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Apoio
Capítulo VII
Distâncias de segurança de subestações e sistemas
de proteção contra incêndios em subestações
	 Este fascículo vem apresentando
conceitos de engenharia para projeto
e especificação de equipamentos de
subestações de transmissão e distribuição. O
primeiro artigo desta série cobriu aspectos
de estudos do sistema elétrico que servem
de base para as especificações técnicas dos
equipamentos. O segundo cobriu conceitos
sobre curtos-circuitos, ampacidades,
sobrecargas e contatos elétricos. O terceiro
abordou o tema “técnicas de ensaios de
alta potência, laboratórios de ensaios e
principais ensaios”. No quarto capítulo,
falou-se sobre os estudos elétricos de
sobretensões, coordenação de isolamento e
Por Sérgio Feitoza Costa*
EquipamentosparasubestaçõesdeT&D
impactos de campos elétricos e magnéticos.
No quinto capítulo, o tema abordado foi a
recentebrochuraCigré602,sobresimulação
de arcos, e no anterior, discutimos as
especificações técnicas de disjuntores,
secionadores, painéis e para-raios feitas
por concessionárias de energia. A seguir,
trataremos das distâncias de segurança
de subestações e dos sistemas de proteção
contra incêndios em subestações.
Distâncias dielétricas de
segurança
	 No projeto e na operação de subesta­
Tensão nominal
do sistema
Un eficaz
kV
3
15
132
220
Tensão máxima
do sistema
Um eficaz
kV
3,6
17,5
145
245
Tensão suportável
de curta duração
frequencia industrial
eficaz
kV
10
38
185b
230
275
275b
325b
360
395
460
Tensão nominal
suportável de impulso
atmosférico
1,2/50 μs (valor de pico)
kV
20
40
75
95
450b
550
650
650b
750b
850
950
1.050
Instalação abrigada
mm
60
60
120
160
Instalação externa
mm
120
120
160
160
900
1.100
1.300
1.300
1.500
1.700
1.900
2.100
Mínima distância
fase-terra e fase-fase Nc
ções, há diferentes tipos de distâncias
de segurança a observar. A primeira
delas refere-se às chamadas “distâncias
dielétricas”. Estas são as distâncias mínimas
de projeto necessárias para que, nas partes
vivas da subestação energizada, não
aconteçam descargas dielétricas entre estas
e outros equipamentos, partes vizinhas ou
mesmo pessoas. Exemplos destas distâncias
de segurança a serem utilizadas em novos
projetos são as especificadas na norma IEC
61936-1 – Power Installations Exceeding 1
kV AC – Part 1 – Common Rules. Alguns
exemplos podem ser vistos na Tabela 1 a
seguir.
Tabela 1 – Distâncias mínimas no ar – Tensões nominais (1 kV < Um ≤ 245 kV)
45
Apoio
	 O conceito atrás destes valores é que,
se uma subestação é projetada utilizando
a Tabela 1, ela não precisaria ser “testada”
do ponto de vista dos ensaios dielétricos
de tensão aplicada CA e tensão suportável
de impulso. Não é incomum encontrar
subestações mais antigas com distâncias
menores que estas e funcionando muito
bem. Estes valores vão, ao longo do tempo,
sendo aperfeiçoados nas normas com base
na experiência que vai sendo adquirida
e mesmo em padrões de segurança mais
severos para evitar descargas e acidentes.
Distâncias magnéticas de
segurança
	 O segundo tipo de distância diz respeito
às distâncias magnéticas de segurança.
Os campos magnéticos produzidos por
correntes permanentes mais elevadas
ou pela existência de reatores próximos
podem causar impactos sobre pessoas e
instalações, assim como afetar aspectos
da compatibilidade magnética de
equipamentos e sistemas de subestação.
Os campos magnéticos diminuem com o
aumento da distância à fonte que o produz
(ver Figura 1). Se ficarem acima de certos
níveis, podem ser prejudiciais às pessoas
(saúde) e às instalações (aquecimentos
indevidos).
Figura 1 – Campo magnético em uma subestação.
	 No que diz respeito aos impactos à
saúde,háregulamentosparaonívelmáximo
do campo magnético a que as pessoas
podem ser expostas. O nível de exposição
depende do tipo de atividade da pessoa –
trabalhadores (exposição ocupacional)
ou público em geral. O nível de exposição
permitido para o público em geral é menor
46
Apoio
EquipamentosparasubestaçõesdeT&D
que o permitido para trabalhadores. O
motivo disso é se tratar de pessoas leigas
que podem permanecer expostas uma
tempo maior por não ter conhecimento
dos impactos. Os regulamentos da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
indicam os seguintes níveis máximos
permitidos de exposição em 60 Hz:
- Trabalhadores: 1.000 uT
- Público em geral: 200 uT
	 “Público em geral” é, por exemplo, uma
pessoa que passa ou para na rua ao lado da
parede de uma grande subestação urbana.
Outro exemplo são pessoas cuja janela de
seus apartamentos está próxima de um
transformador de distribuição ou de cabos da
rede elétrica, como foi mostrado em uma foto
doprimeirocapítulodestasérie.Deformageral,
“trabalhadores” dentro deste enfoque são as
pessoasnãoleigasquetrabalhamnasubestação.
	 No que diz respeito aos impactos
sobre as instalações, os principais são os
aquecimentos indesejados. Os campos
magnéticos causam dois tipos de efeitos
que podem produzir aquecimentos. O
primeiro é a geração de tensões induzidas
em circuitos metálicos que contenham
espiras. Se estes circuitos forem fechados
eletricamente, circularão correntes elétricas
que, dependendo do valor da tensão
induzida, produzirão aquecimentos.
Exemplos destes circuitos fechados são
os ferros da armação de concreto em um
piso ou em um pilar. O campo produzirá
uma tensão que fará circular uma corrente
elétrica pelo circuito fechado formado pelos
vergalhões que serão então aquecidos.
	 O segundo efeito ocorre se houver na
região do campo magnético uma chapa
metálica ou, por exemplo, um parafuso de
ferro. O campo produz correntes parasitas
(eddy currents), que aquecem as partes
metálicas. É o mesmo princípio usado nos
sistemas industriais de aquecimento por
indução para, por exemplo, aquecer ou
recozer grandes perfis de aço.
	 Para evitar o primeiro efeito, podem-se
utilizar artifícios, como abrir o caminho
elétrico em um ponto. O segundo efeito pode
serapenasminimizadoutilizando-semateriais
não magnéticos como o alumínio e alguns
tipos de aço inox (apenas os da série 300). Em
instalações em que há reatores a núcleo de ar
muito próximos de áreas sensíveis, deve-se
evitar o uso de estruturas suporte de ferro.
Dependendo das características da instalação
podem ser necessários cuidados especiais
com a malha de terra e materiais de caixas
metálicas e de medição.
Aspectos ligados a incêndios e
explosões em transformadores
e outros equipamentos
	 A já mencionada norma IEC 61936
estabelece uma série de procedimentos e
distâncias que devem ser atendidas, por
exemplo, entre transformadores isolados
a óleo mineral e paredes ou construções.
O objetivo destas distâncias está ligado
47
Apoio
aos impactos causados pelo fogo e, em
menor grau, à eventual explosão de um
equipamento, por exemplo, um para-raios
com invólucro de porcelana.
	Incêndios e explosões em
transformadores, reatores e outros
equipamentos são sempre motivo de
grande preocupação devido aos impactos
em pessoas e instalações. Estes eventos são
muito mais frequentes do que o público em
geral percebe. Quando acontecem quase
não são divulgados.
	 Não existem normas IEC sobre sistemas
de prevenção contra incêndios e explosões
em equipamentos de subestações. As
normas IEC sobre transformadores de
potência não tratam da questão de curtos-
circuitos internos e suportabilidade a
explosões.
	 Este é um ponto fraco e uma
barreira ao desenvolvimento, utilização
e comercialização de produtos de
prevenção contra incêndios e explosões em
subestações. É a maior causa de existir tão
poucos produtos disponíveis neste campo.
Não existir uma norma internacional
implica não se ter ensaios relevantes para
verificar a eficácia destes produtos.
	 Há muitos anos, existem normas que
se aplicam a este tema no Brasil. No ano
2000, o autor deste artigo propôs à ABNT
a revisão de uma destas normas sobre
sistemas de proteção contra incêndio em
transformadores e reatores de potência,
por despressurização. A ABNT aceitou
a proposição e sugeriu que o grupo de
trabalho revisasse e atualizasse as normas:
• ABNT NBR 13231 – Proteção contra
incêndio em subestações elétricas
convencionais, atendidas e não atendidas,
de sistemas de transmissão – Procedimento;
• ABNT NBR 8222 – Execução de
sistemas de proteção contra incêndio em
transformadores e reatores de potência, por
despressurização, drenagem e agitação do
óleo isolante;
• ABNT NBR 8674 – Execução de sistemas
fixos automáticos de proteção contra
incêndio com água nebulizada para
transformadores e reatores de potência;
• ABNT NBR 12232 – Execução dos
sistemas fixos automáticos de proteção
contra incêndio com gás carbônico, por
inundação total para transformadores e
reatores de potência contendo óleo isolante.
	 O autor coordenou esta revisão no
âmbitodaABNT.Asreuniõesenvolveram47
participantesde21empresas.Estesnúmeros
mostram uma boa representatividade para
as quatro normas que foram publicadas
em 2005. Naquela ocasião, além da revisão
das normas brasileiras, foi preparada
uma proposta de uma nova norma IEC –
International Electrotechnical Commission
a ser encaminhada àquela instituição com
base nas novas normas brasileiras.
	 O processo de propor uma nova norma
à IEC é menos complicado do que parece. O
autor teve uma experiência em 1989, quando
coordenava grupos no COBEI / ABNT e
48
Apoio
EquipamentosparasubestaçõesdeT&D
coordenava o Technical Committee 32 da
IEC (Fuses). Fizemos proposta semelhante à
IEC na área de fusíveis de alta tensão. Naquela
ocasião, a proposta foi aceita pela IEC. A
revisão da norma IEC 60282-2 (1989) foi feita
e em boa parte oriunda das normas brasileiras
sobre o assunto feitas naquela ocasião. Este
trabalhofoicoordenadonaIECporesteautor.
	 Os principais pontos revisados naquelas
normas brasileiras de sistemas de prevenção
contraincêndioseexplosõesemequipamentos
de subestações foram os seguintes:
1) ABNT NBR 13231:
Procedimento geral
	 O foco da revisão foi adequar a
formatação do conjunto das quatro normas
para que pudesse ser melhor percebido
como um conjunto e não como documentos
isolados. Outros objetivos foram os de
atualizar as informações sobre todas as
tecnologias disponíveis e colaborar para uma
proposta de norma IEC sobre o assunto.
	 Neste contexto, a ABNT NBR 13231 é
a “norma-mãe”, onde estão contemplados
aspectos de elaboração de projetos de
implantação de instalações, assim como de
projeto, instalação, manutenção e ensaios
dos sistemas. As normas ABNT NBR
8222, ABNT NBR 12232 e ABNT NBR
8674 detalham os aspectos de três tipos
específicos de sistema.
	 O objetivo da ABNT NBR 13231 é
fixar requisitos mínimos para proteção
contra incêndios em subestações elétricas
convencionais, atendidas, desassistidas,
teleassistidas, de sistemas de geração,
transmissão,subtransmissãoedistribuiçãopara:
a) elaboração de projetos de implantação de
instalações;
b) projeto, instalação, manutenção e
ensaios dos seguintes tipos de sistemas
fixos automáticos para transformadores e
reatores de potência:
• De CO2
, por inundação total, com
suprimento de gás em alta pressão por
abafamento (ABNT NBR 12232);
• De água nebulizada (ABNT NBR 8674);
• Por despressurização para prevenção
contra explosões e incêndios decorrentes de
arcos elétricos internos (ABNT NBR 8222).
Os propósitos destes sistemas são diferentes
e incluem em maior ou menor grau:
• Prevenção de incêndios: prover meios
para evitar que o incêndio venha a ocorrer;
•Extinçãodeincêndios:apagarumincêndio
com o uso de meios adequadamente
dimensionados;
• Proteção contra exposição: minimizar,
durantecertoperíododetempo,ainfluência
e danos consequentes de um incêndio de
determinado equipamento sobre outros
equipamentos e instalações;
• Controle de propagação de incêndio:
prover meios para controlar, durante certo
tempo, a intensidade do incêndio;
• Proteção aprimorada: prover proteções
adicionais ao projeto do equipamento
para que este venha a possuir maior
segurança contra a explosão, incêndios
ou riscos associados aos arcos elétricos,
sobrecorrentes e curtos-circuitos.
	 A norma fixa requisitos de projeto,
inclusive, alguns relacionados a distâncias
de segurança. Entre estes incluem-se os
aplicáveis a:
• Requisitos das edificações;
• Requisitos de equipamentos e instalações
de pátio;
• Requisitos para outras instalações;
• Sistemas e equipamentos de proteção
contra incêndio.
	 Os requisitos para equipamentos
e instalações de pátio envolvendo
transformadores e reatores de potência
contemplam, entre outros aspectos:
• As consequências de incêndios e explosões
causadas por arcos elétricos internos e
sua severidade pela energia envolvida e
sobrepressões decorrentes;
• Considerar a possibilidade de que óleo em
chamas e partes sólidas sejam arremessados
a certa distância na explosão;
• Que transformadores e reatores de
potência devem ser instalados, de
preferência, externamente às edificações,
sobre bacias de contenção e separados
fisicamente para prevenir que a queima
de um equipamento cause risco de
incêndio a outros equipamentos ou
objetos vizinhos.
	 As Tabelas 2 e 3 mostram algumas
distâncias.
Tipo do líquido
isolante do
transformador
Óleo mineral
Fluido resistente
ao fogo –
Transformador sem
proteção aprimorada
Fluido resistente
ao fogo –
Transformador com
proteção aprimorada
Volume
de líquido
isolante
L
< 2.000
> 2.000
e
< 20.000
> 20.000
< 38.000
> 38.000
não se
aplica
Edificações
resistentes ao
fogo por 2 h
m
1,5
4,6
7,6
1,5
4,6
0,9
Edificações
não
combustíveis
m
4,6
7,6
15,2
1,5
4,6
0,9
Edificações
combustíveis
m
7,6
15,2
30,5
7,6
15,2
0,9
Distância
vertical
m
7,6
15,2
30,5
7,6
15,2
1,5
Distância horizontal
Tabela 2 – Distâncias mínimas de separação entre transformadores e reatores a edificações
49
Apoio
Tipo do líquido isolante
do transformador
Óleo mineral
Óleo mineral
Óleo mineral
Óleo mineral
Fluido resistente ao fogo –
Transformador sem proteção
aprimorada
Fluido resistente ao fogo –
Transformador sem proteção
aprimorada
Fluido resistente ao fogo –
Transformador com proteção
aprimorada
Volume de líquido isolante L
< 2.000
< 2.000
entre 2.000 e 20.000, inclusive
> 20.000
< 38.000
> 38.000
não se aplica
Distância
m
1,5
1,5
7,6
15,2
1,5
7,6
0,9
Tabela 3 – Distâncias mínimas de separação entre transformadores e reatores a equipamentos
2) ABNT NBR 8222: sistemas por
despressurização, drenagem e
agitação do óleo
	 Esta norma foi o fato motivador
da revisão das demais. Se aplica a
equipamentos para prevenção contra
explosões e incêndios por evitar
sobrepressões decorrentes de arcos
elétricos internos em transformadores
e reatores de potência. Complementa
os requisitos gerais de projetos de
instalações na ABNT NBR 13231 e o
objetivo deste tipo de sistema é evitar a
explosão do transformador ou reator e,
consequentemente, os incêndios.
	 O aspecto mais relevante desta norma
é prever as regras básicas para um ensaio
de arco interno em transformadores.
Talvez esta seja a única norma atual, em
âmbito mundial, que sinaliza para este
tipo de ensaio. Por não haver suficiente
experiência mundial sobre este tipo de
ensaio, a norma fornece um texto de
referência, mas ainda não o fixa como um
ensaio de tipo formal.
	 O ensaio “ideal” consiste em simular
em laboratório de alta potência um certo
número – por exemplo três – de curtos-
circuitos e arcos no interior de um tanque
de transformador ou reator, para verificar
como se comporta o sistema de prevenção
instalado no equipamento a proteger.
	 Deve ser aplicada uma corrente de
valor e duração compatíveis com as que
aconteceriam em uma situação real. A
Tabela 4 criou um referencial inicial
para as revisões futuras da norma. Se
um equipamento de prevenção falhar
50
Apoio
EquipamentosparasubestaçõesdeT&D
CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO
Acompanhe todos os artigos deste fascículo em
www.osetoreletrico.com.br
Dúvidas, sugestões e comentários podem ser
encaminhados para
redacao@atitudeeditorial.com.br
*Sergio Feitoza Costa é engenheiro
eletricista, com mestrado em sistemas
de potência. É diretor da Cognitor,
Consultoria, P&D e Treinamento
sergiofeitoza@cognitor.com.br
www.cognitor.com.br
no ensaio e estiver sendo utilizado um
transformador com grande volume
de óleo, será difícil ao laboratório de
ensaios. Por este motivo, devem ser
buscadas alternativas de ensaios para que
a verificação de desempenho se dissemine
na prática.
3) ABNT NBR 8674: sistemas de
água nebulizada
	 Uma das referências normativas
desta norma é a NFPA 15:2001 –
“Standard for water spray fixed systems
for fire protection”. Os requisitos gerais
informam com mais clareza que as versões
anteriores deste tipo de sistema pode ser
utilizado com os seguintes propósitos, em
diferentes graus e situações para:
• Prevenção de incêndio;
• Extinção de incêndio;			
• Proteção contra exposição;	
• Controle de combustão.		
	 O sistema deve ser operável
automaticamente e provido de meios para
operação manual. As distâncias elétricas
entre as partes do sistema e as partes
energizadas não devem ser menores que
as descritas na ABNT NBR 13231. No
que diz respeito ao suprimento de água,
ela especifica algumas características
gerais e indicações para as capacidades
dos reservatórios de suprimento de
água. Estes devem permitir manter uma
descarga de água para o maior risco
isolado nos valores de projeto de vazão
e pressão, por um tempo mínimo de 30
minutos.
	 O suprimento de água deve ser feito
por uma fonte confiável, tais como:
• Reservatório de alimentação por
gravidade;
• Reservatório provido de estação de
bombeamento, associado ou não a um
tanque hidropneumático;
• Dois ou mais tanques hidropneumáticos
interligados, com capacidade para atender
ao sistema por, no mínimo, 10 minutos.
Faixa de potência
do transformador
(MVA)
Até 5 MVA
10 a 50 MVA
> 50 MVA
Faixa de tensões
no enrolamento de
maior tensão (kV)
1 a 15
Em estudos
Em estudos
Ordem de grandeza
das correntes de
curto-circuito
kA eficazes simétricos
5
Em estudos
Em estudos
Ordem de grandeza
das durações das
correntes de curto-
circuito(s)
1 a 2
Em estudos
Em estudos
Tabela 4 – Ordens de grandeza das correntes de curto-circuito máximas típicas para arcos
internos em transformadores e reatores de potência
São previstos ensaios como:
• Ensaios hidrostáticos: toda a tubulação,
inclusive os anéis de distribuição, deve ser
ensaiada com água a uma pressão mínima
igual a 1,5 vez a pressão de projeto do
sistema;
• Ensaios de escoamento: após ensaiado
hidrostaticamente o sistema deve ser
submetido a ensaios de escoamento
para verificar o correto posicionamento
dos bicos de nebulização, a geometria
da descarga e a eventual existência de
obstáculos que interfiram com a descarga;
• Ensaios de operação: os componentes
do sistema devem ser ensaiados
operacionalmente, para garantir a
confiabilidade de operação. Os ensaios
de operação devem incluir o sistema de
detecção de incêndio, alarme e sinalização.
Falta o ensaio com fogo real para verificar
até que proporção o incêndio pode ser
apagado.
4) ABNT NBR 12232: sistemas
de CO2
por inundação total, por
abafamento
	 Esta norma fixa os requisitos
específicos mínimos exigíveis para o
projeto, instalação, manutenção e ensaios
e se aplica apenas aos transformadores
e reatores imersos em óleo isolante
instalados em ambientes fechados. Entre
os requisitos gerais e condições gerais de
utilização estão especificações como:
• O ambiente que contém o equipamento
protegido deve ser o mais fechado
possível. As aberturas devem restringir-se
ao mínimo, sendo localizadas de
preferência no teto, ou próximas a ele, e
providas de dispositivos de fechamento
automático;
• Se o fechamento das aberturas for
impraticável, deve-se prever uma
quantidade adicional de CO2
para
compensar o vazamento;
• Se o ambiente protegido se comunicar,
por meio de aberturas que não podem ser
fechadas, com outros ambientes onde há
risco potencial de incêndio, estes também
devem ser protegidos;
•Portasejanelasdevemser,depreferência,
de fechamento automático, atuadas antes
do início da descarga do gás. As portas de
acesso aos ambientes protegidos devem
possuir os acessórios necessários para sua
abertura manual.
	 Estas normas ABNT publicadas em
2005 significaram um avanço em relação
às anteriores, principalmente no que diz
respeito ao conteúdo da ABNT NBR 8222
(sistemas por despressurização, drenagem
e agitação do óleo) e à reorganização para
que pudessem ser entendidas como um
conjunto de normas e não como textos
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  • 1. 44 Apoio Capítulo VII Distâncias de segurança de subestações e sistemas de proteção contra incêndios em subestações Este fascículo vem apresentando conceitos de engenharia para projeto e especificação de equipamentos de subestações de transmissão e distribuição. O primeiro artigo desta série cobriu aspectos de estudos do sistema elétrico que servem de base para as especificações técnicas dos equipamentos. O segundo cobriu conceitos sobre curtos-circuitos, ampacidades, sobrecargas e contatos elétricos. O terceiro abordou o tema “técnicas de ensaios de alta potência, laboratórios de ensaios e principais ensaios”. No quarto capítulo, falou-se sobre os estudos elétricos de sobretensões, coordenação de isolamento e Por Sérgio Feitoza Costa* EquipamentosparasubestaçõesdeT&D impactos de campos elétricos e magnéticos. No quinto capítulo, o tema abordado foi a recentebrochuraCigré602,sobresimulação de arcos, e no anterior, discutimos as especificações técnicas de disjuntores, secionadores, painéis e para-raios feitas por concessionárias de energia. A seguir, trataremos das distâncias de segurança de subestações e dos sistemas de proteção contra incêndios em subestações. Distâncias dielétricas de segurança No projeto e na operação de subesta­ Tensão nominal do sistema Un eficaz kV 3 15 132 220 Tensão máxima do sistema Um eficaz kV 3,6 17,5 145 245 Tensão suportável de curta duração frequencia industrial eficaz kV 10 38 185b 230 275 275b 325b 360 395 460 Tensão nominal suportável de impulso atmosférico 1,2/50 μs (valor de pico) kV 20 40 75 95 450b 550 650 650b 750b 850 950 1.050 Instalação abrigada mm 60 60 120 160 Instalação externa mm 120 120 160 160 900 1.100 1.300 1.300 1.500 1.700 1.900 2.100 Mínima distância fase-terra e fase-fase Nc ções, há diferentes tipos de distâncias de segurança a observar. A primeira delas refere-se às chamadas “distâncias dielétricas”. Estas são as distâncias mínimas de projeto necessárias para que, nas partes vivas da subestação energizada, não aconteçam descargas dielétricas entre estas e outros equipamentos, partes vizinhas ou mesmo pessoas. Exemplos destas distâncias de segurança a serem utilizadas em novos projetos são as especificadas na norma IEC 61936-1 – Power Installations Exceeding 1 kV AC – Part 1 – Common Rules. Alguns exemplos podem ser vistos na Tabela 1 a seguir. Tabela 1 – Distâncias mínimas no ar – Tensões nominais (1 kV < Um ≤ 245 kV)
  • 2. 45 Apoio O conceito atrás destes valores é que, se uma subestação é projetada utilizando a Tabela 1, ela não precisaria ser “testada” do ponto de vista dos ensaios dielétricos de tensão aplicada CA e tensão suportável de impulso. Não é incomum encontrar subestações mais antigas com distâncias menores que estas e funcionando muito bem. Estes valores vão, ao longo do tempo, sendo aperfeiçoados nas normas com base na experiência que vai sendo adquirida e mesmo em padrões de segurança mais severos para evitar descargas e acidentes. Distâncias magnéticas de segurança O segundo tipo de distância diz respeito às distâncias magnéticas de segurança. Os campos magnéticos produzidos por correntes permanentes mais elevadas ou pela existência de reatores próximos podem causar impactos sobre pessoas e instalações, assim como afetar aspectos da compatibilidade magnética de equipamentos e sistemas de subestação. Os campos magnéticos diminuem com o aumento da distância à fonte que o produz (ver Figura 1). Se ficarem acima de certos níveis, podem ser prejudiciais às pessoas (saúde) e às instalações (aquecimentos indevidos). Figura 1 – Campo magnético em uma subestação. No que diz respeito aos impactos à saúde,háregulamentosparaonívelmáximo do campo magnético a que as pessoas podem ser expostas. O nível de exposição depende do tipo de atividade da pessoa – trabalhadores (exposição ocupacional) ou público em geral. O nível de exposição permitido para o público em geral é menor
  • 3. 46 Apoio EquipamentosparasubestaçõesdeT&D que o permitido para trabalhadores. O motivo disso é se tratar de pessoas leigas que podem permanecer expostas uma tempo maior por não ter conhecimento dos impactos. Os regulamentos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indicam os seguintes níveis máximos permitidos de exposição em 60 Hz: - Trabalhadores: 1.000 uT - Público em geral: 200 uT “Público em geral” é, por exemplo, uma pessoa que passa ou para na rua ao lado da parede de uma grande subestação urbana. Outro exemplo são pessoas cuja janela de seus apartamentos está próxima de um transformador de distribuição ou de cabos da rede elétrica, como foi mostrado em uma foto doprimeirocapítulodestasérie.Deformageral, “trabalhadores” dentro deste enfoque são as pessoasnãoleigasquetrabalhamnasubestação. No que diz respeito aos impactos sobre as instalações, os principais são os aquecimentos indesejados. Os campos magnéticos causam dois tipos de efeitos que podem produzir aquecimentos. O primeiro é a geração de tensões induzidas em circuitos metálicos que contenham espiras. Se estes circuitos forem fechados eletricamente, circularão correntes elétricas que, dependendo do valor da tensão induzida, produzirão aquecimentos. Exemplos destes circuitos fechados são os ferros da armação de concreto em um piso ou em um pilar. O campo produzirá uma tensão que fará circular uma corrente elétrica pelo circuito fechado formado pelos vergalhões que serão então aquecidos. O segundo efeito ocorre se houver na região do campo magnético uma chapa metálica ou, por exemplo, um parafuso de ferro. O campo produz correntes parasitas (eddy currents), que aquecem as partes metálicas. É o mesmo princípio usado nos sistemas industriais de aquecimento por indução para, por exemplo, aquecer ou recozer grandes perfis de aço. Para evitar o primeiro efeito, podem-se utilizar artifícios, como abrir o caminho elétrico em um ponto. O segundo efeito pode serapenasminimizadoutilizando-semateriais não magnéticos como o alumínio e alguns tipos de aço inox (apenas os da série 300). Em instalações em que há reatores a núcleo de ar muito próximos de áreas sensíveis, deve-se evitar o uso de estruturas suporte de ferro. Dependendo das características da instalação podem ser necessários cuidados especiais com a malha de terra e materiais de caixas metálicas e de medição. Aspectos ligados a incêndios e explosões em transformadores e outros equipamentos A já mencionada norma IEC 61936 estabelece uma série de procedimentos e distâncias que devem ser atendidas, por exemplo, entre transformadores isolados a óleo mineral e paredes ou construções. O objetivo destas distâncias está ligado
  • 4. 47 Apoio aos impactos causados pelo fogo e, em menor grau, à eventual explosão de um equipamento, por exemplo, um para-raios com invólucro de porcelana. Incêndios e explosões em transformadores, reatores e outros equipamentos são sempre motivo de grande preocupação devido aos impactos em pessoas e instalações. Estes eventos são muito mais frequentes do que o público em geral percebe. Quando acontecem quase não são divulgados. Não existem normas IEC sobre sistemas de prevenção contra incêndios e explosões em equipamentos de subestações. As normas IEC sobre transformadores de potência não tratam da questão de curtos- circuitos internos e suportabilidade a explosões. Este é um ponto fraco e uma barreira ao desenvolvimento, utilização e comercialização de produtos de prevenção contra incêndios e explosões em subestações. É a maior causa de existir tão poucos produtos disponíveis neste campo. Não existir uma norma internacional implica não se ter ensaios relevantes para verificar a eficácia destes produtos. Há muitos anos, existem normas que se aplicam a este tema no Brasil. No ano 2000, o autor deste artigo propôs à ABNT a revisão de uma destas normas sobre sistemas de proteção contra incêndio em transformadores e reatores de potência, por despressurização. A ABNT aceitou a proposição e sugeriu que o grupo de trabalho revisasse e atualizasse as normas: • ABNT NBR 13231 – Proteção contra incêndio em subestações elétricas convencionais, atendidas e não atendidas, de sistemas de transmissão – Procedimento; • ABNT NBR 8222 – Execução de sistemas de proteção contra incêndio em transformadores e reatores de potência, por despressurização, drenagem e agitação do óleo isolante; • ABNT NBR 8674 – Execução de sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndio com água nebulizada para transformadores e reatores de potência; • ABNT NBR 12232 – Execução dos sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndio com gás carbônico, por inundação total para transformadores e reatores de potência contendo óleo isolante. O autor coordenou esta revisão no âmbitodaABNT.Asreuniõesenvolveram47 participantesde21empresas.Estesnúmeros mostram uma boa representatividade para as quatro normas que foram publicadas em 2005. Naquela ocasião, além da revisão das normas brasileiras, foi preparada uma proposta de uma nova norma IEC – International Electrotechnical Commission a ser encaminhada àquela instituição com base nas novas normas brasileiras. O processo de propor uma nova norma à IEC é menos complicado do que parece. O autor teve uma experiência em 1989, quando coordenava grupos no COBEI / ABNT e
  • 5. 48 Apoio EquipamentosparasubestaçõesdeT&D coordenava o Technical Committee 32 da IEC (Fuses). Fizemos proposta semelhante à IEC na área de fusíveis de alta tensão. Naquela ocasião, a proposta foi aceita pela IEC. A revisão da norma IEC 60282-2 (1989) foi feita e em boa parte oriunda das normas brasileiras sobre o assunto feitas naquela ocasião. Este trabalhofoicoordenadonaIECporesteautor. Os principais pontos revisados naquelas normas brasileiras de sistemas de prevenção contraincêndioseexplosõesemequipamentos de subestações foram os seguintes: 1) ABNT NBR 13231: Procedimento geral O foco da revisão foi adequar a formatação do conjunto das quatro normas para que pudesse ser melhor percebido como um conjunto e não como documentos isolados. Outros objetivos foram os de atualizar as informações sobre todas as tecnologias disponíveis e colaborar para uma proposta de norma IEC sobre o assunto. Neste contexto, a ABNT NBR 13231 é a “norma-mãe”, onde estão contemplados aspectos de elaboração de projetos de implantação de instalações, assim como de projeto, instalação, manutenção e ensaios dos sistemas. As normas ABNT NBR 8222, ABNT NBR 12232 e ABNT NBR 8674 detalham os aspectos de três tipos específicos de sistema. O objetivo da ABNT NBR 13231 é fixar requisitos mínimos para proteção contra incêndios em subestações elétricas convencionais, atendidas, desassistidas, teleassistidas, de sistemas de geração, transmissão,subtransmissãoedistribuiçãopara: a) elaboração de projetos de implantação de instalações; b) projeto, instalação, manutenção e ensaios dos seguintes tipos de sistemas fixos automáticos para transformadores e reatores de potência: • De CO2 , por inundação total, com suprimento de gás em alta pressão por abafamento (ABNT NBR 12232); • De água nebulizada (ABNT NBR 8674); • Por despressurização para prevenção contra explosões e incêndios decorrentes de arcos elétricos internos (ABNT NBR 8222). Os propósitos destes sistemas são diferentes e incluem em maior ou menor grau: • Prevenção de incêndios: prover meios para evitar que o incêndio venha a ocorrer; •Extinçãodeincêndios:apagarumincêndio com o uso de meios adequadamente dimensionados; • Proteção contra exposição: minimizar, durantecertoperíododetempo,ainfluência e danos consequentes de um incêndio de determinado equipamento sobre outros equipamentos e instalações; • Controle de propagação de incêndio: prover meios para controlar, durante certo tempo, a intensidade do incêndio; • Proteção aprimorada: prover proteções adicionais ao projeto do equipamento para que este venha a possuir maior segurança contra a explosão, incêndios ou riscos associados aos arcos elétricos, sobrecorrentes e curtos-circuitos. A norma fixa requisitos de projeto, inclusive, alguns relacionados a distâncias de segurança. Entre estes incluem-se os aplicáveis a: • Requisitos das edificações; • Requisitos de equipamentos e instalações de pátio; • Requisitos para outras instalações; • Sistemas e equipamentos de proteção contra incêndio. Os requisitos para equipamentos e instalações de pátio envolvendo transformadores e reatores de potência contemplam, entre outros aspectos: • As consequências de incêndios e explosões causadas por arcos elétricos internos e sua severidade pela energia envolvida e sobrepressões decorrentes; • Considerar a possibilidade de que óleo em chamas e partes sólidas sejam arremessados a certa distância na explosão; • Que transformadores e reatores de potência devem ser instalados, de preferência, externamente às edificações, sobre bacias de contenção e separados fisicamente para prevenir que a queima de um equipamento cause risco de incêndio a outros equipamentos ou objetos vizinhos. As Tabelas 2 e 3 mostram algumas distâncias. Tipo do líquido isolante do transformador Óleo mineral Fluido resistente ao fogo – Transformador sem proteção aprimorada Fluido resistente ao fogo – Transformador com proteção aprimorada Volume de líquido isolante L < 2.000 > 2.000 e < 20.000 > 20.000 < 38.000 > 38.000 não se aplica Edificações resistentes ao fogo por 2 h m 1,5 4,6 7,6 1,5 4,6 0,9 Edificações não combustíveis m 4,6 7,6 15,2 1,5 4,6 0,9 Edificações combustíveis m 7,6 15,2 30,5 7,6 15,2 0,9 Distância vertical m 7,6 15,2 30,5 7,6 15,2 1,5 Distância horizontal Tabela 2 – Distâncias mínimas de separação entre transformadores e reatores a edificações
  • 6. 49 Apoio Tipo do líquido isolante do transformador Óleo mineral Óleo mineral Óleo mineral Óleo mineral Fluido resistente ao fogo – Transformador sem proteção aprimorada Fluido resistente ao fogo – Transformador sem proteção aprimorada Fluido resistente ao fogo – Transformador com proteção aprimorada Volume de líquido isolante L < 2.000 < 2.000 entre 2.000 e 20.000, inclusive > 20.000 < 38.000 > 38.000 não se aplica Distância m 1,5 1,5 7,6 15,2 1,5 7,6 0,9 Tabela 3 – Distâncias mínimas de separação entre transformadores e reatores a equipamentos 2) ABNT NBR 8222: sistemas por despressurização, drenagem e agitação do óleo Esta norma foi o fato motivador da revisão das demais. Se aplica a equipamentos para prevenção contra explosões e incêndios por evitar sobrepressões decorrentes de arcos elétricos internos em transformadores e reatores de potência. Complementa os requisitos gerais de projetos de instalações na ABNT NBR 13231 e o objetivo deste tipo de sistema é evitar a explosão do transformador ou reator e, consequentemente, os incêndios. O aspecto mais relevante desta norma é prever as regras básicas para um ensaio de arco interno em transformadores. Talvez esta seja a única norma atual, em âmbito mundial, que sinaliza para este tipo de ensaio. Por não haver suficiente experiência mundial sobre este tipo de ensaio, a norma fornece um texto de referência, mas ainda não o fixa como um ensaio de tipo formal. O ensaio “ideal” consiste em simular em laboratório de alta potência um certo número – por exemplo três – de curtos- circuitos e arcos no interior de um tanque de transformador ou reator, para verificar como se comporta o sistema de prevenção instalado no equipamento a proteger. Deve ser aplicada uma corrente de valor e duração compatíveis com as que aconteceriam em uma situação real. A Tabela 4 criou um referencial inicial para as revisões futuras da norma. Se um equipamento de prevenção falhar
  • 7. 50 Apoio EquipamentosparasubestaçõesdeT&D CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br *Sergio Feitoza Costa é engenheiro eletricista, com mestrado em sistemas de potência. É diretor da Cognitor, Consultoria, P&D e Treinamento sergiofeitoza@cognitor.com.br www.cognitor.com.br no ensaio e estiver sendo utilizado um transformador com grande volume de óleo, será difícil ao laboratório de ensaios. Por este motivo, devem ser buscadas alternativas de ensaios para que a verificação de desempenho se dissemine na prática. 3) ABNT NBR 8674: sistemas de água nebulizada Uma das referências normativas desta norma é a NFPA 15:2001 – “Standard for water spray fixed systems for fire protection”. Os requisitos gerais informam com mais clareza que as versões anteriores deste tipo de sistema pode ser utilizado com os seguintes propósitos, em diferentes graus e situações para: • Prevenção de incêndio; • Extinção de incêndio; • Proteção contra exposição; • Controle de combustão. O sistema deve ser operável automaticamente e provido de meios para operação manual. As distâncias elétricas entre as partes do sistema e as partes energizadas não devem ser menores que as descritas na ABNT NBR 13231. No que diz respeito ao suprimento de água, ela especifica algumas características gerais e indicações para as capacidades dos reservatórios de suprimento de água. Estes devem permitir manter uma descarga de água para o maior risco isolado nos valores de projeto de vazão e pressão, por um tempo mínimo de 30 minutos. O suprimento de água deve ser feito por uma fonte confiável, tais como: • Reservatório de alimentação por gravidade; • Reservatório provido de estação de bombeamento, associado ou não a um tanque hidropneumático; • Dois ou mais tanques hidropneumáticos interligados, com capacidade para atender ao sistema por, no mínimo, 10 minutos. Faixa de potência do transformador (MVA) Até 5 MVA 10 a 50 MVA > 50 MVA Faixa de tensões no enrolamento de maior tensão (kV) 1 a 15 Em estudos Em estudos Ordem de grandeza das correntes de curto-circuito kA eficazes simétricos 5 Em estudos Em estudos Ordem de grandeza das durações das correntes de curto- circuito(s) 1 a 2 Em estudos Em estudos Tabela 4 – Ordens de grandeza das correntes de curto-circuito máximas típicas para arcos internos em transformadores e reatores de potência São previstos ensaios como: • Ensaios hidrostáticos: toda a tubulação, inclusive os anéis de distribuição, deve ser ensaiada com água a uma pressão mínima igual a 1,5 vez a pressão de projeto do sistema; • Ensaios de escoamento: após ensaiado hidrostaticamente o sistema deve ser submetido a ensaios de escoamento para verificar o correto posicionamento dos bicos de nebulização, a geometria da descarga e a eventual existência de obstáculos que interfiram com a descarga; • Ensaios de operação: os componentes do sistema devem ser ensaiados operacionalmente, para garantir a confiabilidade de operação. Os ensaios de operação devem incluir o sistema de detecção de incêndio, alarme e sinalização. Falta o ensaio com fogo real para verificar até que proporção o incêndio pode ser apagado. 4) ABNT NBR 12232: sistemas de CO2 por inundação total, por abafamento Esta norma fixa os requisitos específicos mínimos exigíveis para o projeto, instalação, manutenção e ensaios e se aplica apenas aos transformadores e reatores imersos em óleo isolante instalados em ambientes fechados. Entre os requisitos gerais e condições gerais de utilização estão especificações como: • O ambiente que contém o equipamento protegido deve ser o mais fechado possível. As aberturas devem restringir-se ao mínimo, sendo localizadas de preferência no teto, ou próximas a ele, e providas de dispositivos de fechamento automático; • Se o fechamento das aberturas for impraticável, deve-se prever uma quantidade adicional de CO2 para compensar o vazamento; • Se o ambiente protegido se comunicar, por meio de aberturas que não podem ser fechadas, com outros ambientes onde há risco potencial de incêndio, estes também devem ser protegidos; •Portasejanelasdevemser,depreferência, de fechamento automático, atuadas antes do início da descarga do gás. As portas de acesso aos ambientes protegidos devem possuir os acessórios necessários para sua abertura manual. Estas normas ABNT publicadas em 2005 significaram um avanço em relação às anteriores, principalmente no que diz respeito ao conteúdo da ABNT NBR 8222 (sistemas por despressurização, drenagem e agitação do óleo) e à reorganização para que pudessem ser entendidas como um conjunto de normas e não como textos isolados.