Este documento descreve a sociedade senhorial medieval em Portugal entre os séculos IX-XII. Discutem-se os três estados da sociedade - clero, nobreza e povo - e a importância do clero. Detalha-se também o papel de ordens religiosas como Cluny e Cister e a vida cotidiana nos mosteiros, incluindo atividades como rezar, ensinar, copiar manuscritos e iluminuras.
10. Uma Sociedade Ruralizada e Tripartida As guerras e invasões que do século V ao século X abalaram a Europa, fizeram com que parte dos camponeses abandonassem as suas terras, as cidades perdessem habitantes e o comércio se reduzisse ao mínimo. Predominava, assim, uma economia de subsistência em que a agricultura era a principal actividade.
11. Uma Sociedade Ruralizada e Tripartida Formou-se, então, uma sociedade baseada na posse da terra e constituída por três estados ou ordens: clero, nobreza e povo. O clero e a nobreza gozavam de direitos e regalias próprios, eram os grupos privilegiados.
12. Uma Sociedade Ruralizada e Tripartida Entre esses direitos, comuns aos dois grupos, destacam-se: A isenção do pagamento dos impostos; O julgamento em tribunais próprios, em caso de crime; A posse de grandes propriedades (domínios senhoriais) e o exercício sobre os seus camponeses de poderes fiscais e de justiça (poderes senhoriais).
13. Uma Sociedade Ruralizada e Tripartida Abaixo destes grupos, situava-se o povo, grupo não privilegiado que vivia, em geral, pobremente. Nesta sociedade trinitária e hierarquizada, todos tinham funções distintas: Povo Clero Nobreza Rezava pela protecção e salvação de todos; Combatia para defender território; Trabalhava para alimentar toda a sociedade.
15. O Homem medieval era profundamente religioso, logo entre os grupos sociais existentes, o clero tinha um enorme prestígio. Estava presente nos principais momentos da vida das populações (nascimento, baptismo e morte). Do nascer ao pôr do sol , os sinos das Igrejas marcavam o ritmo da vida quotidiana.
17. Neste período, a Igreja começou a ter também poder económico porque o Rei, nobres e o povo faziam-lhe doações de terras e bens com o objectivo da salvação da sua alma. Isto contribuiu para aumentar a sua riqueza que era contrária aos princípios do cristianismo, e também a indisciplina por parte de alguns membros.
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20. e a ordem de Cister para a renovação da Igreja Católica (movimento reformista cujo o objectivo era o regresso à pureza e à humildade).
21. A vida quotidiana nos mosteiros A partir do séc. XI o Papa passou a ser considerado a autoridade Suprema da cristandade. Os mosteiros passaram a ser dirigidos pelo Papa, e a disciplina e a obediência ao abade foram reforçadas.
25. Havia também os monges copistas que escreviam à mão documentos e livros, feitos em pergaminho, que decoravam por vezes com ilustrações de cores vivas e ouro: iluminuras.
31. Conclusão Este trabalho permitiu – nos conhecer a sociedade senhorial e o porquê da importância do Clero neste período Histórico. Foi interessante realizar este trabalho, uma vez, que nos permitiu viajar no tempo aos séculos IX a XII.