1. Research Sectorial
SPA Termal
Oportunidades de Investimento e de Negócio
Miguel Frasquilho
Director-Coordenador Espírito Santo Research
Novembro 24, 2007
2. SPA Termal Sanus per Aquam.
1. Termalismo de Saúde e Bem-Estar.....................................................................2
2. Termalismo em Portugal......................................................................................6
3. Termalismo na Europa.......................................................................................14
4. Análise SWOT...................................................................................⁄⁄⁄⁄....20
5. Notas Finais⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄.....27
6. Anexos⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄..⁄⁄⁄29
Research Sectorial SPA Termal Oportunidades de Investimento e de Negócio Novembro 24, 2007 1
3. 1. Termalismo de Saúde e Bem-Estar Configuração do Produto.
O Plano Estratégico Nacional do Turismo definiu o “Turismo de Saúde e
Bem-Estar” como um dos 10 produtos estratégicos a desenvolver e promover,
tendo por base os seguintes elementos:
• Localização sobre uma nascente de água mineral com valências terapêuticas;
• Regiões com oferta de natureza e cultura e elevados padrões de conforto e
segurança;
• Ofertas segmentadas em espaços exclusivamente dedicados ao termalismo, em
coexistência com oferta alargada de actividades de lazer e recreio;
• Actividade dedicada ao bem-estar, à beleza e à saúde, com serviços ligados à água
mineral, ao relaxamento e massagem, com a finalidade de proporcionar equilíbrio e
harmonia ao corpo e ao espírito.
Hotel SPA Termal Complexo SPA Termal
Vocacionado para nichos de mercado que Vocacionado para o mercado internacional
procuram tratamentos mais intensivos, em e interno do turismo de natureza e de
localizações mais recatadas e de menor cultura, de lazer e bem-estar.
dimensão.
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4. 1. Termalismo de Saúde e Bem-Estar Configuração do Produto.
O Hotel SPA Termal é caracterizado por um pequeno conjunto turístico em torno da nascente de água
mineral, centrado no Hotel e respectivo SPA que oferece uma gama de programas organizados de Turismo
de Saúde e de Bem-Estar. O Complexo SPA Termal, para além do Hotel SPA Termal, oferece uma vasta
gama de produtos e serviços, nomeadamente, o golfe, centro de congressos e o turismo residencial1.
Envolvente Natureza
Hotel SPA
Outros Nascente e Fonte Termal
Alojamentos
Balneário e SPA Complexo
Moradias Com Parque e Golfe
Restauração
SPA Termal
Turísticas
Animação Centro
Congressos
Envolvente Cultura
1
Ver anexo 1 – Investimento para Complexo e Hotel SPA Termal.
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5. 1. Termalismo de Saúde e Bem-Estar Legislação.
Termalismo Terapêutico e de Bem-Estar
Decreto-Lei nº 142/2004 (anterior lei era de 1928)
Normativo adequado e moderno, dinamizador para a actividade dos balneários
termais, de acordo com as características e tendências do termalismo europeu.
Autoriza os balneários a desenvolver uma oferta diversificada, viabilizando o pleno
aproveitamento das potencialidades de saúde, de bem-estar e de turismo nas
estâncias.
Alavanca o investimento – Promove a renovação e sofisticação da oferta.
Atracção de novos Criação de novos serviços:
targets e novos mercados: • Relax; Combater
• Anti-stress; sazonalidade
• Jovens;
• Beleza.
• Estrangeiros.
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6. SPA Termal Sanus per Aquam.
1. Termalismo de Saúde e Bem-Estar.....................................................................2
2. Termalismo em Portugal......................................................................................6
3. Termalismo na Europa.......................................................................................14
4. Análise SWOT...................................................................................⁄⁄⁄⁄....20
5. Notas Finais⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄.....27
6. Anexos⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄..⁄⁄⁄29
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7. 2. Termalismo em Portugal Oferta Parque Termal.
Número de termas existentes segundo, distribuição
O parque termal em Portugal é constituído geográfica e actividade, 2006
por 49 termas: (Unidades)
38 termas em actividade:
• 18% abertas todo ano1;
Termas abertas
• 8 meses de abertura média anual1; Termas c/ actividade suspensa
• 44% de gestão pública;
• 56% de gestão privada;
• 68% com valências para o tratamento
de doenças reumáticas e músculo-
esqueléticas, e 58% para o tratamento
de doenças respiratórias.
11 termas encerradas e uma em fase
experimental:
• Perda de propriedades terapêuticas;
• Falta de capacidade técnico-financeira.
1
Por insuficiência de informação, 10% das termas em actividade (Termas de Almeida, Caldas de S. Lourenço, Termas de Caldelas e Termas do Vale do Mó) apresentam período de
funcionamento desconhecido.
Fontes: Instituto Geológico e Mineiro, Associação das Termas de Portugal (ATP), ES Research – Research Sectorial.
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8. 2. Termalismo em Portugal Oferta Equipamentos.
Em 2006, das 38 estâncias termais em actividade, somente 7 (18% do total) tinham uma unidade hoteleira
integrada. Paralelamente, 55% possuíam piscina e 37% localizavam-se na proximidade de praias marítimas
ou fluviais. Relativamente à oferta complementar potenciadora de procura adicional, 24% e 40% das
termas detinham ou estavam na proximidade de campos golfe e de centros hípicos, respectivamente.
Equipamentos complementares existentes nas termas em actividade, 2006
(Número de equipamentos, percentagem)
Em percentagem do total
26
do número de termas em
actividade (38)
21
15 14
68
9 55
7
40 37
24
18
Unidade hoteleira Unidades Golfe Equitação Piscina Praias
integrada hoteleiras nas (a menos (nas proximidades) (marítimas ou
proximidades de 10 km) fluviais)
Fonte: Associação das Termas de Portugal.
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9. 2. Termalismo em Portugal Oferta Volume de negócios.
Em 2006, o volume de negócios do termalismo em Portugal ascendia a EUR 19.2 milhões, o que
correspondia a um decréscimo de 4.4% face ao ano anterior. Nesse mesmo ano, estavam em exploração
38 unidades termais em Portugal, sendo a Unicer, SA, com quatro termas em actividade, o principal
operador privado neste sector.
Volume de negócios1 do termalismo em Portugal, Tipo de entidades promotoras de termalismo em
2005 e 2006 Portugal, 2006
(EUR milhões) (Nº de explorações termais)
-4.4 Var. 05/06 (%)
INATEL
20.1 Outras entidades
19.2 1.4
17.8 públicas
2
19.2 4
Unicer, SA
4 Entidades Sociedades
16
promotoras de diversas
-5.9
termas
12
2005 2006 Termalismo Termalismo Câmaras
bem-estar clássico Municipais
1
Só do balneário
Fonte: Associação das Termas de Portugal, Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, IP (INETI).
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10. 2. Termalismo em Portugal Procura NÀ Clientes.
Entre 2002 e 2006, o número de clientes termais apresentou uma taxa de crescimento médio anual (TCMA)
de 1.4%, tendo ascendido, em 2006, a 99 mil clientes. Verifica-se um claro crescimento do segmento de
bem-estar que, apesar de representar apenas 22.3% do total em 2006, apresentou uma TCMA02-06 de
102.9%, compensando a queda registada nos clientes termais clássicos. Concluímos, assim, que uma oferta
termal renovada, disponibilizando produtos diversificados, apresenta um forte potencial de crescimento.
Número de clientes nas termas de Portugal, 2002-2006
(Milhares)
98.5 98.0 99.0
93.6 97.0
1.3 9.9 12.9 TCMA02-06
17.7 22.0 (Percentagens)
Clientes de Bem-Estar 102.9
Clientes Clássicos (aquistas) -4.4
92.3 87.1 85.6 Total de Clientes 1.4
80.3 77.0
2002 2003 2004 2005 2006
Fontes: Associação das Termas de Portugal, ES Research – Research Sectorial.
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11. 2. Termalismo em Portugal Procura Tipologia de cliente.
Em 2006, 75% dos frequentadores de termas em Portugal tinham uma idade superior a 55 anos. Destes,
61% eram mulheres. A região Centro e a região da Grande Lisboa com, respectivamente, 43.7% e 25.1%
do total, foram os principais pólos de emissão de clientes termais.
Distribuição dos frequentadores de termas segundo as classes etárias, sexo e origem geográfica, 2006
(Percentagem)
Distribuição por
4.1 3.6 5.9 12.8 23.8 32.2 17.5
classes etárias
24/34
< 25
35/44
45/54 55/64 65/74 >74
Distribuição por
39.0 61.0
sexos
Homens Mulheres
Distribuição por
24.6 43.7 25.1 4.1 2.4 0.1
origem geográfica
Norte Centro Grande Lisboa
Ilhas
Alentejo
Algarve
Fonte: Associação das Termas de Portugal.
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12. 2. Termalismo em Portugal Procura Indicações terapêuticas.
O Termalismo Clássico Terapêutico português é maioritariamente vocacionado para o tratamento de
doenças reumáticas e músculo-esqueléticas (51.4% da procura termal). As doenças reumáticas são, nos
países desenvolvidos, o grupo de doenças mais frequentes, devendo por isso ser assumidas como um
mercado potencial. Segue-se a procura termal indicada para o tratamento de doenças respiratórias (causa
de 8.4% dos óbitos em Portugal, e de 8.5% dos internamentos). As doenças do aparelho digestivo são o
segundo tipo de doenças que mais motivam internamento em Portugal (11.1% do total de doentes
internados, em 2004), representando a 3ª valência termal (12.3% da procura por indicação terapêutica
termal).
Indicações terapêuticas das termas, 2006
(Percentagens)
Reumáticas e Músculo-Esqueléticas 51.4
Vias Respiratórias e ORL1 23.1
Aparelho Digestivo 12.3
Nefro-Urinárias e Ginecológicas 3.5
Metabólico-Endócrinas 2.9
Aparelho Circulatório 2.8
Pele 2.2
1
Otorrinolaringologia. Outras 1.9
Fontes: Associação das Termas de Portugal, Direcção-Geral da Saúde.
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13. 2. Termalismo em Portugal Balneários inactivos.
Actualmente, onze explorações termais encontram-se inactivas. No entanto, oito delas estão em fase de
remodelação, duas em construção e uma já em fase experimental. Quatro destas termas são propriedade
municipal.
Área concessionada Ponto de
Denominação Localização Promotor
(ha.) situação
Termas do Estoril Estoril Estoril Plage, SA 50.2 Em construção
Termas das Salgadas Batalha Câmara Municipal da Batalha n.d. Em construção
Termas da Fonte Santa Almeida Câmara Municipal da Almeida n.d. Em fase experimental
Caldas do Cró Sabugal Câmara Municipal do Sabugal 51.8 Em remodelação
Termas do Monte da Pedra Crato Câmara Municipal do Crato 58.8 Em remodelação
Termas do Vale dos Cucos Torres Vedras Sociedade Termal do Vale dos Cucos, SA 50.0 Em remodelação
Termas de São Vicente Viseu Termas de São Vicente, SA n.d Em remodelação
Centro Termal das Furnas Ponta Delgada Asta Atlântica, SA n.d Em remodelação
Termas de Pedras Salgadas Bornes de Aguiar VMPS – Águas e Turismo, SA 250.3 Em remodelação
Termas de Vidago Vidago VMPS – Águas e Turismo, SA 193.2 Em remodelação
Termas da Longroiva Longroiva ADL – Águas de Longroiva, EM 193.2 Em remodelação
Fontes: Associação de Termas de Portugal; Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, IP.
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14. SPA Termal Sanus per Aquam.
1. Termalismo de Saúde e Bem-Estar.....................................................................2
2. Termalismo em Portugal......................................................................................6
3. Termalismo na Europa.......................................................................................14
4. Análise SWOT...................................................................................⁄⁄⁄.⁄...20
5. Notas Finais⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄.....27
6. Anexos⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄..⁄⁄⁄29
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15. 3. Termalismo na Europa Procura Clientes.
Em 2006, Portugal apresentava uma das mais baixas procuras termais da Europa, registando menos de 1
cliente termal por 100 habitantes. A Alemanha apresentava o valor mais elevado desta amostra, tendo a
respectiva procura termal ascendido a 18.1 milhões de clientes.
Procura termal na Europa, 2004 e 2006 Procura termal na Alemanha, 2003-2006
(Percentagem da população) (Milhões de clientes)
21.9
18.06
20.9
2006 17.62
2004
17.21
17.13
9.6
9.1
2003 2004 2005 2006
5.4
4.2
3.7
3.2
3.0
2.9
2.5
2.2
1.6
1.1
1.1
1.0
0.9
0.9
0.9
Alemanha
Lituânia
Sérvia
Luxemburgo
Hungria
Letónia
Rep. Checa
Grécia
Espanha
Portugal
França
Fontes: European SPA’s Association, Eurostat, ES Research – Research Sectorial.
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16. 3. Termalismo na Europa Procura Viagens.
Em 2004, as viagens de Saúde e Bem-Estar na Europa1 ascenderam a aproximadamente 3 milhões (1.2%
do total de viagens do mercado emissor europeu), apresentando uma TCMA00-04 de 11.4%. Com a
manutenção deste crescimento médio, estima-se que este segmento venha a ascender, em 2015, a cerca
de 10 milhões de viagens. Em 2004, o principal mercado emissor foi o alemão, onde se concentrou grande
percentagem do total de viagens (63.6% do total).
Viagens de Saúde e Bem-Estar no mercado Viagens de Saúde e Bem-Estar por mercado emissor
emissor europeu, 2000, 2004 europeu, 2004
(Milhões) (Milhões, percentagens)
10.0 3.0 1.91
Número de viagens
(Milhões)
63.6
TCMA00-04 = 11.4% 0.21
100 0.09
6.9 0.08 0.06 0.02
3.0 3.0 2.7 2.1 0.6 0.64
1.95
21.2
Escandinávia
Alemanha2
Itália
França
Reino Unido
Outros
Total
Espanha
2000 2004 2015E
1.2% do total de viagens
do mercado emissor europeu
(245 milhões)
1
36 países europeus, dos quais 25 da UE-27.
2 Actualmente, na Alemanha os tratamentos termais efectuados no próprio país são comparticipados pelo sistema de Segurança Social, prevendo-se que no futuro venham a cobrir estâncias
termais internacionais.
E
Estimativa ES Research – Considerando-se a manutenção da TCMA registada entre 2000 e 2004 até 2015, atingir-se-ão 10 milhões de viagens de Saúde e Bem-Estar.
Fontes: IPK – International Tourism Consulting Group (World Travel Monitor), ES Research – Research Sectorial .
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17. 3. Termalismo na Europa Procura Evolução.
De acordo com as perspectivas enquadradas no Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), o produto
turístico Saúde e Bem-Estar (um dos 10 produtos turísticos definidos como estratégicos para o crescimento
do turismo nacional) deverá apresentar, durante os próximos 10 anos, uma taxa de crescimento médio
anual de, aproximadamente, 8%. Este desempenho compara com o previsto para produtos mais
tradicionais da economia portuguesa como, por exemplo, o Sol e Mar, com cerca de 1%.
Evolução prevista de produtos turísticos em Portugal para os próximos 10 anos
Crescimento médio anual previsto nos
12% Gastronomia Turismo
e Vinhos Náutico City Break
10%
Turismo de
próximos 10 anos
8% Natureza
Saúde e
6% Bem-Estar Touring Cultural e
Golfe Turismo de Paisagístico
4% Negócios
2% Sol e Mar 1
0%
0% 1% 10% 15% 20% 25% 30%
Peso no total de viagens na Europa (procura primária)
1 Valores
de gasto médio não disponíveis. Gasto médio (EUR) por pessoa/dia (estadia + gastos locais)
Fonte: Turismo de Portugal, IP.
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18. 3. Termalismo na Europa Destinos Preferidos.
Analisando as preferências dos consumidores termalistas dos maiores países europeus (Alemanha, Holanda,
Espanha, Reino Unido, Itália, e França) verifica-se que, em todos, excepto na Holanda, o respectivo país
aparece como o 1º destino escolhido (a Holanda surge como o 8º destino escolhido pelos holandeses).
Portugal, surge como o 4º destino mais preferido pelos espanhóis (4.7% dos espanhóis indicou Portugal
como o melhor destino de Saúde e Bem-Estar). Nas preferências dos alemães e dos britânicos, Portugal não
aparece no top 10 dos países nomeados como melhor destino de Saúde e Bem-Estar.
Melhores destinos de Saúde e Bem-Estar segundo os consumidores europeus, 2006
Alemães % Holandeses % Espanhóis % Britânicos % Italianos % Franceses %
1À Alemanha 24.1 Espanha 9.2 Espanha 26.2 Reino Unido 9.6 Itália 42.6 França 27.7
2À Itália 10.4 Suiça 8.2 Andorra 6.6 Espanha 8 França 9.9 Tunísia 12.7
3À ˘ustria 9.7 França 5.7 Caraíbas 4.7 EUA 5.5 Suiça 4.6 Marrocos 6.0
4À Espanha 9.4 Turquia 3.8 Portugal 4.7 França 5.1 Caraíbas 3.6 Espanha 4.3
5À Suiça 9.4 ˘ustria 3.5 França 4.3 Suiça 3.2 ˘ustria 3.3 Suiça 3.0
⁄
1 9À Portugal 2.2 1 8À Portugal 1.7 7À Portugal 2.3
1 Portugal
não surge no top 10 das preferências de destinos de Turismo de Saúde e Bem-Estar.
Fontes: THR – Asesores en Turismo Hotelaria y Recreación, ES Research – Research Sectorial.
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19. 3. Termalismo na Europa Destinos Preferidos.
Principais destinos de Saúde e Bem-Estar dos
turistas europeus, 2004
Ranking Principais destinos % do total
• Os principais destinos de Saúde e Bem-Estar
1À Itália 14.8%
procurados pelos europeus localizam-se na
Europa, que concentrou, em 2004, cerca de 2À Espanha 10.7%
90% da procura. Destacam-se a Itália 3… ˘ustria 7.8%
(14.8%), a Espanha (10.7%), a Áustria 4À Hungria 7.1%
(7.8%) e a Hungria (7.1%) que, em 5À Turquia 5.5%
conjunto, registaram 40% do mercado. 6… Países Bálticos 4.9%
Portugal posiciona-se em 18º lugar no
7À Holanda 4.4%
ranking da procura pelos europeus desta
8À Alemanha 3.8%
oferta turística.
9… Dinamarca 3.7%
• Em 2004, Portugal apresentava-se como o 10À Eslovénia 3.4%
9º país mais procurado na UE-25 por 11À França 3.3%
turistas não residentes. .... ⁄ ...
18À Portugal 1.4%
Fontes: IPK, Eurostat, ES Research – Research Sectorial.
Research Sectorial SPA Termal Oportunidades de Investimento e de Negócio Novembro 24, 2007 18
20. SPA Termal Sanus per Aquam.
1. Termalismo de Saúde e Bem-Estar.....................................................................2
2. Termalismo em Portugal......................................................................................6
3. Termalismo na Europa.......................................................................................14
4. Análise SWOT...................................................................................⁄⁄.⁄⁄...20
5. Notas Finais⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄.....27
6. Anexos⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄..⁄⁄⁄29
Research Sectorial SPA Termal Oportunidades de Investimento e de Negócio Novembro 24, 2007 19
21. 4. Análise SWOT do Termalismo em Portugal.
Pontos Fortes Oportunidades
Pontos Fracos Ameaças
Pontos Fortes
• Existência de recursos termais em vários pontos do país;
• Localização dos recursos termais em zonas de potencial paisagístico;
• Termas com elevado valor cultural e arquitectónico;
• Clima e a segurança do país;
• Existência de outros produtos como, por exemplo, a gastronomia, a caça, o golfe,
com capacidade de atracção de clientes para o produto termas;
• Posicionamento global turístico de Portugal.
Research Sectorial SPA Termal Oportunidades de Investimento e de Negócio Novembro 24, 2007 20
22. 4. Análise SWOT do Termalismo em Portugal.
Pontos Fortes Oportunidades
Pontos Fracos Ameaças
Pontos Fracos
• Estâncias termais pouco sofisticadas, pouco modernas e atractivas, evidenciando
carência de oferta hoteleira (em quantidade e em qualidade);
• Fraca promoção turística das unidades termais e da respectiva oferta hoteleira;
• Fraca promoção nacional e internacional do produto/marca “Termas de Portugal”:
ausência de uma estratégia integrada e concertada da oferta existente no país;
• Oferta do produto demasiadamente concentrada no cliente termal clássico, com
consequente dependência sazonal, não dinamizando ofertas complementares como,
por exemplo, a prática desportiva (i.e., golfe) e a organização de eventos.
Research Sectorial SPA Termal Oportunidades de Investimento e de Negócio Novembro 24, 2007 21
23. 4. Análise SWOT do Termalismo em Portugal.
Pontos Fortes Oportunidades
Pontos Fracos Ameaças
Ameaças
• Crescente oferta de SPA’s hoteleiros de elevada qualidade bem como de
tratamentos de talassoterapia (tratamento pela água do mar) que, por incorrecta
avaliação por parte do consumidor, competem directamente com os SPA’s termais;
• Concorrência externa de Espanha e de França, por exemplo, países que já detêm
uma oferta de elevada qualidade, equipada de uma vasta oferta complementar de
produtos e serviços, com notoriedade e reconhecimento internacional1.
1
Ver anexo 2 – Exemplos de Sucesso de Termalismo de Bem-Estar.
Research Sectorial SPA Termal Oportunidades de Investimento e de Negócio Novembro 24, 2007 22
24. 4. Análise SWOT do Termalismo em Portugal.
Pontos Fortes Oportunidades
Pontos Fracos Ameaças
Oportunidades na Procura
Crescimento da procura do produto Termalismo de Saúde e Bem-Estar:
• Envelhecimento da população e consequente incremento na percentagem de reformados;
• Novos padrões de vida que levam clientes de faixas etárias mais novas a procurarem férias de
repouso ou shortbreaks que promovam o bem-estar físico;
• Surgimento de uma nova classe socio-económica de rendimentos elevados – DINKYS (Double Income
No Kids);
• Novas necessidades terapêuticas como, por exemplo, as doenças respiratórias (i.e., asma, doenças
de brônquios) que conduziram a que grupos etários mais juvenis constituam clientes alvo a eleger;
• Crescente procura de actividades complementares ao termalismo, como por exemplo, o golfe, a caça,
visita a aldeias históricas e oferta gastronómica;
• Evolução do conceito termal que, para além do tratamento (incluindo convalescença) e prevenção de
doenças, pode também associar-se a um novo tipo de mercado, o do Turismo Estético e de Bem-
Estar1;
1
Aliar uma viagem de turismo e lazer a uma cirurgia estética.
Research Sectorial SPA Termal Oportunidades de Investimento e de Negócio Novembro 24, 2007 23
25. 4. Análise SWOT do Termalismo em Portugal.
Oportunidades de Exploração do Recurso
• Aproveitar o potencial da valência terapêutica médica geral e especializada (i.e.,
tratamentos de reumatismo, recuperação de traumatismos), oferecendo uma gama de serviços
com grande poder de prolongamento da estadia, o que poderá criar forte fidelização dos clientes;
• Potenciar a possibilidade de exploração dos três segmentos: termalismo, engarrafamento de
águas (crescente procura de água mineral1), e geotermia (o aproveitamento do potencial da
energia geotérmica possibilitará uma poupança na factura de energia, um dos principais custos
dos estabelecimentos turístico-hoteleiros);
• Desenvolvimento do turismo de Saúde e Bem-Estar nos Açores pelos recursos naturais existentes
e pelo perfil turístico da região.
1
Ver anexo 3 – Engarrafamento de Água Mineral Natural e de Nascente.
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26. 4. Análise SWOT do Termalismo em Portugal.
Oportunidades em Parcerias
• Aproveitar o potencial da organização em rede entre estâncias próximas, aumentando a
diversidade da oferta e reduzindo as necessidades de investimento ao nível de quartos, bem como
os custos de promoção da região. Permitirá, também, um maior potencial para explorar negócios
complementares (e.g., água engarrafada, cosmética);
• Possibilidade de apoio institucional por parte da AICEP e das Câmaras Municipais, visando
coordenar e agilizar processos de incentivos financeiros e fiscais;
• Potenciar o papel dos Seguros de Saúde e Serviços de Assistência Médico-Social ligados a
Associações/Sindicatos Profissionais, quer nacionais, quer internacionais, por forma a promover e
dinamizar a oferta nacional de termalismo, evitando a dependência face ao Serviço Nacional de
Saúde/Segurança Social.
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27. SPA Termal Sanus per Aquam.
1. Termalismo de Saúde e Bem-Estar.....................................................................2
2. Termalismo em Portugal......................................................................................6
3. Termalismo na Europa.......................................................................................14
4. Análise SWOT...................................................................................⁄⁄⁄⁄⁄.20
5. Notas Finais⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄.⁄....27
6. Anexos⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄..⁄⁄⁄29
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28. 5. Notas Finais.
O termalismo em Portugal poderá desenvolver-se no seguinte sentido:
• Evoluir para um conceito de Termalismo de Saúde e Bem-Estar, com ofertas segmentadas em
espaços exclusivamente dedicados ao termalismo, em coexistência com oferta alargada de actividades
de lazer e recreio;
• Potenciar e dinamizar as valências paisagísticas, arquitectónicas e culturais das regiões onde as termas
se localizam;
• Dinamizar a oferta complementar ao termalismo, nomeadamente a caça e o golfe;
• Segmentar e direccionar a oferta para os vários grupos de clientes (i.e., famílias, DINKYS, jovens e
séniores) por forma a reduzir a tendencial sazonalidade da procura termal;
• Potenciar e dinamizar os segmentos de negócios complementares, como o engarrafamento e
distribuição de água mineral natural, a geotermia, a cosmética e o Turismo Estético e de Bem-Estar;
• Dinamizar o merchandising de produtos como peças de vestuário, chás e infusões, e outros produtos
característicos da região em que se insere a unidade em questão, promovendo e divulgando a oferta
termal;
• Criação e divulgação do conceito (marca e produto) “Termas de Portugal”, para o qual será
preponderante o envolvimento integrado dos diversos operadores do sector.
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29. SPA Termal Sanus per Aquam.
1. Termalismo de Saúde e Bem-Estar.....................................................................2
2. Termalismo em Portugal......................................................................................6
3. Termalismo na Europa.......................................................................................14
4. Análise SWOT...................................................................................⁄⁄.⁄⁄...20
5. Notas Finais⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄.⁄....27
6. Anexos⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄..⁄⁄⁄29
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30. 6. Anexo 1 Investimento para Complexo e Hotel SPA Termal.
Hotel SPA Termal Complexo SPA Termal
Montante Montante
Valência Valência
(EUR milhões) (EUR milhões)
Alojamento Alojamento
Hotel 10 a 20 Hotel 16 a 32
Restauração 1 Alojamento complementar 6 a 12
Animação Restauração 1a2
SPA anexo e balneário 3a5 Animação
Centro de congressos Incluído no hotel SPA anexo e balneário 3a6
Componente não definida 1a2 Centro de congressos 2a3
Imobiliário Golf 3a4
Terrenos 1a2 Piscinas/Centro Hípico/Mata/Infantil 1a2
Total 16 a 30 Imobiliário
Terrenos 2a3
Estruturas 2a7
Moradias turísticas 2a4
Total 38 a 75
Fonte: AICEP.
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31. 6. Anexo 2 Exemplos de Sucesso de Termalismo de Bem-Estar.
Nos últimos anos, e após investimentos importantes de renovação tecnológica e arquitectónica, assistiu-se,
sem se ter perdido a valência do termalismo médico, ao aparecimento na Europa do termalismo remise en
forme. Em seguida apresentamos alguns exemplos de relevo de estâncias que passaram por esse processo.
Este complexo termal foi um dos primeiros a instituir a fórmula
Montbrió resort e SPA, em Espanha. Os vários edifícios que o compõem
Tarragona - Espanha oferecem uma mescla harmoniosa de um estilo próprio do início
do século XX e tendências de arquitectura mais recentes.
Este complexo, com um parque de 17 ha totalmente
Royal Parc Evian dedicado à remise en forme, está situado nas margens do
Evian - França Lago Léman, nos Alpes franceses.
Terme di Saturnia As termas foram alvo de um extenso projecto de renovação
e as novas instalações abriram as portas no ano de 2001.
Toscania - Itália
“Montanha, rocha, água – construir na rocha, em rocha, dentro
Therme Vals da montanha, a partir da montanha...”. Este SPA termal abriu em
Vals - Suíça 1996 e foi classificado como edifício de interesse público dois
anos depois, substituindo as termas da década de 60.
Fontes: AICEP, ES Research – Research Sectorial.
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32. 6. Anexo 2 Exemplos de Sucesso de Termalismo de Bem-Estar.
Os SPA Termal de referência, com dimensão, visibilidade e capacidade de promoção detêm, habitualmente,
boas estruturas de alojamento, um conjunto variado de estruturas e serviços, como Centros de Congressos
e Clínicas, entre outros, e permitem um rol alargado de actividades de bem-estar e lazer.
Equipamentos dos SPA termais de referência
Act. Natureza
Observações
Restaurante
Congressos
Massagens
Alojamento
Equitação
Centro de
Ginásio
Termas
Jacuzzi
Piscina
Beleza
Clínica
Sauna
Golfe
Praia
Montbrió Hotel 4*
Tarragona - Espanha (450 camas) √ √ √ √ √ √ √
Royal Parc Evian Hotel 5* Casino
Evian - França (9000 quartos) √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ Teatro
Terme di Saturnia Hotel 4* Drive
Toscania - Itália (140 camas) √ √ Range √ √ √ √ √ √ √ √
Therme Vals Hotel 3* Ski
Vals - Suíça (450 camas) √ √ √ √ √ √ √ √ Montanha
Fonte AICEP.
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33. 6. Anexo 3 Engarrafamento de ˘gua Mineral Natural e de Nascente.
Em 2006, estiveram em funcionamento 31 linhas de
Consumo de água mineral e água de
engarrafamento em Portugal, das quais 18 de águas minerais nascente em países da União Europeia,
naturais e 13 de águas de nascente1. As vendas de águas 2006
(Litros por habitante)
minerais naturais e de águas de nascente apresentaram no
último decénio um crescimento de 65%: o consumo por Itália 195
habitante passou de 55.9 litros/ano, em 1996, para 92.3 Alemanha 153
Espanha 130
litros/ano, em 2006. Avaliando uma amostra de países
Bélgica 128
europeus, em 2006, o consumo de água mineral e de água
França 126
nascente por habitante em Portugal apresentava-se ainda
Portugal 92
bastante a baixo de países como Itália, Alemanha e Espanha,
Aústria 89
entre outros. Grécia 81
Consumo de águas minerais e de nascente, Portugal,
1996 e 2006 Irlanda 30
(Litros por habitante) Reino Unido 28
% 92.3 Suécia 26
+ 65
55.9 Holanda 24
Dinamarca 23
1996 2006
1 As águas minerais integram-se no domínio público do Estado (sendo a respectiva exploração assegurada através de um contrato de concessão), oferecem uma composição estável do ponto
de vista físico-químico e possuem propriedades terapêuticas ou simplesmente efeitos favoráveis à saúde. Ao contrário, as águas de nascente, são objecto de propriedade privada (apesar de
carecerem ser licenciadas) e apenas têm de ser, na origem, águas próprias para beber.
Fontes: APIAM, Eurostat, ES Research – Research Sectorial.
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34. Director Coordenador Miguel Frasquilho mfrasquilho@bes.pt
Francisco Mendes Palma fmpalma@bes.pt
Direcção Artur Alves Pereira aapereira@bes.pt
Research Sectorial Miguel Malaquias Pereira mbpereira@bes.pt
Susana Barros msbarros @bes.pt
João Pereira Miguel jpmiguel@bes.pt
Luís Ribeiro Rosa luis.c.rosa@bes.pt
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