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Interação do Agente de
Pascom no Espaço Litúrgico
Diácono Sérgio Ferreira de Almeida
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Tela 2
SACRAMENTOS são sinais sensíveis e visíveis
que atualizam a Vida e a Missão de Jesus Cristo
para que eu possa moldar a minha vida à sua
e me tornar seu seguidor.
Tela 3
Para facilitar nosso entendimento podemos dividir
os sacramentos em três grupos:
1º Grupo – Sacramentos da Iniciação Cristã:
batismo, crisma e eucaristia.
2º Grupo – Sacramentos de Cura: penitência e unção
dos enfermos
3º Grupo – Sacramentos de Serviço: matrimônio e
ordem
Tela 4
O Agente de Pascom
- Na iniciação Cristã
- No Sacramento do Matrimônio
Tela 5
MISSA – CELEBRAÇÃO MEMORIAL DO MISTÉRIO
PASCAL DE JESUS CRISTO
MAS
MEMORIAL NÃO É LEMBRANÇA
Uma verdadeira reflexão teológica busca na fonte da
liturgia as suas razões.
DEUS
SANTIFICAÇÃO
LITURGIA
ESPIRITO SANTO
HOMEM/MULHER
GLORIFICAÇÃO
Tela 7
O que acontece no momento
da celebração?
Tela 8
No momento da celebração, acontece a Salvação. O
tão sonhado projeto de Salvação de Deus é
entregue nas nossas mãos.
- se eu estou angustiado – Ele é o meu consolo
- se estou doente – Ele é o meu remédio
- se estou desanimado – Ele me fortalece com o seu
Corpo e com o seu Sangue
- se estou desesperado – Ele me conforta
Tela 9
Como celebrar a liturgia?
EIS O GRANDE DESAFIO
Liturgia é símbolo e presença do realmente presente.
Nem todos celebram da mesma maneira
Alguns avançaram muito.
Outros estão ainda como que “engatinhando.”
E há os que estão inventando.
Tela 10
A Eucaristia nos leva a compreender o sentido da
cruz. Se para os judeus foi vista como escândalo,
para os cristãos é sinal de Vitória.
Tela 12
CEIA = gesto profético
 Portanto: CRUZ = gesto realista
MISSA = gesto memorial
- Esse Memorial da Fé celebrado no
Mistério Pascal de Jesus Cristo é
ÚNICO, mas apresentado em dois
momentos: pela PALAVRA
PROCLAMADA e pela EUCARISTIA.
Tela 13
Diz a IGMR sobre este momento:
A cada domingo ou primeiro dia da semana, os
cristãos se reúnem e são instruídos, recebem uma
lição através da Palavra proclamada.
Nas leituras explanadas pela homilia, Deus fala ao
seu povo, e o próprio Cristo, por sua palavra, se
acha presente no meio dos fiéis. (IGMR 33).
Tela 14
Essa lição é apresentada aos cristãos em três
momentos consecutivos: o anúncio, o testemunho
do apóstolo e a palavra do próprio Mestre e é
iluminada pela Homilia.
É a palavra do Mestre que dá cumprimento ao
anúncio.
E é também a razão de ser do testemunho do
apóstolo.
A LIÇÃO DO DIA
Tela 17
ISSO EXIGE ATENÇÃO E PARTICIPAÇÃO
Tela 18
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL
48ª Assembleia Geral da CNBB
Brasília, 4 a 13 de maio de 2010
ASSUNTOS DE LITURGIA 2010
O USO DO PROJETOR MULTIMÍDIA NA LITURGIA -
Elementos para reflexão
Tela 19
O uso do projetor multimídia na liturgia é hoje uma
realidade frequente em nossas comunidades. Por
se tratar de uma realidade relativamente recente e
ainda pouco refletida em nosso meio, causando
discussões e até mesmo divergências de opinião, a
Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da
CNBB quer oferecer, com a presente nota, alguns
elementos para uma reflexão e futuros
aprofundamentos da parte do episcopado nacional,
dos liturgistas, dos párocos e todos os agentes de
pastoral litúrgica em nosso país e, sobretudo,
daqueles que utilizam o projetor multimídia como
recurso para a liturgia.
Tela 20
A partir do Concílio Vaticano II e da reforma litúrgica
dele derivada, como compreender esta realidade?
Seria uma moda, como foi com o retroprojetor.
Uma criatividade litúrgica? Quais os motivos da
introdução deste meio na liturgia? Seria o projetor
multimídia algo a ser realmente necessário na
liturgia?
Tela 21
Vendo a realidade do uso do projetor multimídia na
liturgia
Em diferentes comunidades, o projetor multimídia
vem sendo utilizado como recurso audiovisual
para, por exemplo:
◦ projetar cantos num telão ou numa parede da igreja,
inclusive fazendo correção de textos durante a ação ritual;
◦ projetar as orações presidenciais, inclusive a oração
eucarística, enquanto o presidente as proclama;
◦ projetar as leituras bíblicas enquanto são
proclamadas;
◦ projetar a homilia ou parte dela, de forma
esquemática, enquanto é proferida,
chegando até mesmo a ser acompanhada
por trilha sonora;
◦ projetar, durante a homilia e a oração
eucarística, imagens ou vídeo de Jesus
retratando ações correspondentes a estes
momentos rituais como, por exemplo,
cenas da última ceia projetadas durante a
narrativa da instituição, no momento em
que Jesus parte o pão;
Tela 23
Justificativas comumente dadas para o uso
◦ Por questões econômicas e ecológicas a
utilização do projetor multimídia leva a
eliminar o uso dos “folhetos litúrgicos” e
livros de cantos.
◦ É mais prático, tendo os textos em um só
lugar e projetá-los, do que multiplicar e
distribuir papéis, como aqueles usados
para os cantos.
Tela 24
◦ O uso do projetor multimídia ajuda e
facilita a participação da assembleia na
liturgia, porque ela (a assembleia) se vê
livre e despreocupada de manter folhas e
objetos nas mãos.
Tela 25
E onde fica a participação plena da assembleia.
Tela 26
O que é mesmo participar de uma ação litúrgica?
É participar da salvação (cf. Sacrosanctum
Concilium, SC, 2) que sempre de novo nos é dada
através dos ritos e sinais sensíveis da liturgia da
Igreja (cf. SC 5-7), pelos quais somos incorporados
à morte e ressurreição de Cristo em seu mistério
pascal (cf. SC 5-7).
Tela 27
Os ritos têm o seu espaço próprio, cujo centro são
as duas mesas: a da Palavra e da Eucaristia.
A mesa da Eucaristia deve ocupar “um lugar que seja
de fato o centro para onde espontaneamente se
volte a atenção de toda a assembleia dos fiéis”
(Instrução Geral ao Missal Romano, IGMR, n. 299).
Isso significa que nada deve nos distrair deste
centro. Caso contrário, a participação ativa ficará
comprometida.
Tela 31
A ação salvadora de Deus se dá, sobretudo, quando,
em torno da mesa eucarística, é proclamada a
grande ação de graças da Igreja ao Pai, por Cristo e
no Espírito Santo. De fato, a oração eucarística é o
“centro e ápice de toda a celebração” (IGMR n. 78),
quando a mente e o coração de todos devem se
voltar para o alto, isto é, para Deus. Portanto, no
momento da sua proclamação, é importante que o
foco das atenções esteja no altar para
acompanharmos e participarmos deste momento
ritual.
Tela 32
Por isso, não convém que a assembleia acompanhe
o texto da oração eucarística, seja ele impresso ou
projetado, mas, com os olhos voltados para o altar,
ouça a voz do presidente que proclama a solene
ação de graças. Neste momento, não pode a
assembleia centrar-se em imagens ou filmes
projetados no telão. As aclamações da assembleia
poderiam ser proferidas ou cantadas pelo diácono
ou outro ministro e repetidas pelo povo.
Tela 33
O que foi dito sobre mesa eucarística, pode-se
também dizer sobre a mesa da Palavra, como nos
ensina a Igreja: “A dignidade da Palavra de Deus
requer na Igreja um lugar condigno de onde possa
ser anunciada e para onde se volte
espontaneamente a atenção dos fiéis no momento
da liturgia da Palavra” (IGMR n. 309).
Consequentemente, a Palavra de Deus, quando
proclamada e comentada pela homilia, exige de
nós a atitude discipular de escuta. Na liturgia, ela
está para ser proclamada e ouvida.
Tela 34
Assim sendo, estaria muito mais de acordo com a
natureza da liturgia a assembleia voltar-se para o
ambão, com olhos e ouvidos atentos ao ministro
que proclama a Palavra “em voz alta e distinta” (cf.
IGMR 38), em vez de acompanhá-la com os olhos
fixos num texto impresso ou em projeções no
telão.
Tela 35
A participação ativa na liturgia exige uma interação
entre quem proclama a Palavra e a assembleia que
a escuta, entre a presidência e assembleia, entre
esses e o próprio Deus, entre Deus e o seu povo,
por força das ações rituais. Ao mesmo tempo,
exige o uso cuidadoso dos livros litúrgicos, porque
eles “lembram aos fiéis a presença de Deus que
fala a seu povo... e são sinais e símbolos das
realidades do alto na ação litúrgica” (Introdução ao
Lecionário da Missa, ILM, 35), não devendo por
isso ser “substituídos por outros subsídios de
ordem pastoral” (ILM 37).
Tela 36
O Concílio Vaticano II resgatou a ampla
compreensão de presença real de Jesus Cristo na
liturgia (no ministro, na Palavra, na assembleia
orante, nos sacramentos, sobretudo nas espécies
eucarísticas), proclamando que Cristo mesmo age
nas ações litúrgicas (cf. SC 7). A Igreja nos
convoca, pois, a valorizar estas diversas presenças.
Imagens projetadas durante a celebração desviam
a nossa atenção da ação de Jesus Cristo, aqui e
agora, na própria ação ritual. Além disso, sendo o
filme, ou vídeo, um acontecimento em si mesmo,
não se destina a ilustrar outro acontecimento que é
o mistério de Cristo e da Igreja na própria ação
ritual em ato.
Tela 37
O ministro, tanto no momento de proclamar a
Palavra como na ação ritual de presidir a Eucaristia,
age in persona Christi.
O Cristo assume a voz, o olhar, o rosto, os braços, o
corpo todo do ministro para, por ele, se comunicar
com o povo cristão reunido em assembleia e, na
unidade do Espírito Santo, glorificar ao Pai.
Tela 38
Então, como fica quando a assembleia se vê
obrigada a ter que desviar sua atenção para o
telão, exatamente quando teria de contemplar a
ação do Cristo vivo na pessoa do ministro?
E como fica aí a “participação ativa”, no verdadeiro
sentido teológico-litúrgico, pedida com insistência
pelo Vaticano II?
Tela 39
O uso do projetor multimídia na liturgia, como
estamos vendo, além de interferir na ação ritual,
entra em competição com a liturgia, gerando
distração.
Tela 40
O uso didático do projetor multimídia, utilizando
aparelhos (computador, fiação, projetor, mesa,
telão), sem dúvida interfere na composição e na
estética do próprio espaço celebrativo enquanto
“sinal e símbolo das coisas divinas” (cf. IGMR 288).
Tela 41
Dependendo da localização, com o uso desses
aparatos corre-se inclusive o risco de tornar o
espaço celebrativo em:
- quase “sala de aula”,
- de “conferência”,
- ou uma extensão da minha “sala de TV”.
Tela 42
Enfim, podem as novas tecnologias colaborar em
favor de uma liturgia participativa, pascal,
simbólica e orante?
É possível?
Com certeza, e muito!
Onde?
Na catequese como preparação para o bem celebrar,
nos cursos em preparação ao batismo e ao
matrimônio, bem como nos cursos de formação
litúrgica em geral. Aí, nestes espaços, o projetor
multimídia presta, sem dúvida, um notável serviço
à sagrada liturgia.

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Agente de Pascom e a interação no espaço litúrgico

  • 1. Interação do Agente de Pascom no Espaço Litúrgico Diácono Sérgio Ferreira de Almeida www.diacsergioliturgia.com
  • 2. Tela 2 SACRAMENTOS são sinais sensíveis e visíveis que atualizam a Vida e a Missão de Jesus Cristo para que eu possa moldar a minha vida à sua e me tornar seu seguidor.
  • 3. Tela 3 Para facilitar nosso entendimento podemos dividir os sacramentos em três grupos: 1º Grupo – Sacramentos da Iniciação Cristã: batismo, crisma e eucaristia. 2º Grupo – Sacramentos de Cura: penitência e unção dos enfermos 3º Grupo – Sacramentos de Serviço: matrimônio e ordem
  • 4. Tela 4 O Agente de Pascom - Na iniciação Cristã - No Sacramento do Matrimônio
  • 5. Tela 5 MISSA – CELEBRAÇÃO MEMORIAL DO MISTÉRIO PASCAL DE JESUS CRISTO MAS MEMORIAL NÃO É LEMBRANÇA
  • 6. Uma verdadeira reflexão teológica busca na fonte da liturgia as suas razões. DEUS SANTIFICAÇÃO LITURGIA ESPIRITO SANTO HOMEM/MULHER GLORIFICAÇÃO
  • 7. Tela 7 O que acontece no momento da celebração?
  • 8. Tela 8 No momento da celebração, acontece a Salvação. O tão sonhado projeto de Salvação de Deus é entregue nas nossas mãos. - se eu estou angustiado – Ele é o meu consolo - se estou doente – Ele é o meu remédio - se estou desanimado – Ele me fortalece com o seu Corpo e com o seu Sangue - se estou desesperado – Ele me conforta
  • 9. Tela 9 Como celebrar a liturgia? EIS O GRANDE DESAFIO Liturgia é símbolo e presença do realmente presente. Nem todos celebram da mesma maneira Alguns avançaram muito. Outros estão ainda como que “engatinhando.” E há os que estão inventando.
  • 10. Tela 10 A Eucaristia nos leva a compreender o sentido da cruz. Se para os judeus foi vista como escândalo, para os cristãos é sinal de Vitória.
  • 11.
  • 12. Tela 12 CEIA = gesto profético  Portanto: CRUZ = gesto realista MISSA = gesto memorial - Esse Memorial da Fé celebrado no Mistério Pascal de Jesus Cristo é ÚNICO, mas apresentado em dois momentos: pela PALAVRA PROCLAMADA e pela EUCARISTIA.
  • 13. Tela 13 Diz a IGMR sobre este momento: A cada domingo ou primeiro dia da semana, os cristãos se reúnem e são instruídos, recebem uma lição através da Palavra proclamada. Nas leituras explanadas pela homilia, Deus fala ao seu povo, e o próprio Cristo, por sua palavra, se acha presente no meio dos fiéis. (IGMR 33).
  • 14. Tela 14 Essa lição é apresentada aos cristãos em três momentos consecutivos: o anúncio, o testemunho do apóstolo e a palavra do próprio Mestre e é iluminada pela Homilia. É a palavra do Mestre que dá cumprimento ao anúncio. E é também a razão de ser do testemunho do apóstolo.
  • 16. Tela 17 ISSO EXIGE ATENÇÃO E PARTICIPAÇÃO
  • 17.
  • 18. Tela 18 CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL 48ª Assembleia Geral da CNBB Brasília, 4 a 13 de maio de 2010 ASSUNTOS DE LITURGIA 2010 O USO DO PROJETOR MULTIMÍDIA NA LITURGIA - Elementos para reflexão
  • 19. Tela 19 O uso do projetor multimídia na liturgia é hoje uma realidade frequente em nossas comunidades. Por se tratar de uma realidade relativamente recente e ainda pouco refletida em nosso meio, causando discussões e até mesmo divergências de opinião, a Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB quer oferecer, com a presente nota, alguns elementos para uma reflexão e futuros aprofundamentos da parte do episcopado nacional, dos liturgistas, dos párocos e todos os agentes de pastoral litúrgica em nosso país e, sobretudo, daqueles que utilizam o projetor multimídia como recurso para a liturgia.
  • 20. Tela 20 A partir do Concílio Vaticano II e da reforma litúrgica dele derivada, como compreender esta realidade? Seria uma moda, como foi com o retroprojetor. Uma criatividade litúrgica? Quais os motivos da introdução deste meio na liturgia? Seria o projetor multimídia algo a ser realmente necessário na liturgia?
  • 21. Tela 21 Vendo a realidade do uso do projetor multimídia na liturgia Em diferentes comunidades, o projetor multimídia vem sendo utilizado como recurso audiovisual para, por exemplo: ◦ projetar cantos num telão ou numa parede da igreja, inclusive fazendo correção de textos durante a ação ritual; ◦ projetar as orações presidenciais, inclusive a oração eucarística, enquanto o presidente as proclama;
  • 22. ◦ projetar as leituras bíblicas enquanto são proclamadas; ◦ projetar a homilia ou parte dela, de forma esquemática, enquanto é proferida, chegando até mesmo a ser acompanhada por trilha sonora; ◦ projetar, durante a homilia e a oração eucarística, imagens ou vídeo de Jesus retratando ações correspondentes a estes momentos rituais como, por exemplo, cenas da última ceia projetadas durante a narrativa da instituição, no momento em que Jesus parte o pão;
  • 23. Tela 23 Justificativas comumente dadas para o uso ◦ Por questões econômicas e ecológicas a utilização do projetor multimídia leva a eliminar o uso dos “folhetos litúrgicos” e livros de cantos. ◦ É mais prático, tendo os textos em um só lugar e projetá-los, do que multiplicar e distribuir papéis, como aqueles usados para os cantos.
  • 24. Tela 24 ◦ O uso do projetor multimídia ajuda e facilita a participação da assembleia na liturgia, porque ela (a assembleia) se vê livre e despreocupada de manter folhas e objetos nas mãos.
  • 25. Tela 25 E onde fica a participação plena da assembleia.
  • 26. Tela 26 O que é mesmo participar de uma ação litúrgica? É participar da salvação (cf. Sacrosanctum Concilium, SC, 2) que sempre de novo nos é dada através dos ritos e sinais sensíveis da liturgia da Igreja (cf. SC 5-7), pelos quais somos incorporados à morte e ressurreição de Cristo em seu mistério pascal (cf. SC 5-7).
  • 27. Tela 27 Os ritos têm o seu espaço próprio, cujo centro são as duas mesas: a da Palavra e da Eucaristia. A mesa da Eucaristia deve ocupar “um lugar que seja de fato o centro para onde espontaneamente se volte a atenção de toda a assembleia dos fiéis” (Instrução Geral ao Missal Romano, IGMR, n. 299). Isso significa que nada deve nos distrair deste centro. Caso contrário, a participação ativa ficará comprometida.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31. Tela 31 A ação salvadora de Deus se dá, sobretudo, quando, em torno da mesa eucarística, é proclamada a grande ação de graças da Igreja ao Pai, por Cristo e no Espírito Santo. De fato, a oração eucarística é o “centro e ápice de toda a celebração” (IGMR n. 78), quando a mente e o coração de todos devem se voltar para o alto, isto é, para Deus. Portanto, no momento da sua proclamação, é importante que o foco das atenções esteja no altar para acompanharmos e participarmos deste momento ritual.
  • 32. Tela 32 Por isso, não convém que a assembleia acompanhe o texto da oração eucarística, seja ele impresso ou projetado, mas, com os olhos voltados para o altar, ouça a voz do presidente que proclama a solene ação de graças. Neste momento, não pode a assembleia centrar-se em imagens ou filmes projetados no telão. As aclamações da assembleia poderiam ser proferidas ou cantadas pelo diácono ou outro ministro e repetidas pelo povo.
  • 33. Tela 33 O que foi dito sobre mesa eucarística, pode-se também dizer sobre a mesa da Palavra, como nos ensina a Igreja: “A dignidade da Palavra de Deus requer na Igreja um lugar condigno de onde possa ser anunciada e para onde se volte espontaneamente a atenção dos fiéis no momento da liturgia da Palavra” (IGMR n. 309). Consequentemente, a Palavra de Deus, quando proclamada e comentada pela homilia, exige de nós a atitude discipular de escuta. Na liturgia, ela está para ser proclamada e ouvida.
  • 34. Tela 34 Assim sendo, estaria muito mais de acordo com a natureza da liturgia a assembleia voltar-se para o ambão, com olhos e ouvidos atentos ao ministro que proclama a Palavra “em voz alta e distinta” (cf. IGMR 38), em vez de acompanhá-la com os olhos fixos num texto impresso ou em projeções no telão.
  • 35. Tela 35 A participação ativa na liturgia exige uma interação entre quem proclama a Palavra e a assembleia que a escuta, entre a presidência e assembleia, entre esses e o próprio Deus, entre Deus e o seu povo, por força das ações rituais. Ao mesmo tempo, exige o uso cuidadoso dos livros litúrgicos, porque eles “lembram aos fiéis a presença de Deus que fala a seu povo... e são sinais e símbolos das realidades do alto na ação litúrgica” (Introdução ao Lecionário da Missa, ILM, 35), não devendo por isso ser “substituídos por outros subsídios de ordem pastoral” (ILM 37).
  • 36. Tela 36 O Concílio Vaticano II resgatou a ampla compreensão de presença real de Jesus Cristo na liturgia (no ministro, na Palavra, na assembleia orante, nos sacramentos, sobretudo nas espécies eucarísticas), proclamando que Cristo mesmo age nas ações litúrgicas (cf. SC 7). A Igreja nos convoca, pois, a valorizar estas diversas presenças. Imagens projetadas durante a celebração desviam a nossa atenção da ação de Jesus Cristo, aqui e agora, na própria ação ritual. Além disso, sendo o filme, ou vídeo, um acontecimento em si mesmo, não se destina a ilustrar outro acontecimento que é o mistério de Cristo e da Igreja na própria ação ritual em ato.
  • 37. Tela 37 O ministro, tanto no momento de proclamar a Palavra como na ação ritual de presidir a Eucaristia, age in persona Christi. O Cristo assume a voz, o olhar, o rosto, os braços, o corpo todo do ministro para, por ele, se comunicar com o povo cristão reunido em assembleia e, na unidade do Espírito Santo, glorificar ao Pai.
  • 38. Tela 38 Então, como fica quando a assembleia se vê obrigada a ter que desviar sua atenção para o telão, exatamente quando teria de contemplar a ação do Cristo vivo na pessoa do ministro? E como fica aí a “participação ativa”, no verdadeiro sentido teológico-litúrgico, pedida com insistência pelo Vaticano II?
  • 39. Tela 39 O uso do projetor multimídia na liturgia, como estamos vendo, além de interferir na ação ritual, entra em competição com a liturgia, gerando distração.
  • 40. Tela 40 O uso didático do projetor multimídia, utilizando aparelhos (computador, fiação, projetor, mesa, telão), sem dúvida interfere na composição e na estética do próprio espaço celebrativo enquanto “sinal e símbolo das coisas divinas” (cf. IGMR 288).
  • 41. Tela 41 Dependendo da localização, com o uso desses aparatos corre-se inclusive o risco de tornar o espaço celebrativo em: - quase “sala de aula”, - de “conferência”, - ou uma extensão da minha “sala de TV”.
  • 42. Tela 42 Enfim, podem as novas tecnologias colaborar em favor de uma liturgia participativa, pascal, simbólica e orante? É possível? Com certeza, e muito! Onde? Na catequese como preparação para o bem celebrar, nos cursos em preparação ao batismo e ao matrimônio, bem como nos cursos de formação litúrgica em geral. Aí, nestes espaços, o projetor multimídia presta, sem dúvida, um notável serviço à sagrada liturgia.