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História do Brasil por Barão do Pirapora
Brasil Colonial (1530-1822)
Descobrimento: Após a formação do Estado Nacional
Português e a consolidação do absolutismo da Dinastia de
Avis, os portugueses investiram em navegação, construindo a
Escola de Sagres(fundada pelo Infante D. Henrique, que tinha
a influência dos judeus(cartografia) e árabes (astrolábio)),
iniciando o processo de Expansão Marítima portuguesa que
ficou chamada de pioneirismo português. Vinha bem a calhar
encontrar outro caminho para as Índias, atrás das especiarias
(noz moscada, canela, cravo e pimenta), pois o Mar
Mediterrâneo estava monopolizado pelos Genoveses e
Venezianos, impedindo as embarcações estrangeiras de
navegar livremente, acontece que até 1453, nem mesmo os
italianos puderam navegar, pois os Turcos Invadiram
Constantinopla e fecharam a rota dos italianos. Mas os
Portugueses já estavam cada vez mais atingindo o Sul da
África, chegando ao cabo da Boa Esperança (cabo das
Tormentas), Bartolomeu Dias abriu o trajeto para as Índias e
conseqüentemente veio Vasco da Gama nas índias em 1498.
A Expedição de Vasco deu tanto lucro(60x) e o El Rei D.
Manoel enviou a expedição cabralina em 9 de março de 1500,
com o dobro de navetas.Percebe-se o objetivo econômico da
expedição. Os marinheiros destacavam-se por serem “cristãos
- novos” (judeus convertidos ao catolicismo) Pedro Álvares
Cabral é o capitão-mór da expedição, o escrivão Pero Vaz de
Caminha descreve, não ter visto nem ouro nem prata, e
percebe-se o aproveitamento da terra para agricultura “dar-se
a nela tudo pelo bem das águas que tem” , além de observar a
necessidade de “salvar” os selvagens, relacionando a uma
preocupação religiosa do escrivão. A Expedição Cabralina não
deu lucro. Mas foi sempre relembrada, como mostra as
poesias de Fernando Pessoa.
Período pré colonial: esses trinta anos destacaram-se pelas
expedições de reconhecimento, e comercial (houve um
acordo liderado pelo comerciante Fernão de Noronha para
monopolizar o pau Brasil ) e das Expedições Guarda Costas,
comandadas por Cristóvão Jaccques, defendendo a terra dos
piratas, corsários e estrangeiros que já exploravam o pau-
brasil. Nesse período viviam somente indígenas na Ilha de
Santa Catarina, mais tarde, na segunda metade, do século
XVI, surgiram alguns cristãos, como Melchior, Ramirez e
Enrique Montez.
Colonização: Nesse período destacamos a exploraçõa do
pau Brasil, onde os portugueses e francese utilizavam a mão
de obra indígena, utilizando o escambo (troca de
mercadorias). Martim Afonso de Souza fundou a Vila de São
Vicente e introduziu a cana-de-açúcar no Brasil. Iniciou o
processo conhecido por Capitanias Hereditárias , dividindo o
Brasil em vários lotes de terra e distribuídas aos donatários.
As únicas que prosperaram foram a de São Vicente e
Pernambuco. O donatário da Capitania de Sant’ana (onde
hoje está o Estado de Santa Catarina) era Pero Lopes de
Souza. Houve a criação do Governo-Geral para administrar a
Colônia, em destaque Tomé de Sousa e Mem de Sá. Vinda
dos Jesuítas da Companhia de Jesus, instituição católica
criada na Contra-Reforma, iniciaram as fundações de vilas
como São Paulo de Piratininga (Pde.José de Anchieta) e Rio
de Janeiro (Estácio de Sá). Houve a Confederação dos
Tamoios, onde os índios aliaram-se até com os Franceses
para expulsar os portugueses do Brasil. Não teve resultados,
pois a maioria dos indígenas estavam influenciados pelos
jesuítas. O resultado foi a derrota dos tamoios e a expulsão
dos franceses do Rio de Janeiro. Os Franceses tinham
tentado invadir o Brasil fundando a França Antártica na
Guanabara, mas foram expulsos por Estácio de Sá. Portugal
acabou ficando sem herdeiro, e o rei Filipe da Espanha anexa
os reinos, formando o domínio Espanhol (1580-1640), nessa
fase, as terras de São Paulo são invadidas pelos
Bandeirantes, realizando entradas e bandeiras. Geralmente
eram financiados particularmente, sem apoio do rei. Não
tinham normas nem leis, somente uma hierarquia militarizada.
A primeira fase foi o aprisionamento de índios, onde
destacamos a figura de Raposo Tavares(era comum, a
invasão de Reduções Jesuíticas, para aprisionar índios para
escraviza-los. A igreja condenava a escravidão indígena, mas
aceitava a negra), a segunda fase é a busca do ouro, onde
podemos lembrar de Bartolomeu Bueno (Anhangüera) e
Fernão Dias (o caçador de esmeraldas) e a terceira, o
Sertanismo de contrato, onde o mais famoso é Domingos
Jorge Velho, que foi contratado para matar Zumbi dos
Palmares no Nordeste. Geralmente nessa última fase, os
bandeirantes dedicavam-se principalmente, a pecuária.
(Desterro (atual Florianópolis) foi fundada por um Bandeirante
chamado Francisco Dias Velho, geralmente partiam de S.
Vicente, por isso eram chamados de “Povoamento
Vicentistas”). Após as descobertas das minas em Minas
Gerais, houve uma super emigração para as minas e o
bandeirismo foi chegando ao fim.
No nordeste, houve as Invasões holandesas, primeiro em
1624 houve uma invasão na Bahia, que foi frustrada pelos
portugueses, depois em 1630 os holandeses tomaram
Pernambuco e implantaram um sistema de exploração do
açúcar modernizando e estruturando a economia açucareira,
destacamos a figura de Maurício de Nassau, como um
governador tolerante com as dívidas dos senhores de
engenho (o açúcar era plantado em grande escala no
nordeste (solo de massapê), havia grandes latifúndios,
monocultura e mão de obra escrava, a sociedade era
patriarcal e não existia mobilidade social. O açúcar era
produzido no Engenho, e também havia a criação de gados
(pecuária) e economia de subsistência dos escravos), após a
saída de Nassau, os holandeses exigiram o pagamento das
dívidas dos senhores de engenho, resultou numa revolta
conhecida como Insurreição Pernambucana, reunindo
tropas de índios (Felipe Camarão) negros (Henrique Dias),
colonos e senhores de engenho, resulta na expulsão dos
holandeses do Brasil. Nessa época, também surgiu o
Quilombo de Palmares, que reuniu grupos de negros que
fugiam dos engenhos, onde criaram uma comunidade no
nordeste liderada por Ganga Zumba e Zumbi, este acabou
sendo assassinado pelo bandeirante contratado para destruir
o quilombo. Os escravos eram considerados propriedades dos
senhores, como simples instrumento de trabalho, ele deveria
trabalhar para o sustento de seu dono. Em Santa Catarina, os
portugueses tentavam defender a Ilha de Santa Catarina das
invasões dos estrangeiros, principalmente, os espanhóis.
Assim, foram construídas as fortalezas ( Santa Cruz de
Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de
Ratones) pelo engenheiro militar Brigadeiro José da Silva
Paes, primeiro Governador da Capitania de Santa Catarina.
Com a descobertas das minas de ouro em Minas Gerais,
ocorreram muitas revoltas que foram chamadas de
nativistas.pois lutavam por melhorias das colônias, mas não
tinham pretensão de separar ou propor a independência do
Brasil. A primeira ocorreu pela disputa e posse das minas
entre os “ paulistas” que eram os colonos e os “forasteiros”
que eram os portugueses, chamados de “Emboabas”, esse
conflito ficou conhecido por Guerra dos Emboabas. Também
ocorreu uma revolta urbana em Vila Rica, onde Filipe dos
Santos, denunciou as casas de fundição que exigiam a
transformação das pepitas de ouro em barras, e derretiam as
pepitas, mas espalhavam o ouro derretido. Filipe dos Santos
fez diversas denuncias, mobilizou o povo de minas, mas
acabou sendo condenado brutalmente pela coroa portuguesa,
foi conhecida como Revolta de Filipe dos Santos. Em Minas
Gerais, orgulham-se da história de Chico Rei, um ex-escravo
que havia conseguido tornar-se proprietário de uma mina e a
partir dela conseguia alforria para os escravos que
trabalhavam por lá.
Outras revoltas nativistas que ocorreram no Brasil foram:
Revolta dos Beckman, que ocorreu no Maranhão, onde os
senhores de Engenho revoltaram-se contra o monopólio de
Portugal sobre a colônia, exigiram um maior fornecimento de
escravos, chegaram a invadir uma missão indígena e
tentaram escravizar alguns índios. A coroa portuguesa reagiu
com força contra os revoltosos. Em Pernambuco ocorreu a
Guerra dos Mascates, quando os mascates de Recife travam
uma briga com os senhores de engenho de Olinda. Este fato
resultou na emancipação de Recife. Em São Paulo, os
paulistas expulsaram os jesuítas e criaram um rei para a vila,
foi a Aclamação a Amador Bueno. Isso era só o começo,
pois o que estava por vir iria abalar a coroa portuguesa, com a
Inconfidência Mineira 1789 e a Conjuração Baiana 1798.
Essas duas queriam a independência do Brasil. Também
pudera, Portugal havia criado uma cobrança de 14 arrobas de
ouro por ano, quem não pagava era decretada a derrama,
uma espécie de penhora, que arrancava tudo dos fazendeiros
e mineiros. Então, em Minas Gerais, surgiram idéias de
liberdade, principalmente vinda da elite, reuniam-se
secretamente e sugeriam a possibilidade de um golpe de
separação, o líder era Tiradentes, a conspiração deu errado,
pois foram acusados e condenados, porém apenas Tiradentes
foi morto. Na Bahia, o líder da Conjuração Baiana era João de
Deus, um negro que movimentou uma revolta que resultaria
na independência do Brasil, a coroa reagiu rapidamente
contra o povo. Diferente de Minas Gerais, a Conjuração
Baiana havia participação popular, e queriam a abolição dos
escravos, já em Minas, havia somente uma conspiração
armada pela elite. Nessa época, os açorianos vieram para
Santa Catarina, eles viviam num estado de pobreza na ilha
dos Açores, no entanto Portugal queria povoar mais o Brasil,
para isso, a coroa prometeu aos açorianos utensilhos, como
ferramentas e animais. Após esse episódio, a coroa
portuguesa fugiu de Portugal, por causa da ameaça de
Napoleão, D. João VI, o Príncipe regente não queria cortar
relações com a Inglaterra, e planejaram a fuga, vieram ao
Brasil, instalaram-se no Rio de Janeiro, esse episódio foi
conhecido como a vinda da Família Real ao Brasil.
Brasil Império (1822-1889)
Antecedentes: junto com a família real, veio uma porção de
artistas e intelectuais. D. João VI decretou a abertura dos
portos, liberou as manufaturas, elaborou o projeto do Jardim
Botânico e fundou o Banco do Brasil. Seu filho príncipe D.
Pedro I estava sendo preparado para assumir o trono
português. Após a morte de Maria Louca e o Congresso de
Viena. O Brasil tornou-se reino em 1815 Com a Revolução
Liberal em Portugal D. João VI voltou à Portugal e deixou
como regente no Brasil, seu filho D. Pedro I. Portugal exigiu a
volta de D. Pedro I para Portugal, porém, ele estava apoiado
pelo povo e enfrentou as tropas portuguesas e decidiu ficar no
Brasil. Era o Dia do Fico.
Independência:Quando Portugal enviou uma mensagem
exigindo que o Brasil deveria depender absolutamente se
Portugal, D. Pedro I entendeu que eles não confiavam nele
como regente, era um simples bedel, então ele decide tornar o
Brasil independente logo depois que recebeu a mensagem
São Paulo, em 1822. Não foi um ato isolado, como podemos
ver, foi um processo que levou até a independência, surgiu
devagar, desde as revoltas nativistas, até as inconfidências,
mas foi marcada pelo espírito liberal da maçonaria, que foi
importante nesse processo. No entanto, ocorreram diversas
reações contrárias a Independência do Brasil, algumas
províncias não reconheceram a independência, como Bahia,
Pará e Cisplatina. Em Santa Catarina, as vilas litorâneas
comemoraram a independência.
O Primeiro Reinado teve início, um pouco conturbado, pois
logo que D. Pedro I percebeu que o congresso queria “
controla-lo” fechou-o, e em seguida criou uma Constituição, a
Constituição de 1824 onde somente a população
absolutamente melhor de vida poderia votar (voto censitário),
além do quarto poder, o Poder Moderador que lhe dava
direitos absolutistas , o pior era o unitarismo, que dava plenos
poderes ao Rio de Janeiro de comandar o resto do país, por
exemplo, Santa Catarina teria de enviar todo o imposto
recolhido aqui para o Rio, e o próprio governador não seria um
catarinense, um carioca provavelmente. Essa constituição
levou alguns estados a rebelarem-se contra D. Pedro I, no
Nordeste ocorreu a Confederação do Equador, várias
províncias uniram-se lideradas por Frei Caneca (mesmo o
estado e a igreja andarem de mãos dadas, existiam padres
que não apoiavam as maluquices do Imperador, estavam
descontentes com D. Pedro I, que havia outorgado a
Constituição de 1824). D. Pedro I enviou tropas emprestadas
dos ingleses (criando a dívida externa) e mataram os
revoltosos inclusive Frei Caneca.
O Brasil entrou numa guerra contra os argentinos, pois
estavam perdendo a posse da Cisplatina, a província abaixo
do Rio Grande do Sul. Na Guerra da Cisplatina D. Pedro I
não perdeu só um enorme contingente, como perdeu a
província (que tornou-se Uruguai) e sua popularidade. Sua
vida pessoal não andava bem, os escândalos envolvidos com
a morte de sua primeira esposa, a relação com sua amante, a
Marquesa de Santos (que levou ao rompimento com José
Bonifácio), e a crescente oposição que acusava seus amigos
de corruptos (Francisco Gomes, o Chalaça), D. Pedro casou-
se de novo , com uma princesa de Munique, a Amélia. Mas
depois, envolveu-se num outro escândalo, na morte de um
jornalista de oposição, Líbero Badaró. A situação ficou muito
ruim que ele decidiu Abdicar do trono, voltou a Portugal e
lutou com o próprio irmão D. Miguel, pelo trono que era por
direito de sua filha. Deixou a coroa no Brasil para o seu filho
com apenas 4 anos. O Brasil passou a ser governado por
regentes.
Regência: Existiu inicialmente uma Regência Trina e depois,
uma Regência Uma. Apesar do Brasil ter vivido uma
experiência “presidencialista” foi uma fase marcada por
revoltas por todo o império, as províncias rebelaram-se contra
o governo. Este por sua vez criou a Guarda Nacional nessa
época, temos como destaque o líder da Guarda, Luís Alves
Lima, o Duque de Caxias. As revoltas regenciais foram:
Cabanagem: no Grão-Pará, o povo revoltou-se contra os
regentes, teve apoio da elite, mas a revolta tornou-se popular,
logo foi massacrado pelas tropas do governo. Balaiada: no
Maranhão, os vaqueiros e balaieiros lutaram num conflito
contra a regência, o movimento tornou-se uma guerrilha e não
acabou nada bem para a camada popular que foi massacrada
por Duque de Caxias. Sabinada: na Bahia, a elite apoiou as
idéias de Francisco Sabino, que sugeriu a separação da Bahia
do Brasil. As tropas massacraram os revoltosos. A
Farroupilha Foi a mais famosa revolta, os farrapos chegaram
a fundar a República no Rio Grande e a República Juliana em
Santa Catarina, com o apoio de Giuseppe Garibaldi e Davi
Canabarro. O líder dos Farrapos era Bento Gonçalves.
Estavam descontentes com a má distribuição fiscal e sobre o
preço do charque. Mais tarde entraram num acordo com o
Imperador e o Rio Grande e Santa Catarina voltaram a fazer
parte do Império. Duas influentes tendências políticas
Conservadores e liberais, prepararam um golpe e colocaram
no poder o D. Pedro II antes do tempo (com14 anos) foi o
Golpe de Maioridade, em 1840. Dando início ao Segundo
Reinado. Ocorreram muitas mudanças no Brasil neste curto
espaço de tempo(1840-1889) , inicialmente houve conflitos
Liberais de Diogo Feijó e depois a praieira de Pedro Ivo em
Pernambuco, a Revolta Praieira recebia influência das
revoltas liberais que ocorriam na Europa, eram contra os
antigos regimes, e nesse caso atacavam o absolutismo de D.
Pedro II (pois este manteve o poder moderador), para tentar
agradar tanto conservadores e liberais, maçons e religiosos,
D. Pedro II criou um Parlamentarismo às avessas, que tinha
como diferença do Inglês, a indicação do próprio D. Pedro II
para ser o Primeiro-Ministro (Na Inglaterra o Primeiro-
Ministro é escolhido pelo parlamento), procurou estabelecer
algumas mudanças na economia, como a criação da Tarifa
Alves Branco, que era uma espécie de Protecionismo de
nossos produtos(criou taxas alfandegárias para produtos
importados). Isso de certa forma, fortaleceu a economia
nacional, surgindo a possibilidade da criação tímida de
algumas indústrias. Figuras como Irineu Evangelista de Souza
(Barão de Mauá) destaca-se no cenário como industrial, cria
uma fábrica de fundição de ferro, construindo maquinários e
estradas de ferros, iluminando a cidade do Rio de Janeiro e
controlando o transporte fluvial da Amazônia. Mas o descaso
de D. Pedro II, associado às sabotagens da Inglaterra em
suas empresas, arruinaram o industrial, atrasando mais a
indústria brasileira.
Na questão agrária, destacamos o café, como principal
produto. No entanto, houve um desequilíbrio ecológico que
levou a desfertilização do café no Vale do Paraíba, levando
inúmeros fazendeiros à falência. O Café foi reintroduzido no
Oeste Paulista, utilizando novos recursos e investimentos,
além da utilização de mão de obra assalariada (no Vale do
Paraíba era utilizada mão de obra escrava), elevou a
produção do café e garantiu o preço e o bem estar dos novos
barões do café. Os escravos foram aos poucos conquistando
alguns direitos. A Inglaterra tinha interesse em liberta-los pois
tornariam consumidores de seus produtos, então faziam de
tudo para que o Brasil fizesse a abolição.a primeira foi a Lei
Eusébio Queiroz, proibindo o tráfico de escravos no Brasil,
depois a Lei do Ventre Livre, a Lei do Sexagenário e
finalmente a Lei Áurea, foi quarenta anos de campanha
abolicionista. Em Santa Catarina, destacamos o poeta Cruz e
Sousa, que era negro e abolicionista, pregava a igualdade
entre as pessoas, participou do movimento simbolista,
presentes em suas obras (Broqueis, Faróis, Últimos
Sonetos...) Cruz e Sousa vivia no Desterro (atual
Florianópolis) Com a diminuição dos escravos após a Lei
Eusébio de Queiroz, o Imperador criou planos para a vinda de
imigrantes europeus, italianos, alemães, austríacos,
poloneses...a grande maioria dos italianos ficaram em São
Paulo, e foram trabalhar nas Fazendas de café, alguns
instalaram-se no Rio Grande do Sul. Os alemães tornaram-se
proprietários nas colônias de povoamento do Sul, muitas
vezes tinham de enfrentar os posseiros e indígenas como
Xokleng e Caingangues típicos do Sul, geralmente formaram
as primeiras moradias ao longo dos rios, e aproveitavam a
força das águas para atividades manufatureiras. Os conflitos
internacionais eram destaque no Segundo Império, como o
caso da Questão Christie, Christie era um embaixador inglês
que exigiu um pedido de desculpas do império, após a prisão
de dois marinheiros ingleses que faziam arruaça, além de
exigir uma indenização de um navio inglês que afundou no
Sul. O Imperador chegou a cortar relações diplomáticas com a
Inglaterra. A região Platina também foi palco de diversas
disputas e conflitos, o pior foi a Guerra do Paraguai, antes já
havia ocorrido a Guerra da Cisplatina, onde brasileiros e
argentinos disputaram a região, depois a Questão Platina,
onde o império apoiou discretamente o Uruguai, essa região
sempre foi disputada(na época da colônia, Espanha e
Portugal, já disputavam a Colônia do Sacramento) afinal, essa
região é importante para o Brasil, pois era o único acesso à
província do Mato Grosso. E eles queriam ter acesso livre na
Bacia do Prata. Aí, destacamos o Paraguai, pois Solano
Lopez, presidente paraguaio, tinha desejos expansionistas,
pois o Paraguai havia virado uma potência, além de ameaçar
a economia da Inglaterra, essas foram as causas que levaram
a Guerra do Paraguai. A Inglaterra procurou atear fogo entre
o Paraguai e seus vizinhos (Brasil, Uruguai e Argentina),
formaram a Tríplice Aliança e destruíram o Paraguai com
apoio da Inglaterra. Até hoje, o Paraguai não consegue
reerguer-se. 80% da sua população foram mortas na época.
A Queda do Imperador foi ligada a alguns fatores: o
Imperador foi perdendo apoio, durante os anos, foi perdendo
apoio da aristocracia rural por permitir a abolição dos escravos
era a questão agrária, a abolição dos escravos mexeu na
economia do império, a questão escravocrata, os militares
começaram apoiar a campanha abolicionista (muitos
participaram ao lado dos negros na guerra do Paraguai), além
da Campanha republicana, era a questão militar, enfim, o D.
Pedro II perdeu apoio da Igreja, após prender dois bispos que
resolveram reagir por ordens do Papa, condenando a
Maçonaria. Como D. Pedro II, era maçom, resolveu punir os
bispos. Perdendo as bases que sustentavam o Império, os
militares prepararam um golpe, e mandaram D. Pedro de volta
para a Europa. A Proclamação da República, 15 de
novembro de 1889 foi um golpe militar sem a participação do
povo. Da noite para o dia, Iniciava a República no Brasil.
Brasil República (1889-2005)
Marechal Deodoro da Fonseca assume a presidência, a
república é constituída pela elite, regida sob influência
positivista (percebe-se no lema Ordem e Progresso), porém
Marechal Deodoro não consegue trabalhar com a oposição,
além da crise que ocorreu em seu governo, conhecida como
Crise do Encilhamento, uma estratégia de criar subsídios e
investimentos para empresários, acabou ocorrendo uma
especulação que levou a crise, como num jogo de apostas.
Foi criada também a Constituição de 1891, onde as
províncias passariam a tornar Estados, e estabeleceria a
oligarquia no país. Com o afastamento de Deodoro, assume
outro militar, Floriano Peixoto, este autoritário, logo que
assumiu, contrariou a constituição, pois deveria convocar
novas eleições, não fez isso e arrumou inúmeros inimigos.
Primeiro foi a Marinha que tentou fazer um levante, a Revolta
da Armada. Mas o pior foi a Revolução Federalista que
iniciou no Rio Grande do Sul e acabou na Ilha de Santa
Catarina. Em Santa Catarina, alguns adeptos da Revolta da
Armada, juntaram-se aos federalistas, eles eram contra o
autoritarismo de Floriano, este reagiu com força, derrotou os
revoltosos de Desterro (que haviam concentrado na ilha um
governo revolucionário de oposição a Floriano), muitos foram
assassinados na fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim.
Floriano Peixoto ainda mudou o nome da cidade para
Florianópolis. Esse militarismo e ditadura do início da
República, ficou conhecido como República das Espadas.
Logo que assumiu Prudente de Moraes, inicia uma nova
estratégia, onde um pequeno grupo elitista toma conta do
país, a República da Oligarquia, que para manter o controle,
tinha a tradição política do Café com Leite (variar o governo
entre um paulista e um mineiro), a política dos
governadores, que só conseguiam governar se apoiassem os
presidentes da oligarquia, ainda tinha a figura do fazendeiro
que controlava a população mais pobre, e garantia os votos
necessários, era o coronel, e essa estratégia foi conhecida
como Coronelismo. A economia era basicamente cafeeira,
apesar de existir uma época de destaque do cacau e da
borracha, mas além da dificuldades encontradas pelos
subsídios do governo(o governo criava taxas em outros
produtos para poder comprar a sobra de café dos
barões)esses produtos perderam com a concorrência das
colônias britânicas.
Os conflitos sociais eram terríveis, ocorreram alguns de
origem religiosa, chamadas de messianismo. O primeiro
deles que tinha essa característica, ocorreu ainda no Império,
na província do Rio Grande do Sul. Foi o Movimento dos
Mucker liderado por Jacobina Mentz Maurer e o curandeiro
João Jorge Maurer em Sapiranga RS, em 1874 no final do
século XIX, teve uma grande repercussão em toda zona de
colonização alemã do RS. Na época da revolta os mucker
foram combatidos pelo que eram e pelo que a população de
São Leopoldo RS, julgava se fossem.Houve um confronto
entre colonos e adeptos da seita.Isso acabou com violência,
as tropas imperiais exterminaram os religiosos. Na república,
ocorreram dois movimentos messiânicos, os canudos e o
contestado. A Guerra de Canudos ocorreu no sertão da
Bahia,teve suas origens com o empobrecimento da região,
pois ali predominava, desde a colônia, o minifúndio e a
produção para atender o mercado interno. No entanto,
fanáticos religiosos liderados por Antônio Conselheiro
fundaram uma comunidade, onde negavam o pagamento de
impostos exigidos pelo governo, iniciando aí um problema
sério contra o governo. As tropas federais tentaram quatro
vezes destruir canudos. Foi uma batalha desigual e horrível,
Conselheiro teve a cabeça degolada. A Guerra do
Contestado ocorreu na região contestada entre Paraná e
Santa Catarina, ao noroeste de santa Catarina, posseiros que
foram expulsos de suas terras encontraram esperança nas
palavras de um curandeiro chamado João Maria. Anos mais
tarde essa região tornava-se mais miserável, pois havia
acabado a construção da estrada de ferro, e os trabalhadores
ficaram por ali. Reencontraram esperança com outro, que
dizia ser descendente de João Maria, chamava-se José Maria,
este fundou a monarquia celestial e propôs a mesma coisa
que havia feito o Conselheiro. As tropas federais e
paranaenses tentaram por diversas vezes acabar com a
comunidade, mas os crentes formavam outras e nomeavam
outros líderes, até que conseguiram isolar os últimos
revoltosos. O governo venceu, pra variar.
O Governo de Rodrigues Alves resolveu reurbanizar o Rio de
Janeiro, para isso desmontou diversos barracos e cortiços,
deixando as pessoas desabrigadas, isso gerou um
descontentamento, para piorar o sanitarista Oswaldo Cruz,
tentando isolar a população da febre amarela e varíola, cria a
vacina, o governo obriga a população a vacinar através da Lei
da Vacina Obrigatória, os agentes invadiam as casas e
vacinavam as pessoas à força, a população que já estava
descontente, rebelou, tomaram as ruas do Rio e exigiam o fim
da Lei da Vacina e de melhor qualidade de vida. Era a
Revolta da Vacina. Foram todos presos, mas a lei foi
revogada. A Marinha Brasileira costumava açoitar os
marinheiros rebeldes, certa ocasião, o Almirante Negro, João
Cândido flagrou o capitão açoitando um dos marinheiros,
dominou o capitão e tomou a força o navio de guerra, esse
motim ficou conhecido por Revolta da Chibata, pois João
Cândido ameaçou bombardear o Rio de Janeiro se o
presidente não atendesse suas exigências (fim da chibatadas,
aumento de salário, etc...) o governo prometeu atender, mas
João Cândido acabou sendo condenado e levado a um buraco
na Amazônia. Não só a Marinha, como o Exército já estava
descontente com a política, Os Tenentes levantaram uma
bandeira de moralismo e denunciaram as perseguições a
chefes militares, além de declararem-se contra a posse de
Artur Bernardes. Era o Tenentismo. eles tomaram o forte de
Copacabana e só saíram de lá lutando, o governo enviou
outras tropas e teve que enfrentar os últimos 18 tenentes. Os
18 do Forte de Copacabana morreram lutando. Alguns
tenentes dessa revolta juntaram a Luis Carlos Prestes e
Miguel Costa e participaram da Coluna Prestes, estes eram
opositores ao governo e viajavam pelo interior para que a
população apoiassem os tenentes. Todo esse conflito pode
ser resumido na frase do último presidente da República da
Oligarquia, Washington Luís: “a questão social é um caso de
polícia”. Esse mesmo Washington Luís resolveu romper com
as tradições políticas do Café com Leite, e ao invés de
nomear um mineiro, resolveu nomear um paulista (Júlio
Prestes), Minas, resolveu juntar as forças com a oposição, Rio
Grande do Sul e Paraíba, formaram a Aliança Liberal.
Washington Luís tentou aproximar de João Pessoa (Paraíba),
tentou pedir apoio, mas João Pessoa negou,
coincidentemente João Pessoa havia sido assassinado por
problemas internos, mas foi o estopim que resultou na
Revolução de 30. Movimento que a Aliança Liberal derruba a
Política da Oligarquia, e colocam o gaúcho Getúlio Vargas no
poder. Iniciando a Era Vargas.
Vargas precisava resolver o problema emergencial herdado
da crise de 1929, e destruiu 80mil sacas de café, para elevar o
preço do produto, e depois criou o Ministério do Trabalho. No
entanto sofreu uma terrível oposição vinda dos paulistas,
descontentes com a recente perca de autonomia, alguns
estudantes de Direito, saíam nas ruas e faziam discursos
contra Getúlio e exigiam uma constituição . Martins, Miragaia,
Dráusio e Camargo, foram assassinados quando atacavam os
jornais que defendiam Getúlio. As iniciais de seus nomes
viraram bandeira de luta MMDC. Os Paulistas pegaram em
armas e fizeram a Revolução Constitucionalista de 1932, tal
revolução acabou em dois meses, porém, Getúlio Vargas
acabou fazendo a Constituição de 1934.
As leis trabalhistas, o voto feminino, justiça eleitoral e voto
secreto, foram as principais características da Constituição.
Duas tendências surgiram nessa época, a ANL Aliança
Nacional Libertadora, composta pelos comunistas e a AIB
Ação Integralista Brasileira, composta pelos simpatizantes do
Fascismo. Os comunistas tentaram fazer uma ação,
combinaram para que os quartéis rebelassem contra o
governo e tentassem fazer uma revolução aos moldes da
Revolução Russa. Era a Intentona Comunista, liderada por
Luis Carlos Prestes. A esposa de Luis Carlos Prestes Olga
Benário Prestes, foi presa e enviada Gestapo (polícia alemã
nazista) morreu num campo de concentração.
Vargas dizia saber de um plano em que os comunistas
tomariam o poder do Brasil e convenceu os militares a
apoiarem num golpe. Ele dizia que era um tal Plano Cohen,
que dizia que os comunistas tomariam as instituições, e
aquele terror todo. Getúlio garantiu que somente ele poderia
enfrentar os comunistas e os militares resolveram apóia-lo no
Golpe do Estado Novo, Getúlio agora, era um ditador. Todos
os estados tiveram interventores, Getúlio proibiu a autonomia
dos Estados, até mesmo as bandeiras eram proibidas, criou o
Departamento de Imprensa e Propaganda, DIP e a Hora do
Brasil na rádio, só para falar bem dele. A Segunda Guerra
estava prestes a começar e Getúlio ainda estava em dúvida
se ficava ao lado de Hitler. Porém recebendo a visita do
Presidente norte americano, logo fez uma proposta, verbas
para a criação da Companhia Siderúrgica Nacional em Volta
Redonda, em troca, além de apoiar aos aliados, Getúlio tinha
que ceder um espaço no território brasileiro para construção
de uma base aérea, e assim foi criado o “trampolim da Vitória”
a base americana no Maranhão. Assim, quando os EUA
entraram na guerra, a Alemanha havia bombardeado seis
navios brasileiros, comovendo a população e exigindo que
Getúlio enviasse as tropas. o Brasil enviou a FEB (Força
Expedicionária Brasileira) na Tomada da Itália. Getúlio ficou
conhecido como populista, por aproximar a população dele,
através das leis trabalhistas a CLT. Mas ao mesmo tempo que
“ajudava” os trabalhadores, favorecia os empresários. Assim
era fácil controlar a economia. Quando acabou a Guerra,
Getúlio convocou novas eleições. Ele mesmo conduziu a
redemocratização no Brasil. Mas veio cheio de conversa
populista, e logo uma porção de pessoas saíram às ruas com
as placas “queremos Getúlio” era o queremismo. No entanto
o exército pressionou, e Getúlio foi deposto. O governo de
Eurico Gaspar Dutra destacou-se pela influência norte
americana e a Guerra Fria, pois ele cortou as relações
diplomáticas com a URSS,portanto os deputados comunistas
(PCB) foram cassados. Dutra diminuiu as taxas
alfandegárias, e houve uma enorme importação, mesmo o
Brasil tendo a economia fortalecida durante a Segunda Guerra
(produto interno), com as importações, a economia caiu
rapidamente,e teve uma terrível inflação, deixando o salário
mínimo absolutamente desvalorizado. Em meio a todo esse
furacão, nas novas eleições, venceu novamente Getúlio
Vargas, ainda era muito prestigiado. Essa última fase de
Getúlio Vargas, é marcada pela democracia, mas o
Populismo (que já havia sido Implantado no Estado Novo)
não daria muito certo, pois os empresários, não aceitariam as
“ ajudas” para os trabalhadores. No entanto, o salário mínimo
é aumentado 100%, os empresários protestaram. Getúlio
dizia ser “nacionalista” , defenderia a industria brasileira,
porém, a oposição dizia que ele deveria favorecer mais as
liberdades do capital estrangeiro (“entreguismo” ao Império
americano).
Com esse espírito, decretou a nacionalização do petróleo,
com o lema o “Petróleo é nosso”, Getúlio criou a Petrobrás, e
determinou que somente o Estado, poderia explorar o petróleo
do País. Claro, os EUA reagiram, negaram empréstimos, e
Getúlio comprava uma briga contra os poderosos.
Getúlio teve uma crise política (corrupção dos seus
auxiliares), a imprensa não perdoou.Depois disso, houve um
atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, mas o tiro
acertou um oficial da Aeronáutica, as evidências do atentado
caíram sob Getúlio, e em uma reunião extraordinária, os
militares decidiram que ou Getúlio renunciava ou seria
derrubado. Diante dessa situação, Getúlio suicidou-se com um
tiro no coração. Dois anos mais tarde venceu as eleições um
candidato da base de Getúlio, era Juscelino Kubitscheck,
seu governo foi marcado pelo crescimento econômico, e a
industrialização. Para isso criou o Plano de Metas, para
crescer “cinqüenta anos em cinco”. consiste na criação de
estradas, indústrias automobilísticas e de
energia(hidrelétricas), além do fortalecimento das indústrias
de base, petróleo e aço. Juscelino construiu uma nova
capital, a cidade de Brasília,em 1960, favorecendo a
ocupação territorial do Centro Oeste. Para isso teve que ter
apoio de capitais estrangeiros (aumentando a dívida externa)
Brasília foi construída por nordestinos, foram chamados de
“candangos”. A vitória da eleição de 1960, foi da oposição
(UDN), era Jânio Quadros, que logo, demonstrou-se um
governo estranho, pois cortou verbas da saúde e educação,
houve aumento dos produtos básicos, apesar de ser de
Direita, reatou as relações diplomáticas com a URSS e a
China socialista (chegou a condecorar Che Guevara). Jânio
Queria mostrar ao mundo que ele não submetia a nenhum
bloco de poder. Jânio, tentando uma estratégia, para um
golpe, não teve apoio e acabou renunciando. Assumiu o vice
João Goulart.O Brasil tentou uma experiência
parlamentarista, nessa época, mas um plebiscito levou o
povo a querer a continuação do presidencialismo. O governo
de João Goulart (Jango) foi marcado pelas Reformas de
base, entre elas, destacamos, a reforma agrária, e
administrativa(aumentar os impostos dos mais ricos) e
nacionalista(exigindo que o capital das Multinacionais,
ficassem no Brasil. Isso caiu muito mal para a elite
conservadora, chegaram a criar uma “Marcha da Família
com Deus pela Liberdade”, exigiam que João Goulart fosse
destituído (acusavam de comunista). A Doutrina de Segurança
Nacional, decide realizar um golpe e implantar uma ditadura
militar no Brasil.
O Golpe de 1964, foi realizado pelos militares, exilaram Jango
e milhares de brasileiros, o General Castelo Branco assume
a presidência. As ditaduras ocorreram na América Latina, com
o apoio dos americanos, para conter a ameaça socialista.
Castelo Branco procurou ajustar a economia, os empresários
só poderiam aumentar os preços, se aumentassem os salários
dos trabalhadores. Na constituição de 1967, foi organizada o
que seria a ditadura, os poderes do legislativo foram muito
diminuídos, além das emendas (medidas autoritárias) que
seriam colocadas diante de novas situações, ficaram
conhecidas como Atos Institucionais. No Governo do
General Costa e Silva, aumentam os protestos dos
estudantes, a polícia mata alguns jovens, e inicia uma fase
sangrenta da ditadura, é decretado o Ato Institucional nº 5,
que era “um golpe dentro do golpe”, entre o direito de fechar o
Congresso, pelo presidente, dava direito a policia, invadir as
casas sem nenhum mandato judicial, atrás de subversivos.
Muitas pessoas foram perseguidas, desapareceram milhares
de jovens(foram torturados e assassinados pelos militares).
Existia a SNI, Serviço Nacional de Informação, que era uma
central de espionagem, que denunciavam as pessoas que
agissem como “comunistas”. Alguns intelectuais foram
perseguidos, a exemplo do compositor Chico Buarque, que foi
exilado, juntamente com vários intelectuais e artistas. Uma de
suas músicas que representam essa censura é “ Apesar de
você”. Os movimentos populares foram estrangulados, porém
secretamente, surgiram movimentos de luta armada. Um
oficial do exército tornou-se um dos principais combatentes,
era Carlos Lamarca, essa época foi marcado pelo Governo
Do General Médici. Os movimentos queriam derrubar o
militarismo e implantar o socialismo no Brasil. Os militares
exilavam alguns presos políticos, para atenderem exigências
de alguns grupos de guerrilheiros que seqüestravam
embaixadores. Alguns militantes do Partido Comunista do
Brasil, montaram no Araguaia uma operação guerrilheira. No
Governo de Médici, era comum ver as campanhas
nacionalistas, como “Brasil ame, ou deixe-o”, motivados pela
campanha da seleção do Brasil na copa de 70, o sentimento
nacionalista tomava conta do país. A economia foi marcada
pelo Milagre Econômico, grandes empresas surgiram, e
grandes investimentos levaram o Brasil crescer muito, houve
uma expansão do produto interno bruto e das exportações, as
construção da ponte Rio Niterói e a Transamazônica foi um
marco do Milagre Econômico. Porém o milagre acabou,
quando ocorreu a crise do petróleo, aumentando muito o
combustível, levando o país a enfrentar uma nova crise. No
entanto isso ficou claro, que o Brasil, concentrou grande
produção de renda, mas ficou com dependências econômicas,
deixando a economia vulnerável às crises internacionais. No
Governo Geisel, destacamos o investimento no Proálcool, o
governo incentivou a maior produção de cana de açúcar para
ter um combustível alternativo. Também investiu em Usinas
nucleares, mas nenhum investimento social, aumentando a
dívida externa. Geisel iniciou lentamente o processo de
anistia,e no Governo Figueiredo houve a Abertura Política.
Nessa época o Partido MDB começava a criar força, a ARENA
(que apoiava os militares) enfraquecia lentamente. Os
movimentos populares começaram a tomar fôlego. Figueiredo
assinou a Lei da Anistia em 1979. Os movimentos operários
começaram a surgir, destacamos o papel de Luís Inácio Lula
da Silva (nesse contexto, fundariam o PT Partido dos
Trabalhadores), que liderou a greve do ABC(São Bernardo do
Campo) iniciando diversas greves no país, o Governador de
São Paulo (Paulo Maluf), interviu enviando a polícia e
prendendo os grevistas. Mas, mesmo assim as greves
continuaram, Os militares não podiam mais conter o povo.
Nessa época, surgiram partidos, a ARENA transformou-se em
PDS (Partido Democrático Social) e o MDB Tornou-se PMDB
(Partido da Mobilização Democrática Brasileira) liderada por
Ulisses Guimarães, onde foi um dos principais articuladores
em favor das eleições Diretas. Era a Diretas já! Era uma
campanha que promovia o fim da ditadura e exigia a
convocação para eleições Diretas. Apesar do movimento, a
eleição acabou sendo indireta, mas o cnadidato do PMDB,
Tancredo Neves venceu a eleição de Maluf (PDS), em 1985.
Tancredo Neves não chegou a asssumir a presidência, viria a
falecer, e tomou posse o vice José Sarney. O Governo de
Sarney destacou-se inicialmente pelo Plano Cruzado,
mudando o papel moeda, e no congelamento de preços e
salários. Em pouco tempo, as mercadorias sumiram das
prateleiras, e a inflação chegou a ser insuportável, um
refrigerante, por exemplo, que custava CZn$ 2,00, até o final
do ano custaria CZN$28,00. Era a pior inflação que o país
viveu. Em termos políticos, chegou a usar exercito contra
grevistas, mas acabou com a censura, e voltou a legalidade
dos partidos como PCB e PC do B. Foi criada em 1988 a
constituição mais democrática da História. Assim marcou
efetivamente o fim da ditadura.A Constituição de 1988
marcou uma nova fase na história do Brasil. Logo, em 1989,
ocorreu a primeira eleição para presidente depois da ditadura.
No segundo turno Fernando Collor de Mello, apoiado pela
Direita e a Elite (Rede Globo), venceu Lula, que defendia na
época, uma verdadeira social democracia. Collor governou
apoiado pelas oligarquias tradicionais, foi conhecido como o
“caçador de Marajás”, porém, logo que assumiu, adoto o plano
de sua Ministra Zélia Cardoso, e confiscou o dinheiro da
poupança bancária de todo cidadão brasileiro, era como um
empréstimo. O plano pretendia diminuir o consumo e valorizar
o dinheiro, combatendo assim a inflação, mas ela continuou e
como o dinheiro havia sido confiscado pelo governo, levou
muitos empresários a falência. Houve uma grande recessão
econômica. Foi implantado o Neoliberalismo, privatizando
empresas estatais, diminuindo o salário dos aposentados e
gastos sociais. Collor diminuiu tarifas alfandegárias e houve
muitos produtos importados. As denúncias contra o tesoureiro
do Governo Collor, PC Farias, tomaram as páginas da
Imprensa, se alguém quisesse um benefício do governo, teria
que dar uma grana para o PC Farias.A Imprensa conseguiu
provar a ligação de Collor com PC, a essa altura, os
estudantes formavam passeatas (caras -pintadas) em favor do
Impeachment de Collor. Este acabou renunciando, mas teve
seus direitos políticos cassados. Anos mais tarde Collor foi
absolvido. Entrou seu vice na Presidência Itamar Franco.Este
continuou o neoliberalismo, vendeu uma empresa estatal
(Siderúrgica de Volta Redonda) para particulares, mas
destacou-se pelo Plano Real, de seu Ministro Fernando
Henrique Cardoso, que levou a inflação a cair a quase zero
por mês. Com o sucesso do plano, FHC, foi facilmente eleito,
em 1994, seu partido, o PSDB continuou o processo de
privatizações, dizia que assim, teria verbas para investir na
saúde e na Educação. Conseguiu em meio a denúncias de
corrupção (compra de votos) apoio para a Reeleição, desse
modo, continuou presidente mais 4 anos, no Brasil, vencendo
as eleições de 1998, Lula perdeu pela terceira vez. Na
segunda gestão de FHC, o Plano real entrou em crise, foi
desvalorizado, apesar de aumentar as exportações, aumentou
muito a divida externa, e o desemprego bateu recordes
alarmantes. Uma crise de energia, levou ao país ter que
racionar energia elétrica, era época do “apagão” em pleno
século XXI. Houve pouco investimento nas Universidades
Públicas, surgiu movimentos em favor da privatização delas.
FHC ainda teve que enfrentar os problemas dos grupos do
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra),
pois não conseguiu arrumar a Reforma Agrária, fazendo
poucos assentamentos. José Rainha, que era o líder do
Movimento. Outra característica neoliberal de FHC, foi dar
autonomia às agências, como a ANATEL, por exemplo.
Sem intervenção estatal, para cuidarem livremente da
economia (na prática, aumentavam as taxas de telefones,
mesmo sem autorização do Estado). No ano de 2002 Luís
Inácio Lula da Silva, vence as eleições no segundo Turno, é
a Primeira vez que um governo de “ esquerda” comanda o
Brasil, pois historicamente, o PT (Partido dos Trabalhadores)
está historicamente ligada a movimentos sociais. O Governo
Lula, foi marcado pela continuidade do sistema econômico
de Fernando Henrique, o Ministro da Fazenda, Antônio
Palocci, mantém a taxa de juros muito alta, para controlar a
inflação e conter o consumo. Uma das bandeiras do governo
Lula foi o Fome Zero, onde seria o planejamento
assistencialista para comunidades carentes. Foi um fracasso.
Lula buscou intermediar entre os diversos grupos sociais. Mas
não conseguiu atender as exigências do MST, então não
conseguiu evitar que o movimento invadisse novas terras no
país. Lula também promoveu a Reforma da Previdência, e o
funcionalismo público manifestaram seu descontentamento.
Além de tudo isso, a Administração do governo, foi acusada,
por uma corrupção, vinda do tesoureiro do Partido, Delúbio
Soares, que estava num esquema de um publicitário mineiro
Marcos Valério. Onde eles conseguiram criar um caixa-dois
para campanha de Lula, e assim, conseguir dinheiro para
pagar apoio aos deputados, chamados de “ Mensalão” pelo
autor da denúncia, o Deputado do PTB, Roberto Jefferson,
que também estava envolvido na corrupção dos correios. A
denúncia derrubou o Ministro mais próximo de Lula, José
Dirceu.e do Presidente do Partido dos Trabalhadores, José
Genoíno. O Presidente da Câmara, Severino Cavalcanti,
também é suspeito por ganhar propina (para não cassar os
deputados culpados). A imprensa que está aliada à
oposição, tenta ajudar a CPMI encontrar provas que
incriminem Lula. Por outro lado, a possibilidade de um
impeachment do Lula, é remota, pois a oposição não tem um
nome forte para assumir a presidência, Lula, apesar de perder
cada vez mais apoio, tem um forte carisma popular,
dificilmente ocorrerá manifestações populares em favor ao
impeachment, como o caso de Collor. A oposição deve correr
atrás de um nome para concorrer as eleições de 2006,
enquanto o Congresso, tenta elaborar uma Reforma Política.
Atividades:
1- Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães
choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do
Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
PESSOA, Fernando apud SARONI, Fernando. Registrando
a História. Volume 1. São Paulo, Editora FTD, 1997.
Tendo o texto por referência, assinale a(s) proposição(ões)
VERDADEIRA(S).
01. A poesia refere-se às navegações portuguesas, entre as quais a viagem
de Pedro Álvares Cabral, em 1500.
02. Segundo o poeta, as navegações, por seus perigos, causaram grande
sofrimento às mães, filhos e noivas dos marinheiros que se arriscaram
para que o mar fosse conquistado pelos portugueses.
04. As navegações portuguesas foram um fato isolado da História da Europa,
uma vez que só os portugueses dispunham, na época, de capitais,
tecnologia e motivação para empreendê-las.
08. A poesia refere-se ao Bojador, primeira conquista portuguesa, uma
colônia árabe ao sul da Península Ibérica, conquistada a mando do rei
de Portugal.
16. O sacrifício “valeu a pena” para Portugal. Basta mencionar que as
descobertas portuguesas permitiram a acumulação de capital que, já no
século XVII, possibilitou o início da industrialização em solo português.
32. As navegações portuguesas dos séculos XV e XVI tiveram como objetivo
conquistar o litoral africano e retomar a posse das colônias americanas
que tinham sido conquistadas pelos mouros.
2- El Rei, Nosso Senhor, atendendo as represen-tações dos moradores
das Ilhas dos Açores, que têm pedido mandar tirar delas o número
de casais que for servido transportá-los à America, donde resultará
às ditas ilhas grande alívio em não ver padecer os seus moradores,
reduzidos aos males que traz consigo a indigência em que vivem, e
ao Brasil um grande benefício em povoar de cultores alguma parte
dos vastos domínios [...] foi servido [...] fazer mercê aos casais das
ditas ilhas que quiserem se estabelecer no Brasil de lhes facilitar o
transporte e estabelecimento, mandando-os transportar à custa de
sua Real Fazenda [...] não sendo homens de mais de 40 anos e não
sendo as mulheres de mais de 30; e logo que chegarem [...] a cada
mulher que para ele for das Ilhas, de mais de 12 anos e de menos de
25, casada ou solteira [...] se darão 2$400 réis de ajuda [...] e aos
casais que levarem filhos se lhes darão por de os vestir mil réis por
cada filho [...] e se dará a cada casal uma espingarda, 2 enxadas, 1
enxó, 1 martelo, 1 facão, 2 facas, 2 tesouras, 2 verrumas e 1 serra
[...] 2 alqueires de sementes, 2 vacas, 1 égua [...].
Apud CABRAL, Oswaldo R. – Os açorianos. Anais do Primeiro
Congresso de História Catarinense. Florianópolis: Imprensa Oficial,
1950.
De acordo com o texto acima, assinale a(s) proposição(ões)
VERDADEIRA(S):
01. Os habitantes das Ilhas dos Açores foram força-dos, por determinação
real, a virem para o Brasil habitar os domínios portugueses.
02. Entre os fatores da vinda de açorianos para o Brasil, segundo o texto,
estava a pobreza dos habitantes daquelas ilhas.
04. Entre os objetivos do governo português, como podemos perceber no
texto, estava o povoamen-to do território brasileiro.
08. No documento, o governo português estabelecia condições da imigração
para o Brasil. Não seriam aceitos homens com idade superior a quarenta
anos e restringia-se a vinda de mulhe-res, a menos que fossem casadas
e tivessem filhos.
16. Entre os incentivos para a vinda dos açorianos para o Brasil estavam as
promessas do pagamento de uma ajuda de custo e de utensí-lios,
ferramentas e animais.
32. O texto nos permite perceber o interesse de Portugal em promover o
desenvolvimento de uma indústria nas terras do Brasil Meridional, uma
vez que prometia capital, ferramentas e máquinas para os que aqui
viessem se estabelecer.
3- Leia o texto.
Trechos de uma carta escrita pelo espanhol Luiz Ramires, marujo
da armada de Sebastião Caboto, com data de 10 de julho de 1528,
em que descreve alguns acontecimentos ocorridos durante a sua
estada na Ilha de Santa Catarina:
De maneira que, outro dia de manhã, vimos vir outra canoa de
índios e um cristão dentro dela. Este deu novas ao Sr. Capitão
General como estavam naquela terra alguns cristãos, que eram até
quinze [...]. E também disse de outros cristãos, que se diziam
Melchior Ramirez [...] e Enrique Montes, os quais disse haviam
ficado de uma armada de Juan de Solis e que havia mais de treze ou
quatorze anos que estavam naquela terra...
(REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO
BRASILEIRO. Rio de Janeiro, p. 14-41, 1852, v. XV).
Com base no texto e nos seus conhecimentos a respeito do
povoamento inicial da Ilha de Santa Catarina, assinale a(s)
proposição(ões) VERDADEIRA(S).
01. A Ilha de Santa Catarina era despovoada até a chegada da expedição
da qual fazia parte o espanhol Luiz Ramires.
02. A Ilha de Santa Catarina foi povoada, na época do descobrimento do
Brasil (1500), por uma expedição comandada por Enrique Montes.
04. A Ilha de Santa Catarina era, no início do século XVI, habitada por
indígenas, com quem os europeus fizeram contato.
08. Na segunda década do século XVI, na Ilha de Santa Catarina, viviam
entre os índios alguns cristãos, entre os quais estavam Melchior
Ramirez e Enrique Montes.
16. Os primeiros europeus que chegaram à Ilha de Santa Catarina foram
paulistas vindos de São Vicente.
4- A primeira atividade econômica praticada no Brasil Colônia foi a
extração do pau-brasil. Assinale a(s) proposição(ões)
VERDADEIRA(S) em relação a essa atividade.
01. A extração do pau-brasil exigiu capitais e técni-cas para a montagem de
um complexo agro-manufatureiro, capaz de atender a demanda dos
mercados europeus.
02. A mão-de-obra empregada na extração e transporte da madeira, tanto
pelos franceses como pelos portugueses, foi a indígena.
04. A extração do pau-brasil teve como conseqüência o surgimento de um
fluxo de renda interno e de dezenas de povoações, notadamente no
extremo Sul e no Nordeste.
08. A extração do pau-brasil, que conseguia alto preço na Europa, por sua
utilização como pau-de-tinta, foi uma das principais causas do declínio
da lavoura de cana-de-açúcar.
16. O comércio do pau-brasil com os indígenas era feito na base do
escambo. Eles recebiam utensílios e enfeites pelo trabalho de cortar a
madeira e transportá-la até os navios.
32 A exploração do pau-brasil era monopólio do Estado, mas, em 1502, o
privilégio foi arrendado a um grupo de comerciantes liderados por Fernão de
Noronha.
5- A lavoura da cana-de-açúcar tornou-se, no século XVII, a base da
economia brasileira. Sobre a lavoura canavieira e suas
conseqüências, é VERDADEIRO:
01. O engenho era a unidade de produção. Compreendia, além das
instalações usadas para produzir açúcar, a casa-grande, a capela e a
senzala.
02. A mão-de-obra predominante era a do trabalha-dor escravo. Este,
reduzido à condição de coisa, era tratado e marcado com fogo como
animal. Podia ser vendido ou castigado.
04. A sociedade que se organizou, na época de apogeu do cultivo da cana-
de-açúcar, possuía um caráter aristocrático. Embora fosse grande a
mobilidade social, era muito difícil para um escravo tornar-se trabalhador
livre e este trans-formar-se em senhor de engenho.
08. A família, que se formou nesta época, era patriarcal. A mulher, os filhos e
todos os que rodeavam o senhor de engenho a ele temiam e obedeciam.
16. A mineração foi uma atividade dependente da lavoura canavieira, uma vez
que o ouro produzido era utilizado para pagar as importações dos
insumos (ferramentas, mão-de-obra) necessários ao cultivo da cana.
32. O crescimento da lavoura de cana-de-açúcar teve, entre outras
conseqüências, o desenvolvimento da lavoura de subsistência e da
pecuária.
6-) “No ano de 1649 partiram os moradores de São Paulo para o sertão,
em demanda de uma nação de índios distante daquela capitania
muitas léguas pela terra adentro, com a intenção de os arrancarem
de suas terras e os trazerem às de São Paulo e aí se servirem deles
como costumam. Após meses de viagem, encontraram uma aldeia
de índios da doutrina dos padres da Companhia, pertencentes à
Província do Paraguai. Todos estavam na igreja, e o padre rezava
missa, quando entraram os soldados de mão armada na aldeia, e
dentro da mesma igreja prenderam todos os índios e índias que
não puderam escapar”.Carta do Pe. Antônio Vieira, ao Provincial
dos Jesuítas, escrita do Maranhão em 1653.
Fundamentado(a) no fragmento da correspondência do Pe. Antônio
Vieira e nos seus conhecimentos da História do Brasil Colonial,
assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
01. Pe. Vieira informava ao seu provincial sobre as ações de apresamento de
índios realizadas pelos Bandeirantes.
02. As denúncias do Pe. Vieira eram justificadas, pois durante a colonização
do Brasil era proibida a escravização dos índios aldeados.
04. Os Bandeirantes agiam por ordem dos Reis de Portugal, que desejavam
enfraquecer o poderio militar dos espanhóis apoiados pelos índios do
Paraguai.
08. Foram freqüentes os ataques dos Bandeirantes às Reduções Jesuíticas,
durante o século XVII, com o objetivo de apresamento de índios a serem
utilizados como escravos.
16. Durante o período histórico conhecido como Brasil Colônia, os jesuítas
justificavam a escravização dos negros, mas condenavam a
escravização dos índios aldeados.
32. A escravização de índios e negros era uma exigência da Santa Sé para
facilitar a sua evangelização.
7- Os florianopolitanos e visitantes podem, durante todo o ano, visitar as
fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta
Grossa e Santo Antônio de Ratones, notáveis obras da engenharia
militar portuguesa.
Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) sobre os
acontecimentos que envolveram a construção dessas fortalezas.
01. A construção das fortalezas foi idealizada pelo Engenheiro Militar
Brigadeiro José da Silva Paes, primeiro governador da Capitania de
Santa Catarina.
02. A construção das fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da
Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones fazia parte da estratégia de
consolidar a ocupação portuguesa no sul da colônia e evitar uma
invasão espanhola.
04. As fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e
Santo Antônio de Ratones foram construídas durante o Primeiro Império
(1822-1831) e faziam parte do sistema defensivo que visava impedir a
reconquista do Brasil meridional pelos portugueses.
08. As fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e
Santo Antônio de Ratones deviam proteger a ilha contra investidas
estrangeiras.
16. Na época em que foram construídas as fortalezas mencionadas, o
governo português temia os corsários franceses que, provenientes do
Rio da Prata, poderiam tomar a ilha, caso não fosse defendida.
32. Durante as lutas pela independência do Brasil as referidas fortalezas
foram usadas como prisão militar. Nelas foram encarcerados os
revoltosos do Desterro que desejavam implantar um governo federalista.
8-“Se uma pessoa chega na terra a alcançar dois pares de escravos, ou
meia dúzia deles, ainda que outra coisa não tenha de seu, logo tem
remédio para poder honradamente sustentar a sua família. Porque
um lhe pesca e outro lhe caça, e os outros lhe cultivam e granjeiam
suas roças, e desta maneira nem fazem os homens despesas em
mantimentos com os seus escravos, nem com suas pessoas ...”
GANDAVO, Magalhães. Apud NADAI, Elza; NEVES, Joana. História
do Brasil. São Paulo: Saraiva, 1996. p. 62. Assinale a(s)
proposição(ões) CORRETA(S), com base no texto e nas
circunstâncias em que foi escrito.
01. O autor justifica a escravidão, como uma necessidade econômica, mas
adverte que não é moralmente aceitável entre os homens honrados da
colônia.
02. Segundo o texto só uns poucos homens livres poderiam ter escravos, uma
vez que a sua manutenção era extremamente dispendiosa.
04. No texto caracteriza-se a relação típica da es-cravidão. Uma pessoa
(escravo) é considerada propriedade do seu dono, para quem terá de
trabalhar e produzir o seu sustento.
08. A escravidão no Brasil, apesar da violência, teve pouca duração. Os
primeiros escravos foram importados como mão-de-obra para a extração
do pau-brasil, mas já no início do século XVIII as idéias iluministas
influenciaram o governo a libertar os escravos.
16. O autor demonstra grande preocupação com o destino do escravo.
Defende que, devido aos méritos do seu trabalho, deve ser alforriado.
32. O clima e o solo faziam com que os europeus, por si sós, não pudessem
sobreviver no Brasil. Por esta razão, segundo o texto, tinham escravos
adaptados à terra que podiam garantir a sua sobrevivência.
64. O escravo era um instrumento de trabalho. Cuidava das plantações e
provia seu próprio sustento e o do seu senhor.
9- Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S) em relação ao
processo de independência do Brasil.
01. No período colonial ocorreram numerosos motins e sedições como: a
Aclamação de Amador Bueno, em São Paulo; a Guerra dos Emboabas e
a Revolta de Vila Rica, em Minas Gerais.
02. A revolta em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, liderada pelo alferes
Joaquim José da Silva Xavier, apressou os planos de D. Pedro, apoiado
pela aristocracia. Forçado pelas circunstâncias, teve de proclamar a
independência.
04. A independência do Brasil, a sete de setembro de 1822, atendeu aos
interesses da elite social do Brasil Colônia e da burguesia portuguesa
favorecida pelo decreto de Abertura dos Portos de 1808.
08. A independência, proclamada por D. Pedro, foi aceita
incondicionalmente por todas as províncias.
16. A Maçonaria no Brasil, no século XIX, defendia os princípios liberais. As
Lojas Maçônicas, em especial as do Rio de Janeiro, tiveram papel
importante no movimento pela separação do Brasil de Portugal.
10- O navegador Dupperrey Lesson, que em 1822 estava em Santa
Catarina, assim descreveu a reação dos catarinenses à
independência do Brasil: “... Cheios de confiança em seus
propósitos, os partidários numerosos da independência estavam
inspirados com um entusiasmo (...) que seu espírito ardente havia
reprimido há longo tempo. No excesso da sua alegria, eles haviam
coberto de luzes as Vilas de Nossa Senhora do Desterro, de Laguna
e de São Francisco, onde percorrendo as ruas entoavam canções
em honra de D. Pedro ...”.
DUPERREY, Louis Isidore. Voyage autour du monde. In: Ilha de
Santa Catarina, relatos de viajantes estrangeiros nos séculos XVIII
e XIX. Florianópolis: UFSC, 1984.
Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEI-RA(S) com base no texto
e nos seus conhe-cimentos sobre o processo de independência do
Brasil.
01. A declaração de independência do Brasil, feita por D. Pedro I em 1822, foi
aceita em Santa Catarina e em todas as demais províncias brasileiras,
com grande júbilo.
02. Segundo o visitante, houve nas ruas de algumas vilas de Santa Catarina
um conflito entre os partidários da independência (que eram muito
numerosos) e os que eram contrários a ela.
04. De acordo com o autor, os catarinenses de algumas vilas cometeram
tamanhos excessos que tiveram de ser reprimidos pelas tropas
portuguesas.
08. Ao contrário do que o autor presenciou em Santa Catarina, em outras
províncias, como a da Bahia, Pará e Cisplatina, ocorreram reações
desfavoráveis ao ato de D. Pedro.
16. Segundo o texto, a notícia da independência foi recebida com grande
entusiasmo nas Vilas do Desterro, Laguna e São Francisco.
32. Não obstante as reações de alguns portugueses que temiam o fim dos
seus privilégios, o governo de Lisboa, forçado pela França, aceitou de
pronto o rompimento. Em outubro de 1822 foi assinado o tratado de
reconhecimento, havendo grande júbilo em todo o país, como bem
atesta Dupperrey Lesson.
11-) “Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de
Portugal, a quem vós por uma estúpida condescendência com os
Brasileiros do sul aclamastes vosso imperador, quer
descaradamente escravizar-vos. Que desaforado atrevimento de
um europeu no Brasil! Acaso pensará esse estrangeiro ingrato e
sem costumes, que tem algum direito à coroa, por descender da
Casa de Bragança, de quem já somos independentes de fato e de
direito? (...). Se os do sul, gelados pelo frio do trópico, não têm
valor para te punir num cadafalso; Se aceitam da tua mão, o vil
projeto de constituição, que deveriam considerar um novo insulto,
depois da dissolução do congres-so; Se finalmente querem ser
teus escravos, engana-te, sultão, pois no sul ficará circunscrito o
teu império ...”.
Fragmentos retirados do Manifesto da Confederação do Equador.
Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) relacionada(s) com o
conteúdo do documento e com episódios da Confederação do
Equador.
01. O Manifesto demonstrava o descontentamento dos líderes do movimento
com a permanência de D. Pedro I no Brasil após a proclamação da
Independência.
02. O frio do sul foi o maior responsável pelo apoio da sua população à
Constituição antidemocrá-tica de 1824, outorgada por D. Pedro I.
04. O Manifesto torna público que os súditos do sul não concordavam com a
legitimidade da aclamação de D. Pedro I como Imperador do Brasil.
08. Pode-se considerar o Manifesto uma declaração favorável dos líderes
da Confederação do Equador à aclamação de D. Pedro I, considerado
herdeiro legítimo da Casa de Bragança.
16. A dissolução da Constituinte, por D. Pedro I, e a outorga da Constituição
de 1824 geraram uma crise política, como se percebe nas palavras do
Manifesto.
32. Os manifestantes consideravam justa a atitude de D. Pedro I ao ordenar a
execução sumária dos revoltosos do norte, entre eles, Frei Caneca
12- Babilônicos, judeus, portugueses e guaranis, entre outros povos,
conheceram movimentos messiânicos. Fenômenos semelhantes
ocorreram também entre os brasileiros. Assinale a(s)
proposição(ões) CORRETA(S) que identifica(m) movimentos
messiânicos registrados na História do Brasil.
01. O movimento hippie, originário da China.
02. A Revolução Redentora, ocorrida em 1964,
apoiada pelas Filhas de Maria.
04. O Movimento Modernista de 1922, realizado em São Paulo.
08. Canudos, liderado por Antônio Conselheiro.
16. O Contestado, ocorrido no início do século XX, em território disputado pelo
Paraná e Santa Catarina.
32. O movimento Mucker, ocorrido no Rio Grande do Sul.
13-) Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S). Entre os fatos que
marcaram a História de Santa Catarina destacam-se:
01. a chegada no litoral catarinense, durante o século XVII, de bandeiras
vindas de São Vicente (povoamento vicentista) que fundaram Nossa
Senhora da Graça do Rio São Francisco, Nossa Senhora do Desterro e
Santo Antônio dos Anjos da Laguna.
02. a invasão Francesa de 1777, quando as tropas de Thomas Cochrane, em
represália à fundação da Colônia do Sacramento, atacaram a Ilha de
Santa Catarina.
04. a Guerra da Cisplatina, em que as tropas do Império, temendo a
separação de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, atacaram Laguna.
08. a vinda de imigrantes italianos, alemães, poloneses e de outras
nacionalidades, impulsionada a partir da segunda metade do século XIX.
16. a Questão do Contestado, disputa travada entre os Estados do Paraná e
Santa Catarina.
32. a fundação da República Juliana pelos adeptos do Monge João Maria, que
pretendiam estabele-cer "Um reino de Deus na terra".
14- Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) no que se refere às
manifestações culturais catarinenses.
01. Festas como a do Marreco e a Oktoberfest
atraem, anualmente, um número significativo de visitantes às cidades de
Brusque e Blumenau.
02. O Festival de Dança de Joinville, além de trazer artistas do país e do
exterior, faculta uma troca de experiências significativas entre os
profissionais da dança.
04. Festas como a da Tainha, realizada na Barra da Lagoa, e da Laranja,
realizada na Trindade, são manifestações culturais típicas da Capital dos
catarinenses.
08. As polêmicas promovidas pela mídia, a proibição legal e a repressão
policial propõem-se a acabar, em Santa Catarina, com a brincadeira da
Farra do Boi.
16. Durante a Festa do Pinhão, realizada em Lages, ocorre a Sapecada da
Canção, festival de música que atrai grande público e concorrentes de
vários Estados e do exterior.
15- Durante o século XIX ocorreram, na região plati-na, conflitos
armados, o mais importante dos quais foi a Guerra do Paraguai.
Sobre estes conflitos, assinale a(s) proposição(ões)
VERDADEIRA(S).
01. A região platina, que hoje corresponde à Argenti-na, Paraguai e Uruguai,
era muito importante para o Brasil. A navegação, nos rios da Bacia do
Prata, era praticamente o único meio de acesso à província de Mato
Grosso.
02. Desde a época colonial ocorreram conflitos na região. Portugal e Espanha
disputaram a Colônia do Sacramento. No século XIX, brasileiros e
argentinos disputaram o domínio da Banda Oriental que recebeu o nome
de Província Cisplatina.
04. No decorrer do século XIX, o Império Brasileiro interveio na região, na
Guerra da Cisplatina, na luta contra Oribe e Rosas, na Guerra contra
Aguirre e na Guerra do Paraguai.
08. O projeto expansionista de Solano Lopez, que pretendia transformar o
Paraguai numa potência continental (Paraguai Maior), é uma das causas
da Guerra do Paraguai.
16. Ao final da guerra, o Paraguai foi destruído e deixou de existir como
Estado Independente. O seu território foi incorporado à província
argentina de Entre Rios e às províncias brasilei-ras do Mato Grosso e
Rio Grande. O conflito foi também, no Brasil, uma das causas da procla-
mação da República.
32. Recentemente os países, outrora envolvidos nos conflitos platinos,
uniram-se para formar o MERCOSUL, bloco que favorece o comércio na
região.
16-) Entre os filhos ilustres de Santa Catarina, destaca-se a figura de
João da Cruz e Sousa, nascido na cidade de Nossa Senhora do
Desterro, hoje Florianópolis, em 24 de novembro de 1861. No ano
passado, lembramos o centenário de sua morte. Além de poeta,
destacou-se pela participação na luta abolicionista. Os
acontecimentos que culminaram com o Decreto da Abolição, em
1888, inspiraram Cruz e Sousa a escrever o soneto A Pátria Livre,
abaixo reproduzido.
Nem mais escravos e nem mais senhores!
Jesus descendo as regiões celestes,
fez das sagradas, perfumosas vestes
um sudário de luz p’ra tantas dores.[...]
Então Jesus que sempre em todo o mundo
quis ver o amor ser nobre e ser profundo,
falou depois a escravas gerações:
— Homens! A natureza é apenas uma ...
se não existe distinção alguma
por que não se hão de unir os corações?
Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S) nas suas
referências a Cruz e Sousa.
01. Foi um poeta negro, que participou de atos públicos em defesa da
abolição da escravatura.
02. No fragmento do soneto A Pátria Livre, Cruz e Sousa faz referência à
igualdade entre as pessoas.
04. Aderiu ao Movimento Simbolista, cujos participantes expressavam seus
sentimentos e a visão que tinham da vida através de símbolos.
08. Participou do Movimento Modernista, juntamente com Mário e Oswald de
Andrade, Sílvio Back e Antônio Conselheiro.
16. Entre os escritos de Cruz e Sousa destacam-se Broquéis, Faróis e Últimos
Sonetos.
32. Cruz e Sousa, por ser abolicionista, participou dos acordos que
encerraram os conflitos do Contestado
17-) Em 16 de abril de 1894, na Baía Norte da Ilha de Santa Catarina, foi
travada uma batalha naval. A esquadra legal, que apoiava o
governo do Marechal Floriano Peixoto, venceu as forças rebeldes
que defendiam Desterro, pondo fim à Revolta da Armada. Assinale
a(s) proposição(ões) CORRETA(S) em relação à Revolta da Armada
e aos acontecimentos ocorridos na cidade do Desterro, durante o
governo de Floriano Peixoto.
01. A Revolta da Armada teve início no Rio Grande do Sul. Os revoltosos se
opunham à eleição do Marechal Floriano Peixoto à Presidência da
República.
02. As tropas federalistas que invadiram Santa Catarina eram lideradas por
Davi Canabarro, comandante das forças de terra, e Giuseppe Garibaldi.
04. Os rebeldes estabeleceram no Desterro um governo revolucionário, em
oposição ao governo do Marechal Floriano Peixoto.
08. Com a derrota da esquadra, as forças rebeldes remanescentes
invadiram o Rio Grande do Sul, onde proclamaram a República Rio
Grandense ou República do Piratini.
16. Em Santa Catarina, os revoltosos da Armada se uniram aos federalistas
na cidade de Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis.
32. Vencidos os revoltosos, os partidários do Marechal Floriano Peixoto
passaram a perseguir os que tinham apoiado a esquadra rebelde e os
federalistas. Na cidade do Desterro, inúmeras pessoas foram
executadas sumariamente na fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim.
18-) “Cinqüenta anos em cinco”. Com esse lema Juscelino Kubitschek
de Oliveira venceu as eleições para a Presidência da República,
realizadas em 1955, tendo como vice João Goulart. O governo JK
foi impulsionado por objetivos agrupados no Plano de Metas, entre
os quais os prioritários eram: energia, trans-porte, alimentação,
indústria de base, educação e construção da nova Capital Federal.
Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) nas suas referências às
realizações do Gover-no Kubitschek.
01. Brasília foi construída, e foi inaugurada em abril de 1960, favorecendo a
ocupação territorial do Centro-Oeste.
02. Política de investimentos direcionados à produção agrícola, em detrimento
de incentivos à indústria de bens duráveis como automóveis e
caminhões.
04. Proibição expressa quanto à remessa de lucros ao exterior como forma de
incentivar a poupança interna e evitar a inflação.
08. O Plano de Metas fez crescer o número de indústrias, as estradas de
rodagem e a produção de petróleo e aço.
16. O cumprimento do Plano de Metas favoreceu a distribuição harmônica do
parque industrial do Brasil em todos os estados, evitando a concen-
tração regional.
32. Investimento de capitais disponíveis no país, tratando de evitar o
endividamento e a dependência externa.
19- A minha gente hoje anda
“Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia ...”
HOLANDA, Chico Buarque de. Rio de Janeiro: Phillips / Polygram,1978.
Lado 2, faixa 6.
Apesar de Você foi editada e fez grande sucesso em 1978.
Com base no fragmento da canção e levando em conta os seus
conhecimentos sobre o período da História do Brasil em que foi escrita,
assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
01. A canção de Chico Buarque retrata um momento de grande euforia na
sociedade brasileira, em virtude da redemocratização do país.
02. Apesar de Você foi sucesso no período dos governos militares, quando a
militância política sofreu restrições e existia a censura da produção
artística e musical.
04. Apesar de Você é um libelo contra a escravidão. Chico Buarque e outros
intelectuais defendiam o fim da escravatura que ainda persistia no Brasil
em meados do século passado.
08. A canção mencionada foi escrita num momento em que as liberdades
democráticas tinham sido cerceadas e processos estavam sendo instau-
rados contra os que se opunham ao sistema vigente.
16. Os versos de Chico Buarque retratam uma épo-ca de restrição às
liberdades, o “Estado Novo”: A minha gente hoje anda falando de lado e
olhando pro chão.
20- Assinale o(s) acontecimento(s) ocorrido(s) no Brasil, no período
entre 1964 e o início da chamada Nova República.
01. O Brasil viveu, durante o Governo Médici,
um período de desenvolvimento econômico, na época denominado
“Milagre Brasileiro”.
02. Nos primeiros anos da década de 70, houve um crescimento da
economia brasileira, o declínio da inflação, a expansão do produto
interno bruto e das exportações.
04. O progresso econômico do Brasil, depois de 1964, produziu grande
concentração de renda e dependência econômica, tornando o país
excessivamente vulnerável às crises internacionais.
08. Militantes do Partido Comunista do Brasil montaram no Araguaia uma
operação guerrilheira.
16. Foram seqüestrados os embaixadores dos Estados Unidos, da URSS e
os cônsules de Cuba, da República Democrática da Alemanha e da
China.
21-Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S) referente(s) a
acontecimentos históricos ocorridos entre 1960 e 1985.
01. A Marcha da Família com Deus pela Liberdade reuniu aproximadamente
500 mil pessoas que saíram às ruas de São Paulo manifestando-se
contra o governo de João Goulart (Jango).
02. Em resposta às manifestações operárias e estudantis, o presidente
Costa e Silva decretou o Ato Institucional n
o
5 e ordenou o fechamento
do Congresso Nacional
04. A eleição de Tancredo Neves para a presidência da República, em
1985, marcou o fim do regime militar. Ao concluir seu mandato,
Tancredo Neves promulgou a Constituição Cidadã.
08. Parte da população descontente com a atuação dos presidentes militares
organizou passeatas, bem como guerrilhas rurais e urbanas.
16. Foi fundado o Partido dos Trabalhadores, um dos símbolos do movimento
operário do Brasil, com a participação do líder Luís Inácio da Silva.
22- Segundo a revista VEJA, José Rainha, líder do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra, “ameaça criar no interior de São
Paulo um acampamento gigantesco como o de Canudos, instalado
há um século por Antônio Conselheiro”.
(VEJA. São Paulo: Abril, n. 1807, 18 jun. 2003). Assinale a(s)
proposição(ões) CORRETA(S) a respeito da Guerra dos Canudos,
movimento a que se refere José Rainha.
01. Antônio Conselheiro foi um dos líderes da Guerra dos Canudos, que
ocorreu no interior de São Paulo no início do período republicano.
02. O beato Antônio Conselheiro percorreu o sertão nordestino, com um
grupo de seguidores que levavam um oratório, rezando e fazendo
caridade. Arrebanhou um grande número de seguidores.
04. No final do século XIX, secas prolongadas atingiram o sertão nordestino,
agravando as péssimas condições de vida das pessoas pobres.
08. A Guerra dos Canudos teve em sua origem, entre outros fatores, o
empobrecimento da região nordestina. Ali, desde o período colonial,
predominavam o minifúndio e a pequena empresa industrial cuja
produção se destinava ao mercado interno.
Antônio Conselheiro e seus seguidores se fixaram em Canudos, no sertão da
Bahia. A então chamada Cidade Santa atraiu milhares de sertanejos.
Acusados de fanáticos e monarquistas, foram atacados pelas forças do
governo.
23-Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEI-RA(S) referente(s) a
acontecimentos históricos relevantes ocorridos no Brasil nos
primeiros anos do século XXI.
01. No Brasil um cidadão nordestino e metalúrgico foi eleito pelo Partido dos
Trabalhadores, aliado a outros partidos, para ocupar o cargo de
Presidente da República.
02. Com a eleição de um presidente filiado ao Partido dos Trabalhadores, as
mulheres passaram a ter seus salários equiparados aos dos homens
quando no exercício da mesma profissão. E os estudantes negros
passaram a ter direito a cotas nas universidades públicas.
04. Os servidores públicos descontentes com a proposta de reforma da
Previdência, encaminhada ao Congresso Nacional pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, manifestaram publicamente o seu
descontentamento.
08. Mesmo pertencendo aos quadros do Partido dos Trabalhadores, Luiz
Inácio Lula da Silva, já no exercício da presidência, não conseguiu
impedir que as lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra,
descontentes com o ritmo da reforma agrária, promovessem invasões de
propriedades rurais.
16. Os trabalhadores, empresários e o Movimento dos Trabalhadores Sem
Terra demonstraram publicamente seu apoio ao presidente Luiz Inácio
Lula da Silva evitando críticas, greves e invasões de propriedades rurais
após sua posse
FOLHA DE SÃO PAULO. São Paulo: 29 jun. 2003. p. A2.

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Apostila de História do Brasil - Barão do Pirapora

  • 1. História do Brasil por Barão do Pirapora Brasil Colonial (1530-1822) Descobrimento: Após a formação do Estado Nacional Português e a consolidação do absolutismo da Dinastia de Avis, os portugueses investiram em navegação, construindo a Escola de Sagres(fundada pelo Infante D. Henrique, que tinha a influência dos judeus(cartografia) e árabes (astrolábio)), iniciando o processo de Expansão Marítima portuguesa que ficou chamada de pioneirismo português. Vinha bem a calhar encontrar outro caminho para as Índias, atrás das especiarias (noz moscada, canela, cravo e pimenta), pois o Mar Mediterrâneo estava monopolizado pelos Genoveses e Venezianos, impedindo as embarcações estrangeiras de navegar livremente, acontece que até 1453, nem mesmo os italianos puderam navegar, pois os Turcos Invadiram Constantinopla e fecharam a rota dos italianos. Mas os Portugueses já estavam cada vez mais atingindo o Sul da África, chegando ao cabo da Boa Esperança (cabo das Tormentas), Bartolomeu Dias abriu o trajeto para as Índias e conseqüentemente veio Vasco da Gama nas índias em 1498. A Expedição de Vasco deu tanto lucro(60x) e o El Rei D. Manoel enviou a expedição cabralina em 9 de março de 1500, com o dobro de navetas.Percebe-se o objetivo econômico da expedição. Os marinheiros destacavam-se por serem “cristãos - novos” (judeus convertidos ao catolicismo) Pedro Álvares Cabral é o capitão-mór da expedição, o escrivão Pero Vaz de Caminha descreve, não ter visto nem ouro nem prata, e percebe-se o aproveitamento da terra para agricultura “dar-se a nela tudo pelo bem das águas que tem” , além de observar a necessidade de “salvar” os selvagens, relacionando a uma preocupação religiosa do escrivão. A Expedição Cabralina não deu lucro. Mas foi sempre relembrada, como mostra as poesias de Fernando Pessoa. Período pré colonial: esses trinta anos destacaram-se pelas expedições de reconhecimento, e comercial (houve um acordo liderado pelo comerciante Fernão de Noronha para monopolizar o pau Brasil ) e das Expedições Guarda Costas, comandadas por Cristóvão Jaccques, defendendo a terra dos piratas, corsários e estrangeiros que já exploravam o pau- brasil. Nesse período viviam somente indígenas na Ilha de Santa Catarina, mais tarde, na segunda metade, do século XVI, surgiram alguns cristãos, como Melchior, Ramirez e Enrique Montez. Colonização: Nesse período destacamos a exploraçõa do pau Brasil, onde os portugueses e francese utilizavam a mão de obra indígena, utilizando o escambo (troca de mercadorias). Martim Afonso de Souza fundou a Vila de São Vicente e introduziu a cana-de-açúcar no Brasil. Iniciou o processo conhecido por Capitanias Hereditárias , dividindo o Brasil em vários lotes de terra e distribuídas aos donatários. As únicas que prosperaram foram a de São Vicente e Pernambuco. O donatário da Capitania de Sant’ana (onde hoje está o Estado de Santa Catarina) era Pero Lopes de Souza. Houve a criação do Governo-Geral para administrar a Colônia, em destaque Tomé de Sousa e Mem de Sá. Vinda dos Jesuítas da Companhia de Jesus, instituição católica criada na Contra-Reforma, iniciaram as fundações de vilas como São Paulo de Piratininga (Pde.José de Anchieta) e Rio de Janeiro (Estácio de Sá). Houve a Confederação dos Tamoios, onde os índios aliaram-se até com os Franceses para expulsar os portugueses do Brasil. Não teve resultados, pois a maioria dos indígenas estavam influenciados pelos jesuítas. O resultado foi a derrota dos tamoios e a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro. Os Franceses tinham tentado invadir o Brasil fundando a França Antártica na Guanabara, mas foram expulsos por Estácio de Sá. Portugal acabou ficando sem herdeiro, e o rei Filipe da Espanha anexa os reinos, formando o domínio Espanhol (1580-1640), nessa fase, as terras de São Paulo são invadidas pelos Bandeirantes, realizando entradas e bandeiras. Geralmente eram financiados particularmente, sem apoio do rei. Não tinham normas nem leis, somente uma hierarquia militarizada. A primeira fase foi o aprisionamento de índios, onde destacamos a figura de Raposo Tavares(era comum, a invasão de Reduções Jesuíticas, para aprisionar índios para escraviza-los. A igreja condenava a escravidão indígena, mas aceitava a negra), a segunda fase é a busca do ouro, onde podemos lembrar de Bartolomeu Bueno (Anhangüera) e Fernão Dias (o caçador de esmeraldas) e a terceira, o Sertanismo de contrato, onde o mais famoso é Domingos Jorge Velho, que foi contratado para matar Zumbi dos Palmares no Nordeste. Geralmente nessa última fase, os bandeirantes dedicavam-se principalmente, a pecuária. (Desterro (atual Florianópolis) foi fundada por um Bandeirante chamado Francisco Dias Velho, geralmente partiam de S. Vicente, por isso eram chamados de “Povoamento Vicentistas”). Após as descobertas das minas em Minas Gerais, houve uma super emigração para as minas e o bandeirismo foi chegando ao fim. No nordeste, houve as Invasões holandesas, primeiro em 1624 houve uma invasão na Bahia, que foi frustrada pelos portugueses, depois em 1630 os holandeses tomaram Pernambuco e implantaram um sistema de exploração do açúcar modernizando e estruturando a economia açucareira, destacamos a figura de Maurício de Nassau, como um governador tolerante com as dívidas dos senhores de engenho (o açúcar era plantado em grande escala no nordeste (solo de massapê), havia grandes latifúndios, monocultura e mão de obra escrava, a sociedade era patriarcal e não existia mobilidade social. O açúcar era produzido no Engenho, e também havia a criação de gados (pecuária) e economia de subsistência dos escravos), após a saída de Nassau, os holandeses exigiram o pagamento das dívidas dos senhores de engenho, resultou numa revolta conhecida como Insurreição Pernambucana, reunindo tropas de índios (Felipe Camarão) negros (Henrique Dias), colonos e senhores de engenho, resulta na expulsão dos holandeses do Brasil. Nessa época, também surgiu o Quilombo de Palmares, que reuniu grupos de negros que fugiam dos engenhos, onde criaram uma comunidade no nordeste liderada por Ganga Zumba e Zumbi, este acabou sendo assassinado pelo bandeirante contratado para destruir o quilombo. Os escravos eram considerados propriedades dos senhores, como simples instrumento de trabalho, ele deveria trabalhar para o sustento de seu dono. Em Santa Catarina, os portugueses tentavam defender a Ilha de Santa Catarina das invasões dos estrangeiros, principalmente, os espanhóis. Assim, foram construídas as fortalezas ( Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones) pelo engenheiro militar Brigadeiro José da Silva Paes, primeiro Governador da Capitania de Santa Catarina. Com a descobertas das minas de ouro em Minas Gerais, ocorreram muitas revoltas que foram chamadas de nativistas.pois lutavam por melhorias das colônias, mas não tinham pretensão de separar ou propor a independência do Brasil. A primeira ocorreu pela disputa e posse das minas entre os “ paulistas” que eram os colonos e os “forasteiros” que eram os portugueses, chamados de “Emboabas”, esse conflito ficou conhecido por Guerra dos Emboabas. Também ocorreu uma revolta urbana em Vila Rica, onde Filipe dos
  • 2. Santos, denunciou as casas de fundição que exigiam a transformação das pepitas de ouro em barras, e derretiam as pepitas, mas espalhavam o ouro derretido. Filipe dos Santos fez diversas denuncias, mobilizou o povo de minas, mas acabou sendo condenado brutalmente pela coroa portuguesa, foi conhecida como Revolta de Filipe dos Santos. Em Minas Gerais, orgulham-se da história de Chico Rei, um ex-escravo que havia conseguido tornar-se proprietário de uma mina e a partir dela conseguia alforria para os escravos que trabalhavam por lá. Outras revoltas nativistas que ocorreram no Brasil foram: Revolta dos Beckman, que ocorreu no Maranhão, onde os senhores de Engenho revoltaram-se contra o monopólio de Portugal sobre a colônia, exigiram um maior fornecimento de escravos, chegaram a invadir uma missão indígena e tentaram escravizar alguns índios. A coroa portuguesa reagiu com força contra os revoltosos. Em Pernambuco ocorreu a Guerra dos Mascates, quando os mascates de Recife travam uma briga com os senhores de engenho de Olinda. Este fato resultou na emancipação de Recife. Em São Paulo, os paulistas expulsaram os jesuítas e criaram um rei para a vila, foi a Aclamação a Amador Bueno. Isso era só o começo, pois o que estava por vir iria abalar a coroa portuguesa, com a Inconfidência Mineira 1789 e a Conjuração Baiana 1798. Essas duas queriam a independência do Brasil. Também pudera, Portugal havia criado uma cobrança de 14 arrobas de ouro por ano, quem não pagava era decretada a derrama, uma espécie de penhora, que arrancava tudo dos fazendeiros e mineiros. Então, em Minas Gerais, surgiram idéias de liberdade, principalmente vinda da elite, reuniam-se secretamente e sugeriam a possibilidade de um golpe de separação, o líder era Tiradentes, a conspiração deu errado, pois foram acusados e condenados, porém apenas Tiradentes foi morto. Na Bahia, o líder da Conjuração Baiana era João de Deus, um negro que movimentou uma revolta que resultaria na independência do Brasil, a coroa reagiu rapidamente contra o povo. Diferente de Minas Gerais, a Conjuração Baiana havia participação popular, e queriam a abolição dos escravos, já em Minas, havia somente uma conspiração armada pela elite. Nessa época, os açorianos vieram para Santa Catarina, eles viviam num estado de pobreza na ilha dos Açores, no entanto Portugal queria povoar mais o Brasil, para isso, a coroa prometeu aos açorianos utensilhos, como ferramentas e animais. Após esse episódio, a coroa portuguesa fugiu de Portugal, por causa da ameaça de Napoleão, D. João VI, o Príncipe regente não queria cortar relações com a Inglaterra, e planejaram a fuga, vieram ao Brasil, instalaram-se no Rio de Janeiro, esse episódio foi conhecido como a vinda da Família Real ao Brasil. Brasil Império (1822-1889) Antecedentes: junto com a família real, veio uma porção de artistas e intelectuais. D. João VI decretou a abertura dos portos, liberou as manufaturas, elaborou o projeto do Jardim Botânico e fundou o Banco do Brasil. Seu filho príncipe D. Pedro I estava sendo preparado para assumir o trono português. Após a morte de Maria Louca e o Congresso de Viena. O Brasil tornou-se reino em 1815 Com a Revolução Liberal em Portugal D. João VI voltou à Portugal e deixou como regente no Brasil, seu filho D. Pedro I. Portugal exigiu a volta de D. Pedro I para Portugal, porém, ele estava apoiado pelo povo e enfrentou as tropas portuguesas e decidiu ficar no Brasil. Era o Dia do Fico. Independência:Quando Portugal enviou uma mensagem exigindo que o Brasil deveria depender absolutamente se Portugal, D. Pedro I entendeu que eles não confiavam nele como regente, era um simples bedel, então ele decide tornar o Brasil independente logo depois que recebeu a mensagem São Paulo, em 1822. Não foi um ato isolado, como podemos ver, foi um processo que levou até a independência, surgiu devagar, desde as revoltas nativistas, até as inconfidências, mas foi marcada pelo espírito liberal da maçonaria, que foi importante nesse processo. No entanto, ocorreram diversas reações contrárias a Independência do Brasil, algumas províncias não reconheceram a independência, como Bahia, Pará e Cisplatina. Em Santa Catarina, as vilas litorâneas comemoraram a independência. O Primeiro Reinado teve início, um pouco conturbado, pois logo que D. Pedro I percebeu que o congresso queria “ controla-lo” fechou-o, e em seguida criou uma Constituição, a Constituição de 1824 onde somente a população absolutamente melhor de vida poderia votar (voto censitário), além do quarto poder, o Poder Moderador que lhe dava direitos absolutistas , o pior era o unitarismo, que dava plenos poderes ao Rio de Janeiro de comandar o resto do país, por exemplo, Santa Catarina teria de enviar todo o imposto recolhido aqui para o Rio, e o próprio governador não seria um catarinense, um carioca provavelmente. Essa constituição levou alguns estados a rebelarem-se contra D. Pedro I, no Nordeste ocorreu a Confederação do Equador, várias províncias uniram-se lideradas por Frei Caneca (mesmo o estado e a igreja andarem de mãos dadas, existiam padres que não apoiavam as maluquices do Imperador, estavam descontentes com D. Pedro I, que havia outorgado a Constituição de 1824). D. Pedro I enviou tropas emprestadas dos ingleses (criando a dívida externa) e mataram os revoltosos inclusive Frei Caneca. O Brasil entrou numa guerra contra os argentinos, pois estavam perdendo a posse da Cisplatina, a província abaixo do Rio Grande do Sul. Na Guerra da Cisplatina D. Pedro I não perdeu só um enorme contingente, como perdeu a província (que tornou-se Uruguai) e sua popularidade. Sua vida pessoal não andava bem, os escândalos envolvidos com a morte de sua primeira esposa, a relação com sua amante, a Marquesa de Santos (que levou ao rompimento com José Bonifácio), e a crescente oposição que acusava seus amigos de corruptos (Francisco Gomes, o Chalaça), D. Pedro casou- se de novo , com uma princesa de Munique, a Amélia. Mas depois, envolveu-se num outro escândalo, na morte de um jornalista de oposição, Líbero Badaró. A situação ficou muito ruim que ele decidiu Abdicar do trono, voltou a Portugal e lutou com o próprio irmão D. Miguel, pelo trono que era por direito de sua filha. Deixou a coroa no Brasil para o seu filho com apenas 4 anos. O Brasil passou a ser governado por regentes. Regência: Existiu inicialmente uma Regência Trina e depois, uma Regência Uma. Apesar do Brasil ter vivido uma experiência “presidencialista” foi uma fase marcada por revoltas por todo o império, as províncias rebelaram-se contra o governo. Este por sua vez criou a Guarda Nacional nessa época, temos como destaque o líder da Guarda, Luís Alves Lima, o Duque de Caxias. As revoltas regenciais foram: Cabanagem: no Grão-Pará, o povo revoltou-se contra os regentes, teve apoio da elite, mas a revolta tornou-se popular, logo foi massacrado pelas tropas do governo. Balaiada: no Maranhão, os vaqueiros e balaieiros lutaram num conflito contra a regência, o movimento tornou-se uma guerrilha e não acabou nada bem para a camada popular que foi massacrada por Duque de Caxias. Sabinada: na Bahia, a elite apoiou as idéias de Francisco Sabino, que sugeriu a separação da Bahia do Brasil. As tropas massacraram os revoltosos. A
  • 3. Farroupilha Foi a mais famosa revolta, os farrapos chegaram a fundar a República no Rio Grande e a República Juliana em Santa Catarina, com o apoio de Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro. O líder dos Farrapos era Bento Gonçalves. Estavam descontentes com a má distribuição fiscal e sobre o preço do charque. Mais tarde entraram num acordo com o Imperador e o Rio Grande e Santa Catarina voltaram a fazer parte do Império. Duas influentes tendências políticas Conservadores e liberais, prepararam um golpe e colocaram no poder o D. Pedro II antes do tempo (com14 anos) foi o Golpe de Maioridade, em 1840. Dando início ao Segundo Reinado. Ocorreram muitas mudanças no Brasil neste curto espaço de tempo(1840-1889) , inicialmente houve conflitos Liberais de Diogo Feijó e depois a praieira de Pedro Ivo em Pernambuco, a Revolta Praieira recebia influência das revoltas liberais que ocorriam na Europa, eram contra os antigos regimes, e nesse caso atacavam o absolutismo de D. Pedro II (pois este manteve o poder moderador), para tentar agradar tanto conservadores e liberais, maçons e religiosos, D. Pedro II criou um Parlamentarismo às avessas, que tinha como diferença do Inglês, a indicação do próprio D. Pedro II para ser o Primeiro-Ministro (Na Inglaterra o Primeiro- Ministro é escolhido pelo parlamento), procurou estabelecer algumas mudanças na economia, como a criação da Tarifa Alves Branco, que era uma espécie de Protecionismo de nossos produtos(criou taxas alfandegárias para produtos importados). Isso de certa forma, fortaleceu a economia nacional, surgindo a possibilidade da criação tímida de algumas indústrias. Figuras como Irineu Evangelista de Souza (Barão de Mauá) destaca-se no cenário como industrial, cria uma fábrica de fundição de ferro, construindo maquinários e estradas de ferros, iluminando a cidade do Rio de Janeiro e controlando o transporte fluvial da Amazônia. Mas o descaso de D. Pedro II, associado às sabotagens da Inglaterra em suas empresas, arruinaram o industrial, atrasando mais a indústria brasileira. Na questão agrária, destacamos o café, como principal produto. No entanto, houve um desequilíbrio ecológico que levou a desfertilização do café no Vale do Paraíba, levando inúmeros fazendeiros à falência. O Café foi reintroduzido no Oeste Paulista, utilizando novos recursos e investimentos, além da utilização de mão de obra assalariada (no Vale do Paraíba era utilizada mão de obra escrava), elevou a produção do café e garantiu o preço e o bem estar dos novos barões do café. Os escravos foram aos poucos conquistando alguns direitos. A Inglaterra tinha interesse em liberta-los pois tornariam consumidores de seus produtos, então faziam de tudo para que o Brasil fizesse a abolição.a primeira foi a Lei Eusébio Queiroz, proibindo o tráfico de escravos no Brasil, depois a Lei do Ventre Livre, a Lei do Sexagenário e finalmente a Lei Áurea, foi quarenta anos de campanha abolicionista. Em Santa Catarina, destacamos o poeta Cruz e Sousa, que era negro e abolicionista, pregava a igualdade entre as pessoas, participou do movimento simbolista, presentes em suas obras (Broqueis, Faróis, Últimos Sonetos...) Cruz e Sousa vivia no Desterro (atual Florianópolis) Com a diminuição dos escravos após a Lei Eusébio de Queiroz, o Imperador criou planos para a vinda de imigrantes europeus, italianos, alemães, austríacos, poloneses...a grande maioria dos italianos ficaram em São Paulo, e foram trabalhar nas Fazendas de café, alguns instalaram-se no Rio Grande do Sul. Os alemães tornaram-se proprietários nas colônias de povoamento do Sul, muitas vezes tinham de enfrentar os posseiros e indígenas como Xokleng e Caingangues típicos do Sul, geralmente formaram as primeiras moradias ao longo dos rios, e aproveitavam a força das águas para atividades manufatureiras. Os conflitos internacionais eram destaque no Segundo Império, como o caso da Questão Christie, Christie era um embaixador inglês que exigiu um pedido de desculpas do império, após a prisão de dois marinheiros ingleses que faziam arruaça, além de exigir uma indenização de um navio inglês que afundou no Sul. O Imperador chegou a cortar relações diplomáticas com a Inglaterra. A região Platina também foi palco de diversas disputas e conflitos, o pior foi a Guerra do Paraguai, antes já havia ocorrido a Guerra da Cisplatina, onde brasileiros e argentinos disputaram a região, depois a Questão Platina, onde o império apoiou discretamente o Uruguai, essa região sempre foi disputada(na época da colônia, Espanha e Portugal, já disputavam a Colônia do Sacramento) afinal, essa região é importante para o Brasil, pois era o único acesso à província do Mato Grosso. E eles queriam ter acesso livre na Bacia do Prata. Aí, destacamos o Paraguai, pois Solano Lopez, presidente paraguaio, tinha desejos expansionistas, pois o Paraguai havia virado uma potência, além de ameaçar a economia da Inglaterra, essas foram as causas que levaram a Guerra do Paraguai. A Inglaterra procurou atear fogo entre o Paraguai e seus vizinhos (Brasil, Uruguai e Argentina), formaram a Tríplice Aliança e destruíram o Paraguai com apoio da Inglaterra. Até hoje, o Paraguai não consegue reerguer-se. 80% da sua população foram mortas na época. A Queda do Imperador foi ligada a alguns fatores: o Imperador foi perdendo apoio, durante os anos, foi perdendo apoio da aristocracia rural por permitir a abolição dos escravos era a questão agrária, a abolição dos escravos mexeu na economia do império, a questão escravocrata, os militares começaram apoiar a campanha abolicionista (muitos participaram ao lado dos negros na guerra do Paraguai), além da Campanha republicana, era a questão militar, enfim, o D. Pedro II perdeu apoio da Igreja, após prender dois bispos que resolveram reagir por ordens do Papa, condenando a Maçonaria. Como D. Pedro II, era maçom, resolveu punir os bispos. Perdendo as bases que sustentavam o Império, os militares prepararam um golpe, e mandaram D. Pedro de volta para a Europa. A Proclamação da República, 15 de novembro de 1889 foi um golpe militar sem a participação do povo. Da noite para o dia, Iniciava a República no Brasil. Brasil República (1889-2005) Marechal Deodoro da Fonseca assume a presidência, a república é constituída pela elite, regida sob influência positivista (percebe-se no lema Ordem e Progresso), porém Marechal Deodoro não consegue trabalhar com a oposição, além da crise que ocorreu em seu governo, conhecida como Crise do Encilhamento, uma estratégia de criar subsídios e investimentos para empresários, acabou ocorrendo uma especulação que levou a crise, como num jogo de apostas. Foi criada também a Constituição de 1891, onde as províncias passariam a tornar Estados, e estabeleceria a oligarquia no país. Com o afastamento de Deodoro, assume outro militar, Floriano Peixoto, este autoritário, logo que assumiu, contrariou a constituição, pois deveria convocar novas eleições, não fez isso e arrumou inúmeros inimigos. Primeiro foi a Marinha que tentou fazer um levante, a Revolta da Armada. Mas o pior foi a Revolução Federalista que iniciou no Rio Grande do Sul e acabou na Ilha de Santa Catarina. Em Santa Catarina, alguns adeptos da Revolta da Armada, juntaram-se aos federalistas, eles eram contra o autoritarismo de Floriano, este reagiu com força, derrotou os revoltosos de Desterro (que haviam concentrado na ilha um governo revolucionário de oposição a Floriano), muitos foram
  • 4. assassinados na fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim. Floriano Peixoto ainda mudou o nome da cidade para Florianópolis. Esse militarismo e ditadura do início da República, ficou conhecido como República das Espadas. Logo que assumiu Prudente de Moraes, inicia uma nova estratégia, onde um pequeno grupo elitista toma conta do país, a República da Oligarquia, que para manter o controle, tinha a tradição política do Café com Leite (variar o governo entre um paulista e um mineiro), a política dos governadores, que só conseguiam governar se apoiassem os presidentes da oligarquia, ainda tinha a figura do fazendeiro que controlava a população mais pobre, e garantia os votos necessários, era o coronel, e essa estratégia foi conhecida como Coronelismo. A economia era basicamente cafeeira, apesar de existir uma época de destaque do cacau e da borracha, mas além da dificuldades encontradas pelos subsídios do governo(o governo criava taxas em outros produtos para poder comprar a sobra de café dos barões)esses produtos perderam com a concorrência das colônias britânicas. Os conflitos sociais eram terríveis, ocorreram alguns de origem religiosa, chamadas de messianismo. O primeiro deles que tinha essa característica, ocorreu ainda no Império, na província do Rio Grande do Sul. Foi o Movimento dos Mucker liderado por Jacobina Mentz Maurer e o curandeiro João Jorge Maurer em Sapiranga RS, em 1874 no final do século XIX, teve uma grande repercussão em toda zona de colonização alemã do RS. Na época da revolta os mucker foram combatidos pelo que eram e pelo que a população de São Leopoldo RS, julgava se fossem.Houve um confronto entre colonos e adeptos da seita.Isso acabou com violência, as tropas imperiais exterminaram os religiosos. Na república, ocorreram dois movimentos messiânicos, os canudos e o contestado. A Guerra de Canudos ocorreu no sertão da Bahia,teve suas origens com o empobrecimento da região, pois ali predominava, desde a colônia, o minifúndio e a produção para atender o mercado interno. No entanto, fanáticos religiosos liderados por Antônio Conselheiro fundaram uma comunidade, onde negavam o pagamento de impostos exigidos pelo governo, iniciando aí um problema sério contra o governo. As tropas federais tentaram quatro vezes destruir canudos. Foi uma batalha desigual e horrível, Conselheiro teve a cabeça degolada. A Guerra do Contestado ocorreu na região contestada entre Paraná e Santa Catarina, ao noroeste de santa Catarina, posseiros que foram expulsos de suas terras encontraram esperança nas palavras de um curandeiro chamado João Maria. Anos mais tarde essa região tornava-se mais miserável, pois havia acabado a construção da estrada de ferro, e os trabalhadores ficaram por ali. Reencontraram esperança com outro, que dizia ser descendente de João Maria, chamava-se José Maria, este fundou a monarquia celestial e propôs a mesma coisa que havia feito o Conselheiro. As tropas federais e paranaenses tentaram por diversas vezes acabar com a comunidade, mas os crentes formavam outras e nomeavam outros líderes, até que conseguiram isolar os últimos revoltosos. O governo venceu, pra variar. O Governo de Rodrigues Alves resolveu reurbanizar o Rio de Janeiro, para isso desmontou diversos barracos e cortiços, deixando as pessoas desabrigadas, isso gerou um descontentamento, para piorar o sanitarista Oswaldo Cruz, tentando isolar a população da febre amarela e varíola, cria a vacina, o governo obriga a população a vacinar através da Lei da Vacina Obrigatória, os agentes invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força, a população que já estava descontente, rebelou, tomaram as ruas do Rio e exigiam o fim da Lei da Vacina e de melhor qualidade de vida. Era a Revolta da Vacina. Foram todos presos, mas a lei foi revogada. A Marinha Brasileira costumava açoitar os marinheiros rebeldes, certa ocasião, o Almirante Negro, João Cândido flagrou o capitão açoitando um dos marinheiros, dominou o capitão e tomou a força o navio de guerra, esse motim ficou conhecido por Revolta da Chibata, pois João Cândido ameaçou bombardear o Rio de Janeiro se o presidente não atendesse suas exigências (fim da chibatadas, aumento de salário, etc...) o governo prometeu atender, mas João Cândido acabou sendo condenado e levado a um buraco na Amazônia. Não só a Marinha, como o Exército já estava descontente com a política, Os Tenentes levantaram uma bandeira de moralismo e denunciaram as perseguições a chefes militares, além de declararem-se contra a posse de Artur Bernardes. Era o Tenentismo. eles tomaram o forte de Copacabana e só saíram de lá lutando, o governo enviou outras tropas e teve que enfrentar os últimos 18 tenentes. Os 18 do Forte de Copacabana morreram lutando. Alguns tenentes dessa revolta juntaram a Luis Carlos Prestes e Miguel Costa e participaram da Coluna Prestes, estes eram opositores ao governo e viajavam pelo interior para que a população apoiassem os tenentes. Todo esse conflito pode ser resumido na frase do último presidente da República da Oligarquia, Washington Luís: “a questão social é um caso de polícia”. Esse mesmo Washington Luís resolveu romper com as tradições políticas do Café com Leite, e ao invés de nomear um mineiro, resolveu nomear um paulista (Júlio Prestes), Minas, resolveu juntar as forças com a oposição, Rio Grande do Sul e Paraíba, formaram a Aliança Liberal. Washington Luís tentou aproximar de João Pessoa (Paraíba), tentou pedir apoio, mas João Pessoa negou, coincidentemente João Pessoa havia sido assassinado por problemas internos, mas foi o estopim que resultou na Revolução de 30. Movimento que a Aliança Liberal derruba a Política da Oligarquia, e colocam o gaúcho Getúlio Vargas no poder. Iniciando a Era Vargas. Vargas precisava resolver o problema emergencial herdado da crise de 1929, e destruiu 80mil sacas de café, para elevar o preço do produto, e depois criou o Ministério do Trabalho. No entanto sofreu uma terrível oposição vinda dos paulistas, descontentes com a recente perca de autonomia, alguns estudantes de Direito, saíam nas ruas e faziam discursos contra Getúlio e exigiam uma constituição . Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, foram assassinados quando atacavam os jornais que defendiam Getúlio. As iniciais de seus nomes viraram bandeira de luta MMDC. Os Paulistas pegaram em armas e fizeram a Revolução Constitucionalista de 1932, tal revolução acabou em dois meses, porém, Getúlio Vargas acabou fazendo a Constituição de 1934. As leis trabalhistas, o voto feminino, justiça eleitoral e voto secreto, foram as principais características da Constituição. Duas tendências surgiram nessa época, a ANL Aliança Nacional Libertadora, composta pelos comunistas e a AIB Ação Integralista Brasileira, composta pelos simpatizantes do Fascismo. Os comunistas tentaram fazer uma ação, combinaram para que os quartéis rebelassem contra o governo e tentassem fazer uma revolução aos moldes da Revolução Russa. Era a Intentona Comunista, liderada por Luis Carlos Prestes. A esposa de Luis Carlos Prestes Olga Benário Prestes, foi presa e enviada Gestapo (polícia alemã nazista) morreu num campo de concentração.
  • 5. Vargas dizia saber de um plano em que os comunistas tomariam o poder do Brasil e convenceu os militares a apoiarem num golpe. Ele dizia que era um tal Plano Cohen, que dizia que os comunistas tomariam as instituições, e aquele terror todo. Getúlio garantiu que somente ele poderia enfrentar os comunistas e os militares resolveram apóia-lo no Golpe do Estado Novo, Getúlio agora, era um ditador. Todos os estados tiveram interventores, Getúlio proibiu a autonomia dos Estados, até mesmo as bandeiras eram proibidas, criou o Departamento de Imprensa e Propaganda, DIP e a Hora do Brasil na rádio, só para falar bem dele. A Segunda Guerra estava prestes a começar e Getúlio ainda estava em dúvida se ficava ao lado de Hitler. Porém recebendo a visita do Presidente norte americano, logo fez uma proposta, verbas para a criação da Companhia Siderúrgica Nacional em Volta Redonda, em troca, além de apoiar aos aliados, Getúlio tinha que ceder um espaço no território brasileiro para construção de uma base aérea, e assim foi criado o “trampolim da Vitória” a base americana no Maranhão. Assim, quando os EUA entraram na guerra, a Alemanha havia bombardeado seis navios brasileiros, comovendo a população e exigindo que Getúlio enviasse as tropas. o Brasil enviou a FEB (Força Expedicionária Brasileira) na Tomada da Itália. Getúlio ficou conhecido como populista, por aproximar a população dele, através das leis trabalhistas a CLT. Mas ao mesmo tempo que “ajudava” os trabalhadores, favorecia os empresários. Assim era fácil controlar a economia. Quando acabou a Guerra, Getúlio convocou novas eleições. Ele mesmo conduziu a redemocratização no Brasil. Mas veio cheio de conversa populista, e logo uma porção de pessoas saíram às ruas com as placas “queremos Getúlio” era o queremismo. No entanto o exército pressionou, e Getúlio foi deposto. O governo de Eurico Gaspar Dutra destacou-se pela influência norte americana e a Guerra Fria, pois ele cortou as relações diplomáticas com a URSS,portanto os deputados comunistas (PCB) foram cassados. Dutra diminuiu as taxas alfandegárias, e houve uma enorme importação, mesmo o Brasil tendo a economia fortalecida durante a Segunda Guerra (produto interno), com as importações, a economia caiu rapidamente,e teve uma terrível inflação, deixando o salário mínimo absolutamente desvalorizado. Em meio a todo esse furacão, nas novas eleições, venceu novamente Getúlio Vargas, ainda era muito prestigiado. Essa última fase de Getúlio Vargas, é marcada pela democracia, mas o Populismo (que já havia sido Implantado no Estado Novo) não daria muito certo, pois os empresários, não aceitariam as “ ajudas” para os trabalhadores. No entanto, o salário mínimo é aumentado 100%, os empresários protestaram. Getúlio dizia ser “nacionalista” , defenderia a industria brasileira, porém, a oposição dizia que ele deveria favorecer mais as liberdades do capital estrangeiro (“entreguismo” ao Império americano). Com esse espírito, decretou a nacionalização do petróleo, com o lema o “Petróleo é nosso”, Getúlio criou a Petrobrás, e determinou que somente o Estado, poderia explorar o petróleo do País. Claro, os EUA reagiram, negaram empréstimos, e Getúlio comprava uma briga contra os poderosos. Getúlio teve uma crise política (corrupção dos seus auxiliares), a imprensa não perdoou.Depois disso, houve um atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, mas o tiro acertou um oficial da Aeronáutica, as evidências do atentado caíram sob Getúlio, e em uma reunião extraordinária, os militares decidiram que ou Getúlio renunciava ou seria derrubado. Diante dessa situação, Getúlio suicidou-se com um tiro no coração. Dois anos mais tarde venceu as eleições um candidato da base de Getúlio, era Juscelino Kubitscheck, seu governo foi marcado pelo crescimento econômico, e a industrialização. Para isso criou o Plano de Metas, para crescer “cinqüenta anos em cinco”. consiste na criação de estradas, indústrias automobilísticas e de energia(hidrelétricas), além do fortalecimento das indústrias de base, petróleo e aço. Juscelino construiu uma nova capital, a cidade de Brasília,em 1960, favorecendo a ocupação territorial do Centro Oeste. Para isso teve que ter apoio de capitais estrangeiros (aumentando a dívida externa) Brasília foi construída por nordestinos, foram chamados de “candangos”. A vitória da eleição de 1960, foi da oposição (UDN), era Jânio Quadros, que logo, demonstrou-se um governo estranho, pois cortou verbas da saúde e educação, houve aumento dos produtos básicos, apesar de ser de Direita, reatou as relações diplomáticas com a URSS e a China socialista (chegou a condecorar Che Guevara). Jânio Queria mostrar ao mundo que ele não submetia a nenhum bloco de poder. Jânio, tentando uma estratégia, para um golpe, não teve apoio e acabou renunciando. Assumiu o vice João Goulart.O Brasil tentou uma experiência parlamentarista, nessa época, mas um plebiscito levou o povo a querer a continuação do presidencialismo. O governo de João Goulart (Jango) foi marcado pelas Reformas de base, entre elas, destacamos, a reforma agrária, e administrativa(aumentar os impostos dos mais ricos) e nacionalista(exigindo que o capital das Multinacionais, ficassem no Brasil. Isso caiu muito mal para a elite conservadora, chegaram a criar uma “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, exigiam que João Goulart fosse destituído (acusavam de comunista). A Doutrina de Segurança Nacional, decide realizar um golpe e implantar uma ditadura militar no Brasil. O Golpe de 1964, foi realizado pelos militares, exilaram Jango e milhares de brasileiros, o General Castelo Branco assume a presidência. As ditaduras ocorreram na América Latina, com o apoio dos americanos, para conter a ameaça socialista. Castelo Branco procurou ajustar a economia, os empresários só poderiam aumentar os preços, se aumentassem os salários dos trabalhadores. Na constituição de 1967, foi organizada o que seria a ditadura, os poderes do legislativo foram muito diminuídos, além das emendas (medidas autoritárias) que seriam colocadas diante de novas situações, ficaram conhecidas como Atos Institucionais. No Governo do General Costa e Silva, aumentam os protestos dos estudantes, a polícia mata alguns jovens, e inicia uma fase sangrenta da ditadura, é decretado o Ato Institucional nº 5, que era “um golpe dentro do golpe”, entre o direito de fechar o Congresso, pelo presidente, dava direito a policia, invadir as casas sem nenhum mandato judicial, atrás de subversivos. Muitas pessoas foram perseguidas, desapareceram milhares de jovens(foram torturados e assassinados pelos militares). Existia a SNI, Serviço Nacional de Informação, que era uma central de espionagem, que denunciavam as pessoas que agissem como “comunistas”. Alguns intelectuais foram perseguidos, a exemplo do compositor Chico Buarque, que foi exilado, juntamente com vários intelectuais e artistas. Uma de suas músicas que representam essa censura é “ Apesar de você”. Os movimentos populares foram estrangulados, porém secretamente, surgiram movimentos de luta armada. Um oficial do exército tornou-se um dos principais combatentes, era Carlos Lamarca, essa época foi marcado pelo Governo Do General Médici. Os movimentos queriam derrubar o militarismo e implantar o socialismo no Brasil. Os militares exilavam alguns presos políticos, para atenderem exigências
  • 6. de alguns grupos de guerrilheiros que seqüestravam embaixadores. Alguns militantes do Partido Comunista do Brasil, montaram no Araguaia uma operação guerrilheira. No Governo de Médici, era comum ver as campanhas nacionalistas, como “Brasil ame, ou deixe-o”, motivados pela campanha da seleção do Brasil na copa de 70, o sentimento nacionalista tomava conta do país. A economia foi marcada pelo Milagre Econômico, grandes empresas surgiram, e grandes investimentos levaram o Brasil crescer muito, houve uma expansão do produto interno bruto e das exportações, as construção da ponte Rio Niterói e a Transamazônica foi um marco do Milagre Econômico. Porém o milagre acabou, quando ocorreu a crise do petróleo, aumentando muito o combustível, levando o país a enfrentar uma nova crise. No entanto isso ficou claro, que o Brasil, concentrou grande produção de renda, mas ficou com dependências econômicas, deixando a economia vulnerável às crises internacionais. No Governo Geisel, destacamos o investimento no Proálcool, o governo incentivou a maior produção de cana de açúcar para ter um combustível alternativo. Também investiu em Usinas nucleares, mas nenhum investimento social, aumentando a dívida externa. Geisel iniciou lentamente o processo de anistia,e no Governo Figueiredo houve a Abertura Política. Nessa época o Partido MDB começava a criar força, a ARENA (que apoiava os militares) enfraquecia lentamente. Os movimentos populares começaram a tomar fôlego. Figueiredo assinou a Lei da Anistia em 1979. Os movimentos operários começaram a surgir, destacamos o papel de Luís Inácio Lula da Silva (nesse contexto, fundariam o PT Partido dos Trabalhadores), que liderou a greve do ABC(São Bernardo do Campo) iniciando diversas greves no país, o Governador de São Paulo (Paulo Maluf), interviu enviando a polícia e prendendo os grevistas. Mas, mesmo assim as greves continuaram, Os militares não podiam mais conter o povo. Nessa época, surgiram partidos, a ARENA transformou-se em PDS (Partido Democrático Social) e o MDB Tornou-se PMDB (Partido da Mobilização Democrática Brasileira) liderada por Ulisses Guimarães, onde foi um dos principais articuladores em favor das eleições Diretas. Era a Diretas já! Era uma campanha que promovia o fim da ditadura e exigia a convocação para eleições Diretas. Apesar do movimento, a eleição acabou sendo indireta, mas o cnadidato do PMDB, Tancredo Neves venceu a eleição de Maluf (PDS), em 1985. Tancredo Neves não chegou a asssumir a presidência, viria a falecer, e tomou posse o vice José Sarney. O Governo de Sarney destacou-se inicialmente pelo Plano Cruzado, mudando o papel moeda, e no congelamento de preços e salários. Em pouco tempo, as mercadorias sumiram das prateleiras, e a inflação chegou a ser insuportável, um refrigerante, por exemplo, que custava CZn$ 2,00, até o final do ano custaria CZN$28,00. Era a pior inflação que o país viveu. Em termos políticos, chegou a usar exercito contra grevistas, mas acabou com a censura, e voltou a legalidade dos partidos como PCB e PC do B. Foi criada em 1988 a constituição mais democrática da História. Assim marcou efetivamente o fim da ditadura.A Constituição de 1988 marcou uma nova fase na história do Brasil. Logo, em 1989, ocorreu a primeira eleição para presidente depois da ditadura. No segundo turno Fernando Collor de Mello, apoiado pela Direita e a Elite (Rede Globo), venceu Lula, que defendia na época, uma verdadeira social democracia. Collor governou apoiado pelas oligarquias tradicionais, foi conhecido como o “caçador de Marajás”, porém, logo que assumiu, adoto o plano de sua Ministra Zélia Cardoso, e confiscou o dinheiro da poupança bancária de todo cidadão brasileiro, era como um empréstimo. O plano pretendia diminuir o consumo e valorizar o dinheiro, combatendo assim a inflação, mas ela continuou e como o dinheiro havia sido confiscado pelo governo, levou muitos empresários a falência. Houve uma grande recessão econômica. Foi implantado o Neoliberalismo, privatizando empresas estatais, diminuindo o salário dos aposentados e gastos sociais. Collor diminuiu tarifas alfandegárias e houve muitos produtos importados. As denúncias contra o tesoureiro do Governo Collor, PC Farias, tomaram as páginas da Imprensa, se alguém quisesse um benefício do governo, teria que dar uma grana para o PC Farias.A Imprensa conseguiu provar a ligação de Collor com PC, a essa altura, os estudantes formavam passeatas (caras -pintadas) em favor do Impeachment de Collor. Este acabou renunciando, mas teve seus direitos políticos cassados. Anos mais tarde Collor foi absolvido. Entrou seu vice na Presidência Itamar Franco.Este continuou o neoliberalismo, vendeu uma empresa estatal (Siderúrgica de Volta Redonda) para particulares, mas destacou-se pelo Plano Real, de seu Ministro Fernando Henrique Cardoso, que levou a inflação a cair a quase zero por mês. Com o sucesso do plano, FHC, foi facilmente eleito, em 1994, seu partido, o PSDB continuou o processo de privatizações, dizia que assim, teria verbas para investir na saúde e na Educação. Conseguiu em meio a denúncias de corrupção (compra de votos) apoio para a Reeleição, desse modo, continuou presidente mais 4 anos, no Brasil, vencendo as eleições de 1998, Lula perdeu pela terceira vez. Na segunda gestão de FHC, o Plano real entrou em crise, foi desvalorizado, apesar de aumentar as exportações, aumentou muito a divida externa, e o desemprego bateu recordes alarmantes. Uma crise de energia, levou ao país ter que racionar energia elétrica, era época do “apagão” em pleno século XXI. Houve pouco investimento nas Universidades Públicas, surgiu movimentos em favor da privatização delas. FHC ainda teve que enfrentar os problemas dos grupos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), pois não conseguiu arrumar a Reforma Agrária, fazendo poucos assentamentos. José Rainha, que era o líder do Movimento. Outra característica neoliberal de FHC, foi dar autonomia às agências, como a ANATEL, por exemplo. Sem intervenção estatal, para cuidarem livremente da economia (na prática, aumentavam as taxas de telefones, mesmo sem autorização do Estado). No ano de 2002 Luís Inácio Lula da Silva, vence as eleições no segundo Turno, é a Primeira vez que um governo de “ esquerda” comanda o Brasil, pois historicamente, o PT (Partido dos Trabalhadores) está historicamente ligada a movimentos sociais. O Governo Lula, foi marcado pela continuidade do sistema econômico de Fernando Henrique, o Ministro da Fazenda, Antônio Palocci, mantém a taxa de juros muito alta, para controlar a inflação e conter o consumo. Uma das bandeiras do governo Lula foi o Fome Zero, onde seria o planejamento assistencialista para comunidades carentes. Foi um fracasso. Lula buscou intermediar entre os diversos grupos sociais. Mas não conseguiu atender as exigências do MST, então não conseguiu evitar que o movimento invadisse novas terras no país. Lula também promoveu a Reforma da Previdência, e o funcionalismo público manifestaram seu descontentamento. Além de tudo isso, a Administração do governo, foi acusada, por uma corrupção, vinda do tesoureiro do Partido, Delúbio Soares, que estava num esquema de um publicitário mineiro Marcos Valério. Onde eles conseguiram criar um caixa-dois para campanha de Lula, e assim, conseguir dinheiro para pagar apoio aos deputados, chamados de “ Mensalão” pelo autor da denúncia, o Deputado do PTB, Roberto Jefferson,
  • 7. que também estava envolvido na corrupção dos correios. A denúncia derrubou o Ministro mais próximo de Lula, José Dirceu.e do Presidente do Partido dos Trabalhadores, José Genoíno. O Presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, também é suspeito por ganhar propina (para não cassar os deputados culpados). A imprensa que está aliada à oposição, tenta ajudar a CPMI encontrar provas que incriminem Lula. Por outro lado, a possibilidade de um impeachment do Lula, é remota, pois a oposição não tem um nome forte para assumir a presidência, Lula, apesar de perder cada vez mais apoio, tem um forte carisma popular, dificilmente ocorrerá manifestações populares em favor ao impeachment, como o caso de Collor. A oposição deve correr atrás de um nome para concorrer as eleições de 2006, enquanto o Congresso, tenta elaborar uma Reforma Política. Atividades: 1- Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. PESSOA, Fernando apud SARONI, Fernando. Registrando a História. Volume 1. São Paulo, Editora FTD, 1997. Tendo o texto por referência, assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S). 01. A poesia refere-se às navegações portuguesas, entre as quais a viagem de Pedro Álvares Cabral, em 1500. 02. Segundo o poeta, as navegações, por seus perigos, causaram grande sofrimento às mães, filhos e noivas dos marinheiros que se arriscaram para que o mar fosse conquistado pelos portugueses. 04. As navegações portuguesas foram um fato isolado da História da Europa, uma vez que só os portugueses dispunham, na época, de capitais, tecnologia e motivação para empreendê-las. 08. A poesia refere-se ao Bojador, primeira conquista portuguesa, uma colônia árabe ao sul da Península Ibérica, conquistada a mando do rei de Portugal. 16. O sacrifício “valeu a pena” para Portugal. Basta mencionar que as descobertas portuguesas permitiram a acumulação de capital que, já no século XVII, possibilitou o início da industrialização em solo português. 32. As navegações portuguesas dos séculos XV e XVI tiveram como objetivo conquistar o litoral africano e retomar a posse das colônias americanas que tinham sido conquistadas pelos mouros. 2- El Rei, Nosso Senhor, atendendo as represen-tações dos moradores das Ilhas dos Açores, que têm pedido mandar tirar delas o número de casais que for servido transportá-los à America, donde resultará às ditas ilhas grande alívio em não ver padecer os seus moradores, reduzidos aos males que traz consigo a indigência em que vivem, e ao Brasil um grande benefício em povoar de cultores alguma parte dos vastos domínios [...] foi servido [...] fazer mercê aos casais das ditas ilhas que quiserem se estabelecer no Brasil de lhes facilitar o transporte e estabelecimento, mandando-os transportar à custa de sua Real Fazenda [...] não sendo homens de mais de 40 anos e não sendo as mulheres de mais de 30; e logo que chegarem [...] a cada mulher que para ele for das Ilhas, de mais de 12 anos e de menos de 25, casada ou solteira [...] se darão 2$400 réis de ajuda [...] e aos casais que levarem filhos se lhes darão por de os vestir mil réis por cada filho [...] e se dará a cada casal uma espingarda, 2 enxadas, 1 enxó, 1 martelo, 1 facão, 2 facas, 2 tesouras, 2 verrumas e 1 serra [...] 2 alqueires de sementes, 2 vacas, 1 égua [...]. Apud CABRAL, Oswaldo R. – Os açorianos. Anais do Primeiro Congresso de História Catarinense. Florianópolis: Imprensa Oficial, 1950. De acordo com o texto acima, assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S): 01. Os habitantes das Ilhas dos Açores foram força-dos, por determinação real, a virem para o Brasil habitar os domínios portugueses. 02. Entre os fatores da vinda de açorianos para o Brasil, segundo o texto, estava a pobreza dos habitantes daquelas ilhas. 04. Entre os objetivos do governo português, como podemos perceber no texto, estava o povoamen-to do território brasileiro. 08. No documento, o governo português estabelecia condições da imigração para o Brasil. Não seriam aceitos homens com idade superior a quarenta anos e restringia-se a vinda de mulhe-res, a menos que fossem casadas e tivessem filhos. 16. Entre os incentivos para a vinda dos açorianos para o Brasil estavam as promessas do pagamento de uma ajuda de custo e de utensí-lios, ferramentas e animais. 32. O texto nos permite perceber o interesse de Portugal em promover o desenvolvimento de uma indústria nas terras do Brasil Meridional, uma vez que prometia capital, ferramentas e máquinas para os que aqui viessem se estabelecer. 3- Leia o texto. Trechos de uma carta escrita pelo espanhol Luiz Ramires, marujo da armada de Sebastião Caboto, com data de 10 de julho de 1528, em que descreve alguns acontecimentos ocorridos durante a sua estada na Ilha de Santa Catarina: De maneira que, outro dia de manhã, vimos vir outra canoa de índios e um cristão dentro dela. Este deu novas ao Sr. Capitão General como estavam naquela terra alguns cristãos, que eram até quinze [...]. E também disse de outros cristãos, que se diziam Melchior Ramirez [...] e Enrique Montes, os quais disse haviam ficado de uma armada de Juan de Solis e que havia mais de treze ou quatorze anos que estavam naquela terra... (REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO. Rio de Janeiro, p. 14-41, 1852, v. XV). Com base no texto e nos seus conhecimentos a respeito do povoamento inicial da Ilha de Santa Catarina, assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S). 01. A Ilha de Santa Catarina era despovoada até a chegada da expedição da qual fazia parte o espanhol Luiz Ramires. 02. A Ilha de Santa Catarina foi povoada, na época do descobrimento do Brasil (1500), por uma expedição comandada por Enrique Montes. 04. A Ilha de Santa Catarina era, no início do século XVI, habitada por indígenas, com quem os europeus fizeram contato. 08. Na segunda década do século XVI, na Ilha de Santa Catarina, viviam entre os índios alguns cristãos, entre os quais estavam Melchior Ramirez e Enrique Montes. 16. Os primeiros europeus que chegaram à Ilha de Santa Catarina foram paulistas vindos de São Vicente. 4- A primeira atividade econômica praticada no Brasil Colônia foi a extração do pau-brasil. Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S) em relação a essa atividade. 01. A extração do pau-brasil exigiu capitais e técni-cas para a montagem de um complexo agro-manufatureiro, capaz de atender a demanda dos mercados europeus. 02. A mão-de-obra empregada na extração e transporte da madeira, tanto pelos franceses como pelos portugueses, foi a indígena. 04. A extração do pau-brasil teve como conseqüência o surgimento de um fluxo de renda interno e de dezenas de povoações, notadamente no extremo Sul e no Nordeste. 08. A extração do pau-brasil, que conseguia alto preço na Europa, por sua utilização como pau-de-tinta, foi uma das principais causas do declínio da lavoura de cana-de-açúcar. 16. O comércio do pau-brasil com os indígenas era feito na base do escambo. Eles recebiam utensílios e enfeites pelo trabalho de cortar a madeira e transportá-la até os navios. 32 A exploração do pau-brasil era monopólio do Estado, mas, em 1502, o privilégio foi arrendado a um grupo de comerciantes liderados por Fernão de Noronha. 5- A lavoura da cana-de-açúcar tornou-se, no século XVII, a base da economia brasileira. Sobre a lavoura canavieira e suas conseqüências, é VERDADEIRO: 01. O engenho era a unidade de produção. Compreendia, além das instalações usadas para produzir açúcar, a casa-grande, a capela e a senzala.
  • 8. 02. A mão-de-obra predominante era a do trabalha-dor escravo. Este, reduzido à condição de coisa, era tratado e marcado com fogo como animal. Podia ser vendido ou castigado. 04. A sociedade que se organizou, na época de apogeu do cultivo da cana- de-açúcar, possuía um caráter aristocrático. Embora fosse grande a mobilidade social, era muito difícil para um escravo tornar-se trabalhador livre e este trans-formar-se em senhor de engenho. 08. A família, que se formou nesta época, era patriarcal. A mulher, os filhos e todos os que rodeavam o senhor de engenho a ele temiam e obedeciam. 16. A mineração foi uma atividade dependente da lavoura canavieira, uma vez que o ouro produzido era utilizado para pagar as importações dos insumos (ferramentas, mão-de-obra) necessários ao cultivo da cana. 32. O crescimento da lavoura de cana-de-açúcar teve, entre outras conseqüências, o desenvolvimento da lavoura de subsistência e da pecuária. 6-) “No ano de 1649 partiram os moradores de São Paulo para o sertão, em demanda de uma nação de índios distante daquela capitania muitas léguas pela terra adentro, com a intenção de os arrancarem de suas terras e os trazerem às de São Paulo e aí se servirem deles como costumam. Após meses de viagem, encontraram uma aldeia de índios da doutrina dos padres da Companhia, pertencentes à Província do Paraguai. Todos estavam na igreja, e o padre rezava missa, quando entraram os soldados de mão armada na aldeia, e dentro da mesma igreja prenderam todos os índios e índias que não puderam escapar”.Carta do Pe. Antônio Vieira, ao Provincial dos Jesuítas, escrita do Maranhão em 1653. Fundamentado(a) no fragmento da correspondência do Pe. Antônio Vieira e nos seus conhecimentos da História do Brasil Colonial, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S). 01. Pe. Vieira informava ao seu provincial sobre as ações de apresamento de índios realizadas pelos Bandeirantes. 02. As denúncias do Pe. Vieira eram justificadas, pois durante a colonização do Brasil era proibida a escravização dos índios aldeados. 04. Os Bandeirantes agiam por ordem dos Reis de Portugal, que desejavam enfraquecer o poderio militar dos espanhóis apoiados pelos índios do Paraguai. 08. Foram freqüentes os ataques dos Bandeirantes às Reduções Jesuíticas, durante o século XVII, com o objetivo de apresamento de índios a serem utilizados como escravos. 16. Durante o período histórico conhecido como Brasil Colônia, os jesuítas justificavam a escravização dos negros, mas condenavam a escravização dos índios aldeados. 32. A escravização de índios e negros era uma exigência da Santa Sé para facilitar a sua evangelização. 7- Os florianopolitanos e visitantes podem, durante todo o ano, visitar as fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones, notáveis obras da engenharia militar portuguesa. Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) sobre os acontecimentos que envolveram a construção dessas fortalezas. 01. A construção das fortalezas foi idealizada pelo Engenheiro Militar Brigadeiro José da Silva Paes, primeiro governador da Capitania de Santa Catarina. 02. A construção das fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones fazia parte da estratégia de consolidar a ocupação portuguesa no sul da colônia e evitar uma invasão espanhola. 04. As fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones foram construídas durante o Primeiro Império (1822-1831) e faziam parte do sistema defensivo que visava impedir a reconquista do Brasil meridional pelos portugueses. 08. As fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones deviam proteger a ilha contra investidas estrangeiras. 16. Na época em que foram construídas as fortalezas mencionadas, o governo português temia os corsários franceses que, provenientes do Rio da Prata, poderiam tomar a ilha, caso não fosse defendida. 32. Durante as lutas pela independência do Brasil as referidas fortalezas foram usadas como prisão militar. Nelas foram encarcerados os revoltosos do Desterro que desejavam implantar um governo federalista. 8-“Se uma pessoa chega na terra a alcançar dois pares de escravos, ou meia dúzia deles, ainda que outra coisa não tenha de seu, logo tem remédio para poder honradamente sustentar a sua família. Porque um lhe pesca e outro lhe caça, e os outros lhe cultivam e granjeiam suas roças, e desta maneira nem fazem os homens despesas em mantimentos com os seus escravos, nem com suas pessoas ...” GANDAVO, Magalhães. Apud NADAI, Elza; NEVES, Joana. História do Brasil. São Paulo: Saraiva, 1996. p. 62. Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S), com base no texto e nas circunstâncias em que foi escrito. 01. O autor justifica a escravidão, como uma necessidade econômica, mas adverte que não é moralmente aceitável entre os homens honrados da colônia. 02. Segundo o texto só uns poucos homens livres poderiam ter escravos, uma vez que a sua manutenção era extremamente dispendiosa. 04. No texto caracteriza-se a relação típica da es-cravidão. Uma pessoa (escravo) é considerada propriedade do seu dono, para quem terá de trabalhar e produzir o seu sustento. 08. A escravidão no Brasil, apesar da violência, teve pouca duração. Os primeiros escravos foram importados como mão-de-obra para a extração do pau-brasil, mas já no início do século XVIII as idéias iluministas influenciaram o governo a libertar os escravos. 16. O autor demonstra grande preocupação com o destino do escravo. Defende que, devido aos méritos do seu trabalho, deve ser alforriado. 32. O clima e o solo faziam com que os europeus, por si sós, não pudessem sobreviver no Brasil. Por esta razão, segundo o texto, tinham escravos adaptados à terra que podiam garantir a sua sobrevivência. 64. O escravo era um instrumento de trabalho. Cuidava das plantações e provia seu próprio sustento e o do seu senhor. 9- Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S) em relação ao processo de independência do Brasil. 01. No período colonial ocorreram numerosos motins e sedições como: a Aclamação de Amador Bueno, em São Paulo; a Guerra dos Emboabas e a Revolta de Vila Rica, em Minas Gerais. 02. A revolta em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, liderada pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, apressou os planos de D. Pedro, apoiado pela aristocracia. Forçado pelas circunstâncias, teve de proclamar a independência. 04. A independência do Brasil, a sete de setembro de 1822, atendeu aos interesses da elite social do Brasil Colônia e da burguesia portuguesa favorecida pelo decreto de Abertura dos Portos de 1808. 08. A independência, proclamada por D. Pedro, foi aceita incondicionalmente por todas as províncias. 16. A Maçonaria no Brasil, no século XIX, defendia os princípios liberais. As Lojas Maçônicas, em especial as do Rio de Janeiro, tiveram papel importante no movimento pela separação do Brasil de Portugal. 10- O navegador Dupperrey Lesson, que em 1822 estava em Santa Catarina, assim descreveu a reação dos catarinenses à independência do Brasil: “... Cheios de confiança em seus propósitos, os partidários numerosos da independência estavam inspirados com um entusiasmo (...) que seu espírito ardente havia reprimido há longo tempo. No excesso da sua alegria, eles haviam coberto de luzes as Vilas de Nossa Senhora do Desterro, de Laguna e de São Francisco, onde percorrendo as ruas entoavam canções em honra de D. Pedro ...”. DUPERREY, Louis Isidore. Voyage autour du monde. In: Ilha de Santa Catarina, relatos de viajantes estrangeiros nos séculos XVIII e XIX. Florianópolis: UFSC, 1984. Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEI-RA(S) com base no texto e nos seus conhe-cimentos sobre o processo de independência do Brasil. 01. A declaração de independência do Brasil, feita por D. Pedro I em 1822, foi aceita em Santa Catarina e em todas as demais províncias brasileiras, com grande júbilo. 02. Segundo o visitante, houve nas ruas de algumas vilas de Santa Catarina um conflito entre os partidários da independência (que eram muito numerosos) e os que eram contrários a ela. 04. De acordo com o autor, os catarinenses de algumas vilas cometeram tamanhos excessos que tiveram de ser reprimidos pelas tropas portuguesas. 08. Ao contrário do que o autor presenciou em Santa Catarina, em outras províncias, como a da Bahia, Pará e Cisplatina, ocorreram reações desfavoráveis ao ato de D. Pedro. 16. Segundo o texto, a notícia da independência foi recebida com grande entusiasmo nas Vilas do Desterro, Laguna e São Francisco. 32. Não obstante as reações de alguns portugueses que temiam o fim dos seus privilégios, o governo de Lisboa, forçado pela França, aceitou de pronto o rompimento. Em outubro de 1822 foi assinado o tratado de reconhecimento, havendo grande júbilo em todo o país, como bem atesta Dupperrey Lesson. 11-) “Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós por uma estúpida condescendência com os Brasileiros do sul aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforado atrevimento de um europeu no Brasil! Acaso pensará esse estrangeiro ingrato e sem costumes, que tem algum direito à coroa, por descender da Casa de Bragança, de quem já somos independentes de fato e de direito? (...). Se os do sul, gelados pelo frio do trópico, não têm valor para te punir num cadafalso; Se aceitam da tua mão, o vil projeto de constituição, que deveriam considerar um novo insulto,
  • 9. depois da dissolução do congres-so; Se finalmente querem ser teus escravos, engana-te, sultão, pois no sul ficará circunscrito o teu império ...”. Fragmentos retirados do Manifesto da Confederação do Equador. Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) relacionada(s) com o conteúdo do documento e com episódios da Confederação do Equador. 01. O Manifesto demonstrava o descontentamento dos líderes do movimento com a permanência de D. Pedro I no Brasil após a proclamação da Independência. 02. O frio do sul foi o maior responsável pelo apoio da sua população à Constituição antidemocrá-tica de 1824, outorgada por D. Pedro I. 04. O Manifesto torna público que os súditos do sul não concordavam com a legitimidade da aclamação de D. Pedro I como Imperador do Brasil. 08. Pode-se considerar o Manifesto uma declaração favorável dos líderes da Confederação do Equador à aclamação de D. Pedro I, considerado herdeiro legítimo da Casa de Bragança. 16. A dissolução da Constituinte, por D. Pedro I, e a outorga da Constituição de 1824 geraram uma crise política, como se percebe nas palavras do Manifesto. 32. Os manifestantes consideravam justa a atitude de D. Pedro I ao ordenar a execução sumária dos revoltosos do norte, entre eles, Frei Caneca 12- Babilônicos, judeus, portugueses e guaranis, entre outros povos, conheceram movimentos messiânicos. Fenômenos semelhantes ocorreram também entre os brasileiros. Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) que identifica(m) movimentos messiânicos registrados na História do Brasil. 01. O movimento hippie, originário da China. 02. A Revolução Redentora, ocorrida em 1964, apoiada pelas Filhas de Maria. 04. O Movimento Modernista de 1922, realizado em São Paulo. 08. Canudos, liderado por Antônio Conselheiro. 16. O Contestado, ocorrido no início do século XX, em território disputado pelo Paraná e Santa Catarina. 32. O movimento Mucker, ocorrido no Rio Grande do Sul. 13-) Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S). Entre os fatos que marcaram a História de Santa Catarina destacam-se: 01. a chegada no litoral catarinense, durante o século XVII, de bandeiras vindas de São Vicente (povoamento vicentista) que fundaram Nossa Senhora da Graça do Rio São Francisco, Nossa Senhora do Desterro e Santo Antônio dos Anjos da Laguna. 02. a invasão Francesa de 1777, quando as tropas de Thomas Cochrane, em represália à fundação da Colônia do Sacramento, atacaram a Ilha de Santa Catarina. 04. a Guerra da Cisplatina, em que as tropas do Império, temendo a separação de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, atacaram Laguna. 08. a vinda de imigrantes italianos, alemães, poloneses e de outras nacionalidades, impulsionada a partir da segunda metade do século XIX. 16. a Questão do Contestado, disputa travada entre os Estados do Paraná e Santa Catarina. 32. a fundação da República Juliana pelos adeptos do Monge João Maria, que pretendiam estabele-cer "Um reino de Deus na terra". 14- Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) no que se refere às manifestações culturais catarinenses. 01. Festas como a do Marreco e a Oktoberfest atraem, anualmente, um número significativo de visitantes às cidades de Brusque e Blumenau. 02. O Festival de Dança de Joinville, além de trazer artistas do país e do exterior, faculta uma troca de experiências significativas entre os profissionais da dança. 04. Festas como a da Tainha, realizada na Barra da Lagoa, e da Laranja, realizada na Trindade, são manifestações culturais típicas da Capital dos catarinenses. 08. As polêmicas promovidas pela mídia, a proibição legal e a repressão policial propõem-se a acabar, em Santa Catarina, com a brincadeira da Farra do Boi. 16. Durante a Festa do Pinhão, realizada em Lages, ocorre a Sapecada da Canção, festival de música que atrai grande público e concorrentes de vários Estados e do exterior. 15- Durante o século XIX ocorreram, na região plati-na, conflitos armados, o mais importante dos quais foi a Guerra do Paraguai. Sobre estes conflitos, assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S). 01. A região platina, que hoje corresponde à Argenti-na, Paraguai e Uruguai, era muito importante para o Brasil. A navegação, nos rios da Bacia do Prata, era praticamente o único meio de acesso à província de Mato Grosso. 02. Desde a época colonial ocorreram conflitos na região. Portugal e Espanha disputaram a Colônia do Sacramento. No século XIX, brasileiros e argentinos disputaram o domínio da Banda Oriental que recebeu o nome de Província Cisplatina. 04. No decorrer do século XIX, o Império Brasileiro interveio na região, na Guerra da Cisplatina, na luta contra Oribe e Rosas, na Guerra contra Aguirre e na Guerra do Paraguai. 08. O projeto expansionista de Solano Lopez, que pretendia transformar o Paraguai numa potência continental (Paraguai Maior), é uma das causas da Guerra do Paraguai. 16. Ao final da guerra, o Paraguai foi destruído e deixou de existir como Estado Independente. O seu território foi incorporado à província argentina de Entre Rios e às províncias brasilei-ras do Mato Grosso e Rio Grande. O conflito foi também, no Brasil, uma das causas da procla- mação da República. 32. Recentemente os países, outrora envolvidos nos conflitos platinos, uniram-se para formar o MERCOSUL, bloco que favorece o comércio na região. 16-) Entre os filhos ilustres de Santa Catarina, destaca-se a figura de João da Cruz e Sousa, nascido na cidade de Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis, em 24 de novembro de 1861. No ano passado, lembramos o centenário de sua morte. Além de poeta, destacou-se pela participação na luta abolicionista. Os acontecimentos que culminaram com o Decreto da Abolição, em 1888, inspiraram Cruz e Sousa a escrever o soneto A Pátria Livre, abaixo reproduzido. Nem mais escravos e nem mais senhores! Jesus descendo as regiões celestes, fez das sagradas, perfumosas vestes um sudário de luz p’ra tantas dores.[...] Então Jesus que sempre em todo o mundo quis ver o amor ser nobre e ser profundo, falou depois a escravas gerações: — Homens! A natureza é apenas uma ... se não existe distinção alguma por que não se hão de unir os corações? Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S) nas suas referências a Cruz e Sousa. 01. Foi um poeta negro, que participou de atos públicos em defesa da abolição da escravatura. 02. No fragmento do soneto A Pátria Livre, Cruz e Sousa faz referência à igualdade entre as pessoas. 04. Aderiu ao Movimento Simbolista, cujos participantes expressavam seus sentimentos e a visão que tinham da vida através de símbolos. 08. Participou do Movimento Modernista, juntamente com Mário e Oswald de Andrade, Sílvio Back e Antônio Conselheiro. 16. Entre os escritos de Cruz e Sousa destacam-se Broquéis, Faróis e Últimos Sonetos. 32. Cruz e Sousa, por ser abolicionista, participou dos acordos que encerraram os conflitos do Contestado 17-) Em 16 de abril de 1894, na Baía Norte da Ilha de Santa Catarina, foi travada uma batalha naval. A esquadra legal, que apoiava o governo do Marechal Floriano Peixoto, venceu as forças rebeldes que defendiam Desterro, pondo fim à Revolta da Armada. Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) em relação à Revolta da Armada e aos acontecimentos ocorridos na cidade do Desterro, durante o governo de Floriano Peixoto. 01. A Revolta da Armada teve início no Rio Grande do Sul. Os revoltosos se opunham à eleição do Marechal Floriano Peixoto à Presidência da República. 02. As tropas federalistas que invadiram Santa Catarina eram lideradas por Davi Canabarro, comandante das forças de terra, e Giuseppe Garibaldi. 04. Os rebeldes estabeleceram no Desterro um governo revolucionário, em oposição ao governo do Marechal Floriano Peixoto. 08. Com a derrota da esquadra, as forças rebeldes remanescentes invadiram o Rio Grande do Sul, onde proclamaram a República Rio Grandense ou República do Piratini. 16. Em Santa Catarina, os revoltosos da Armada se uniram aos federalistas na cidade de Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis. 32. Vencidos os revoltosos, os partidários do Marechal Floriano Peixoto passaram a perseguir os que tinham apoiado a esquadra rebelde e os federalistas. Na cidade do Desterro, inúmeras pessoas foram executadas sumariamente na fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim. 18-) “Cinqüenta anos em cinco”. Com esse lema Juscelino Kubitschek de Oliveira venceu as eleições para a Presidência da República, realizadas em 1955, tendo como vice João Goulart. O governo JK foi impulsionado por objetivos agrupados no Plano de Metas, entre os quais os prioritários eram: energia, trans-porte, alimentação, indústria de base, educação e construção da nova Capital Federal.
  • 10. Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) nas suas referências às realizações do Gover-no Kubitschek. 01. Brasília foi construída, e foi inaugurada em abril de 1960, favorecendo a ocupação territorial do Centro-Oeste. 02. Política de investimentos direcionados à produção agrícola, em detrimento de incentivos à indústria de bens duráveis como automóveis e caminhões. 04. Proibição expressa quanto à remessa de lucros ao exterior como forma de incentivar a poupança interna e evitar a inflação. 08. O Plano de Metas fez crescer o número de indústrias, as estradas de rodagem e a produção de petróleo e aço. 16. O cumprimento do Plano de Metas favoreceu a distribuição harmônica do parque industrial do Brasil em todos os estados, evitando a concen- tração regional. 32. Investimento de capitais disponíveis no país, tratando de evitar o endividamento e a dependência externa. 19- A minha gente hoje anda “Hoje você é quem manda Falou, tá falado Não tem discussão Falando de lado E olhando pro chão, viu Você que inventou esse estado E inventou de inventar Toda a escuridão Você que inventou o pecado Esqueceu-se de inventar O perdão Apesar de você Amanhã há de ser Outro dia Eu pergunto a você Onde vai se esconder Da enorme euforia ...” HOLANDA, Chico Buarque de. Rio de Janeiro: Phillips / Polygram,1978. Lado 2, faixa 6. Apesar de Você foi editada e fez grande sucesso em 1978. Com base no fragmento da canção e levando em conta os seus conhecimentos sobre o período da História do Brasil em que foi escrita, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S). 01. A canção de Chico Buarque retrata um momento de grande euforia na sociedade brasileira, em virtude da redemocratização do país. 02. Apesar de Você foi sucesso no período dos governos militares, quando a militância política sofreu restrições e existia a censura da produção artística e musical. 04. Apesar de Você é um libelo contra a escravidão. Chico Buarque e outros intelectuais defendiam o fim da escravatura que ainda persistia no Brasil em meados do século passado. 08. A canção mencionada foi escrita num momento em que as liberdades democráticas tinham sido cerceadas e processos estavam sendo instau- rados contra os que se opunham ao sistema vigente. 16. Os versos de Chico Buarque retratam uma épo-ca de restrição às liberdades, o “Estado Novo”: A minha gente hoje anda falando de lado e olhando pro chão. 20- Assinale o(s) acontecimento(s) ocorrido(s) no Brasil, no período entre 1964 e o início da chamada Nova República. 01. O Brasil viveu, durante o Governo Médici, um período de desenvolvimento econômico, na época denominado “Milagre Brasileiro”. 02. Nos primeiros anos da década de 70, houve um crescimento da economia brasileira, o declínio da inflação, a expansão do produto interno bruto e das exportações. 04. O progresso econômico do Brasil, depois de 1964, produziu grande concentração de renda e dependência econômica, tornando o país excessivamente vulnerável às crises internacionais. 08. Militantes do Partido Comunista do Brasil montaram no Araguaia uma operação guerrilheira. 16. Foram seqüestrados os embaixadores dos Estados Unidos, da URSS e os cônsules de Cuba, da República Democrática da Alemanha e da China. 21-Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S) referente(s) a acontecimentos históricos ocorridos entre 1960 e 1985. 01. A Marcha da Família com Deus pela Liberdade reuniu aproximadamente 500 mil pessoas que saíram às ruas de São Paulo manifestando-se contra o governo de João Goulart (Jango). 02. Em resposta às manifestações operárias e estudantis, o presidente Costa e Silva decretou o Ato Institucional n o 5 e ordenou o fechamento do Congresso Nacional 04. A eleição de Tancredo Neves para a presidência da República, em 1985, marcou o fim do regime militar. Ao concluir seu mandato, Tancredo Neves promulgou a Constituição Cidadã. 08. Parte da população descontente com a atuação dos presidentes militares organizou passeatas, bem como guerrilhas rurais e urbanas. 16. Foi fundado o Partido dos Trabalhadores, um dos símbolos do movimento operário do Brasil, com a participação do líder Luís Inácio da Silva. 22- Segundo a revista VEJA, José Rainha, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, “ameaça criar no interior de São Paulo um acampamento gigantesco como o de Canudos, instalado há um século por Antônio Conselheiro”. (VEJA. São Paulo: Abril, n. 1807, 18 jun. 2003). Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) a respeito da Guerra dos Canudos, movimento a que se refere José Rainha. 01. Antônio Conselheiro foi um dos líderes da Guerra dos Canudos, que ocorreu no interior de São Paulo no início do período republicano. 02. O beato Antônio Conselheiro percorreu o sertão nordestino, com um grupo de seguidores que levavam um oratório, rezando e fazendo caridade. Arrebanhou um grande número de seguidores. 04. No final do século XIX, secas prolongadas atingiram o sertão nordestino, agravando as péssimas condições de vida das pessoas pobres. 08. A Guerra dos Canudos teve em sua origem, entre outros fatores, o empobrecimento da região nordestina. Ali, desde o período colonial, predominavam o minifúndio e a pequena empresa industrial cuja produção se destinava ao mercado interno. Antônio Conselheiro e seus seguidores se fixaram em Canudos, no sertão da Bahia. A então chamada Cidade Santa atraiu milhares de sertanejos. Acusados de fanáticos e monarquistas, foram atacados pelas forças do governo. 23-Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEI-RA(S) referente(s) a acontecimentos históricos relevantes ocorridos no Brasil nos primeiros anos do século XXI. 01. No Brasil um cidadão nordestino e metalúrgico foi eleito pelo Partido dos Trabalhadores, aliado a outros partidos, para ocupar o cargo de Presidente da República. 02. Com a eleição de um presidente filiado ao Partido dos Trabalhadores, as mulheres passaram a ter seus salários equiparados aos dos homens quando no exercício da mesma profissão. E os estudantes negros passaram a ter direito a cotas nas universidades públicas. 04. Os servidores públicos descontentes com a proposta de reforma da Previdência, encaminhada ao Congresso Nacional pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, manifestaram publicamente o seu descontentamento. 08. Mesmo pertencendo aos quadros do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva, já no exercício da presidência, não conseguiu impedir que as lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, descontentes com o ritmo da reforma agrária, promovessem invasões de propriedades rurais. 16. Os trabalhadores, empresários e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra demonstraram publicamente seu apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitando críticas, greves e invasões de propriedades rurais após sua posse FOLHA DE SÃO PAULO. São Paulo: 29 jun. 2003. p. A2.