SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 49
PERCUSSÃO
• Objetivo: produzir sons cujas características
variam conforme as propriedades físicas da
área percutida, de modo a:
1. Limitar órgão na superfície da pele
2. Reconhecer alterações físicas de certos
órgãos.
Percussão - Tipos:
1. Percussão Imediata ou Direta: consiste em
percurtir diretamente a superfície do corpo
com os dedos - pouco usada - ex.: percussão de
vértebras.
2. Percussão Mediata ou Indireta: coloca-se um
dedo na superfície do tórax e sobre o mesmo se
percute com o dedo da outra mão - percussão
dígito-digital.
Percussão - Técnica
• Paciente sentado, face posterior do tórax,
de cima para baixo, colocando-se o médico
atrás e à esquerda do paciente.
1. Percutir separadamente cada hemitórax.
2. Percutir comparativamente e
simetricamente ambos hemitórax.
Percussão - Técnica
Mão esquerda, com os
dedos ligeiramente
separados, deve
apoiar-se suavemente
sobre a parede, e o
dedo médio, sobre o
qual se percute, exerce
apenas uma leve
pressão sobre o tórax.
Percussão - Técnica
O movimento da mão
que percute (direita) é
de flexão e extensão
sobre o punho, nunca
envolvendo a
articulação do
cotovelo ou ombro.
Percussão - Técnica
• Os golpes dados com a extremidade distal
do dedo médio (os demais se conservam
parcialmente fletidos) serão sempre da
mesma intensidade (suaves ou
medianamente fortes).
• Um pequeno intervalo a cada dois golpes,
suspendendo imediatamente o dedo
percurssor.
Tonalidade de Som:
• Som claro atimpânico / som claro pulmonar /
sonoridade pulmonar - área de projeção dos pulmões
• Som claro timpânico / timpanismo: espaço de Traube
(estômago e cólon)
• Som maciço / som obscuro / macicez: - região
inframamária direita (macicez hepática)
• Som submaciço / som relativamente obscuro /
submacicez - região inframamária esquerda (transição
pulmão-coração)
Tipos de Sons
Espaço de Traube:
Espaço de forma
semilunar com
aproximadamente 9-
11 cm de largura e
10cm de altura,
localizado em abaixo
da linha inframamária
direita.
Importante:
• A zona de vibração perceptível pelo ouvido atinge
em profundidade o parênquima pulmonar somente
cerca de 4 cm, ou seja 6 cm da superfície do tórax.
• Influenciam na percussão: espessura, tensão e
elasticidade da parede torácica; massa muscular;
infiltrados inflamatórios; edema; mamas; tecido
adiposo, idade, deformidades da coluna vertebral.
Som normal da percussão nas
diversas regiões
Hemitórax Direito - anteriormente
• Som claro até 5ª costela
• abaixo: muda para submaciço (diafragma)
• posteriormente: maciço (fígado)
Hemitórax esquerdo - Anteriormente
• Som claro até 4ª costela
• abaixo: submacicez (sobreposição pulmão /
coração)
• posteriormente: macicez (coração)
• Abaixo da macicez cardíaca: timpanismo
(espaço de Traube - estômago / cólon)
Lateralmente:
• Direita: som claro até 7ª costela
Abaixo: macicez hepática
• Esquerda: som claro até 7ª costela
Abaixo: timpanismo (Espaço de Traube)
Posteriormente
• Direita: som claro até 9ª-10ª costelas
Abaixo: macicez hepática
• Esquerda: som claro até 9ª-10ª costelas
Abaixo: macicez esplênica e renal
***Importante: abaixo do ângulo da escápula, o som
é bem mais claro pois nesta região a espessura da
parede torácica é menor (até 4 dedos abaixo do
ângulo escapular)
Rx de tórax normal
Alterações qualitativas dos sons
Hipersonoridade:
• Som demasiadamente claro
1. Compressão pulmonar ( ex.: pulmão
superposto a um pequeno derrame pleural,
pulmão vizinho a coração aumentado)
2. Deslocamento do diafragma (ex.; ascite,
grandes tumores abdominais)
3. Enfisema pulmonar (fases iniciais)
Macicez e Submacicez:
• Ocorre quando:
1. Entre o pulmão e a parede torácica se interpões
massas privadas de ar (ex: derrames líquidos
da pleura ) - Macicez absoluta
2. O pulmão, na área que se percute, está privado
de ar, parcial ou totalmente (ex: atelectasias /
pneumonias / tumores / tuberculose /
abscessos) - Macicez ou Submacicez
Timpanismo:
1. Skodismo : timpanismo a precussão da região
clavipeitoral de um doente que tenha um derrame
volumoso chegando até 4ª costela.
2. Compressões: cardiomegalia / derrame pericárdico
/ tumores de mediastino / hepatomegalia /
esplenomegalia / útero gravídico
3. Pneumotórax aberto ( comunicação direta com os
brônquios)
4. Cavernas
5. Enfisema Pulmonar antigo
Rx tórax - Pneumonia
AUSCUTA
Auscuta Pulmonar - Técnica
• Paciente deve ficar em posição cômoda,
respirando tranqüilamente e normalmente pela
boca entreaberta.
• Auscuta indireta ou mediata: estetoscópio.
• Tórax despido sempre que possível
• Limite: 4 dedos abaixo do ângulo inferior da
escápula (bases pulmonares)
• Tosse / respiração profunda
Ruído Respiratório Normal
• Murmúrio vesicular (periferia do tórax)
• Ruído Laringotraqueal / sopro glótico /
respiração brônquica (laringe, traquéia, ao
nível de C7 e adjacências, espaço
interescapular)
Importante:
• O MV pode ser fisiologicamente menos
intenso em pessoas obesas, ou com edema
de parede torácica, ou com musculatura
muito desenvolvida.
• Nas crinaças o MV é fisiologicamente mais
forte.
Mecanismo de Produção do
Ruído Respiratório Normal
• Sopro glótico: deve-se a passagem de ar
pela fenda glótica.
• Murmúrio Vesicular:
1. Passagem de ar pela coarctação dos
bronquíolos
2. Vibrações sonoras produzidas pela
distensão inspiratória das paredes alveolares
Alterações Patológicas do MV
1. Exagero do MV (dispnéia, taquipnéia,
indivíduos magros)
2. Diminuição ou abolição do MV (enfisema,
penumonia, pneumotórax, derrame pleural)
3. MV rude: indica lesão superficial dos
brônquios e dos alvéolos, secreção brônquica
ou congestão do aparelho broncoaoveolar.
SOPROS
• Ocorrem:
1. Quando o pulmão perde a sua textura
alveolar, tornando-se hepatizado,
condensado, privado de ar.
2. Nas cavernas
Importante:
O sopro que se ouve na parede torácica
é o próprio sopro glótico;
não nasce na lesão, mas vem da glote,
e devido a hepatização do parênquima
pulmonar, se espalha do seu foco originário
e vai ser audível na sede da lesão.
Variedades de Sopros
1. Tubário:
• É o próprio sopro glótico transmitido pelas
condensações pulmonares, masi intenso e
de tonalidade mais elevada na expiração.
• Ex.: pneumonia
• Dele se derivam todos os outros sopros.
Variedades de Sopros
2. Sopro Pleural:
• É o sopro tubário modificado pela presença
de uma camada líquida entre o pulmão
condensado e a parede torácica.
• Maior intensidade / tonalidade mais aguda
• Predomina na expiração
• Sopro em “i”.
Variedades de Sopros
3. Sopro Cavitário:
• É o sopro tubário modificado pela
interposição de uma cavidade contendo ar e
formando caixa de ressonância, situado
entre a área pulmonar condensada e a
parede torácica.
• Tonalidade baixa / grave
• Sopro em “u”.
Variedades de Sopros
4. Sopro Anfórico:
• Sopro tubário modificado pela interposição
de uma cavidade grande, cheia de ar, com
paredes lisas e tensas.
• Timbre metálico
Auscuta da Voz
1. Auscuta a distância
2. Auscuta torácica da voz
Auscuta a distância:
• Voz Nasal: amigdalites, adenóides, destruição do
véu palatino
• Voz bitonal: compressão do nervo recorrente
esquerdo (aneurisma da aorta, tumor do
mediastino, adenopatias traqueobrônquicas)
• Voz em falsete: fonação aguda, esganiçada
(compressão no recorrete esquerdo)
• Voz rouca: lesões das cordas vocais, laringites,
compressão do recorrente ou do peneumogástrico.
• Ausência da voz: alterações das cordas vocais e
compressão do recorrente ou do pneumogástrico.
Auscuta torácica da voz
• Paciente pronuncia “trinta e três” durante a
auscuta torácica.
1. Auscuta da voz alta (broncofonia /
pterilóquia / egofonia / anforofonia)
2. Auscuta da voz baixa ou cochichada
(peterilóquia afônica)
Broncofonia:
• Retumbância exagerada da voz, sem que se
consiga distinguir bem todas as silabas.
• Ocorre nas hepatizações pulmonares em
que os brônquios permanecem permeáveis.
• Ex.: pneumonia, tuberculose, neoplasia
Pterilóquia ou voz cavernosa:
• Retumbância exagerada da voz, permitindo
distinguir as silabas adequadamente.
• Ocorre quando há cavidade fazendo caixa
de ressonância superposta à condensação.
Egofonia
• Voz de polichinelo ou voz caprina
• Voz torna-se aguda, fanha e trêmula.
• Ocorre nos derrames pleurais de médio
volume.
• Pode ocorrer ainda em consolidações
pneumônicas, hidrotórax não muito
abundante e ao nível de cavernas.
Voz Anfórica ou Anforofonia
• Voz vibrante com sonoridade metálica.
• Ocorre em grandes cavidades de paredes
lisas e no pneumotórax que se comunica
com os brônquios por grandes fístulas.
Pterilóquia Afônica
• Na auscuta da voz “cochichada”
normalmente ouve-se ruído difuso, sem
distinguir palavras ou sílabas.
• Na pterilóquia afônica a voz “cochichada”
se transmite perfeitamente (ex.: derrame
pleural seroso ou serofibrinoso)
Ruídos Adventícios
• Definição: ruídos que aparecem em qualquer
área do tórax em condições patológicas do
aparelho respiratório.
1. Roncos e Sibilos
2. Estertores Bolhosos
3. Estertores Crepitantes
4. Atrito Pleural
Roncos e Sibilos:
• Ruídos secos e vibrantes
• Ronco: tonalidade mais baixa / grave
• Sibilos: tonalidade mais alta / fina
• Auscutados na ins e expiração.
• Sibilos são mais intensos na expiração
• São ruídos móveis, que desaparecem conforme
a profundidade da respiração, postura ou com a
tosse.
Roncos e Sibilos
• Têm origem traqueobrônquica
• Produzido pela passagem do ar por estenoses
patológicas dispostas ao longo dos canais aéreos
• Causas das estenoses: edema parcial da mucosa
brônquica, presença de secreções viscosas,
espasmo muscular dos brônquios.
• Quanto mais acentuado o estreitamento da árvore
brônquica, mais agudo o ruído.
• Ex.: Bronquite crônica / Asma
Estertores Bolhosos
• Ruído descontínuo que se produz quando se
encontra na traquéia, brônquios, bronquíolos ou
tecido pulmonar em via de desintegração,
substâncias líquidas que entram em conflito com o
ar e se agitam.
• O local onde o ruído é produzido não deve estar
cercado de parêquima hepatizado / condensado.
• O parênquima deve ser inteira ou parcialmente
arejado.
• Ex.: Brônquite crônica
Estertores Crepitantes
• Indica estado congestivo intenso, com
exudação intra-aoveolar.
• Compõe-se de ruídos muito breves e finos,
exclusivamente inspiratórios.
• Não muda com a respiração forçada ou com a
tosse.
• Ex. pacientes acamados / pneumonias /
tuberculose
Atrito Pleural
• Em condições normais a pleura parietal e
visceral deslizam silenciosamente uma sobre a
outra durante a respiração.
• Se as pleuras tornam-se irregulares ou se cobre
de exsudações pseudomembranosas, há
comprometimento desse deslizamento
produzindo um ruído seco - Atrito Pleral.
• É mais nítido na inspiração.
• Ex.: derrame pleural em resolução.
Ruídos Adventícios
Rx de tórax - Pneumonia

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Exame físico do Tórax
Exame físico do TóraxExame físico do Tórax
Exame físico do Tóraxpauloalambert
 
Semiologia vascular periférica
Semiologia vascular periféricaSemiologia vascular periférica
Semiologia vascular periféricapauloalambert
 
PROPEDÊUTICA DE ABDOME 2-Prof.Alambert
PROPEDÊUTICA DE ABDOME 2-Prof.AlambertPROPEDÊUTICA DE ABDOME 2-Prof.Alambert
PROPEDÊUTICA DE ABDOME 2-Prof.Alambertpauloalambert
 
SINAIS EM RADIOLOGIA TORÁCICA 2.0
SINAIS EM RADIOLOGIA TORÁCICA 2.0SINAIS EM RADIOLOGIA TORÁCICA 2.0
SINAIS EM RADIOLOGIA TORÁCICA 2.0Brenda Lahlou
 
Exame físico do tórax
Exame físico do tóraxExame físico do tórax
Exame físico do tóraxpauloalambert
 
Tosse e expectoração
Tosse e expectoração Tosse e expectoração
Tosse e expectoração Paulo Alambert
 
Semiologia arterial e venosa
Semiologia arterial e venosaSemiologia arterial e venosa
Semiologia arterial e venosaPaulo Alambert
 
Exame fsico do abdome (Davyson Sampaio Braga)
Exame fsico do abdome (Davyson Sampaio Braga)Exame fsico do abdome (Davyson Sampaio Braga)
Exame fsico do abdome (Davyson Sampaio Braga)Davyson Sampaio
 
Exame físico do sist. respiratório
Exame físico do sist. respiratórioExame físico do sist. respiratório
Exame físico do sist. respiratórioresenfe2013
 
FÁCIES,ATITUDE,MARCHA,MOTRICIDADE
FÁCIES,ATITUDE,MARCHA,MOTRICIDADEFÁCIES,ATITUDE,MARCHA,MOTRICIDADE
FÁCIES,ATITUDE,MARCHA,MOTRICIDADEpauloalambert
 
Exame Físico do Aparelho Respiratório (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico do Aparelho Respiratório (Davyson Sampaio Braga)Exame Físico do Aparelho Respiratório (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico do Aparelho Respiratório (Davyson Sampaio Braga)Davyson Sampaio
 
Aparelho geniturinário e exame físico
Aparelho geniturinário e exame físicoAparelho geniturinário e exame físico
Aparelho geniturinário e exame físicoAlinny Cunha
 
Atelectasias e pneumotrax
Atelectasias e pneumotraxAtelectasias e pneumotrax
Atelectasias e pneumotraxFlávia Salame
 
Exame físico do abdome l
Exame físico do abdome lExame físico do abdome l
Exame físico do abdome lpauloalambert
 
Propedêutica pulmonar
Propedêutica pulmonarPropedêutica pulmonar
Propedêutica pulmonardapab
 
Propedêutica vascular
Propedêutica vascularPropedêutica vascular
Propedêutica vascularpauloalambert
 
Avaliação Respiratória
Avaliação RespiratóriaAvaliação Respiratória
Avaliação Respiratóriaresenfe2013
 
Aula sobre Semiologia do Aparelho Digestivo
Aula sobre Semiologia do Aparelho DigestivoAula sobre Semiologia do Aparelho Digestivo
Aula sobre Semiologia do Aparelho DigestivoGastromed Garanhuns
 

La actualidad más candente (20)

Exame físico do Tórax
Exame físico do TóraxExame físico do Tórax
Exame físico do Tórax
 
.pdf
.pdf.pdf
.pdf
 
Semiologia vascular periférica
Semiologia vascular periféricaSemiologia vascular periférica
Semiologia vascular periférica
 
PROPEDÊUTICA DE ABDOME 2-Prof.Alambert
PROPEDÊUTICA DE ABDOME 2-Prof.AlambertPROPEDÊUTICA DE ABDOME 2-Prof.Alambert
PROPEDÊUTICA DE ABDOME 2-Prof.Alambert
 
SINAIS EM RADIOLOGIA TORÁCICA 2.0
SINAIS EM RADIOLOGIA TORÁCICA 2.0SINAIS EM RADIOLOGIA TORÁCICA 2.0
SINAIS EM RADIOLOGIA TORÁCICA 2.0
 
Exame físico do tórax
Exame físico do tóraxExame físico do tórax
Exame físico do tórax
 
Tosse e expectoração
Tosse e expectoração Tosse e expectoração
Tosse e expectoração
 
Semiologia arterial e venosa
Semiologia arterial e venosaSemiologia arterial e venosa
Semiologia arterial e venosa
 
Exame fsico do abdome (Davyson Sampaio Braga)
Exame fsico do abdome (Davyson Sampaio Braga)Exame fsico do abdome (Davyson Sampaio Braga)
Exame fsico do abdome (Davyson Sampaio Braga)
 
Exame físico do sist. respiratório
Exame físico do sist. respiratórioExame físico do sist. respiratório
Exame físico do sist. respiratório
 
FÁCIES,ATITUDE,MARCHA,MOTRICIDADE
FÁCIES,ATITUDE,MARCHA,MOTRICIDADEFÁCIES,ATITUDE,MARCHA,MOTRICIDADE
FÁCIES,ATITUDE,MARCHA,MOTRICIDADE
 
Exame Físico do Aparelho Respiratório (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico do Aparelho Respiratório (Davyson Sampaio Braga)Exame Físico do Aparelho Respiratório (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico do Aparelho Respiratório (Davyson Sampaio Braga)
 
Aparelho geniturinário e exame físico
Aparelho geniturinário e exame físicoAparelho geniturinário e exame físico
Aparelho geniturinário e exame físico
 
Atelectasias e pneumotrax
Atelectasias e pneumotraxAtelectasias e pneumotrax
Atelectasias e pneumotrax
 
Exame físico do abdome l
Exame físico do abdome lExame físico do abdome l
Exame físico do abdome l
 
Propedêutica pulmonar
Propedêutica pulmonarPropedêutica pulmonar
Propedêutica pulmonar
 
Propedêutica vascular
Propedêutica vascularPropedêutica vascular
Propedêutica vascular
 
Exame fisico abdome
Exame fisico abdomeExame fisico abdome
Exame fisico abdome
 
Avaliação Respiratória
Avaliação RespiratóriaAvaliação Respiratória
Avaliação Respiratória
 
Aula sobre Semiologia do Aparelho Digestivo
Aula sobre Semiologia do Aparelho DigestivoAula sobre Semiologia do Aparelho Digestivo
Aula sobre Semiologia do Aparelho Digestivo
 

Destacado

Anamnese RelaçãO Medico Paciente Exame FíSico
Anamnese RelaçãO Medico Paciente  Exame FíSicoAnamnese RelaçãO Medico Paciente  Exame FíSico
Anamnese RelaçãO Medico Paciente Exame FíSicochirlei ferreira
 
Tosse na infância
Tosse na infânciaTosse na infância
Tosse na infânciablogped1
 
Embolia Pulmonar Aula 11
Embolia Pulmonar Aula 11Embolia Pulmonar Aula 11
Embolia Pulmonar Aula 11guest723dca91
 
Critérios de admissão em Unidade de Terapia Intensiva
Critérios de admissão em Unidade de Terapia IntensivaCritérios de admissão em Unidade de Terapia Intensiva
Critérios de admissão em Unidade de Terapia IntensivaAroldo Gavioli
 
Exame físico abdome I
Exame físico abdome IExame físico abdome I
Exame físico abdome Ipauloalambert
 
Porto exame clinico (roteiros) - 7 ª ed
Porto    exame clinico (roteiros) - 7 ª edPorto    exame clinico (roteiros) - 7 ª ed
Porto exame clinico (roteiros) - 7 ª edInglid Fontoura
 
7190539 fisio-fisiologia-do-sistema-cardiovascular
7190539 fisio-fisiologia-do-sistema-cardiovascular7190539 fisio-fisiologia-do-sistema-cardiovascular
7190539 fisio-fisiologia-do-sistema-cardiovascularNatalia Freitas
 
Semiologia aparelho digestorio
Semiologia aparelho digestorioSemiologia aparelho digestorio
Semiologia aparelho digestorioTiaguinhol
 
Frequência Cardíaca e Exercício Físico - Palestra para o 1o Simpósio de Fisio...
Frequência Cardíaca e Exercício Físico - Palestra para o 1o Simpósio de Fisio...Frequência Cardíaca e Exercício Físico - Palestra para o 1o Simpósio de Fisio...
Frequência Cardíaca e Exercício Físico - Palestra para o 1o Simpósio de Fisio...fabricioboscolo
 
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva CronicaDPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva CronicaAna Hollanders
 
Apostila completa uti
Apostila completa   utiApostila completa   uti
Apostila completa utiElisama Cruz
 
Avaliação respiratória
Avaliação respiratóriaAvaliação respiratória
Avaliação respiratóriaresenfe2013
 
Questionario Pré-Atividade Para Academias
Questionario Pré-Atividade Para AcademiasQuestionario Pré-Atividade Para Academias
Questionario Pré-Atividade Para AcademiasDiego Crespo Drago
 
Semiologia do Sistema Respiratório - Dra. Ana Paula Barreto
Semiologia do Sistema Respiratório - Dra. Ana Paula BarretoSemiologia do Sistema Respiratório - Dra. Ana Paula Barreto
Semiologia do Sistema Respiratório - Dra. Ana Paula Barretolabap
 

Destacado (20)

Anamnese RelaçãO Medico Paciente Exame FíSico
Anamnese RelaçãO Medico Paciente  Exame FíSicoAnamnese RelaçãO Medico Paciente  Exame FíSico
Anamnese RelaçãO Medico Paciente Exame FíSico
 
Tosse na infância
Tosse na infânciaTosse na infância
Tosse na infância
 
Anamnese eraldo2014.pptj
Anamnese eraldo2014.pptjAnamnese eraldo2014.pptj
Anamnese eraldo2014.pptj
 
O que é PICO e Pico?
O que é PICO e Pico?O que é PICO e Pico?
O que é PICO e Pico?
 
Ruidos pulmonares
Ruidos pulmonaresRuidos pulmonares
Ruidos pulmonares
 
Embolia Pulmonar Aula 11
Embolia Pulmonar Aula 11Embolia Pulmonar Aula 11
Embolia Pulmonar Aula 11
 
Aprenda a pesquisar no Portal BVS - Tutorial
Aprenda a pesquisar no Portal BVS - TutorialAprenda a pesquisar no Portal BVS - Tutorial
Aprenda a pesquisar no Portal BVS - Tutorial
 
Critérios de admissão em Unidade de Terapia Intensiva
Critérios de admissão em Unidade de Terapia IntensivaCritérios de admissão em Unidade de Terapia Intensiva
Critérios de admissão em Unidade de Terapia Intensiva
 
Exame físico abdome I
Exame físico abdome IExame físico abdome I
Exame físico abdome I
 
Porto exame clinico (roteiros) - 7 ª ed
Porto    exame clinico (roteiros) - 7 ª edPorto    exame clinico (roteiros) - 7 ª ed
Porto exame clinico (roteiros) - 7 ª ed
 
7190539 fisio-fisiologia-do-sistema-cardiovascular
7190539 fisio-fisiologia-do-sistema-cardiovascular7190539 fisio-fisiologia-do-sistema-cardiovascular
7190539 fisio-fisiologia-do-sistema-cardiovascular
 
Semiologia aparelho digestorio
Semiologia aparelho digestorioSemiologia aparelho digestorio
Semiologia aparelho digestorio
 
Frequência Cardíaca e Exercício Físico - Palestra para o 1o Simpósio de Fisio...
Frequência Cardíaca e Exercício Físico - Palestra para o 1o Simpósio de Fisio...Frequência Cardíaca e Exercício Físico - Palestra para o 1o Simpósio de Fisio...
Frequência Cardíaca e Exercício Físico - Palestra para o 1o Simpósio de Fisio...
 
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva CronicaDPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
 
Apostila completa uti
Apostila completa   utiApostila completa   uti
Apostila completa uti
 
Avaliação respiratória
Avaliação respiratóriaAvaliação respiratória
Avaliação respiratória
 
Saúde da mulher slides
Saúde da mulher  slidesSaúde da mulher  slides
Saúde da mulher slides
 
Questionario Pré-Atividade Para Academias
Questionario Pré-Atividade Para AcademiasQuestionario Pré-Atividade Para Academias
Questionario Pré-Atividade Para Academias
 
Semiologia do Sistema Respiratório - Dra. Ana Paula Barreto
Semiologia do Sistema Respiratório - Dra. Ana Paula BarretoSemiologia do Sistema Respiratório - Dra. Ana Paula Barreto
Semiologia do Sistema Respiratório - Dra. Ana Paula Barreto
 
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM UTI
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM UTIAVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM UTI
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM UTI
 

Similar a Percussão e ausculta pulmonar

ANATOMIA RESPIRATÓRIA WLGLIMA.pptx
ANATOMIA RESPIRATÓRIA WLGLIMA.pptxANATOMIA RESPIRATÓRIA WLGLIMA.pptx
ANATOMIA RESPIRATÓRIA WLGLIMA.pptxWashington Luiz Lima
 
Semiologia: Cianose, tosse e dispneia
Semiologia: Cianose, tosse e dispneiaSemiologia: Cianose, tosse e dispneia
Semiologia: Cianose, tosse e dispneiaTHIAGO MELANIAS
 
Regiões de interesse cirurgico em animais.pdf
Regiões de interesse cirurgico em animais.pdfRegiões de interesse cirurgico em animais.pdf
Regiões de interesse cirurgico em animais.pdfThompsonLeite1
 
Monitoria de anatomia e fisiologia respiratória
Monitoria de anatomia e fisiologia respiratóriaMonitoria de anatomia e fisiologia respiratória
Monitoria de anatomia e fisiologia respiratóriaFisioterapeuta
 
Viajando Com O Ar
Viajando Com O ArViajando Com O Ar
Viajando Com O Arguestdb5b7a
 
Estudo da fonética_do_idioma_português_-_slides[1]
Estudo da fonética_do_idioma_português_-_slides[1]Estudo da fonética_do_idioma_português_-_slides[1]
Estudo da fonética_do_idioma_português_-_slides[1]Aparecida Mallagoli
 
Estudo da fonética_do_idioma_português_-_slides[1] (1)
Estudo da fonética_do_idioma_português_-_slides[1] (1)Estudo da fonética_do_idioma_português_-_slides[1] (1)
Estudo da fonética_do_idioma_português_-_slides[1] (1)Aparecida Mallagoli
 
simiologia do abdomem.pptx
simiologia do abdomem.pptxsimiologia do abdomem.pptx
simiologia do abdomem.pptxNiraLumbo
 
Fisiologia respiratória
 Fisiologia respiratória Fisiologia respiratória
Fisiologia respiratóriaLdioBarbosa
 
Avaliação respiratoria 3
Avaliação respiratoria 3Avaliação respiratoria 3
Avaliação respiratoria 3FlvioRibeiro40
 
Semiologia do Abdomen.pptx
Semiologia do Abdomen.pptxSemiologia do Abdomen.pptx
Semiologia do Abdomen.pptxlvaroCosta22
 

Similar a Percussão e ausculta pulmonar (20)

DTP 05 21 sp
DTP 05 21 spDTP 05 21 sp
DTP 05 21 sp
 
Ascultapulmonar (2)
Ascultapulmonar (2)Ascultapulmonar (2)
Ascultapulmonar (2)
 
Ascultapulmonar (2)
Ascultapulmonar (2)Ascultapulmonar (2)
Ascultapulmonar (2)
 
ANATOMIA RESPIRATÓRIA WLGLIMA.pptx
ANATOMIA RESPIRATÓRIA WLGLIMA.pptxANATOMIA RESPIRATÓRIA WLGLIMA.pptx
ANATOMIA RESPIRATÓRIA WLGLIMA.pptx
 
Semiologia: Cianose, tosse e dispneia
Semiologia: Cianose, tosse e dispneiaSemiologia: Cianose, tosse e dispneia
Semiologia: Cianose, tosse e dispneia
 
Semiologia respiration final
Semiologia respiration finalSemiologia respiration final
Semiologia respiration final
 
Regiões de interesse cirurgico em animais.pdf
Regiões de interesse cirurgico em animais.pdfRegiões de interesse cirurgico em animais.pdf
Regiões de interesse cirurgico em animais.pdf
 
Monitoria de anatomia e fisiologia respiratória
Monitoria de anatomia e fisiologia respiratóriaMonitoria de anatomia e fisiologia respiratória
Monitoria de anatomia e fisiologia respiratória
 
Viajando Com O Ar
Viajando Com O ArViajando Com O Ar
Viajando Com O Ar
 
Estudo da fonética_do_idioma_português_-_slides[1]
Estudo da fonética_do_idioma_português_-_slides[1]Estudo da fonética_do_idioma_português_-_slides[1]
Estudo da fonética_do_idioma_português_-_slides[1]
 
Estudo da fonética_do_idioma_português_-_slides[1] (1)
Estudo da fonética_do_idioma_português_-_slides[1] (1)Estudo da fonética_do_idioma_português_-_slides[1] (1)
Estudo da fonética_do_idioma_português_-_slides[1] (1)
 
Tosse e hemoptise
Tosse e hemoptiseTosse e hemoptise
Tosse e hemoptise
 
simiologia do abdomem.pptx
simiologia do abdomem.pptxsimiologia do abdomem.pptx
simiologia do abdomem.pptx
 
aulafinal.pdf
aulafinal.pdfaulafinal.pdf
aulafinal.pdf
 
Fisiologia respiratória
 Fisiologia respiratória Fisiologia respiratória
Fisiologia respiratória
 
Sistema respiratório
Sistema respiratórioSistema respiratório
Sistema respiratório
 
Avaliação respiratoria 3
Avaliação respiratoria 3Avaliação respiratoria 3
Avaliação respiratoria 3
 
semio.ppt
semio.pptsemio.ppt
semio.ppt
 
Semiologia do Abdomen.pptx
Semiologia do Abdomen.pptxSemiologia do Abdomen.pptx
Semiologia do Abdomen.pptx
 
Tc5 naso orofaringe
Tc5 naso orofaringeTc5 naso orofaringe
Tc5 naso orofaringe
 

Percussão e ausculta pulmonar

  • 1. PERCUSSÃO • Objetivo: produzir sons cujas características variam conforme as propriedades físicas da área percutida, de modo a: 1. Limitar órgão na superfície da pele 2. Reconhecer alterações físicas de certos órgãos.
  • 2. Percussão - Tipos: 1. Percussão Imediata ou Direta: consiste em percurtir diretamente a superfície do corpo com os dedos - pouco usada - ex.: percussão de vértebras. 2. Percussão Mediata ou Indireta: coloca-se um dedo na superfície do tórax e sobre o mesmo se percute com o dedo da outra mão - percussão dígito-digital.
  • 3. Percussão - Técnica • Paciente sentado, face posterior do tórax, de cima para baixo, colocando-se o médico atrás e à esquerda do paciente. 1. Percutir separadamente cada hemitórax. 2. Percutir comparativamente e simetricamente ambos hemitórax.
  • 4. Percussão - Técnica Mão esquerda, com os dedos ligeiramente separados, deve apoiar-se suavemente sobre a parede, e o dedo médio, sobre o qual se percute, exerce apenas uma leve pressão sobre o tórax.
  • 5. Percussão - Técnica O movimento da mão que percute (direita) é de flexão e extensão sobre o punho, nunca envolvendo a articulação do cotovelo ou ombro.
  • 6. Percussão - Técnica • Os golpes dados com a extremidade distal do dedo médio (os demais se conservam parcialmente fletidos) serão sempre da mesma intensidade (suaves ou medianamente fortes). • Um pequeno intervalo a cada dois golpes, suspendendo imediatamente o dedo percurssor.
  • 7. Tonalidade de Som: • Som claro atimpânico / som claro pulmonar / sonoridade pulmonar - área de projeção dos pulmões • Som claro timpânico / timpanismo: espaço de Traube (estômago e cólon) • Som maciço / som obscuro / macicez: - região inframamária direita (macicez hepática) • Som submaciço / som relativamente obscuro / submacicez - região inframamária esquerda (transição pulmão-coração)
  • 9. Espaço de Traube: Espaço de forma semilunar com aproximadamente 9- 11 cm de largura e 10cm de altura, localizado em abaixo da linha inframamária direita.
  • 10. Importante: • A zona de vibração perceptível pelo ouvido atinge em profundidade o parênquima pulmonar somente cerca de 4 cm, ou seja 6 cm da superfície do tórax. • Influenciam na percussão: espessura, tensão e elasticidade da parede torácica; massa muscular; infiltrados inflamatórios; edema; mamas; tecido adiposo, idade, deformidades da coluna vertebral.
  • 11. Som normal da percussão nas diversas regiões
  • 12. Hemitórax Direito - anteriormente • Som claro até 5ª costela • abaixo: muda para submaciço (diafragma) • posteriormente: maciço (fígado)
  • 13. Hemitórax esquerdo - Anteriormente • Som claro até 4ª costela • abaixo: submacicez (sobreposição pulmão / coração) • posteriormente: macicez (coração) • Abaixo da macicez cardíaca: timpanismo (espaço de Traube - estômago / cólon)
  • 14. Lateralmente: • Direita: som claro até 7ª costela Abaixo: macicez hepática • Esquerda: som claro até 7ª costela Abaixo: timpanismo (Espaço de Traube)
  • 15. Posteriormente • Direita: som claro até 9ª-10ª costelas Abaixo: macicez hepática • Esquerda: som claro até 9ª-10ª costelas Abaixo: macicez esplênica e renal ***Importante: abaixo do ângulo da escápula, o som é bem mais claro pois nesta região a espessura da parede torácica é menor (até 4 dedos abaixo do ângulo escapular)
  • 16. Rx de tórax normal
  • 18. Hipersonoridade: • Som demasiadamente claro 1. Compressão pulmonar ( ex.: pulmão superposto a um pequeno derrame pleural, pulmão vizinho a coração aumentado) 2. Deslocamento do diafragma (ex.; ascite, grandes tumores abdominais) 3. Enfisema pulmonar (fases iniciais)
  • 19. Macicez e Submacicez: • Ocorre quando: 1. Entre o pulmão e a parede torácica se interpões massas privadas de ar (ex: derrames líquidos da pleura ) - Macicez absoluta 2. O pulmão, na área que se percute, está privado de ar, parcial ou totalmente (ex: atelectasias / pneumonias / tumores / tuberculose / abscessos) - Macicez ou Submacicez
  • 20. Timpanismo: 1. Skodismo : timpanismo a precussão da região clavipeitoral de um doente que tenha um derrame volumoso chegando até 4ª costela. 2. Compressões: cardiomegalia / derrame pericárdico / tumores de mediastino / hepatomegalia / esplenomegalia / útero gravídico 3. Pneumotórax aberto ( comunicação direta com os brônquios) 4. Cavernas 5. Enfisema Pulmonar antigo
  • 21. Rx tórax - Pneumonia
  • 23. Auscuta Pulmonar - Técnica • Paciente deve ficar em posição cômoda, respirando tranqüilamente e normalmente pela boca entreaberta. • Auscuta indireta ou mediata: estetoscópio. • Tórax despido sempre que possível • Limite: 4 dedos abaixo do ângulo inferior da escápula (bases pulmonares) • Tosse / respiração profunda
  • 24. Ruído Respiratório Normal • Murmúrio vesicular (periferia do tórax) • Ruído Laringotraqueal / sopro glótico / respiração brônquica (laringe, traquéia, ao nível de C7 e adjacências, espaço interescapular)
  • 25. Importante: • O MV pode ser fisiologicamente menos intenso em pessoas obesas, ou com edema de parede torácica, ou com musculatura muito desenvolvida. • Nas crinaças o MV é fisiologicamente mais forte.
  • 26. Mecanismo de Produção do Ruído Respiratório Normal • Sopro glótico: deve-se a passagem de ar pela fenda glótica. • Murmúrio Vesicular: 1. Passagem de ar pela coarctação dos bronquíolos 2. Vibrações sonoras produzidas pela distensão inspiratória das paredes alveolares
  • 27. Alterações Patológicas do MV 1. Exagero do MV (dispnéia, taquipnéia, indivíduos magros) 2. Diminuição ou abolição do MV (enfisema, penumonia, pneumotórax, derrame pleural) 3. MV rude: indica lesão superficial dos brônquios e dos alvéolos, secreção brônquica ou congestão do aparelho broncoaoveolar.
  • 28. SOPROS • Ocorrem: 1. Quando o pulmão perde a sua textura alveolar, tornando-se hepatizado, condensado, privado de ar. 2. Nas cavernas
  • 29. Importante: O sopro que se ouve na parede torácica é o próprio sopro glótico; não nasce na lesão, mas vem da glote, e devido a hepatização do parênquima pulmonar, se espalha do seu foco originário e vai ser audível na sede da lesão.
  • 30. Variedades de Sopros 1. Tubário: • É o próprio sopro glótico transmitido pelas condensações pulmonares, masi intenso e de tonalidade mais elevada na expiração. • Ex.: pneumonia • Dele se derivam todos os outros sopros.
  • 31. Variedades de Sopros 2. Sopro Pleural: • É o sopro tubário modificado pela presença de uma camada líquida entre o pulmão condensado e a parede torácica. • Maior intensidade / tonalidade mais aguda • Predomina na expiração • Sopro em “i”.
  • 32. Variedades de Sopros 3. Sopro Cavitário: • É o sopro tubário modificado pela interposição de uma cavidade contendo ar e formando caixa de ressonância, situado entre a área pulmonar condensada e a parede torácica. • Tonalidade baixa / grave • Sopro em “u”.
  • 33. Variedades de Sopros 4. Sopro Anfórico: • Sopro tubário modificado pela interposição de uma cavidade grande, cheia de ar, com paredes lisas e tensas. • Timbre metálico
  • 34. Auscuta da Voz 1. Auscuta a distância 2. Auscuta torácica da voz
  • 35. Auscuta a distância: • Voz Nasal: amigdalites, adenóides, destruição do véu palatino • Voz bitonal: compressão do nervo recorrente esquerdo (aneurisma da aorta, tumor do mediastino, adenopatias traqueobrônquicas) • Voz em falsete: fonação aguda, esganiçada (compressão no recorrete esquerdo) • Voz rouca: lesões das cordas vocais, laringites, compressão do recorrente ou do peneumogástrico. • Ausência da voz: alterações das cordas vocais e compressão do recorrente ou do pneumogástrico.
  • 36. Auscuta torácica da voz • Paciente pronuncia “trinta e três” durante a auscuta torácica. 1. Auscuta da voz alta (broncofonia / pterilóquia / egofonia / anforofonia) 2. Auscuta da voz baixa ou cochichada (peterilóquia afônica)
  • 37. Broncofonia: • Retumbância exagerada da voz, sem que se consiga distinguir bem todas as silabas. • Ocorre nas hepatizações pulmonares em que os brônquios permanecem permeáveis. • Ex.: pneumonia, tuberculose, neoplasia
  • 38. Pterilóquia ou voz cavernosa: • Retumbância exagerada da voz, permitindo distinguir as silabas adequadamente. • Ocorre quando há cavidade fazendo caixa de ressonância superposta à condensação.
  • 39. Egofonia • Voz de polichinelo ou voz caprina • Voz torna-se aguda, fanha e trêmula. • Ocorre nos derrames pleurais de médio volume. • Pode ocorrer ainda em consolidações pneumônicas, hidrotórax não muito abundante e ao nível de cavernas.
  • 40. Voz Anfórica ou Anforofonia • Voz vibrante com sonoridade metálica. • Ocorre em grandes cavidades de paredes lisas e no pneumotórax que se comunica com os brônquios por grandes fístulas.
  • 41. Pterilóquia Afônica • Na auscuta da voz “cochichada” normalmente ouve-se ruído difuso, sem distinguir palavras ou sílabas. • Na pterilóquia afônica a voz “cochichada” se transmite perfeitamente (ex.: derrame pleural seroso ou serofibrinoso)
  • 42. Ruídos Adventícios • Definição: ruídos que aparecem em qualquer área do tórax em condições patológicas do aparelho respiratório. 1. Roncos e Sibilos 2. Estertores Bolhosos 3. Estertores Crepitantes 4. Atrito Pleural
  • 43. Roncos e Sibilos: • Ruídos secos e vibrantes • Ronco: tonalidade mais baixa / grave • Sibilos: tonalidade mais alta / fina • Auscutados na ins e expiração. • Sibilos são mais intensos na expiração • São ruídos móveis, que desaparecem conforme a profundidade da respiração, postura ou com a tosse.
  • 44. Roncos e Sibilos • Têm origem traqueobrônquica • Produzido pela passagem do ar por estenoses patológicas dispostas ao longo dos canais aéreos • Causas das estenoses: edema parcial da mucosa brônquica, presença de secreções viscosas, espasmo muscular dos brônquios. • Quanto mais acentuado o estreitamento da árvore brônquica, mais agudo o ruído. • Ex.: Bronquite crônica / Asma
  • 45. Estertores Bolhosos • Ruído descontínuo que se produz quando se encontra na traquéia, brônquios, bronquíolos ou tecido pulmonar em via de desintegração, substâncias líquidas que entram em conflito com o ar e se agitam. • O local onde o ruído é produzido não deve estar cercado de parêquima hepatizado / condensado. • O parênquima deve ser inteira ou parcialmente arejado. • Ex.: Brônquite crônica
  • 46. Estertores Crepitantes • Indica estado congestivo intenso, com exudação intra-aoveolar. • Compõe-se de ruídos muito breves e finos, exclusivamente inspiratórios. • Não muda com a respiração forçada ou com a tosse. • Ex. pacientes acamados / pneumonias / tuberculose
  • 47. Atrito Pleural • Em condições normais a pleura parietal e visceral deslizam silenciosamente uma sobre a outra durante a respiração. • Se as pleuras tornam-se irregulares ou se cobre de exsudações pseudomembranosas, há comprometimento desse deslizamento produzindo um ruído seco - Atrito Pleral. • É mais nítido na inspiração. • Ex.: derrame pleural em resolução.
  • 49. Rx de tórax - Pneumonia