1) A energia é um insumo fundamental para a indústria e sua disponibilidade, preço e qualidade impactam diretamente a competitividade.
2) Os custos de energia para o consumidor industrial vêm crescendo acima da inflação, com projeções de aumento real de 34% nos próximos 10 anos.
3) É necessário assegurar energia competitiva para o longo prazo por meio da diversificação da matriz energética, focando fontes nacionais renováveis e de preços estáveis.
2. Energia: importância e impactosEnergia: importância e impactos
• A energia é um dos principais insumos da indústria
• A disponibilidade, o preço e a qualidade do
suprimento energético são fundamentais para a
competitividade
• O custo da energia para o consumidor industrial tem
crescido acima da inflação
• As projeções indicam novos aumentos reais de 34%
nos próximos 10 anos.
3. Proteger os interesses do consumidor quanto a preço,
qualidade e oferta dos produtos
Ampliar a competitividade do País no mercado internacional
Promover o desenvolvimento, ampliar o mercado de
trabalho e valorizar os recursos energéticos
A OPA OPÇÇÃO COMPETITIVAÃO COMPETITIVA ÉÉ PRECEITO LEGALPRECEITO LEGAL
Objetivos da PolObjetivos da Políítica Energtica Energéética Nacionaltica Nacional
Lei 9.478/97 (art 1Lei 9.478/97 (art 1ºº))
4. Tarifas Médias do Industrial
82
96
112
137
185
206
0,00,0
50,050,0
100,0100,0
150,0150,0
200,0200,0
250,0250,0
20012001 20022002 20032003 20042004 20052005 20062006
TarifaMTarifaMéédia(R$/dia(R$/MWhMWh))
0%0%
50%50%
100%100%
150%150%
200%200%
250%250%
AumentoAcumuladoAumentoAcumulado
Industrial (R$/MWh) IGP-M (Anual) IPCA (Anual) Industrial
Fonte: Aneel e Bacen (sem ICMS, com PIS COFINS e encargos)
A tarifa cobrada do consumidor industrial apresentou crescimento de 150%,
muito superior ao IPCA (50%) ou IGPM (60%) no período 2001 a 2006.
5. VariaVariaçção Insustentão Insustentáável da Tarifa Fio de Distribuivel da Tarifa Fio de Distribuiçção e dos Encargos Setoriaisão e dos Encargos Setoriais
160%
118%
113%
159%
98%98%
73%
29%
130%129%
96%
72%
26,7926,79 45,9445,94 52,4852,48 61,4361,43 61,5161,51
0%0%
20%20%
40%40%
60%60%
80%80%
100%100%
120%120%
140%140%
160%160%
180%180%
Parcela Fio
Parcela Encargos
Variação Total
Variação Encargos
Variação Fio
Abr/03Abr/03 Abr/04Abr/04Dez/01Dez/01 Abr/05Abr/05 Abr/06Abr/06
TUSD A-2 CEMIG - Preços Constantes – Dez / 2005, sem ICMS, com PIS COFINS
6. Notas: 1) Atual – Tarifas em 2002
2) Nova – Visão em 2002, da Tarifas após Realinhamento Tarifário (07)
Valores em R$/MWhValores em R$/MWh
Grupo
Tarifas Médias Fornecimento
Atual Nova Variação
BT
A4
A3a
A3
A2
A1
193,38 169,43 -12%
124,65 138,14 11%
100,19 117,61 17%
85,65 106,84 25%
75,58 98,34 30%
63,44 89,53 41%
Realinhamento TarifRealinhamento Tarifááriorio –– Visão 2002Visão 2002
Fonte: Nota Técnica Aneel nº 083/2003
7. ExplosãoExplosão dede EncargosEncargos
Foram criados mais de 10 novos encargos, que somados aos tributos
representam quase metade do valor da tarifa.
1957
1958
1959
1960
1961
1962
1963
1964
1965
1966
1967
1968
1969
1970
1971
1972
1973
1974
1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
LinhaLinha do tempodo tempo
6060 7070 8080 9090 0000
Comp. Financ. pela Utilização
de Recursos Hídricos
(CFURH)
Pesquisa & Desenvolvimento (P&D)
TAXA CCEE (Cam. Comercialização
EE)
Encargos de Serviço do Sistema
(ESS)
Fonte: A&C
-ECE e EAE já foram descontinuados
- CCC, CDE, RGR e PROINFA representam
80% dos encargos do consumo
Reserva Global de
Reversão (RGR)
Conta de Consumo de
Combustível (CCC)
Transporte de Itaipú
TFSEE - Taxa
de Fiscalização
TAXA ONS
Conta de Desenv.
Energético (CDE)
ECE
EAE
Prog. de Incent.
às Fontes Altern.
(PROINFA)
8. 1) A conta do CCC - Isolado foi estabelecida em R$ 4,5
Bilhões representando um aumento de 36% em
relação à CCC - Isolado de 2005
2) O valor dos demais encargos para o ano de 2006
ainda não foi fechado.
CCC Isolado
Outros Encargos
Explosão dos Encargos SetoriaisExplosão dos Encargos Setoriais
BilhõesR$
1,4
1,9
3,1
3,3
4,5
5,4
10,1
13,2
14,4
7,3
0
2
4
6
8
10
12
14
16
2002 2003 2004 2005 2006
9. Fonte: International Energy Outlook
Energy Information Administration - DEA
Perda de competitividade globalPerda de competitividade global
Tarifa industrial mTarifa industrial méédiadia
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
África do Sul Alemanha
Austrália
CanadáChina Coréia do Sul
Índia
RússiaEstados Unidos
Brasil
20
40
60
80
100
120
US$/MWh
França
10. Tarifas Médias de Energia Elétrica Industrial, R$ constantes de 2005
Fonte: “Cenários de impactos da elevação do preço da energia elétrica” – FGV - 06/2006Fonte: “Cenários de impactos da elevação do preço da energia elétrica” – FGV - 06/2006
100,00
110,00
120,00
130,00
140,00
150,00
160,00
170,00
180,00
190,00
200,00
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
PDEE OTIMISTA
Canadá (industrial) R$ 60/MWh
França (industrial EDF 15 anos) R$ 92/MWh
11. Competitividade na Matriz EnergCompetitividade na Matriz Energééticatica
• A busca de soluções para reduzir o impacto do aumento do
custo e da insegurança do abastecimento de energia passa
pela diversificação e competitividade da matriz energética
• A escolha pela diversificação deve ter como foco as
especificidades do País e as vantagens comparativas das
fontes que dispomos
• Foco: competitividade do produto brasileiro
13. FONTE
Disponibil
idade
Renovável
Emissão de
Poluentes
Emissão
de CO2
Competiti
vidade
PETRÓLEO Limitada Não Alta Alta Baixa
GÁS NATURAL Limitada Não Baixa Média Média
CARVÃO Ampla Não Alta Alta Média
URÂNIO Ampla Não Baixa Nenhum Média
HIDRELÉTRICA Ampla Sim Baixa
Baixa
(CH4)
Alta
BIOMASSA Média Sim Baixa Baixa Alta
Principais Fontes de GeraPrincipais Fontes de Geraçção de Energia Elão de Energia Eléétricatrica
Amplas vantagens competitivas
14. A garantia da Energia Competitiva a mais longo prazo exige, no PNE
2030, adequada consideração à confiabilidade das fontes
escolhidas, que devem preferencialmente ser nacionais, renováveis
e de preços estáveis dos combustíveis.
Confiabilidade no Longo PrazoConfiabilidade no Longo Prazo
Os principais fatores de vulnerabilidade no mundo tem sido:
Dependência de fontes de energia estrangeiras
Dependência de fontes em gradual exaustão (óleo, gás)
Dependência em áreas geográficas de suprimento politicamente instáveis
Dependência de uma única tecnologia (nuclear na França)
Dependência de um numero limitado de linhas supridoras (gasodutos)
HidreletricidadeHidreletricidade e Biomassa se Qualificam!e Biomassa se Qualificam!
15. Norte: 70% do Potencial RemanescenteNorte: 70% do Potencial Remanescente
Potencial técnico aproveitável: 164 GW
16. O crescimento tem que ser ambientalmente sustentável;
Os custos ambientais comprovadamente gerados pelos
empreendimentos devem ser compensados;
A imprevisibilidade quanto ao custo sócio-ambiental e o
prazo do licenciamento tornam o retorno econômico incerto
e inibem o investimento e a geração competitiva.
ImprevisibilidadeImprevisibilidade AmbientalAmbiental
Devemos aperfeiçoar nossa legislação ambiental – que é
moderna e adequada – no entendimento quanto a conceitos
jurídicos indeterminados e na remoção de obstáculos à
viabilidade ambiental de empreendimentos.
17. Nos últimos dez anos a emissão de uma LP, cujo prazo legal é de
365 dias, levou em média 1200 dias;
Nos últimos quatro anos, foram concedidas somente 10 licenças
ambientais entre LP, LI e LO, de um total de 27 empreendimentos.
Custos sócio-ambientais superam muito os orçamentos iniciais.
Custos e prazos imprevisíveis dificultam novos investimentos em
geração de energia elétrica.
Fonte: Ministério de Minas e Energia , Planejamento Energético Nacional – Secretaria Executiva –
Núcleo Estratégico de Gestão Sócio-Ambiental – Apresentação – março 2007
www.ibama.gov.br/licenciamento-junho/2007
Ação corretiva:
• Conferir previsibilidade ao
processo de licenciamento
ambiental
20. A declaração de Reserva Estratégica garantirá a proteção do
potencial.
Serão cobertos:
• Potenciais presumidos, com proteção da área enquanto os
estudos de confirmação se complementam, por ato CNPE.
• Potenciais permanentes comprovados, por proposição do CNPE
e ato do Executivo.
Declaração de Utilidade Pública para os Potenciais Hídricos.
Objetivo: Decreto para ReservaObjetivo: Decreto para Reserva
EstratEstratéégica dos Potenciais Hgica dos Potenciais Híídricosdricos
Pontos RelevantesPontos Relevantes
21. Melhores CondiMelhores Condiçções de Financiamentoões de Financiamento
Efeitos Positivos do PACEfeitos Positivos do PAC
11.950
5.315
13.879
Potência total
(MW)
127,00
127,00
127,00
Condições
anteriores
(R$/MWh)
94,9
97,1
102,5
Condições PAC
(R$/MWh)
25,3%383> 2 GW
23,5%1741 – 2 GW
19,3%4577Até 1 GW
Redução
Potência
%
Número de
projetos
11.950
5.315
13.879
Potência total
(MW)
127,00
127,00
127,00
Condições
anteriores
(R$/MWh)
94,9
97,1
102,5
Condições PAC
(R$/MWh)
25,3%383> 2 GW
23,5%1741 – 2 GW
19,3%4577Até 1 GW
Redução
Potência
%
Número de
projetos
22. CCCCCC –– Propostas EstruturaisPropostas Estruturais
Apoio à energização da LT Tucurui-Macapá-
Manaus no final de 2010, antecipando em 2
anos o fim da cobrança do CCC.
24. • Proposta de uso da RGR para financiar a construção de Angra
3 e continuar o programa “Luz para Todos”, estendendo sua
existência para além 2010, prazo previsto em lei.
• Lei do Gás (Projeto de Lei nº 6.673, de 2006) propõe o uso da
CDE para a construção de gasoduto de transporte
considerado de relevante interesse público.
• Projeto de Lei 414/2007, em votação, limita os reajustes de
tarifas aos consumidores de baixa renda a 10% do reajuste
dos demais consumidores, sendo as despesas decorrentes
pagas pela CDE.
Exemplos de iniciativas correntes para prolongar e ampliar os
encargos.
PrevenPrevenççãoão dada CriaCriaççãoão,, AmpliaAmpliaççãoão ee
ProrrogaProrrogaççãoão dosdos EncargosEncargos
25. Brasil vs. Mundo:Brasil vs. Mundo:
Estrutura da Oferta Interna de EnergiaEstrutura da Oferta Interna de Energia
Fonte: BEN, 2007 (resultados preliminares)
26. CombustCombustííveis Lveis Lííquidosquidos
• O preço do petróleo no mercado internacional
nunca esteve tão elevado
• O petróleo é um combustível não-renovável
(escasso) e poluidor (emissões de CO2)
• O preço e a disponibilidade do petróleo está
condicionada à geopolítica da relação entre os
países produtores e importadores
• O Brasil ainda é importador de petróleo e óleo
diesel
28. Brasil: OportunidadeBrasil: Oportunidade
O preço do petróleo no mercado mundial
+
A dependência por óleo diesel importado
+
A pressão pela redução das emissões de CO2
+
Condições climáticas favoráveis e nossa expertise
=
Oportunidade para os BIOCOMBUSTBIOCOMBUSTÍÍVEISVEIS
29. Competitividade doCompetitividade do áálcool brasileirolcool brasileiro
• A contribuição da biomassa no setor de transportes
pode aumentar com a intensificação do emprego do
álcool no transporte de cargas
• O álcool brasileiro, produzido a partir da cana, é o mais
barato do mundo
• É competitivo com o petróleo a 40 dólares por barril
• Nos Estados Unidos, o etanol feito de milho é
competitivo somente se o petróleo estiver cotado a
partir de 60 dólares por barril
30. Mercado nacional para o BiodieselMercado nacional para o Biodiesel
• A princípio o biodiesel será utilizado na proporção de 2%
sobre todo o óleo diesel comercializado no País (B2)
•• EstimativasEstimativas (dados de 2006):
• Consumo de óleo diesel ~ 42 milhões de m³
• Mercado potencial de biodiesel ~ 840 mil m³
• Economia de divisas:
– Importação líquida de óleo diesel ~ 3 milhões de m³
(7% do consumo)
– Dispêndio líquido ~ US$ 1,4 bilhão FOB
(~ US$ 0,50/litro de óleo diesel importado)
–– ECONOMIAECONOMIA: ~ US$ 420 milhões
Fonte: ANP
31. Concorrência?Concorrência?
• A Petrobras tem facilidade na colocação do biodiesel
no mercado:
– Detém quase a totalidade do refino no País
– A BR Distribuidora tem mais de 30% de participação na
distribuição de óleo diesel
– Seu centro de pesquisas está avançando no desenvolvimento de
técnicas para redução do custo
– Já licitou a construção de três plantas de biodiesel (50 mil
toneladas de capacidade cada)
– Está investindo fortemente no H-Bio
• A estratégia da Petrobras poderá afetar a viabilidade
de alguns projetos independentes
32. Eliminando os mitosEliminando os mitos
• O Brasil possui mais de 100 milhões de hectares agricultáveis que
permitem aumentar a produção de oleaginosas e alimentos
• Ganhos de produtividade ainda podem ser obtidos na agricultura e na
pecuária
• A legislação brasileira é, em princípio, considerada adequada para regular
os aspectos relacionados à agroenergia e à proteção dos ecossistemas
brasileiros
• Os instrumentos e mecanismos de monitoramento parecem
tecnologicamente adequados para detectar possíveis transgressões às leis
ambientais
• Poderá haver competição por opção de mercado feita pelo produtor rural
(alimentos x oleaginosas)
• Estoques reguladores podem ser necessários para estabilizar os preços e
garantir o abastecimento
33. Linhas de ALinhas de Açção: Energia (1)ão: Energia (1)
• Assegurar que a indústria tenha segurança de
suprimento de energia com qualidade e com preços que
lhe garantam condições de competitividade nos
mercados interno e externo
– Aumentar a oferta de energia elétrica e gás natural.
– Reduzir os impostos, contribuições e encargos incidentes sobre as
tarifas e preços de energia.
– Reduzir o custo da energia nova, através da desoneração dos
investimentos e uso intensivo das fontes competitivas na matriz
energética.
34. Linhas de ALinhas de Açção: Energia (2)ão: Energia (2)
• Reduzir a atual imprevisibilidade ambiental, tanto nos
prazos de licenciamento, como no valor do orçamento
sócio-ambiental.
• Reserva imediata das áreas potenciais de aproveitamentos
hídricos na Amazônia.
• Antecipação seletiva dos aproveitamentos hidrelétricos
competitivos.
• Utilização prioritária, na estratégia de expansão da
geração, da hidreletricidade e biomassa, opções
renováveis, limpas e de custo expressivamente menor.
• Dar continuidade ao programa de usinas nucleares,
reduzindo o custo de seu investimento.
35. Linhas de ALinhas de Açção: Energia (3)ão: Energia (3)
• Aprovar lei específica para o gás natural e estabelecer
critérios que assegurem o seu suprimento para a indústria.
– Livre acesso, consumidor livre, preços competitivos, garantia de
suprimento, diferenciação para uso como matéria prima.
• Defender, consolidar e ampliar o mercado livre de energia.
• Ampliar o aproveitamento das fontes alternativas e
renováveis de energia, e da co-geração, inclusive com
biomassa.
• Incentivar vigorosamente a eficiência energética, tanto a
autônoma quanto a induzida, através de projeto nacional.