2. Anatomia e Fisiologia
O trato gastrointestinal é um trajeto com 6,9 a
7,8 metros de comprimento que se estende desde a
boca, passando pelo esôfago, estômago, intestinos
delgado e grosso e reto, até a estrutura terminal, o
ânus.
Responsável pela quebra e absorção de nutrientes
contidos nos alimentos e eliminação dos componentes
não aproveitáveis.
4. Cirurgia Gastrointestinal
A Cirurgia gastrintestinal é a parte do
processo terapêutico em que o cirurgião
realiza uma intervenção manual ou
instrumental no estômago e/ou no intestino
uma vez que gastrintestinal é relativo a
estômago e ao intestino.
5. Tipos de Cirurgias
As principais cirurgias são:
Gastrectomias,
Ostomia,
Hernioplastias,
Apendicectomias e
Hemorroidectomia.
6. Diagnósticos
Os médicos decidem por uma
intervenção cirúrgica após avaliação
de sinais e sintomas, exames de
imagem e laboratoriais.
7. Gastrectomia
Consiste na retirada total ou parcial do
estômago resultando em consequências
nutricionais, agudas ou crônicas,
perfeitamente prognosticáveis, mas nem
sempre ponderadas na terapia pós-
operatória.
9. Ostomia
Trata-se de uma intervenção cirúrgica
que permite criar uma comunicação entre
um órgão interno e o exterior com a
finalidade de eliminar os dejetos do
organismo por impossibilidade de fazê-lo
pelas vias normais.
10. Ostomia
As ostomias que afetam o aparelho
digestivo chamam-se ostomias digestivas
e o conteúdo ou produto eliminado para o
exterior são as fezes.
Podem ser permanentes ou temporárias.
12. Ostomias Gastrointestinais
Ileostomia
É um tipo de ostomia intestinal que
faz a comunicação do íleo, que é a parte
final e mais larga do intestino delgado, com
o exterior. localizam-se sempre no lado
inferior direito do abdômen.
18. Hernioplastias
As hérnias abdominais caracterizam-se
pelo defeito congênito ou adquirido de camadas
da parede abdominal que permitem a protrusão
de conteúdo intra-abdominal por entre as
camadas, podendo gerar abaulamentos na
silhueta do abdome. Os tipos mais comuns são
as hérnias inguinais, as umbilicais, as
epigástricas e as incisionais.
20. Apendicectomia
É a remoção cirúrgica de um apêndice
inflamado ou infeccionado (apendicite). O
apêndice é uma pequena bolsa de tecido
intestinal em formato de dedo localizado
entre o intestino delgado (ceco) e o intestino
grosso (cólon).
22. Hemorroidectomia
A doença hemorroidária representa uma
das mais conhecidas afecções que afligem o
ser humano. Trata-se de doença comum, de
diagnóstico fácil e na maioria das vezes de
fácil tratamento.
É realizada sob anestesia regional
(raquidiana ou peridural) e pode ser
realizada sem necessidade de pernoite
hospitalar em casos selecionados.
24. Estudo de Caso
Cliente W.S.S. 45 anos, sexo masculino, nível
superior completo, tabagista, solteiro, etnia branca,
foi recebido no centro cirúrgico para cirurgia de
Ostomia para a aplicação de colostomia devido a
complicações de Carcinoma Retal.
Após procedimentos cirúrgicos de Ileostomia, o
cliente encontra-se em decúbito dorsal, sedado, pós
extubação sem intercorrências, Bolsa de Colostomia
em perímetro abdominal inferior direito, com S.V.D.,
A.V.P. em MMSS Esquerdo.
25. Estudo de Caso
Ao exame físico temos os seguintes achados:
BEG, corado, afebril, respiração sem auxilio de
aparelhos F.R. 22 rpm , F.C. 70 bpm.
Certo de que não há riscos para o transporte, o
Paciente/Cliente segue juntamente com equipe de
transferência, com medicações em bomba de infusão,
monitoramento cardiorrespiratório conforme critério
médico para o setor de Recuperação Pós Anestésica.
26. Diagnóstico de Risco
Risco de infecções no pós operatório caracterizado
pela realização de incisão relacionada a cirurgia de
Ostomia.
Risco de infecções em AVP caracterizado pelo
procedimento cirúrgico.
Risco de queda caracterizado pela reação pós
anestésica relacionada ao procedimento cirúrgico.
27. Diagnóstico Real
Perca da integridade da pele devido incisão
cirúrgica.
Alteração na eliminação digestiva devido ao quadro
de Carcinoma Retal diagnosticado pelo médico
Exteriorização parcial de órgão do sistema
digestório.
28. Intervenções de Enfermagem
Além dos cuidados pós-operatórios
gerais, o enfermeiro permanecerá atento às
complicações imediatas que incluem:
distensão abdominal, obstrução intestinal,
hemorragias e deiscência da linha de sutura.
Além disto, avaliará se ocorrem
complicações cirúrgicas gerais, tais como:
choque, problemas pulmonares, trombose,
evisceração, íleo paralítico e infecção.
29. Cuidados de Enfermagem
Pré Operatório
1. Explicar todas as provas diagnostica e
procedimentos para promover uma
colaboração e relaxamento.
2. Descrever o motivo e o tipo do
procedimento cirúrgico, bem como os
cuidados pós-operatórios (isto é soro,
bomba de analgesia controlada pelo
paciente, sonda nasogástricas, drenos,
cuidados com a incisão, possibilidade de
ostomia).
30. Cuidados de Enfermagem
Pré Operatório
3. Explicar os fundamentos da respiração profunda e
ensinar ao paciente como virar-se tossir, respirar,
usar o espirômetro de incentivo e mobilizar a incisão.
Essas medidas minimizarão as complicações pós –
operatórias
4. Administrar líquidos ou nutrição parenteral total
(NPT) antes da cirurgia, conforme determinado para
melhorar o equilíbrio hidroeletrolítico e o estado
nutricional.
31. Cuidados de Enfermagem
Pré Operatório
5. Monitorar a ingestão e a eliminação.
6. Enviar amostras de sangue conforme prescrito
para estudos laboratoriais pré-operatórios, e
monitorar os resultados.
7. Informar que o preparo do intestino será
iniciado 1 a 2 dias antes da cirurgia para uma
melhor visualização.
8. Administrar antibióticos, conforme prescrito.
32. Cuidados de Enfermagem
Pré Operatório
9. Coordenar uma consulta como enfermeiro
terapeuta quando o paciente estiver
programado para uma ostomia a fim de
iniciar o conhecimento o tratamento precoce
dos cuidados pós – operatórios.
10. Explicar que o paciente estará em dieta
zero após a meia noite da véspera da
cirurgia
33. Cuidados de Enfermagem
Pós Operatório
1. Realizar um exame físico completo pelo
menos uma vez por plantão ou mais
frequentemente, conforme indicado.
2. Monitorar os resultados dos exames
laboratoriais e avaliar o paciente quanto a
sinais e sintomas de desequilíbrio
eletrolítico.
34. Cuidados de Enfermagem
Pós Operatório
3. Manter drenos, acessos IV e todos os
cateteres.
4. Manter a SNG, quando prescrito.
5. Aplicar meias elásticas.
6. Estimular e ajudar o paciente a virar-se,
tossir, respirar profundamente e usar o
espirômetro de incentivo a cada 2 h e
conforme necessidade.
35. Cuidados de Enfermagem
Pós Operatório
7. Instruir sobre o uso de analgesia
controlada pelo paciente ou fornecer
conforto com outros analgésicos.
8. Mudar os curativos todos os dias ou
quando necessário, mantendo uma técnica
asséptica.
9. Aumentar a dieta conforme prescrito o
retorno dos sons intestinais indica que o
trato GI readquiriu a motilidade.
36. Cuidados de Enfermagem
Pós Operatório
Prognóstico
Orientar quanto aos hábitos dietéticos.
Orientar ao paciente quanto aos cuidados
pós-alta relacionado a curativos,
medicações, higiene e outras informações
de acordo com a cirurgia realizada.
37. Conclusão
A assistência de enfermagem
concentra-se em intervenções destinadas a
prevenir ou tratar complicações. Por menor
que seja a cirurgia, o risco de complicações
sempre estará presente. A prevenção
destas, no pós-operatório promove rápida
convalescença, poupa tempo, reduz gastos,
preocupações, ameniza a dor e aumenta a
sobrevida.