O documento discute as estratégias do programa VIGIAR para vigilância da saúde de populações expostas à poluição atmosférica no Brasil, incluindo a identificação de áreas de risco, o monitoramento de doenças relacionadas, e ações de educação em saúde para reduzir os impactos da poluição.
II Seminário da Planificação da Atenção à Saúde: “Desafios do SUS e a Planifi...
Vigilância em Saúde de Populações Expostas à Poluição Atmosférica - VIGIAR
1. Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental
Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador
Secretaria de Vigilância em Saúde
Ministério da Saúde
Março de 2017
Reunião da Câmara Técnica de Vigilância em
Saúde Ambiental
Vigilância em Saúde de Populações Expostas à
Poluição Atmosférica - VIGIAR
2. VIGIAR
A Vigilância em Saúde de Populações Exposta à Poluição atmosférica –
VIGIAR é a área do técnica do Ministério da Saúde, cujo objetivo é
desenvolver ações de vigilância para essas populações, de forma a
recomendar e instituir medidas de prevenção, de promoção da saúde e de
atenção integral, conforme preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O campo de atuação prioriza as regiões onde existam diferentes atividades
de natureza econômica ou social que gerem poluição atmosférica de modo a
caracterizar a um fator de risco para as populações expostas.
3. CAMPO DE ATUAÇÃO
Regiões metropolitanas;
Centros industriais;
Áreas sob impacto de mineração;
Áreas sob influência de queima de biomassa;
Áreas de relevância para a saúde pública de acordo com a realidade loco -
regional.
4. Principais ações do VIGIAR
Identificação e priorização dos municípios de risco de exposição
humana a poluentes atmosféricos;
A identificação dos efeitos agudos e crônicos para a caracterização da
situação de saúde de forma a contribuir para o desenvolvimento de
ações de vigilância em saúde da população exposta, subsidiando a
elaboração de políticas públicas relacionadas ao tema.
5. Estratégias de identificação de áreas de risco
para populações expostas à poluição
atmosférica
Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental
Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador
Secretaria de Vigilância em Saúde
Ministério da Saúde
Março de 2017
6. WHO 68.18
A RESOLUÇÃO TRAZ UMA ABORDAGEM RESUMIDA A RESPEITO DOS TÓPICOS
ABAIXO:
EFEITOS DA EXPOSIÇÃO À POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA NA SAÚDE;
ESTRATÉGIAS PARA REDUZIR OS IMPACTOS DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA;
O PAPEL DO SETOR DA SAÚDE E DOS ESTADOS MEMBROS NOS PROBLEMAS
DE POLUIÇÃO DO AR E SEUS EFEITOS NA SAÚDE;
O PAPEL CENTRAL DA OMS DIANTE DA TEMÁTICA.
Descreve as ligações entre a poluição e saúde, e delineia algumas estratégias de
prevenção, controle e mitigação dos efeitos da poluição atmosférica na saúde,
incluindo ações coordenadas entre a saúde e outros setores.
7. A avaliação de risco analisa as implicações na saúde humana e as preocupações da
comunidade pela exposição aos contaminantes de interesse identificados na área
estudada, com o intuito de determinar os riscos decorrentes da situação, levando
em consideração cenários no passado, presente e futuro, bem como recomendar
ações para recuperação e proteção da saúde humana. (Ministério da Saúde)
Deve-se obter e avaliar os dados e informações sobre a história do local, os tipos e
níveis de contaminação, os mecanismos de transporte ambientais específicos, as
vias de exposição humana, as preocupações da comunidade com sua saúde, os
parâmetros pertinentes aos efeitos na saúde, e as implicações toxicológicas e
médicas dos contaminantes do local de risco.
A avaliação de risco em saúde possui 6 etapas:
8. Levantamento e
Avaliação da
Informação do
Local
Levantamento das
Preocupações da
Comunidade
Avaliação de
Risco
Seleção dos
Contaminantes de
Interesse
Mecanismos de
Transporte
Identificação e
Avaliação de Rotas
de Exposição
Determinação de
Implicações para a
Saúde Pública
9. A caracterização das fontes de riscos é um importante passo na fase de
identificação do risco.
Diversas técnicas podem ser utilizadas: árvores de eventos ou árvores de
falhas que permitem identificar os impactos de interesses potenciais;
modelos matemáticos que podem ser utilizados para caracterizar o
transporte e as transformações de poluentes particulares; o
desenvolvimento e uso de técnicas de ranking (classificação), úteis para
propiciar comparações relativas sobre o potencial do risco.
10. Definir uma metodologia de identificação de áreas de risco para populações
expostas à poluição atmosférica é primordial
Selecionar indicadores (variáveis) que poderão ser utilizados
Alguns indicadores de Efeito e Exposição , os quais podem ser usados na rotina de
trabalho do VIGIAR nos estados e municípios e na identificação de áreas
prioritárias.
Observações
12. CONSTRUÇÃO DOS MAPAS DE RISCO
Consolidação dos dados de População, taxa de Óbitos, Frota Veicular,
Focos de Calor de todo o Brasil no período de 2011 a 2013.
As variáveis foram divididas por quintil (20%, 40%, 60%, 80%, 95%)
deste foi dado uma valor para estas variáveis de acordo com o quintil
sendo os valores de 20% -1 (baixo), 40%-2 (médio-baixo), 60%- 3
(médio), 80%- 4 (médio – alto), 95% -5 (alto).
Após foi realizada a soma destes valores e com o total das 4 variáveis
foi construído o mapa.
Os municípios considerados prioritários foram os que apresentaram
fatores de risco médio-alto e alto
13. Mapa de Risco
2011
REGIÃO
QUANTIDADE DE
MUNICÍPIOS
PRIORITÁRIOS
NORDESTE 135
SUDESTE 100
SUL 77
NORTE 34
CENTRO-OESTE 24
BRASIL 370
Mapa de Risco 2011
14. Mapa de Risco 2012
REGIÃO
QUANTIDADE DE
MUNICÍPIOS
PRIORITÁRIOS
NORDESTE 131
SUDESTE 101
SUL 65
NORTE 34
CENTRO-OESTE 28
BRASIL 359
15. Mapa de Risco 2013
REGIÃO
QUANTIDADE DE
MUNICÍPIOS
PRIORITÁRIOS
SUDESTE 146
NORDESTE 117
SUL 94
NORTE 41
CENTRO-OESTE 28
BRASIL 426
16. Proporção de municípios prioritários Brasil_Região
36.5
27.0
20.8
9.2
6.5
0.0
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
30.0
35.0
40.0
(%)
REGIÃO
2011
Brasil (nº) = 370
36.5
28.1
18.1
9.5
7.8
0.0
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
30.0
35.0
40.0
(%)
REGIÃO
2012
Brasil (nº) = 359
34.3
27.5
22.1
9.6
6.6
0.0
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
30.0
35.0
40.0
(%)
REGIÃO
2013
Brasil (nº) = 426
17. Orientar estados/municípios no enfrentamento da poluição do ar e
seus efeitos na saúde.
Plano de Vigilância em Saúde de Populações
Expostas à Poluição Atmosférica com base na
WHO 68.18
Após seja identificada uma localidade como de interesse para as
ações do VIGIAR faz-se necessário estabelecer bases de dados e
informações para o conhecimento da situação de saúde da sua
população, no que diz respeito aos agravos respiratórios e
cardiovasculares e outras doenças de interesse de acordo com
aspectos regionais, frente à exposição aos poluentes atmosféricos.
18. Estratégias(ações) Pós identificação (Plano Vigiar)
A implantação de Unidades Sentinelas do VIGIAR, pois permitem
conhecer a situação de saúde da localidade em tempo real e apresentam
sensibilidade suficiente para detectar mudanças que venham a modificar
essa situação, propiciando subsídios para a tomada de decisões.
identificar os grupos populacionais mais vulneráveis que, submetidos a
condições ambientais críticas, sofrerão de forma mais aguda os efeitos da
exposição aos poluentes.
19. Identificar a tipologia da fonte do poluente (indústrias de transformação
ou extração, termelétricas, frota veicular, incêndios florestais, e etc.);
Levantar informações sobre as fontes poluidoras junto aos Inventários de
Emissões Atmosféricas;
Georreferenciar a fonte poluidora;
Identificar a população trabalhadora no entorno da fonte;
Analisar os casos de morbimortalidade por doenças cardiorrespiratórias
20. Acompanhar os dados do monitoramento da qualidade do ar
disponíveis pelos órgãos ambientais, e adotar medidas necessárias
para propiciar o bem estar da população;
Realizar ações de educação em saúde para a comunidade sobre o uso
e os impactos à saúde relacionados aos poluentes atmosféricos, bem
como os meios de evitá-los ou minimizá-los;
Produzir boletins epidemiológicos sobre doenças e agravos à saúde
decorrentes da exposição aos poluentes atmosféricos, de modo a
fornecer subsídios para o planejamento e a organização dos serviços
de saúde;
21. • A elevada carga de doenças atribuível à poluição do ar no
Brasil, bem como o papel dos aspectos sociais e físicos do ambiente
combinados nesse processo.
• A exposição a poluentes do ar extrapolam o controle dos
indivíduos, requerendo a adoção de medidas por parte de setores e
autoridades públicas em escala global, nacional, regional e local
• O ar de melhor qualidade proporcionaria uma economia indireta
com internação e tratamento de doenças relacionadas à poluição
atmosférica para o setor saúde.
Justificativa
22. Capacidade de influenciar a tomada de decisão, relacionada a redução de
impactos na saúde;
Fortalecer a intersetorialidade e a transversalidade necessárias na busca
contínua por políticas públicas voltadas para a melhoria das condições de
saúde e de qualidade do ar para a população brasileira.
Desafios e Perspectivas
23. Fábio David fabio.david@saude.gov.br
Luciana Costa luciana.costa@saude.gov.br
Alana Coêlho alana.coelho@saude.gov.br
Ysabely Pamplona ysabely.pamplona@saude.gov.br
Gustavo Souza gustavo.ssouza@saude.gov.br
Equipe Vigiar