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Escola Secundária/3
António Nobre
Curso Profissional Técnico
de Apoio à Gestão
Desportiva
Práticas de Atividades
Físicas e Desportivas
Alexandre Luís Magalhães Peixoto
Catarina Alexandra Matos Neivas
11º GD1
Maio 2012/ 2013
Desportos de Natureza e Aventura
Canoagem
1
Curso Profissional Técnico de
Apoio à Gestão Desportiva
Prática de
Atividades
Físicas e
Desportivas
Sónia Carvalho
Alexandre Peixoto
11º GD1 Catarina Neivas
Desportos de Natureza e
Aventura – Canoagem
Módulo 12 – Opç.4
Maio 2012/2013
2
Índice
Fundamentação Teórica................................................................................................................ 4
Origem, evolução e tendências de desenvolvimento da modalidade...................................... 4
História.................................................................................................................................. 4
Contextos organizacionais e formas de prática (Caracterizar Slalom, Velocidade, Canoagem
de Mar e canoagem associada ao Lazer – águas bravas, free style…)...................................... 6
Canoas................................................................................................................................... 6
Caiaques ................................................................................................................................ 6
Modelos de embarcação....................................................................................................... 7
Canoagem de Slalom............................................................................................................. 9
Canoagem de Velocidade.................................................................................................... 10
Canoagem de Mar............................................................................................................... 12
Canoagem Descida.............................................................................................................. 13
Canoagem Maratona........................................................................................................... 15
Canoagem água bravas ....................................................................................................... 16
2. Prática da modalidade......................................................................................................... 18
2.1. Tipos de intervenientes: praticantes, arbitragem, público, média, patrocinadores,
forças de segurança, e indústria associada......................................................................... 18
3. Legislação e regulamentos aplicáveis ao contexto de prática da modalidade ................... 21
3.1. Regulamentos específicos da modalidade, de âmbito federado Canoagem............... 21
3.2. Organização de competições federativas .................................................................... 21
3.3. Outro tipo de organização de actividades e eventos, nacionais e internacionais....... 22
4. Materiais e equipamentos específicos da modalidade....................................................... 22
4.1. Modo de utilização dos materiais e equipamentos, conforme o âmbito
formal/informal da prática, ao nível da formação ou do alto rendimento ........................ 27
8. Tipos de capacidades físicas e psicológicas mais utilizadas em cada função da modalidade
................................................................................................................................................. 29
Capacidades Físicas ............................................................................................................. 29
Capacidades Psicológicas .................................................................................................... 29
9. Fundamentos técnicos e tácticos predominantes na modalidade: .................................... 30
9.1. Características dos ventos, marés e correntes............................................................. 30
9.2. Níveis de dificuldade dos rios e dos mares .................................................................. 31
9.3. Técnicas de embarque e desembarque ....................................................................... 32
3
9.4. Processos de esvaziamento do caiaque....................................................................... 33
9.5. Técnicas básicas: propulsão, retropulsão e apoios...................................................... 34
9.6. Técnicas de salvamento ............................................................................................... 37
4
Fundamentação Teórica
Origem, evolução e tendências de desenvolvimento da modalidade
História
A canoagem é um desporto que tanto se disputa em águas tranquilas como bravias e há dois
tipos de embarcação, a canoa e o caiaque.
As primeiras canoas surgiram na América
do Norte e eram utilizadas pelos índios do
Canadá, que chamavam pirogas às suas
embarcações, abertas em cima e revestidas
com pele de animais, as quais utilizavam
para se deslocarem ao longo dos rios.
As canoas eram, basicamente, troncos esventrados e afiados à frente para cortar a água.
As primeiras deram origem às canoas do tipo
canadiano e as segundas aos caiaques, ambas
utilizadas atualmente em competição.
A primeira canoa de competição surge durante
a Guerra Civil Americana pelo escocês John
McGregor. Utilizada pelo escocês para
expedições em rios e lagos.
Em 1924 foi fundada a Federação Internacional
de Canoagem (ICF) e, nesse mesmo ano, em Paris, surgiu pela primeira vez no programa dos
Jogos Olímpicos, apenas para exibição.
Em 1933 nasceram os Campeonatos das Europa
e a inclusão oficial no programa dos Jogos.
Havendo em 1936 provas masculinas e as
femininas só 1948.
Na década de 30 que se começou a praticar a
canoagem em águas bravias e o slalom.
Em 1938 realizaram-se os primeiros
Campeonatos Mundiais.
5
Também na década de 30 que em Portugal a canoagem se começou a difundir, através da
descida de rios, atividades de aventura e, até, algumas competições.
A modalidade cresceu, aparentemente, a partir do momento em que foi organizada uma
descida do Rio Douro efetuada por remadores espanhóis.
Contudo, só em 1979, a 10 de Março, foi fundada a Federação Portuguesa de Canoagem, três
anos depois, Portugal passa a ser membro da ICF no Congresso de Belgrado, na Jugoslávia.
GertFredriksson
6
Contextos organizacionais e formas de prática (Caracterizar Slalom,
Velocidade, Canoagem de Mar e canoagem associada ao Lazer – águas
bravas, free style…)
Canoas
As canoas do tipo canadiano são movidas com um remo só com uma pá e o atleta coloca-se na
embarcação com um joelho apoiado.
Caiaques
O caiaque, descendente das embarcações dos esquimós, é movido com um remo de dupla pá,
situadas em cada ponta.
7
Modelos de embarcação
Águas tranquilas
Águas bravas
Descida de Rios
Turismo / Lazer
8
Partes de uma embarcação
Nem todas as embarcações possuem as mesmas partes, pois as diferentes especialidades
deram origem a diferentes embarcações. No entanto, pode-se generalizar e distinguir as
seguintes partes e instrumentos de um caiaque:
Proa
Parte dianteira da embarcação;
Popa
Parte traseira da embarcação;
Casco
Metade inferior da embarcação;
Cobertura
Metade superior da embarcação;
Poço
Abertura onde o canoísta se coloca;
Quebra-mar
Parte saliente da embarcação que se encontra em volta do poço e que permite segurar o
saiote;
Banco
Parte mais elevada onde o canoísta se senta;
Finca-pés
Instrumento que se encontra fixo ao casco, onde o atleta apoia os pés;
Leme
Parte móvel, situada na parte posterior da embarcação, que permite alterar a sua direção;
Pegas de segurança
Corda ou material resistente que se encontra na proa e na popa da embarcação.
9
Canoagem de Slalom
Canoagem Slalom é uma modalidade praticada com caiaques ou canoas em águas rápidas, em
percursos que variam entre 250 e 300 metros, definidos por "portas", que o canoísta deve
percorrer sem faltas e no menor tempo possível.
Nesta modalidade, os canoístas devem passar por 18 a 25 "portas", penduradas por arames
(verdes e vermelhos) suspensos, seguindo a sequência numérica e o sentido indicado nelas – a
favor ou contra a corrente.
Sendo as de cor verde para remar a favor da corrente e as de cor vermelha remar contra a
corrente.
O percurso deve ser percorrido duas vezes e penalidades equivalem a um determinado
número de pontos. E este varia de 250 a 400 metros.
10
Canoagem de Velocidade
Canoagem de Velocidade é uma modalidade essencialmente de competição. É praticada em
rios ou lagos de águas calmas com 9 raias demarcadas nas distâncias de 1.000, 500 e 200
metros. Iniciam-se com eliminatórias que classificam os barcos semifinalistas e finalistas.
Nos caiaques, rema-se sentado com um remo de duas pás. Na canoa, o canoísta apoia-se no
assoalho da canoa com joelho e usa remo de uma só pá.
Esta divide-se nas seguintes classes:
K1
Caiaque para uma pessoa, cujocomprimento máximo de 5,20 m e o peso mínimo de 12 kg.
K2
Caiaque para duas pessoas, cujocomprimento máximo de 6,50 m e o peso mínimo de 18 kg.
11
K4
Caiaque para quatro pessoas, cujocomprimento máximo de 11 m e o peso mínimo de 30 kg.
C1
Canoa para uma pessoa, cujocomprimento máximo de 5,20 m e o peso mínimo de 16 kg
C2
Canoa para duas pessoas, cujocomprimento máximo de 6,50 m e o peso mínimo de 20 kg.
12
C4
Canoa para quatro pessoas, cujo comprimento máximo de 11 m e o peso mínimo de 50 kg.
Os eventos olímpicos masculinos incluem o K2 para 1000 e 500 metros, K1 para 1000 metros e
500 metros, K4 para 1000 metros, C1 1000 metros e 500 metros, C2 1000 e 500 metros.
Em femininos, só há provas de K1, K2 e K4, todas de 500 metros.
Canoagem deMar
Canoagem de mar é uma modalidade praticada em águas abertas, onde se desenvolvem
provas de percurso, resistência e habilidade. O objetivo das provas é percorrer, num percurso
previamente definido em carta náutica, em águas marinhas, no menor tempo possível.
http://videos.sapo.pt/pbaqpUlnzlqgZVo0uADt- I Duatlo de Canoagem em Ílhavo
13
Canoagem Descida
Canoagem de descida é uma modalidade praticada em águas rápidas e violentas (corredeiras),
onde o canoísta tem que demonstrar o seu controlo sobre a canoa ou caiaque. Este percorre
um percurso que varia de 400 a 800 metros no menos tempo possível.
Conforme a Federação Internacional de Canoagem (FIC), hoje existem três classes que fazem
parte da canoagem descida que são a K1, C1 e C2.
O caiaque e as canoas desta modalidade são diferentes das usadas na canoagem velocidade.
As classes de embarcações são padronizadas pelas regras da FIC, conforme nos mostram as
seguintes ilustrações:
K1
Caiaque para uma pessoa, cujo comprimento máximo de 4,50 m, largura mínima no casco de
60 cm e o peso mínimo de 11 kg.
14
C1
Canoa para uma pessoa, cujo comprimento máximo de 4,30 m, largura mínima no casco de 70
cm e o peso mínimo de 12 kg.
C2
Canoa para duas pessoas, cujo comprimento máximo de 5 m, largura mínima no casco de 80
cm e o peso mínimo de 18 kg.
15
Canoagem Maratona
Canoagem Maratona é uma modalidade praticada em águas calmas em grandes distâncias. As
competições realizam-se com distâncias superiores a 15 km. Durante a competição,os
canoístasrealizam percursos por terra onde precisa de carregar a sua canoa ou caiaque para
atravessar obstáculos e para além disso,também se alimentam e hidratam. As mesmas
disputam-se com as mesmasembarcações da Canoagem Velocidade (apresentadas na
pág.8)sendo estas mais leves e finas.
As categorias que podem participar da prova são:
Homens
K1, K2, K4, C1 e C2
Mulheres
K1 e K2
Misto
K2 e C2
Cada percurso tem duração de aproximadamente 3 horas.
16
Canoagem água bravas
Prespetiva de Lazer
Surge do cotidiano da cultura popular, seja como atividade prática, seja como atividade lúdica,
a canoagem insere-se hoje como lazer e desporto na nossa sociedade.
Turismo e aventura é uma especificidade da canoagem que não se enquadra nas normas de
desporto de competição. O objectivo principal desta variante é a aproximação do homem com
a natureza beneficiando o respeito da mesma, além disso esta também tem benefícios, como
conhecer novos sítios, ocupação de tempos livres, espirito aventureiro e bom nível de aptidão
física, implicando a manutenção de hábitos saudáveis.
Os locais onde se pode praticar a modalidade são: rios, represas, lagos, e para os mais
experientes e corajosos mares e oceanos.
Para poder praticar a modalidade devemos ter em atenção a embarcação.
Os caiaques servem do tipo de canoagem de mar são os mais favoráveis para remadas que
envolvam longas distâncias, pois são mais rápidos e com tem uma divisão de carga que
permitem levar provisões. Enquanto a canoa, para águas limitadas (rios, represas, lagos), estas
não são tão rápidas como os caiaques mas tem a divisão de carga consideravelmente superior
aos caiaques e além disso, são mais cómodas.
Este link é referente ao Festival Internacional De Águas Bravas realizada em Arouca em 2006.
http://videos.sapo.pt/AB4jp61uKN9TCc8Snwm3
17
Estas imagens são relativas à prespetiva de lazer.
Rafting
Estilolivre
18
2. Prática da modalidade
2.1. Tipos de intervenientes: praticantes, arbitragem, público, média,
patrocinadores, forças de segurança, e indústria associada
Praticantes
A canoagem pode ser praticada por todas as pessoas, desde que sejam respeitados todos os
itens de segurança.
A idade ideal para iniciar este desporto é a partir dos oito anos de idade.
Arbitragem
Meio de responsabilidade do desempenho dos árbitros de canoagem exige a correta formação
e a uniformização de critérios para que as provas decorram com normalmente sem qualquer
distúrbio ou falta de fair play.
http://www.fpcanoagem.pt/LinkClick.aspx?fileticket=zSleetbl5mY%3D&tabid=446&mid=1224
O link apresentado trata da formação de árbitros e com isto pretendo mostrar a divisão dos
mesmos.
19
Público
A pessoa que assiste, observa, presencia qualquer ato ou espetáculo.
Media
Meios de comunicação social.
Patrocinadores
Os organizadores da competição podem associar o nome/marca do promotor/patrocinador à
designação da competição e a federação adotará essa designação na divulgação da regata
junto dos seus associados e perante a comunicação social.
20
Forças de Segurança
A organização da regata deve também garantir segurança e apoio ao longo da prova,
assegurada por diversas embarcações em coordenação com a comissão de competição.
http://www.youtube.com/watch?v=R3OH5FVZArY
Industria associada
Industria reconhecida a nível nacional e internacional.
http://www.mar-kayaks.pt/pt/
21
3. Legislação e regulamentos aplicáveis ao contexto de prática da
modalidade
3.1. Regulamentos específicos da modalidade, de âmbito federado Canoagem
Os links apresentados são os regulamentos próprios da modalidade referida por cima dos
mesmos no âmbito federado ou de competição.
Canoagem de Mar
http://www.fpcanoagem.pt/Portals/0/Regulamentos/FPC.RegulamentoCanoagemMar201303
25.pdf
Canoagem de Velocidade
http://www.fpcanoagem.pt/Portals/0/Regulamentos/FPC.20130211.RegulamentoVelocidade.
pdf
Slalomhttp://www.fpcanoagem.pt/Portals/0/Regulamentos/FPC.RegulamentoAguasbravas20
120604.pdf
http://www.lusorafting.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=93&Itemid=136
3.2. Organização de competições federativas
A canoagem divide-se em dois níveis, amador e profissional.
A Federação Portuguesa de Canoagem é o organismo que tutela o desporto em Portugal,
promovendo a prática da modalidade e a competição, tanto ao nível profissional como
amador.
http://www.fpcanoagem.pt/LinkClick.aspx?fileticket=gGCcflSW60I%3d&tabid=373&mid=1269
Neste link, temos as competições organizadas pela Federação Portuguesa de Canoagem.
22
3.3. Outro tipo de organização de actividades e eventos, nacionais e internacionais
A Federação Internacional de Canoagem é a entidade internacional que regulamenta a prática
da canoagem e de suas modalidades em todo o mundo.
4. Materiais e equipamentos específicos da modalidade
Embarcação
Caiaque ou canoa.
23
Colete salva vidas
Uma das coisas mais importantes na canoagem é o colete salva-vidas. Este pode ter abertura
frontal ou lateral, bolsas para guardar pequenos objetos.
Capacetes
Os capacetes têm como função a proteção da testa, da nuca e das orelhas. São imprescindíveis
para a segurança de um canoísta, na medida em que representam uma mais-valia na
prevenção e no cálculo dos riscos da atividade.
24
Pagaias
Os tipos de pagaias mudam de embarcação para embarcação e encontram-se centenas de
combinações de pagaias possíveis; com diferentes pás, tamanhos de empunhaduras e
comprimentos.
De uma forma geral, podemos distinguir três partes fundamentais numa pagaia:
Pá
Parte da pagaia que se introduz na água e que permite propulsionar e/ou dirigir a embarcação;
Tubo
Cilindro, oco ou maciço, que une as pás entre si, no caso de pagaias duplas, ou une a pá ao
punho, em caso de pagaia simples;
Punho
Zona na qual o canoísta segura a pagaia e que se encontra ao longo do tubo, ou no final do
mesmo, em caso de pagaia simples.
Pá
Tubo
Punho
Punho
25
Há dois tipos de pagaias:
Pagaia simples
Utilizada em embarcações tipo canoa;
Pagaia dupla
Utilizada em embarcações tipo caiaque.
Cabo de resgate
O cabo de resgate vai de encontro a um lema que os praticantes respeitam: “homem à água”,
uma vez que todos os indivíduos são auxiliados e socorridos da água. Para tal, nos seus
percursos, os praticantes levam uma corda elástica, de aproximadamente 20 metros, utilizada
para resgates no caso de alguém cair do bote – é o designado cabo de resgate.
26
Saia
É uma colcha que se ajusta no aro da cabine e na cintura do canoísta que impede a entrada de
água no caiaque. A saia é dotada de duas alças de segurança na parte anterior para retirada
rápida no caso de necessidade.
Roupas e acessórios
o Impermeável
o Fato térmico
o Camisolas
o Calçado
27
4.1. Modo de utilização dos materiais e equipamentos, conforme o âmbito
formal/informal da prática, ao nível da formação ou do alto rendimento
Cuidados com o material
Para a preservação do material é fundamental que se estabeleçam normas na utilização e
arrumação do mesmo.
No que respeita às pagaias, estas devem ser guardadas, de preferência, em posição vertical e
suspensas.
Quanto às embarcações, há que ter em atenção, aquando da sua utilização diária, o seguinte:
o Evitar o choque com superfícies duras que deformem a embarcação;
o Verificar se a embarcação que vamos utilizar está munida de flutuação;
o Não entrar na embarcação sem que esta esteja na água;
o Sempre que for necessário, colocar a embarcação na posição invertida de quebra-mar
para baixo;
o No final da atividade, retirar completamente a água, secando-a com um pano ou com
uma esponja.
Para além destes cuidados diários, devem-se efetuar revisões periódicas a todo o material,
para evitar futuras deteriorações. Assim:
o Verificar o estado dos parafusos e anilhas que sustentam o finca-pés e o assento;
o Verificar o estado das pegas de segurança da proa e da popa;
o Verificar o estado dos flutuadores;
o Reparar qualquer outro defeito que possa haver na embarcação.
Normas de armazenamento e de transporte do material
O material deve ser armazenado segundo algumas normas, com o intuito de se evitar estragos
irreversíveis. Assim, no que respeita ao armazenamento:
o Nunca se deve amontoar as embarcações, devendo-se evitar que exerçam pressões
entre si;
o Os suportes para as embarcações devem estar acolchoados;
o Para as embarcações de fibra de vidro é suficiente a utilização de estruturas com dois
pontos de suporte;
o Para as embarcações de polietileno é preferível um tipo de suporte onde se apoie a
embarcação em toda a sua superfície.
28
O transporte das embarcações também deve ser feito com as devidas precauções, para não as
danificar. Assim, no que respeita ao transporte para a água, e vice-versa:
No caso de um K1, este pode ser transportado de várias formas:
o Agarrado pelo quebra-mar, como se fosse uma mala;
o Colocar o ombro dentro do poço, com a embarcação equilibrada;
o Carregá-lo ao ombro, passando o braço por cima;
o Se forem duas pessoas, tendo cada uma, o seu caiaque, podem levá-los juntas;
No caso de um K2, este também pode ser transportado de várias formas:
o Pode ser agarrado por baixo do casco
o Pode ser agarrado nos quebra-mares
o Pode ser carregado nos ombros, desde que um tripulante se encontre na popa e o
outro na proa.
o As embarcações nunca devem ser arrastadas;
o As pagaias devem ser transportadas na mão ou introduzidas dentro da embarcação.
29
8. Tipos de capacidades físicas e psicológicas mais utilizadas em cada
função da modalidade
Capacidades Físicas
Como primeira parte técnica a ser ensinada sugere-se que com os remos fora d'água, todos
de pé, aprendam a manuseá-lo. Os aspectos que devem ser salientados são:
Tamanho do remo para cada praticante
O tamanho ideal de remo para cada praticante durante a iniciação deve ser definido pelo
tamanho total do remo, ou seja, este deverá estar na vertical em frente ao aluno, que deverá
elevar um dos seus braços, realizando uma flexão gleno-umeral de 180º no plano sagital, de
modo que os dedos toquem a ponta da pá;
Distância das duas mãos até as pás
O aluno deverá manter um mesmo distanciamento da mão até a pá em ambos os lados do
remo, de forma que exista uma simetria na pegada, para que não possibilite maiores
aplicações de forças com somente um dos lados do corpo;
Pegada
Para definir a pegada pode-se também utilizar algumas regras para facilitar a automatização
do aluno. Com os cotovelos flexionados em 90º acima da cabeça deve-se segurar o remo;
Movimentação de remar
Depois da correta pegada, ainda fora d'água, ensina-se o movimento da remada. A remada
deve ocorrer na altura aproximada dos olhos e deve existir um movimento de extensão do
punho direito (para destros) no momento de preparação para a remada do lado esquerdo
(fase aérea), causando uma entrada melhor do remo na água. Isso deve ser realizado por
alguns minutos com correção das pessoas que estiverem apresentando dificuldades.
Capacidades Psicológicas
Relacionado à motivação do praticante, uma vez que a falta de competições oficiais para
crianças menores que doze anos não existe, podendo causar abandono precoce do desporto.
Porém, alternativas podem ser tomadas quanto a esses fatores psicológicos, podendo ser
criadas estratégias durante a própria aula para atrair o interesse dos iniciantes, ou ainda,
eventos paralelos que proporcionem vivência no desporto, independendo da participação
competitiva.
30
9. Fundamentos técnicos e tácticos predominantes na modalidade:
9.1. Características dos ventos, marés e correntes
Vento
Existem vários fatores que podem influenciar na formação do vento, fazendo com que este
possa ser mais forte (ventania) ou suave (brisa). Pressão atmosférica, radiação solar, umidade
do ar e evaporação influenciam diretamente nas características do vento.
Marés
Quando a maré está em seu ápice chama-se maré alta, maré cheia ou preamar; quando está
no seu menor nível chama-se maré baixa ou baixa-mar. Em média, as marés oscilam em um
período de 12 horas e 24 minutos. Doze horas devido à rotação da Terra e 24 minutos devido à
órbita lunar.
Correntes
As correntes marítimas são movimentos de grandes massas de água dentro de um oceano ou
mar. Tal qual a circulação dos ventos, as correntes marítimas têm a característica de
influenciar o clima das regiões em que atuam, possuem direções e constâncias bem definidas.
As correntes marítimas têm sua origem na circulação dos ventos na superfície e pelo
movimento de rotação da Terra. Elas transportam consigo umidade e calor interferindo
também na vida marinha e, consequentemente, tendo influência direta no equilíbrio dos
oceanos e mares.
31
9.2. Níveis de dificuldade dos rios e dos mares
Graus de dificuldade das águas
Em qualquer lençol de água é possível praticar uma das especialidades da canoagem, seja a
piscina, o rio mais turbulento ou mesmo a imensidão do mar. No entanto, existe uma escala
que indica as características do lençol onde se pretende navegar. Deste modo:
Grau I – Muito fácil
Águas calmas, sem nenhuma dificuldade de navegação.
Grau II – Fácil
Possíveis correntes, pequenos rápidos sem dificuldade. Não é apropriado para embarcações de
pista ou de velocidade. Aconselhável o uso de colete salva-vidas.
Grau III – Navegação difícil
É obrigatório o uso de capacete e de colete salva-vidas a partir deste grau. Correntes por vezes
violentas e rápidos que exigem o domínio da embarcação. Não apto para embarcações de
pista.
Grau IV – Muito difícil
Sem perigo para canoístas treinados e preparados, não apto para embarcações de pista.
Grau V – Extremamente difícil
Águas bravas; perigoso. Só para canoístas perfeitamente treinados e preparados. Não apto
para embarcações de pista.
Grau VI –Infrequentável – Impraticável
Sem possibilidade de navegação.
32
9.3. Técnicas de embarque e desembarque
Para embarcar/desembarcar da embarcação existem dois métodos principais:
o Com apoio à frente do quebra-mar;
o Com apoio atrás do quebra-mar.
Com apoio à frente do quebra-mar
1. Colocar a pagaia sobre o caiaque, logo à frente do quebra-mar, com a pá da pagaia
apoiada na margem;
2. Segurar a pagaia e o quebra-mar com a mão do lado da água e a outra mão apoiá-la na
parte da pagaia em contacto com a margem;
3. Entrar com o pé do lado da água e apoiar-te à frente do banco no fundo do barco;
4. Transportar o peso para o M.I. que está dentro da embarcação e introduzir o outro no
barco, fletindo de seguida os dois M.I;
5. No desembarque aplicar uma técnica similar ao embarque.
Com apoio atrás do quebra-mar
1. Colocar a pagaia sobre o caiaque, logo atrás do quebra-mar, com a pá da mesma
apoiada na margem;
2. Introduzir o M.I. que está mais próximo da embarcação dentro desta, sentando-te de
seguida; por fim, introduz o outro M.I;
3. No desembarque, aplicar uma técnica similar ao embarque.
33
9.4. Processos de esvaziamento do caiaque
Quando a tua embarcação tem água, podes retirá-la sozinho ou com a ajuda de um colega.
Caso tenha muita água, não a deves transportar para terra, pois corres o risco de a danificar.
Deste modo, deves proceder da seguinte forma:
1. Colocar o barco longitudinalmente em relação a ti e agarrar uma das extremidades;
2. Afundar a extremidade que agarraste e esperar que a água passe toda para essa zona;
3. Através de um movimento dinâmico, elevar e inverter a posição do barco, para que a
água saia;
4. Repetir esta ação até que a água saia na sua totalidade.
Quando entra pouca água, podes agarrar o teu barco, invertê-lo e incliná-lo para um lado e
para o outro, para que a água saia.
34
9.5. Técnicas básicas: propulsão, retropulsão e apoios
Propulsão
Forma de obter um deslizamento da embarcação sobre a água, ou seja uma remada.
A remada em caiaque pode-se dividir em dois ciclos, direito e esquerdo, que, por sua vez,
estão divididos em duas fases, aquática e aérea.
A fase aquática subdivide-se em três subfases:
o Ataque;
o Tração;
o Saída.
A fase aérea é constituída apenas pela posição de equilíbrio.
Ataque
Trata-se da primeira subfase da chamada fase aquática, em que se dá o contacto da pá com a
água. Começa com a introdução da pá na água e termina quando a pagaia se encontra
totalmente submersa na água.
Tração
É a segunda subfase da chamada fase aquática. Começa quando a pá está completamente submersa e
termina quando esta começa a sair de dentro da água.
Saída
Trata-se da última subfase da fase aquática. Começa quando se inicia o movimento de extração da pá da
água e termina quando esta se encontra completamente fora da água.
35
Retropulsão
Esta manobra consiste em pagaiar em sentido contrário ao habitual (movimento inverso ao da
propulsão). Esta técnica é executada segundo a maioria dos princípios da remada para a
frente.
Como manobras de navegação temos os deslocamentos, Circular à frente, Circular atrás e
Chamadas de incidência.
Circular à frente
É o movimento que permite rodar o caiaque, assim deslocando a parte da frente para o lado
para corrigir a trajetória pretendida.
Técnicas deste movimento:
1. A pagaia tem que estar na horizontal, a pá de ataque colocada o mais perto do bordo
do caiaque e com a parte côncava da mesma voltada para a parte fora;
2. O braço de ataque tem que estar estendido;
3. O tronco tem que estar virado para o lado contrário daquele que vamos efetuar o
ataque;
4. Da frente para trás, descrever com a pagaia um movimento circular;
5. Antes que a pagaia toque no caiaque, devemos levanta-la rapidamente com o braço
inferior.
Circular atrás
Este movimento permite deslocar a parte de trás do caiaque para o lado contrário da
manobra, que é feito para corrigir a trajetória da manobra.
As técnicas utilizadas são:
1. Devemos rodar o tronco em direção á parte de trás do caiaque;
2. A pagaia deve estar na horizontal, de forma a ficar o mais esticado possível, estando a
pá o mais próximo possível do caiaque;
3. Realizar uma ação combinada com o tronco, braços, cintura pélvica e escapular, uma
retropulsão de forma que a pagaia descreva uma circunferência, sendo a trajetória o
mais largo possível;
4. Manter o movimento até que perca efeito anterior;
5. Manter a orientação da linha dos ombros para o lado da rotação;
6. Não prolongar em demasia o movimento.
36
Chamada de incidência
Esta manobra só pode ser feita com o caiaque em movimento, feita para mudar a trajetória da
embarcação, assim a pagaia tem a função de leme.
Existem 2 chamadas de incidência, podem ser, à popa ou à proa.
Incidência à proa
O objetivo é mudar a trajetória do caiaque no lado em que a pagaia é colocada.
As técnicas utilizadas são:
1. A pagaia tem que estar orientada oblíqua à parte da frente, com a parte
côncava voltada para o caiaque.
2. O braço inferior tem que estar esticado e o braço superior um pouco fletido
por cima da cabeça;
3. O Tronco tem que estar fletido à frente;
4. Por a pá direcionada através da ação do pulso.
Incidência à popa
A posição dos braços tem que ser igual à anterior, só que temos que rodar o corpo para trás,
com a pá juntos ao caiaque fazendo este virar nessa direção
37
9.6. Técnicas de salvamento
Salvamento em “X” ou “T”
Para ajudar um amigo capotado, aproxime sua proa para ele segurar e pegue a proa do barco
inundado. Em seguida, puxe o caiaque perpendicularmente sobre o convés do seu barco e
emborque-o para a água escoar, tomando cuidado para não inundar sua cabine. Coloque o
caiaque novamente na água deixando-o deslizar pelo convés e segure-o ao seu lado; depois,
firme o caiaque para seu amigo embarcar com mais facilidade. Esse salvamento pode ser feito
por dois caiaques emparelhados (salvamento em “H”).
A imagem apresentada refere-se ao salvamento no caiaque-polo.

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  • 1. Escola Secundária/3 António Nobre Curso Profissional Técnico de Apoio à Gestão Desportiva Práticas de Atividades Físicas e Desportivas Alexandre Luís Magalhães Peixoto Catarina Alexandra Matos Neivas 11º GD1 Maio 2012/ 2013 Desportos de Natureza e Aventura Canoagem
  • 2. 1 Curso Profissional Técnico de Apoio à Gestão Desportiva Prática de Atividades Físicas e Desportivas Sónia Carvalho Alexandre Peixoto 11º GD1 Catarina Neivas Desportos de Natureza e Aventura – Canoagem Módulo 12 – Opç.4 Maio 2012/2013
  • 3. 2 Índice Fundamentação Teórica................................................................................................................ 4 Origem, evolução e tendências de desenvolvimento da modalidade...................................... 4 História.................................................................................................................................. 4 Contextos organizacionais e formas de prática (Caracterizar Slalom, Velocidade, Canoagem de Mar e canoagem associada ao Lazer – águas bravas, free style…)...................................... 6 Canoas................................................................................................................................... 6 Caiaques ................................................................................................................................ 6 Modelos de embarcação....................................................................................................... 7 Canoagem de Slalom............................................................................................................. 9 Canoagem de Velocidade.................................................................................................... 10 Canoagem de Mar............................................................................................................... 12 Canoagem Descida.............................................................................................................. 13 Canoagem Maratona........................................................................................................... 15 Canoagem água bravas ....................................................................................................... 16 2. Prática da modalidade......................................................................................................... 18 2.1. Tipos de intervenientes: praticantes, arbitragem, público, média, patrocinadores, forças de segurança, e indústria associada......................................................................... 18 3. Legislação e regulamentos aplicáveis ao contexto de prática da modalidade ................... 21 3.1. Regulamentos específicos da modalidade, de âmbito federado Canoagem............... 21 3.2. Organização de competições federativas .................................................................... 21 3.3. Outro tipo de organização de actividades e eventos, nacionais e internacionais....... 22 4. Materiais e equipamentos específicos da modalidade....................................................... 22 4.1. Modo de utilização dos materiais e equipamentos, conforme o âmbito formal/informal da prática, ao nível da formação ou do alto rendimento ........................ 27 8. Tipos de capacidades físicas e psicológicas mais utilizadas em cada função da modalidade ................................................................................................................................................. 29 Capacidades Físicas ............................................................................................................. 29 Capacidades Psicológicas .................................................................................................... 29 9. Fundamentos técnicos e tácticos predominantes na modalidade: .................................... 30 9.1. Características dos ventos, marés e correntes............................................................. 30 9.2. Níveis de dificuldade dos rios e dos mares .................................................................. 31 9.3. Técnicas de embarque e desembarque ....................................................................... 32
  • 4. 3 9.4. Processos de esvaziamento do caiaque....................................................................... 33 9.5. Técnicas básicas: propulsão, retropulsão e apoios...................................................... 34 9.6. Técnicas de salvamento ............................................................................................... 37
  • 5. 4 Fundamentação Teórica Origem, evolução e tendências de desenvolvimento da modalidade História A canoagem é um desporto que tanto se disputa em águas tranquilas como bravias e há dois tipos de embarcação, a canoa e o caiaque. As primeiras canoas surgiram na América do Norte e eram utilizadas pelos índios do Canadá, que chamavam pirogas às suas embarcações, abertas em cima e revestidas com pele de animais, as quais utilizavam para se deslocarem ao longo dos rios. As canoas eram, basicamente, troncos esventrados e afiados à frente para cortar a água. As primeiras deram origem às canoas do tipo canadiano e as segundas aos caiaques, ambas utilizadas atualmente em competição. A primeira canoa de competição surge durante a Guerra Civil Americana pelo escocês John McGregor. Utilizada pelo escocês para expedições em rios e lagos. Em 1924 foi fundada a Federação Internacional de Canoagem (ICF) e, nesse mesmo ano, em Paris, surgiu pela primeira vez no programa dos Jogos Olímpicos, apenas para exibição. Em 1933 nasceram os Campeonatos das Europa e a inclusão oficial no programa dos Jogos. Havendo em 1936 provas masculinas e as femininas só 1948. Na década de 30 que se começou a praticar a canoagem em águas bravias e o slalom. Em 1938 realizaram-se os primeiros Campeonatos Mundiais.
  • 6. 5 Também na década de 30 que em Portugal a canoagem se começou a difundir, através da descida de rios, atividades de aventura e, até, algumas competições. A modalidade cresceu, aparentemente, a partir do momento em que foi organizada uma descida do Rio Douro efetuada por remadores espanhóis. Contudo, só em 1979, a 10 de Março, foi fundada a Federação Portuguesa de Canoagem, três anos depois, Portugal passa a ser membro da ICF no Congresso de Belgrado, na Jugoslávia. GertFredriksson
  • 7. 6 Contextos organizacionais e formas de prática (Caracterizar Slalom, Velocidade, Canoagem de Mar e canoagem associada ao Lazer – águas bravas, free style…) Canoas As canoas do tipo canadiano são movidas com um remo só com uma pá e o atleta coloca-se na embarcação com um joelho apoiado. Caiaques O caiaque, descendente das embarcações dos esquimós, é movido com um remo de dupla pá, situadas em cada ponta.
  • 8. 7 Modelos de embarcação Águas tranquilas Águas bravas Descida de Rios Turismo / Lazer
  • 9. 8 Partes de uma embarcação Nem todas as embarcações possuem as mesmas partes, pois as diferentes especialidades deram origem a diferentes embarcações. No entanto, pode-se generalizar e distinguir as seguintes partes e instrumentos de um caiaque: Proa Parte dianteira da embarcação; Popa Parte traseira da embarcação; Casco Metade inferior da embarcação; Cobertura Metade superior da embarcação; Poço Abertura onde o canoísta se coloca; Quebra-mar Parte saliente da embarcação que se encontra em volta do poço e que permite segurar o saiote; Banco Parte mais elevada onde o canoísta se senta; Finca-pés Instrumento que se encontra fixo ao casco, onde o atleta apoia os pés; Leme Parte móvel, situada na parte posterior da embarcação, que permite alterar a sua direção; Pegas de segurança Corda ou material resistente que se encontra na proa e na popa da embarcação.
  • 10. 9 Canoagem de Slalom Canoagem Slalom é uma modalidade praticada com caiaques ou canoas em águas rápidas, em percursos que variam entre 250 e 300 metros, definidos por "portas", que o canoísta deve percorrer sem faltas e no menor tempo possível. Nesta modalidade, os canoístas devem passar por 18 a 25 "portas", penduradas por arames (verdes e vermelhos) suspensos, seguindo a sequência numérica e o sentido indicado nelas – a favor ou contra a corrente. Sendo as de cor verde para remar a favor da corrente e as de cor vermelha remar contra a corrente. O percurso deve ser percorrido duas vezes e penalidades equivalem a um determinado número de pontos. E este varia de 250 a 400 metros.
  • 11. 10 Canoagem de Velocidade Canoagem de Velocidade é uma modalidade essencialmente de competição. É praticada em rios ou lagos de águas calmas com 9 raias demarcadas nas distâncias de 1.000, 500 e 200 metros. Iniciam-se com eliminatórias que classificam os barcos semifinalistas e finalistas. Nos caiaques, rema-se sentado com um remo de duas pás. Na canoa, o canoísta apoia-se no assoalho da canoa com joelho e usa remo de uma só pá. Esta divide-se nas seguintes classes: K1 Caiaque para uma pessoa, cujocomprimento máximo de 5,20 m e o peso mínimo de 12 kg. K2 Caiaque para duas pessoas, cujocomprimento máximo de 6,50 m e o peso mínimo de 18 kg.
  • 12. 11 K4 Caiaque para quatro pessoas, cujocomprimento máximo de 11 m e o peso mínimo de 30 kg. C1 Canoa para uma pessoa, cujocomprimento máximo de 5,20 m e o peso mínimo de 16 kg C2 Canoa para duas pessoas, cujocomprimento máximo de 6,50 m e o peso mínimo de 20 kg.
  • 13. 12 C4 Canoa para quatro pessoas, cujo comprimento máximo de 11 m e o peso mínimo de 50 kg. Os eventos olímpicos masculinos incluem o K2 para 1000 e 500 metros, K1 para 1000 metros e 500 metros, K4 para 1000 metros, C1 1000 metros e 500 metros, C2 1000 e 500 metros. Em femininos, só há provas de K1, K2 e K4, todas de 500 metros. Canoagem deMar Canoagem de mar é uma modalidade praticada em águas abertas, onde se desenvolvem provas de percurso, resistência e habilidade. O objetivo das provas é percorrer, num percurso previamente definido em carta náutica, em águas marinhas, no menor tempo possível. http://videos.sapo.pt/pbaqpUlnzlqgZVo0uADt- I Duatlo de Canoagem em Ílhavo
  • 14. 13 Canoagem Descida Canoagem de descida é uma modalidade praticada em águas rápidas e violentas (corredeiras), onde o canoísta tem que demonstrar o seu controlo sobre a canoa ou caiaque. Este percorre um percurso que varia de 400 a 800 metros no menos tempo possível. Conforme a Federação Internacional de Canoagem (FIC), hoje existem três classes que fazem parte da canoagem descida que são a K1, C1 e C2. O caiaque e as canoas desta modalidade são diferentes das usadas na canoagem velocidade. As classes de embarcações são padronizadas pelas regras da FIC, conforme nos mostram as seguintes ilustrações: K1 Caiaque para uma pessoa, cujo comprimento máximo de 4,50 m, largura mínima no casco de 60 cm e o peso mínimo de 11 kg.
  • 15. 14 C1 Canoa para uma pessoa, cujo comprimento máximo de 4,30 m, largura mínima no casco de 70 cm e o peso mínimo de 12 kg. C2 Canoa para duas pessoas, cujo comprimento máximo de 5 m, largura mínima no casco de 80 cm e o peso mínimo de 18 kg.
  • 16. 15 Canoagem Maratona Canoagem Maratona é uma modalidade praticada em águas calmas em grandes distâncias. As competições realizam-se com distâncias superiores a 15 km. Durante a competição,os canoístasrealizam percursos por terra onde precisa de carregar a sua canoa ou caiaque para atravessar obstáculos e para além disso,também se alimentam e hidratam. As mesmas disputam-se com as mesmasembarcações da Canoagem Velocidade (apresentadas na pág.8)sendo estas mais leves e finas. As categorias que podem participar da prova são: Homens K1, K2, K4, C1 e C2 Mulheres K1 e K2 Misto K2 e C2 Cada percurso tem duração de aproximadamente 3 horas.
  • 17. 16 Canoagem água bravas Prespetiva de Lazer Surge do cotidiano da cultura popular, seja como atividade prática, seja como atividade lúdica, a canoagem insere-se hoje como lazer e desporto na nossa sociedade. Turismo e aventura é uma especificidade da canoagem que não se enquadra nas normas de desporto de competição. O objectivo principal desta variante é a aproximação do homem com a natureza beneficiando o respeito da mesma, além disso esta também tem benefícios, como conhecer novos sítios, ocupação de tempos livres, espirito aventureiro e bom nível de aptidão física, implicando a manutenção de hábitos saudáveis. Os locais onde se pode praticar a modalidade são: rios, represas, lagos, e para os mais experientes e corajosos mares e oceanos. Para poder praticar a modalidade devemos ter em atenção a embarcação. Os caiaques servem do tipo de canoagem de mar são os mais favoráveis para remadas que envolvam longas distâncias, pois são mais rápidos e com tem uma divisão de carga que permitem levar provisões. Enquanto a canoa, para águas limitadas (rios, represas, lagos), estas não são tão rápidas como os caiaques mas tem a divisão de carga consideravelmente superior aos caiaques e além disso, são mais cómodas. Este link é referente ao Festival Internacional De Águas Bravas realizada em Arouca em 2006. http://videos.sapo.pt/AB4jp61uKN9TCc8Snwm3
  • 18. 17 Estas imagens são relativas à prespetiva de lazer. Rafting Estilolivre
  • 19. 18 2. Prática da modalidade 2.1. Tipos de intervenientes: praticantes, arbitragem, público, média, patrocinadores, forças de segurança, e indústria associada Praticantes A canoagem pode ser praticada por todas as pessoas, desde que sejam respeitados todos os itens de segurança. A idade ideal para iniciar este desporto é a partir dos oito anos de idade. Arbitragem Meio de responsabilidade do desempenho dos árbitros de canoagem exige a correta formação e a uniformização de critérios para que as provas decorram com normalmente sem qualquer distúrbio ou falta de fair play. http://www.fpcanoagem.pt/LinkClick.aspx?fileticket=zSleetbl5mY%3D&tabid=446&mid=1224 O link apresentado trata da formação de árbitros e com isto pretendo mostrar a divisão dos mesmos.
  • 20. 19 Público A pessoa que assiste, observa, presencia qualquer ato ou espetáculo. Media Meios de comunicação social. Patrocinadores Os organizadores da competição podem associar o nome/marca do promotor/patrocinador à designação da competição e a federação adotará essa designação na divulgação da regata junto dos seus associados e perante a comunicação social.
  • 21. 20 Forças de Segurança A organização da regata deve também garantir segurança e apoio ao longo da prova, assegurada por diversas embarcações em coordenação com a comissão de competição. http://www.youtube.com/watch?v=R3OH5FVZArY Industria associada Industria reconhecida a nível nacional e internacional. http://www.mar-kayaks.pt/pt/
  • 22. 21 3. Legislação e regulamentos aplicáveis ao contexto de prática da modalidade 3.1. Regulamentos específicos da modalidade, de âmbito federado Canoagem Os links apresentados são os regulamentos próprios da modalidade referida por cima dos mesmos no âmbito federado ou de competição. Canoagem de Mar http://www.fpcanoagem.pt/Portals/0/Regulamentos/FPC.RegulamentoCanoagemMar201303 25.pdf Canoagem de Velocidade http://www.fpcanoagem.pt/Portals/0/Regulamentos/FPC.20130211.RegulamentoVelocidade. pdf Slalomhttp://www.fpcanoagem.pt/Portals/0/Regulamentos/FPC.RegulamentoAguasbravas20 120604.pdf http://www.lusorafting.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=93&Itemid=136 3.2. Organização de competições federativas A canoagem divide-se em dois níveis, amador e profissional. A Federação Portuguesa de Canoagem é o organismo que tutela o desporto em Portugal, promovendo a prática da modalidade e a competição, tanto ao nível profissional como amador. http://www.fpcanoagem.pt/LinkClick.aspx?fileticket=gGCcflSW60I%3d&tabid=373&mid=1269 Neste link, temos as competições organizadas pela Federação Portuguesa de Canoagem.
  • 23. 22 3.3. Outro tipo de organização de actividades e eventos, nacionais e internacionais A Federação Internacional de Canoagem é a entidade internacional que regulamenta a prática da canoagem e de suas modalidades em todo o mundo. 4. Materiais e equipamentos específicos da modalidade Embarcação Caiaque ou canoa.
  • 24. 23 Colete salva vidas Uma das coisas mais importantes na canoagem é o colete salva-vidas. Este pode ter abertura frontal ou lateral, bolsas para guardar pequenos objetos. Capacetes Os capacetes têm como função a proteção da testa, da nuca e das orelhas. São imprescindíveis para a segurança de um canoísta, na medida em que representam uma mais-valia na prevenção e no cálculo dos riscos da atividade.
  • 25. 24 Pagaias Os tipos de pagaias mudam de embarcação para embarcação e encontram-se centenas de combinações de pagaias possíveis; com diferentes pás, tamanhos de empunhaduras e comprimentos. De uma forma geral, podemos distinguir três partes fundamentais numa pagaia: Pá Parte da pagaia que se introduz na água e que permite propulsionar e/ou dirigir a embarcação; Tubo Cilindro, oco ou maciço, que une as pás entre si, no caso de pagaias duplas, ou une a pá ao punho, em caso de pagaia simples; Punho Zona na qual o canoísta segura a pagaia e que se encontra ao longo do tubo, ou no final do mesmo, em caso de pagaia simples. Pá Tubo Punho Punho
  • 26. 25 Há dois tipos de pagaias: Pagaia simples Utilizada em embarcações tipo canoa; Pagaia dupla Utilizada em embarcações tipo caiaque. Cabo de resgate O cabo de resgate vai de encontro a um lema que os praticantes respeitam: “homem à água”, uma vez que todos os indivíduos são auxiliados e socorridos da água. Para tal, nos seus percursos, os praticantes levam uma corda elástica, de aproximadamente 20 metros, utilizada para resgates no caso de alguém cair do bote – é o designado cabo de resgate.
  • 27. 26 Saia É uma colcha que se ajusta no aro da cabine e na cintura do canoísta que impede a entrada de água no caiaque. A saia é dotada de duas alças de segurança na parte anterior para retirada rápida no caso de necessidade. Roupas e acessórios o Impermeável o Fato térmico o Camisolas o Calçado
  • 28. 27 4.1. Modo de utilização dos materiais e equipamentos, conforme o âmbito formal/informal da prática, ao nível da formação ou do alto rendimento Cuidados com o material Para a preservação do material é fundamental que se estabeleçam normas na utilização e arrumação do mesmo. No que respeita às pagaias, estas devem ser guardadas, de preferência, em posição vertical e suspensas. Quanto às embarcações, há que ter em atenção, aquando da sua utilização diária, o seguinte: o Evitar o choque com superfícies duras que deformem a embarcação; o Verificar se a embarcação que vamos utilizar está munida de flutuação; o Não entrar na embarcação sem que esta esteja na água; o Sempre que for necessário, colocar a embarcação na posição invertida de quebra-mar para baixo; o No final da atividade, retirar completamente a água, secando-a com um pano ou com uma esponja. Para além destes cuidados diários, devem-se efetuar revisões periódicas a todo o material, para evitar futuras deteriorações. Assim: o Verificar o estado dos parafusos e anilhas que sustentam o finca-pés e o assento; o Verificar o estado das pegas de segurança da proa e da popa; o Verificar o estado dos flutuadores; o Reparar qualquer outro defeito que possa haver na embarcação. Normas de armazenamento e de transporte do material O material deve ser armazenado segundo algumas normas, com o intuito de se evitar estragos irreversíveis. Assim, no que respeita ao armazenamento: o Nunca se deve amontoar as embarcações, devendo-se evitar que exerçam pressões entre si; o Os suportes para as embarcações devem estar acolchoados; o Para as embarcações de fibra de vidro é suficiente a utilização de estruturas com dois pontos de suporte; o Para as embarcações de polietileno é preferível um tipo de suporte onde se apoie a embarcação em toda a sua superfície.
  • 29. 28 O transporte das embarcações também deve ser feito com as devidas precauções, para não as danificar. Assim, no que respeita ao transporte para a água, e vice-versa: No caso de um K1, este pode ser transportado de várias formas: o Agarrado pelo quebra-mar, como se fosse uma mala; o Colocar o ombro dentro do poço, com a embarcação equilibrada; o Carregá-lo ao ombro, passando o braço por cima; o Se forem duas pessoas, tendo cada uma, o seu caiaque, podem levá-los juntas; No caso de um K2, este também pode ser transportado de várias formas: o Pode ser agarrado por baixo do casco o Pode ser agarrado nos quebra-mares o Pode ser carregado nos ombros, desde que um tripulante se encontre na popa e o outro na proa. o As embarcações nunca devem ser arrastadas; o As pagaias devem ser transportadas na mão ou introduzidas dentro da embarcação.
  • 30. 29 8. Tipos de capacidades físicas e psicológicas mais utilizadas em cada função da modalidade Capacidades Físicas Como primeira parte técnica a ser ensinada sugere-se que com os remos fora d'água, todos de pé, aprendam a manuseá-lo. Os aspectos que devem ser salientados são: Tamanho do remo para cada praticante O tamanho ideal de remo para cada praticante durante a iniciação deve ser definido pelo tamanho total do remo, ou seja, este deverá estar na vertical em frente ao aluno, que deverá elevar um dos seus braços, realizando uma flexão gleno-umeral de 180º no plano sagital, de modo que os dedos toquem a ponta da pá; Distância das duas mãos até as pás O aluno deverá manter um mesmo distanciamento da mão até a pá em ambos os lados do remo, de forma que exista uma simetria na pegada, para que não possibilite maiores aplicações de forças com somente um dos lados do corpo; Pegada Para definir a pegada pode-se também utilizar algumas regras para facilitar a automatização do aluno. Com os cotovelos flexionados em 90º acima da cabeça deve-se segurar o remo; Movimentação de remar Depois da correta pegada, ainda fora d'água, ensina-se o movimento da remada. A remada deve ocorrer na altura aproximada dos olhos e deve existir um movimento de extensão do punho direito (para destros) no momento de preparação para a remada do lado esquerdo (fase aérea), causando uma entrada melhor do remo na água. Isso deve ser realizado por alguns minutos com correção das pessoas que estiverem apresentando dificuldades. Capacidades Psicológicas Relacionado à motivação do praticante, uma vez que a falta de competições oficiais para crianças menores que doze anos não existe, podendo causar abandono precoce do desporto. Porém, alternativas podem ser tomadas quanto a esses fatores psicológicos, podendo ser criadas estratégias durante a própria aula para atrair o interesse dos iniciantes, ou ainda, eventos paralelos que proporcionem vivência no desporto, independendo da participação competitiva.
  • 31. 30 9. Fundamentos técnicos e tácticos predominantes na modalidade: 9.1. Características dos ventos, marés e correntes Vento Existem vários fatores que podem influenciar na formação do vento, fazendo com que este possa ser mais forte (ventania) ou suave (brisa). Pressão atmosférica, radiação solar, umidade do ar e evaporação influenciam diretamente nas características do vento. Marés Quando a maré está em seu ápice chama-se maré alta, maré cheia ou preamar; quando está no seu menor nível chama-se maré baixa ou baixa-mar. Em média, as marés oscilam em um período de 12 horas e 24 minutos. Doze horas devido à rotação da Terra e 24 minutos devido à órbita lunar. Correntes As correntes marítimas são movimentos de grandes massas de água dentro de um oceano ou mar. Tal qual a circulação dos ventos, as correntes marítimas têm a característica de influenciar o clima das regiões em que atuam, possuem direções e constâncias bem definidas. As correntes marítimas têm sua origem na circulação dos ventos na superfície e pelo movimento de rotação da Terra. Elas transportam consigo umidade e calor interferindo também na vida marinha e, consequentemente, tendo influência direta no equilíbrio dos oceanos e mares.
  • 32. 31 9.2. Níveis de dificuldade dos rios e dos mares Graus de dificuldade das águas Em qualquer lençol de água é possível praticar uma das especialidades da canoagem, seja a piscina, o rio mais turbulento ou mesmo a imensidão do mar. No entanto, existe uma escala que indica as características do lençol onde se pretende navegar. Deste modo: Grau I – Muito fácil Águas calmas, sem nenhuma dificuldade de navegação. Grau II – Fácil Possíveis correntes, pequenos rápidos sem dificuldade. Não é apropriado para embarcações de pista ou de velocidade. Aconselhável o uso de colete salva-vidas. Grau III – Navegação difícil É obrigatório o uso de capacete e de colete salva-vidas a partir deste grau. Correntes por vezes violentas e rápidos que exigem o domínio da embarcação. Não apto para embarcações de pista. Grau IV – Muito difícil Sem perigo para canoístas treinados e preparados, não apto para embarcações de pista. Grau V – Extremamente difícil Águas bravas; perigoso. Só para canoístas perfeitamente treinados e preparados. Não apto para embarcações de pista. Grau VI –Infrequentável – Impraticável Sem possibilidade de navegação.
  • 33. 32 9.3. Técnicas de embarque e desembarque Para embarcar/desembarcar da embarcação existem dois métodos principais: o Com apoio à frente do quebra-mar; o Com apoio atrás do quebra-mar. Com apoio à frente do quebra-mar 1. Colocar a pagaia sobre o caiaque, logo à frente do quebra-mar, com a pá da pagaia apoiada na margem; 2. Segurar a pagaia e o quebra-mar com a mão do lado da água e a outra mão apoiá-la na parte da pagaia em contacto com a margem; 3. Entrar com o pé do lado da água e apoiar-te à frente do banco no fundo do barco; 4. Transportar o peso para o M.I. que está dentro da embarcação e introduzir o outro no barco, fletindo de seguida os dois M.I; 5. No desembarque aplicar uma técnica similar ao embarque. Com apoio atrás do quebra-mar 1. Colocar a pagaia sobre o caiaque, logo atrás do quebra-mar, com a pá da mesma apoiada na margem; 2. Introduzir o M.I. que está mais próximo da embarcação dentro desta, sentando-te de seguida; por fim, introduz o outro M.I; 3. No desembarque, aplicar uma técnica similar ao embarque.
  • 34. 33 9.4. Processos de esvaziamento do caiaque Quando a tua embarcação tem água, podes retirá-la sozinho ou com a ajuda de um colega. Caso tenha muita água, não a deves transportar para terra, pois corres o risco de a danificar. Deste modo, deves proceder da seguinte forma: 1. Colocar o barco longitudinalmente em relação a ti e agarrar uma das extremidades; 2. Afundar a extremidade que agarraste e esperar que a água passe toda para essa zona; 3. Através de um movimento dinâmico, elevar e inverter a posição do barco, para que a água saia; 4. Repetir esta ação até que a água saia na sua totalidade. Quando entra pouca água, podes agarrar o teu barco, invertê-lo e incliná-lo para um lado e para o outro, para que a água saia.
  • 35. 34 9.5. Técnicas básicas: propulsão, retropulsão e apoios Propulsão Forma de obter um deslizamento da embarcação sobre a água, ou seja uma remada. A remada em caiaque pode-se dividir em dois ciclos, direito e esquerdo, que, por sua vez, estão divididos em duas fases, aquática e aérea. A fase aquática subdivide-se em três subfases: o Ataque; o Tração; o Saída. A fase aérea é constituída apenas pela posição de equilíbrio. Ataque Trata-se da primeira subfase da chamada fase aquática, em que se dá o contacto da pá com a água. Começa com a introdução da pá na água e termina quando a pagaia se encontra totalmente submersa na água. Tração É a segunda subfase da chamada fase aquática. Começa quando a pá está completamente submersa e termina quando esta começa a sair de dentro da água. Saída Trata-se da última subfase da fase aquática. Começa quando se inicia o movimento de extração da pá da água e termina quando esta se encontra completamente fora da água.
  • 36. 35 Retropulsão Esta manobra consiste em pagaiar em sentido contrário ao habitual (movimento inverso ao da propulsão). Esta técnica é executada segundo a maioria dos princípios da remada para a frente. Como manobras de navegação temos os deslocamentos, Circular à frente, Circular atrás e Chamadas de incidência. Circular à frente É o movimento que permite rodar o caiaque, assim deslocando a parte da frente para o lado para corrigir a trajetória pretendida. Técnicas deste movimento: 1. A pagaia tem que estar na horizontal, a pá de ataque colocada o mais perto do bordo do caiaque e com a parte côncava da mesma voltada para a parte fora; 2. O braço de ataque tem que estar estendido; 3. O tronco tem que estar virado para o lado contrário daquele que vamos efetuar o ataque; 4. Da frente para trás, descrever com a pagaia um movimento circular; 5. Antes que a pagaia toque no caiaque, devemos levanta-la rapidamente com o braço inferior. Circular atrás Este movimento permite deslocar a parte de trás do caiaque para o lado contrário da manobra, que é feito para corrigir a trajetória da manobra. As técnicas utilizadas são: 1. Devemos rodar o tronco em direção á parte de trás do caiaque; 2. A pagaia deve estar na horizontal, de forma a ficar o mais esticado possível, estando a pá o mais próximo possível do caiaque; 3. Realizar uma ação combinada com o tronco, braços, cintura pélvica e escapular, uma retropulsão de forma que a pagaia descreva uma circunferência, sendo a trajetória o mais largo possível; 4. Manter o movimento até que perca efeito anterior; 5. Manter a orientação da linha dos ombros para o lado da rotação; 6. Não prolongar em demasia o movimento.
  • 37. 36 Chamada de incidência Esta manobra só pode ser feita com o caiaque em movimento, feita para mudar a trajetória da embarcação, assim a pagaia tem a função de leme. Existem 2 chamadas de incidência, podem ser, à popa ou à proa. Incidência à proa O objetivo é mudar a trajetória do caiaque no lado em que a pagaia é colocada. As técnicas utilizadas são: 1. A pagaia tem que estar orientada oblíqua à parte da frente, com a parte côncava voltada para o caiaque. 2. O braço inferior tem que estar esticado e o braço superior um pouco fletido por cima da cabeça; 3. O Tronco tem que estar fletido à frente; 4. Por a pá direcionada através da ação do pulso. Incidência à popa A posição dos braços tem que ser igual à anterior, só que temos que rodar o corpo para trás, com a pá juntos ao caiaque fazendo este virar nessa direção
  • 38. 37 9.6. Técnicas de salvamento Salvamento em “X” ou “T” Para ajudar um amigo capotado, aproxime sua proa para ele segurar e pegue a proa do barco inundado. Em seguida, puxe o caiaque perpendicularmente sobre o convés do seu barco e emborque-o para a água escoar, tomando cuidado para não inundar sua cabine. Coloque o caiaque novamente na água deixando-o deslizar pelo convés e segure-o ao seu lado; depois, firme o caiaque para seu amigo embarcar com mais facilidade. Esse salvamento pode ser feito por dois caiaques emparelhados (salvamento em “H”). A imagem apresentada refere-se ao salvamento no caiaque-polo.