Este documento discute competências necessárias para a liderança de gestores educacionais, incluindo objetivos claros, trabalho em equipe, comunicação, e avaliação de desempenho usando métricas como o IDEB. Gestores eficazes devem planejar, acompanhar processos escolares, e liderar equipes de forma a influenciar pessoas e alcançar metas organizacionais.
3. Comece com um
objetivo em mente
Começar com um objetivo em mente significa começar tendo
uma compreensão clara do destino.
Significa saber para onde você está seguindo, de modo a
compreender melhor onde você está agora para depois dar o
passo na direção correta...
Há uma criação mental ou inicial e a criação física. E isso vale
para tudo, para ter noção do que estamos fazendo.
Começar com um objetivo em mente se baseia no princípio de
que todas as coisas são criadas duas vezes: uma no Plano
Mental e a outra no Plano Físico.
Podemos viver correndo, ser até muito eficientes, mas só
seremos verdadeiramente eficazes quando tivermos um
objetivo em mente.
Stephen R. Covey, "Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes"
4. Liderança
A liderança constitui o elemento básico
para que a sua organização possa
construir seu projeto próprio e
administrar suas carências com
iniciativas.
É apontada como elemento nuclear para
o fortalecimento da autonomia
institucional, sendo atribuída,
prioritariamente, ao gestor educacional.
5. Liderança
De modo mais claro: é sobre o gestor
educacional que recai o trabalho e é ele que
responde pelos resultados obtidos, positivos
ou negativos.
6. Gestores Eficazes
Alguns estudos vem sendo realizados para identificar as
características apresentadas pelos gestores eficazes –
aquelas que atingem os objetivos propostos.
Os principais resultados apontam a importância da forte
liderança do gestor. Bem como, a clareza desse gestor
quanto aos objetivos e meios para atingi-los.
Além disso, o forte espírito de equipe, planejamento,
acompanhamento, controle e avaliação sistemáticos dos
processos escolares são fundamentais.
7. Por que estudar
a liderança?
Para tentar identificar as características de um
bom líder, suas melhores práticas para disseminar
o sucesso de sua organização para outras
organizações, e assim por diante.
Os perfis de gestores são variados e a cada época
diferenciam-se, e é por isso que devemos
conhecer algumas características.
8. Tarefa primordial ao gestor no
exercício da liderança
Dominar um processo é conhecer todo o
fluxo de determinada atividade. Conhecer o
conjunto de tarefas que compõe essa
atividade e os métodos de execução delas.
9. Característica do gestor-líder
Sabe-se que a pessoa que assume a
posição de liderança deve ter característica
altruísta, ou seja, disposição individual para
dedicar-se a algo, como por exemplo, as
atividades da gestão educacional.
10. Influência
Para ser líder é preciso influenciar pessoas, de
modo a fazer com que a atividade dessas pessoas
seja compatível com o exigido pela organização.
11. Influência
“Liderar é a capacidade de influenciar,
motivar, integrar e organizar pessoas e
grupos a trabalharem para a consecução de
objetivos”. (LIBÂNEO, 2004).
12. Perfil de liderança
Liderar implica em saber: expor ideias com
clareza, ouvir, propor soluções, atribuir
responsabilidades, acompanhar e avaliar o
grupo e ainda compreender as
características sociais, culturais e
psicológicas de cada um.
13. Articular e negociar
Liderar não significa apenas dirigir,
comandar, planejar e controlar.
O convencimento, a sedução, a política são
muito mais importantes no processo de
liderança e gestão de pessoas.
14. Objetivos
Suponhamos que sua escola tenha obtido a melhor nota do
IDEB do município. E agora? Qual será o próximo objetivo?
A partir de agora você e sua equipe trabalharão para
conquistar a melhor nota no estado. Mas para isso é preciso
definir um prazo.
O objetivo é que daqui a cinco anos vocês conquistem esse
objetivo e a partir de então, passem a trabalhar para
alcançá-lo, traçando novas metodologias.
16. Competência Individual
Capacidade de visualizar e mobilizar os seus
conhecimentos em cada situação.
Capacidade para executar o que foi planejado,
utilizar a teoria na prática.
Capacidade de resolver problemas. Saber
utilizar o que se sabe nas próprias ações.
17. Competência Gerencial
Saber agir para mobilizar os profissionais que
trabalham com você para executar atividades e
tarefas para alcançar os objetivos propostos.
É preciso saber se comunicar, aprender e assumir
responsabilidades.
Ter visão estratégica: conhecer a sua organização
e as pessoas que ali trabalham.
18. Competências
Organizacionais
1- Interacionais: capacidade de relacionamento e
liderança;
2- Solução de problemas: perceber problemas e
identificar soluções para eles. Saber planejar e
organizar para solucionar os problemas.
3- Capacitação: o líder deve estar apto a mudanças.
4- Comunicação: é preciso ouvir e falar com todos.
19. Competência Emocional
1- Conhecer as próprias aptidões, ter autoconsciência e
conhecer seus sentimentos.
2- Saber lidar com esses sentimentos e desenvolver
capacidades de confrontar-se.
3- Saber motivar-se.
4- Saber reconhecer as emoções dos outros;
5- Saber se relacionar com os outros.
20. Outras Competências Necessárias
para a Gestão (1)
Saber Agir: saber tratar a complexidade e a
diversidade, explorar possibilidades, ter visão do
todo, saber utilizar recursos.
Saber Mobilizar: buscar parcerias, conhecer as
linguagens da organização.
Saber Comunicar: saber ouvir e falar com todos os
públicos da escola.
21. Outras Competências necessárias
para a Gestão (2)
Saber Aprender: estimular a cultura da
aprendizagem na organização, criando sistemas
que favoreçam toda a equipe.
Saber Assumir Responsabilidades: avaliar as
consequências das decisões, tanto para a
organização, quanto para a comunidade.
Ter Visão Estratégica: conhecer e entender
profundamente a organização, seus pontos fortes
e fracos e suas competências.
22. Medindo o Desempenho
da Gestão
Uma boa maneira de medir o desempenho da
gestão escolar é com o Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica – IDEB, criado em 2007.
O IDEB mede a qualidade da escola com base no
desempenho dos estudantes nas avaliações do
INEP e também das taxas de aprovação e de
evasão dos alunos.
23. Medindo o Desempenho da Gestão
A ideia é que você avalie a tabela de
desempenho da sua escola e compare com
outros do seu município e do estado.
Assim, você conseguirá ver os pontos fortes e
fracos dos seus alunos e traçar os objetivos para
os próximos anos.
Com certeza será preciso agendar reuniões com
sua equipe e com a comunidade para apresentar
os resultados obtidos e explicar as metas.
24. Medindo o Desempenho da Gestão
Quanto mais um gestor detalha os seus
indicadores, mais condições ele tem de
gerenciar sua escola.
O acompanhamento do desempenho
organizacional é um processo que deve dar
suporte às decisões do gestor para sua equipe
de trabalho.
25. As Lagartas
Processionárias
Jean Faber, o grande naturalista francês, encontrou um
exemplo perfeito do comportamento receoso de romper
com uma "rotina", ao fazer investigações sobre as
LAGARTAS PROCESSIONÁRIAS.
Esses curiosos bichinhos nos bosques alimentam-se de
folhas de pinho, caminham entre as árvores, formando uma
longa fila, com os olhos semicerrados e a cabeça quase
pegada à traseira da companheira que a precede. Parecem
automóveis que andam para-choque contra para-choque.
26. Sem grandes problemas, conseguiu que uma série
de lagartas caminhasse em círculos sobre a borda
de um vaso. Caminharam em círculo, durante sete
dias e sete noites. Nada podia romper a cadeia se
não o cansaço e a fraqueza, devido à falta de
alimento. E nota-se que havia suficiente alimento
no meio do vaso, a uma distância menor que o
comprimento de uma das processionárias. Um
verdadeiro banquete, se uma delas se houvesse
animado a romper a cadeia. Mas nenhuma o fez.
O que sucederia, perguntou-se Faber, se eu
colocasse a primeira processionária de tal
modo que ficasse unida à última da coluna?
27. Com muita frequência, as pessoas comportam-se
como as processionárias.
Deixamos de pensar, de estudar, de analisar, de
reavaliar nossa prática pedagógica, por um apego
demasiado:
à técnica;
à tradição;
à rotina;
ao hábito;
ao processo;
ao costume;
ao método.
28. O apego demasiado à tradição, transforma-se no
substituto do pensamento criativo e produtivo
do ser humano.
Isto nos torna inflexíveis, rígidos e medrosos.
Tememos romper o círculo tradicional de nossas
ações.
29. Tememos sair do círculo da segurança representado
pelo falar, atuar e conduzir-nos de "forma correta",
isto é, da mesma forma como fazem todos os
demais que compõem o círculo.
Em nome de um comportamento processionário e
comodista, por muitas vezes, deixamos de explorar
os diversos mecanismos que temos à nossa
disposição.
Texto original de Rubem Alves
30. Referências
ALVES, Rubem. Estórias de quem gosta de ensinar. São
Paulo: Papirus, 2001.
COVEY, Sthepen R. Os sete hábitos das pessoas altamente
eficazes. Edição revista e ampliada. São Paulo: Best Seller,
2005.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola:
teoria e prática . 5ed. Goiânia: Alternativa, 2004.
LIMA, Terezinha Bazé de. Disponível em:
www.professorabaze.com.br. Acessado em: 20 de novembro
de 2010.
Moraes, Joysi. Liderança e comportamento
empreendedor. Rio de Janeiro: Serviço Social da
Indústria-SESI/Universidade Federal Fluminense-UFF, 2010.