O documento discute os custos de produção pecuária no Brasil no primeiro semestre de 2014. O aumento acumulado dos custos operacionais total e efetivo foi o terceiro maior da série histórica, atrás apenas de 2008 e 2010. A alta nos preços do bezerro e dos suplementos minerais contribuiu para o aumento dos custos. A valorização do bezerro também beneficiou os produtores de cria.
[Palestra] Luis Adriano Teixeira: Extraindo o maior lucro da genética na sua ...
Valorização do bezerro atrai atenção para a cria
1. Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - www.cepea.esalq.usp.br 1
Ainda nesta edição:
Semestre encerra com a terceira maior alta dos
custos desde 2004
Custos sobem mais que arroba no 1º semestre
Valorização do bezerro atrai atenção para a cria
Por Prof. Dr. Sergio De Zen, Pesquisador; Equipe Pecuária de Corte
As cotações praticadas em todos os elos
da cadeia pecuária encerraram o primeiro
semestre em alta, com destaque para o
bezerro. Na média de junho/14, o Indicador
ESALQ/BM&FBovespa (Mato Grosso do Sul –
animais de 8 a 12 meses) foi de R$ 1.037,99,
forte aumento de 19,5% em relação a
dezembro/13 e de 25,2% na comparação com o
valor médio do mesmo período do ano passado,
em termos reais, ou seja, já descontando-se a
inflação do período (IGP-DI de junho/14). A
maior média mensal do bezerro, também
deflacionada, foi atingida em maio deste ano, de
R$ 1.039,08, como apresentado na Figura 1.
R$ 545
R$ 1.016
R$ 1.039
R$ 500
R$ 600
R$ 700
R$ 800
R$ 900
R$ 1.000
R$ 1.100
Bezerro - MS deflacionado (IGP-DI/jun14)
Figura 1: Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Mato
Grosso do Sul – animais de 8 a 12 meses) – valores
reais (IGP-DI – jun/14)
Fonte: Cepea
Se por um lado, as altas do bezerro não
são bem-vindas aos pecuaristas que fazem
recria-engorda, por elevar os custos de
produção, por outro, ampliam a margem de
lucro dos produtores de cria. O fato é que
produzir bezerro a um baixo custo é
determinante para elevar a competitividade das
etapas posteriores. No primeiro semestre, a
aquisição de animais de reposição representou
expressivos 46,24% do Custo Operacional Total
(COT) e 56,52% do Custo Operacional Efetivo
(COE) na “média Brasil”1. Em São Paulo, onde
a recria-engorda é o sistema predominante,
esses percentuais sobem para 66,48% do COE
e 56,58% do COT. Já em Mato Grosso do Sul,
onde a cria é relevante, esse percentual é de
32,78% do COE e 24,45% do COT. Esses
valores são agregados estaduais, ou seja,
representam uma ponderação das propriedades
modais e da estrutura do rebanho de cada
região.
Nos últimos anos (de janeiro de 2004 a
junho de 2014), o poder de compra de
pecuaristas de recria-engorda diminuiu.
Enquanto em jan/04, para adquirir um bezerro,
era preciso vender 6,21 arrobas, em jun/14,
foram necessárias 8,53 arrobas, ou 37% a mais
(considerando-se o Indicador bezerro
ESALQ/BM&FBovespa - MS e Indicador boi
gordo ESALQ/BM&FBovespa -SP). Nesse
período, os meses mais positivos para o
produtor de recria-engorda foram agosto e
novembro de 2004, quando a compra de um
bezerro demandou 6,01 arrobas. Já a situação
1 Os gastos que compõem o COE são os utilizadas na
atividade ao longo do ano. O COT é a soma do COE com as
depreciações dos equipamentos, implementos e também da
pastagem. Já o Custo Total (CT) é o COT somado ao custo de
oportunidade do capital investido; a taxa de desconto é a mesma
da poupança.
Ano 13 – Edição 103 – 2º Trimestre 2014
2. 2
menos favorável foi enfrentada em maio de
2010, quando foram necessárias 8,87 arrobas,
em média, para adquirir um bezerro.
Até o início de 2008, foram raros os
meses em que era preciso mais de sete arrobas
para adquirir um bezerro. De lá pra cá, porém,
os registros mensais com mais de sete, ou
ainda, mais que oito arrobas para um bezerro
tornaram-se frequentes. Neste primeiro
semestre de 2014, foram necessárias, em
média, 7,99 arrobas para adquirir um bezerro –
o valor máximo deste ano foi atingido em maio,
de 8,58 arrobas por bezerro, como demonstrado
na Figura 2.
6,01
8,87
8,58
5,00
5,50
6,00
6,50
7,00
7,50
8,00
8,50
9,00
Arrobas necessárias para adquirir um bezerro
Figura 2: Arrobas necessárias para adquirir um
bezerro, 2004 a 2014, por mês
Fonte: Cepea
Em relação às médias anuais, 2014 já é
o ano com pior cenário ao pecuarista de recria-engorda.
Em 2009, segundo ano com menor
poder de compra, a média foi de 7,82 arrobas
por bezerro. As oscilações variam de acordo
com os valores da arroba e do bezerro. Neste
ano, a alta do preço da arroba não foi suficiente
para compensar a do bezerro.
6,19
7,82 7,99
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
7,5
8,0
8,5
Média anual - arrobas necessárias para adquirir um bezerro
Figura 3: Média anual - Arrobas necessárias para
adquirir um bezerro, 2004 a 2014
Fonte: Cepea
Apesar da redução no poder de compra
de pecuaristas de recria-engorda, é importante
ressaltar que houve um salto na qualidade do
bezerro produzido no Brasil. Na parcial de 2014,
o bezerro negociado no estado de MS teve
peso médio de 189,95 quilos, ante os 179,9
quilos de 2004 (jan-dez). Ao longo desse
período (2004 a 2014), o peso médio anual
máximo foi atingido em 2012, de 192,83 quilos.
Em 2014, o maior peso foi registrado em junho,
de 200,55 quilos.
170
175
180
185
190
195
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Peso médio (kg) - Bezerro MS
Figura 4: Peso médio anual (kg) bezerro – MS, 2004
a 2014
Fonte: Cepea
3. 3
Já para produtores de cria, o cenário foi
muito positivo nos últimos anos, tanto pela
valorização do bezerro como pelo aumento da
produtividade. Um exemplo disso foi verificado
na região do pantanal sul mato-grossense. O
Cepea, em parceria com a CNA, realizou três
painéis em Corumbá (MS): um em 2009, outro
em 2011 e, recentemente, o terceiro, em maio
de 2014. Os resultados desses painéis indicam
uma melhora considerável tanto em retorno
econômico quanto em uso dos recursos
naturais.
Nesses seis anos (de 2009 a 2014), a
área da propriedade típica da região de
Corumbá manteve-se em 10.000 hectares.
Trata-se de uma das maiores propriedades
modais da base de dados do Cepea/CNA,
resultado das características edafoclimáticas da
região (parte do ano, a área fica alagada). Para
uma mesma área, em cinco anos, houve
crescimento de 36% no rebanho total. Como
consequência, a taxa de lotação em área de
pasto aumentou de 0,21 UA (Unidade Animal =
450 quilos) por hectare em 2009 para 0,33
UA/hectare na média parcial de 2014.
Além da melhora no manejo da
pastagem, a redução da taxa de mortalidade
pré-desmama de 8,7% para 3% contribuiu para
otimizar o uso da área produtiva. Também
houve redução significativa do período de
intervalo entre partos, de 24 meses para 15
meses.
Tabela 1: Indicadores de produtividade em
Corumbá/MS
Descrição 2009 2011 2014
Área total (hectares) 10000 10000 10000
Rebanho total (cabeças) 3096 3290 4241
Taxa de mortalidade pré-desmama 8,70% 8% 3%
Taxa de mortalidade pós-desmama 3% 1% 1%
Intervalo entre partos (meses) 24 22 15
Idade da primeira cria (meses) 40 48 40
Taxa lotação em área de pasto (UA/há) 0,21 0,27 0,33
Crias produzidas por vaca 4,4 5,18 6,33
Fonte: Cepea/CNA
Os avanços na utilização dos recursos,
no manejo do rebanho e das pastagens,
somados à forte valorização no mercado de
reposição resultaram em aumentos na
rentabilidade do pecuarista pantaneiro. Em
2009, para cada real gasto no COE, o produtor
obteve um retorno médio de R$ 1,47, em
relação ao COT, o retorno foi de R$ 1,22. Em
2011, esses valores subiram para R$ 1,97
(COE) e R$ 1,68 (COT) e, em 2014, para R$
2,36 no caso do COE; já em relação ao COT,
baixou para R$ 1,34.
R$ 0,0
R$ 0,5
R$ 1,0
R$ 1,5
R$ 2,0
R$ 2,5
2009 2011 2014
Receita/COT Receita/COE
Figura 5: Retorno por real investido, 2009, 2011 e 2014 –
Corumbá/MS
Fonte: Cepea/CNA
Cabe destacar que o valor de aquisição
da terra não foi considerado nesses cálculos. O
custo de oportunidade da terra é englobado no
Custo Total (CT). Neste caso, em todos os anos
(de 2009 a 2014), as receitas foram menores
que o CT. Estes valores não são apresentados,
pois essa metodologia não considera a
valorização da terra. No entanto, sabe-se que a
terra raramente desvaloriza, compensando
assim o capital investido. Apenas para
exemplificar, em 2009, o valor da terra para
pastagem em Corumbá/MS era de R$ 500,
subiu para R$ 700 em 2011 e para R$ 1.000 em
2014, valores nominais.
4. 4
Na “média Brasil”, após 2008 e 2010, a variação acumulada do COT e COE no semestre é a terceira maior alta da série histórica.
Semestre encerra com a terceira maior alta dos custos desde 2004
Por Prof. Dr. Sergio De Zen, Pesquisador; Equipe Pecuária de Corte
A alta do COT (Custo Operacional Total) e do COE (Custo Operacional Efetivo) acumulada no primeiro semestre de 2014 foi a terceira mais expressiva para o período da série histórica do Cepea/CNA, iniciada em 2004. O maior aumento ocorreu nos seis primeiros meses de 2008, de 39,87% para o COE e de 35,37% para o COT, na “média Brasil” (que engloba os estados da BA, GO, MG, MT, MS, PA, PR, RO, RS, SP e TO). Na sequência, vieram as variações positivas registradas de janeiro a junho de 2010, de 14,75% (COE) e 12,77% (COT). Neste ano, o semestre encerrou com respectivas altas de 12,87% e 10,72%. Nos outros anos, os aumentos não ultrapassavam os 5% tanto para o COE como para o COT. O ano de 2009, após o recorde de aumento nos custos em 2008, foi o único a registrar variação negativa no acumulado de jan-jun, 8,61% para o COE e de 7,77% para o COT.
Entre os estados que compõem a “média Brasil”, no Pará e em São Paulo, o aumento acumulado nos custos em 2014 (até junho) já é o segundo maior da série histórica, atrás apenas dos percentuais de 2010. Para Tocantins, as altas só ficam abaixo das de 2008. No Rio Grande do Sul, por sua vez, os aumentos no COE e COT não foram tão expressivos, ocupando a quinta maior variação da série histórica. Neste estado, os gastos com a compra de animais não pesam tanto no COE e COT.
Além dos preços recordes do bezerro, a valorização dos suplementos minerais contribuiu para elevar os custos. No acumulado do primeiro semestre, na “média Brasil”, o grupo de suplementos minerais se valorizou 4,53%. A maior alta de preços deste item ocorreu em Minas Gerais, de 8,41%, a quarta mais significativa da série para o período. Por outro lado, o aumento menos expressivo foi registrado em Goiás, de 1,19%. Na “média Brasil”, este grupo de insumo representou 12,37% do COE e 10,12% do COT, no semestre. Em anos anteriores, quando o bezerro era cotado a preços menores, a participação da suplementação mineral ficava mais evidente. Em 2009, por exemplo, no primeiro semestre, este grupo representou 26,13% do COT e 31,58% do COE.
Também relevantes para os custos, os gastos com mão de obra tiveram um encarecimento de 6,78% este ano, também na média nacional. Apesar do reajuste, foi a menor variação positiva desde 2004. A maior alta ocorreu em 2006, de 16,67%. Neste grupo, especificamente, o reajuste acontece apenas em janeiro, como resultado da decisão governamental. Nos demais grupos de custos, as mudanças ocorrem ao longo do ano, conforme as oscilações dos mercados. Este grupo representou 11,23% do COT e 13,74% do COE no primeiro semestre.
Outro grupo de destaque este ano é o de vacinas contra febre aftosa. Muitos colaboradores do Cepea relataram que os preços deste item estão elevados, principalmente em relação aos patamares registrados na primeira campanha da doença de 2013. De fato, na média dos estados acompanhados por ligação telefônica (AC, BA, GO, MA, MG, MT, MS, PA, PR, RO, RS, SP e TO), o preço real em maio/14 (mês da primeira campanha de vacinação) superou em 18,1% a média de igual período em 2013 (deflacionado pelo IGP-DI de jun/14), passando para R$ 1,56
5. 5
a dose. No entanto, se comparado ao valor
médio de maio/04 (ano de início da coleta), de
R$ 1,70 a dose, o preço atual fica 8,2% menor,
também em termos reais.
Desde 2004, o Cepea levantou mais de
1.360 preços da vacina de aftosa. Apesar de os
períodos de campanha de vacinação contra
essa doença se concentrarem em maio
(primeira etapa) e novembro (segunda), o
levantamento é feito mensalmente, tendo em
vista que muitos colaboradores trabalham com
estoques. Ao longo desses anos, os valores
variaram muito. O menor preço foi registrado
em agosto e setembro de 2012, de R$ 1,19 a
dose, seguido pela média de R$ 1,24 a dose
verificada em maio, junho e julho de 2012. Em
maio de 2013, a dose foi negociada na média
de R$ 1,32. Uma das alternativas para os
pecuaristas tem sido a compra conjunta, que,
devido ao ganho de escala, permite melhores
preços.
R$ 1,19
R$ 1,00
R$ 1,10
R$ 1,20
R$ 1,30
R$ 1,40
R$ 1,50
R$ 1,60
R$ 1,70
R$ 1,80
R$ 1,90
Vacina Aftosa (dose) - valores reais
Figura 1: Preço da vacina contra febre aftosa (dose) – 2004 a 2014 – valores reais
Fonte: Cepea/CNA
6. 6
Na “média Brasil”, de janeiro a junho, o COT subiu 10,72% e o COE 12,87%. Para o boi gordo, a valorização foi de 8,56%. ERRATA Diferentemente do publicado na edição 102 do Informativo Cepea de Custos de Produção da Pecuária de Corte, no texto intitulado Bezerro, suplementação e mão de obra elevam custos no trimestre, o Custo Operacional Total (COT) subiu 8,93% e o Custo Operacional Efetivo (COE), 10,43%, no acumulado do primeiro trimestre de 2014 – ambos na “média Brasil” (que engloba os estados de BA, GO, MG, MT, MS, PA, PR, RO, RS, SP e TO).
Custos sobem mais que arroba no 1º semestre
Por Prof. Dr. Sergio De Zen e Maria Carolina Pazini; equipe Pecuária de Corte Cepea
Os custos de produção da pecuária de corte brasileira subiram fortemente no primeiro semestre, superando a alta no preço da arroba. Na “média Brasil” (que engloba os estados da BA, GO, MG, MT, MS, PA, PR, RO, RS, SP e TO), o Custo Operacional Total (COT) acumulou aumento de 10,72% e o Custo Operacional Efetivo (COE), de 12,87%, de janeiro a junho. No mesmo período, o boi gordo (média mensal do Indicador ESALQ/BM&FBovespa) se valorizou 8,56%. Foram os maiores percentuais de alta para o intervalo desde 2010 – no primeiro semestre daquele ano, o COT e o COE acumularam elevações de 12,77% e 14,75%, respectivamente, enquanto a arroba se valorizou 10,03%.
Especificamente no segundo trimestre (abril- junho/14), os maiores gastos com reposição de animais e suplementação mineral foram os principais responsáveis por elevar os custos de produção. Na “média Brasil”, a alta foi de 1,79% para o COT e de 2,44% para o COE, em relação ao primeiro trimestre de 2014. Por outro lado, a arroba se desvalorizou 2,61% no mesmo período.
Em abril, o COT e o COE tiveram respectivas altas de 0,31% e 0,47%, na comparação com o mês anterior. A compra de animais, grupo de maior peso nos custos, teve um encarecimento de 6,27%, resultado da menor oferta e maior procura por parte dos criadores, No mesmo período (de março para abril), o boi gordo se desvalorizou 0,17%.
Em maio, os custos de produção continuaram subindo: mais 1,60% para o COT e 1,91% para o COE, em relação ao mês anterior. Novamente, o bezerro apresentou alta significativa, de 3,34% de abril para maio. Também houve aumento de 1,04% no grupo de medicamentos para controle parasitário e de 1,32% para o de medicamentos de uso em geral. Do lado da receita, os preços do boi gordo tiveram nova queda, de 2,24%.
Já em junho, os custos caíram pela primeira vez no ano, em 0,27% para o COT e em 0,18% para o COE, sobre o mês anterior. Nesse período, o bezerro se desvalorizou 0,73%. Devido à menor demanda, os preços de sementes forrageiras caíram 5,06% de maio para junho. No mercado de grãos, as variações também foram negativas, pressionando o grupo da dieta, em 2,05%. Do lado da receita, o Indicador do boi gordo caiu 0,16% em junho, com a média mensal passando para R$ 121,70. Apesar do recuo, o valor da arroba de jun/14 superou em 15,5% o de junho/13, já descontada a inflação do período (IGP-DI de maio/14).
Segundo colaboradores do Cepea, as quedas de preços do boi gordo no segundo trimestre de 2014 estiveram atreladas principalmente à pressão compradora. Alegando menores vendas no atacado, frigoríficos tentaram adquirir a arroba a valores mais baixos. No entanto, a oferta de animais continuou restrita, devido ao clima adverso, o que acabou limitando essa pressão da indústria. A queda do valor médio do boi gordo no segundo trimestre, porém, não superou a valorização acumulada nos primeiros três meses do ano, resultando num acumulado positivo no semestre. Em decorrência principalmente dos aumentos de preços no mercado de reposição, o movimento de alta dos custos do primeiro trimestre se manteve no segundo, mas de forma muito menos expressiva.
7. 7
Coordenação: Prof. Dr. Sergio De Zen. Equipe: Gabriela Ribeiro, Graziela Correr, Mariane Santos, Wagner Yanaguizawa, Caio Monteiro, Douglas Matheus, Gabriel Guarda, Maria Carolina Pazini, Maria Júlia Malavolta, Pamela Andrade e Paola Ribeiro Miori.
Jornalista responsável: Dra. Ana Paula Silva Ponchio – MTb 27.368 * Contatos: (19) 3429-8848 * cppcepea@usp.br
www.cepea.esalq.usp.br/boi
Variação Mensal e Acumulada (2014) COE (1) COT (2) Boi Gordo R$/@ Ponderações* Estados abr mai jun jan-jun abr mai jun jan-jun abr mai jun jan-jun Bahia 0,43% 1,11% -0,61% 3,03% 0,91% 0,34% -1,05% 2,03% 1,49% 0,70% -1,06% 2,06% 5,70% Goiás 0,03% 1,98% -0,76% 13,04% 1,70% 0,06% -0,75% 11,85% 1,67% -2,60% 1,37% 10,19% 12,27% Minas Gerais 2,97% 2,27% -1,24% 12,05% 1,53% 2,36% -0,75% 9,68% 1,10% -3,17% 1,39% 6,83% 15,99% Mato Grosso 0,29% 3,13% -0,47% 10,39% 2,36% 0,15% -0,88% 8,04% 2,14% -1,88% 0,97% 15,88% 11,96% Mato Grosso do Sul 0,98% 2,24% -0,05% 10,20% 1,21% 0,54% 0,13% 8,19% 0,18% -1,72% 1,20% 11,63% 13,34% Pará 4,42% 3,31% -0,02% 16,29% -2,95% 3,81% -0,08% 13,87% -0,26% -1,86% 0,81% 16,40% 10,35% Paraná 0,12% 1,83% -0,24% 8,22% 1,33% 0,09% -0,20% 6,92% 0,53% -1,42% -0,29% 6,27% 5,24% Rio Grande do Sul 0,27% 0,16% 0,39% 6,84% 0,27% 0,01% 0,23% 5,73% -0,06% 1,98% 0,00% 12,62% 7,87% Rondônia 5,31% 1,47% -0,99% 11,50% 1,17% 4,15% -0,85% 9,54% 3,53% -0,44% 9,54% -0,92% 6,80% São Paulo 2,10% 3,61% -2,01% 12,73% 3,11% 1,9% -1,86% 10,82% -0,39% -2,16% -0,22% 7,62% 5,99% Tocantins 8,44% 3,09% 9,13% 16,60% 2,73% -4,78% 6,66% 13,75% 0,94% 0,37% 0,48% 13,28% 4,50%
Brasil** 0,47% 1,91% -0,18% 12,87% 0,31% 1,60% -0,27% 10,72% -0,17% -2,02% -0,16% 8,56% 100% * Corresponde ao quanto cada estado representa no total dos custos da pecuária no Brasil. ** Referente a 85,02% do rebanho nacional segundo o Rebanho Efetivo Bovino PPM / IBGE 2012. Valor da arroba considerado - Indicador Boi Gordo Esalq/BM&FBovespa - Estado de São Paulo.
1 - Custo Operacional Efetivo (COE) Fonte: Cepea/USP-CNA 2 - Custo Operacional Total (COT) Variação dos Principais Indicadores Econômicos Indicadores Abr/2014 Mai/2014 Jun/2014
IGP-M 0,78% -0,13% -0,74%
Acumulado Janeiro IGP-M 3,35% 3,21% 2,45%
Variações dos Preços dos Principais Insumos da Pecuária de Corte (2014) Média Ponderada para BA, GO, MT, MS, PA, RO, RS, MG, PR, TO e SP Grupos dos Custos Média das Ponderações COT Variação mensal e acumulada jun/14 abr mai jun jan - jun Bezerro e outros animais de reprodução* 47,6% 6,27% 3,34% -0,73% 22,02% Suplementação Mineral 10,01% 0,54% 1,24% 0,38% 4,53% Dieta 0,09% 3,73% -0,98% -2,05% 3,39% Adubos e Corretivos 0,84% 0,86% -0,50% -0,49% 3,19% Sementes Forrageiras 1,73% -1,49% 3,27% -5,06% -3,99% Máquinas Agrícolas 5,22% 1,75% -1,15% -3,43% -3,96% Implementos Agrícolas 1,01% -6,05% 0,91% 1,43% -4,29% Defensivos Agrícolas 1,91% 0,05% -0,42% -0,06% 2,33% Medicamentos - Vacinas 1,12% 0,54% -1,63% -0,32% -1,94% Medicamentos - Controle Parasitário 0,93% 0,51% 1,04% 0,51% 3,12% Medicamentos- Antibióticos 0,25% 0,70% 0,21% 0,44% 2,23% Medicamentos em geral 0,06% 0,30% 1,32% 0,85% 4,01% Insumos para reprodução animal 0,00% 12,50% 1,36% 2,35% 8,96% Mão de Obra 12,93% 0,00% 0,00% 0,00% 6,78% Construção Civil 9,23% 0,60% 1,16% 0,33% 4,97% Brinco de Identificação 0,01% 2,32% 0,72% 4,62% 6,43% Outros (Energia, Administrativos, Utilitário) 7,06%
*Indicador do Bezerro ESALQ/BM&FBovespa, Mato Grosso do Sul