2. Perda Auditiva
Audiometria Tonal
Audição normal – de 0 a 25 db;
Perda leve – de 26 a 40 db;
Perda moderada – de 41 a 71 db;
Surdez severa – de 71 a 90 db;
Surdez profunda – mais de 91 db.
ANSI (American National Standards Institute)1969
5. Quanto ao momento em que ocorre a
surdez:
Surdez pré-lingual ou pré-linguística - ocorrida antes da
aquisição da linguagem, caracterizada pela total ausência
de memória auditiva ( 0 a 3 anos);
Surdez peri-lingual - surge quando o indivíduo está na
fase inicial da aquisição de linguagem oral ( 3 a 6 anos);
Surdez pós-lingual - surge quando o indivíduo já fala e lê
(A partir dos 7 anos).
6. Legislação
A regulamentação da LIBRAS a partir de 24 de abril
de 2002- Lei nº 10.462 -reconhece oficialmente a
Língua Brasileira de Sinais como língua das
comunidades surdas do Brasil.
A LIBRAS poderá ser aprendida por qualquer pessoa
interessada pela comunicação com a comunidade
surda. Possui todos os elementos classificatórios de
uma língua e demanda de prática para seu
aprendizado, como qualquer outra língua.
7. LIBRAS
É uma língua de modalidade gestual-visual que
utiliza, como canal ou meio de comunicação,
movimentos gestuais e expressões faciais que são
percebidos pela visão;
Portanto difere-se da língua portuguesa, uma
modalidade oral-auditiva, que utiliza como canal ou
meio de comunicação, sons articulados que são
percebidos pelos ouvidos.
8. LIBRAS
Apresenta estrutura linguística diferenciada da Língua
Portuguesa, em seus níveis linguísticos: fonológico,
morfológico, sintático, semântico e pragmático.
Sinais ≠ Gestos ≠ Mímica
Parâmetros gramaticais próprios: Configuração das mãos,
ponto de articulação, movimento, orientação, expressão facial
e corporal.
Não é universal.
LIBRAS ≠ Português Sinalizado
9.
10. Bilinguismo
O decreto 5.626/2005 assinala que a educação
de surdos no Brasil deve ser Bilíngue,
garantindo assim ao acesso à educação, por
meio da língua de sinais como língua de
instrução e o ensino da língua portuguesa, do
grupo ouvinte majoritário, como segunda
língua.
11. Como a criança surda aprende?
A criança surda deve estar - desde bebê -
inserida em um contexto sociolinguístico que
privilegie o canal visual-gestual como meio de
comunicação e nesse sentido, a Língua de Sinais
torna-se fundamental para as primeiras trocas
de significação com o outro.
12. Recursos de Comunicação
Expressões faciais e corporais
Toque físico
Pistas visuais
Instrutor/Intérprete (como
modelos linguísticos)
Aprendizagem da Língua
Portuguesa escrita, como modo
de inclusão escolar, social e
exercício da cidadania.
13. A Pessoa surda
Em geral o surdo mostra-se franco e objetivo.
Alguns apresentam um vocabulário aparentemente
reduzido.
Por viverem num meio onde a comunicação e a expressão
geralmente é por via oral, tendem ao isolamento.
Modo diferente de falar e de se comunicar.
Grita para chamar a atenção e pela dificuldade de controlar
a altura da voz.
14. A Pessoa Surda
Para o surdo, a expressão corporal é o veículo para
manifestar suas emoções.
A impulsividade e agressividade de muitos surdos estão
relacionadas a incompreensão por parte das pessoas de seu
convívio, pouco habituadas a responderem aos pedidos por
uma via não verbal.
A timidez, a inibição e a desconfiança do surdo provém do
fato de ele não compreender perfeitamente as conversações, os
códigos, às vezes acompanhados de risos, e pela linguagem
oral.
Qualquer pessoa se sente assim, quando
está ao lado de uma pessoa ou de um grupo de
estrangeiros, cuja língua não domina.
15. •Fale de frente com o surdo. Uma boa
articulação dos lábios pode facilitar a
comunicação.
•Ambiente claro e boa visibilidade são
importantes para um bom
entendimento e compreensão.
•É preciso ser expressivo para
mostrar seus sentimentos. São
importantes as expressões faciais
e corporais para facilitar a
compreensão.
16. •Se você não entender o que uma
pessoa surda está falando, não
tenha vergonha, peça para repetir
e, se for preciso, escrever ou
desenhar. O mais importante é
que exista comunicação.
•Se precisar falar com uma
pessoa surda chame a atenção
dela tocando em seu braço ou
acenando na sua frente. Não
adianta chamar de longe.
17. •As legendas nos programas de
TV e filmes e os quadros com
intérpretes de LIBRAS são
importantes para a participação do
surdo no contexto escolar e social.
• Os avisos visuais são muito
importantes para a
independência do surdo.
18. O aluno com surdez em turma comum
Inserir o aluno com surdez em um contexto sociolinguístico,
onde seja possível ocorrer trocas com seus pares.
Oferecer modelo linguístico (contato com a comunidade
surda ou outros surdos fluentes) que propiciem a aquisição
da Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS).
Atendimento Educacional Especializado (AEE) - Sala de
Recursos e Professor Itinerante.
Instrutores de LIBRAS.
Intérpretes de LIBRAS.
19. Adequações pedagógicas
Fichário Visual
Dicionário – Língua Portuguesa / LIBRAS
Caixas Classificadoras
Mural LIBRAS/Língua Portuguesa
Caixas com histórias em sequências lógicas
Calendário
Diário Coletivo
Histórias em quadrinhos
Alfabeto datilológico
20. Prática pedagógica
Utilizar recursos visuais que facilitem a compreensão e a
aprendizagem dos alunos, como desenhos, esquemas e
diagramas.
Perspectiva de letramento, onde a leitura e escrita tenham
sentido e façam parte de suas vidas cotidianas. Leitura e escrita
contextualizadas.
Utilizar-se de práticas de relatos diários de histórias incluindo
relatos espontâneos das crianças e do professor.
Explorar os vários tipos de gêneros textuais e suportes visuais
que possibilitarão a criança ou jovem surdo ampliar sua leitura
de mundo e a compreensão de significados.
21. Prática pedagógica
Para que o aluno aprenda a escrever é importante que participe de momentos
de produção coletiva de textos, incentivando a reescrita de histórias, elaborações
de finais diferentes.
Antes de qualquer atividade sequencial de perguntas ou de exercício de
ampliação de vocabulário como os mostrados nas imagens, é necessário
vivenciar a criação e a expressão de ideias em LIBRAS.
22. Para que o aluno realize a atividade com roteiro de perguntas, é
necessário anteriormente ter trabalhado situação vivida pelo aluno por
meio de dramatização, da expressão em LIBRAS, do texto mostrado
em imagens.
25. Língua Portuguesa no trabalho com alunos
surdos
Analisar e compreender todas as pistas que acompanhem o
texto escrito: figuras, desenhos, pinturas, enfim, todas as
ilustrações.
Identificar, sempre que possível, nome do autor, título,
lugares, referências temporais e espaciais do texto.
Explorar, por exemplo, a capa de um livro, as personagens,
antes mesmo da leitura.
Elaborar, sempre que possível, uma sinopse antes da leitura
do texto.
Reconhecer elementos paratextuais importantes, tais como:
parágrafos, negritos, sublinhados, travessões, legendas, letras
maiúsculas e minúsculas.
26. Língua Portuguesa no trabalho com alunos
surdos
Estabelecer correlações com outras leituras, outros
conhecimentos que venham auxiliar na compreensão.
Identificar o gênero textual.
Reconhecer e/ou sublinhar palavras-chave.
Correlacionar, se for o caso, cada parte do texto, entre si por
meio de: expressões, frases, períodos, parágrafos, versos,
estrofes.
Observar a importância do uso do dicionário.
Recuperar a idéia geral de forma resumida.
27. Sugestões para sala de aula
Quebra-cabeças
Jogo da memória
Cruzadinhas
Caça-palavras
Figuras em sequência
lógica
Balõezinhos apagados
33. “A construção de um trabalho,
às vezes, parece lento, mas é
neste pensar e repensar, ouvir
e dizer, ir e vir que as idéias
são semeadas, germinadas,
brotam e florescem.”
Sonia Fernandez
34. Sugestões Bibliográficas
A Invenção da surdez: cultura, alteridade, identidades e diferença no campo da
educação (Org.) – THOMA, Adriana da Silva e LOPES, Maura Corcini - Santa Cruz do
Sul: EDUNISC, 2004.
A Invenção da surdez II: Espaços e tempos de aprendizagem na educação de
surdos (Org.) - THOMA, Adriana da Silva e LOPES, Maura Corcini - Santa Cruz do
Sul: EDUNISC, 2006.
A surdez: um olhar sobre as diferenças –SKLIAR, Carlos (Org.) – Porto Alegre:
Mediação,1997.
Feneis, LIBRAS em Contexto – Felipe, Tanya A. – Livro do Estudante. 5ª Edição. Rio
de Janeiro: Ed. Gráfica, 2005.
Pensamento e Linguagem – VYGOTSKY, L.S.- São Paulo : Martins Fontes, 1987.
Preconceito linguístico, o que é como se faz - BAGNO, Marcos – São Paulo:
Edições Loyola, 2003.
Surdez e Bilinguismo - FERNANDES, Eulália (Org.) – Porto Alegre: Editora Mediação,
2005.
Surdez – Processos educativos e subjetividade –LACERDA, Cristina B.F.de; GÓES,
M.C.R. de - SP: Lovise, 2000.
Vendo Vozes – Uma viagem ao mundo dos surdos - SACKS,Oliver - São Paulo:
Companhia das Letras,1998