2. Dados biográficos Nasceu em Freiberg, na Morávia Nasceu em1856 e morreu em 1939 Formou-se em Medicina na Universidade de Viena em 1881 Em 1990 publicou A Interpretação dos sonhos
4. O inconsciente Freud concluiu através da experiência realizada com Charcot e principalmente com a de Breuer que se apenas considerarmos o consciente não é possível compreendermos certas patologias ou comportamentos humanos. Para compreendermos o ser humano temos de admitir a existência do inconsciente. Inconsciente: zona de psiquismo constituída por desejos, pulsões, tendências e recordações recalcadas, fundamentalmente de carácter sexual.
5. Concepção do psiquismo Duas interpretações do psiquismo humano segundo Freud: Primeira Tópica Segunda Tópica Primeira tópica: recorre à imagem do iceberg O inconsciente é uma zona de psiquismo muito maior por comparação com o consciente e exerce uma forte influência no comportamento
6. Ao consciente é possível aceder através de introspecção. Os materiais inconscientes não são acessíveis através da auto-análise, tendem a tornar-se conscientes. Há uma censura que impede o acesso às pulsões e desejos inconscientes, recalcando-os. Recalcamento: mecanismo de defesa que devolve ao inconsciente os materiais que procuram tornar-se conscientes.
7. Segunda tópica: constituída por três instâncias Id: zona inconsciente primitiva, instintiva, a partir da qual se formam o ego e o superego. Rege-se pelo princípio do prazer. Ego: zona fundamentalmente consciente, que se forma a partir do id. Rege-se pelo princípio da realidade. É o mediador entre as pulsões inconscientes e as exigências do meio, do mundo real. Superego: zona do psiquismo que corresponde à interiorização das normas, dos valores sociais e morais. Pressiona o ego para controlar o id.
8. sexualidade A sexualidade não pode ser associada à genitalidade. Corresponde ao prazer que tem origem no corpo e que suprime a tensão. O desenvolvimento da personalidade processa-se numa sequência de estádios psicossexuais.
9. Estádio Oral Decorre desde o nascimento até cerca dos 12/18 meses Zona erógena: Boca A sexualidade é auto-erótica É neste estádio que o ego se forma.
10. Estádio Anal Decorre desde os 12/18 meses até aos 2/3 anos Zona erógena: região anal É nesta fase que se faz a educação para a higiene.
11. Estádio Fálico Decorre desde os 3 aos 5/6 anos. Zona erógena: região genital Surge o complexo de Édipo Formação do superego. Complexo de Édipo: consiste na atracção da criança pelo progenitor do sexo oposto e agressividade para com o progenitor do mesmo sexo.
12. Estádio de Latência Decorre desde os 5/6 anos até à puberdade. Caracteriza-se por uma aparente atenuação da actividade sexual. Poderá ocorrer amnésia infantil.
13. Estádio Genital Decorre a partir da puberdade Zona erógena: região genital. É o último estádio do desenvolvimento da personalidade Há uma reactivação do complexo de Édipo O prazer sexual envolve todo o corpo, integrando todas as zonas erógenas.
15. Freud elaborou um método próprio para explorar o inconsciente. Para tal, recorreu a um conjunto de técnicas que permitem trazer ao consciente as causas não conhecidas dos problemas e conflitos dos pacientes.
16. Técnicas Associações livres É no decorrer deste procedimento que se manifestam resistências, desejos, recordações e recalcamentos inconscientes que o analista procurará identificar e interpretar. Interpretação dos sonhos Segundo Freud o sonho seria a realização simbólica de desejos recalcados. Distinção entre conteúdo manifesto do sonho e conteúdo latente. Cabe ao analista dar-lhe um sentido , interpretando os sonhos narrados.
17. Análise da transferência Processo em que o analisado transfere para o psicanalista os sentimentos de amor/ódio vividos na infância, sobretudo relativamente aos pais. Análise dos actos falhados Os erros involuntários manifestam desejos recalcados no inconsciente e que irrompem na vida quotidiana.
18. Conclusão A teoria de Freud é considerada a terceira grande revolução na forma de encarar o ser humano. Com Freud surge um novo conceito de ser humano. Reconhece a importância dos afectos no desenvolvimento cognitivo e social e na personalidade do indivíduo.