O documento descreve a evolução histórica dos conhecimentos e práticas de controle de infecção hospitalar, desde os estudos no século XIX de Semmelweiss, Pasteur e Lister até as diretrizes atuais. Florence Nightingale observou que pacientes se recuperavam mais rápido em ambientes separados. Nos anos 1950 os hospitais de isolamento foram fechados e pacientes infectados podiam ficar nos mesmos locais que os não infectados.
2.
Apenas em meados do século XIX, através dos estudos de
Semmelweiss, provando a importância da lavagem de
mãos na prevenção da febre puerperal, os estudos de
Pasteur, Lister (implantou os princípios de assepsia, isto é,
manter livre de germes os centros cirúrgicos) e a invenção
do microscópio por Koch é que a transmissão das
infecções ganhou a atenção devida.
Nesta mesma época, Florence Nightingale registrava que
pacientes com patologias semelhantes melhoravam mais
rapidamente se não fossem colocados no mesmo
ambiente, com outros com patologias distintas.
De 1890 a 1900 foram recomendadas as técnicas de
separação de pacientes com patologias distintas em
publicações de enfermeiras.
3.
O sistema de cubículos foi criado em 1910, época em que
foram abertos hospitais de isolamento. As recomendações
eram baseadas em conhecimentos racionais de higiene.
Eram recomendadas o uso de soluções anti-sépticas para
lavagem de mãos, uso de aventais e desinfecção de objetos.
Este conjunto de medidas chamava-se “barreiras de
enfermagem e sistema de cubículos”.
Nos anos 50 os Hospitais de isolamento iniciaram a fechar e
nos anos 60 também os hospitais específicos para
tuberculose.
Nesta ocasião foi difundida a possibilidade de que pacientes
infectados poderiam ficar nos mesmos locais e hospitais que
aqueles sem doenças infecciosa.
4.
O costume de manter o ambiente limpo e de trabalhar
com os doentes nas condições mais assépticas
possíveis foi pouco a pouco assumido por todas as
pessoas dedicadas a atender enfermos.
Novos descobrimentos =uso de luvas de borracha, a
esterilização por vapor de água e o emprego de antisépticos cada vez mais eficazes.
Parte desses descobrimentos continuam sendo usados,
porém o grande avanço de nossa época é o uso de
material descartável e os métodos industriais de
esterilização, que significaram grande progresso no
controle das infecções.
5.
Ao mesmo tempo em que se progredia no estudo dos compostos
capazes de destruir os germes patogênicos sobre os materiais e
sobre a pele, começou-se a buscar substâncias que destruíssem os
germes no interior do organismo, sem prejuízo para as células das
pessoas.
No principio do século XX, foram descobertas as sulfamidas, que
matavam alguns micróbios, mais o avanço mais importante supõe-se
ter sido a obtenção, em 1929, do primeiro antibiótico (a penicilina) a
partir de um tipo de fungo, Alexander Fleming (1881-1955), embora a
sua produção e comercialização só ocorressem nos anos 40.
Não devem ser esquecidos também os estudos sobre as defesas do
próprio organismo contra as infecções e o descobrimento das vacinas
no final do século XIX. A partir daí, o uso generalizado e sistemático
das vacinações fez diminuir a incidência de algumas doenças e
desaparecer outras, como a varíola, que nos séculos passados
produzia grande número de mortes.
6.
7. “É qualquer processo infeccioso adquirido no ambiente hospitalar,
diagnosticado principalmente durante sua internação, mas que pode ser
detectado após a alta e atingir também qualquer outra pessoa presente no
hospital” (HINRICHSEN, Sylvia L.,2004).
São infecções relacionadas à hospitalização de um paciente ou aos
procedimentos diagnósticos e terapêuticos praticados. A infecção hospitalar
é, em sua maioria, endógena e independe do meio ambiente
Os avanços tecnológicos relacionados aos procedimentos invasivos,
diagnósticos e terapêuticos, e o aparecimento de microrganismos
multirresistentes aos antimicrobianos usados rotineiramente na prática
hospitalar tornaram as infecções hospitalares um problema de saúde
pública.
As maiores taxas de infecção hospitalar são observadas em pacientes nos
extremos da idade e nos serviços de oncologia, cirurgia e terapia intensiva.
Desta forma, os dados de incidência e prevalência de infecção hospitalar
obtidos em diferentes estudos, mesmo em crianças, refletem tais
características populacionais e institucionais
8.
9.
Infecção endógena é a que se verifica a partir de microrganismos
do próprio paciente, geralmente imunodeprimido, e que corresponde
a aproximadamente 2/3 das infecções hospitalares.
Infecção exógena é a que se verifica a partir de microrganismos
estranhos ao paciente, sendo veiculada pelas mãos da equipe de
saúde, nebulização, uso de respiradores, vetores, por medicamentos
ou alimentos contaminados.
Infecção cruzada é a que se transmite de paciente a paciente,
geralmente pelas mãos da equipe de saúde.
Infecção inter-hospitalar é um conceito que foi criado para definir
as infecções hospitalares que são levadas de um hospital para outro
com a alta e subseqüente internação do mesmo paciente em
diferentes hospitais.
Fonte:
http://www.webartigos.com/articles/10027/1/A-Higienizacao-Das-Maos-No-Controle-Da-Infeccao-H
10.
Infecção comunitária é aquela constatada ou em
incubação na admissão do paciente, desde que não
relacionada com internação anterior no mesmo hospital.
Infecção ocupacional : Indivíduos que trabalham em
hospitais estão potencialmente expostos a uma
diversidade de doenças infecto-contagiosas e podem
adquirir infecção hospitalar. Este tipo de infecção diz-se
ocupacional.
11.
Doenças transmissíveis com tendência declinante =
tétano, coqueluche, difteria, Doença de Chagas, febre
tifóide, raiva humana;
Doenças transmissíveis com quadro de persistência =
hepatites virais B e C, tuberculose, leptospirose,
meningites B e E, esquistossomose, Malária, febre
amarela;
Doenças transmissíveis emergentes e reemergentes
= AIDS, cólera, dengue, hantaviroses.
12.
Em hospitais gerais, os pacientes com maior risco de contrair IH são os
neutropênicos, os submetidos a cirurgia, os internados em UTI, os
politraumatizados e os grandes queimados. As infecções hospitalares
podem localizar-se em qualquer sítio do organismo, dependendo dos
fatores que precipitaram ou facilitaram a infecção. As infecções urinárias
e respiratórias são as mais freqüentes em hospitais gerais.
A porta de entrada pode ser a via digestiva, a pele, a conjuntiva ou o
trato geniturinário. A suscetibilidade à infecção está relacionada ao
patrimônio genético, à idade, à inibição dos mecanismos de defesa
naturais e/ou adquiridos, à integridade anatômica dos tecidos e, em
alguns casos, ao sexo.
Fonte:
http://www.webartigos.com/articles/10027/1/A-Higienizacao-Das-Maos-No-Controle-Da-Infecc
13.
◆ Sangue, sêmen e secreções vaginais são considerados materiais biológicos que
transmitem o HIV; mais relacionados à transmissão sexual do vírus, o sêmen e as
secreções vaginais não estão comumente envolvidos em situações de acidente
ocupacional.
◆ Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdico), líquido amniótico, líquor e líquido
articular são potencialmente infectantes. No entanto, não existem estudos
epidemiológicos que quantifiquem os riscos associados a estes materiais biológicos,
considerados como de baixo risco para exposição ocupacional.
◆ Suor, lágrima, fezes, urina, vômitos, secreções nasais e saliva
(exceto em ambientes odontológicos) constituem material biológico sem risco de
transmissão ocupacional, não sendo necessárias as profilaxias e o acompanhamento
clínico-laboratorial. No entanto, a presença de sangue nestes líquidos os torna materiais
infectantes.
◆ Qualquer contato sem barreira de proteção com material concentrado de vírus
(laboratórios de pesquisa, com cultura de vírus e vírus em grandes quantidades) deve
ser considerado uma exposição ocupacional que requer avaliação e acompanhamento.
14.
15.
16.
No Brasil, os dados sobre infecção hospitalar são pouco
divulgados. Além disso, esses dados não são consolidados por
muitos hospitais, o que dificulta o conhecimento da dimensão do
problema no país.
Como os pacientes que falecem após 48 horas de internação
freqüentemente apresentam infecção hospitalar associada, as
causas de morte mencionadas no atestado médico da declaração
de óbito se constituem em importante fonte de dados para o
dimensionamento do problema
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as
estatísticas de mortalidade sejam apresentadas segundo a
denominada "causa básica de morte", definida como "(a) doença
ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que
conduziram diretamente à morte, ou (b) as circunstâncias do
acidente, ou violência que produziram a lesão fatal".
17. A prevenção de infecções hospitalares por todo o
mundo depende muito mais da instituição
hospitalar e de seus trabalhadores do que dos
pacientes, já que ninguém se interna com
intenção de contrair doenças dentro do hospital.
Os cuidados para não ocorrer elevado número de
infecções e sua prevenção e controle envolvem
medidas de qualificação da assistência
hospitalar, de vigilância sanitária e outras,
tomadas no âmbito do município
e estado .
18.
19.
A portaria do Ministério da Saúde nº. 2.616, de 12 de Maio de 1998,
considerando que as infecções hospitalares constituem riscos significativos à saúde
dos usuários dos hospitais, e sua prevenção e controle envolve medidas de
qualificação da assistência hospitalar, de vigilância sanitária e outras, tomadas no
âmbito do Estado, do município e de cada hospital, pertinentes ao seu funcionamento.
Expede diretrizes e normas para a prevenção e controle das infecções hospitalares.
Regulamento para todo território nacional, pelas pessoas jurídicas e físicas, de direito
público e privado envolvidas nas atividades hospitalares de assistência à saúde.
RDC 48 de 02/06/2000 – Vigilancia Sanitária = Programa de Controle de
Infecção Hospitalar (PCIH) = conjunto de ações para máxima redução
de incidência e gravidade das infecções hospitalares .
Importância do PCIH = redução da permanência do paciente no hospital, redução nos
custos dispendiosos no tratamento.
Objetivos do PCIH = proteger o paciente, profissionais da saúde, visitantes e pessoas
que circulam ou atuam nos hospitais
20.
O anexo I dessa portaria preconiza que os hospitais deverão constituir
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que é um órgão
de assessoria à autoridade máxima da instituição e de execução das
ações de controle de infecção hospitalar . Essa CCIH deverá ser composta
por profissionais da área de saúde, de nível superior formalmente designados.
O anexo IV diz que: a lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais
importante para a prevenção e controle das infecções hospitalares; a
lavagem das mãos deve ser realizada tantas vezes quanto necessária ,
Lavar as mãos quando?
- durante a assistência a um único paciente, sempre que envolver contato com
diversos sítios corporais, entre cada uma das atividades;
- devem ser empregadas medidas e recursos com o objetivo de incorporar a prática
da lavagem das mãos em todos os níveis de assistência hospitalar: a distribuição e
a localização de unidades ou pias para lavagem das mãos de forma a atender à
necessidade nas diversas áreas hospitalares, além da presença de produtos, é
fundamental para a obrigatoriedade da prática.
21. Foi criado então um novo Sistema que procurava
unir todos os sistemas estudados até então.
O novo sistema conta com 3 pontos básicos de
precauções:
1) Precauções Padrão (“Standard”);
2) Precauções por rotas de transmissão;
3)Precauções empíricas.
22. Devem ser tomadas para contatos com todos os tipos de pacientes,
independentemente de infectados ou não:
lavagem de mãos antes e após o contato com mucosas e soluções de
continuidade além de contato com secreções, excreções e outras
drenagens corporais.
Luvas para tocar diretamente a matéria orgânica infectante,
Máscara como barreira física no caso de “spray “de sangue durante
procedimento, por exemplo
Avental para evitar contato da roupa com a matéria infectante são a base
destas orientações.
O cuidado com materiais e roupas sujas de matéria orgânica além de
cuidados com perfuro cortantes descartados em recipientes rígidos fazem
parte destas recomendações “standard”.
--Como se pode facilmente observar, tratam-se de orientações baseadas quase
totalmente em conhecimentos tradicionais de higiene.
QUALQUER MATÉRIA ORGÂNICA É POTENCIALMENTE RESPONSÁVEL
PELA TRANSMISSÃO DE MICROORGANISMOS.
23. São subdivididas em:
a) Contato,
b) Ar,
c) Partículas.
Para todos os tipos de precauções por Rotas de
Transmissão, no caso de diagnósticos pelo
mesmo microorganismo em pacientes diferentes,
está prevista a possibilidade de compartilharem o
mesmo quarto ou enfermaria.
24.
Pode ser por doenças transmitidas através do contato com um ou mais
tipos de matéria orgânica.
Uso de luvas e aventais segue a mesma orientação para as Precauções
Padronizadas. A diferença, nestes casos é que os microorganismos
existentes são sabidamente patógenos primários.
Deve ser evitado o transporte e sempre que for indispensável a
drenagem deve ser coberta de forma a não extravasar.
Ideal é que materiais de contato direto, como estetoscópio,
esfigmomanômetros sejam de uso individual.
Exemplos de doenças nesta categoria: Contato entérico- Shighella,
Hepatite A, rotavírus; contato secreções respiratórias- Virus sincicial
respiratório, parainfluenza, enterovírus; contato pele- impetigo, herpes
simples, pediculose.
25. Precauções para a via aérea (núcleos de gotículas
<5 um) (p.ex. tuberculose, varicela, sarampo):
São necessários os seguintes cuidados:
Quarto individual com ventilação adequada; isto
inclui, sempre que possível, pressão negativa;
porta fechada; pelo menos seis renovações de ar
por hora; exaustão para o exterior afastada das
entradas de ar.
Os profissionais devem usar máscara de alta
eficiência, sempre que entrem no quarto.
O doente não deve sair do quarto.
26.
São usadas para doenças que podem ser transmitidas por
tosse, espirro ou mesmo conversando por partículas de saliva
maiores que 5 m.
Deve ser utilizada máscara como barreira física para se
aproximar do paciente a partir de 1 metro e meio.
O transporte deve ser evitado, mas quando indispensável
colocar máscara no paciente.
Doenças desta categoria são Coqueluche, Rubéola
(suscetíveis não devem entrar no quarto), Influenza,
Adenovírus, Meningococco, Mycoplasma, Difteria entre outras.
Deve ser utilizado quarto individual para estes pacientes.
27. Isolamento absoluto (estrito) (p.ex. febre hemorrágica, S. aureus resistente à
vancomicina)
Este tipo de isolamento é necessário quando existe um risco de infecção por um
agente altamente virulento ou outro agente especial onde estejam implicadas
várias vias de transmissão.
· Quarto individual, num serviço de isolamento, se possível.
· Máscara, luvas, bata, barrete e protecção ocular, em todos as pessoas que
entram no
quarto.
· Lavagem higiénica das mãos ao entrar e saír do quarto.
· Incineração de agulhas, seringas.
· Desinfecção do material clínico.
· Incineração(?) das fezes, líquidos orgânicos, secreções nasofaríngeas.
· Desinfecção da roupa.
· Restrição de visitas e profissionais.
· Desinfecção diária do ambiente e desinfecção terminal após a saída do doente.
· Utilização de equipamento de uso único (“disposable”).
· Transporte e manuseamento apropriado, no laboratório, de produtos obtidos do
doente.
28.
Devem ser tomadas no caso de suspeita de determinadas infecções
escolhendo a PRECAUÇÃO POR ROTA DE TRANSMISSÃO
específica (ar, partículas, ou contato) para a patologia suspeita.
O paciente, adulto ou criança, apresenta síndromes infecciosas
altamente compatíveis com determinados microorganismos e/ou
doenças.
Exemplos: Meningismo, petéquias, febre = meningite meningocócica;
história de colonização ou infecção por microorganismos multiresistentes = risco de colonização por multi-resistentes; tosse, febre,
infiltrado pulmonar em qualquer localização pulmonar em paciente com
HIV = tuberculose.
A decisão das precauções neste caso baseiam-se, portanto, na alta
suspeita de uma doença altamente transmissível ou importante do
ponto de vista epidemiológico.
29.
Na nova orientação do CDC as questões relativas à imunodeprimidos não ganhou espaço. A justificativa de
não haver orientação especial, já desde 1983, é de que o importante é a lavagem de mãos e que os
imunodeprimidos se infectam com microorganismos da flora endógena. Existem, no entanto, situações
específicas que podem requerer avaliação individual para a indicação do cuidado em hospitais onde é difícil
a triagem. É possível que inadvertidamente pacientes imunodeprimidos sejam colocados ao lado de
infectados. Com base neste ponto, uma orientação racional é convencionar, a partir dos conhecimentos de
imunossupressão um padrão de comportamento, como o que segue, por exemplo:
· Separar os pacientes com leucócitos abaixo de 1000/ml e neutrófilos abaixo de 500/ml.
Teoricamente seria uma situação em que haveria maior suscetibilidade a aquisição infecções, de outros
pacientes.
· Pacientes que irão se submeter à quimioterapia devem ser avaliados pela equipe para estudo da
possibilidade de indicação de Quarto Individual, pois poderão se enquadrar no critério anterior.
· Utilizar solução anti-séptica para a lavagem de mãos ou álcool após a lavagem com sabão comum
(para cuidados usuais não há necessidade de anti-séptico com ação residual), ou usar solução
degermante para lavagem das mãos. Na ausência de pia no local usar álcool glicerinado e lavar as mãos
tão logo seja possível.
· O uso de aventais e máscara são desnecessários. Apesar de indicados os aventais por alguns
pesquisadores para a diminuição das infecções, no caso de imunodeprimidos inexistem evidências de
custo benefício.
· Em situações em que a indicação é de consenso mundial mesmo que nem sempre comprovadas,
como em Transplante de Medula Óssea e outros a questão deve ser discutida, inclusive com a
administração do hospital.
· Pessoas com infecção não devem entrar no quarto dos pacientes.
· Situações de unidades apenas de pacientes oncológicos devem ser discutidas separadamente, pois
existem muitas situações peculiares
30.
Os profissionais também podem transmitir
infecções aos doentes ou a outros profissionais.
A saúde dos profissionais deve ser avaliada na
altura da admissão, incluindo a história das
imunizações e exposições anteriores a doenças
transmissíveis (p.ex. tuberculose) e o status
imunológico. Algumas infecções anteriores (p.ex.,
varicela-zoster) podem ser avaliadas com testes
serológicos.
31.
As imunizações recomendadas para os profissionais incluem:
hepatite A e B, gripe (anual), sarampo, papeira, rubéola, tétano,
difteria.
Em casos específicos pode ser considerada a imunização contra a
varicela. Deve ser feito um teste de Mantoux a fim de se documentar
uma tuberculose anterior e servir de linha de base.
Devem ser definidas políticas específicas e assegurado o seu
cumprimento pós-exposição de: VIH, virus de hepatite A, hepatite B,
hepatite C, Neisseria meningitidis, Mycobacterium tuberculosis, virus
varicela-zoster, hepatite E, Corynebacterium diphteriae, Bordetella
pertussis, e raiva.
Prevenção de infecções Adquiridas no hospital. UM GUIA
PRÁTICO
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Edifício LEMES,
32.
33.
34.
35.
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38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45.
Em todas as situações descritas, a medida preventiva da
transmissão das doenças mais importante é a lavagem de
mãos, esteja ou não o paciente infectado.
Mesmo um paciente não infectado pode albergar e transmitir
microorganismos potencialmente patogênicos. No novo esquema
proposto pelo CDC não existe uma nova fórmula de prevenção e sim
uma nova forma de orientação com base na racionalidade.
O ponto crucial, à semelhança das orientações de 1983, é o modo pelo
qual se transmite cada tipo específico de infecção e o grau do risco da
transmissibilidade. Naturalmente, é necessário que exista à disposição
material bibliográfico com informações básicas sobre cada doença:
publicações atualizadas como a da American Public Health Association
com a listagem das doenças infecciosas e suas formas de transmissão,
Red Book de Pediatria, entre outros, são bases importantes para esta
tomada de decisão.
46.
Independentemente de novas doenças que venham a ser
descobertas a técnica asséptica evitando tocar
diretamente em matéria orgânica determinará a
prevenção do aparecimento de surtos de
infecção, sejam quais forem.
O conhecimento sobre as principais rotas de transmissão
das doenças também é decisivo. As medidas
preventivas, em sua maioria, nada mais são do
que a aplicação de antigos conceitos de higiene.
47.
De forma geral ainda é enfatizada a utilização de
equipamentos de proteção individual como luvas,
aventais e máscara através de tomada de decisão.
Esta decisão, no entanto, deve ser baseada no
conhecimento da doença que o paciente é portador e
qual a rota ou a possível rota de transmissão.
Além deste tipo de conhecimento é indispensável o
conhecimento da realidade de cada país e de cada hospital
A situação das Precauções se torna ainda mais difícil frente a
escassez de leitos hospitalares. Se esta é uma situação
problemática em países mais desenvolvidos na realidade dos
hospitais públicos brasileiros é caótica.
http://www.cih.com.br/isolamento.htm#_edn1