1. No Egito antigo, bem antes de Cristo onde as poltronas eram tidas como um símbolo de
nobreza e poder. Naquele tempo, somente os faraós podiam aproveitar de toda a imponência
dessas peças, que eram revestidas de ouro e pedras preciosas.
Já na sociedade romana, as poltronas eram utilizadas em salas de refeições. Somente homens
podiam utilizar-se dessa mobília, e como objeto exclusivo de seu dono, era proibido que outra
pessoa se sentasse além dele.
De lá pra cá o mundo mudou muito e as poltronas acompanharam a evolução da humanidade,
mas um quesito importante vem sendo aprimorado ao longo dos tempos quando o assunto é
poltrona: o conforto e beleza.
Na sala
Poltronas são indispensáveis nas salas de estar. Elas completam os sofás, quebrando o
padrão do ambiente e trazendo mais charme.
É um complemento excelente, que confere estilo e personalidade a um cômodo. Mas é preciso
ter cuidado ao combinar os móveis. Se o espaço é pequeno, recrutar uma poltrona giratória
pode ser uma boa opção.
Conforto para o papai
Um tipo que se tornou muito comum é a chamada “poltrona do papai”. Mais robustas, sempre
muito confortáveis, estas peças são reclináveis e algumas têm até sistema de massagem.
No quarto
As poltronas são tão versáteis que têm espaço até nos quartos, e valem para todas as idades.
Para o quarto de bebê, uma poltrona de amamentação é fundamental para o conforto e
tranquilidade da mamãe num momento tão importante.
Já para os adolescentes o ideal é um modelo moderno e colorido, que tenham rodinhas para
que possam “transitar” pelo quarto.
Independente da idade, poltronas são ótimas para relaxar, e podem ser companheiras muito
agradáveis na hora de uma boa leitura.
No trabalho
Muitos profissionais são adeptos da poltrona em seus locais de trabalho, mas talvez os que
mais se utilizam desse mobiliário sejam os psicólogos que precisam ficar horas a fio sentados
ouvindo as questões de seus pacientes. Nesses casos, ter uma mesa de apoio é fundamental.
Coringa da decoração
Não é só o bem-estar trazido pelas poltronas que contam pontos a favor. Uma simples
mudança de tecido pode renovar todo o ambiente. Hoje em dia existe uma infinidade de
estampas para auxiliar nessa tarefa.
2. CADEIRAS E POLTRONAS QUE MARCARAM A HISTÓRIA DO DESIGN
Cadeira Wassily – Marcel Breuer, 1925. Apesar de haver uma crença popular nesse sentido,
essa cadeira não foi projetada para o pintor abstrato
Wassily Kandinsky. Com seu design racional e
construtivo, essa peça é, no entanto, um símbolo da
escola Bauhaus, onde o pintor era professor na
mesma época em que Breuer era o chefe da
marcenaria.
A história mais aceita seria de que o artista viu o
móvel e admirou seu projeto, então Breuer fabricou
uma dupla dessas cadeiras para os aposentos
pessoais de Kandinsky, o que fez com que a peça
ficasse conhecida como “Wassily” décadas mais tarde, quando foi relançada pela fabricante
italiana Gavina, que apurou essa história.
Eames Lounge Chair –Charles e Ray Eames, 1956. Feita de madeira compensada moldada
e couro, essa peça desenhada para a Herman
Miller levou anos para ser desenvolvida.
Foi o primeiro móvel desenhado pelo casal
Eames para o mercado high-end, pois eles
costumavam desenvolver móveis que
pudessem ser produzidos em massa e com
preço acessível, sendo a Eames Lounge Chair
uma exceção.
Este item de luxo foi inspirado pelas tradicionais
cadeiras de couro inglesas (“Club Chairs”). Segundo os autores, eles queriam reproduzir uma
aparência calorosa e receptiva, como se fosse uma luva de baseball usada! De grande
relevância histórica, e amplamente difundida no mercado do mundo inteiro, essa peça faz parte
da coleção permanente do MoMa – Museu de Arte Moderna de Nova York.
Cadeira Tulipa – Eero Saarinen, 1955. Desenhada para a empresa Knoll, de Nova York, essa
linha de cadeiras foi imaginada para complementar
a mesa de jantar da mesma coleção. Suas linhas
curvas e suaves são uma marca do modernismo e
naquela época o formato era considerado
experimental para os materiais e tecnologias
disponíveis. Enquanto inicialmente essa cadeira
era considerada futurista, por suas curvas e
material artificial, hoje ela se tornou um clássico do
desenho industrial, por se tratar de um móvel feito
com uma única peça, inteira de fibra de vidro.
3. Cadeira Barcelona – Mies van der Rohe e Lilly Reich, 1929. Projetada originalmente para
receber a realeza espanhola no Pavilhão
Alemão da Exposição Internacional de
Barcelona em 1929, essa cadeira se tornou um
ícone do design moderno, presente em
milhares de casas e escritórios no mundo todo.
O quadro havia sido inicialmente concebido
para ser parafusado, mas foi redesenhado em
1950 utilizando o aço inoxidável, o que permitiu
que fosse feito por uma só peça perfeita de
metal, dando uma aparência mais suave.
Cadeira Egg – Arne Jacobsen, 1958. Essa peça de traços marcantes e extremamente
confortável foi originalmente projetada
para o hotel Radisson SAS em
Copenhague, na Dinamarca, a cadeira
Egg é editada até hoje pela tradicional
fabricante escandinava Fritz Hansen. O
desenho leva o estilo típico de Jacobsen,
com materiais de primeira qualidade.
Acredita-se que a peça tem inspiração na
cadeira “Womb”, do também escandinavo
Eero Saarinen.
LC2 – Le Corbusier, 1928. Introduzida durante o Salon d’autumne em Paris, a série de móveis
assinada pelo arquiteto Le Corbusier teve
participação de sua equipe de designers, que
contava com nomes como Charlotte Perriand
e Pierre Jeanneret. Os desenhos são
resultado da necessidade de preencher seus
projetos modernos com um mobiliário que
seguisse a mesma linguagem. Segundo Le
Corbusier definiu, esses móveis são
pensados como extensões de nossos
membros, adaptadas às nossas
necessidades como um servo dócil, discreto e modesto. A constituição das cadeiras da série
LC reforça esses dois principais objetivos: conforto e neutralidade.
4. Cadeira “Red and Blue” – Gerrit Rietveld, 1917. Essa peça é um ícone não só do design,
mas também da arte. Ela representa uma das
primeiras explorações em três dimensões do
movimento de arte holandês De Stijl, do qual fez
parte o famoso pintor Piet Mondrian. Enquanto
protótipo, a cadeira originalmente foi pintada de
preto, cinza e branco. Foi após uma sugestão do
arquiteto Bart van der Leck, que pertencia ao
mesmo grupo, que ela ganhou suas cores
marcantes. Essa peça pertence ao acervo de
diversos museus e é objeto de desejo para muitos
arquitetos, designers e entusiastas, tanto por seu
valor histórico quanto por sua construção simples.
Referência:
http://www.arkpad.com.br/blog/arquitetura-e-design/11-cadeiras-que-marcaram-historia-design/