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AT16 – TAA
AT17 - TAF
Trauma Abdominal Aberto
Trauma Abdominal Fechado
Quando suspeitar ou critérios de inclusão
 Lesão aberta no abdome, com mecanismo de trauma
sugestivo (arma de fogo, arma branca, acidentes com
veículos a motor, atropelamento e outros).
Trauma abdominal aberto é quando um objeto perfura o
indivíduo causando descontinuidade dos tecidos.
Sua gravidade baseia-se, sobretudo na possível existência
de uma lesão visceral podendo levar à morte imediata por
hemorragias e choque ou, tardiamente, por infecções.
 Os traumatismos podem ser de
elevada velocidade, como ferimentos
por armas de fogo, ou de baixa
velocidade, como facadas.
 Diferentes estruturas podem ser
lesadas, incluindo o duodeno, o baço,
o fígado, os rins e órgãos pélvicos.
 Ferimentos por arma branca normalmente atravessam as estruturas
abdominais adjacentes e geralmente envolvem o fígado (40%), o
intestino delgado (30%), o diafragma (20%) e o colón (15%).
 Ferimentos por arma de fogo podem causar lesões intra-abdominais
adicionais em decorrência de sua trajetória, do efeito de cavitação e
da possível fragmentação do projetil, frequentemente acometem
mais o intestino delgado (50%), o colón (40%), o fígado (30%) e as
estruturas vasculares abdominais (25%).
 As lesões dependem do tipo de munição utilizada e da distância
entre a arma e o doente.
Conduta
 1. Realizar avaliação primária (Protocolo AT1) e secundária (Protocolo AT2).
 2. Administrar O2 em alto fl uxo para manter SatO2 ≥ 94%.
 3. Monitorizar a oximetria de pulso.
 4. Controlar sangramentos externos.
 5. Instalar acesso venoso.
 6. Realizar a reposição volêmica, se necessária, conforme protocolo do
choque (Protocolo AT4).
Conduta
 7. Providenciar cuidados com os ferimentos e objetos encravados ou
empalados:
 • não devem ser movidos ou removidos no APH;
 • devem ser fixados e imobilizados para evitar movimentação durante o
transporte;
 • se ocorrer sangramento ao redor do objeto, fazer pressão direta sobre o
ferimento ao redor do objeto (com a própria mão e/ou compressas);
 • não palpar o abdome para evitar maior laceração de vísceras.
Conduta
 8. Providenciar cuidados em caso de evisceração:
 • não tentar recolocar os órgãos de volta na cavidade abdominal;
 • cobri-los com compressas estéreis umedecidas com SF e plástico especial
para evisceração, quando disponível
 9. Realizar a mobilização cuidadosa e considerar a necessidade de
imobilização adequada da coluna cervical, tronco e membros, em prancha
longa com alinhamento anatômico, sem atraso para o transporte.
 10. Realizar contato com a Regulação Médica para definição do
encaminhamento e/ou unidade de saúde de destino.
 • Considerar os 3 “S” (Protocolos PE1, PE2, PE3).
 • Considerar a cinemática do trauma e sempre buscar lesões associadas em outros segmentos.
 • Na ausência de TCE, a restauração da PA por meio da reposição volêmica deve alcançar entre
80 e 90mmHg para evitar novos sangramentos.
 • Em caso de arma de fogo ou arma branca considerar as informações possíveis sobre o tipo de
arma utilizada, a distância do agressor e a posição do paciente. Nesses tipos de mecanismos, são
esperados múltiplos ferimentos.
 • Atentar para as lesões torácicas que podem cursar com lesões de órgãos intra-abdominais:
 • Tórax anterior: abaixo da linha mamária;
 • Dorso: abaixo da linha infra-escapular e flanco (entre as linhas axilar anterior e posterior, do 6º
espaço intercostal até a crista ilíaca).
AT17 - TAF – Trauma abdominal fechado
 Lesão fechada no abdome, com mecanismo de trauma
sugestivo (acidentes com veículos a motor,
atropelamento, violência interpessoal e outros),
associado a alguns dos seguintes sinais ou sintomas:
 • equimoses, contusões, escoriações e outras lesões no
abdome;
 • equimose linear transversal na parede abdominal
(sinal do cinto de segurança);
Quando suspeitar ou critérios de inclusão
Quando suspeitar ou critérios de inclusão
 • dor e sensibilidade à palpação abdominal;
 • rigidez ou distensão abdominal;
 • sinais de choque sem causa aparente ou mais grave do
que o explicado por outras lesões.
O traumatismo abdominal fechado é definido como a
presença de lesão do abdómen e/ou órgãos
abdominais, secundária ao impacto de um objeto
ou superfície contundente (não penetrante).
Qual a conduta no trauma abdominal fechado?
 Situação 1: paciente instável com lesões limitadas ao abdômen.
 Conduta: laparotomia exploradora.
 Situação 2: paciente muito grave, instável, com lesões múltiplas e sem que se
saiba se a lesão causadora da instabilidade hemodinâmica estará no abdômen.
 Conduta: lavado peritoneal ou ultra-som FAST.
O que é o Exame FAST?
(Focused Assessment With Sonography in Trauma)
 A Avaliação Focalizada com Sonografia para Trauma (FAST) é o exame de
triagem padrão realizado em pacientes traumatizados e envolve avaliações
do pericárdio, busca de hemopericardio e tamponamento, e do flanco direito,
flanco esquerdo e pelve, para procurar por líquido livre intraperitoneal.
Conduta
 1. Realizar avaliação primária (Protocolo AT1) e secundária
(Protocolo AT2).
 2. Administrar O2 em alto fluxo para manter SatO2 ≥ 94%.
 3. Monitorizar a oximetria de pulso.
 4. Instalar acesso venoso.
 5. Realizar a reposição volêmica, se necessária, conforme protocolo
do choque (Protocolo AT4).
Conduta
 6. Realizar a mobilização cuidadosa e considerar a
necessidade de imobilização adequada da coluna cervical,
tronco e membros, em prancha longa com alinhamento
anatômico, sem atraso para o transporte.
 7. Realizar contato com a Regulação Médica para definição
do encaminhamento e/ou unidade de saúde de destino
Observações
 • Considerar os 3 “S” (Protocolos PE1, PE2, PE3).
 • Considerar a cinemática do trauma e sempre buscar
lesões associadas em outros segmentos.
 • Na ausência de TCE, a restauração da PA por meio da
reposição volêmica deve alcançar entre 80 e 90mmHg
para evitar novos sangramentos.
 • Atentar para as lesões torácicas que podem cursar com
lesões de órgãos intra-abdominais:
 • Tórax anterior: abaixo da linha mamária;
 • Dorso: abaixo da linha infra-escapular e flanco (entre as
linhas axilar anterior e posterior, do 6º espaço intercostal
até a crista ilíaca).
 • A ausculta de ruídos hidroaéreos não é útil.
 • Evitar a palpação profunda quando houver evidência
franca de lesão, pois ela pode aumentar hemorragias e
piorar outras lesões.
 • Pode haver associação de trauma raquimedular no
trauma abdominal fechado.
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Colégio americano de cirurgiões ATLS: Suporte Avançado de Vida no Trauma
10º edição. Chicago: Copyright, 2018.
 MS – Protocolos de Suporte Avançado de Vida
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  • 1. AT16 – TAA AT17 - TAF Trauma Abdominal Aberto Trauma Abdominal Fechado
  • 2. Quando suspeitar ou critérios de inclusão  Lesão aberta no abdome, com mecanismo de trauma sugestivo (arma de fogo, arma branca, acidentes com veículos a motor, atropelamento e outros). Trauma abdominal aberto é quando um objeto perfura o indivíduo causando descontinuidade dos tecidos. Sua gravidade baseia-se, sobretudo na possível existência de uma lesão visceral podendo levar à morte imediata por hemorragias e choque ou, tardiamente, por infecções.
  • 3.
  • 4.  Os traumatismos podem ser de elevada velocidade, como ferimentos por armas de fogo, ou de baixa velocidade, como facadas.  Diferentes estruturas podem ser lesadas, incluindo o duodeno, o baço, o fígado, os rins e órgãos pélvicos.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.  Ferimentos por arma branca normalmente atravessam as estruturas abdominais adjacentes e geralmente envolvem o fígado (40%), o intestino delgado (30%), o diafragma (20%) e o colón (15%).  Ferimentos por arma de fogo podem causar lesões intra-abdominais adicionais em decorrência de sua trajetória, do efeito de cavitação e da possível fragmentação do projetil, frequentemente acometem mais o intestino delgado (50%), o colón (40%), o fígado (30%) e as estruturas vasculares abdominais (25%).  As lesões dependem do tipo de munição utilizada e da distância entre a arma e o doente.
  • 9. Conduta  1. Realizar avaliação primária (Protocolo AT1) e secundária (Protocolo AT2).  2. Administrar O2 em alto fl uxo para manter SatO2 ≥ 94%.  3. Monitorizar a oximetria de pulso.  4. Controlar sangramentos externos.  5. Instalar acesso venoso.  6. Realizar a reposição volêmica, se necessária, conforme protocolo do choque (Protocolo AT4).
  • 10. Conduta  7. Providenciar cuidados com os ferimentos e objetos encravados ou empalados:  • não devem ser movidos ou removidos no APH;  • devem ser fixados e imobilizados para evitar movimentação durante o transporte;  • se ocorrer sangramento ao redor do objeto, fazer pressão direta sobre o ferimento ao redor do objeto (com a própria mão e/ou compressas);  • não palpar o abdome para evitar maior laceração de vísceras.
  • 11. Conduta  8. Providenciar cuidados em caso de evisceração:  • não tentar recolocar os órgãos de volta na cavidade abdominal;  • cobri-los com compressas estéreis umedecidas com SF e plástico especial para evisceração, quando disponível  9. Realizar a mobilização cuidadosa e considerar a necessidade de imobilização adequada da coluna cervical, tronco e membros, em prancha longa com alinhamento anatômico, sem atraso para o transporte.  10. Realizar contato com a Regulação Médica para definição do encaminhamento e/ou unidade de saúde de destino.
  • 12.  • Considerar os 3 “S” (Protocolos PE1, PE2, PE3).  • Considerar a cinemática do trauma e sempre buscar lesões associadas em outros segmentos.  • Na ausência de TCE, a restauração da PA por meio da reposição volêmica deve alcançar entre 80 e 90mmHg para evitar novos sangramentos.  • Em caso de arma de fogo ou arma branca considerar as informações possíveis sobre o tipo de arma utilizada, a distância do agressor e a posição do paciente. Nesses tipos de mecanismos, são esperados múltiplos ferimentos.  • Atentar para as lesões torácicas que podem cursar com lesões de órgãos intra-abdominais:  • Tórax anterior: abaixo da linha mamária;  • Dorso: abaixo da linha infra-escapular e flanco (entre as linhas axilar anterior e posterior, do 6º espaço intercostal até a crista ilíaca).
  • 13. AT17 - TAF – Trauma abdominal fechado  Lesão fechada no abdome, com mecanismo de trauma sugestivo (acidentes com veículos a motor, atropelamento, violência interpessoal e outros), associado a alguns dos seguintes sinais ou sintomas:  • equimoses, contusões, escoriações e outras lesões no abdome;  • equimose linear transversal na parede abdominal (sinal do cinto de segurança); Quando suspeitar ou critérios de inclusão
  • 14. Quando suspeitar ou critérios de inclusão  • dor e sensibilidade à palpação abdominal;  • rigidez ou distensão abdominal;  • sinais de choque sem causa aparente ou mais grave do que o explicado por outras lesões.
  • 15. O traumatismo abdominal fechado é definido como a presença de lesão do abdómen e/ou órgãos abdominais, secundária ao impacto de um objeto ou superfície contundente (não penetrante).
  • 16.
  • 17. Qual a conduta no trauma abdominal fechado?  Situação 1: paciente instável com lesões limitadas ao abdômen.  Conduta: laparotomia exploradora.  Situação 2: paciente muito grave, instável, com lesões múltiplas e sem que se saiba se a lesão causadora da instabilidade hemodinâmica estará no abdômen.  Conduta: lavado peritoneal ou ultra-som FAST.
  • 18. O que é o Exame FAST? (Focused Assessment With Sonography in Trauma)  A Avaliação Focalizada com Sonografia para Trauma (FAST) é o exame de triagem padrão realizado em pacientes traumatizados e envolve avaliações do pericárdio, busca de hemopericardio e tamponamento, e do flanco direito, flanco esquerdo e pelve, para procurar por líquido livre intraperitoneal.
  • 19.
  • 20.
  • 21. Conduta  1. Realizar avaliação primária (Protocolo AT1) e secundária (Protocolo AT2).  2. Administrar O2 em alto fluxo para manter SatO2 ≥ 94%.  3. Monitorizar a oximetria de pulso.  4. Instalar acesso venoso.  5. Realizar a reposição volêmica, se necessária, conforme protocolo do choque (Protocolo AT4).
  • 22.
  • 23. Conduta  6. Realizar a mobilização cuidadosa e considerar a necessidade de imobilização adequada da coluna cervical, tronco e membros, em prancha longa com alinhamento anatômico, sem atraso para o transporte.  7. Realizar contato com a Regulação Médica para definição do encaminhamento e/ou unidade de saúde de destino
  • 24. Observações  • Considerar os 3 “S” (Protocolos PE1, PE2, PE3).  • Considerar a cinemática do trauma e sempre buscar lesões associadas em outros segmentos.  • Na ausência de TCE, a restauração da PA por meio da reposição volêmica deve alcançar entre 80 e 90mmHg para evitar novos sangramentos.
  • 25.  • Atentar para as lesões torácicas que podem cursar com lesões de órgãos intra-abdominais:  • Tórax anterior: abaixo da linha mamária;  • Dorso: abaixo da linha infra-escapular e flanco (entre as linhas axilar anterior e posterior, do 6º espaço intercostal até a crista ilíaca).
  • 26.  • A ausculta de ruídos hidroaéreos não é útil.  • Evitar a palpação profunda quando houver evidência franca de lesão, pois ela pode aumentar hemorragias e piorar outras lesões.  • Pode haver associação de trauma raquimedular no trauma abdominal fechado.
  • 27.  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  Colégio americano de cirurgiões ATLS: Suporte Avançado de Vida no Trauma 10º edição. Chicago: Copyright, 2018.  MS – Protocolos de Suporte Avançado de Vida