 19 E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós. (1Co 11:19 [TR]) δει γαρ και αιρεσεις εν υμιν ειναι ινα οι δοκιμοι φανεροι γενωνται εν υμιν Sabemos que o uso do véu não é costume apregoado por Paulo, verso 10 diz que é um dever. Neste verso 16, “costume”, se refere as contendas como uma particularidade de
  • 15. 15 algumas pessoas na igreja de Corintos rezingada por Paulo nos versos 17, 18, 19 e anteriores; (1Co 1:10 [ACF2007]) “Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma [coisa], e [que] não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer”. (1Co 1:11 [ACF2007]) “Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da família de Cloé que há contendas entre vós”. (1Co 3:3 [ACF2007]) “Porque ainda sois carnais; pois, [havendo] entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?” Observe que Paulo fala que “se alguém quiser ser contencioso”, não diz que na igreja todos são contenciosos, ao comentar haver nela “sinceros” (verso 19). A colocação de Paulo foi sábia ao dizer “não temos tal costume, nem as igrejas de Deus”, denotando ser costume particular de alguns somente, não sendo a dele e nem das igrejas de Deus. Ligando o elo perdido pela igreja cristã. Uma vez entendido a causa do uso do véu em sua abrangência parcial, resta ainda saber o que antipatiza a mulher ter cabelo comprido diante dos anjos na liturgia. Antes, por que existem e o que são os anjos? *Teologia dos anjos tem como enfoque principal estudar a existência, ministério e presença dos anjos na vida dos que servem e temem a Deus. A ênfase sobre esta doutrina, porém, tem gerado sérios problemas, levando os incautos, inclusive, a prestar culto aos seres angélicos. [*DIC. TEOL. autor Claudionor Correia de Andrade]. O ministério dos anjos é determinado pelo próprio vocábulo anjo, operam de acordo com a justiça de Deus não estando subordinados a nossa vontade embora cuidem dos filhos de Deus, (Hb 1:14 [ACF2007]) “Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” (Sl 34:7 [ACF2007]) “O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.” e (At 5:19; 12:7; Ap 7:1-3). São enviados para punir (cf Ex 12:13; 2 Sm 24:17; At 12:23; Ap 8:2; 15:1; 16:1). A palavra anjo “αγγελος-aggelos” tem uma origem, vem de um sentido e tem um ensejo em sê-la, pois é a junção do verbo primário grego “αγω-ago” com a palavra “αγελη-agele”. A palavra “αγω-ago” significa conduzir pelas mãos a um lugar determinado, a palavra “αγεληagele” denota quantidade, companhia, rebanho. Sendo assim a palavra anjo significa aquele que conduz um rebanho pelas mãos, no caso pessoas a um destino seguro. Só entendendo as junções das palavras “ago+agele”, que deram origem a palavra anjo “aggelos”, é que poderemos entender por que no livro do Apocalipse a palavra foi endereçada ao “anjo da igreja”, e do por que se faz uso deste termo àquele que preside na comunidade. Não é complexo, mas é surpreso ver toda esta relação entre anjos, homens, Deus, Lei e evangelho, Cristo e a igreja. Por tudo isto e não só por isso, durante toda a história humana os anjos ganharam este autônimo como o resultado de suas funções expeditivas com os desígnios Divinos de guiar os homens. Ou seja, de guiar um rebanho a Deus até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita, até a plenitude dos tempos (Gal 3:19: 4:4). Não só por isso como disse, mas também de guiar para fora do perigo. Os anjos não só guiaram os homens até a vinda de Jesus na plenitude dos tempos como interveem na história da igreja, e equivalem em completude a uma manifestação plenamente Divina, observam, acompanham a ampliação e amplidão do evangelho no mundo participando efetivamente (ver Ef 3:10, 1 Pe 1:12).
  • 16. 16 Para melhor entender o que antipatiza a mulher ter cabelo comprido diante dos anjos na liturgia, qual a relação do homem com o cabelo da mulher? Biblicamente os homens são deuses; -(Sl 82:6 [ACF2007]) “Eu disse: Vós [sois] deuses [heb. ‫’( אלהים‬elohiym )], e todos vós filhos do Altíssimo.” -Jo 10:34-35-36 (ACF2007) “Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois deuses [gr. θεος ( theos )]? Pois, se [a lei] chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida, e a Escritura não pode ser anulada, Àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?” A mulher tem o cabelo comprido segundo a natureza e não segundo os propósitos de Deus, mas por ser agradável a ela, aos homens e a sociedade tanto a religiosa como a comum, a reconhecem e a adotam, enfim, passa a lhe é honroso. Desta forma agrada a homens (deuses-senhores) em termos gerais. Por isso ao se apresentar diante de Deus, estando presentes seus santos anjos que nos assistem nas assembleias para o culto racional em que glorificam a Deus pela Sua multiforme sabedoria que se encontra na igreja de Cristo (Ef 3:10), num deverá adentrar carregando este sinal (cabelo comprido) à presença de Deus sabendo que segundo o uso natural lhe é honroso, justo por agradar outros senhores (deuses) em termos gerais. Então que tenha o véu como sinal de poderio, cobrindo o cabelo em reconhecimento e discernimento, sem perder a honra natural em têlo. Deus é amor e não afligirá a mulher naquilo em que lhe é uma honra ter, bastando ela fazer o uso do véu, discernindo tudo não desonrará a sua própria cabeça (I Coríntios 11:5), dando toda a devoção e honra unicamente em totalidade a Deus. Se lhe é vergonhoso segundo o uso natural tosquiar ou raspar o cabelo, que ponha o véu segundo o amor Divino (1 Coríntios 11:6). Amor este, sabendo Deus ser uma glória e honra à sua filha ter o cabelo comprido, não exige sacrifício triste em ato substitutivo ao sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que é o culto racional (Rom 12:1), discernindo com entendimento, ordem e decência as questões terrenas e espirituais. Shallon Oneg Sabbat, amém... Amauri R. Ferreira. 2014