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NORMA
A súper mulher
André Luis de X
DAS PERSONAGENS:
Há muito tempo atrás, existia uma cidadezinha, com seus habitantes,
para lá, de estranhos:
Norma Garnicê, a viúva espalhafatosa, era tida como sendo uma
pessoa um tanto desorientada. Ela foi casada com Kléber Garnicê, um rico
empresário, e tiveram duas filhas, Tutiana e Juciana.
Como sua cúmplice, Norma contava com sua mãe, Galdina.
Papito era o homossexual, dali, o qual morava com Norma e
compartilhava de suas "armações".
Amistécia e Divinha eram as fofoqueiras encalhadas, que só se
metiam, em confusão.
Por outro lado, o delegado era apaixonado por Norma, e contava
sempre com a ajuda de seu assistente, o Osci.
E ainda, havia o pessoal que estava sempre disposto a tomar bebidas
alcoólicas, que faziam parte do "sindicato do álcool".
Ali, havia um bar, que era alvo de muita fofoca e confusão,
denominado, "Bar do Fuxico".
E por fim, existia certo prostíbulo também, que muito sucesso, fazia.
E sem contar com os hippies, é claro.
CAPÍTULO I
Naquele belo dia, a praça estava bastante movimentada. Aquele era
um dia de felicidade, para todos os habitantes, daquela cidadezinha.
A banda musical mostrava-se impecável.
As fofoqueiras não paravam de fofocar, é claro. Tudo que as mesmas
viam, era motivo para risos e piadas.
De um uma avenida existente ali, saiu o Papito, o homossexual, a
fazer suas exibições.
Meia hora depois, saiu da mesma avenida, aquela moça muito
elegante, com sua minissaia, e usando uma blusinha. Logo após, a mesma
tirou suas botas de saltos altíssimos, colocou seus óculos pretos, e falou
para Papito, sempre gesticulando:
-Qual é, cara! Toma jeito! Deixa isso para mim, que tenho o que
mostrar!-começou a se exibir.
Uma das fofoqueiras, não gostando, acrescentou:
-Chegou quem faltava! Amistécia, mulher de Deus!-arregalou os
olhos.
-Cala a boca, Divinha!-Amistécia mostrou bastante medo. -Não quero
encrenca, com essa talzinha!
Naquela hora, Norma parou de se exibir, entregou seus pertences, a
Papito, olhou as fofoqueiras, de baixo a cima e acrescentou:
-Minhas filhas!-batendo palmas. -Já costuraram o que vocês usam por
baixo, já? É melhor irem, hem! Depois, não quero saber, que brigaram...
CAPÍTULO II
Sem que todos soubessem, aquele evento contaria, com uma visita
muito importante.
No momento em que todos estavam sem esperar, o padre deu o ar,
de sua graça.
Automaticamente, todos pararam de se divertir, para prestarem
atenção, ao mesmo.
E subindo naquele palco improvisado, concluiu o padre:
-Aos domingos, nós temos a nossa missa- os ouvintes ficaram
cabisbaixos. -Vocês não são ateus, são?-responderam eles, balançando a
cabeça, negativamente. -Então, porque não frequentar, a casa de Deus?
Entre vocês, quem gostaria de participar do coral, da igreja?
Papito suspendeu o braço.
Do meio da multidão, uma das fofoqueiras, exclamou:
-Padre, pecador não pode entrar, na igreja! Vai ser uma mancha
negra, ao nosso pudor! E nem moça sem vergonha! Muralha do
Cabuçu!olhou para Norma.
Por sua vez, Norma reagiu:
-Padre, "peraí"! Antes de selecionar os fiéis, para o nosso coral,
cuidado para não trocar, gato por lebre, nem trigo, pelo joio! Aqui tá cheio,
de pé grande! Mulheres porcas! Cuidado, padre! Se eu fosse o senhor, não
permitiria que elas entrassem, lá! Dias após...
CAPÍTULO III
Na porta da igreja, uma fila se formou, para que todos pudessem ser
atendidos, por Norma, que fazia às vezes, de uma secretária. Papito se
prestava ao papel, de um simples atendente, dela.
Norma, sentada em uma confortável cadeira, tomava anotação, ao
lhe darem, um respectivo documento. No fim da fila, as fofoqueiras não se
contentavam em ser atendidas, por sua maior inimiga. E assim, as mesmas
começaram a fofocar, é claro. Quando o padre deu entrada, Papito limpou
a cadeira, para o mesmo se sentar. Naquele clima de harmonia, a missa
preludiou:
-Obrigado a todos, por aceitarem vir à missa, mesmo sendo aqui, do
lado de fora!
-Padre, aqui está o microfone. Gritar faz mal para a voz-disse, Papito.
-Obrigado, meu filho. Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo...
Amém! D. Norma, já tomou a anotação necessária?-olhando-a.
-Já, meu bom padre e senhor!
-Correto, senhora.
-Padre, estou tão emocionada com esse trabalho, que até me dá
vontade de chorar-começou a limpar, os olhos.
-Que é isso, minha filha? Você está sendo útil, a alguém. Está
mostrando, que é muito capaz.
De repente, uma das fofoqueiras, exclamou:
-Ela ficou toda sonsa, seu padre!
CAPÍULO IV
Naquele dia, Divinha estava em casa, procurando o que fazer. Sua
casa, não era muito grande. Era uma casa bonita, por sinal.
Em certo momento, Divinha estava distraída, quando seu esposo, deu
entrada.
Sem perceber a presença do mesmo, ela continuou ali, olhando a vida
alheia, já que não tinha outra coisa, a ser feita.
Em certo momento, houve uma pequena discussão, entre aquele
casal.
Depois de muito tempo, a discussão parou.
Cansada de ficar dentro de casa, Divinha foi conversar, com sua
amiga, Amistécia.
-Trabalhando, não é amiga?-interrogou, Divinha.
-Claro! Não sou daquelas, que ficam olhando, a vida alheia.
-Essa gente, não é mole.
Amistécia respondeu:
-Igual a você, não é amiga da onça? Sempre sendo falsa, comigo.
Depois, diz que é minha amiga.
Envergonhada, Divinha se foi.
E os dias se passaram...
Naquele dia, o delegado estava arrumando alguns papéis, quando
entrou na delegacia, aquele casal, um tanto engraçado.
CAPÍTULO V
Praça movimentada, gente sorrindo em vão, ou por algum motivo,
um bom domingo para animar, a todos.
Aquele seria o dia propício, para realizar-se o ensaio do coral, da
igreja, sob a coordenação, do grande e eletrizante, Papito.
Enquanto Norma Garnicê estava preocupada em encontrar sua mãe,
os outros se preparavam para fazer algo, mais concreto: marcar presença,
no já citado ensaio.
A cidadezinha continuava a mesma, em termos de tamanho. Mas
sua animação melhorou, e muito.
Em casa, Norma estava muito irrequieta. Exatamente às 08h00minh,
ela ainda se encontrava com sua camisola vermelha, muito extravagante,
usava sua bota, também vermelha, a dialogar com seu amigo, Papito.
Papito, como sempre, estava vestido em seu pequeno short, de
botas pretas, seus trejeitos, e muito impaciente, também. De tanto Norma
vê-lo andar, de um lado a outro, resolveu se pronunciar:
-Calma, coisa! Você não marcou, às 09h00minh?-ela começou a roer,
as unhas.
CAPÍTULO VI
Justamente naquele dia tão importante, Norma recebeu uma notícia
não muito boa.
Mesmo ela tentando localizar sua mãe, mas nenhum sucesso, obteve.
Suas filhas, há anos que não davam sinal de vida, também.
Apesar dos pesares, Norma só podia contar com seu grande amigo
Papito, nos momentos de solidão.
Naquele dia então, Norma foi convocada a comparecer, à delegacia.
Mesmo o delegado sendo amigo dela, mas a mesma estranhou
aquele chamado.
E muito curiosa, dirigiu-se ao destino citado, juntamente com Papito:
-Olá! Qual o motivo, dessa urgência toda!? Aconteceu algum
incêndio, na cidade?
-Como sempre, brincalhona. Sente-se.
-Vamos lá! Desembucha, logo!
-Quero que você mesma veja do que se trata, com seus próprios
olhos.
-Ai, Meu Deus! Tanto mistério!
Tomando coragem, Norma dirigiu a uma sala, em companhia do
delegado.
Lá chegando, a mesma ficou boquiaberta, pois sua mãe estava na
cadeia, com seu namorado.
CAPÍTULO VII
Naquela terça-feira, todos estavam bastante envolvidos, com as
atividades, da igreja. Quando chegou ao término das atividades realizadas,
a missa foi iniciada.
Atentamente, os presentes ouviam o que era dito, ali.
O clima costumeiro das confusões foi deixado de lado, por enquanto.
Afinal, era um dia, de confraternização.
Quando o padre deu as atividades como encerradas, educadamente,
aquela multidão saio, da igreja.
Na praça, havia certo mistério que chamou a atenção, dos que por
ali, passavam.
Sendo assim, todos se aproximaram, a fim de descobrirem o porquê,
daquilo.
De repente, de cima daquele palco, uma cortina se abriu, e o tão
esperado coral da igreja, executou uma bela canção. Comandando o coral,
é claro, estava Papito:
-Espero que vocês valorizem o trabalho da igreja! Fiz, com muito
amor! Vamos lá, meninas! Cantem, cantem, e encantem!
Após ser dada a ordem, Galdina, mãe de Norma, Norma, e mais
algumas senhoras, mostraram, que sabiam cantar. De repente, do nada,
surgiram as filhas de Norma, que improvisaram um desfile de modas. E
assim, todos brincaram... Até mais!
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A súper mulher e seus segredos na cidadezinha

  • 2. DAS PERSONAGENS: Há muito tempo atrás, existia uma cidadezinha, com seus habitantes, para lá, de estranhos: Norma Garnicê, a viúva espalhafatosa, era tida como sendo uma pessoa um tanto desorientada. Ela foi casada com Kléber Garnicê, um rico empresário, e tiveram duas filhas, Tutiana e Juciana. Como sua cúmplice, Norma contava com sua mãe, Galdina. Papito era o homossexual, dali, o qual morava com Norma e compartilhava de suas "armações". Amistécia e Divinha eram as fofoqueiras encalhadas, que só se metiam, em confusão. Por outro lado, o delegado era apaixonado por Norma, e contava sempre com a ajuda de seu assistente, o Osci. E ainda, havia o pessoal que estava sempre disposto a tomar bebidas alcoólicas, que faziam parte do "sindicato do álcool". Ali, havia um bar, que era alvo de muita fofoca e confusão, denominado, "Bar do Fuxico". E por fim, existia certo prostíbulo também, que muito sucesso, fazia. E sem contar com os hippies, é claro.
  • 3. CAPÍTULO I Naquele belo dia, a praça estava bastante movimentada. Aquele era um dia de felicidade, para todos os habitantes, daquela cidadezinha. A banda musical mostrava-se impecável. As fofoqueiras não paravam de fofocar, é claro. Tudo que as mesmas viam, era motivo para risos e piadas. De um uma avenida existente ali, saiu o Papito, o homossexual, a fazer suas exibições. Meia hora depois, saiu da mesma avenida, aquela moça muito elegante, com sua minissaia, e usando uma blusinha. Logo após, a mesma tirou suas botas de saltos altíssimos, colocou seus óculos pretos, e falou para Papito, sempre gesticulando: -Qual é, cara! Toma jeito! Deixa isso para mim, que tenho o que mostrar!-começou a se exibir. Uma das fofoqueiras, não gostando, acrescentou: -Chegou quem faltava! Amistécia, mulher de Deus!-arregalou os olhos. -Cala a boca, Divinha!-Amistécia mostrou bastante medo. -Não quero encrenca, com essa talzinha! Naquela hora, Norma parou de se exibir, entregou seus pertences, a Papito, olhou as fofoqueiras, de baixo a cima e acrescentou: -Minhas filhas!-batendo palmas. -Já costuraram o que vocês usam por baixo, já? É melhor irem, hem! Depois, não quero saber, que brigaram...
  • 4. CAPÍTULO II Sem que todos soubessem, aquele evento contaria, com uma visita muito importante. No momento em que todos estavam sem esperar, o padre deu o ar, de sua graça. Automaticamente, todos pararam de se divertir, para prestarem atenção, ao mesmo. E subindo naquele palco improvisado, concluiu o padre: -Aos domingos, nós temos a nossa missa- os ouvintes ficaram cabisbaixos. -Vocês não são ateus, são?-responderam eles, balançando a cabeça, negativamente. -Então, porque não frequentar, a casa de Deus? Entre vocês, quem gostaria de participar do coral, da igreja? Papito suspendeu o braço. Do meio da multidão, uma das fofoqueiras, exclamou: -Padre, pecador não pode entrar, na igreja! Vai ser uma mancha negra, ao nosso pudor! E nem moça sem vergonha! Muralha do Cabuçu!olhou para Norma. Por sua vez, Norma reagiu: -Padre, "peraí"! Antes de selecionar os fiéis, para o nosso coral, cuidado para não trocar, gato por lebre, nem trigo, pelo joio! Aqui tá cheio, de pé grande! Mulheres porcas! Cuidado, padre! Se eu fosse o senhor, não permitiria que elas entrassem, lá! Dias após...
  • 5. CAPÍTULO III Na porta da igreja, uma fila se formou, para que todos pudessem ser atendidos, por Norma, que fazia às vezes, de uma secretária. Papito se prestava ao papel, de um simples atendente, dela. Norma, sentada em uma confortável cadeira, tomava anotação, ao lhe darem, um respectivo documento. No fim da fila, as fofoqueiras não se contentavam em ser atendidas, por sua maior inimiga. E assim, as mesmas começaram a fofocar, é claro. Quando o padre deu entrada, Papito limpou a cadeira, para o mesmo se sentar. Naquele clima de harmonia, a missa preludiou: -Obrigado a todos, por aceitarem vir à missa, mesmo sendo aqui, do lado de fora! -Padre, aqui está o microfone. Gritar faz mal para a voz-disse, Papito. -Obrigado, meu filho. Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo... Amém! D. Norma, já tomou a anotação necessária?-olhando-a. -Já, meu bom padre e senhor! -Correto, senhora. -Padre, estou tão emocionada com esse trabalho, que até me dá vontade de chorar-começou a limpar, os olhos. -Que é isso, minha filha? Você está sendo útil, a alguém. Está mostrando, que é muito capaz. De repente, uma das fofoqueiras, exclamou: -Ela ficou toda sonsa, seu padre!
  • 6. CAPÍULO IV Naquele dia, Divinha estava em casa, procurando o que fazer. Sua casa, não era muito grande. Era uma casa bonita, por sinal. Em certo momento, Divinha estava distraída, quando seu esposo, deu entrada. Sem perceber a presença do mesmo, ela continuou ali, olhando a vida alheia, já que não tinha outra coisa, a ser feita. Em certo momento, houve uma pequena discussão, entre aquele casal. Depois de muito tempo, a discussão parou. Cansada de ficar dentro de casa, Divinha foi conversar, com sua amiga, Amistécia. -Trabalhando, não é amiga?-interrogou, Divinha. -Claro! Não sou daquelas, que ficam olhando, a vida alheia. -Essa gente, não é mole. Amistécia respondeu: -Igual a você, não é amiga da onça? Sempre sendo falsa, comigo. Depois, diz que é minha amiga. Envergonhada, Divinha se foi. E os dias se passaram... Naquele dia, o delegado estava arrumando alguns papéis, quando entrou na delegacia, aquele casal, um tanto engraçado.
  • 7. CAPÍTULO V Praça movimentada, gente sorrindo em vão, ou por algum motivo, um bom domingo para animar, a todos. Aquele seria o dia propício, para realizar-se o ensaio do coral, da igreja, sob a coordenação, do grande e eletrizante, Papito. Enquanto Norma Garnicê estava preocupada em encontrar sua mãe, os outros se preparavam para fazer algo, mais concreto: marcar presença, no já citado ensaio. A cidadezinha continuava a mesma, em termos de tamanho. Mas sua animação melhorou, e muito. Em casa, Norma estava muito irrequieta. Exatamente às 08h00minh, ela ainda se encontrava com sua camisola vermelha, muito extravagante, usava sua bota, também vermelha, a dialogar com seu amigo, Papito. Papito, como sempre, estava vestido em seu pequeno short, de botas pretas, seus trejeitos, e muito impaciente, também. De tanto Norma vê-lo andar, de um lado a outro, resolveu se pronunciar: -Calma, coisa! Você não marcou, às 09h00minh?-ela começou a roer, as unhas. CAPÍTULO VI
  • 8. Justamente naquele dia tão importante, Norma recebeu uma notícia não muito boa. Mesmo ela tentando localizar sua mãe, mas nenhum sucesso, obteve. Suas filhas, há anos que não davam sinal de vida, também. Apesar dos pesares, Norma só podia contar com seu grande amigo Papito, nos momentos de solidão. Naquele dia então, Norma foi convocada a comparecer, à delegacia. Mesmo o delegado sendo amigo dela, mas a mesma estranhou aquele chamado. E muito curiosa, dirigiu-se ao destino citado, juntamente com Papito: -Olá! Qual o motivo, dessa urgência toda!? Aconteceu algum incêndio, na cidade? -Como sempre, brincalhona. Sente-se. -Vamos lá! Desembucha, logo! -Quero que você mesma veja do que se trata, com seus próprios olhos. -Ai, Meu Deus! Tanto mistério! Tomando coragem, Norma dirigiu a uma sala, em companhia do delegado. Lá chegando, a mesma ficou boquiaberta, pois sua mãe estava na cadeia, com seu namorado.
  • 9. CAPÍTULO VII Naquela terça-feira, todos estavam bastante envolvidos, com as atividades, da igreja. Quando chegou ao término das atividades realizadas, a missa foi iniciada. Atentamente, os presentes ouviam o que era dito, ali. O clima costumeiro das confusões foi deixado de lado, por enquanto. Afinal, era um dia, de confraternização. Quando o padre deu as atividades como encerradas, educadamente, aquela multidão saio, da igreja. Na praça, havia certo mistério que chamou a atenção, dos que por ali, passavam. Sendo assim, todos se aproximaram, a fim de descobrirem o porquê, daquilo. De repente, de cima daquele palco, uma cortina se abriu, e o tão esperado coral da igreja, executou uma bela canção. Comandando o coral, é claro, estava Papito: -Espero que vocês valorizem o trabalho da igreja! Fiz, com muito amor! Vamos lá, meninas! Cantem, cantem, e encantem! Após ser dada a ordem, Galdina, mãe de Norma, Norma, e mais algumas senhoras, mostraram, que sabiam cantar. De repente, do nada, surgiram as filhas de Norma, que improvisaram um desfile de modas. E assim, todos brincaram... Até mais! Copyright ₢ 2013 André Luis de X