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CASO CLÍNICO: Asma
brônquica
Ana Paula Ribeiro Gomes
Cristiana S. Campos
Juliana Antunes Borba
Coordenação: Luciana Sugai
INTERNATO PEDIATRIA – HRAS
Escola Superior de Ciências da Saúde
ESCS/SES/DF
História Clínica
Identificação
PCP, 4 anos, masculino, branco, natural e
procedente de Brasília-DF.
Queixa Principal:
• Tosse há 2 meses.
HDA
Mãe refere que, há dois meses, criança vem
apresentando dispnéia leve e tosse curta de
predomínio noturno, produtiva, que se exacerba
com a atividade física e que, algumas vezes,
evolui com vômitos de secreção clara ou restos
alimentares. Antecedendo o aparecimento da
tosse, criança apresentou obstrução nasal e
coriza de aspecto hialino. Mãe negou adinamia,
febre e hiporexia.
Antecedentes
Fisiológicos
• Criança nascida de parto cesária a termo,
sem intercorrências durante a gestação e
período perinatal. Amamentação exclusiva
por 1 mês. Aleitamento materno por 7
meses.
• Peso de nascimento: 3180 g
• Estatura: 49 cm
• Apgar: 9/10
• Calendário vacinal atualizado.
• DNPM dentro da normalidade.
Antecedentes
Patológicos
• Nega internação hospitalar, cirurgias,
traumas, hemotransfusões, alergias.
• Mãe refere crises freqüentes de
“asma”, aproximadamente de 3 em 3
meses, desde os 2 anos. Durante as
crises, faz uso de β2 agonista
inalatório e prednisolona com melhora
do quadro.
ASMA ?
Asma
Definição
Doença inflamatória crônica
potencialmente reversível das
vias aéreas inferiores, marcada
pela hiperreatividade da árvore
traqueobrônquica.
Asma
• Fatores de risco:
– Predisposição genética
– Atopia (Rinite alérgica/ dermatite atópica)
– Vida urbana
– Baixas condições socioeconômicas
• Fatores desencadeantes:
– Viroses respiratórias
– Alérgenos
– Mudanças Climáticas
– Agentes químicos/ Fármacos
– Estresse emocional
Asma
Quadro Clínico
• Quadro Clínico
Sibilância
Tosse
Dispnéia
Asma
Oculto
Na ausência
Noturna
Asma
Diagnóstico
1. Redução do VEF1/CVF <86%
2. Prova broncodilatadora positiva
• VEF1 aumenta mais de 12% (mais de 7% do
previsto)
3. Teste provocativo positivo:
• Se VEF1 normal no período intercrítico
• Queda do VEF1 superior a 20%
4. Variação do PFE
• Mais de 20% em 2 a 3 semanas
• Aumento superior a 30% 15 min após
broncodilatador.
Caso clínico- continuação
Antecedentes
Patológicos (Cont.)
• Associado às crises de asma, criança
apresentou seis episódios de
pneumonia. Fez uso de amoxicilina,
amoxicilina-clavulanato e
azitromicina.
Pneumonia ?
Pneumonia atípica
• Mycoplasma pneumoniae
• Epidemiologia: maiores de 5 anos; fácil
disseminação em comunidades;
• Tosse em geral seca que pode ser
precedida por alterações de vias aéreas
superiores, como faringite e rinosinusite.
Pode desencadear sibilância;
• Pneumonia intersticial de evolução insidiosa
• Poucos achados clínicos e laboratoriais;
• Tratamento: macrolídeos.
Antecedentes
Patológicos (Cont.)
• Refere refluxo gastroesofágico do
nascimento aos 6 meses, com uso de
domperidona neste período, quando
apresentou melhora do quadro.
Doença do Refluxo
Gastroesofágico?
DRGE
• Pode ocasionar:
– Sempre considerar frente a um caso de tosse
crônica de etiologia indeterminada, sobretudo
em crianças
– Síndrome asmatiforme de difícil controle.
– Rinosinusite crônica
• Diagnóstico:
– EDA
– pHmetria
• Tratamento:
– Anti secretores
– Pró-cinéticos
Caso clínico - continuação
Hábitos de vida
• Alimentação: Rica em fibras,
normocalórica, normoprotéica,
normograxa.
• Nega animais em domicílio.
• Nega tabagistas em domicílio.
Antecedentes
familiares
• Mãe, 35 anos, saudável, refere faringite de
repetição desde a infância.
• Pai, 36 anos, pirose pós-prandial freqüente, faz
uso de anti-ácido. Realizou EDA há 10 anos com
diagnóstico de incompetência do EEI e esofagite
de refluxo.
• Irmão, 1 ano e 6 meses, saudável.
• Avó materna tem asma, sem crises desde a
infância.
• Refere história familiar de diabetes mellitus (tipo
2).
• Nega consagüinidade.
Exame Físico
• BEG, ativo, normocorado, hidratado,
taquidispnéico, acianótico, anictérico, sem
adenomegalias.
• Pele: Presença de descamação
retroauricular bilateralmente, sem sinais
flogísticos locais. Pele áspera em MMSS e
em região malar.
• Orofaringe: Hipertrofia simétrica de
amígdalas, sem hiperemia ou exsudatos
purulentos.
Exame Físico
• ACV: RCR 2T BNF sem sopros, FC:
90bcm.
• AR: MVF sem ruídos adventícios, FR:
45irm, presença de esforço
respiratório.
• ABD: Plano. RHA +, Flácido, indolor,
sem visceromegalias, timpanismo
predominante, traube livre.
• EXT: Bem perfundidas, sem edemas.
Discussão
• Alterações cutâneas sugestivas de
atopia;
• História de asma na família
• História pessoal e familiar de DRGE
• Ausência de sibilância
• Sintomas de VAS
Rinosinusite
Pneumonia
Atípica
DRGE
Asma
“E agora?”
Rinosinusite
• Fatores de risco: Redução da depuração
mucociliar; obstrução dos óstios de drenagem;
rinite alérgica.
• Quadro clínico atípico em menores de 5 anos:
rinorréia e tosse.
• Bacteriana aguda (< 4sem): Moraxella catarhalis;
Haemophilus influenzae; Streptococcus
pneumoniae
• Bacteriana subaguda (4-12 sem)/ Crônica
(>12sem): Staphilococcus aureus; Staphilococcus
coagulase negativos; Streptococcus alfa-
hemolítico e anaeróbios.
Avaliação da crise
Dados do Paciente Leve/Moderada Grave Muito Grave
Aspecto geral Sem alterações Sem alterações Cianose, sudorese, exaustão
Estado Mental Normal Normal Agitação, confusão,
sonolência
Dispnéia Ausente/leve Importante Grave
Fala Frases completas Frases incompletas Palavras
Uso da musculatura
acessória
Ausente Retrações subcostais Retrações, fadiga
respiratória franca
FR <30 ipm > 30 ipm > 30 ipm ou
< 10 ipm
FC <110 bpm > 110 bpm > 140 bpm ou
< 40 bpm
Pulso paradoxal Não Impalpável Palpável
PaO2 (ar ambiente) Normal Cerca de 60 mmHg < 60mmHg
SaO2 (ar ambiente) >95% 91-95% < 91%
PaCO2 < 40mmHg < 40 mmHg > 45 mmHg
Sibilos Ausentes ou presentes;
MV normal
Presentes;
MV normal
Ausentes;
MV reduzido ou abolido
PFE (% do previsto) > 50% 30-50% < 30%
Conduta na
Crise asmática
• Beta2-agonista de curta duração
– Fazer uma dose a cada 20 min até melhora
(máximo de 3 doses na 1ª hora)
• Brometo de Ipatrópio (20 gts) - casos
graves.
• Na impossibilidade de terapia inalatória:
terbutalina ou adrenalina (0,01mg/kg) SC.
• Prednisona: 1-2 mg/kg/dia (máximo de 40
mg/dia) – casos com resposta inadequada.
• Hospitalizar casos graves e refratários.
Conduta na
Crise asmática
B2- agonista
de curta
Boa resposta:
Espaçar doses
inalatórias
avaliar alta
Resposta inadequada
•Manter doses
inalatórias a cada 20
min até 1 hora
•Associar corticóide
sistêmico
Evolução do paciente
Evolução do paciente
• Feito uso de B2 agonista inalatório
(salbutamol) e sistêmico (banbuterol)
e prednisolona por 10 dias
(1mg/kg/dia), com melhora da
dispnéia e pouca melhora da tosse.
• Variação do PFE 20 min após
broncodilatador: 50%
Discussão
Paciente preenche critério
diagnóstico para asma
E quanto à tosse
persistente?
Evolução do paciente
(Cont.)
Realizada radiografia de
tórax
Laudo: Imagem sugestiva de
espessamento do interstício
peribroncovascular peri-hilar
bilateralmente.
Evolução - conduta
Considerando quadro de pneumonia
atípica associada à asma
subjacente fez uso de
azitromicina por 5 dias com
REMISSÃO DA TOSSE!!!!!
Padrão clínico
da asma
60%
Asma Intermitente
Sintomas ocasionais (≤ 1x/semana)
Sintomas noturnos raros (≤ 2x/ mês)
Asma Persistente Leve
Sintomas semanais (> 1x/semana e <1x/dia)
Sintomas noturnos quinzenais (≥ 2x/mês e ≤
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Asma Persistente
Moderada
Sintomas diários, mas não contínuos
Sintomas noturnos semanais (< 1x/semana)
10% Asma Persistente Grave
Sintomas diários contínuos
Sintomas noturnos quase diários (>
2x/semana)
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manutenção
Padrão
Clínico
Estratégia terapêutica
Asma
Intermitente
Alívio: B2-agonista de curta ação
Asma
Persistente
Leve
Alívio: B2-agonista de curta ação
Manutenção: Corticóide inalatório (em dose baixa)
Alternativa: Cromoglicato ou Antileucotrieno
Asma
Persistente
Moderada
Alívio: Alívio: B2-agonista de curta ação
Manutenção: Corticóide inalatório + B2 agonista de longa ação
Alternativa: associar teofilina de liberação lenta ou Antileucotrieno
Asma
Persistente
Grave
Alívio: B2-agonista de curta ação
Manutenção: Corticóide inalatório alta dose + B2 agonista de longa
ação + corticóide oral
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  • 1. CASO CLÍNICO: Asma brônquica Ana Paula Ribeiro Gomes Cristiana S. Campos Juliana Antunes Borba Coordenação: Luciana Sugai INTERNATO PEDIATRIA – HRAS Escola Superior de Ciências da Saúde ESCS/SES/DF
  • 2. História Clínica Identificação PCP, 4 anos, masculino, branco, natural e procedente de Brasília-DF. Queixa Principal: • Tosse há 2 meses.
  • 3. HDA Mãe refere que, há dois meses, criança vem apresentando dispnéia leve e tosse curta de predomínio noturno, produtiva, que se exacerba com a atividade física e que, algumas vezes, evolui com vômitos de secreção clara ou restos alimentares. Antecedendo o aparecimento da tosse, criança apresentou obstrução nasal e coriza de aspecto hialino. Mãe negou adinamia, febre e hiporexia.
  • 4. Antecedentes Fisiológicos • Criança nascida de parto cesária a termo, sem intercorrências durante a gestação e período perinatal. Amamentação exclusiva por 1 mês. Aleitamento materno por 7 meses. • Peso de nascimento: 3180 g • Estatura: 49 cm • Apgar: 9/10 • Calendário vacinal atualizado. • DNPM dentro da normalidade.
  • 5. Antecedentes Patológicos • Nega internação hospitalar, cirurgias, traumas, hemotransfusões, alergias. • Mãe refere crises freqüentes de “asma”, aproximadamente de 3 em 3 meses, desde os 2 anos. Durante as crises, faz uso de β2 agonista inalatório e prednisolona com melhora do quadro.
  • 7. Asma Definição Doença inflamatória crônica potencialmente reversível das vias aéreas inferiores, marcada pela hiperreatividade da árvore traqueobrônquica.
  • 8. Asma • Fatores de risco: – Predisposição genética – Atopia (Rinite alérgica/ dermatite atópica) – Vida urbana – Baixas condições socioeconômicas • Fatores desencadeantes: – Viroses respiratórias – Alérgenos – Mudanças Climáticas – Agentes químicos/ Fármacos – Estresse emocional
  • 9. Asma Quadro Clínico • Quadro Clínico Sibilância Tosse Dispnéia Asma Oculto Na ausência Noturna
  • 10. Asma Diagnóstico 1. Redução do VEF1/CVF <86% 2. Prova broncodilatadora positiva • VEF1 aumenta mais de 12% (mais de 7% do previsto) 3. Teste provocativo positivo: • Se VEF1 normal no período intercrítico • Queda do VEF1 superior a 20% 4. Variação do PFE • Mais de 20% em 2 a 3 semanas • Aumento superior a 30% 15 min após broncodilatador.
  • 12. Antecedentes Patológicos (Cont.) • Associado às crises de asma, criança apresentou seis episódios de pneumonia. Fez uso de amoxicilina, amoxicilina-clavulanato e azitromicina.
  • 14. Pneumonia atípica • Mycoplasma pneumoniae • Epidemiologia: maiores de 5 anos; fácil disseminação em comunidades; • Tosse em geral seca que pode ser precedida por alterações de vias aéreas superiores, como faringite e rinosinusite. Pode desencadear sibilância; • Pneumonia intersticial de evolução insidiosa • Poucos achados clínicos e laboratoriais; • Tratamento: macrolídeos.
  • 15. Antecedentes Patológicos (Cont.) • Refere refluxo gastroesofágico do nascimento aos 6 meses, com uso de domperidona neste período, quando apresentou melhora do quadro.
  • 17. DRGE • Pode ocasionar: – Sempre considerar frente a um caso de tosse crônica de etiologia indeterminada, sobretudo em crianças – Síndrome asmatiforme de difícil controle. – Rinosinusite crônica • Diagnóstico: – EDA – pHmetria • Tratamento: – Anti secretores – Pró-cinéticos
  • 18. Caso clínico - continuação
  • 19. Hábitos de vida • Alimentação: Rica em fibras, normocalórica, normoprotéica, normograxa. • Nega animais em domicílio. • Nega tabagistas em domicílio.
  • 20. Antecedentes familiares • Mãe, 35 anos, saudável, refere faringite de repetição desde a infância. • Pai, 36 anos, pirose pós-prandial freqüente, faz uso de anti-ácido. Realizou EDA há 10 anos com diagnóstico de incompetência do EEI e esofagite de refluxo. • Irmão, 1 ano e 6 meses, saudável. • Avó materna tem asma, sem crises desde a infância. • Refere história familiar de diabetes mellitus (tipo 2). • Nega consagüinidade.
  • 21. Exame Físico • BEG, ativo, normocorado, hidratado, taquidispnéico, acianótico, anictérico, sem adenomegalias. • Pele: Presença de descamação retroauricular bilateralmente, sem sinais flogísticos locais. Pele áspera em MMSS e em região malar. • Orofaringe: Hipertrofia simétrica de amígdalas, sem hiperemia ou exsudatos purulentos.
  • 22. Exame Físico • ACV: RCR 2T BNF sem sopros, FC: 90bcm. • AR: MVF sem ruídos adventícios, FR: 45irm, presença de esforço respiratório. • ABD: Plano. RHA +, Flácido, indolor, sem visceromegalias, timpanismo predominante, traube livre. • EXT: Bem perfundidas, sem edemas.
  • 23. Discussão • Alterações cutâneas sugestivas de atopia; • História de asma na família • História pessoal e familiar de DRGE • Ausência de sibilância • Sintomas de VAS
  • 25. Rinosinusite • Fatores de risco: Redução da depuração mucociliar; obstrução dos óstios de drenagem; rinite alérgica. • Quadro clínico atípico em menores de 5 anos: rinorréia e tosse. • Bacteriana aguda (< 4sem): Moraxella catarhalis; Haemophilus influenzae; Streptococcus pneumoniae • Bacteriana subaguda (4-12 sem)/ Crônica (>12sem): Staphilococcus aureus; Staphilococcus coagulase negativos; Streptococcus alfa- hemolítico e anaeróbios.
  • 26. Avaliação da crise Dados do Paciente Leve/Moderada Grave Muito Grave Aspecto geral Sem alterações Sem alterações Cianose, sudorese, exaustão Estado Mental Normal Normal Agitação, confusão, sonolência Dispnéia Ausente/leve Importante Grave Fala Frases completas Frases incompletas Palavras Uso da musculatura acessória Ausente Retrações subcostais Retrações, fadiga respiratória franca FR <30 ipm > 30 ipm > 30 ipm ou < 10 ipm FC <110 bpm > 110 bpm > 140 bpm ou < 40 bpm Pulso paradoxal Não Impalpável Palpável PaO2 (ar ambiente) Normal Cerca de 60 mmHg < 60mmHg SaO2 (ar ambiente) >95% 91-95% < 91% PaCO2 < 40mmHg < 40 mmHg > 45 mmHg Sibilos Ausentes ou presentes; MV normal Presentes; MV normal Ausentes; MV reduzido ou abolido PFE (% do previsto) > 50% 30-50% < 30%
  • 27. Conduta na Crise asmática • Beta2-agonista de curta duração – Fazer uma dose a cada 20 min até melhora (máximo de 3 doses na 1ª hora) • Brometo de Ipatrópio (20 gts) - casos graves. • Na impossibilidade de terapia inalatória: terbutalina ou adrenalina (0,01mg/kg) SC. • Prednisona: 1-2 mg/kg/dia (máximo de 40 mg/dia) – casos com resposta inadequada. • Hospitalizar casos graves e refratários.
  • 28. Conduta na Crise asmática B2- agonista de curta Boa resposta: Espaçar doses inalatórias avaliar alta Resposta inadequada •Manter doses inalatórias a cada 20 min até 1 hora •Associar corticóide sistêmico
  • 30. Evolução do paciente • Feito uso de B2 agonista inalatório (salbutamol) e sistêmico (banbuterol) e prednisolona por 10 dias (1mg/kg/dia), com melhora da dispnéia e pouca melhora da tosse. • Variação do PFE 20 min após broncodilatador: 50%
  • 31. Discussão Paciente preenche critério diagnóstico para asma E quanto à tosse persistente?
  • 32. Evolução do paciente (Cont.) Realizada radiografia de tórax Laudo: Imagem sugestiva de espessamento do interstício peribroncovascular peri-hilar bilateralmente.
  • 33. Evolução - conduta Considerando quadro de pneumonia atípica associada à asma subjacente fez uso de azitromicina por 5 dias com REMISSÃO DA TOSSE!!!!!
  • 34. Padrão clínico da asma 60% Asma Intermitente Sintomas ocasionais (≤ 1x/semana) Sintomas noturnos raros (≤ 2x/ mês) Asma Persistente Leve Sintomas semanais (> 1x/semana e <1x/dia) Sintomas noturnos quinzenais (≥ 2x/mês e ≤ 1x/semana) 30% Asma Persistente Moderada Sintomas diários, mas não contínuos Sintomas noturnos semanais (< 1x/semana) 10% Asma Persistente Grave Sintomas diários contínuos Sintomas noturnos quase diários (> 2x/semana)
  • 35. Tratamento de manutenção Padrão Clínico Estratégia terapêutica Asma Intermitente Alívio: B2-agonista de curta ação Asma Persistente Leve Alívio: B2-agonista de curta ação Manutenção: Corticóide inalatório (em dose baixa) Alternativa: Cromoglicato ou Antileucotrieno Asma Persistente Moderada Alívio: Alívio: B2-agonista de curta ação Manutenção: Corticóide inalatório + B2 agonista de longa ação Alternativa: associar teofilina de liberação lenta ou Antileucotrieno Asma Persistente Grave Alívio: B2-agonista de curta ação Manutenção: Corticóide inalatório alta dose + B2 agonista de longa ação + corticóide oral Alternativa: associar teofilina de liberação lenta ou Antileucotrieno