Este documento discute violência, fornecendo definições de violência intrafamiliar e urbana. Ele também fornece estatísticas sobre homicídios em São Paulo, como sexo, idade e localização das vítimas. Além disso, descreve um programa de prevenção à violência em unidades de saúde e níveis de atenção à saúde para lidar com a violência.
1. Temática interdisciplinar: Violência
Discentes do 3º semestre - 2016/2
Docentes do 3º semestre
Disciplinas: Semiotécnica Básica em Enfermagem, Metodologia da Pesquisa II,
Epidemiologia, Gestão de Enfermagem em Serviços de Saúde Local.
3. O que é violência?
“Uso intencional da força física ou do poder, real ou
em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa,
ou contra um grupo ou uma comunidade, que
resulte ou tenha grandes possibilidades de resultar
em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de
desenvolvimento ou privação”.
Minayo,
2007
4. Violência intrafamiliar
É qualquer ação ou omissão de natureza criminal,
entre pessoas que residam no mesmo espaço
doméstico ou, não residindo, sejam ex-cônjuges, ex-
companheiro/a, ex-namorado/a, progenitor de
descendente comum, ascendente ou descendente, e
que inflija sofrimentos.
Minayo, 2007
http://www.apav.pt/vd/index.php/features
6. Experiência: CSE Barra Funda
Núcleo de Prevenção à Violência (NPV)
Equipe de referência da unidade de saúde
responsável pela organização do atendimento e
articulação das ações a serem desencadeadas para a
superação da violência e promoção da cultura de paz.
Composição: diretora, enfermeiros (2), médico,
psicóloga, assistente social e assistente social.
São Paulo, 2007.
7. Objetivos
- Minimizar o impacto da violência sobre os indivíduos, família e
comunidade;
- Organizar e garantir ações de prevenção e assistência as pessoas
em situação de risco ou violência;
- Proporcionar acesso continuado à equipe de saúde, possibilitando
um espaço de escuta qualificada frente as ocorrências de violência;
- Singularizar as intervenções conforme as necessidades de cada
indivíduo ou coletivo que demanda ajuda dos profissionais de saúde;
- Notificar todos os casos suspeitos ou confirmados de violência e
acidentes que chegam aos serviços;
São Paulo, 2016
9. Violência urbana: estudos de casos
Vítimas sofreram violência física, de causas externas,
resultando em ferimentos pelo corpo. Os agressores utilizaram
arma branca.
Arma branca é todo objeto pérfuro-cortante, constituído por peças
em lâmina ou oblonga. Ex: navalhas, facas, facões, cassetetes, soco
inglês etc.
Guimarães et al., 2004.
10. Vulnerabilidade: perfil epidemiológico
Vítimas de homicídio no período de janeiro a setembro de 2016:
sexo: 85,4% são do sexo masculino;
faixa etária: 14,4% (30-34 anos), 12,0% (25 a 29 anos) e 11,6% (35 a 39
anos);
local de ocorrência: 56,7% em vias públicas;
contexto ou motivo da violência: 18,1% consiste em conflito
interpessoal e 1,7% está relacionado ao uso de entorpecentes.
São Paulo, 2016.
12. 0
20
40
60
80
100
120
140
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2016
2015
2014
N
Ano
São Paulo-SSP, 2016
Tentativa de homicídio, segundo mês e ano, cidade de São Paulo, 2014/2016.
14. Masculino Feminino Total
Agressão disparo arma de fogo 1119 62 1181
Queda sem especificação 244 172 416
Outras quedas no mesmo nível 145 153 298
Contato objeto contundente 218 44 262
Agressão objeto cortante ou penetrante 200 58 258
Total 1926 489 2415
Sexo
Categoria CID--10
Óbitos por causas externas, segundo categoria e sexo, cidade de São Paulo, 2014.
São Paulo – SIM, 2014
15.
16. Na faixa de 16 anos de idade,
foram registradas 3.561 mortes:
2.519 (70,7%) por causas
externas e 1.042 (29,3%) por
causas naturais.
Com os jovens de 17 anos de
idade, morreu um total de 4.592
jovens dessa idade 75,2% por
causas externas e 24,8% por
causas naturais.
Porcentagem das causas de mortalidade de crianças e
adolescentes, segundo idade. Brasil 2013.
17. Nos jovens de 15 anos os
homicídios representam 35% e
causas por transporte de 13,1%
mortes.
E aos 17 anos com maior
ocorrência de 48,2% de homicídios
e causas por transporte 14.6%
mortes.
Porcentagem das causas de mortalidade de crianças e
adolescentes, segundo idade. Brasil 2013.
18. Porcentagem das causas de mortalidade de crianças e adolescentes, segundo idade.
Brasil 2013.
19. Homicídios na faixa etária de 16
e 17 anos de idade:
- preponderância das vítimas de
sexo masculino que,
nacionalmente, representam 93% do
total de vítimas no ano.
- 100% dos homicídios são do sexo
masculino nos estados do Amapá,
Amazonas, Pará e Distrito Federal.
Homicídios de adolescentes de 16 e 17 anos,
segundo sexo e estado. Brasil, 2013.
Fonte: Mapa de Violência 2016. Adolescentes de 16 e 17 anos do Brasil
20. Violência e níveis de atenção à saúde
PROMOÇÃO DA SAÚDE
PROTEÇÃO ESPECÍFICA
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO ESPECÍFICO
LIMITAÇÃO DO DANO
REABILITAÇÃO
21. Guimarães, XMJ, et. al. Estudo Epidemiológico da Violência por Arma Branca no Município de Porto Grande. Amapá.
2004.
Minayo MCS. Conceitos, teorias e tipologias de violência: a violência faz mal à saúde individual e coletiva. in: Sousa ER,
organizadores. curso: Impactos da Violência na Saúde. Rio de Janeiro: EAD/ENSP;2007.p.24-35.
São Paulo. Epidemiologia: informação e mortalidade. [online]. Disponível em:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/epidemiologia_e_informacao/mortalidade/index.php?p=29586
[04/11/2016]
São Paulo. Violências e acidentes. [online]. Disponível em:
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São Paulo.http://www.portaldajuventude.prefeitura.sp.gov.br/politicas-publicas/nucleos-de-prevencao-de-violencia-da-
unidade-de-saúde, 2016. Prefeitura de São Paulo. [04/11//2016].
SâoPaulo.http://tabnet.saude.prefeitura.sp.gov.br/cgi/tabcgi.exe?secretarias/saude/TABNET/SIVVA/evindet/EVINDET.DEF
[04/11/2016]
Mapa da Violência. Violência 2015. [online]. Disponível em:
http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2015/mapaViolencia2015_adolescentes.pdf [04/11/2016]
Mapa da Violência. Adolescentes. [online]. Disponível em:
http://www.mapadaviolencia.org.br/mapa2015_adolescentes.php [04/11/2016]
Referências Bibliográficas