SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 3
Crescimento divide cidade sagrada muçulmana entre ricos e pobres ‐ 03/01/2011 ‐ The New York Times                        Página 1 de 3




 03/01/2011 -

 Crescimento divide cidade sagrada muçulmana entre ricos e
 pobres


 Nicolai Ourossoff
 Jidda (Arábia Saudita)

                0




      •
          Peregrinos rezam no Monte Arafat, perto da cidade sagrada de Meca


 Isso é um absurdo arquitetônico. Pouco ao sul da Grande Mesquita, em Meca, o mais sagrado local do mundo muçulmano, a
 construção de uma imitação kitsch do Big Ben de Londres está quase concluída. Chamada de Torre do Relógio Real de Meca,
 ela será um dos prédios mais altos do mundo, a peça central de um complexo que abriga um shopping center gigantesco, um
 hotel de 800 quartos e um salão de orações para vários milhares de pessoas. O edifício enorme, uma cópia ostensiva do
 original, ampliado em uma escala grotesca, será decorado com inscrições em árabe e terá no topo uma cobertura em forma de
 crescente que dá a impressão de ser uma concessão cínica ao passado arquitetônico islâmico. Para abrir espaço para o
 edifício, o governo saudita demoliu uma fortaleza otomana do século 18 e aplainou a colina na qual ela estava situada.

 A torre é apenas um dos vários projetos de construção no centro de Meca, desde linhas de trens a arranha-céus luxuosos,
 hotéis e uma enorme ampliação da própria Grande Mesquita. Essas obras estão remodelando o centro histórico de Meca de
 uma forma que muitos aqui acham estarrecedora, e elas têm gerado críticas enérgicas incomuns ao autoritário governo
 saudita.

 “Isso é a comercialização da casa de Deus”, acusa Sami Angawi, um arquiteto saudita que fundou um centro de pesquisa que
 estuda questões de planejamento urbano vinculadas ao hajj, e que é um dos mais ferrenhos críticos dessas obras. “Quanto
 mais perto da mesquita, mais caros são os apartamentos. Nas torres mais caras, a pessoa pode desembolsar milhões de
 dólares por um contrato de leasing de 25 anos”, diz ele. “Para poder ver a mesquita, paga-se o triplo”.

 Autoridades sauditas dizem que o boom na área de construção – e as demolições associadas a isso – é necessário para
 abrigar o número crescente de pessoas que fazem peregrinação a Meca durante o hajj, um número que subiu para quase três
 milhões nos últimos 12 meses. Como não muçulmano, eu não recebi permissão para visitar a cidade, mas muitos muçulmanos
 com quem eu conversei – incluindo arquitetos, preservacionistas e até mesmo autoridades governamentais – acreditam que o
 motivo real por trás desses planos é o dinheiro: o desejo de lucrar com alguns dos imóveis mais valiosos do mundo. E eles
 acrescentam que isso foi facilitado pela interpretação do islamismo especialmente estrita da Arábia Saudita, que vê como
 corruptos grande parte da história após o período de Maomé e os artefatos por ela produzidos, o que significa que construções
 centenárias podem ser destruídas impunemente.

 Essa mentalidade está dividindo a cidade sagrada de Meca – e a própria experiência de peregrinação – ao longo de linhas de
 classe bastante visíveis, fazendo com que os ricos fiquem nos altos edifícios com ar condicionado em volta da Grande
 Mesquita e os pobres sejam empurrados cada vez mais para a periferia.


http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2011/01/03/crescimento‐divide‐cidade‐sagrada‐muculmana‐entre‐ricos‐e‐...    03/01/2011
Crescimento divide cidade sagrada muçulmana entre ricos e pobres ‐ 03/01/2011 ‐ The New York Times                        Página 2 de 3
 Houve um tempo em que os projetos de arquitetura e urbanização do governo saudita, especialmente na área de Meca, não
 pareciam ser tão grosseiros. Na década de setenta, quando o governo assumiu o controle sobre a Aramco, o conglomerado
 norte-americano que gerenciava os campos petrolíferos do país, a disparada dos preços do petróleo provocou uma onda de
 programas nacionais de modernização, incluindo um esforço em grande escala no sentido de acomodar as pessoas que fazem
 o hajj.

 Os projetos envolveram alguns dos maiores talentos arquitetônicos mundiais, muitos dos quais foram encorajados a fazer
 experiências com uma liberdade que eles não estavam encontrando no Ocidente, onde a fé do pós-guerra no Modernismo
 havia se exaurido. Os melhores desses trabalhos – modernos, mas ainda sensíveis às tradições e ao ambiente locais –
 desafiam a concepção popular de que a arquitetura modernista, conforme esta é praticada no mundo em desenvolvimento,
 consiste em pouco mais do que uma expressão grosseira da busca do Ocidente pelo domínio cultural.

 Fizeram parte desse grupo de obras as notáveis cidades de tenda do arquiteto alemão Frei Otto, do final da década de setenta.
 Essas cidades foram feitas com estruturas leves desmontáveis, inspiradas nas tradições das tribos beduínas nômades e tendo
 como propósito abrigar os peregrinos do hajj sem danificar o delicado meio ambiente das colinas que cercam a velha cidade.

 Oitenta quilômetros a oeste, o terminal Hajj da Skidmore, Owings & Merrill, no Aeroporto Internacional Rei Abdul Aziz, é uma
 expressão similar de uma forma de modernidade que é capaz de manifestar sensibilidade em relação às tradições locais e às
 condições ambientais sem descambar para o kitsch. Uma rede de mais de 200 cúpulas em forma de tenda apoiadas por um
 sistema de cabos de aço e colunas, o projeto é dividido em pequenas vilas a céu aberto, nas quais os viajantes podem
 descansar e orar na sombra antes de prosseguirem na sua jornada.

 Já os projetos atuais podem ser vistos como uma grotesca paródia histórica. Ao lado do gigantesco Big Ben há uma série de
 outros projetos de tamanho exagerado – incluindo uma proposta para a planejada expansão da Grande Mesquita que supera
 em muito o tamanho do complexo original – em uma variedade de estilos que parecem imitações ruins da arquitetura islâmica.

 Mas a aura de estilo Las Vegas desses projetos podem desviar a atenção do crime real: a forma como eles estão deformando
 aquilo que segundo todos os especialistas era uma cidade bastante diversificada e isenta de estratificação social. A Torre do
 Relógio de Meca ficará rodeada por meia dúzia de arranha-céus de alto luxo, todos projetados segundo um estilo “Westminster
 encontra-se com Wall Street” e situados em um terreno cujo objetivo seria lembrar os souks (mercados do Oriente Médio)
 tradicionais. Construídos em várias alturas em torno do pátio da Grande Mesquita, e dotados de enormes pórticos frontais, eles
 formam um pastiche pós-moderno com o qual os seus criadores desejavam evocar as diferenças de uma cidade real, mas que
 em pouco contribuirão para mascarar a entediante homogeneidade dos projetos.

 Assim como os caixotes de luxo que atualmente cercam a maioria dos estádios de esporte, os apartamentos permitirão que os
 ricos possam apreciar diretamente os acontecimentos principais olhando para baixo, do conforto das suas suítes, sem terem
 que se misturar à multidão de pessoas comuns.

 Ao mesmo tempo, a dimensão desses projetos fez com que os moradores das classes média e baixa fossem empurrados cada
 vez mais para longe do centro da cidade.

 “Eu não sei para onde eles vão”, diz Angawi. “Para os arredores de Meca, ou para Jidda. Meca está sendo expurgada dos seus
 habitantes”.

 As mudanças provavelmente provocarão um efeito tão grande sobre o caráter espiritual da Grande Mesquita quanto sobre o
 tecido social urbano de Meca. Muita gente me disse que a intensidade da experiência de ficar de pé no pátio da mesquita tem
 muito a ver com a relação entre o local e as montanhas ao seu redor. Em sua maioria essas montanhas são também locais
 sagrados e a sua presença confere ao espaço uma sensação poderosa de intimidade.

 Mas essa experiência também será certamente diminuída com a construção de cada nova torre, que esconde mais uma parte
 da paisagem. Não é que haverá muita coisa a se ver: muitas colinas em breve serão cortadas por novas linhas de trem,
 estradas e túneis, e outras estão sendo destruídas para abrir espaço para ainda mais torres.

 “A ironia é que os construtores argumentam que quanto mais torres eles construírem, mas paisagens estarão disponíveis”, diz
 Faisal al-Mubarak, um planejador urbano que trabalha no Ministério do Turismo e Antiguidades. “Mas somente os ricos entram
 nessas torres. São eles que usufruem das paisagens”.

 A questão não se constitui simplesmente em um típico conflito de classes. A composição da cidade também reflete uma divisão
 entre aqueles que defendem um capitalismo turbinado e os que acham que tal capitalismo deveria se restringir ao território
 externo aos portões de Meca, cidade que eles consideram uma encarnação do ideal muçulmano de igualdade”.
 “Nós não queremos trazer Nova York para Meca”, afirma Angawi. “O hajj sempre foi considerado um período no qual todo
 mundo é igual. Não existem classes nem nacionalidades. Este é o local no qual nós encontramos equilíbrio. É o momento no
 qual os indivíduos devem deixar as questões mundanas para trás”.

 Entretanto, o governo parece não se comover por tais sentimentos. Quando eu mencionei as observações feitas por Angawi ao
 final de uma longa conversa com o príncipe Sultan, o ministro do Turismo e das Antiguidades, ele simplesmente franziu a testa.

 “Quando estou em Meca e caminho em torno da kaaba, eu não olho para cima”, disse o ministro.
 Tradução: UOL

                                   © 1996-2011 UOL - O melhor conteúdo. Todos os direitos reservados.



http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2011/01/03/crescimento‐divide‐cidade‐sagrada‐muculmana‐entre‐ricos‐e‐...    03/01/2011
Crescimento divide cidade sagrada muçulmana entre ricos e pobres ‐ 03/01/2011 ‐ The New York Times                        Página 3 de 3




http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2011/01/03/crescimento‐divide‐cidade‐sagrada‐muculmana‐entre‐ricos‐e‐...    03/01/2011

Más contenido relacionado

Destacado

Apresentacaopowerpoint cris
Apresentacaopowerpoint crisApresentacaopowerpoint cris
Apresentacaopowerpoint crislilithdin
 
Apresentação Comercial Protefeg
Apresentação Comercial ProtefegApresentação Comercial Protefeg
Apresentação Comercial Protefegprotefeg
 
Microsoft y las acusaciones de monopolio
Microsoft y las acusaciones de monopolioMicrosoft y las acusaciones de monopolio
Microsoft y las acusaciones de monopolioMelanie Braga
 
Startups e Recursos Humanos
Startups e Recursos HumanosStartups e Recursos Humanos
Startups e Recursos HumanosCínthia Demaria
 
Limites para uma dinâmica endógena na economia baiana
Limites para uma dinâmica endógena na economia baianaLimites para uma dinâmica endógena na economia baiana
Limites para uma dinâmica endógena na economia baianaRaphael Almeida
 
IMPORTANCIA DE LOS VALORES PARA UNA CONVIVENCIA SOCIAL
IMPORTANCIA DE LOS VALORES PARA UNA CONVIVENCIA SOCIALIMPORTANCIA DE LOS VALORES PARA UNA CONVIVENCIA SOCIAL
IMPORTANCIA DE LOS VALORES PARA UNA CONVIVENCIA SOCIALHrubio08
 
Danielle e karine a.b-vania
Danielle e karine a.b-vaniaDanielle e karine a.b-vania
Danielle e karine a.b-vaniasorayaday
 
Resenha 2 - Estudo dos Processos de Comunicação Científica e Tecnológica
Resenha 2 - Estudo dos Processos de Comunicação Científica e TecnológicaResenha 2 - Estudo dos Processos de Comunicação Científica e Tecnológica
Resenha 2 - Estudo dos Processos de Comunicação Científica e TecnológicaJuliana Gulka
 
Madre Mia! - Além da gastronomia
Madre Mia! - Além da gastronomiaMadre Mia! - Além da gastronomia
Madre Mia! - Além da gastronomiaRaul Garré
 

Destacado (18)

Esquema lengua tema 1
Esquema lengua tema 1Esquema lengua tema 1
Esquema lengua tema 1
 
Apresentacaopowerpoint cris
Apresentacaopowerpoint crisApresentacaopowerpoint cris
Apresentacaopowerpoint cris
 
David mision 2 copia
David mision 2   copiaDavid mision 2   copia
David mision 2 copia
 
Apresentação Comercial Protefeg
Apresentação Comercial ProtefegApresentação Comercial Protefeg
Apresentação Comercial Protefeg
 
Galeria fotos
Galeria fotosGaleria fotos
Galeria fotos
 
Ativi1 2estervanessa
Ativi1 2estervanessaAtivi1 2estervanessa
Ativi1 2estervanessa
 
Microsoft y las acusaciones de monopolio
Microsoft y las acusaciones de monopolioMicrosoft y las acusaciones de monopolio
Microsoft y las acusaciones de monopolio
 
4 power point
4 power point4 power point
4 power point
 
Startups e Recursos Humanos
Startups e Recursos HumanosStartups e Recursos Humanos
Startups e Recursos Humanos
 
Limites para uma dinâmica endógena na economia baiana
Limites para uma dinâmica endógena na economia baianaLimites para uma dinâmica endógena na economia baiana
Limites para uma dinâmica endógena na economia baiana
 
IMPORTANCIA DE LOS VALORES PARA UNA CONVIVENCIA SOCIAL
IMPORTANCIA DE LOS VALORES PARA UNA CONVIVENCIA SOCIALIMPORTANCIA DE LOS VALORES PARA UNA CONVIVENCIA SOCIAL
IMPORTANCIA DE LOS VALORES PARA UNA CONVIVENCIA SOCIAL
 
Danielle e karine a.b-vania
Danielle e karine a.b-vaniaDanielle e karine a.b-vania
Danielle e karine a.b-vania
 
Questionário[1]
Questionário[1]Questionário[1]
Questionário[1]
 
Resenha 2 - Estudo dos Processos de Comunicação Científica e Tecnológica
Resenha 2 - Estudo dos Processos de Comunicação Científica e TecnológicaResenha 2 - Estudo dos Processos de Comunicação Científica e Tecnológica
Resenha 2 - Estudo dos Processos de Comunicação Científica e Tecnológica
 
Madre Mia! - Além da gastronomia
Madre Mia! - Além da gastronomiaMadre Mia! - Além da gastronomia
Madre Mia! - Além da gastronomia
 
População
PopulaçãoPopulação
População
 
Los animales blogger
Los animales bloggerLos animales blogger
Los animales blogger
 
Los animales
Los animalesLos animales
Los animales
 

Último

PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...AndreaCavalcante14
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 

Último (20)

PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 

Meca

  • 1. Crescimento divide cidade sagrada muçulmana entre ricos e pobres ‐ 03/01/2011 ‐ The New York Times Página 1 de 3 03/01/2011 - Crescimento divide cidade sagrada muçulmana entre ricos e pobres Nicolai Ourossoff Jidda (Arábia Saudita) 0 • Peregrinos rezam no Monte Arafat, perto da cidade sagrada de Meca Isso é um absurdo arquitetônico. Pouco ao sul da Grande Mesquita, em Meca, o mais sagrado local do mundo muçulmano, a construção de uma imitação kitsch do Big Ben de Londres está quase concluída. Chamada de Torre do Relógio Real de Meca, ela será um dos prédios mais altos do mundo, a peça central de um complexo que abriga um shopping center gigantesco, um hotel de 800 quartos e um salão de orações para vários milhares de pessoas. O edifício enorme, uma cópia ostensiva do original, ampliado em uma escala grotesca, será decorado com inscrições em árabe e terá no topo uma cobertura em forma de crescente que dá a impressão de ser uma concessão cínica ao passado arquitetônico islâmico. Para abrir espaço para o edifício, o governo saudita demoliu uma fortaleza otomana do século 18 e aplainou a colina na qual ela estava situada. A torre é apenas um dos vários projetos de construção no centro de Meca, desde linhas de trens a arranha-céus luxuosos, hotéis e uma enorme ampliação da própria Grande Mesquita. Essas obras estão remodelando o centro histórico de Meca de uma forma que muitos aqui acham estarrecedora, e elas têm gerado críticas enérgicas incomuns ao autoritário governo saudita. “Isso é a comercialização da casa de Deus”, acusa Sami Angawi, um arquiteto saudita que fundou um centro de pesquisa que estuda questões de planejamento urbano vinculadas ao hajj, e que é um dos mais ferrenhos críticos dessas obras. “Quanto mais perto da mesquita, mais caros são os apartamentos. Nas torres mais caras, a pessoa pode desembolsar milhões de dólares por um contrato de leasing de 25 anos”, diz ele. “Para poder ver a mesquita, paga-se o triplo”. Autoridades sauditas dizem que o boom na área de construção – e as demolições associadas a isso – é necessário para abrigar o número crescente de pessoas que fazem peregrinação a Meca durante o hajj, um número que subiu para quase três milhões nos últimos 12 meses. Como não muçulmano, eu não recebi permissão para visitar a cidade, mas muitos muçulmanos com quem eu conversei – incluindo arquitetos, preservacionistas e até mesmo autoridades governamentais – acreditam que o motivo real por trás desses planos é o dinheiro: o desejo de lucrar com alguns dos imóveis mais valiosos do mundo. E eles acrescentam que isso foi facilitado pela interpretação do islamismo especialmente estrita da Arábia Saudita, que vê como corruptos grande parte da história após o período de Maomé e os artefatos por ela produzidos, o que significa que construções centenárias podem ser destruídas impunemente. Essa mentalidade está dividindo a cidade sagrada de Meca – e a própria experiência de peregrinação – ao longo de linhas de classe bastante visíveis, fazendo com que os ricos fiquem nos altos edifícios com ar condicionado em volta da Grande Mesquita e os pobres sejam empurrados cada vez mais para a periferia. http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2011/01/03/crescimento‐divide‐cidade‐sagrada‐muculmana‐entre‐ricos‐e‐... 03/01/2011
  • 2. Crescimento divide cidade sagrada muçulmana entre ricos e pobres ‐ 03/01/2011 ‐ The New York Times Página 2 de 3 Houve um tempo em que os projetos de arquitetura e urbanização do governo saudita, especialmente na área de Meca, não pareciam ser tão grosseiros. Na década de setenta, quando o governo assumiu o controle sobre a Aramco, o conglomerado norte-americano que gerenciava os campos petrolíferos do país, a disparada dos preços do petróleo provocou uma onda de programas nacionais de modernização, incluindo um esforço em grande escala no sentido de acomodar as pessoas que fazem o hajj. Os projetos envolveram alguns dos maiores talentos arquitetônicos mundiais, muitos dos quais foram encorajados a fazer experiências com uma liberdade que eles não estavam encontrando no Ocidente, onde a fé do pós-guerra no Modernismo havia se exaurido. Os melhores desses trabalhos – modernos, mas ainda sensíveis às tradições e ao ambiente locais – desafiam a concepção popular de que a arquitetura modernista, conforme esta é praticada no mundo em desenvolvimento, consiste em pouco mais do que uma expressão grosseira da busca do Ocidente pelo domínio cultural. Fizeram parte desse grupo de obras as notáveis cidades de tenda do arquiteto alemão Frei Otto, do final da década de setenta. Essas cidades foram feitas com estruturas leves desmontáveis, inspiradas nas tradições das tribos beduínas nômades e tendo como propósito abrigar os peregrinos do hajj sem danificar o delicado meio ambiente das colinas que cercam a velha cidade. Oitenta quilômetros a oeste, o terminal Hajj da Skidmore, Owings & Merrill, no Aeroporto Internacional Rei Abdul Aziz, é uma expressão similar de uma forma de modernidade que é capaz de manifestar sensibilidade em relação às tradições locais e às condições ambientais sem descambar para o kitsch. Uma rede de mais de 200 cúpulas em forma de tenda apoiadas por um sistema de cabos de aço e colunas, o projeto é dividido em pequenas vilas a céu aberto, nas quais os viajantes podem descansar e orar na sombra antes de prosseguirem na sua jornada. Já os projetos atuais podem ser vistos como uma grotesca paródia histórica. Ao lado do gigantesco Big Ben há uma série de outros projetos de tamanho exagerado – incluindo uma proposta para a planejada expansão da Grande Mesquita que supera em muito o tamanho do complexo original – em uma variedade de estilos que parecem imitações ruins da arquitetura islâmica. Mas a aura de estilo Las Vegas desses projetos podem desviar a atenção do crime real: a forma como eles estão deformando aquilo que segundo todos os especialistas era uma cidade bastante diversificada e isenta de estratificação social. A Torre do Relógio de Meca ficará rodeada por meia dúzia de arranha-céus de alto luxo, todos projetados segundo um estilo “Westminster encontra-se com Wall Street” e situados em um terreno cujo objetivo seria lembrar os souks (mercados do Oriente Médio) tradicionais. Construídos em várias alturas em torno do pátio da Grande Mesquita, e dotados de enormes pórticos frontais, eles formam um pastiche pós-moderno com o qual os seus criadores desejavam evocar as diferenças de uma cidade real, mas que em pouco contribuirão para mascarar a entediante homogeneidade dos projetos. Assim como os caixotes de luxo que atualmente cercam a maioria dos estádios de esporte, os apartamentos permitirão que os ricos possam apreciar diretamente os acontecimentos principais olhando para baixo, do conforto das suas suítes, sem terem que se misturar à multidão de pessoas comuns. Ao mesmo tempo, a dimensão desses projetos fez com que os moradores das classes média e baixa fossem empurrados cada vez mais para longe do centro da cidade. “Eu não sei para onde eles vão”, diz Angawi. “Para os arredores de Meca, ou para Jidda. Meca está sendo expurgada dos seus habitantes”. As mudanças provavelmente provocarão um efeito tão grande sobre o caráter espiritual da Grande Mesquita quanto sobre o tecido social urbano de Meca. Muita gente me disse que a intensidade da experiência de ficar de pé no pátio da mesquita tem muito a ver com a relação entre o local e as montanhas ao seu redor. Em sua maioria essas montanhas são também locais sagrados e a sua presença confere ao espaço uma sensação poderosa de intimidade. Mas essa experiência também será certamente diminuída com a construção de cada nova torre, que esconde mais uma parte da paisagem. Não é que haverá muita coisa a se ver: muitas colinas em breve serão cortadas por novas linhas de trem, estradas e túneis, e outras estão sendo destruídas para abrir espaço para ainda mais torres. “A ironia é que os construtores argumentam que quanto mais torres eles construírem, mas paisagens estarão disponíveis”, diz Faisal al-Mubarak, um planejador urbano que trabalha no Ministério do Turismo e Antiguidades. “Mas somente os ricos entram nessas torres. São eles que usufruem das paisagens”. A questão não se constitui simplesmente em um típico conflito de classes. A composição da cidade também reflete uma divisão entre aqueles que defendem um capitalismo turbinado e os que acham que tal capitalismo deveria se restringir ao território externo aos portões de Meca, cidade que eles consideram uma encarnação do ideal muçulmano de igualdade”. “Nós não queremos trazer Nova York para Meca”, afirma Angawi. “O hajj sempre foi considerado um período no qual todo mundo é igual. Não existem classes nem nacionalidades. Este é o local no qual nós encontramos equilíbrio. É o momento no qual os indivíduos devem deixar as questões mundanas para trás”. Entretanto, o governo parece não se comover por tais sentimentos. Quando eu mencionei as observações feitas por Angawi ao final de uma longa conversa com o príncipe Sultan, o ministro do Turismo e das Antiguidades, ele simplesmente franziu a testa. “Quando estou em Meca e caminho em torno da kaaba, eu não olho para cima”, disse o ministro. Tradução: UOL © 1996-2011 UOL - O melhor conteúdo. Todos os direitos reservados. http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2011/01/03/crescimento‐divide‐cidade‐sagrada‐muculmana‐entre‐ricos‐e‐... 03/01/2011
  • 3. Crescimento divide cidade sagrada muçulmana entre ricos e pobres ‐ 03/01/2011 ‐ The New York Times Página 3 de 3 http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2011/01/03/crescimento‐divide‐cidade‐sagrada‐muculmana‐entre‐ricos‐e‐... 03/01/2011